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1.

Origem e a evolução da língua portuguesa no tempo e no espaço

A língua portuguesa é uma língua neolatina, formada da mistura de muito latim vulgar e mais a
influência árabe e das tribos que viviam na região.

Sua origem está altamente conectada a outra língua (o galego), mas, o português é uma língua
própria e independente. Apesar da influência dos tempos tê-la alterado, adicionando vocábulos
franceses, ingleses, espanhóis, ela ainda tem sua identidade única, sem a força que tinha no seu
ápice, quando era quase tão difundida como agora é o inglês.

No oeste da Península Ibérica, na Europa Ocidental, encontram-se Portugal e Espanha. Ambos


eram domínio do Império Romano há mais de 2000 anos, e estes conquistadores falavam latim,
uma língua que eles impuseram aos conquistados. Mas não o latim culto usado pélas pessoas
cultas de Roma e escrito pelos poetas e magistrados, mas o popular latim vulgar, falado pela
população em geral. Isto aconteceu porque a população local entrou em contacto com soldados e
outras pessoas incultas, não magistrados.

Logicamente não podemos simplesmente desprezar a influência linguística dos conquistados.


Estes dialectos falados na península e em outros lugares foram regionalizando a língua. Também
devemos considerar a influência árabe, que inseriu muitas termos nestes romanços até a
Reconquista. Este processo formou vários dialectos, denominados cada um deles genericamente
de romanço (do latim romanice, "falar à maneira dos romanos"). Quando o Império Romano caiu
no século V este processo se intensificou e vários dialectos foram se formando. No caso
específico da península, foram línguas como o catalão, o castelhano e o galego-português (falado
na faixa ocidental da península). Nesta senda Castro (2001), afirma que o latim era a língua
oficial do antigo Império Romano e possuía duas formas: o latim clássico, que era empregado
pelas pessoas cultas e pela classe dominante (poetas, filósofos, senadores, etc.), e o latim vulgar,
que era a língua utilizada pelas pessoas do povo.

Foi este último que gerou o português e o galego (mais tarde uma língua falada apenas na região
de Galiza, na Espanha). O galego-português existiu apenas durante os séculos XII, XIII e XIV, na
Camões, o português uniformiza-se e adquiri as características atuais da língua. Assim, as
diferenças entre o galego e o português começaram a se acentuar. A consolidação de autonomia
política, seguida da dilatação do império luso consagrou o português como língua oficial da
nação. Enquanto isso, o galego se estabeleceu como uma língua variante do espanhol, que ainda
é falada na Galícia, situada na região norte da Espanha, Teyssier (2001).

Em 1536 Fernão de Oliveira publicou a primeira Gramática da Linguagem Portuguesa,


consolidando-a definitivamente.
2. Evolução da Língua portuguesa

Para Costa (2015), a língua portuguesa obedeceu os seguintes períodos evolutivos:

1. Fase Proto-histórica

Compreende o período anterior ao século XII, com textos escritos em latim bárbaro (modalidade
usada apenas em documentos, por esta razão também denominada de latim tabeliônico).

2. Fase do Português Arcaico

Do século XII ao século XVI, compreendendo dois períodos distintos:

 Do século XII ao XIV, com textos em galego-português;


 Do século XIV ao XVI, com a separação entre o galego e o português.
3. Fase do Português Moderno

Inicia-se a partir do século XVI, quando a língua se uniformiza, adquirindo as características do


português actual. A literatura renascentista portuguesa, notadamente produzida por Camões,
desempenhou papel fundamental nesse processo de uniformização. Em 1536, o padre Fernão de
Oliveira publicou a primeira gramática de língua portuguesa, a "Gramática de Linguagem
Portuguesa". Seu estilo baseava-se no conceito clássico de gramática, entendida como "arte de
falar e escrever correctamente".

2.Diferença da Ortografia portuguesa e a ortografia Brasileira.

