Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
No momento do descobrimento, as áreas costeiras do Brasil eram habitadas pelas tribos Tupi,
enquanto a tribo Jê ocupava o interior do país. Os portugueses exerceram uma forte influência
sobre os Tupi, que desempenharam o papel de guias e aliados durante o processo de
colonização. Um dos dialetos Tupi, especialmente o tupinambá, foi adotado como língua geral
para comunicação, especialmente pelos missionários jesuítas, e coexistiu com o português.
Com o passar do tempo, essa língua Tupi passou por mudanças em sua fonologia e semântica
devido à influência do português. As duas línguas coexistiram na colônia, operando como
elementos adstratos e não como substratos, permanecendo simultaneamente na região.
A contribuição africana
A partir do século XVII, com o aumento do tráfico de escravos africanos para o Brasil,
ocorreu uma mudança significativa no cenário linguístico da colônia. Os africanos,
provenientes de diversas nações, tanto do grupo Bantu quanto de tribos não Bantu, foram
compelidos a criar uma língua de comunicação devido à sua inserção na sociedade dominante
de origem europeia, na qualidade de escravizados. Isso levou ao desenvolvimento de um
crioulo baseado no português, que serviu como ponto de união linguística entre africanos de
várias origens. Além disso, eles demonstraram habilidade em adotar a língua geral indígena, o
que contribuiu para a sua disseminação e uso mais amplo.
CUNHA, Celso e CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português
contemporâneo. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1985.
LIÃO, Graziela Bonato; GIMENES, Juliana Aparecida; WADA, Adriana Pavão; PEREIRA,
Odete Aléssio. Metodologias do ensino de língua portuguesa e inglesa. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A, 2017.