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Actividade - Impostos PDF
Actividade - Impostos PDF
Todos nós já ouvimos falar do mundo das finanças. Não, não é um mundo
paralelo ao nosso, mas, na realidade, somos diariamente confrontados com
situações relacionadas com esse «outro mundo». É a inflação, são os juros, são os
empréstimos, os impostos e mais um grande número de termos que conhecemos
bem, mas cujos conceitos por vezes não estão bem esclarecidos.
O que se pretende com esta actividade é alertar o cidadão para a aplicação da Matemática a
situações económicas e financeiras do nosso dia-a-dia. Chama-se desde já a atenção para o facto de esta
actividade não ser nenhum curso de Economia ou Finanças, pelo que os casos que vamos observar não
terão em consideração todas as variáveis que intervêm numa situação real.
Tributação automóvel
ISV - Imposto Sobre Veículos
IUC - Imposto Único de Circulação
APLICAÇÃO
Sempre que exista uma mudança de proprietários de um imóvel, o IMT aplica-se apenas caso
essa transmissão seja operada a título oneroso. Se essa transmissão for a título gratuito, será então
tributada em sede de Imposto de Selo.
A liquidação do IMT pode ser efectuada pelo adquirente antes da celebração do contrato de
promessa de compra e venda, excepto se se tratar de compra de imóvel de habitação para sua
residência própria e permanente ou do seu agregado familiar, que neste caso e nos restantes, antes da
celebração da escritura pública.
TAXAS A PAGAR
CONTINENTE
1. Aquisição de prédio urbano ou fracção autónoma de prédio urbano destinado
exclusivamente à habitação própria e permanente:
Existe também uma taxa única de 5 % relativamente aos prédios rústicos (por exemplo, um
terreno agrícola) e uma outra de 6,5 % na transmissão de prédios urbanos não destinados à habitação
(por exemplo, certos centros comerciais, serviços, lotes para construção e estabelecimentos
comerciais).
Também não se aplicam os valores das tabelas anteriores se o comprador do imóvel tiver
residência ou sede num país, território ou região sujeita a um regime fiscal claramente mais favorável
(off shore). Nestes casos é aplicada uma taxa única de 8 %.
REGIÕES AUTÓNOMAS
1. Aquisição de prédio urbano ou fracção autónoma de prédio urbano destinado
exclusivamente à habitação própria e permanente:
COMO CALCULAR
O valor do IMT a pagar é calculado multiplicando a "Taxa Marginal" pelo preço de transacção do
imóvel previsto no Contrato-Promessa de Compra e Venda ou na Escritura Pública (ou sobre o valor
patrimonial constante da matriz predial, se for maior) deduzido do "Valor a Abater".
ONDE PAGAR
EXERCÍCIOS:
NOTA
Nos exercícios que se seguem, todas as transmissões são referentes ao Continente e para
habitação própria e permanente, excepto indicação em contrário.
1. O Sr. Fonseca, homem de posses, decidiu comprar para oferecer a cada um dos seus filhos os
seguintes bens:
um apartamento T2 para a Susana, em Felgueiras, tendo pago ao construtor 84 820 € e um
automóvel;
um apartamento T2 para o Carlos, no Porto, tendo pago à imobiliária 100 000 €;
um terreno para construção para o Filipe, em Fafe, por 65 000 € e um automóvel.
2. A D. Miriam vai adquirir uma habitação para férias, na ilha da Madeira onde nasceu. Sabendo que a
casa custa 160 000 €, qual é o valor do imposto IMT que terá de pagar ao estado?
3. A D. Henriqueta comprou uma loja num centro comercial, onde se vai estabelecer com um «pronto a
vestir». Sabendo que o imóvel lhe vai custar 72 000 €, indique:
3.1. A taxa de IMT a aplicar.
4. Suponha que o Sr. Rostami, residente em Andorra (off shore) pretende adquirir uma nova habitação,
em Portugal, no valor de 170 000 €. Calcule o valor de IMT que vai ter de pagar aos cofres do Estado
Português.
5. O Leonel quer comprar uma casa de férias mas não consegue decidir entre o Algarve e a Madeira. As
opções são:
Vivenda em Faro por 130 430 €.
Moradia no Funchal por 131 100 €
Qual das opções é a mais dispendiosa, após o pagamento do imposto IMT?
6. Em Fevereiro de 2009, o Sr. Adams, de férias no Algarve, decidiu adquirir aí uma casa por 187 350 €.
Sabendo que o Sr. Adams tem residência fixa nas Bahamas («paraíso fiscal»), calcule:
6.1. O valor do IMT a pagar.
7. A Cristina e o Júlio vão casar e já compraram um apartamento, em Odemira, que custou 124699,47€.
7.1. Qual é a taxa de IMT a aplicar?
7.3. Por quanto vai ficar o apartamento após o pagamento daquele imposto?
8. A Patrícia fez uma pesquisa de mercado na região onde habita, em Trás-os-Montes, e decidiu abrir
uma confeitaria. Encontrou o local ideal, que adquiriu por 81 054,88 €.