Quando falamos da diferença do Português Brasileiro e Europeu, notamos que há varais


diferenças a níveis semânticos, fonéticos, sintácticas, gramaticais e ate mesmo ortográficos. Por
essa razão, as palavras não deve ser encaradas só como objectos ou unidades estanques e
somente estruturais, mas também como unidades que se revestem da necessidade, em diferentes
línguas.
Segundo Bagno (2009), as pesquisas linguísticas devem se concentrar no ambiente vernacular,
pois é a partir dele que surgem mudanças linguísticas que, após certo tempo, tornam-se parte do
sistema de uma língua, sendo perceptíveis em obras literárias consagradas e passando, portanto, a
vigorar como norma culta nas gramáticas normativas, que baseiam sua exposição em elementos
da literatura tradicional.

A nível ortográfico podemos encontrar seguintes diferenças no PE do PB:

1. registro (Brasil) e Registo (Portugal)


2. Fazenda (Brasil) e quinta (Portugal).
3. Torcida (Brasil) e Adeptos (Portugal).
4. Frear (Brasil) e Travar (Portugal).
5. Aterrizar (Brasil) e Aterrar
(Portugal).

Referências

BAGNO, Marcos (2009). Certo ou errado? Tanto faz! In: Nada na língua é por acaso. São Paulo

Castro, Ivo, (2001). Curso de história da língua portuguesa. 1ª Ed., 2ª imp. [Colab. Rita
Marquilhas, J. Léon Acosta]. Lisboa: Universidade Aberta – Portugal
Costa, Ricardo da; Vecovi, Letícia Fantin, (2015). “Ainda suspira a última flor do Lácio?”
Caplletra58 – Revista Internacional de Filologia, Primavera.
Teyssier, P (2001). História da língua portuguesa. [Trad. Celso Cunha]. São Paulo – Brasil.
1. A ciência didáctica e o seu objecto do estudo.

Segundo Hoauiss (2001, p. 22), didáctica pode ser definida como “parte da Pedagogia que trata
dos princípios científicos que direccionam a actividade educativa, com o objectivo de torná-la
mais eficiente”. Deste modo, a Pedagogia é vista como a ciência e a arte da educação, enquanto a
Didáctica pode ser definida como a arte e a ciência do ensino.

2. Objecto de Estudo da Didáctica

Objecto de estudo da didáctica é o processo de ensino e aprendizagem. Para LIBÂNEO


(1994, p. 57O) processo didáctico, desenvolve-se mediante a ação recíproca dos
componentes fundamentais do ensino: os objetivos da educação e da instrução, os conteúdos,
o ensino, a aprendizagem, os métodos, as formas e meios de organização das condições da
situação didática e a avaliação.

3. Principais Categorias Didácticas;

os principais elementos da acção didáctica são:

 o professor, o aluno,
 a disciplina (matéria ou conteúdo),
 o contexto da aprendizagem e as estratégias metodológicas.

4. Conteúdo ou Matéria;

O conteúdo de leccionação é a secular experiência cultural da humanidade, teorizada para


responder às preocupações de uma certa sociedade, por isso, para ser motivante deve reflectir
quotidiano dos alunos. Neste caso ao seleccionar o conteúdo ou matéria o professor devera tomar
em consideração os seguintes aspectos.

Os critérios para seleção de conteúdos, são:

 Utilidade — Este critério está presente quando há possibilidade de aplicar o conhecimento


adquirido em situações novas.
 Significação — Um conteúdo será significativo e interessante para o aluno quando estiver
relacionado às experiências por ele vivenciadas (contextualização).
 Validade — Deve haver uma relação clara e nítida entre os objetivos a serem atingidos com o
ensino e os conhecimentos desenvolvidos.
 Flexibilidade — O conteúdo deve possibilitar a flexibilização, para que sejam feitos os ajustes e
adaptações que necessários.
 Adequação ao nível de desenvolvimento do aluno – os conteúdos devem ser coerentes com o grau
de maturação dos alunos.

Os critérios para organização de conteúdos, são:

 Continuidade - Refere-se ao tratamento de um conteúdo repetidas vezes em diversas fases do


trabalho.
 Sequência - Faz com que os tópicos sucessivos de um conteúdo partam sempre dos anteriores,
aprofundando-os.
 Integração - Refere-se ao relacionamento entre as diversas áreas do processo ensino-
aprendizagem, visando garantir a unidade do conhecimento.

5. Métodos e Técnicas de Ensino

Os métodos de ensino (ou estratégias de ensino) são ações, processos ou comportamentos


planejados pelo professor para colocar o aluno em contato direto com fatos ou fenômenos que
lhe proporcionem experiências que possibilitem modificar sua conduta, em função dos objetivos
previstos.

