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Fiscal I

29-10-2021

Resposta do caso pratico:

 De acordo com o art.16 nº1 a) IRS, Bernardo é considerado residente em


Portugal. O art.19º LGT diz-nos que mais importante do que o domicílio
presente nas finanças é o domicílio físico, ou seja, o local da residência
habitual. Neste caso, Bernardo tem que demonstrar que trabalha na Suíça e
trabalha la, ou seja, a sua residência é lá e, deste modo, Bernardo não é
considerado como residente em Portugal.

Sede – lugar onde a pessoa coletiva tem o centro da sua atividade de acordo com o
seu ato constitutivo;

Direção Efetiva- deve ter lugar na sede, mas pode não acontecer

Estabelecimento Estável – local onde a pessoa coletiva exerce atividade, pode ser 1 ou
vários

Exemplo:
 Pessoa Coletiva- sociedade ABC, Lda.
 Objeto- Exploração de supermercados
 Estabelecimentos Estáveis- Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Murça

Art.5º IRC – Estabelecimento Estável

Exemplos de estabelecimentos estáveis:

1) Empresa do ramo de comercio de retalho que tem 2 lojas ZARA, 1 em Chaves e


outra em Vila Real. Cada uma dessas lojas é um estabelecimento estável. A
empresa pode ter a sua sede ou direção noutra localidade. A sua atividade são
as lojas.

2) Sociedade com sede em Espanha que se dedica ao fabrico de tintas e tem em


Portugal uma sucursal (empresa sem personalidade jurídica), onde ela
desenvolve toda a sua atividade.

3) Sociedade com sede em Matosinhos que se dedica à atividade de importação e


exportação. Mas a empresa resolve abrir um escritório em Felgueiras, porque
tem muitos clientes naquela zona. Esse escritório será um estabelecimento
estável.
4) Um local de direção efetiva também pode ser um estabelecimento estável.
Uma empresa que tem sede em Malta, essa empresa dedica-se a várias
atividades, incluindo a exploração de hotéis e a consultoria. Suponhamos que
esta empresa tem um local em Portugal onde o diretor da empresa se encontra
diariamente e toma decisões de gestão, esse local é um local de direção (art.5º
nº2 a)).

Caso Prático:

Ana, portuguesa e tendo sempre residido em Portugal, vai trabalhar para o


Brasil por um período de 1 ano. Ana está obrigada a ter em Portugal um representante
fiscal?
R: Ana será obrigada a nomear um representante fiscal em Portugal se ela for um
sujeito passivo de um imposto.

Art.29º Transmissão dos créditos e obrigações tributárias- LGT

Obrigação Tributária
S. ativo S.Passivo

Nº1 nº2 e nº3

 O sujeito passivo da obrigação tributaria pode mudar?


o Sim, pode mudar através de sucessão universal por morte.

Benefício do inventario – só aceitar/ficar responsável das dividas até ao montante que


recebeu através da herança.
Conteúdo / Objeto da Relação Jurídica

 Crédito / Dívida de imposto


 Direito a prestações acessórias – art.31º nº2 LGT

Art.30º nº1 c) LGT:


 Exemplo de dedução
o Em IRS, no caso do sujeito passivo a quem foram feitas retenções na
fonte, o sujeito passivo ao calcular o imposto final tem direito a deduzir
as importâncias retidas;
o Em IRS, quando o sujeito passivo tenha efetuado pagamentos por
conta, no momento do cálculo do imposto definitivo, o sujeito passivo
terá direito a deduzir os pagamentos por conta. (Pagamentos por conta-
art.102º IRS; art.33 LGT)

Art.35º, Juros compensatórios- LGT


 Visam compensar o sujeito ativo do tributo pelo atraso na liquidação de
imposto.
 Liquidação de imposto, o que é?
o Procedimento tributário através do qual se quantifica a dívida

A obrigação tributária é uma obrigação “ex lege”. A obrigação tributária nasce por
força da Lei no momento em que ocorre o facto tributário (Ex: momento da obtenção
de um rendimento; momento da obtenção de um automóvel).

Os sujeitos ativos retardam a liquidação dos impostos ao não cumprirem devidamente


os seus deveres de declaração.
 Exemplo:
o A pessoa que não declarou todo o seu rendimento;
o A empresa que não declarou toda a sua faturação;
o O proprietário de um imóvel que fez obras e não declarou no prazo
devido;
10/11/2021

Caso Prático

Carla foi notificada no dia 15/09/2021, de uma liquidação de IRS para ser paga
até ao dia 15/10/2021, importo este de 1.800 €. Dinis, seu marido, foi notificado de
uma liquidação de IRS no dia 20/09/2021 tendo direito a um reembolso no valor de
1.500 €.

O prazo para reclamação de uma liquidação, havendo imposto a pagar é de 120


dias após o termo do prazo para pagamento.

O prazo para impugnação judicial de uma liquidação é de 90 dias após o termo


do prazo para pagamento do imposto.

Pode ser efetuada compensação nos termos do art.89º ou 90º do CPPT ?

Resposta:
Art.89º nº1 a)
Art.90º nº2
Pode. É a Carla que faz o pedido (art.90º nº1)

Como é que alguém tem um crédito tributário? Alguém tem um crédito tributário ou
porque lhe foi apurado um reembolso (há imposto em que acontecem reembolsos (IRS
com retenção na fonte, IRC, IVA))

Sempre que existe um crédito tributário com reembolso poderá haver compensação.