8.1. Qual é a taxa de IMT aplicada?
8.2. Quanto terá de pagar a Patrícia, daquele imposto, aos cofres do Estado?
9. O Sr. Azevedo, homem de posses, casou este ano as suas duas filhas gémeas, Ana e Joana, e decidiu
comprar uma casa para cada uma. Enquanto a Ana fica a morar em Lisboa, a Joana, por motivos
profissionais, irá habitar em Angra do Heroísmo. A casa da Ana custou 159 500 € enquanto a da
Joana custou 160 250 €.
9.1. Quais foram as taxas de IMT a aplicar a cada uma das habitações?
9.2. Quanto terá de pagar o Sr. Azevedo, de IMT, pela casa da Ana? E pela da Joana?
9.3. Qual foi a casa mais dispendiosa após o pagamento do IMT respectivo?
9.4. No total quanto gastou o Sr. Azevedo com a compra das casas?
10. O Jaime e o Tiago, amigos de longa data, decidiram comprar cada um uma casa de férias em locais
diferentes para, posteriormente, partilharem. O Jaime decidiu-se pelo Funchal e comprou aí um
apartamento por 86 550 €. O Tiago optou por um apartamento em Silves que custou 83 230 €.
10.1. Quanto pagou cada um de IMT?
11. O casal Almeida, residente em Vila do Conde, decidiu mudar de habitação tendo comprado um
apartamento tipo T3 por 145 550 €. O Sr. Lopes, emigrante na França, amigo de infância do Sr.
Almeida, também decidiu comprar no mesmo bloco de apartamentos um T3 para usufruir quando
vier de férias para Portugal.
Quanto pagou cada um de IMT?
12. O Lucho, jogador de futebol no F. C. Porto, comprou uma moradia na Foz da cidade do Porto, tendo
pago 650 000 €. Determine o valor do IMT que terá de pagar.
O IRS é a sigla de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares. Tanto o IRS como o IRC
são impostos sobre o rendimento que entraram em vigor no sistema tributário Português em 1 de
Janeiro de 1989. O IRS tributa o rendimento das pessoas singulares enquanto que o IRC tributa o
rendimento das pessoas colectivas.
O IRS tem características progressivas até determinado montante, passando depois a
característica proporcionais.
CATEGORIAS
O IRS incide sobre o rendimento anual dos sujeitos passivos (contribuintes) nas diversas
categorias, tendo em conta as respectivas deduções e abatimentos.
Cálculo do irs
Para efeitos de cálculo desse imposto, é preciso ter em conta o local de rendimentos (Portugal),
bem como a situação pessoal e familiar.
A fórmula do IRS, embora complicada, toma essencialmente a seguinte forma: ao Rendimento
Global de cada categoria subtraem-se as Deduções Específicas de cada categoria que irão dar o
Rendimento Líquido. A este subtraem-se os Abatimentos, resultando assim o Rendimento Colectável.
Desse resultado divide-se por 1 (se se for solteiro) ou por 2 (se se for casado) obtendo-se assim o
Rendimento Colectável Corrigido. Este resultado multiplicar-se-á por uma determinada taxa de imposto
(consoante o rendimento colectável), reduzindo-se então para um determinado valor (parcela a abater),
ENTREGA DA DECLARAÇÃO
Nessa Declaração, para além de ser obrigatório indicar os rendimentos e descrever a sua
situação pessoal, é oportuno discriminar certas despesas que têm como objectivo reaver o imposto
liquidado, despesas essas que servem para deduzir à colecta do IRS. Nomeadamente, despesas com a
saúde, educação, compra ou aluguer de imóveis, etc., e ainda diversos benefícios fiscais.
TAXAS DE IRS
DEDUÇÕES À COLECTA
EXERCÍCIOS:
NOTA
Nos exercícios que se seguem, os cálculos do valor de IRS a pagar são referentes ao Continente
e não terão em consideração as deduções à colecta, excepto indicação em contrário.
14. A D. Salomé e o Sr. Tiago, casados, declararam um rendimento colectável de 50 000 €, relativo a
2008. Supondo que não vão fazer qualquer dedução sobre esse valor:
14.1. Qual a taxa de IRS a que está sujeito esse valor?
15. A Margarida trabalha no Funchal e auferiu, no ano de 2008, um rendimento colectável de 12 340 €.
Supondo que não vai fazer qualquer dedução sobre esse valor, quanto terá de pagar de IRS?
16. Supondo que não há deduções a fazer, calcule o IRS a pagar pelo Júlio em 2009 (relativo a 2008),
tendo em conta que o seu rendimento colectável foi de 15 395 € e que reside em Tomar.
17. O Sr. Marco teve, no ano de 2008, um rendimento colectável de 22 347,81€. Calcule o valor a pagar
de IRS se o Marco residir em:
17.1. Vila Nova de Foz Côa.
18. Em 2008, A D. Rita, que vive em Lisboa, declarou às finanças um rendimento colectável de 5227,89€.
Supondo que não há deduções a fazer, calcule:
18.1. A taxa de IRS a aplicar.
19. O casal Tavares, que vive no Porto, declarou, relativamente ao ano de 2008, um rendimento
colectável de 78 833,56 €. Suponha que não tem deduções a efectuar.