Quanto as técnicas temos:

1. simulação; caso;
2. painel de discussão;

Métodos de ensino entre os procedimentos de ensino, temos:

1. pesquisa; estudo dirigido ou discussão dirigida;


2. debate cruzado; grupos de vivências;
3. discussão em grupos;
4. dramatizações e estratégias activas.

6. Funções Didácticas.
As “funções didáticas” são orientações que ajudam o professor a dirigir o processo completo de
aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades, destacando:

a) (Introdução-Motivação,
b) Mediação-assimilação,
c) Domínio-Consolidação
d) Controle-Avaliação).

Elas têm uma grande ligação entre si e são executadas de uma maneira dependente, sobrepondo-
se umas das outras durante as diferentes etapas do processo de ensino e processo de
aprendizagem. Atendendo e considerando que, uma função didática abre o caminho para a
efetivação da outra e que o sucesso de uma depende o sucesso da outra. Neste contexto, o artigo
tem como objetivo principal de buscar, refletir, compreender, interpretar e comparar em como
devem ser utilizadas na panificação docente.

7. Relação da didáctica com outras ciências

 A Psicologia indica à Didáctica as oportunidades que melhor favorecem a


expansão/desenvolvimento da personalidade, bem como os processos que melhor
garantem a efectivação da aprendizagem.
 A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos.
 A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a
liderança, a responsabilidade.
 A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base à didáctica,
coordenando-as numa visão que tem por fim explicar o educando como um ser completo
que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se possam efectivar
os propósitos da educação

8. Relação da Didáctica Geral com a Pedagogia; Relação da Didáctica Geral com as


Didácticas Específicas.

Para Libâneo (2010), a pedagogia e a didáctica são campos indivisíveis, haja vista que não
podem se separar ou até mesmo se contrapor, pois a pedagogia e a didáctica apresentam
fundamentos teóricos e metodológicos capazes de contribuir para a transformação da escola em
um contexto de novas vivências e fértil para a construção colectiva de conhecimentos e saberes.
A Didáctica é o principal ramo de estudo da pedagogia. Ela investiga os fundamentos, as
condições e os modos de realização da instrução e do ensino. A ela cabe converter objectivos
sociopolíticos e pedagógicos em objectivos de ensino, seleccionar conteúdos e métodos em
função desses objectivos.

A pedagogia estabelece relações com outras ciências da educação em três níveis, segundo a
finalidade que busca:

 O grupo das disciplinas filosóficas, que buscam os fins da educação: História, Filosofia e
Política educacional.

 O grupo das disciplinas científicas, que buscam os princípios da educação: a Biologia


educacional, Psicologia educacional, Sociologia educacional, Estatística educacional e Educação
comparada.

 O das disciplinas técnicas, que se preocupam com os meios de ensino: Higiene escolar,
Legislação escolar, administração escolar, Didáctica (Geral e especifica), Orientação educacional
e práticas do ensino ou Prática Pedagógica (Geral e especifica -Estágio).

6.2. Relação da Didáctica Geral com as Didácticas Específicas

As disciplinas de didácticas especiais, ou seja, Metodologias de ensino de disciplinas especificas


estudam as questões de ensino de uma determinada disciplina, enquanto que a Didáctica
Geral tem um objecto de natureza geral: se abstrai das particularidades das distintas disciplinas e
generaliza as manifestações e leis especiais do ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas e
formas de ensino. Portanto, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base importante
para a Didáctica Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino das
disciplinas especificas.

Referencias

LIBÂNIO, José Carlos (1994) Didáctica, São Paulo: Cortez

HoUAiSS, A.; villAR, M. S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janei ro: Objetiva, 2001.

Piletti, Claudino (2004). Didáctica Geral, 23ª edição. São Paulo: Ática.
Conceptualize as Práticas Pedagógicas (Definição de Conceito de Práticas Pedagógicas e Importância
das Práticas Pedagógicas)

1. Conceito

Praticas pedagógicas-

Caracterize a Escola como uma organização Complexa

Os Autores da Escolas na Organização Escolar;

Os elementos do espaço Físicos da escola;

Os Conceitos da Educação, Formação e a instrução.

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