Você está na página 1de 33

Workshop: Equilíbrio Operacional

Importância do Pneu Agrícola


Os pneus são elementos responsáveis por transformar a potência que chega na roda em potência de
tração. Dessa forma, o tipo e tamanho do pneu, a carga sobre o pneu e a pressão de inflação são
itens dos mais importantes no desempenho do trator

FUNÇÕES DO PNEU AGRÍCOLA

Participar
SUPORTAR A TRANSMITIR O DIRECIONAR O DA SUSPENSÃO E
CARGA TORQUE VEÍCULO CONFORTO
PRINCÍPIOS CONSTRUTIVOS
A: DIAGONAL
 FLANCO REFORÇADO
 ESTABILIDADE LATERAL

B: RADIAL
 BAIXA RESISTÊNCIA AO ROLAMENTO
 MAIOR ÁREA DE CONTATO E TRAÇÃO

C: BIAS BELT
 BAIXA RESISTÊNCIAAO ROLAMENTO
 MAIOR ÁREA DE CONTATO E TRAÇÃO
Pneu para transbordo
DIAGONAL RADIAL

Desenho do pneu diagonal Desenho do pneu radial


INSCRIÇÕES DO PNEU

Inscrição Significado
MITAS Marca do Fabricante
480/70R34 Dimensão
HC 70 Modelo da Banda
146 Índice de Carga (Li146 = 3.000 kg)
A8 Índice de Velocidade (A8 = 40
km/h)
143 Índice de Carga (Li143 = 2.725 kg)
D Índice de Velocidade (D = 65 km/h)
TUBLESS Sem Câmara
Sentido de Rotação
R-1W Inscrição da banda
DESCRIÇÃO DOS PNEUS

Em milímetros
710 mm
710/70R38 166A8

A/L = 70% 710 = Largura nominal da secção (mm)

710/70R38 166A8

70 = Série ou perfil

38 pol R = Construção radial

38 = Diâmetro nominal do aro (pol)

166 = Índice de carga


A8 = Índice velocidade
DESCRIÇÃO DOS PNEUS

Em polegadas

18.4

18.4 = Largura nominal da secção (pol).

= Construção diagonal.

34 pol 34 = Diâmetro nominal do aro (pol).


ÍNDICES DE CARGA E VELOCIDADE
Como ler o DOT do RADIAL?

Vamos começar com o DOT 2613.


2613 = 26ª semana de 2013
Este procedimento de leitura do DOT é efetivo desde 2001.

DOT esta sempre no lado esquerdo do pneu, no sentido do rolamento, na parte de


baixo da parede lateral.
Classificação de pneus agrícolas (Garras da banda de rodagem)

R1 – Indicado para trabalhos em solos seco com boa tração


R1W - Indicado para terrenos, úmidos, molhados e argilosos
R2 - Indicado para solos inconsistentes, moles e úmidos ( Lavoura de Arroz)
R3 - Indicado para transbordo, possui tacos da banda de rodagem rasas
R4 - Para tratores industriais e outras máquinas para movimentação de terra e florestal
LASTREAMENTO DE TRATORES

Patinagem / Deslizamento

LASTRAGEM DE TRATORES
 Pouco lastro
 Alto índice de patinagem
 Perda de velocidade
 Desgaste prematuro dos pneus
Consumo excessivo de combustível

 Muito lastro
 Aumenta a compactação do solo
 Aumenta a resistência ao rolamento
 Aumenta solicitação nos pneus
 Aumenta solicitação nos componentes do trator

7 a 12% - Terrenos duros.


10 a 15% - Terrenos firmes porém macios.
13 a 18% - Terrenos soltos, arenosos ou lamacentos.

11
CAUSAS POSSÍVEIS DE PATINAGEM
A patinagem tem diversas causas possíveis, razão pela qual não se deve
precipitar o uso do lastro quando isto ocorre.

 Pneus de desenho e/ou tamanho inadequados para a operação ou tipo


de solo.

 Umidade momentânea elevada (após chuva).

 Topografia irregular do terreno e/ou variação de textura do solo numa


mesma área de trabalho.

