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Embora outras ordens religiosas tenham atuado na colônia, os jesuítas se destacaram como
educadores e desempenharam um papel fundamental na colonização e povoamento do Brasil,
contribuindo para os objetivos do governo português na época.
A ação dos jesuítas na colônia teve duas fases: uma inicial de catequese e adaptação dos
índios aos costumes europeus, e outra, um século depois, marcada pelo fortalecimento do
sistema educacional anteriormente firmada.
No momento do descobrimento, o litoral brasileiro era habitado por tribos Tupi, enquanto a
tribo Jê permanecia no interior. Os portugueses influenciaram fortemente os Tupi, que
serviram como guias e aliados na colonização. Um dialeto Tupi, principalmente o tupinambá,
foi adotado como língua geral para comunicação, especialmente pelos missionários jesuítas, e
coexistiu com o português. Essa língua Tupi passou por alterações fonológicas e semânticas
sob a influência do português. Ambas as línguas coexistiram na colônia, operando como
adstrato e não como substrato, mantendo-se simultaneamente na região.
A contribuição africana
A partir do século XVII, com o aumento do tráfico de escravos africanos para o Brasil, houve
uma mudança significativa no panorama linguístico da colônia. Os africanos, originários de
várias nações, tanto do grupo Bantu quanto de tribos não Bantu, foram forçados a criar uma
língua de comunicação devido à sua integração na sociedade branca como escravos. Isso
resultou no desenvolvimento de um crioulo português que uniu africanos de diversas origens.
Eles também demonstraram facilidade em adotar a língua geral indígena, contribuindo para
sua difusão.