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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO- UFRPE

UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA-UAST


LICENCIATURA PLENA EM LETRAS
PRÁTICA DE ENSINO II – ENSINO MÉDIO
PROFESSORA DRA. JANE BELTRAMINI

MÁRCIA REJANE PEREIRA DE AGUIAR

Ensaio: Concepções de Linguagem e o Ensino de Língua Materna no Brasil

SERRA TALHADA
2018
A Língua Portuguesa foi decretada como língua oficial no Brasil no período histórico
que denominamos de Período Pombalino, visando o domínio efetivo de tudo o que havia no
território, inclusive o domínio humano. Antes da chegada dos portugueses a este território
existiam várias tribos indígenas que possuíam diversas línguas, estima-se um número de 340.
Para fins de consolidação de poder e domínio, os jesuítas começaram a estudar essas línguas e
atestaram que a grande maioria era uma ramificação do Tupi-Guarani, dessa forma, as
condições comunicativas foram sendo satisfeitas após a adoção da chamada Língua Geral, que
possuía uma base lexical da língua Tupi-Guarani. Dessa forma, os primeiros educadores
destas bandas foram os jesuítas. Visavam ensinar, principalmente aos indígenas, as Primeiras
Letras, aprender a ler e escrever em Português, para isso usaram efetivamente a Língua Geral.
O ensino também era centrado na disseminação dos ideais cristãos e de uma sociedade
eurocêntrica mercantilista. O modelo educacional adotado por eles partia do Ratio Studiorum,
e aqui no Brasil funcionou da seguinte forma:

(...) diversificada, com o objetivo de atender à diversidade de interesses e de


capacidades. Começando pelo aprendizado do português, incluía o ensino da
doutrina cristã, a escola de ler e escrever. Daí em diante, continua, em caráter
opcional, o ensino de canto orfeônico e de música instrumental, e uma bifurcação
tendo em um dos lados, o aprendizado profissional e agrícola e, de outro, aula de
gramática e viagem de estudos à Europa. (RIBEIRO, 1998, p. 21-22)

O decreto do Marquês de Pombal trouxe mudanças no cenário educacional da época,


principalmente no tocante a quem conduziria o ensino já que os jesuítas foram expulsos do
território em 1789. Agora o Estado coloca a mão na Educação, e não a Igreja. O ensino era em
Língua Portuguesa, mas esta, ainda não era disciplina curricular, o que, de forma tardia, só foi
acontecer em meados do século XIX. Nas mudanças no ensino da época Pombalina, apenas
trazia a necessidade de se estudar a gramática do português por seis meses, para facilitar o
ensino-aprendizagem da gramática do Latim. Coexistiam três disciplinas sobre o Português,
os estudos de retórica, os de gramática e os de poética. No século XIX elas foram fundidas em
uma única disciplina.

A educação escolar brasileira, quase sempre, destinou-se a uma camada pequena e


detentora de poder, a elite. Havia uma única disciplina para o português, mas seu ensino era
pautado na retórica, poética e principalmente na gramática. Tudo muito bem preparado para
atender os interesses socioculturais de uma elite, com regras do bem-falar e do “bem-ler”.
Algo que merece destaque é o fato de que o termo professor de língua portuguesa, ou
professor de português só veio surgir em 1871, até este período o professor era alguém
especializado na literatura da língua. Não havia também cursos que se destinassem a
formação de professores para atuarem nesta área, o que só veio a surgir em 1930.

A partir desse ponto, a discursão se configurará sobre o ensino de língua do último


século, o XIX, principalmente nas concepções de língua e linguagem que vigoraram nas
décadas de 60, 70, 80 e 90, e que até hoje influenciam o ensino de língua materna no nosso
país. Para tal, como recurso teórico, utilizaremos Zanini (1999), Geraldi (1984) e outros
importantes autores.

Na década de 1950 a escola ainda era destinada a um número seleto de alunos, e o


ensino-aprendizagem em língua portuguesa correspondia ao domínio da gramática da língua,
isto, muito ligado ao fato de que, nos anos anteriores, houve uma intensa produção de
gramáticas, o interessante é que havia uma destinada a cada nível de ensino, onde os aspectos
formais das línguas ocupam o centro da discursão, a língua é vista como um sistema,
homogênea, e na prática de ensino deve-se está ligada a descrição das formas linguísticas.