 Implemento super dimensionado para o trator ou mal regulado para a


operação. (Relação Peso X Potência)

 Marcha ou rotação do motor inadequada para a operação.


11
AJUSTANDO LASTRO PARA TRABALHAR COM CARGA
fatores determinantes a considerar quando se lastreia o trator:
Características físicas do solo trabalhado (compactado, solto, arenoso, úmido);
Tipo de implemento a ser utilizado (montado nos três pontos, arrasto pela barra de tração);
Tipos e modelos dos pneus (simples ou duplos).
Considerando os fatores acima, um lastreamento apropriado permite você usar eficientemente a potência disponível
de seu trator, porem, se o implemento for muito pesado e não for compatível com o trator (peso x potência) não
haverá desempenho satisfatório, considere que a adição de mais lastro contribuirá para desequilibrar o conjunto
trator/implemento, alterando inclusive os índices de patinagens conforme indicativos da tabela abaixo.
LASTREAMENTO INSUFICIENTE LASTREAMENTO EXCESSIVO

Patinagem excessiva das rodas Carga aumentada

Perda de potência/Resistencia
Perda de potência e velocidade ao rolamento
Tabela dos índices de patinagem aceitáveis, conforme o tipo de terreno. Fonte: Pirelli

5 a 7% 7 a 12% Desgaste prematuro dos pneus Aumenta a solicitação nos pneus


em superfícies asfaltadas ou de concreto. em terrenos duros.

10 a 15% 13 a 18% Desperdício de combustível Desperdício de combustível


em terrenos firmes porém macios. em terrenos soltos, arenosos ou
lamacentos. Baixa produtividade do Compactação do solo
equipamento
LASTREAMENTO LÍQUIDO

Pneus Diagonais – 75% de água Pneus


Radiais – 40% de água

Fonte: Associação Latino Americana de Pneus e Aros – (ALAPA)


ETAPAS do EQUILÍBRIO OPERACIONAL
DISTRIBUÍÇÃO de PESO
De acordo com a relação peso x potência é necessário identificar o peso total recomendado para atividade
determinando o tipo e a quantidade de lastros nos eixos dianteiros e traseiros
Tipo de lastro e distribuição dos pesos por acoplamento

OBSERVAÇÃO: Sempre que colocar água nos pneus deve-se aliviar a carga ou peso sobre eles, tirando os pneus do
solo e logo após o enchimento efetuar a calibragem com o bico na posição mais alta, só então posicionar o pneu no solo.
BALANCEAMENTO E LASTRO

Como a MASSA e DISTRIBUIÇÃO afetam o desempenho de um trator.

Você sabe
onde precisa
colocar
massa?
Efeitos do uso incorreto de lastro
Lastro insuficiente ou posicionado incorretamente

 Alto índice de patinagem


 Perda de potência
 Desgaste prematuro dos pneus
 Elevado consumo de
´combustível Excesso de lastro

 Baixa produtividade  Compactação do solo

 Reduz a vida útil da transmissão  Aumento de carga sobre a transmissão


 Alto consumo de combustível
 Baixa produtividade
 Quebra dos tacos do pneu
 Diminui a vida útil, pinos, bucha e
alguns rolamentos finais
Footprint dos Pneus no Solo

Excesso de lastro

1 2 3
DIAGNÓSTICO PRÁTICO do EQUILÍBRIO OPERACIONAL
Algumas definições práticas que pode contribuir para identificar o equilíbrio operacional do trator:

Excesso de lastro

3
Etapas do Equilíbrio Operacional

Trator 4x4 TDA T 250 CVT (250 cv)

Tipo de serviço – Pesado

Equipamento – Acoplado na barra de tração

Pneus dianteiros: SIMPLES


Dimensão: 600/65R28 147 D

Pneus traseiros: SIMPLES


Dimensão: 710/70R38 171 D
Exemplo – Definir total de massa

Trator T 250 CVT 4x4 TDA (250 cv)

Tipo de serviço – Pesado (subsolagem)

