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DISCIPLINA
os P
Latim
ANO 1
Ensi
ENSINO
Secundário
Noua Itinera
Curso de Línguas e Literaturas
Ano 1 – 10 o. ou 11 o. ano
Isaltina Martins
Maria Teresa Freire
Índice
Introdução 3
Princípios que presidiram à estrutura do Manual 3
A estrutura do Manual 3
2
Introdução
A estrutura do Manual
Divisão em Seis Unidades, de acordo com as rubricas do Programa.
Na Unidade 1 (um Módulo Introdutório) pretende-se fazer uma sensibilização ao estudo da língua latina e da civilização, mos-
trando como o Latim e a Cultura Clássica estão presentes no nosso quotidiano e constituem os fundamentos da nossa cultura e
de toda a cultura ocidental. Através das artes, das ciências, dos produtos mais banais da nossa vida diária, levar o aluno a encon-
trar a presença romana. As propostas apresentadas, como propostas que são, podem sempre ser enriquecidas com a pesquisa do
aluno, sob a orientação do Professor.
Na Unidade 2 inicia-se o estudo sistemático da língua latina. Pretendemos aliar sempre o estudo da língua e o da cultura, sem
nunca esquecer a relação com o presente. Procuramos partir de textos autênticos, para que o estudo da cultura e da língua em
que ela se apresenta seja feito através da palavra dos próprios escritores que nessa língua se exprimiram. Por isso, tendo em conta
o facto de se tratar de uma iniciação, apresentamos a rubrica a que chamamos LEITURA, onde o texto latino original vem acom-
panhado de tradução ou simplesmente traduzido.
Para estudo da língua, são utilizadas frases acessíveis retiradas desses mesmos textos, muitas vezes em confronto com a tradução
apresentada, ou pequenos textos construídos com base nos autores clássicos.
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NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
Na rubrica TEXTO, incluímos, de início, sempre com base nos autores latinos, textos elaborados, textos adaptados ou com supressões
e, numa fase mais adiantada, textos autênticos. Uma ou outra vez incluímos textos extraídos de outros manuais didácticos (essen-
cialmente de autores estrangeiros), pelo interesse e oportunidade, quer quanto ao tema, quer quanto à sequência linguística.
A acompanhar LEITURA e TEXTO, vem sempre um Apoio à Leitura, que pretende ser uma proposta de exploração do texto, tendo
em vista a compreensão do mesmo. Um primeiro questionário, normalmente em português e, por vezes, em latim, tem a finali-
dade de orientar os alunos no sentido de uma compreensão global, obviamente geral, do texto lido; a análise linguística levará a
uma compreensão mais profunda, podendo mesmo conduzir à sua tradução.
A rubrica Funcionamento da Língua inclui a explicação das questões linguísticas novas que vão surgindo, sendo, muitas vezes,
seguida de exercícios de aplicação. Houve sempre a preocupação de que aquelas surgissem dos textos em estudo, como resposta
às dificuldades que se colocam ao aluno na sua descodificação. Obedecem, como é óbvio, a uma sequência, tanto quanto possível
de acordo com as propostas do Programa, cabendo ao Professor, face à turma, fazer as adaptações necessárias. O facto de o texto
poder apresentar aspectos linguísticos não previstos no Programa, não deverá ser motivo para que ele não possa ser estudado, visto
que uma simples nota ou tradução permitirá a sua compreensão, sem o estudo desses aspectos. Acresce que, muitas vezes, o texto
pode ser explorado e compreendido na sua globalidade, sem precisar de uma análise exaustiva ou de uma tradução. No final das
Unidades 2, 3 e 5 apresenta-se uma Sistematização Gramatical para, nesta fase inicial do estudo, proporcionar uma mais fácil con-
sulta das principais rubricas de gramática que, ao longo da unidade, foram sendo estudadas e parcialmente sistematizadas. Esta sis-
tematização surge, no início, em relação a várias categorias gramaticais, a título de exemplo de um trabalho que o Professor deverá
fazer na aula com os alunos, sempre que oportuno. Assim sendo, rubricas como a flexão nominal aparecem sistematizadas na sua
totalidade, enquanto outras vão sendo progressivamente abandonadas, até para não sobrecarregar o Manual.
Os Exercícios de aplicação das rubricas que vão surgindo obedecem a uma sequência e variedade sistemáticas, de consolidação
e aprofundamento dos conhecimentos, podendo o Professor omitir alguns e/ou acrescentar outros, de acordo com as necessida-
des da turma ou de cada aluno.
O estudo dos textos é ainda apoiado por notas introdutórias e por Textos Informativos mais extensos que permitirão a sua con-
textualização e o enriquecimento cultural. Pretendeu-se que estes textos fossem de fácil leitura pelos alunos, a fim de que a pudes-
sem fazer sozinhos, em trabalho domiciliário, cabendo ao Professor ampliar ou aprofundar essa informação.
As Propostas de Trabalho e pesquisa procuram contribuir para uma progressiva autonomia do aluno, no confronto do presente
com o passado, na perspectiva de um enriquecimento pessoal, quer a nível dos conhecimentos, quer a nível das metodologias de
trabalho. Servirão também para estimular a curiosidade e o gosto pela pesquisa, levando os alunos a desenvolver as suas capaci-
dades, de acordo com os seus interesses particulares.
A orientação dada ao Manual pressupõe a não utilização do Dicionário durante o 10.° ano. Cabe, contudo, ao Professor introduzi-
-lo quando achar conveniente, sendo o seu uso sempre precedido de uma orientação e prática de consulta, em trabalho realiza-
do na aula. Daí que os textos venham acompanhados de Vocabulário e haja, no final, uma lista do vocabulário fundamental.
Pretende-se que o aluno vá fixando vocabulário, vá estimulando a sua capacidade de memorização e de relacionação, nomeada-
mente com o português, para o que contribuirão as propostas de enriquecimento lexical e os exercícios em que se explora a rela-
ção etimológica e a evolução semântica do latim ao português. Provérbios e frases célebres, inseridos aqui e ali, quer a propó-
sito do funcionamento da língua, quer do tema em estudo, visam revelar a actualidade de muitos deles e apresentar-se como
exemplo de uma herança próxima.
Atenção especial mereceram as Imagens, seleccionadas não apenas para clarificar e ilustrar o Texto Informativo, mas ainda para
apoiar, indutivamente, os alunos na compreensão do texto latino ou na observação da presença e interpretação diversificada do
tema ao longo dos tempos. Assim sendo, a imagem, com toda a sua importância significativa, deve ser também objecto de cui-
dada leitura e interpretação.
No final de cada unidade e, pontualmente, como pausa para avaliação e reflexão, apresenta-se um conjunto de exercícios designado
Avalie os seus conhecimentos.
Outras Pausas para reflectir são as que se destinam a rever e clarificar conhecimentos gramaticais de língua portuguesa para,
num confronto sempre constante entre a língua portuguesa e a língua latina, contribuir para uma melhor compreensão de uma e
de outra.
A orientação metodológica do Manual está de acordo com o Programa da disciplina, pelo que a leitura atenta pelo Professor das
“sugestões metodológicas gerais” e das “sugestões metodológicas” para o 10.° ano, nele inseridas, deve ser frequente.
Neste instrumento de trabalho para os professores que vão utilizar o Manual, apresentamos a nossa proposta de resolução de
todos os Questionários e Exercícios (mesmo dos mais elementares), a Tradução de todos os textos e indicação de outros meios
auxiliares de apoio às aulas.
Na resolução das questões de análise sintáctica, nem sempre seguimos a mesma ordem de apresentação na identificação dos
constituintes da frase. Todos sabemos, contudo, que a metodologia a usar no trabalho com os alunos passará por considerar sem-
pre a frase na sua globalidade, identificar, em primeiro lugar, o predicado e, a partir dele, chegar à identificação dos outros
constituintes.
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NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
Uma referência especial nos merecem o Questionário de Apoio à Leitura e a Tradução. Quanto ao primeiro, ele aparece como auxi-
liar quase único da compreensão do texto, dado tratar-se de uma fase de iniciação e de este se apresentar como o de mais fácil
resolução e o que conduz a respostas mais objectivas. A tradução, predominantemente literal e, tanto quanto possível, próxima do
texto latino, justifica-se pela mesma razão, e ainda para que o aluno tome consciência da relação próxima das duas línguas. Isto
não significa, porém, que, sempre que oportuno, se não encaminhe o aluno no sentido de encontrar uma tradução mais elabora-
da, de acordo com formas mais usuais da expressão em português, um exercício que em muito contribuirá também para o aper-
feiçoamento e o enriquecimento da língua materna.
Exemplo: Unidade 5 – Texto 7 – Tradução: “Em Roma ou à volta da cidade, naquele Inverno, muitos prodígios foram anunciados
e foram acreditados” pode ser traduzido por “Em Roma ou em redor da cidade, naquele Inverno, muitos prodígios foram anun-
ciados e tidos como certos”; “do céu brilharam formas de barcos” ou “do céu brilharam luzes em forma de barcos”. Este o moti-
vo por que, de quando em vez, surge uma dupla tradução entre parêntesis.
A leitura dos textos informativos deve ser acompanhada de uma ficha de leitura, de um qualquer questionário, deve ser pedido
um resumo, devem ser assinalados os aspectos mais importantes, em suma, deve realizar-se uma actividade que garanta uma lei-
tura atenta e a memorização pelos alunos dos aspectos essenciais. Deixámos ao critério do Professor, face à turma que possui, a
liberdade de orientar como entender a leitura destes textos, já que os textos destinados a Leitura e os Textos em latim para explo-
ração, são todos acompanhados de esquemas de abordagem, que o Professor poderá também, obviamente, adaptar, modificar,
restringir, acrescentar. O propósito é facilitar a vida ao Professor, sem de modo nenhum coarctar a sua liberdade, de acordo com
os interesses dos alunos e as oportunas conveniências. O mesmo se passa com os exercícios, que, sendo reconhecidamente mui-
tos e variados, não pretendem limitar a liberdade do Professor, consoante as necessidades e os interesses da turma. Os textos, na
impossibilidade de os tratar a todos, serão, na mesma linha, seleccionados pelo Professor.
Uma actividade sempre do agrado dos alunos é a interpretação de canções em latim. Pode fazer-se nos aniversários dos alunos,
pelo Natal, ou noutras efemérides. Exemplos vários podem ser encontrados em Manuais e outros livros de fácil acesso, bem como
em colectâneas, de que são exemplo os “Carmina Didymi” e os “Carmina Burana”.
Materiais de apoio:
O Programa da disciplina apresenta várias hipóteses na rubrica Recursos e na Bibliografia, que poderão sempre ser actualizados
com materiais que, constantemente, vão sendo editados.
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Unidade 1 – Um passado sempre presente
Objectivos:
– Sensibilizar para a presença hoje de elementos que reflectem influência da cultura greco-latina.
– Estimular os alunos a percepcionar por si próprios essa presença.
– Despertar o espírito de observação do presente e da sua relação com o passado.
– Consciencializá-los para o facto de o latim e a cultura clássica conviverem connosco diariamente.
– Conduzir os alunos num trabalho de pesquisa que leve a uma recolha de dados que enriqueçam os seus conhecimen-
tos neste domínio.
Metodologia:
Partindo dos exemplos apresentados no Manual, a explorar na aula, o Professor poderá levar os alunos ao conhecimento da sua
região, fazendo o levantamento de monumentos em que a presença clássica seja evidente, quer no estilo arquitectónico, quer em
inscrições em latim.
A pesquisa na imprensa e em outros escritos poderá enriquecer a lista de referências culturais, do uso frequente de expressões
latinas, de nomes de produtos ou empresas em que o latim está presente. Apelando aos conhecimentos dos alunos em matéria
de ciência e de novas tecnologias, poderão ser explicados muitos vocábulos latinos ou de origem latina.
Neste campo, as hipóteses são múltiplas e o que interessa é que o Professor sensibilize o aluno para a presença constante da lín-
gua latina e para a importância do seu estudo.
Esta sensibilização do aluno será alargada com a leitura, acompanhada e explicitada pelo Professor, dos textos informativos refe-
rentes à história da língua latina. Convém que o aluno tome consciência da extensão da presença latina não só no que ao portu-
guês diz respeito mas às restantes línguas românicas, ao seu passado comum e aos laços que ainda as unem.
A observação das imagens, mapas e outras, constituirá um complemento importante para uma visão exacta do fenómeno lin-
guístico na sua evolução e extensão.
O Quadro Cronológico da história de Roma será um instrumento de consulta a que se deve recorrer sempre que oportuno para
uma localização temporal dos factos que vão sendo referidos. Aconselha-se a memorização de algumas datas, como marcos fun-
damentais na história de Roma e, por isso, indispensáveis à sua compreensão.
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Unidade 2 – Lendas e mitos greco-latinos
Partindo dos Objectivos do Programa e do tema geral “Do Presente ao Passado, numa atitude de busca das nossas raízes”, o estu-
do dos mitos e lendas da antiguidade constitui uma forma aliciante de introduzir os alunos num curso de língua latina, porque as
histórias fantásticas cativam sempre e porque se explicam expressões que, constantemente, estão presentes quer na conversação
trivial, quer em textos jornalísticos, quer em textos literários.
Por isso, para cada mito se apresenta um texto literário da actualidade que nele se inspira. Os tópicos de leitura de cada um des-
ses textos são simplesmente propostas para uma leitura do mesmo. Caberá ao Professor, em cada caso, dar a esses textos o tra-
tamento que julgar mais oportuno e adequado.
Cultura
Outros mitos e lendas pode o Professor tratar na aula, nomeadamente em trabalho de pesquisa a realizar pelos alunos (indivi-
dualmente ou em grupo). Por exemplo, pode referir-se ao Pomo da Discórdia (expressão muitas vezes usada no nosso quotidia-
no) e explicar (ou mandar investigar) a sua origem. E a partir daí será um desfiar de lendas que das Núpcias de Tétis e Peleu con-
duzirá ao Julgamento de Páris, à Guerra de Tróia e aos seus heróis, o que poderá levar sucessivamente a falar de Aquiles e do seu
Calcanhar, de Ulisses (um dos mitos inseridos no Manual) e do Cavalo de Tróia, e do próprio Eneias, chegando assim a Itália e à
origem lendária de Roma. E, nessa rede de ligações, Ulisses levaria a falar da Teia de Penélope e da Odisseia de Homero. Outros
mitos nos são apontados, como exemplo, no Programa: o das Quatro Idades, a Cornucópia, etc.
Língua
Quanto à aprendizagem da língua, optámos por apresentar em primeiro lugar os nomes de tema em – a e em – o, deixando para
mais tarde os restantes temas, nomeadamente os da 3.ª. declinação, que muitos defendem seja apresentada em simultâneo com
a 1.ª. e a 2.ª. declinações. Trata-se de uma opção metodológica que, por experiência, nos parece a mais adequada, pois o estudo da
3.ª declinação é sempre mais complexo para os alunos. E se, respondendo aos argumentos contrários, é artificial um texto em que
só apareçam vocábulos de tema em – a ou em – o, a escolha de textos, dos autênticos aos elaborados, justifica a nossa opção.
Assim sendo, para uma aprendizagem sistemática, apresentamos a 1.ª. e a 2.ª. declinações a par, introduzindo progressivamente os
casos, partindo da estrutura da frase para o estudo da função da palavra e daí para o estudo da morfologia. Esta aprendizagem
progressiva visa levar o aluno a compreender a estrutura da língua latina, sempre em confronto com o português, a memorizar as
desinências (da flexão nominal e da flexão verbal), de modo que os novos conhecimentos sejam sempre alicerçados nos já adqui-
ridos, numa constante interligação. As sínteses parcelares e os exercícios de aplicação culminarão com a apresentação das duas
declinações, numa sistematização final.