Pagamento indevido da prestação tributaria (art.43º LGT)

Juros indemnizatórios- pagos ao sujeito passivo

Erro imputável aos serviços – a AT pratica o ato de liquidação, o SP não concorda e há


impugnação e houve um problema de interpretação da lei

A AT não paga

A lei é inconstitucional a lei é contraria aos tratados da UE

Os juros indemnizatórios são calculados à mesma taxa dos juros compensatórios


Período de contagem dos juros

Os juros incidem sobre o período desde o momento do pagamento até à

Caso Prático

Armindo recebeu, no dia 14/03/2019 uma notificação de IRS, com imposto a


pagar no montante de 2.400 € até ao dia 20/04/2019. Armindo procedeu ao
pagamento do imposto no dia 01/04/2019.
Armindo deduziu impugnação judicial contra a liquidação no dia 30/04/2019.
No dia 02/11/2021, foi proferida sentença no processo de impugnação anulando o ato
de liquidação. A AT restituiu o imposto a Armindo no dia 10/11/2021.

Diga se há lugar ao pagamento de juros compensatórios ou indemnizatórios, se


sim, proceda ao seu cálculo.

Resposta:

Art.43º nº3 b) LGT, há lugar ao pagamento de juros indemnizatórios

1 abril 2019 ----------------10 novembro 2021


(dia pagamento) 945 dias (dia restituição)

2.400 * 0,04 * 945 / 365 = 248,5

Juros de Mora (art.44º LGT)

Pagos pelo SP e são pagos porque o SP não pagou no tempo devido.

São devidos desde o momento em que começa a mora e contam até ao dia do
pagamento, inclusive.

A taxa de juros de mora é a taxa de juro para as dividas ao Estado (varia)

Ver taxas de juro de 2018, 2019, 2020, 2021

4,857% 4,786%
4,825% 4,705%
Caso Prático

Bela, recebeu no dia 01/08/2020, notificação para pagar uma divida de IRS no valor de
7.500,00 €, até ao dia 30/09/2020. Bela não pagou e deduziu impugnação judicial
contra a liquidação. Foi instaurado processo de execução fiscal da divida no dia
15/02/2021 e, no mesmo dia, emitida a respetiva citação. Bela foi citada para o
processo de execução fiscal no dia 20/02/2021. Bela pagou a divida no dia 12/03/2021.

1) Diga se há lugar ao pagamento de juros de mora. Se sim, proceda o seu cálculo.

Resposta:
Tem lugar ao pagamento de juros de mora (art.44º nº1 LGT)

30 setembro 2020 ------------------ 15 fevereiro 2021

7.500 * 0,04786 * 92 / 365 (dias até ao final do ano 2020) = 90,475

7.500 * 0,04705 * 46 / 365 = 44,47

199,6 + 196,3 = 395,9

12/11/2021

Art.45 LGT – caducidade


 Direito que a AT tem de ? os tributos

O que é a caducidade?
 É um conceito que se aplica aos direitos. Os direitos caducam.

O que é a caducidade dos direitos?


 É a extinção de um direito pelo decurso do tempo

O prazo de caducidade conta-se a partir do facto tributário

Imposto periódico – ligado a uma situação que é permanente


 IMI

Impostos de obrigação Única – IMT, ISV


 Uma situação que acaba assim que é paga
Caso Prático

Armando comprou um automóvel na Alemanha e trouxe-o para Portugal no dia


15-04-2019. Quando termina o prazo de caducidade de liquidação do ISV respetivo?

Resposta:
 Uma vez que o ISV é um imposto de obrigação única, o prazo de caducidade
será de 4 anos a partir da data em que o facto tributário ocorre, deste modo, a
caducidade será dia 15-04-2023. (art.45º nº4 LGT)

IVA

2 regimes:
 Mensal – para empresas mais pequenas
 Trimestral – para empresas maiores
o Declaração 1T- N (ano) 15 Maio- N
o Declaração 2T – N (ano) 15 agosto – N
o Declaração 3T – N (ano) 15 novembro – N
o Declaração 4T – N (ano) 15 fevereiro seguinte – N

O SP tem que periodicamente declarar o quanto ganhou

Declaração Jan. N – 15 Mar. N

Caso Prático

Bela omitiu vendas do mês de julho de 2020 na sua declaração trimestral do


IVA. Quando termina o prazo de caducidade de liquidação do respetivo imposto?

Resposta:
O prazo será dia 1-1-2025 (art.45º nº4 LGT), uma vez que ira começar a contar a partir
de 1-1-2021.

A Bela omitiu vendas dos meses de outubro e novembro de 2020.

Resposta:
Faturação meses : outubro 2020, novembro 2020

Exigibilidade : 15 fevereiro 2021

Ano seguinte : 2022

O prazo termina a 1-1-2026


O que é que a AT tem de fazer para não passar o prazo de caducidade? Art.45 n6

Imagina que a AT envia a notificação no dia 28-12-2021 e vamos imaginar que. Prazo
de caducidade está a acabar. Vai-se considerar notificado no dia 31-12-2020

O prazo de notificação é de 3 dias. (art.45º nº6 LGT)

Caso Prático

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