Em 1961, temos a homologação da nossa primeira Lei de Diretrizes e Bases (Lei


4024/61) onde o enfoque do ensino de LP recaia sobre conhecer e dominar as regras de
gramática. Zanini (1999, p. 80) intitula a década de 60, como a década dos conceitos, pois
nesse período o indivíduo necessitava dominar informações sobre tudo. Neste período a
tendência pedagógica predominante era a tradicional, onde o papel do professor era transmitir
conteúdos e o aluno aprender, memorizar, assimilar o conteúdo, este que estava desvinculado
com a vida dos alunos, de forma passiva. Professor que sabia tudo versus aluno tábua rasa,
recipiente. Não havia espaço para que os sujeitos do saber fizessem uma interação verbal,
comunicativa, eficiente. As aulas eram altamente e tão somente expositivas e método de
avaliação era sobre noções de certo e errado.

Nesta década a concepção de linguagem dominante era língua como expressão de


pensamento. Segundo esta concepção a língua serve como uma forma de representação do
pensamento de quem a utiliza. Dessa forma, quem não se expressa bem é porque não
consegue pensar bem. O ensino de língua era centrando no domínio da gramática e dominar
gramatica era dominar a metalinguagem. Para Geraldi (1984) é justamente neste ponto que se
explica o baixo desempenho linguístico dos alunos, falar sobre metalinguística para alunos
que não o utilizam a variedade padrão, não é o correto. Geraldi (1984) é defensor da
concepção língua como forma de interação, que falaremos mais adiante.

Oralizar e escrever na concepção de língua como expressão de pensamento, era a


repetição de modelos literários. Era uma imitação de texto de autores retomados. Uma
problemática apresentada por Bräkling (2002) é a exclusão de gêneros discursivos nesta
concepção, os textos “privilegiados” eram os literários, não havia espaço para se trabalhar o
gênero bilhete, por exemplo, ou tão pouco um artigo que falasse sobre como as abelhas são
importantes para o ecossistema.

Acompanhando as mudanças sociais, políticas e econômicas, em 1971, outra Lei de


Diretrizes e Bases é homologada, a Lei 5692/71. Neste documento fica claro a concepção de
linguagem que a escola deveria seguir: a língua como instrumento de comunicação. Essa
concepção se aproxima do Estruturalismo de Saussure, e vê a língua como um conjunto de
signos linguísticos, que se combinam a partir de determinadas regras, ou seja, confessa a
existência de um código linguístico, de um emissor que envia uma mensagem para um
receptor. Essa concepção traz em si a ideia de neutralidade, como sabemos, nenhum discurso
é neutro. Traz também a ideia que em uma comunicação se exige apenas que o receptor/ leitor
codifique e interprete o que lhe foi transmitido. Se houve uma interpretação diferente, atribui-
se a incapacidade do individuo em interpretar e não porque a mensagem permitiu outra (as)
interpretação (ções).

A década de 70 é chamada por Zanini (1999, p. 81) como a década dos modelos, isso
explica-se por uma sequência de fatos: primeiro, o Brasil estava vivendo um momento
agitado, vivia a Ditadura Militar e buscavam-se o progresso, vulgo, muito capital, à custa do
menor investimento possível, seja monetário ou temporal. A democratização da escola vivia
seu apogeu, teoricamente. As camadas mais populares da sociedade iam pisar os pés em uma
instituição de ensino, traziam em si marcas linguísticas (e outras, econômicas, sociais,
culturais) diferentes da elite, a quem antes era destinada a educação. Agora a tendência
pedagógica que vigorava (ao menos nos documentos oficiais) era a tecnicista, onde o material
didático ocupava o lugar central, não o professor, nem o aluno, mas sim as técnicas e
conteúdos, que eram os meios para se chegar ao saber. Desta forma, era necessário formas
rápidas e fáceis de memorização, assim exercícios de “siga o exemplo” “ligue a forma
singular à forma plural” eram frequentes. A prática de ensino em LP era superficial e
descontextualizada. Ensinou-se a repetir, não a refletir, acomodou o professor.
A partir da década de 80 o cenário linguístico povoa-se de teorias e esse fato
influenciou o ensino em Língua Materna. Onde havia muito ensino de gramática passou a
sequer ser considerado tal fato. O que assustou os professores. Zanini (1999) nomeou como a
década dos discursos, a concepção que vigora é língua como forma de interação humana e é
desenvolvida em diálogo com os textos bakhtianos. A língua é vista como um processo que
não é interrompido, é contínuo, que se realiza a partir de uma interação verbal e que antes, é
social, entre agentes sociais, ou sujeitos da interação, que por meio dela ocorre sempre uma
troca. Desta vez não se exclui o contexto da enunciação, ora, esta influencia ativamente no
enunciado, sendo concebido e entendido dentre dele. Todo enunciado possui um objetivo e
um contexto comunicativo. Essa concepção é influenciada por diversos estudos, como Análise
do Discurso e a Sociolinguística. Segundo Bakhtin:

A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de


formas lingüísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato
psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal,
realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui
assim a realidade fundamental da língua. (BAKHTIN, 1999, p. 123)

Podemos perceber como esta concepção difere das outras duas: a língua não é vista como uma
forma de expressar o pensamento, como objeto estático e invariável. Bakhtin diz que o
pensamento é organizado pela linguagem ao longo da vida e dos discursos que o sujeito social
estabelece, por isso a língua não é uma tradutora do pensamento. Muito menos, apenas um
sistema de códigos que devem ser aprendidos para que haja comunicação entre um emissor e
o receptor. Segundo Bakhtin, a concepção de língua como instrumento, transforma o papel do
receptor em passivo, em mero decodificador, quando na verdade, o receptor quando
compreende a mensagem constrói uma resposta ativa a partir de uma base valorativa.

Nessa concepção, a língua é vista como forma de interação social entre sujeitos que
estão situados em um contexto histórico e socioideológico e que produzem enunciados
particulares, ou seja, o contexto e os participantes do discurso moldam os enunciados,
diferentemente do que o psiquismo individualista propõe.

Fundamentada nos conceitos do Círculo de Bakhtin, o texto vai começar a


desempenhar um papel importante na sala de aula, inclusive o precursor vai ser o próprio
Geraldi que publica o livro O texto na sala de aula. Para Zanini:

O texto já não é estático. Ele revela uma dinamicidade, a qual não se


buscava nos textos produzidos nas décadas anteriores. O texto aqui é
revelador de um discurso. O texto aqui tem alma, e não tão somente
forma. Assim, afasta-se a concepção de redação - produto acabado,
predisposto à avaliação, sem a possibilidade de interferências ou
inferências externas ao espaço que ocupa no papel. Surge, então, a
concepção de texto, produto constituído de conteúdo e de forma, que
tem um autor e um leitor específico. Por isso, aqui as variações
linguísticas ao valorizadas e reconhecidas. (ZANINI, 1999, p. 83)

Embora em 1980 essas mudanças tenham sido significativas, ainda não eram
suficientes. Adentrou-se na década de 90 e o desempenho linguístico dos alunos ainda eram
insatisfatórios. Fora publicado a LDB vigente Lei 9394/96 tentando reunir teoria e prática
para o ensino de LP. Agora, o aluno é um sujeito da interação, ele e o professor interagem com
os textos (gêneros discursivos) e mais que um mero interpretador, o aluno se torna um
produtor, ou seja, abre-se um espaço para o aluno se tornar autor. Os textos levados para sala
de aula são reais, contextualizados. Segundo Zanini:

No que tange à língua materna, o seu ensino parte do ponto em que se prevê
a concretização de seus objetivos: o texto. A sua produção advém de um processo
contínuo de ensino/aprendizagem, cuja “metodologia permite integrar a
construção do conhecimento com as reais necessidades dos alunos” (Sercundes,
1997: 83). Envolvem-se aí as atividade que fortalecem a competência lingüística
de seus autores: leitura crítica, a escrita com objetivo e leitor definidos, a
compreensão e interpretação do mundo, a reflexão sobre a própria linguagem. Aqui
o texto já não se revela um produto pronto, intocável, que pertence somente ao
seu criador, que não permite inferências, nem interferências, pois surge para
satisfazer as necessidades do autor e do leitor que compartilham um mesmo
conhecimento de mundo e de língua. (ZANINI, 1999, p. 84)