A par será feita a aprendizagem do vocabulário, tendo sempre em conta que, se falamos uma língua vinda do latim, há palavras
que pela sua semelhança, visto que sofreram pouca ou nenhuma alteração, não necessitam de ser inseridas no Vocabulário, pois
o seu significado é evidente.
Esta 2.ª. unidade terá um ritmo mais lento (em relação às seguintes) para que os alunos adquiram os conhecimentos fundamen-
tais da estrutura da língua latina e fiquem, assim, mais aptos a entrar na unidade seguinte, onde se introduz a 3.ª. declinação e
outras rubricas gramaticais.
Materiais de apoio:
Para ilustrar os mitos:
– Uma consulta na Internet (trabalho que os jovens apreciam) poderá enriquecer o tratamento do mito na pintura e/ou na
escultura, ao longo dos tempos.
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NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
– Os vídeos da RTP “Mitos Eternos” apresentam uma narrativa e interpretação de alguns mitos, na versão do Prof. José
Hermano Saraiva.
O Professor, atento aos programas televisivos, encontrará muitas vezes documentários que se tornarão instrumentos valiosos para
as suas aulas.
Bibliografia para consulta (do professor ou dos alunos):
– Pierre Grimal, Dicionário da Mitologia Grega e Romana, Lisboa, Difel, 1999, 3.ª ed. .
Ao professor recomendamos a leitura da Introdução à Edição Portuguesa, de Victor Jabouille.
– Francisco de Oliveira (coordenador), Penélope e Ulisses, Coimbra, 2003 (aqui poderá o professor documentar-se com os
variados estudos sobre a sobrevivência do mito de Ulisses, em várias épocas e em várias literaturas).
– Teresa Buongiorno, Olimpo — Diário duma deusa adolescente, Lisboa, Terramar, 1995 (apropriado ainda para a idade dos
alunos de 10.° ano, este livro introduz, de forma agradável, as histórias do Olimpo).
Leitura — A Sibila de Cumas 2. populórum: na penúltima porque é longa, visto que contém
uma vogal longa por natureza; igìtur: na antepenúltima porque a
penúltima é breve, pois contém uma vogal breve por natureza;
1. O professor conduzirá o aluno na procura de semelhanças clarum: na penúltima porque se trata de um dissílabo; experta:
entre a língua latina e a portuguesa, na linha do que se apre- na penúltima porque é longa (visto que contém uma vogal
senta, em seguida, no “Funcionamento da língua”. longa por posição); gloria: na antepenúltima visto que a penúl-
Ao mesmo tempo que é feito o levantamento dos vocábulos tima é breve, por conter uma vogal breve por posição.
semelhantes ao português e das diferenças na estrutura da frase,
3. aeterna: é longa porque é constituída por um ditongo; mulìe-
o Professor irá falando do alfabeto latino e da pronúncia, levando
rem: é breve pois contém uma vogal breve por posição; cons-
o aluno a pronunciar naturalmente as palavras latinas. Para tal,
tantiam: é longa pois contém uma vogal longa por posição.
falará também, de forma simples, da acentuação e suas regras.
Depois dos exemplos que o Manual apresenta e de outros que
o Professor pode sempre acrescentar, o Professor lerá, de novo, Texto 1 — Os livros sibilinos
o texto de Aulo Gélio e convidará os alunos a lê-lo em voz alta.
1. refertum: a penúltima é longa porque contém uma vogal 1. Ulisses vivia em Ítaca. [insulam Ithacam regit; ibi uiuit] 2. Vivia
longa por posição (vogal seguida de duas consoantes); omnium: com a sua mulher e o seu filho [cum femina et filio]. 3. Para ir
a penúltima é breve porque contém uma vogal breve por posi- combater contra Tróia [Troiam petit et ibi magno cum animo pug-
ção (vogal seguida, mas não antecedida, de vogal); excellit: a nat]. 4. Regressa vinte anos depois [post uicesimum annum]. 5.
penúltima é longa porque contém uma vogal longa por posição Não é fácil porque tem de vencer muitos obstáculos [fortunam
(seguida de duas consoantes); magistra: a penúltima é longa aduersam in Oceano et in terra sustinet]. 6. As Sereias encanta-
porque contém uma vogal longa por posição (vogal seguida de vam os marinheiros com o seu canto [Sirenae musica sua nautas
três consoantes). fascinant]. 6.1. Ulisses resistiu aos seus encantamentos tapando
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NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
os ouvidos com cera [cera aures obstruans]. 7. Perde muitos com- muito elevada em relação ao nível do mar, rodeada de outras
panheiros na Sicília [multos socios amittit in insula Sicilia]. 8. A sua ilhas; é uma ilha virada a poente, por isso “áspera”, mas tem
mulher, Penélope, com o filho e a sua serva fiel, Euricleia [regina gerado bons homens. 1.2.2. É uma caracterização subjectiva, visível
Penelope cum filio et fida serua Euryclea eum accipit]. sobretudo nos adjectivos usados: “é uma ilha áspera”, “nada vejo
de mais doce do que a vista da nossa terra”, “Por isso nada é mais
doce do que a pátria”. 1.3. O que a motiva é a saudade, é a visão
Exercícios (pág. 41) de alguém que há muito não vê a sua terra e anseia regressar.
2. Valores intemporais: a fidelidade, o amor à pátria e à família.
I.
1. cum sociis; cum filio et fida serua Euryclea. 2. magno cum Pausa para reflectir (pág. 42)
animo – no ablativo do singular masculino; fortunam aduersam
– no acusativo do singular feminino; fida serua – ablativo do sin-
gular feminino. 3.1. Duas orações: feminam filiumque amat – II. (pág.43)
oração principal; et beatus est – oração coordenada copulativa; 1. Domina in insula uiuit. Regina filium amat. Sirenae nautam
1.ª oração: sujeito subentendido – (ele); predicado: feminam fascinant. Serua fida est. Dominus socios amittit.
filiumque amat; feminam filiumque – complemento directo; 2.ª 2.1. Ithaca in Graecia insula est; Ithaca: sujeito; in Graecia insu-
oração: sujeito – o mesmo da anterior (Vlixes); beatus est – pre- la est: predicado; in Graecia insula: complemento circ. de lugar
dicado; beatus – predicativo do sujeito. onde. 2.2. Vlixes olim Troiam oppugnat; Vlixes: sujeito; Troiam
3.2. Feminas filiosque amant et beati sunt. oppugnat: predicado; Troiam: complemento directo; olim:
complemento circ. de tempo. 2.3. Serua Euryclea in Ithaca cum
II.
regina et filio uiuit; serua Euryclea: sujeito; in Ithaca cum regi-
1. sujeito – Ithaca insula; predicado – magna est; magna – na et filio uiuit: predicado; cum regina et filio: complemento
predicativo do sujeito. Tradução: A ilha de Ítaca é grande. circ. de companhia; in Ithaca: complemento circ. de lugar onde.
2. sujeito – Vlixes et femina et filius; in insula Ithaca habitant –
predicado; in insula Ithaca – complemento circunstancial de
lugar onde. Tradução: Ulisses e a mulher e o filho habitam na
ilha de Ítaca. O Mito de Orfeu
3. 1.ª oração: Dei in Olympo habitant — sujeito – Dei; predicado –
in Olympo habitant; in Olympo – complemento circunstancial Texto 3 — Orpheus et Eurydicen
de lugar onde; 2.ª oração: et mundum regunt — predicado –
mundum regunt; mundum – complemento directo. Tradução: Apoio à Leitura (pág. 48)
Os deuses habitam no Olimpo e governam o mundo.
4. 1.ª oração – principal: Populus graecus multas pugnas in ter- I. Questionário
ris longinquis sustinet; sujeito – Populus graecus; predicado –
multas pugnas in terris longinquis sustinet; multas pugnas – 1. Orpheus in Olympo habitat. 2. Eurydice in Thracia habitat.
complemento directo; in terris longinquis – complemento cir- 3. Aristaeus Eurydicen oppugnat. 4. Eurydice periit quia a colu-
cunstancial de lugar onde; 2.ª oração – coordenada à anterior: et bra morsa est. 5. Orpheus eam petit. 6. Eurydice in terram non
incolas subigit; predicado – incolas subigit; incolas – comple- reuenit. 7. Orpheus Eurydicen perdit quia eam respicit in uia.
mento directo. Tradução: O povo grego enfrenta muitas lutas 8. Orpheus tristissimus uiuit.
em terras longínquas e submete os habitantes.
5. sujeito: Vlixes; predicado – cum sociis nauigat; cum sociis – Exercícios (pág. 50)
complemento circunstancial de companhia. Tradução: Ulisses
navega (viaja) com os companheiros. I.
III. 1. amat, uidet (presente); habitabat, dabat (pretérito imperfeito).
1. Musae poetas inspirant. 2. Feminae cum filiis nautas uident. 2. amabat, uidebat; habitat, dat. 3. amant, uident; habitabant,
3. Puellas in insulis sirenae fascinant. 4. Fidi serui reginas et dabant.
filios iuuant. II.
1.1. Musarum filii; 1.2. Thraciae riui; 1.3. deorum uia; 1.4. puellae
fuga; 1.5. Musae in Olympo cum Orpheo habitabant. 1.6. Orpheus
pulchram puellam Thraciae amabat.
Leitura — Ulisses fala de si
III.
2. Frase simples: 1.2.; 1.4.; frase complexa: 1.1., 1.3.; 3. Orpheus
Apoio à Leitura puellam amabat – oração principal; et in Inferorum regnum des-
cendit – oração coordenada copulativa; 1.ª oração: sujeito –
I. Questionário Orpheus; predicado – puellam amabat; puellam – complemen-
to directo; 2.ª oração: predicado – in Inferorum regnum descen-
1.1. Era filho de Laertes. 1.2. Era natural de Ítaca. 1.2.1. É uma ilha dit; in Inferorum regnum – complemento circunstancial de lugar
soalheira, com uma montanha coberta de árvores, o Nérito, não para onde; Inferorum – complemento determinativo.
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NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
4. Tradução: 1.1. Um dia, Aristeu ataca a bela donzela, quando ela do singular). 1.4. dominorum et dearum (genitivo do plural).
passeava junto ao rio, na Trácia. 1.2. Na fuga, uma cobra morde a 1.5. dominis et deae (dativo do plural/dativo do singular).
donzela. 1.3. Orfeu amava a jovem e desce ao reino dos Infernos. 2.1. Diana é a deusa dos bosques e dos rios. 2.2. Muitas vezes
1.4. Orfeu desejava comover as divindades infernais com a sua mata as feras nos bosques com as setas. 2.3. E assim o povo ama
lira e trazer de novo à vida a bela e infeliz donzela, sua amada. e louva a deusa. 2.4. Na sombra da noite as mulheres e as rapari-
gas celebram a deusa. 2.5. As raparigas preparam coroas de rosas
Pausa para reflectir (pág. 52) e ornamentam com rosas o altar da deusa. 2.6. Finalmente vêm
até junto do altar da deusa Diana e imolam à deusa um bode.
I. 3.1. barriga cheia não se aplica com vontade; enquanto respiro
espero; a barba não faz o filósofo. 3.2. barriga cheia, cabeça vazia;
2.1. Os deuses – sujeito; dos romanos – complemento deter-
enquanto há vida há esperança; o hábito não faz o monge.
minativo; — a vida – sujeito; do filho – complemento determi-
nativo; — Sujeito – As sereias, filhas de uma Musa; filhas de uma
Musa – aposto do sujeito; predicado – fascinavam os romanos Avalie os seus conhecimentos
com a sua música; os romanos – complemento directo; com a
sua música – complemento circunstancial de meio; Ulisses: I.
sujeito; vivia em Ítaca, uma ilha grega: predicado; em Ítaca, uma
1.
ilha grega: complemento circ. de lugar onde; uma ilha grega:
aposto de Ítaca, do complemento circ. de lugar onde. densae siluae – genitivo singular; nominativo plural; dativo
singular
2.2. Romanorum dei; — filii uita; — Sirenae, Musae filiae, musi-
ca sua romanos fascinabant. — Vlixes Ithacam, insulam grae- agros – acusativo plural
cam, habitabat ou Vlixes in Ithaca, insula graeca, habitabat. filia laetissima – ablativo singular; nominativo singular
II. horto – ablativo singular; dativo singular
3.1. tu amavas: 2.ª pessoa do singular do pretérito imperfeito multis lacrimis – ablativo plural; dativo plural
do indicativo, voz activa, do verbo amar; ele andava: 3.ª pessoa horti pulchri – genitivo singular; nominativo plural
do singular do pretérito imperfeito do indicativo, voz activa, do
verbo andar; nós habitamos: 1.ª pessoa do plural do presente terram – acusativo singular
do indicativo, voz activa, do verbo habitar; eu via: 1.ª pessoa do 2. tema: ama-, característica: -ba-, desinência: -nt; tema: dele-,
singular do pretérito imperfeito do indicativo, voz activa, do desinência: -nt; tema: orna-, característica: -ba-, desinência: -t;
verbo ver; vós tendes: 2.ª pessoa do plural do presente do indi- tema: corona-, desinência: -t; tema: habe-, desinência: -t.
cativo, voz activa, do verbo ter; eles vêem: 3.ª pessoa do plural 3.1. delebat . 3.2. ornabant . 3.3. amabat. 3.4. habent.
do presente do indicativo, voz activa, do verbo ver.
4. ... sujeito; ... genitivo; ... o sujeito em caso; ... ablativo; ... abla-
3.2. ambulabat; uident. tivo; ... caso com o seu antecedente. 5. nocturna — conubium —
aestimat — formosus.
II.
O Mito de Prosérpina 1.1. 1.° Período – sujeito: Romani; predicado: Sybillam Cumarum
suam habebant; Sybillam Cumarum – complemento directo;
suam – predicativo do complemento directo; Cumarum – com-
Texto 4 — Proserpinae raptus plemento determinativo. 2.° Período – Libros Sybillinos semper
consulebant – predicado; sujeito – subentendido – o mesmo da
I. Apoio à leitura oração anterior; Libros Sybillinos – complemento directo; sem-
per – complemento circ. de tempo.
1. Ceres. 2. Plutão... Infernos... junto do monte Etna. 3. Ceres... 1.2. 1.° Período – sujeito: Vlixes, predicado: Troiam oppugnat cum
muito triste... pede ajuda. 4. metade do ano... metade do ano. sociis graecis; Troiam: complemento directo; cum sociis graecis –
5. na terra... florescem; ... nos Infernos... fica triste/nua. complemento circunstancial de companhia; 2.° Período – oração
principal: predicado: reuertit in patriam Ithacam sine sociis; in
patriam Ithacam – complemento circunstancial de lugar para
Exercícios (pág. 59) onde; 2ª oração: ubi regina, filius et fida serua eum accipiunt;
sujeito: regina, filius et fida serua; predicado – eum accipiunt;
I. eum – complemento directo.
1. acusativo do plural – complemento directo. 2. genitivo do sin- 1.3. 1.° Período – Orpheus ad Inferos descendit – oração principal;
gular – complemento determinativo; 3. acusativo do singular –
Orpheus – sujeito; ad Inferos descendit – predicado; ad Inferos –
aposto do complemento directo. 4. nominativo do singular –
complemento circ. de lugar onde/aonde; sed Eurydicen ad aeter-
aposto do sujeito. 5. dativo do plural – complemento indirecto.
num perdit – oração coordenada adversativa; sujeito. Orpheus
6. ablativo do plural – complemento circunstancial de lugar onde.