Implemento acoplado na barra de tração

Pneus dianteiros:
Dimensão: 600/65R28 147 D

Pneus traseiros:
Dimensão: 710/70R38 171 D

Massa de embarque: 9.000 kg


Massa total: 13.209 kg
Adição de massa permissível: 4.209 kg

Cálculo do peso:
13.209 kg/250 cv = 52,83 kg/cv
Exemplo: – Determinar distribuição da massa por eixo

Trator 4x4 TDA (250 cv)

Tipo de serviço – Pesado

Implemento acoplado na barra de tração

Pneus dianteiros:
Dimensão: 600/65R28 147 D

Pneus traseiros:
Dimensão: 710/70R38 171D

E. dianteiro – 13.209 Kg x 0,40 = 5.283 Kg


E. traseiro – 13.209 kg x 0,60 = 7.925 Kg
Massa total do trator = 13.209 Kg
DISTRIBUIÇÃO DE CARGA
TIPO TRAÇÃO 4x2 4x4 TDA 4x4

TIPO ENGATE D/T D /T D/T

Barra de tração 30 / 70 40 / 60 55 / 45

Engate 3 pontos 35 / 65 40 / 60 60 / 40

Reboque (barra de tração) N. A. 40 / 60 65 / 35

20
ADEQUAÇÃO do TRATOR/EQUIPAMENTOS
De acordo com a relação peso x potência é necessário identificar o peso total recomendado para a atividade

determinando o tipo e a quantidade de lastros nos eixos dianteiros e traseiros.

Tipo de lastro e distribuição dos pesos por acoplamento


ADEQUAÇÃO do TRATOR/EQUIPAMENTOS

AVANÇO do EIXO DIANTEIRO


Após 10 voltas do pneu traseiro, é necessário contar as voltas + quantidade de garras do pneu dianteiro com a tração desligada e ligada. Para esta
análise devemos estar com o trator equilibrado e sem implemento acoplado e fazer as contas conforme exemplo:
Exemplo: – Distribuição da massa por pneu

Cálculo peso por pneu:


(Peso do eixo / 2)

Cálculo peso por pneu:


(Peso do eixo / 4)

Cálculo peso por pneu:


(Peso do eixo / 6)
Exemplo: – Distribuição da massa por pneu

Trator 4x4 TDA (250 cv)

Tipo de serviço – Pesado

Implemento acoplado na barra de tração

Montagem pneus: SIMPLES

Pneus dianteiros:
Dimensão: 600/65R28 147 D

Pneus traseiros:
Dimensão: 710/70R38 171 D

E. dianteiro – 5.283 Kg / 2 = 2.641 Kg


E. traseiro – 7.925 Kg / 2 = 3.962 Kg
Massa total do trator = 13.209 Kg

23
Determinação pressão de trabalho dos pneus

Proporção 40 % 60 %
Peso eixo: 5.283 Kg 7.925 Kg
Peso por pneu: 5.283 /2 = 2.641 Kg 7.925 /2 = 3.962 Kg
Pressão pneu: ????? ????
Pressão de trabalho dos pneus dianteiros 600/65R28

Tabela fornecida pelo fabricante dos pneus


Peso por pneu: 2.641 Kg
Nos pneus dianteiros devemos utilizar 12 PSI
Pressão de trabalho dos pneus traseiros 710/70R38

Tabela fornecida pelo fabricante dos pneus


Peso por pneu: 3.962 Kg
Nos pneus traseiro devemos utilizar = 09 PSI
Determinação pressão de trabalho dos pneus

Proporção 40 % 60 %

Peso eixo: 5.283 Kg 7925 Kg


Peso por pneu: 5.283/2 = 2.641 Kg 7.925/2 = 3.962 Kg
Pressão pneu: 12 psi 09 psi
DIAGNÓSTICO PRÁTICO do EQUILÍBRIO OPERACIONAL
Algumas definições práticas que pode contribuir para identificar o equilíbrio operacional do trator:

Correta Insuficiente Excessiva


Diminuição de até 20% no consumo de combustível
Economia de até 7,5% no tempo gasto
Diminuição de até 80% da compactação do solo
OBRIGADO!
Newton Almeida

Newton Almeida
16 – 9 9181-4872
newton.almeida@agcocorp.com

Você também pode gostar