Seguindo essa linha, os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa


adotaram o texto, ou os gêneros discursivos como o ponto de partido e ponto de chegada para
o processo de ensino-aprendizagem em Língua Materna. Marcuschi (2016, p.21) revela os
pontos positivos do aspecto teórico-metodológico do documento:

(...) (a) adoção do texto como unidade básica de ensino; (b) produção linguística
tomada como produção de discursos contextualizados; (c) noção de que os textos
distribuem-se num contínuo de gêneros estáveis, com características próprias e são
socialmente organizados tanto na fala como na escrita; (d) atenção para a língua em
uso, sem se fixar no estudo da gramática como um conjunto de regras, mas frisando
a relevância da reflexão sobre a língua; (e) atenção especial para a produção e
compreensão do texto escrito e oral; (f) explicitação da noção de linguagem adotada,
com ênfase no aspecto social e histórico, (g) clareza quanto à variedade de usos da
língua e variação linguística.

Recentemente tivemos a publicação da Base Nacional Comum Curricular, que parece


seguir os aspectos teóricos e metodológicos da terceira concepção de linguagem:

As relações pessoais e institucionais e a participação na vida em sociedade se dão


pelas práticas de linguagem. É por meio dessas práticas que os sujeitos (inter)agem
no mundo e constroem significados coletivos. As práticas de linguagem permitem a
construção de referências e entendimentos comuns para a vida em sociedade e
abrem possibilidades de expandir o mundo em que se vive, ampliando os modos de
atuação e de relacionar-se (BRASIL, 2016, p.86).

Para concluir, as leituras que foram feitas são dotadas de um valor imprescindível, a
carreira docente é desafiadora independente da época, não nos permite ficar inertes sem
refletir e aprimorar. Estudos científicos sempre veem à tona e são importantes. Geraldi diz
algo muito pertinente, que no atual momento não parece ser lembrando e que pode levar a
educação para caminhos perigosos de outrora: “(...) toda e qualquer metodologia de ensino
articula uma opção política - que envolve uma teoria de compreensão e interpretação da
realidade- com os mecanismo que utilizados em sala de aula.” (GERALDI,1984, P.40)

Ainda podemos destacar o lugar central que os gêneros do discurso ocupam na


concepção que vigora atualmente, com base nisso, foi desenvolvido um plano de aula
centrado na aplicação de um gênero discursivo, assim como o papel social desse. Segue
abaixo:

Disciplina: Língua Portuguesa

Turma: 2º Ano do Ensino Médio

Duração da aula: 1h 40min. (2 aulas).

Objeto de ensino-aprendizagem: gênero argumentativo debate

Conteúdos abordados: conceito do gênero debate e a função social exercida por ele; tipos de
debates que permeiam o cotidiano, dos informais aos mais formais; conceito de debate
regrado.

Temática: Argumentação, vivência e crítica social

Meta ou expectativa de aprendizagem: compreender o debate como gênero do cotidiano,


em situações formais ou informais, e que a argumentação exige conhecimento, reflexão,
respeito, entre outras práticas; entender o conceito e os tipos de debate, precisamente, o debate
regrado; refletir e argumentar de forma oral e precisa sobre O uso do celular no ambiente
escolar e suas implicações.

Procedimentos metodológicos:
1) {10 min} Em um primeiro momento, deverá ser questionado aos alunos o que eles
entendem por argumentação e que situações do cotidiano eles fazem uso desse
recurso, mostrando que argumentar é algo realizado por nós dentro dos mais
diversos grupos sociais, seja na família, igreja, escola, e que para isso devemos ter o
mínimo de conhecimento sobre o objeto que vamos argumentar, nos posicionando
contra ou a favor. Por exemplo, para alguém argumentar que não gosta de grupos
musicais de KPOP, essa pessoa, algum dia deve ter visto alguma performance. Desta
forma, deve-se traçar uma linha entre a argumentação e o gênero que vamos
trabalhar: o debate. Já que esse gênero exige para argumentação, conhecimento e
ponderação. Deverá ser questionado aos alunos do que se trata o debate, para que
serve, e também as formas que devemos realizar um debate, frisando que sempre
deve prevalecer o respeito sobre a outra pessoa que também debate. O professor,
com a ajuda dos alunos, irá escrever no quadro as respostas do que foi questionado
nesta breve discussão. o professor deve explicar que o debate surge em meio a algo
que seja polêmico.