(subentendido); predicado: Eurydicen ad aeternum perdit;
II. Eurydicen: complemento directo; ad aeternum: complemento circ.
1.1. domini et deae (nominativo do plural). 1.2. domini et de tempo. 2.° Período – sujeito: Orphei uita; Orphei: complemen-
deae (genitivo do singular). 1.3. cum domino et dea (ablativo to determinativo; in terra sine amata tristissima erat: predicado; in
10
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
terra: complemento circ. de lugar onde; tristissima: predicativo do verbo appellare – chamais; ueniunt: 3.ª pessoa do plural do
sujeito. presente do indicativo, voz activa, do verbo uenire – vêm;
1.4. 1.° Período – Inferorum deus: sujeito; Inferorum: complemen- amas: 2.ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo
to determinativo; Proserpinam, frumenti deae filiam, in silua rapit: amare, voz activa – amas; sumus: 1.ª pessoa do plural do pre-
predicado; Proserpinam, frumenti deae filiam: complemento direc- sente do indicativo do verbo sum – somos; docetis: 2.ª pessoa
to; deae: complemento determinativo de filiam; frumenti: com- do plural do presente do indicativo, voz activa, do verbo doce-
plemento determinativo de deae; in silua: complemento circ. de re – ensinais; ambulo: 1.ª pessoa do singular do presente do
lugar onde; 2.° Período – Ceres tristissima est: oração principal; indicativo, voz activa, do verbo ambulare – eu ando/caminho;
sujeito: Ceres; predicado: tristissima est; tristissima: predicativo do uidetis: 2.ª pessoa do plural do presente do indicativo, voz acti-
sujeito; et terrae frumentum et rosas iam non donat: oração coor- va, do verbo uidere – vós vedes; peto: 1.ª pessoa do singular do
denada copulativa; sujeito: Ceres (subentendido); terrae frumen- presente do indicativo, voz activa, do verbo petere – eu peço;
tum et rosas iam non donat: predicado; frumentum et rosas: com- estis: 2.ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo
plemento directo; terrae: complemento indirecto. esse – vós sois. es: 2.ª pessoa do singular, presente do indicati-
vo, do verbo esse – tu és; petimus: 1.ª pessoa do plural, pre-
sente do indicativo, voz activa, do verbo petere – nós pedimos.
2. Tradução 3. sum; interrogat; uocas; uidemus; estis; petunt; ambulamus;
docent; uenitis; es; sumus; uidetis.
1.1. Os Romanos tinham a Sibila de Cumas como sua. Consultavam
4.1. narrat: 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo, voz
sempre os livros Sibilinos.
activa, do verbo narro, narras, narrare; cognoscimus: 1.ª pessoa
1.2. Ulisses ataca Tróia com os companheiros gregos. Regressa do plural do presente do indicativo, voz activa, do verbo cog-
à pátria, Ítaca, sem os companheiros, onde a rainha, o filho e nosco, congnoscis, cognoscere. 4.2. 1.ª frase: sujeito – magister;
a fiel serva o recebem. complemento directo – fabulas; 2.ª frase: sujeito – (nós); com-
1.3. Orfeu desce aos Infernos mas perde para sempre Eurídice. plemento directo – multas fabulas. 4.3. Complemento circuns-
A vida de Orfeu na terra sem a amada era muito triste. tancial de assunto. 4.3.1. Em ablativo.
1.4. O deus dos Infernos rapta no bosque Prosérpina, filha da 5. Tradução: O professor conta histórias sobre os mitos gregos
deusa dos cereais. Ceres fica muito triste e já não dá à terra os e romanos. Nós conhecemos muitas histórias sobre o homem.
cereais e as rosas.
11
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
menina ) brinca na praia. 2. sujeito – albus taurus; ab agris ad II. Análise linguística
oram currit – predicado; ab agris – complemento circunstancial
de lugar donde; ad oram - complemento circunstancial de lugar 1. complementos de lugar — ex aquis – complemento circuns-
para onde; tradução: um touro branco corre dos campos para a tancial de lugar donde; ab egregiis oppidis graecis – comple-
praia. 3. sujeito: Iuppiter et Europa; predicado – ad pulchram mento circunstancial de lugar donde; in insulam Cretam – com-
insulam nauigant; ad pulchram insulam – complemento cir- plemento circunstancial de lugar para onde; in labyrinthum –
cunstancial de lugar para onde. Tradução: Júpiter e Europa nave- complemento circunstancial de lugar para onde; a labyrintho –
gam para uma bela ilha. 4. sujeito – Deus; predicado – puellam complemento circunstancial de lugar donde.
in insulam Cretam portat; puellam – complemento directo; in
insulam Cretam – complemento circunstancial de lugar para aposto do sujeito — Pasiphaa nominata; uir ingeniosus (grae-
onde; tradução: o deus leva a jovem para a ilha de Creta. cus puer; Athenarum domini filius).
complemento indirecto — deo (3 vezes) (Minotauro; Theseo).
2. album (taurum); duris (poenis).
Leituras Complementares
Apoio à Leitura Exercícios (pág. 78)
I. Questionário (pág. 71) 1. Romani deis multa templa aedificabant. 1.1. sujeito –
Romani; deis multa templa aedificabant – predicado; multa
1. Os signos do Zodíaco provêm dos babilónios mas foram- templa – complemento directo; deis – complemento indirec-
-nos transmitidos pelos Gregos. 2. A origem da palavra é grega to. 2. In ara humani sacrificia faciebant, nam uictimas deo
immolabant et uinum unguentumque effundebant. 2.1. facie-
e tem a ver com os animais que representam as constelações.
bant: 3.ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo,
3. É um monge do mosteiro de Saint-Gall. 4. Segundo o texto
voz activa, do verbo facio, facis, facere; immolabant: 3.ª pessoa
de Cícero, cada pessoa, ao nascer, é influenciada pela forma
do plural do pretérito imperfeito do indicativo, voz activa, do
como se encontram as estrelas no firmamento, nesse instan- verbo immolo, as, are; effundebant: 3.ª pessoa do plural do
te, visto que, conforme a proximidade das estrelas é maior ou pretérito imperfeito do indicativo, voz activa, do verbo effundo,
menor, assim se dão grandes transformações no céu. Essas is, ere. 3. Romanus deo templum aedificabat. 4. Os Romanos
transformações irão influenciar a vida das pessoas, a sua índo- edificavam muitos templos aos deuses. Nos templos dos deu-
le, os seus costumes, etc. 5. Ambas provêm do mesmo étimo ses havia um altar e uma estátua do deus. No altar os homens
grego, a palavra que significa “animal”. faziam sacrifícios, pois imolavam vítimas ao deus e derrama-
vam vinho e perfume. 5. sacrificium deo; deorum ara; deae
Exercícios (pág. 71) templum; statuae et arae; Templa multas deorum statuas
habebant. In oppidis romanis multa templa erant.
1. É um estilo de vida parecido com a vida do monge – mona-
cal vem do latim monachus “monge”. 2. stellarum, solis, caelum, Enriquecimento lexical (pág. 79)
orbis, immutet, tempestatum, commutationes, simile, pueros,
ingenia, euentus, fingi. ad astra per astra: chega-se aos astros através dos astros, quer
3. O hábito não faz o monge. dizer, para chegar longe é preciso fazer grandes coisas, nada
se alcança sem esforço.
ad augusta per angusta: com sentido semelhante à expressão
anterior, significa que só com muito trabalho, com grande
O Mito do Minotauro esforço se pode chegar longe – chega-se às coisas veneráveis,
à consagração, através de caminhos apertados, estreitos.
TEXTO 7 – Minotaurus aquilae non gerunt columbas: as águias não geram pombas,
quer dizer, normalmente, os filhos saem aos pais.
semel malus semper malus: quer dizer que quem nasce torto
Apoio à Leitura não se endireita facilmente, quem é mau uma vez, corre o risco
de o ser sempre – cesteiro que faz um cesto faz um cento.
I. Questionário
1. Fez sair do mar um touro branco (album taurum ex aquis edit).
2. O rei devia imolar o touro ao deus (taurum deo immolare
O Mito de Ícaro
debebat). 2.1. Minos não cumpriu essa exigência porque gosta-
va muito do touro (quia album taurum amabat deo eum non LEITURA — Dédalo e Ícaro
immolat). 3. O deus fez com que a esposa de Minos se apaixo-
nasse pelo touro (Pasiphaa taurum amat et ambo monstrum gig-
nunt). 4. Dédalo era um homem muito engenhoso (uir ingenio-
Apoio à Leitura
sus). 5. Teseu veio no grupo dos jovens que Atenas tinha que
enviar para Creta para servirem de alimento ao Minotauro (sep- I. Questionário
tem pueri... monstrum nutriebant... Theseus... uenit...) 6. Teseu
entrou e saiu do labirinto graças ao fio que Ariadne lhe deu 1. Surge porque Minos era o rei de Creta e foi ele que encerrou
(Ariadna licium dat quod puer secum ducit). Dédalo e Ícaro no Labirinto. 2. Dédalo. 2.1. Mostram que Dédalo
12
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
é uma pessoa determinada e que não aceita facilmente uma III. Tradução
derrota. 2.2. Dédalo arranjou maneira de sair dali, pelo ar, isto é,
fez uma asas com as quais voou para fora do labirinto. 3. Ícaro
era um jovem audacioso, queria mostrar a sua independência Minos, senhor de Creta, dá asilo a Dédalo, homem de grande
ao deixar de dar atenção aos conselhos do pai; era também um engenho, e ao seu filho Ícaro. Dédalo agradecido pelo benefí-
jovem ambicioso e imprevidente, que, perante o perigo, tem cio constrói um Labirinto para o Minotauro, mas depois com a
medo como qualquer um. sua arrogância despreza as ordens do senhor. Então Minos
irado fecha Dédalo e Ícaro no Labirinto. O jovem cativo, em
grande tristeza, chora, mas o engenhoso pai fabrica asas de
II. Análise linguística cera e voa com Ícaro. Ícaro está no céu cheio de alegria e agita
as asas, mas, porque, esquecido dos conselhos de Dédalo, se
1. e recria a própria natureza; então, une as do meio com linho
aproxima demasiado do sol, Febo, deus do Sol, irado com a
e as das extremidades com cera; amolece a cera perfumada,
os liames das penas; e, sem asas, já não corta a brisa. audácia demasiada do insensato Ícaro, derrete a cera das asas
e o pobre rapaz precipita-se (cai) no mar. Dédalo, porém, chega
2.1. ablativo – complemento circunstancial de meio. 2.2. alligat: a Itália e consagra as asas de cera no templo de Febo.
3.ª pessoa do singular do presente do indicativo, voz activa, do
verbo alligare; verbo de tema em –a: alliga -.
Funcionamento da língua
Exercícios (pág. 82)
Exercícios (pág. 85)
1.1. alligo, alligas, alligat, alligamus, alligatis, alligant. 1.2. Tum
lino mediam et cera alligat imam pennam. 2. nouat — noua- 1. stultum... ingenioso..., longo. 2. maesti... miseri.
bat; alligat — alligabat; mollit — molliebat; percipit — percipie-
bat. 3.1. pennae uinculum. 3.2. o liame da pena; aos liames
das penas; do liame da pena; ao liame das penas. 4.1. Icari TEXTO 9 — De Mythis – 2
pennae pulchrae erant. 4.2. Aura Icari alas quatiebat et puer
caelum percurrebat. 5. declive/clivagem; flectir/reflexão; Apoio à Leitura
audaz/audacioso; nominal/nome (nominativo/nomear).
I. Questionário
TEXTO 8 — Dédalo e Ícaro
1. Quer fazer uma síntese das histórias contadas. 2. Interroga
Apoio à Leitura os alunos. 3. e 3.1. Atinge, mas não totalmente porque Cláudia
não está com atenção.
I. Questionário
1. Foi o rei Minos. 2. Dédalo construiu o labirinto para encer- Funcionamento da língua
rar o Minotauro. 3. Dédalo desobedeceu a Minos. 4. Dédalo foi
encerrado no labirinto juntamente com o filho. 5. Constrói Exercícios (pág. 89)
umas asas e voa do labirinto. 6. Ícaro, desobedecendo às
ordens do pai, aproximou-se demasiado do sol, a cera derre- I. Sexto, pega no livro e lê. Tito, olha a gravura. Paula, respon-
teu-se e ele caiu no mar. 7. Dédalo chegou a Itália e consagrou
as asas no templo de Apolo. de ao professor. Fechai a porta, meninos, lede e escrevei.
Chama a tua colega, Alexandre.
2.1. Magister, fabulam narra. 2.2. Claudia, cape librum. Libri
II. Análise linguística
picturas Alexandro monstra. 2.3. Impigri discipuli magistro res-
1.1. praebet: 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo, voz pondent. 2.4. Magister discipulorum responsa laudat. 2.5. In
activa, do verbo praebeo, es, ere. 1.1.1. sujeito: Minos, dominus schola, discipuli et magister boni amici erant. 3.1. ludunt...
Cretae; dominus Cretae – aposto do sujeito; complemento direc- audiunt. 3.2. uituperat... discite... estis. 3.3. este... scribite. 3.4.
to: hospitium. 1.2. dominus: nominativo do singular – aposto do laudo... laborant. 3.5. laborate. 3.6. habeo. 4.1. puer. 4.2. anti-
sujeito; Daedalo: dativo do singular – complemento indirecto; uiro: qui... deorum. 4.3. pueros. 4.4. lyrae.
dativo do singular – aposto do complemento indirecto. 2.1. 1.ª ora-
ção: Daedalus gratus pro beneficio Labyrinthum aedificat
Minotauro; 2.ª oração: sed postea sua superbia domini imperia
neglegit. 2.2. sua superbia: ablativo do singular; imperia: acusativo
do plural. 3.1. da 1.ª oração – sujeito: puer captiuus; da 2.ª oração
– sujeito: ingeniosus pater; 3.ª oração – sujeito: subentendido (o
mesmo da anterior). 3.2. é o complemento circunstancial de com-
panhia, por isso está em ablativo regido de cum. 4.1. gaudii,
Daedali, consiliorum (Icari, Phoebi) . 4.2. in caelo – lugar onde; in
pelagus – lugar para onde; in Italiam – lugar para onde; in Phoebi
templo – lugar onde. 4.3. audacia nimia.
13
Unidade 3 – A Fundação de Roma
CULTURA
O tema desta unidade — a fundação de Roma — pretende dar uma ideia global das relações entre a lenda e a história. Os textos
de autores clássicos, em tradução ou bilingues, chamam a atenção para importantes aspectos da lenda, que os historiadores repro-
duzem.
LÍNGUA
Introduz-se, nesta unidade, a 3.ª declinação. Consolidado o estudo da 1.ª e 2.ª declinações, a 3.ª declinação não será já tratada ao
mesmo ritmo, embora se deva atender à sua especificidade, de modo que o aluno se aperceba da variedade de terminações de
nominativo, no que diz respeito aos temas em consoante, e compreenda de que modo, a partir do tema, se chega ao nominativo
do singular. Daí que se insista na definição do tema, trabalho que deve ser praticado em exercícios variados e, na sistematização
final, se explicite a formação do nominativo do singular distinguindo os sigmáticos dos não sigmáticos, explicação que o Professor
deve ir apresentando desde o início do estudo da declinação. Na sequência do estudo da declinação serão dados os adjectivos da
2.ª classe e o particípio presente.
Tal como na unidade anterior, os textos determinam as questões a leccionar quanto ao funcionamento da língua.
LEITURA — As origens divinas de Roma do singular; 1.4. ablativo do singular; 1.5. auctores – nominativo
do plural; origines – acusativo do plural; 1.6. originem – acusativo do
Apoio à Leitura singular; auctorum – genitivo do plural; 1.7. auctoribus – dativo do
plural; narrationi – dativo do singular.