19.1. Qual a taxa de IRS a que se encontra sujeito o valor declarado.
19.2. Qual o valor de IRS que o casal Tavares vai ter de pagar?
20. Calcule o IRS a pagar por um casal que declarou às finanças um rendimento colectável de 22 350 €,
não tendo quaisquer deduções a efectuar.
Para este cálculo, considere que o casal reside:
20.1. Em Odemira.
20.2. No Faial.
20.3. No Funchal.
21. Calcule o valor do IRS liquidado pelo casal Soares, com dois filhos em idade escolar, que declarou às
finanças, em 2008, um rendimento colectável de 23 750,57 €, tendo ainda as seguintes despesas a
deduzir à colecta:
3 927,33 € de juros e amortizações de dívidas relativos ao empréstimo à habitação (Habitação
Própria e Permanente);
724,45 € de despesas de saúde (despesas isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida);
1 240,45 € de despesas de educação.
Determine o valor que o casal Soares terá de pagar ao Estado de IRS.
22. O casal Silva, com um descendente em idade escolar, vive no Porto e declarou, relativamente ao ano
de 2008, um rendimento colectável de 29 133,56 €. Suponha que tiveram nesse ano as seguintes
despesas:
7 647,00 € de juros e amortizações de dívidas relativos ao empréstimo à habitação (Habitação
Própria e Permanente);
Aquisição de um painel solar para aquecimento de Águas Quentes Sanitárias no valor de
3670,25 €;
860,00 € de despesas de educação;
456,35 € de despesas de saúde (despesas isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida);
127,89 € de outras despesas de saúde (sujeitas à taxa normal de IVA, justificadas com receita
médica);
2 160 € de encargos com o lar de idosos;
246,72 € relativos a prémios do seguro de vida;
630,58 € na aquisição de um computador.
Calcule o valor do IRS liquidado. Calcule o valor de IRS que o casal Silva terá de pagar ao Estado.
23. O Dr. José Castro, 32 anos, solteiro, residente numa casa alugada em Aveiro, declarou, em 2008, um
rendimento colectável de 16 136,90 €. Nesse ano teve as seguintes despesas passíveis de serem
dedutíveis à colecta:
75 € na aquisição de um software para utilização no computador;
3 000 € de rendas de habitação permanente;
223,43 € de despesas de saúde (despesas isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida);
65,76 € de outras despesas de saúde (sujeitas à taxa normal de IVA, justificadas com receita
médica);
2 700 € de propinas relativas à sua pós-graduação na Universidade de Aveiro;
385,8 € de prémios relativos ao seguro de saúde;
600 € aplicados num Plano Poupança Reforma;
300 € de donativos aos Bombeiros Voluntários de Aveiro.
Calcule o valor do IRS liquidado. Determine quanto é que o Dr. José silva terá de pagar ao Estado de
IRS.
24. O Dr. Carlos Costa, 32 anos, solteiro, residente em Fafe, recebeu da entidade patronal, via correio, a
seguinte declaração de rendimentos:
Exmº Senhor(ª)
Carlos Manuel Lopes Costa
Urbanização Eng.º Mário Valente, n.º 92
4820-367 Fafe
Declaração
Titular dos rendimentos
Nome: Carlos Manuel Lopes Costa
Contribuinte: 294793028 Rep. Fin.: Fafe Cod.Rep.:400
Descontos obrigatórios
Seg. Social / CGA 1.869,08 €
A.D.S.E. / Outro Sistema de Saúde 225,12 €
Descontos Facultativos
Sindicatos 0,00 €
Seguros 0,00 €
Sistemas Fac. Seg. Social 0,00 €
24.1. Determine o rendimento colectável sabendo que o Dr. Carlos Costa não faz abatimentos ao
rendimento líquido.
24.2. De acordo com os rendimentos declarados, Indique a taxa de IRS a que está sujeito o Dr.
Carlos Costa.
24.4. Considere as seguintes despesas que o Dr. Carlos Costa teve relativas a 2008 e passíveis de
serem dedutíveis à colecta:
575 € na aquisição de um computador;
300 € de juros e amortizações de dívidas relativos ao empréstimo à habitação
(Habitação Própria e Permanente);
193,43 € de despesas de saúde (despesas isentas de IVA ou sujeitas à taxa reduzida);
65,76 € de outras despesas de saúde (sujeitas à taxa normal de IVA, justificadas com
receita médica);
1 200 € de propinas relativas à sua pós-graduação na Universidade do Minho;
301,44 € de prémios relativos ao seguro de saúde;
360 € aplicados num Plano Poupança Reforma;
60 € de donativos à Cruz Vermelha de Aveiro.
24.5. Determine se o Dr. Carlos vai ter de pagar IRS ou, pelo contrário, se vai ser reembolsado pelo
Estado.
ANEXOS
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