2) {10 min} Em seguida o professor irá reproduzir um vídeo que contém um debate
sobre o uso do aparelho celular em sala de aula (Estadão, Põe na roda: celular em
sala de aula. 2016) O debate do vídeo é entre três alunos, eles discutem questões
sobre o tema. A partir do que foi apresentado no vídeo, o professor deve questionar
aos alunos que posição eles têm diante do tema, se são favoráveis ou desfavoráveis e
por qual motivo.

3) {15 min} Após a apresentação do vídeo, será entregue cópias do texto Proibir não é
a solução: 4 vantagens do celular em sala de aula (MELO, Ione Cristina. Proibir
não é a solução: 4 vantagens do celular em sala de aula. Disponível em: <
http://recode.org.br/4-vantagens-do-celular-em-sala-de-aula/> Acesso em: 21 de
novembro de 2018) e será pedido que realizem uma leitura coletiva. Feita a leitura,
será realizada uma compreensão do texto, evidenciando o gênero que o texto
pertence (artigo de opinião), qual a função social aquele gênero exerce, levantando
os argumentos utilizados pela a autora, verificando o nível linguístico, entre outras.

4) {25 min} A mesma metodologia deve ser realizada com o texto O uso do celular e
as consequências negativas para o rendimento escolar (DOM BARRETO. O uso
do celular e as consequências negativas para o rendimento escolar. Disponível
em: < http://dombarreto.g12.br/portal/?p=12165> Acesso em 21 de novembro de
2018). Deve ser explorado as ideias nos textos que são contrárias.

5) {25 min} Conhecida algumas estratégias de argumentação por meio do vídeo e dos
textos, o professor irá utilizar uma apresentação em Power point e uma exposição
oral e sistêmica sobre o gênero debate, os seus tipos, exemplificando sempre que
possível. O debate regrado deverá ser mais aprofundado, explicando a sua
importância e função, suas regras (respeito ao turno do colega, ao tempo, e ao
outro), o trabalho dos debatedores e suas estratégicas de argumentação, deixando
bem claro que debater exige pesquisa e reflexão sobre o tema, assim como o
trabalho do moderador.

6) {10 min} O restante final das aulas será destinado a realização da chamada e a
divisão de grupos de 5 alunos para a realização de um debate que ocorrerá nas aulas
seguintes, assim como a seu planejamento (pesquisa, organização, etc) O professor
deverá deixar os temas livres, mas sempre orientando os alunos.

Materiais e Recursos didáticos:

 Quadro,
 Pincel,
 Cópias dos textos,
 Datashow,
 Notebook,
 Caixinhas de som

Avaliação:

Através da discussão feita em sala, será avaliado a compreensão sobre a forma que
deve ser realizada uma argumentação; o conhecimento prévio sobre o gênero
argumentativo debate; a interpretação realizada a partir das leituras realizadas e de
que forma isso impactou o aluno.
Referências

BAKHTIN, Mikhail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem: problemas


fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Tradução de Michel Lahud e
Yara Frateschi Vieira; com a colaboração de Lúcia Teixeira Wisnik e Carlos Henrique D.
Chagas Cruz. 9.ed. São Paulo: Hucitec, 1999
BRAKLING, Kátia Lombra. Concepções de linguagem e suas implicações para a prática
pedagógica. In “LÍNGUA PORTUGUESA. MÓDULO 1: O Ensino da Língua Portuguesa:
linguagem, interação e participação social. UNIDADE 5: Diferentes maneiras de se
compreender a linguagem e as implicações para a prática pedagógica”.
REDEENSINAR/UNIARARAS; 2002.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 janeiro de 2019
GERALDI, João Wanderley. Concepções de linguagem e ensino de português. In:
GERALDI, J. W. (Org.). O texto na sala de aula; leitura e produção. Cascavel: Assoeste,
1984. p. 41-49
MARCHUSCHI, Luiz Antônio. O papel da linguística no ensino de línguas. Diadorim, Rio de
Janeiro, v. 2, n. 18, p.12-31, jul. 2016.
RIBEIRO, Maria Luisa Santos. História da educação brasileira: a organização escolar. 15. ed.
Campinas: Autores Associados, 1998.
ZANINI, Marilurdes. Uma visão panorâmica da teoria e da prática do ensino de língua
materna. Acta Scientiarum, v. 21, n. 1, 1999.

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