I. Questionário 2.1 Singular Plural
1. Marte é o pai do fundador de Roma e, obviamente, do povo Nominativo origo origines/auctores
romano. 2. Os outros povos aceitavam isso naturalmente. 2.1. A
glória do povo Romano é tal que só uma origem divina a pode Vocativo
explicar. Acusativo originem origines
Genitivo originis/conditoris auctorum
II. Análise linguística
Dativo narrationi auctoribus
1. a. primordia urbium; b. cui populo; c. origines suas; d. gen-
tes humanae . 1.1. a. primordia – acusativo do plural; urbium Ablativo origine ominibus
– genitivo do plural; b. dativo do singular; c. acusativo do plu- 3. 1.1. Tito Lívio narra-nos a origem de Roma. 1.2. A origem de
ral; d. nominativo do plural. 2. incipiente: inciperemus; vénia:
uenia; lícito: licere; consagrar: consecrare. Roma é divina. 1.3. Tito Lívio narra a história da origem e do
fundador. 1.4. O autor, Tito Lívio, narra muitas histórias sobre
Funcionamento da língua a origem de Roma. 1.5. Muitos autores narram as origens divi-
nas de Roma. 1.6. Conhecemos a origem de Roma pelos escri-
Exercícios (pág. 99) tos dos autores romanos. 1.7. Atribuímos aos autores romanos
I e à sua narração a história de Roma. 4.1. ablativo do plural.
2. 4.2. bonis e uotis – 2.ª declinação; ominibus e precationibus –
1.1. acusativo do singular; 1.2. nominativo do singular; 1.3. genitivo 3.ª declinação. 4.3. bonis, uotis, ominibus, precationibus.
14
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
II. 1.1. Romae conditor Romulus fuit. 1.2. Narrationes de urbis ori- singular; armis – ablativo do plural. 2. oração principal: sociis
gine uariae sunt. 1.3. Titus Liuius Romae fabulam ab originibus nar- atque amicis auxilia portabant – predicado; sujeito – eles
rat. 1.4. Romae primordia clara sunt. 2.1. Narrationis auctor est Titus (subentendido); auxilia – complemento directo; sociis atque
Liuius. 2.2. Auctoris narratio est longa. 2.3. Narrationum auctores amicis – complemento indirecto; et amicitias parabant – ora-
sunt uarii. 2.4. Auctorum narrationes sunt pulchrae. 3.1. Pueri lusi- ção coordenada copulativa sindética; sujeito: o mesmo da ora-
tani cognoscunt conditoris fabulam. 3.2. Fabula mirifica narrat urbis ção anterior; predicado: amicitias parabant; amicitias – com-
originem. 3.3. Narrationes narrant Romae primordia. 3.4. Conditor plemento directo. 3. 1. ... e com eles os Aborígenes, raça rude
adhibet preces deis. 4.a. pueri não se enquadra porque todas as de homens, sem leis, sem governo, livre e dissoluta. 2. ...
outras palavras significam ‘cidade’. b. nauta não se integra porque depois que reuniram numa só muralha, com diferente raça,
é da primeira declinação e todas as outras são da terceira. c. olim com diferente língua. ... 3. Portanto os reis e os povos vizinhos
não se integra porque é uma palavra invariável (advérbio) e todas atacavam pela guerra. 4. Mas os Romanos... protegiam pelas
as outras são variáveis (substantivos). armas a liberdade pátria e os pais. 5. Depois... levavam auxílio
aos aliados e aos amigos... e contraíam amizades.
LEITURA — A escolha do local para a
cidade Exercícios (pág. 104)
Apoio à Leitura 1.1. Antiqui Romani homines inculti erant, nec leges nec impe-
rium habebant. 1.2. Romulus, primus Romae rex, populum
I. Questionário constituit e urbem tegit in armis cum populis uicinis.
1.1. Pensa que o local foi bem escolhido. 1.2. Não está no lito- LEITURA — As origens troianas
ral, local onde a cidade estaria mais exposta a muitos perigos.
Apoio à Leitura
II. Análise linguística
I. Questionário
1. urbi – dativo do singular; urbem – acusativo do singular;
urbibus – dativo do plural; urbes – nominativo do plural. 2. rex 1. 1. É Eneias. 1.2. Juno era a esposa de Júpiter. 1.2.1. Estava
Ancus coloniam deduxit. 2.1. sujeito – rex Ancus; predicado – furiosa com os troianos por várias razões, entre elas porque Páris,
coloniam deduxit; coloniam – complemento directo. 3. ad um troiano, tinha considerado Vénus a mais bela e não Juno.
mare – c. c. de lugar para onde; in agrum – c. c. de lugar para
onde; in ostio Tiberino – c. c. de lugar onde; in locum – c. c. Exercícios (pág. 105)
de lugar para onde. 4. urbi: urbano, urbanismo; agrum: agri-
cultura, agrário; locum: local, localidade; caecis: cego, cegar. 1. Iuno Troianos non amabat. 2. Iunonis ira Troianos iactat.
3. Troiani ab Troiae oris ad Italiam ueniunt et ibi nouam urbem
LEITURA — A Roma primitiva condunt (aedificant).
15
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
1. Proca era o rei de Alba Longa. 2. Deveria suceder-lhe o filho Funcionamento da língua
Númitor. 2.1. Tal não aconteceu porque o irmão Amúlio o des-
tronou. 3. Os filhos de Númitor. 4. Mata os filhos de Númitor Exercícios (pág. 113)
e encerra a filha no templo de Vesta, fazendo dela uma sacer-
dotisa. 5. A sacerdotisa, sua sobrinha, dá à luz dois filhos, que I. 1.1. dei/homines: nominativo do plural – sujeito; uirginem: acu-
mais tarde o vão afastar do trono. sativo do singular – complemento directo. 1.2. homin-; uirgin-.
1.3.
II. Análise linguística Singular Plural Singular Plural
1.1. O rei Proca teve dois filhos. Devia suceder-lhe Númitor Genitivo hominis hominum uirginis uirginum
mas o irmão Amúlio expulsou-o do trono, matou os filhos e
fez da filha, Reia Sílvia, sacerdotisa de Vesta. No entanto, Reia Dativo homini hominibus uirgini uirginibus
Sílvia teve dois filhos, Rómulo e Remo.
1.2. Ablativo homine hominibus uirgine uirginibus
O rei, irado, interroga Reia Sílvia:
— Quem é o pai das crianças? 2.1. Romulus et Remus regnum Numitori restituunt – oração
A jovem responde: subordinante; postquam ab eo Amulium expulerunt – oração
subordinada temporal; et nouam urbem condere cupiunt –
— O pai das crianças é o deus Marte.
oração coordenada copulativa sindética. 2.2. urbi-. 2.3. noua
Então Amúlio chama os servos e ordena: urbs...; nouae urbis...; nouae urbi...; nouae urbes...; nouas
— Servos, lançai as crianças ao rio. urbes...; nouis urbibus...
Os servos levam as crianças para junto da água do Tibre, que II. 1.1. pater, mater et fratres; patri, matri et fratribus; patris,
se estende sobre as margens mas, em breve tempo, as águas matris et fratrum. 1.2. Primi regis Romae pater deus Mars erat.
deixam as crianças em seco. Mars Romuli et Remi, Vestalis filiorum, pater erat. Vestales Vestae
De seguida, uma loba, com sede, aproxima-se da água, vê as sacerdotes erant. 1.3. Tiberis Romae flumen erat. Romani ur-
crianças e dá-lhes de mamar. Pouco depois, Fáustulo, pastor bes apud flumina aedificabant. Fluminis Tiberis aquae ueloces
do rei, encontra os meninos, leva-os para sua casa onde, erant. 2.1. O pastor Fáustulo encontra as crianças quando uma
durante muitos anos, juntamente com a sua esposa Larência loba oferecia às crianças os seus úberes. 2.2. Com a sua espo-
os educa. sa educa as crianças gémeas. 2.3. Quando crescem restituem
o reino a Númitor. 2.4. Desejam fundar uma grande cidade no
Lácio. 2.5. Rómulo sozinho será o fundador da cidade, porque
TEXTO 3 — Numitor mata o irmão Remo. 3. infantes: infante, infanticídio; lupa:
loba; geminos: gémeos, geminar; pueros: pueril; adolescunt:
adolescente; regnum: reino, reinar; urbem: urbano, urbanis-
II. Tradução
mo; fratrem: fraterno, fraternal, fratricídio.
Amúlio diz ao irmão Númitor:
— Númitor, o meu filho, não o teu, será rei. Matarei os teus
filhos e darei Reia, tua filha, às sacerdotisas Vestais. Ela habi-
tará no templo de Vesta com as virgens Vestais.
16
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
1. A Vestal Reia Sílvia e o deus Marte: Reae Siluiae, Vestalis uirginis, 1. 1. habebant (3.ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do
filius et Martis. 2. Tinha 18 anos. 3. Era uma cidade pequena: exi- indicativo, voz activa). 1.2. sujeito – ipse et populus suus; com-
guam. 4. in Palatino monte. 5. Tem origem no nome de Rómulo: plemento directo – uxores. 2. Tum inuitauit ad spectaculum
ex nomine suo Romam uocauit. 6. Recebendo na cidade muitos ludorum uicinas urbis Romae nationes – oração principal; pre-
vizinhos. 7. Os Senadores eram os cidadãos mais velhos. dicado – inuitauit ad spectaculum ludorum uicinas urbis Romae
Constituíam o Senado, a assembleia que aconselhava o rei. nationes; uicinas urbis Romae nationes – complemento direc-
to; urbis Romae – complemento determinativo; ad spectaculum
ludorum – complemento circunstancial de lugar para onde;
II. Análise linguística
ludorum – complemento determinativo; atque earum uirgines
rapuit – oração coordenada copulativa sindética; predicado –
1. e 2. Remo fratre: ablativo do singular – complemento cir-
earum uirgines rapuit; earum uirgines – complemento directo;
cunstancial de companhia; urbem exiguam: acusativo do sin-
earum – complemento determinativo. 3. Complemento directo.
gular – complemento directo; in Palatino monte: ablativo do
singular – complemento circunstancial de lugar onde; ex
nomine suo: ablativo do singular – complemento circunstan- III. Tradução
cial de origem; in ciuitatem: acusativo do singular – comple-
mento circunstancial de lugar para onde; senatores: acusativo Mas, ele próprio [Rómulo] e o seu povo não tinham mulheres.
do plural – predicativo do complemento directo; Senatores: Então convidou os povos vizinhos da cidade de Roma para um
nominativo do plural – sujeito. espectáculo de jogos e raptou as suas jovens.
Em seguida, por causa da ofensa das raptadas, os Sabinos e
Exercícios (pág. 115) todas as cidades vizinhas travaram uma guerra contra os
Romanos. Mas os Romanos vencem todas as cidades que
I. rodeiam a cidade (que rodeiam a Urbe).
1. Nominativo: Remus frater; vocativo: Reme frater; acusativo:
Remum fratrem; genitivo: Remi fratris; dativo: Remo fratri; Exercícios (pág. 117)
ablativo: Remo fratre. 2. nom. e voc.: urbes et ciuitates; acus.:
urbes et ciuitates; gen.: urbium et ciuitatum; dat.: urbibus et I.
ciuitatibus; abl.: urbibus et ciuitatibus. 3. Sing. – nom., voc., ac.:
1. Romae, primis temporibus, incolae pauci erant. 2. Ex uicinis
nomen suum; gen.: nominis sui; dat.: nomini suo; abl.: nomi-
oppidis (urbibus) Romam ueniunt multi uiri et feminae
ne suo; plural – nom., voc., ac.: nomina sua; gen.: nominum
suorum; dat. e abl.: nominibus suis. (mulieres). 3. In pugnis aduersus populos uicinos, Romani
multos agros capiunt et fines suos dilatant. 4. Sine uicinis urbi-
II. bus, romani paruus populus erant. 5. Tum, post multas pug-
1.1. Romulus, Vestalis uirginis filius, in Palatino monte exiguam nas, Romani omnia oppida circum Romam uincunt.
urbem condit. 1.2. Lupa fratrum (geminorum) Romuli et Remi,
II.
Martis filiorum, nutrix erat. 1.3. Senatores consilia Romulo
dabant et rex senatoribus oboediebat. 2.1. In urbium montibus 1.1. populi sui. 1.2. populi sui. 1.3. populo suo. 1.4. populos
sacerdotes deos colebant. 2.2. Antiquis temporibus, urbes exi- suos. 2.1. uxores. 2.2. uxorem non habebat. 2.3. sabinas.
guae erant. 2.3. Flumina aquas ad urbes ducunt. 2.4. spectaculum/ludos... ciuitates. 2.5. Romam. 2.6. rapta-
rum... Romanos. 2.7. Roma... omnes. 3.1. Ciuitas crescit amore
inter pueros romanos et puellas sabinas. 3.2. Romani et
TEXTO 5 — Rómulo procura aumentar a Sabini, amore iuncti, magnam urbem aedificant. 3.3. Dei amori
população da cidade inter pueros romanos et puellas sabinas fauent.
I. Questionário I.
1. populus suus et noster; uirgines suae; urbs tua; urbes nos-
1. Havia falta de mulheres. 1.1. Convidou os vizinhos Sabinos trae; meae urbis; tuis uirginibus.
para um espectáculo e raptou as jovens Sabinas. 1.2. Como
17
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
TEXTO 6 — O rapto das Sabinas 1.1.: Iuuenis Romanus in solemni ludo Neptuno equestri uirgi-
nem Sabinam rapit.; frase 1.3.: Romanus, mulierem non habens,
conubium cum finitimo petebat.; frase 1.5.: Vicinus legato peten-
Apoio à Leitura
ti non respondet. 3.1. Bellum inter Romanos et Sabinos facile
non fuit. 3.2. In eo bello proelia ferocia sunt. 4. mulieres felices
I. Questionário (nominativo, vocativo ou acusativo do plural); pons fragilis
(nominativo do singular); consule fideli (ablativo do singular);
1. Roma mulieres nec prolem non habebat. 2. Romulus statuit leoni feroci (dativo do singular); militem audacem (acusativo do
mittere legatos ad populos uicinos et petere conubium suo singular); flumina uelocia (nom., voc. ou acus. do plural); lapidis
populo. 3. Vicini legatos non audiuerunt. 4. Romulus parat grauis (genitivo do singular). 4.1. as mulheres felizes; a ponte frá-
ludos, uicinos inuitat et mulieres eorum rapit. 5. Sabini bellum gil; com o cônsul fiel; ao leão feroz; o soldado audaz; os rios velo-
Romanis indixerunt quia Romani uirgines sabinas rapuerunt. zes; da pedra pesada. 5. 1. Roma; 2. rex; 3. regina; 4. ridens; 5.
riuus; 6. Romanus; 7. regius; 8. regnare.
II. Análise linguística
Enriquecimento lexical (pág. 124)
1. bello: ablativo do singular – complemento circunstancial de
meio; finitimis: ablativo do plural – complemento circunstancial 1. e 1.1. uxoricídio: uxoribus (uxoricídio é o acto de matar a
de companhia; patrum: genitivo do plural – complemento deter- esposa); vizinhança: uicinas (vizinhança refere-se ao que é
minativo; uirginum: genitivo do plural – complemento determi- vizinho; proximidade); equestre: equestri (equestre está rela-
nativo; maesti: nominativo do plural – atributo. 2. 1. 1.ª frase: sujei- cionado com cavalo, uma estátua equestre é aquela em que
to – urbs Roma; erat ualida et finitimis ciuitatibus bello par – aparece um indivíduo montado num cavalo); proletário: pro-
predicado; ualida et finitimis ciuitatibus bello par – predicativo do lem (em princípio o proletário seria aquele que tinha uma
sujeito; 2.ª frase: sujeito – uicini; predicado – urbem crescentem grande prole, isto é, muitos filhos; designa o indivíduo pobre,
metuebant; urbem crescentem – complemento directo; 3.ª frase: que vive do seu trabalho, mal remunerado); paridade: par
sujeito – Romulus, aegritudinem animi dissimulans; predicado – (paridade é a qualidade do que é par, igual). 2.1. pari passu:
ludos solemnes parat Neptuno equestri; ludos solemnes – com-
literalmente significa com passo igual, quer dizer, acompanhar
plemento directo; Neptuno equestri – complemento indirecto.
de perto; primus inter pares significa o primeiro entre iguais,
quer dizer, o primeiro, o mais importante entre os da sua con-
III. Tradução dição. 2.2. Eu fui seguindo pari passu a carreira deste escritor;
O presidente da Direcção não tem todos os poderes, é apenas
A cidade de Roma era já forte e semelhante na guerra às cidades o primus inter pares. 3.1. um infante é, literalmente, o que
vizinhas. Mas a falta de mulheres era grande, porque não tinham ainda não fala; 3.2. um adolescente é o que está a crescer; 3.3.
descendência na cidade nem casamento com os vizinhos. um estudante é aquele que estuda; 3.4. um ouvinte é aquele
Então a conselho dos pais (senadores) Rómulo enviou embai- que ouve. — todos os vocábulos derivam do particípio presen-
xadores junto dos povos vizinhos e pediu aliança e casamen- te latino. 3.5. O Fluminense é o clube do Rio de Janeiro – deri-
to com o novo povo. Mas os vizinhos temiam a cidade que vado do substantivo flumen: rio.
crescia e não ouviram a delegação.
Rómulo, disfarçando o azedume de espírito (disfarçando o seu LEITURA — Uma história de traição
descontentamento), prepara jogos solenes em honra de Neptuno
equestre. Em seguida, convida para o espectáculo os vizinhos.
Vieram muitos com os filhos e as mulheres. Apoio à Leitura
Então, a juventude Romana raptou as jovens Sabinas. Os pais das
jovens, tristes, fogem e depois declararam guerra aos Romanos. I. Questionário
Funcionamento da língua 1. Era uma filha de Espúrio Tarpeio, o homem que comanda-
va a cidadela de Roma. 2. O facto de ter traído Roma ao abrir
as portas ao inimigo e de ter sido castigada pelo próprio ini-
Exercícios (pág. 123) migo. 3. Pretendem mostrar que os traidores são sempre cas-
tigados. 4. Os valores da lealdade e do amor à pátria.
1.1. Os jovens Romanos nos jogos solenes em honra de
Neptuno equestre raptam as jovens Sabinas. 1.2. O rapto das
jovens foi a causa do ódio de todos os Sabinos. 1.3. Os Romanos, Enriquecimento lexical (pág. 126)
não tendo mulheres, pediam casamento com os povos vizinhos.
1.4. Rómulo envia embaixadores pedindo aliança. 1.5. Os vizi- 1. uirginem– puellam; armatos – milites; laeuo – sinistro; mer-
nhos não respondem aos embaixadores que pediam. 1.6. A cede – praemio. 2. capta: capturada; ponderis: ponderar; sinis-
juventude Romana que rapta as jovens Sabinas era forte. 2. frase tris: sinistro; mercede: mercê. 3.1. aureus, a, um; argenteus, a,
18
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
um; cupreus, a, um; plumbeus, a, um. 4.1. armillas argenteas. 4. Mas nas mãos esquerdas os soldados tinham também os
4.2. armillas cupreas. 5.1 e 5.2. au (de aurum); ag (argentum); escudos e as armas. 5. Então mataram a jovem porque tinha
cu (de cuprum); pb (de plumbum). traído a pátria. 6. E assim Tarpeia permanece como um exem-
plo para os traidores.
TEXTO 7 — Tarpeia (1)
Funcionamento da língua
Apoio à Leitura
Exercícios (pág. 132)
I. Questionário 1.1. promiserant , necauerant. 1.2. promis –/necau-: tema de
perfeito; -era-: característica(s); – nt: desinência de 3.ª pessoa do
1. Sabini Romae arcem obsidebant quia Romani mulieres plural. 1.3. promiserat, necauerat. 1.4. Os soldados tinham pro-
Sabinas rapuerunt. 2. Spurius Tarpeius dux arcis Romae erat. metido a Tarpeia as pulseiras e Tarpeia recebeu-os na cidadela.
3. Sabini milites in arcem intrare cupiebant. 4. Milites ei promise- Depois que mataram Tarpeia (Depois de matarem Tarpeia), os
runt aureas armillas. 5. Sabini promissa non soluerunt. 6. Milites soldados lançaram-na do rochedo. 2. receperat, iecerant, popos-
uirgini dederunt mortem. 7. Milites Tarpeiam iecerunt de saxo, in cerat, dederam, promiseramus, dixerat. 3. promiserant, recepe-
Capitolio. 8. Tarpeia exemplum manet quia Romam tradidit. runt/receperant, ieceras, dederamus
1. Os povos Sabinos, depois do rapto das mulheres, travavam Ablativo monte Caelio colle Quirinali
guerra contra os Romanos e cercavam a cidadela de Roma.
2. Então Tácio, rei dos Sabinos, disse à jovem:
3.1. Vrbs Roma septem colles habet. 3.2. In collibus
— Abre-nos as portas da cidadela e terás uma grande recom-
populi multi habitabant. 3.3. Romulus in colle Palatino
pensa.
urbem aedificauit. 3.4. In colle Capitolino erat statua
3. — Dai-me o que tendes nas mãos esquerdas. — pediu Tarpeia. lupae, nutricis Romuli et Remi.
19
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
LEITURA — Uma grande cidade, feita por geração albana de onde sai Rómulo, o fundador de Roma.
2. Roma foi fundada no ano 753 a. C. 3. Rómulo era filho de
grandes homens um deus, Marte, e de uma Vestal, Reia Sílvia (relembrar histó-
ria e lenda). 4. Os arqueólogos encontraram vestígios de uma
Apoio à Leitura cidade murada, no Palatino, que remonta ao século VIII a. C.
5. e 5.1. Um local junto ao rio Tibre, o que permitia um fácil
acesso à costa, mas afastado do mar, que constituiria um peri-
I. Questionário go maior, pois permitiria mais facilmente invasões inimigas.
6. Os romanos acreditavam que a sua origem divina os tinha
1. O herói aqui destacado é Rómulo. 2. Ília era a mãe de Rómulo predestinado a um grande futuro, essa era a explicação para a
e Remo, também chamada Reia Sílvia. força do seu império. 7. Os romanos conquistaram muitos
povos vizinhos que submeteram ao seu domínio e estabele-
II. Análise linguística ceram com outros relações de amizade e cooperação.
B.
1.1. aspice, nate. 1.2. imponent, erunt, addet, educet, aequa- 1. Vrbium primordia, antiquis temporibus, habent saepe diuinam
bit, circumdabit. 1.3. quanta força: quantas uires; as cidades originem. 2. Antiqui populi suas urbes claras faciunt, quaerentes
colatinas: Collatinas arces; Rómulo, filho de Marte: Mauortius e deis originem suam. 3. Etiam Romae conditores fabulam simi-
Romulus; sete colinas: septem arces. lem habent. 4. Romulus, Vestalis et dei, Martis, filius, etiam reci-
piet nomen dei Quirini. 5. Roma urbs septem collium est.
Exercícios (pág. 136)
D E C V Q M I F G O
I.
A S O I V V M S H Z
1. quantam uim; monti; nomen. 2. Nom. e voc. Inclyta et felix
Roma; genitivo: inclytae et felicis Romae; acusativo: inclytam et V Q L M I I O V S S
felicem Romam; dativo: inclytae et felici Romae; ablativo: incly-
E V L I R L N N V P
ta et felici Roma. 3. ostentare – tema: ostenta- (tema em -a).
3.1. ostentaui, ostentauisti, ostentauit, ostentauimus, ostentauis- N I I N I O S I I A
tis, ostentauerunt ou ostentauere.
T L S A N T L T L R
II.
I I E L A I S A E H
ostentar/ostentação; cometimento/comitiva; prole/proletaria-
do/proletário. N N P I L P X L A G
V V T S I A P A C S
Funcionamento da língua
S S E C S C B P F E
Exercícios (pág. 138) III.
I. 1. flumen uelox. 2. colles... paruis casis. 3. urbem... uicinas gen-
tes. 4. Romam... ueniunt. 5. adspectantes... rapiunt. 6. Sabinis...
1. habebimus, interrogabis, respondebunt, ueniam. 2.1. Roma pacem facient.
edificará um grande império. 2.2. O império Romano imporá
o seu nome a muitos povos. 2.3. As vitórias dos Romanos IV. 1. — ager: campo, terra cultivada; campus: planície, terreno
farão Roma ilustre. 2.4. Por todos os séculos dos séculos cele- plano; rus; campo (em oposição a casa e a urbs); terra: a
brarão a glória Romana (de Roma). 2.5. Por fim, chegará a terra, um dos 4 elementos; humus: terra, solo, chão; — oppi-
ruína ao império romano, mas a sua fama permanecerá. dum: cidade fortificada; urbs: cidade, conjunto arquitectónico
(em oposição a rus); ciuitas: cidade, conjunto dos cidadãos;
II. arx: cidadela, lugar fortificado, a parte mais alta de uma cida-
1.1. O fim coroa a obra. 1.2. O tempo é um óptimo juiz. 1.3. O de; — uilla: casa de campo; casa: cabana, choupana; domus:
direito é a arte do bom e do justo. 1.4. A honra alimenta as casa, morada; tugurium: um local coberto, choça, cabana;
artes. 1.5. As honras (honrarias) mudam os costumes. spelunca: caverna, gruta.
2. paruus/magnus; impiger/piger; bonus/malus; intrare/exire;
urbanus/rusticus; interrogare/respondere; lentus/uelox; laetus
Avalie os seus conhecimentos
/tristis; niger/albus; mori/uiuere; aedificare/delere; odium/amor;
infelix/beatus; aduersae/secundae; pax/bellum; parere/impe-
I. rare. 3. pono, is, ere, posui; mitto, is, ere, misi; duco, is, ere,
A. duxi; dico, is, ere, dixi; do, das, dare, dedi; peto, is, ere, petiui;
1. Segundo a lenda, podemos fazer remontar a origem de rideo, es, ere, risi.
Roma a Eneias, o herói troiano que fundou uma cidade no
Lácio, Lavínio, e de quem muitos anos depois descende a
20
Unidade 4 – Da Roma do Palatino ao domínio da Itália
Inicia-se esta unidade com um texto de Políbio, um autor da Antiguidade, que põe em destaque a grandeza de Roma, no seu
tempo, grandeza essa que parece ser já um prenúncio do futuro império.
A admiração do historiador poderá estimular os alunos a procurarem seguir com atenção o percurso deste povo que começou com
uma pequena aldeia no Palatino.
Em relação aos Etruscos e ao seu contributo para a grandeza de Roma, o vídeo que se aconselha na Proposta de trabalho da pági-
na 171 deve ser visto na aula, na totalidade ou por partes, para que possa ser acompanhado de uma ficha de compreensão. Os
endereços da Internet poderão constituir outra forma de pesquisa e enriquecimento do tema.
TEXTO 1 — Numa Pompílio sucede a complemento de deerant (verbo composto de sum); iniuria:
ablativo do singular – complemento circunstancial de causa;
Rómulo magna fortitudine: ablativo do singular – complemento cir-
cunstancial de modo; tempore: ablativo do singular – com-
Apoio à Leitura plemento circunstancial de tempo quando.
2. Tarpeia não foi últil à cidade de Roma. Faltavam mulheres
I. Análise linguística aos Romanos. Pela ofensa (por causa da ofensa) dos Romanos,
os Sabinos empreenderam uma guerra contra Roma. Romanos
1. Postea – complemento circunstancial de tempo; Numa e Sabinos lutaram com grande bravura. Houve no tempo dos
Pompilius – sujeito; rex creatus est – predicado; rex – predi- reis muitas guerras entre os Romanos e os povos vizinhos.
cativo do sujeito. 2. Romanis – dativo do plural, complemento
indirecto; consuetudine – ablativo do singular, complemento II. 1. Multi populi Romanorum uicini Romae ludis aderant.
circunstancial de causa; templa – acusativo do plural. comple- 2. Quadragesimo et tertio anno imperii, secundus Romae rex,
mento directo. 3. morbo – complemento circunstancial de Numa Pompilius, e uita decessit. 3. Romae regno septem
causa; quadragesimo et tertio anno – complemento circuns- reges praefuerunt: Romulus primus fuit, secundus Numa
tancial de tempo quando. Pompilius. 4. Post Romulum et Numam, reges Romanorum
quinque fuerunt. 5. 1. desde a cidade fundada (desde a fun-
II. Tradução dação da cidade / a partir da fundação da cidade); desde os
mais profundos fundamentos; pelo rei muitas vezes, pela
Em seguida foi nomeado rei Numa Pompílio, que, na verdade, pátria sempre; o costume é a outra natureza/o uso é outra lei;
não fez qualquer guerra, mas nem por isso foi menos útil à cida- pelos altares e pelos fogos , isto é, pelos deuses Lares e pelos
de do que Rómulo. Com efeito, estabeleceu leis e regras (prin- deuses Penates; poupar os submissos e subjugar os arrogan-
cípios) para os romanos, que pelo hábito das guerras (dos com- tes; com suavidade no modo, com força na acção; os exem-
bates) eram então considerados salteadores e semibárbaros, plos ensinam, não mandam.
dividiu o ano em dez meses, até aí desordenado, sem qualquer
cálculo (divisão, organização), e instituiu em Roma um número
incontável de cultos sagrados e de templos. Morreu, de doença, TEXTO 2 — Outros reis Sabinos
no quadragésimo terceiro ano do seu reinado.
Apoio à Leitura
Funcionamento da língua
I. 1. Romae ciuitati: dativo do singular – complemento de pro- 1. 1. Tullus Hostilius – Tulo Hostílio; Ancus Marcius – Anco
fuit (verbo composto de sum); Romanis: dativo do plural – Márcio. 1.2. Tulo Hostílio venceu povos vizinhos: os Albanos,
21
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
os Veientes e os Fidenates; além disso, alargou o perímetro de edificação do Capitólio. 2.1. Sérvio Túlio submeteu ao seu
Roma, juntando-lhe o Monte Célio. Anco Márcio acrescentou domínio os Sabinos, acrescentou à cidade três colinas, Quirinal,
à cidade o monte Aventino e fundou uma cidade nas proximi- Viminal e Esquilino, circundou a muralha de fossos. 2.1.1. A
dades da foz do Tibre. submissão definitiva dos Sabinos.
1. Tullus Hostilius. 2.1. dativo do singular – complemento de I. 1. accepit, duplicauit, aedificauit, instituit, uicit. 1.1. accipio,
adiiciens (particípio presente de adiicio) — complemento indi- accipis, accipere, accepi; duplico, duplicas, duplicare, dupli-
recto. 2.2. ablativo do singular – complemento circunstancial caui; aedifico, aedificas, aedificare, aedificaui; instituo, insti-
de tempo quando. 2.3. ablativo do singular – complemento tuis, instituere, institui; uinco, uincis, uincere, uici. 1.2. perma-
circunstancial de causa. 3. pretérito perfeito do indicativo; adii- nent: 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo, voz activa,
ciens – particípio presente. do verbo permaneo, permanes, permanere, permansi. 2. sus-
cepit – 3.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicati-
III. Tradução vo, voz activa, do verbo suscipio, suscipis, suscipere, suscepi;
subegit – 3.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indi-
cativo, voz activa, do verbo subigo, subigis, subigere, subegi;
1. A Numa Pompílio sucedeu Tulo Hostílio. 2. Tulo Hostílio venceu os
adiunxit – 3.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indi-
Albanos, submeteu pela guerra os Veientes e os Fidenates e ampliou
cativo, voz activa, do verbo adiungo, adiungis, adiungere,
Roma juntando à cidade o monte Célio. 3. Anco Márcio, neto de
adiunxi; duxit – 3.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do
Numa (filho de uma filha de Numa) juntou à cidade o monte
indicativo, voz activa, do verbo duco, ducis, ducere, duxi.
Aventino e fundou uma cidade junto à foz do Tibre. 4. Morreu, por
2.1. Post hunc Seruius Tullius suscipit imperium. Hic quoque
doença, no vigésimo quarto ano do seu reinado.
Sabinos subigit, montes tres... adiungit,... ducit. 2.2. Post hunc
Seruius Tullius suscepit imperium – oração independente. Hic
Exercícios (pág. 155) quoque Sabinos subegit – oração principal; montes tres,
Quirinalem, Viminalem, Esquilinum, urbi adiunxit – oração
I. coordenada copulativa assindética; fossas circum murum duxit
1.1. Rex Tullus Hostilius multos populos uicit. 1.2. Ancus – oração coordenada copulativa assindética. 2.3. Hi... subege-
Marcius Tullo Hostilio sucessit. 1.3. Hi reges urbem ampliaue- runt... adiunxerunt... duxerunt. 3. Deinde; Post hunc – comple-
runt et ad Tiberis ostium peruenerunt. mento circunstancial de tempo depois do qual. II. 1. regno.
2. opera. 3. triumphauit... agros ad territorium. 4. Tarquinio
II.
Prisco. 5. Quirinalis, Viminalis, Esquilinus. III. duplicação, insti-
1. uiginti; quattuor. tuto, vitória, susceptibilidade, condutor. IV. Roma crescit.
22
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
1. septimus atque ultimus regum – aposto do sujeito; cum E assim entre o nosso povo e os outros surgem, de dia para dia,
Tuscis – complemento circunstancial de companhia; Ardeam – maiores e melhores cultos de deuses e sagradas práticas reli-
complemento directo (do particípio presente oppugnans): ab giosas; e isto acontece não sem motivo nem por acaso, mas
urbe Roma – complemento circunstancial de lugar donde; porque os deuses muitas vezes presentes declaram a sua força,
imperium – complemento directo. 2. oppugnans – nominativo como quando junto ao Lago Regilo, na guerra contra os Latinos,
do singular do particípio presente do verbo oppugno, as, are, Castor e Pólux foram vistos a lutar a cavalo na nossa linha de
aui; perdidit – 3.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do batalha, e ainda, num tempo mais recente, os mesmos filhos de
indicativo, voz activa, do verbo perdo, perdis, perdere, perdidi. Tíndaro anunciaram que Perseu tinha sido vencido. [...] Ora,
também crês ser uma marca do casco do cavalo de Castor aqui-
Exercícios (pág. 160) lo que hoje aparece numa pedra junto ao Lago Regilo?
1. Tarquinius Superbus ultimus Romae rex fuit. 2. Romae sep- Funcionamento da Língua (pág. 165)
tem reges regnauerant. 3. Omnes urbi profuerunt, multos
populos subiicientes et multa aedificia aedificantes. II. 1.1. Grau normal. Marco é veloz. 1.2. Comp. de superiorida-
de. Paulo é mais veloz do que Marco. 1.3. Comp. de superio-
LEITURA — Templo de Cástor y Pólux ridade. Pedro é mais veloz do que Marco e Paulo. 1.4. Comp.
de inferioridade. Marco é menos veloz do que Pedro e Paulo.
Apoio à Leitura 2.1. O rei Tarquínio foi tão famoso como Rómulo. 2.2. Anco
Márcio era mais forte do que Hostílio. 2.3. O soldado era mais
I. Questionário valente do que o rei. 2.4. Os soldados eram mais valentes do
que os pastores.
1. O ditador Aulo Postúmio Albino. 2. A batalha junto ao lago
Regilo. 2.1. Em 499 a. C. 2.2. Ano 484 a. C. 3. Castor e Pólux Enriquecimento lexical (pág. 165)
eram dois gémeos, filhos de Zeus e de Leda, que levaram os
Romanos à vitória contra os Tarquínios e os Latinos. 4. Não 1.1. silicone, equestre, vestígio, unha. 2.1. os estudos de hoje/
corresponde. As três colunas que hoje vemos são da recons- actuais. 2.2. lutava; 2.3. digno de crédito, de ser acreditado.
trução feita no tempo de Augusto (6 d. C.).
23
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
Funcionamento da língua (pág. 168-169) soa do plural do presente do indicativo, voz passiva, do verbo
seco, as, are, aui; accipimus – 1.ª pessoa do plural do presente
1.1. Frase a: sujeito: urbs; predicado: ab hostibus appugna- do indicativo, voz activa, do verbo accipio, is, ere, accepi; accipi-
batur; ab hostibus: complemento agente da passiva; Frase mur – 1.ª pessoa do plural do presente do indicativo, voz passi-
b: sujeito: urbs; a Romanis defenditur: predicado; a va, do verbo accipio, is, ere, accepi; tribuebant – 3.ª pessoa do
Romanis: compl. agente da passiva; Frase c: sujeito: aditus; plural do pretérito imperfeito do indicativo, voz activa, do verbo
in urbem ab uiro romano uno uitatur: predicado; ab uiro tribuo, is, ere, tribui; tribuebantur – 3.ª pessoa do plural do pre-
romano uno: compl. agente da passiva; in urbem: compl. térito imperfeito do indicativo, voz passiva, do verbo tribuo, is,
circunstancial de lugar para onde; Frase d: Horatius sociis ere, tribui; oppugnabitis – 2.ª pessoa do plural do futuro imper-
dicit: oração independente, sujeito: Horatius; predicado: feito, voz activa, do verbo oppugno, as, are, aui; oppugnabimini
sociis dicit; sociis: compl. indirecto; 2.ª oração indepen- – 2.ª pessoa do plural do futuro imperfeito, voz passiva, do verbo
dente: Amici: vocativo; ab Etruscis oppugnabamur: predica- oppugno, as, are, aui; defendunt – 3.ª pessoa do plural do pre-
do; ab Etruscis: compl. Agente da passiva; 3.ª oração inde- sente do indicativo, voz activa, do verbo defendo, is, ere, defen-
pendente: urbs: sujeito; a nobis magna uirtute seruabitur: di; defenduntur – 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo,
predicado; a nobis: compl. agente da passiva; magna uirtu- voz passiva, do verbo defendo, is, ere, defendi. 1.1. dabant/
te: compl. circunstancial de modo. 1.2. e 1.3. Em a, b, c: dabantur; secat/secatur; accipio/accipior; tribuebat/tribuebatur;
presente do indicativo, 3.ª pessoa do singular; em d: preté- oppugnabis/oppugnaberis; defendit/defenditur. 1.2. dava/era
rito imperfeito do indicativo, 1.ª pessoa do plural e futuro im- dado; cortam/são cortados(as); recebemos/somos recebidos(as);
perfeito, 3.ª pessoa do singular. 1.4. Frase a: A cidade é ata- davam/eram dados(as); atacareis/sereis atacados(as); defen-
cada pelos inimigos; Frase b: A cidade é defendida pelos dem/são defendidos(as).
Romanos; Frase c: A entrada na cidade é evitada (é impe- II. 1. a. Viri romani – sujeito; urbem magna uirtute defendebant
dida) por um só homem romano; Frase d: Horácio diz aos – predicado; urbem – complemento directo; magna uirtute –
companheiros: “– Amigos, éramos atacados pelos Etruscos. complemento circunstancial de modo. b. urbs – sujeito; a uiris
A cidade será defendida por nós com grande coragem”. magna uirtute defendebatur – predicado; a uiris romanis – com-
plemento agente da passiva; magna uirtute – complemento
Funcionamento da língua (pág. 170) circunstancial de modo. c. Flumen propitium – sujeito; Romam
protegit – predicado; Romam – complemento directo. d. sujei-
to – uia; Ponte Sublicio in urbem militibus aperitur – predicado;
III. 3. 1. Vbi Horatius Cocles hostes uidet – oração subordina-
Ponte Sublicio – complemento circunstancial de lugar por onde;
da temporal; sujeito: Horatius Cocles; hostes uidet: predicado;
in urbem – complemento circunstancial de lugar para onde;
hostes: complemento directo; eis se opponit – oração subor-
militibus – complemento indirecto. 1.1. a. Os varões romanos
dinante; se: complemento directo; eis: complemento indirec-
defendiam a cidade com grande coragem. b. A cidade era
to. Tradução: Quando Horácio Cocles vê os inimigo, opõe-se-
defendida pelos homens romanos com grande coragem. c. O
-lhes. 3.2. Pontem secat – oração subordinante; sujeito:
rio propício protegia a cidade. d. Pela ponte Sublício (de madei-
subentendido (Horatius Cocles); pontem secat: predicado;
ra) era aberto (abria-se) aos soldados o caminho para a cidade.
pontem: complemento directo; antequam hostes eum tran-
2. a. Roma protegitur flumine propitio. b. Roma ab Horatio
seant – oração subordinada temporal; hostes: sujeito; eum
seruatur. c. Memoria Horatii Roma semper celebrabitur.
transeant: predicado; eum: complemento directo. Tradução:
Corta a ponte antes que os inimigos a atravessem. 3.3. III. Horácio Cocles viu os inimigos. Cocles viu-os.; Os inimigos
Postquam Romani statuam in comitio posuerunt – oração viram Horácio. Os inimigos viram-no.; O varão romano foi auda-
subordinada temporal; sujeito: romani; statuam in comitio cioso. Ele foi audacioso.; O rio ouviu as preces dele. O rio ouviu-as.
posuerunt: predicado; statuam: complemento directo; in 2.1. Cocles urbem seruauit et Romani eum laudauerunt. 2.2. Is
comitio: complemento circ. de lugar onde; omnes eam cole- miles audax exemplum amoris patriae eis dedit. 2.3. Poetae uiros
bant – oração subordinante. Sujeito: omnes; eam colebant: et eorum gesta celebrant.
predicado; eam: complemento directo. Tradução: Depois que
os Romanos colocaram a estátua no Comício, todos a vene- TEXTO 7 — Também as mulheres prati-
ram. 4.1. Dum uiuit, nomen suum celebratur. 4.2. Vbi Horatii
Coclitis uictoriam celebrabant, Romam laudabant. cam actos de heroísmo
Apoio à Leitura
Exercícios (pág. 171)
24
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
todas elas. 4. O rei Etrusco, irado, envia legados a Roma e tur; dedit/datus est; dabit/dabitur. 4.2.2. Cloelia remissa est ad
exige a refém Clélia. 5. Considera este feito acima dos de castra Etruscorum.
outros heróis, Horácio Cocles e Múcio Cévola. 6. Construíram-
-lhe uma estátua equestre ao cimo da Via Sacra. II. Tradução
II. Análise linguística Clélia, jovem romana, tinha sido raptada pelos Etruscos junta-
mente com outros reféns. O acampamento dos Etruscos esta-
1. Cloelia – sujeito; uirgo romana – aposto do sujeito; ab etrus- va casualmente situado não longe da margem do Tibre. Então
cis capta erat cum aliis obsidibus – predicado; ab etruscis – Clélia iludiu os guardas e, como chefe de um grupo de don-
complemento agente da passiva; cum aliis obsidibus – comple- zelas (à frente de um grupo de donzelas), passou o rio a nado,
mento circunstancial de companhia. 2.1.complemento directo. entre os dardos dos inimigos e restituiu a Roma aos seus fami-
2.2. aposto; agminis – determinativo de dux; uirginum – deter- liares todas as jovens.
minativo de agminis: 2.3. complemento indirecto. 2.4. comple- Imediatamente isto era anunciado ao rei dos Etruscos que,
mento circunstancial de lugar para onde. 2.5. aposto (de nouo inflamado pela ira (irado), envia mensageiros a Roma e exige
genere (honoris) – complemento circunstancial de modo). a refém Clélia. Em seguida, tomado pela admiração, diz: “ este
feito está acima dos Cocles e dos Múcios”.
Funcionamento da língua Os Romanos restituíram as jovens como penhor da paz,
mediante um acordo e junto do rei Etrusco a coragem não só
Exercícios (pág. 175) foi posta em segurança (protegida) mas também honrada. O
rei louvou a donzela e entregou-lhe alguns reféns. Clélia esco-
I. 1.1. 3.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo, lheu as crianças e as jovens donzelas.
voz activa, do verbo frustro, as, are, aui, atum. 1.2. 3.ª pessoa do Quando a paz foi restabelecida, os Romanos premiaram uma
singular do pretérito perfeito do indicativo, voz activa, do verbo nova qualidade numa mulher com um novo género de home-
restituo, is, ere, restitui, restitutum. 1.3. 3.ª pessoa do singular do nagem, uma estátua equestre; a jovem foi colocada no cimo
presente do indicativo, voz activa, do verbo mitto, is, ere, misi, da Via Sacra sentada sobre um cavalo.
missum e do verbo deposco, is, ere, poposci. 1.4. 3.ª pessoa do
singular do pretérito perfeito do indicativo, voz passiva, do verbo
laudo, as, are, aui, atum e 3.ª pessoa do plural do pretérito per-
Enriquecimento lexical (pág. 176)
feito do indicativo, voz passiva, do verbo do, das, dare, dedi,
datum. 1.5. 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo, voz I. 1. donativo: donauerunt; frustração: frustrauit; inversão: uer-
passiva, do verbo lego, is, ere, legi, lectum. 1.6. 3.ª pessoa do sin- sus. 1.1. donativo é algo que é dado a alguém ou a alguma
gular do pretérito perfeito do indicativo, voz passiva, do verbo instituição, especialmente com uma finalidade caritativa; do
dono, as, are, aui, atum. 1.7. 3.ª pessoa do plural do pretérito latim donatiuum: dádiva concedida aos soldados pelo impe-
mais-que-perfeito do indicativo, voz passiva, do verbo laudo, as, rador (o verbo latino dono significa dar, presentear e é o étimo
are, aui, atum e 3.ª pessoa do plural do pretérito perfeito do de doar); frustração é algo que iludiu as expectativas, é um
indicativo, voz activa, do verbo celebro, as, are, aui, atum. 3. engano, uma expectativa malograda; inversão é o acto ou efei-
frase 1.3. Rex Etruscorum Romam legatos mittit – oração princi- to de inverter, de virar ao contrário. 1.2. Ele entregou um dona-
pal — rex etruscorum – sujeito; Etruscorum: complemento tivo para as vítimas dos incêndios. Este filme foi para mim uma
determinativo; Romam legatos mittit – predicado; Romam – frustração. O carro foi fazer inversão de marcha naquela rotun-
complemento circunstancial de lugar para onde; legatos – da. 1.3. donativo: doar, doação, donatário, perdoar, perdão;
complemento directo; et Cloeliam obsidem deposcit – oração inversão: inverter, inverso, versão, diversão, reverter, perverter,
coordenada copulativa sindética — Cloeliam obsidem – com- perversão. 2.1. pignus, pignoris significa garantia, prova, segu-
plemento directo; frase 1.4. A rege uirgo laudata est – oração rança, uma casa de penhores é o local onde se entregam
principal — uirgo – sujeito; A rege laudata est – predicado; a objectos que ficam como garantia de pagamento do emprés-
rege – complemento agente da passiva; et ei dati sunt aliqui timo feito; os bens penhorados são os que ficam retidos, que
obsides – oração coordenada copulativa sindética — aliqui são apreendidos, como garantia de pagamento; empenhou
obsides – sujeito; ei dati sunt – predicado; ei – complemento tudo o que tinha quer dizer que entregou os seu bens como
indirecto. 3. Frase 1.4. A jovem foi louvada pelo rei e foram-lhe garantia; estar penhorado, sentir-se penhorado em relação a
dados alguns reféns. Frase 1.5. Os rapazes e as raparigas são alguém significa que se está agradecido e, portanto, como que
escolhidos por Clélia. Frase 1.6. Um novo valor numa mulher foi se entrega como garantia; ter empenho num objecto é estar
presenteado (brindado) pelos Romanos com um novo género muito ligado a ele, ter interesse; pôr todo o seu empenha-
de homenagem. Frase 1.7. Muitos homens já tinham sido lou- mento em alguma coisa é entregar-se a ela com alma, com
vados pelos Romanos mas celebraram Clélia como a primeira muita vontade, com esforço; conseguir um emprego com
mulher romana digna de louvor. 4.1. A rege Etruscorum Romam empenhos é através da protecção de alguém; desempenhar
legati mittuntur et Cloelia obses deposcitur. 4.2.1. mittimus – um papel é exercer uma função ou, no teatro, representar.
mittimur; misit/missus est; miserat/missi erant; dabant/daban- 2.2. custos, custodis significa guardião, protector, o que con-
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NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
tém: a Custódia é um objecto que guarda a hóstia consagra- 4.ª conjugação; cecidit: do verbo caedo, is, ere, cecidi, caesum –
da; sair sob custódia é obter uma liberdade vigiada, sob a tema em consoante, 3.ª conjugação; ornauit: do verbo orno, as,
guarda, a protecção de alguém; a custódia da criança é a pro- are, aui, atum – tema em –a, 1.ª conjugação. 2. pauo, pauonis –
tecção da mesma; o anjo Custódio é o anjo protector. tema: pauon-; Iuno, Iunonis – tema: Iunon-; auis, auis – tema:
aui-; sacerdos, sacerdotis – tema: sacerdot-; uirgo, uirginis –
tema: uirgin-; diligens, diligentis – tema: diligenti-; custos, cus-
TEXTO 8 — Mânlio e os gansos sagrados
todis – tema: custod-; carmen, carminis – tema: carmin-; caput,
capitis – tema: capit-; maerens, maerentis – tema: maerenti-;
Apoio à Leitura omnis, omne – tema: omni-. 3.1. quia Iuno inuida erat.
3.2. sacer (linha 1) – predicativo; diligens (linha 5) – atributo.
I. Questionário 3.3. de aue (linha 1). 3.4. carminibus suis (linha 7).
1. A fome que grassava entre a população e entre os animais, Exercícios (pág. 180)
nomeadamente os gansos sagrados de Juno. 2. O guardião do
Capitólio era Marco Mânlio. 2.1. Os gansos de Juno com o seu 1. Auis sacra Iunoni deae pauo erat. 2. Pauo pulchra auis est.
grasnar. 3. Poetae de pauone multas fabulas narrant. 4. Iuppiter uirginem
sacerdotem amabat sed, Iunonis inuidia, uirginem in iuuencam
II. Análise linguística mutauit. 5. Iuno pauoni centum Argi oculos dedit, quia eum amabat
ante omnes alias aues. 6.1. crudelis. 6.2. ingenti. 6.3. audax. 6.4. acri.
1. anseres. 2. aposto do sujeito. 3. Particípio presente de cieo,
es, ere, no nominativo do singular masculino, concorda com TEXTO 10 — Noua fabula de pauone
Manlius. 4. Ablativo do plural – complemento circunstancial de
meio ou instrumento. 5. Pretérito perfeito do indicativo, voz
Apoio à Leitura
passiva, do verbo deturbo, as, are, aui, atum; sujeito – tota
prolapsa acies.
I. Questionário
Exercícios (pág. 178) 1. Magister nouam fabulam de pauone narrauit. 2. Claudius
fabulam non audiuit quod (quia) pridie in ludum uenire non
I. 1. eos. 2. ei. 3. is. 4. eorum. II. 1. Anser Iunoni sacer erat. potuerat. 3. Pauo beatus non erat. 4. Iuno irata erat quia pauo
2. Anseres clangore suo Manlium excitauerunt. 3. In Capitolio, ingratus et superbus erat.
Romani ab Iunonis auibus exciti sunt. III. hostilizar: hostes;
falso: feffelerunt; egrégio: egregibus; crepitar: crepitu; trepida-
ção: trepidant; congregação: congregati. Exercícios (pág. 182)
26
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
destaque é o homem, que não vê os seus erros. 3. Significa arcis. 2.1. atravessava a nado. 2.2. as alturas do Capitólio. 2.3.
que foi Júpiter que teve esse papel, quer dizer, que os homens mantinha-se de pé. 3. pretérito imperfeito. III. N’ Os Lusíadas,
querem livrar-se dessa responsabilidade. 3.1. O dativo do pro- canto VIII, Paulo da Gama descreve ao Catual as figuras pinta-
nome pessoal na 1.ª pessoa do plural vem, na sequência da das nas bandeiras, que representam heróis do passado. No
forma verbal, atribuir a Júpiter todo poderoso a imposição escudo de Eneias estão gravados heróis do futuro. No canto I,
sobre todos os homens. Júpiter fala do passado e profetiza o futuro.
27
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
duro. c. Tibério fez uma estátua muito bela mas o professor Fabrício da honestidade do que afastar o sol do seu curso.”
riu-se dele. d. Tibério não era o mais aplicado de todos. e. Para
Tibério a língua latina era muito difícil. Exercícios (pág. 191)
Exercícios (pág. 189) 1.1. Fabricius uir honestissimus erat. 1.2. Rex Pyrrhus Fabricii
honestatem laudauit. 1.3. Romanus consul medicum tradito-
I. 1.1. puella altissima; 1.2. puer pulcherrimus; 1.3. animal fero- rem ad Pyrrhum reduxit.
cissimum; 1.4. puer pigerrimus; 1.5. magister celeberrimus.
2.1. Leo ferocissimum animal est. 2.2. Linguae latinae discipuli Avalie os seus conhecimentos (pág. 192)
studiosissimi sunt. 2.3. Magister discipulos studiosissimos lau-
dauit. 2.4. Marcus est altissimus discipulus omnis scholae (ex
I.
omni schola). II. 1. As coisas feitas (os factos) são mais difíceis
que as coisas ditas (os ditos/ as palavras). 2. As coisas mais 1. 753 a. C. 2. A Rómulo. 3. Rómulo era filho da Vestal Reia
humildes (mais simples) são muitas vezes as mais seguras. Sílvia e do deus Marte. 4. Sucedeu-lhe Numa Pompílio.
4.1. Numa Pompílio foi o rei pacificador, organizou a socieda-
de e o culto dos deuses. 4.2. Governou 43 anos. 5. Foram três:
LEITURA — Roma e os seus valores Numa Pompílio, Tulo Hostílio e Anco Márcio. 6. Tarquínio Prisco,
Sérvio Túlio e Tarquínio o Soberbo. 6.1. Alargaram os limites
Apoio à Leitura da cidade, construíram uma muralha, redes de esgotos, o
Circo. 6.2. Em 509 a. C.. 7. A República. 7.1. O Forum era o cen-
I. Questionário tro político e religioso. Aí tinham lugar os factos mais impor-
tantes da cidade; aí se tinha travado a batalha entre Rómulo e
1. Um feito do Senado e do cônsul Fabrício na guerra com Pirro. Tito Tácio, aí se teria feito a paz entre Romanos e Sabinos.
2. O valor da lealdade. 3. [poder-se-á abrir um debate na aula]. 7.2. O templo de Castor e Pólux recordava a vitória sobre os
Tarquínios e os Latinos porque foi com a ajuda destes dois
heróis, acreditavam eles, que os Romanos venceram. 8. Os
TEXTO 13 — Fabricius valores do patriotismo e do heroísmo. 8.1. O valor da liberda-
de, reconhecida a todos os cidadãos. 8.2. Horácio Cocles e
Apoio à Leitura Clélia. 8.3. Para que os jovens os pudessem seguir. 9. Não
foram pacíficos. 9.1. Os Tarquínios pediram ajuda ao rei dos
I. Questionário Etruscos, Porsena, e seguiu-se uma época de grandes comba-
tes. 9.2. [O aluno pode basear-se no que é dito na aula, ou
1. Fabrício, cônsul romano; Pirro, rei do Epiro; o médico de Pirro. fazer investigação orientada pelo professor.] 10. A supremacia
1.1. Fabrício era um cônsul romano, bravo militar, que preservava definitiva sobre os etruscos e o contacto directo com os gre-
os valores da justiça, da honra e da lealdade; o médico de Pirro gos, através da sujeição das suas colónias.
era um traidor que queria entregar Pirro ao inimigo; Pirro era um II.
inimigo à altura de Fabrício, pois soube elogiá-lo e reconhecer o 1.1. faltar. 1.2. estar à frente, presidir. 1.3. estar afastado, dis-
seu valor. 2. Na comparação feita, Pirro pretende mostrar que tar, estar ausente. 1.4. poder.
nada levaria Fabrício a deixar de ser honesto.
Fabrício, cônsul Romano, comandava (chefiava) as tropas con- prosumus adsumus proderamus aderamus
tra Pirro. Então, o médico de Pirro vem de noite ao acampa-
prdestis adestis proderatis aderatis
mento romano e promete matar Pirro com veneno e pede a
Fabrício uma recompensa. Mas o cônsul reenviou-o preso ao prosunt adsunt proderant aderant
rei informando-o da traição. Então o rei, admirado, disse:
“Este é Fabrício, um homem honesto. É mais difícil afastar
28
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
3.1. ... fratri; 3.2. a mari; 3.3. Romae. 3.4. uincere. 4. frase 3.1. 8.2. 3.ª pessoa do singular do futuro imperfeito, voz activa: ele
Rómulo sobrevive ao irmão. frase 3.2. Roma não dista muito tomará. 8.3. 3.ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indi-
do mar (não está muito longe). frase 3.3. Os reis Etruscos cativo, voz passiva (masculino): eles foram tomados/captura-
foram úteis a Roma. frase 3.4. Os povos vizinhos não puderam dos. 9.4. 3.ª pessoa do plural do pretérito mais-que-perfeito do
vencer Roma. 5.1. Vinces uirtute tua legiones hostium. 5.2. indicativo, voz passiva (neutro): tinham sido tomados. 8.5. par-
Populi inimici (hostiles) mox eis bellum indicent. 5.3. Duces ticípio passado, nominativo do plural masculino: capturados.
cum militibus suis ferox proelium aduersus hostes parant. 8.6. particípio presente, nominativo ou acusativo do plural
6.1. fortior, fortius; fortissimus, a, um. 6.2. audacior, audacius; (masculino ou feminino): os que tomam. 8.7. imperativo pre-
audacissimus, a, um. 7.1. Fortior quam tu sum. 7.2. Minus for- sente, voz activa, 2.ª pessoa do singular: toma. 8.8. infinitivo
tis quam nos omnes es. 7.3. Sunt audacissimi omnium mili- presente passivo: ser tomado. 9.1. belicoso, bélico. 9.2. militar,
tum. 7.4. Secundi ui et primi uirtute sunt. 7.5. Copiae fortiter milícia. 9.3. dom, donativo. 9.4. anunciar, nunciatura. 9.5. con-
pugnabunt quia audaces sunt. 7.6. Tamen hostes minus auda- dutor, conduta. 9.6. virtude, virtuoso. 9.7. ver, rever. 9.8. absen-
ces non sunt, etiam audacissimi sunt. 7.7. Multi a fortioribus tismo, absentista. 10.1. se queres a paz, prepara a guerra. 10.2.
uincuntur. 7.8. Bona exempla uirorum romanorum a ciuibus suis na paz e na guerra. 10.3. as águias não geram pombas. 10.4.
celebrantur. 7.9. Etiam mulieres celebrantur, ubi gesta celebria pelo rei muitas vezes, pela pátria sempre. 10.5. o tempo suaviza
faciunt. 8.1. 1.ª pessoa do plural do presente do indicativo, voz o ódio. 10.6. nunca se vence o perigo sem perigo.
passiva: somos tomados/capturados(as).
29
Unidade 5 – A Religião Romana
O texto de Sophia de Mello Breyner com que se inicia a unidade deve ser lido atentamente pelos alunos e explorado na aula com
o auxílio do Professor, na perspectiva de uma poetisa do nosso tempo, e deve ser estabelecida, mais uma vez, a sua ligação com
o passado, algo que é depois explorado nos textos informativos que se seguem.
Na linha das unidades anteriores, os textos informativos surgem como pano de fundo para a contextualização e a sequente com-
preensão dos textos latinos que veiculam aspectos da religião romana, de forma a aprofundar o conhecimento, por via dos Autores
que sobre ela escreveram e que, por isso, dão dela testemunhos mais próximos no tempo. São simultaneamente um instrumen-
to auxiliar de compreensão e um documento informativo importante.
30
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
31
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
III. Tradução romano. 1.2. Muitas podiam ser apresentadas. Alguns exem-
plos: palavras totalmente iguais ao português como: contempo-
Então instituiu um flâmine, sacerdote assíduo a Júpiter (insti- raneamente, restauro, principio, importante, simulacro, durante,
tuiu para Júpiter um flâmine como sacerdote permanente) e Roma, Troia, etc.; palavras quase iguais, com leves diferenças,
equipou-o com uma veste distinta (uma imponente veste) e como: quasi (só difere na terminação, no entanto, a forma mais
com a régia cadeira curul. A este juntou dois flâmines, um a arcaica em português é também quasi, em vez de quase),
Marte, outro a Quirino, e para Vesta escolheu Virgens, sacer- perenne (apenas na duplicação da consoante difere do portu-
dócio oriundo de Alba e não estranho à família do fundador. guês), simbolo (em português é acentuada graficamente, por-
A estas atribuiu um soldo e fê-las, pela virgindade e por outras que é uma palavra esdrúxula); palavras que em português tive-
manifestações de respeito, veneráveis e sagradas. [...] Escolheu ram mais evolução fonética e, portanto, se distanciaram mais do
depois, de entre os patrícios, o pontífice Numa Márcio, filho de étimo latino, como: religione, fuoco, conservati, etc. 1.3. a) ordi-
Marco, e atribuiu-lhe todos os cultos transcritos e anotados. nator, ordinatoris; b) custoditus, a, um (particípio passado do
Também submeteu às decisões do pontífice todos os outros verbo custodire); c) simulacrum, i; d) nobilitas, nobilitatis.
cultos públicos e privados.
32
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
Funcionamento da língua (pág. 212) vivo e a mãe viva; do mesmo modo a que era de língua débil
(gaga, por exemplo) ou diminuída no sentido do ouvido (que
Exercícios (pág. 213) era surda); do mesmo modo aquela cujos pais estiveram na
condição de escravos ou se ocupavam de negócios desones-
I. tos; também aquela cujo pai não tinha morada em Itália.
Porém, uma Virgem Vestal, logo que foi escolhida e conduzida
1. ... quas; 2. quam; 3. quod; 4. quem; 5. quibus (dativo); para o átrio de Vesta e apresentada aos pontífices, imediata-
6. quibus (ablativo). mente, sem emancipação e sem perda de direitos de família,
sai do poder do pai.
Pausa para reflectir (pág. 214)
Exercícios (pág. 217)
III.
1. que: sujeito; 2. cuja: complemento determinativo; 3. que: I.
complemento directo; 4. a quem: complemento indirecto; 1. Is qui de uestali uirgine scripsit dicit. 2. 3.ª pessoa do plural
5. com quem: complemento circunstancial de companhia; do pretérito imperfeito do indicativo do verbo possum, potes,
que: complemento directo. posse, potui. 2.1. possunt. 2.2. poterunt. 2.3. potuerant. 3. item
eae quarum patres domicilium (domicilia) in Italia non habe-
TEXTO 5 — Rquisitos para a eleição das bant. 4. Virgines autem Vestales simul capiuntur atque in
atrium Vestae deducuntur et pontificibus traduntur, statim sine
Vestais emancipatione ac sine capitis minutione e patrum potestatibus
exeunt. [no caso do verbo exire, o professor terá de explicar ao
Apoio à Leitura aluno a forma, visto que este verbo irregular não faz parte do
programa].
I. Questionário 5.
33
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
LEITURA — A celebração dos Jogos 1.3. Etruscis: ablativo do plural – complemento agente da pas-
siva. 2.1. acusativo do pronome pessoal terceira pessoa;
Romanos 2.2. nominativo do plural masculino do superlativo de exerci-
tatus, a, um. 3.1. 3.ª pessoa do plural do presente do indicati-
Apoio à Leitura vo, voz passiva, do verbo explico, as, are, aui, atum; 3.2. 3.ª
pessoa do singular do presente do indicativo, voz activa, do
I. Questionário verbo mitto, is, ere, misi, missum; 3.3. 3.ª pessoa do plural do
pretérito perfeito do indicativo, voz activa, do verbo dedo, dedis,
1. Para agradecer aos deuses os frutos da terra. 2. Eram celebrados dedere, dedidi, deditum.
em honra de Júpiter, Juno e Minerva (a tríade capitolina). 3. No iní- B.
cio do Outono, quando já estavam recolhidos os cereais e era 1.
preciso agradecer a abundância que a terra tinha dado.
substantivos: monstrum, portentum, prodigia, religio, hostia,
Encerravam, portanto, a estação das colheitas. 4. Havia um ban-
quete no Capitólio, onde o deus (Júpiter) estava presente atra- exta
vés da estátua que o representava e através das representações verbos: ostendere, praedicere, portendere, monstrare, immo-
de um magistrado. No final do banquete havia uma procissão, lare
onde se incluíam músicos e onde desfilavam os tesouros guar- 2. monstruosidade, portentoso, prodigioso, religião, hóstia
dados nos santuários. Acompanhavam a procissão dançarinos, ostentar, predizer, mostrar, portento, imolar
à maneira etrusca, e as estátuas dos deuses. O que mais chama
a atenção é a grandiosidade e a exuberância do desfile. 5. Eram 3.1. Anunciou um futuro, foi maravilhoso, trouxe alguma espe-
também consagrados jogos a Ceres, a Liber, a Flora. rança; 3.2. É fora do comum, é extraordinário; 3.3. Parece que
nasceu com uma bênção divina, sabe e realiza coisas acima da
sua idade; 3.4. É algo fora do normal, assombroso, desmedi-
II. Análise linguística do, no sentido negativo; 3.5. É algo que dá nas vistas, que chama
a atenção, pelo fausto, pela magnificência.
1. O pulvinar era uma espécie de leito onde era colocada a
estátua do deus durante o banquete. 2.1. Iupiter Optimus
Maximus; 2.2. conuiuium; 2.3. magistratus; 2.4. sacerdos; III. Tradução
2.5. collegium; 2.6. copia; 2.7. templum/delubrum; 2.8. pastor;
2.9. agnus; 3.1. tesouro; 3.2. vindima; 3.3. vida; 3.4. multidão; A Etrúria presta, muito sabiamente, atenção às coisas tocadas
3.5. agradecer; 3.6. honra. pelo céu e explica-as. De igual modo, todas as coisas que se
revelam através de prodígios e presságios são explicadas pelos
Exercícios (pág. 220) Etruscos. E assim, o senado Romano envia seis jovens para a
Etrúria onde aprendem a arte da religião.
1.1. Ludi Romani initio Autumni celebrantur, mense Septembri, Na verdade, os Etruscos, penetrados pelo sentimento religioso,
ubi aestas (annua commutatio) iam sua thesaura dedit. 1.2. Deus imolavam vítimas e entregaram-se ao conhecimento das entra-
per omnes dies adest. 1.3. Ludi Cereris mense Aprili celebrantur. nhas. Por esta razão se destacaram como muito experimentados
intérpretes dos presságios.
TEXTO 6 — Os Etruscos – grandes Os nossos antepassados designaram estas forças por palavras
muito claras. Na verdade, porque anunciam, pressagiam, mostram,
intérpretes
predizem, dizem-se anúncios, presságios, profecias, prodígios.
Apoio à Leitura
LEITURA — Sacrifícios à entrada do
I. Questionário Averno
34
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
invocando as divindades; depois, é recolhido em taças o sangue esperança da vitória não dá forças a todos. 2.4. No Inverno os
das vítimas e lançam-se ao fogo as entranhas. dias são mais curtos que as noites. 3.1. Postero die procul a
castris hostis constituit. 3.2. Priscus homo, spe custodiae rei
suae, urbis praesidium quaerebat.
II. Análise linguística
1.1. entre os chifres; 1.2. chamando; 1.3. o tépido sangue; LEITURA — Sacrifícios
1.4. para a poderosa irmã; 1.5. as vísceras completas; 1.6. o
pingue óleo. Apoio à Leitura
2.
2.1. magna soror 2.2. pingue oleum I. Questionário
Nominativo magna soror pingue oleum 1. um sacrifício propiciatório de nove dias; foram imoladas víti-
Vocativo magna soror pingue oleum mas adultas; um lectistérnio; foram imoladas cinco vítimas
Acusativo magnam sororem pingue oleum adultas ao Génio da cidade. 1.1. e 1.2. um sacrifício propicia-
Genitivo magnae sororis pinguis olei tório — para a chuva de pedras – no Piceno; uma oferta de
Dativo magnae sorori pingui oleo quarenta libras de ouro — no templo de Juno, em Lanúvio;
Ablativo magna sorore pingui oleo uma estátua a Juno — no Aventino; um lectistérnio — em Cere,
onde as tabuinhas tinham diminuído; preces à deusa Fortuna –
no monte Álgido; um lectistérnio à deusa da Juventude; imo-
TEXTO 7 — Prodígios lação de cinco vítimas adultas, ao génio da cidade – em Roma.
2. sacrifícios com imolação de vítimas, lectistérnios, estátuas,
Apoio à Leitura preces, votos, ofertas de ouro. 3. Em Roma, os ânimos sere-
naram destes terrores supersticiosos. 4. Podemos ver vestígios
em certas crenças supersticiosas. Mas, nas práticas cristãs há,
A. Questionário por exemplo, as promessas: sacrifícios de andar de joelhos ou
fazer longas caminhadas até ao santuário; ofertas em ouro,
I. em dinheiro ou em géneros; orações; jejuns; novenas.
1.1. in Foro Holitorio; Lanuuii; in agro Amiternino; Piceno;
Caerete; 1.2. Hieme; 1.3. infans semestris triumphum cla-
mauit; de caelo nauium species affulserunt; aedis Spei fulmi-
TEXTO 8 — Interuallum et aestimatio
ne icta est; Iunonis hasta se commouit; coruus in aedem
uolauit et consedit in ipso puluinario; hominum species uisae Apoio à Leitura
sunt; lapidibus pluit; sortes extenuatae sunt.
I.
B. Tradução 1. Magister interuallum facere cupit quia cupit summarium facere.
2. Magister discipulos de Romana religione interrogat. 3. Discipuli
1. Em Roma ou à volta da cidade, naquele Inverno, muitos pro-
impigri erant. 3.1. Ita respondeo quod discipuli multa de romana
dígios foram anunciados e foram acreditados (e foram tidos
religione didicerunt. 4. Romani deos uidebant in agris, in siluis, in
como certos). Assim, no Foro Holitório, uma criança de seis
fluuiis et in Oceano. 5. Populus Romanus deos multum timebat.
meses soltou gritos de triunfo; do céu brilharam formas de bar-
cos (do céu brilharam luzes em forma de barcos); o templo da
Esperança, que está no Foro Holitório, foi ferido por um raio; II. Análise linguística
em Lanúvio, a lança de Juno moveu-se e um corvo voou para
o templo de Juno e pousou no próprio pulvinar; no campo de 1.1. e 1.2. quid (linha 4) – acusativo do singular neutro; quos
Amiterno foram vistas figuras de homens e no Piceno chove- (linha 8) – acusativo do plural masculino; quae (linha 15) –
ram pedras e em Cere as tabuinhas diminuíram de volume. nominativo do plural feminino; quae (linha 20) – acusativo do
plural neutro; cuius (linha 20) – genitivo do singular masculi-
Funcionamento da língua no; quis (linha 25) – nominativo do singular masculino.
2.1 didicimus: 1.ª pessoa do plural do pretérito perfeito do
Exercícios (pág. 227) indicativo, voz activa, do verbo disco, discis, discere, didici;
2.2. mihi: dativo do pronome pessoal, 1.ª pessoa do singular;
1.1. meridies: nominativo do singular; diei: genitivo do singu- 2.3. praeerat: 3.ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do
lar; 1.2. dies: vocativo do singular; 1.3. fides: nominativo do indicativo do verbo (composto de sum) praesum, praees,
singular. 2.1. Um conselho insensato não só carece de efeito, praeesse, praefui. 3.1. sujeito; 3.2. complemento circunstan-
mas também conduz as pessoas à ruína. 2.2. Os germânicos cial de assunto (regido da preposição de); 3.3. aposto do
não contam o número de dias, mas o número de noites. 2.3. A sujeito; 3.4. complemento directo.
35
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
36
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
1.1. dativo do singular — complemento indirecto; 1.2. genitivo A ti, filho de Febo, Cútio Galo tinha prometido um dia estas
do singular – complemento determinativo; 1.3. nominativo do orelhas, e, curado das suas orelhinhas (das suas ricas orelhas),
plural — sujeito. aqui as colocou.
Apoio à Leitura 1. O facto de eles não serem deuses. 2.1. Apresentam-no sim-
plesmente como homem. 2.2. Saturno foi recebido por Jano,
na Itália, depois de ter andado por vários locais. 2.3. Um
I. Questionário monte chamado Satúrnio, uma cidade chamada Satúrnia, e
até toda a Itália era assim chamada. 2.4. São-lhe atribuídas as
1.1. A ara é dedicada aos Lares Viales (isto é, aos Lares dos tabuinhas de escrever e a moeda. 3. Se era um homem, não
caminhos); 1.2. Quem dedica a ara é Materno, filho de Rufo; era um deus e não nasceu de um deus mas de um homem.
1.3. Talvez para pedir a protecção nas suas viagens ou agrade-
cer essa protecção; 1.4. libero animo – quer dizer que fez este
voto de sua livre vontade. II. Análise linguística
37
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
onde devia ser fundada a cidade e sobre qual seria o seu funda- II. O jogo do alfabeto:
dor. 3.2. Atribuir desde logo aos deuses a própria cidade e o seu A.: ara; B.: Bacchus; C.: Ceres; D.: Diana; E.: Eros; F.: Fides;
futuro. 4. A Numa Pompílio. 4.1. Por um lado pretendia pacificar G.: genius; H.: Hades; I.: Iupiter; L.: Lares; M.: Mercurius;
o povo, unir os dois povos fundadores (Romanos e Sabinos) à N.: Neptunus; O.: omen; P.: Proserpina; Q.: Quirinus; R.: religio;
volta de divindades comuns e apaziguar o ânimo feroz dos sol- S.: sacra; T.: templum; V.: uictima.
dados. 5. Foi a religião grega. 5.1. Na adopção de novos deuses e,
III.
principalmente, na atribuição aos deuses romanos das caracterís-
ticas dos deuses gregos. 6. Havia os cultos populares, os cultos 1. quae: nominativo do singular feminino; nominativo do plu-
domésticos e os cultos públicos. 6.1. Os cultos populares eram, ral feminino; nominativo do plural neutro; acusativo do plural
essencialmente, cultos relacionados com a agricultura, praticados neutro; quod: nominativo ou acusativo do singular neutro;
pela plebe e pelos escravos; os cultos domésticos eram pratica- cuius: genitivo do singular, masculino, feminino ou neutro;
dos no altar da casa, dirigidos aos Lares e aos Penates, deuses qui: nominativo do singular ou do plural masculino; quo: abla-
protectores da família, que protegiam todos os habitantes da tivo do singular, masculino ou neutro; quibus: dativo ou abla-
casa; os cultos públicos eram realizados nos templos, tinham tivo do plural, masculino, feminino ou neutro. 2.1. qui: Os deu-
carácter oficial. 6.2. Ao culto doméstico presidia o paterfamilias; ses que são venerados no templo são muito antigos. 2.2. quem:
aos cultos públicos presidiam os sacerdotes. 6.3. Os cultos domés- O deus que vemos junto à porta, é chamado (chama-se) Jano.
ticos eram praticados junto do altar doméstico, no átrio da habi- 2.3. quos: Os sacerdotes que os Romanos celebraram eram
tação; os cultos públicos eram praticados nos templos. 7.1.1. Eram sagrados. 2.4. cuius: A deusa cujo altar as virgens adornam
em honra de Ceres, celebradas a 19 de Abril; 7.1.2. Eram em tem como sacerdotisas as Vestais. 3.1. Ciues colunt deum qui
honra de Conso, deus da vegetação, e eram celebradas a 15 de urbem protegit. 3.2. Romani timebant prodigia quae in caelo
Dezembro; 7.1.3. Eram celebradas a 15 de Fevereiro, em honra de obseruabant. 3.3. Aruspices et augures nominabant Romani
Pã; 7.1.4. Eram em honra de Saturno e tinham lugar a 17 de sacerdotes qui prodigia et auspicia obseruabant. 3.4. Romani
Dezembro. 8. Eram as grandes festas públicas de agradecimento aedificauerunt templa quae hodie uidere possumus. 4.1. Que
das colheitas, visto que se realizavam no fim das colheitas. deusa veneras? 4.2. De que deusa é o templo que vês na gra-
8.1. Eram em honra de Júpiter e dos outros deuses da tríade capi- vura? 4.3. A quem tinha sido dedicado o templo de Jano?
tolina, Juno e Minerva. 9.1. Eram os prodigia, fenómenos extraor- 4.4. Não é antigo o templo de Jano?. 4.5. Porque é que os
dinários (eclipses, chuvas repentinas, um raio, um tremor de terra, sacerdotes faziam sacrifícios? 5.1. Qui deus urbem Romam
etc.); os praesagia, que têm que ver com o voo das aves, com o protegebat? 5.2. Quos deos Romani colebant? 5.3. Cuius erat
piar de algumas aves consideradas agoirentas, com palavras invo- templum quod in pictura uidemus? 5.4. Vbi situm est?
luntariamente pronunciadas. 9.2. Quem interpretava estes sinais 5.5. Quomodo id recognoscimus? 5.6. Euclio res familiares in
divinos eram os sacerdotes especializados nessa interpretação: os templo Bonae Fidei seruabat. 6.1. sensum; 6.2. sensus;
arúspices e os áugures. 9.3. Os Etruscos. 10. Para este avarento, 6.3. sensui; 6.4. sensuum. 7. A religião romana lato sensu é
a Boa Fé será cúmplice da sua avareza, guardando o seu uma religião muito pragmática; stricto sensu, tem outras carac-
tesouro. 11. A religião cristã é uma religião monoteísta, que terísticas.
não admitia o culto a outros deuses e muito menos a venera- IV.
ção do imperador como se ele fosse um deus. 11.1. O cristianis- 1. Saturnus; 2. Signum; 3. Sibi; 4. Sua; 5. Sacrificia; 6. Sacerdotem;
mo, quando se tornou a religião oficial, contribuiu para a unida- 7. Sacra; 8. Significabit.
de de todo o vasto Império, sendo, deste modo, um elemento
aglutinador de regiões tão distintas e distantes do Império.
38
Unidade 6 – A vida em família
O poema de Nuno Júdice que introduz a unidade pode ser confrontado com epitáfios latinos, para mostrar a influência no poeta
português. A citação de Cícero, do De Officiis,que introduz o tema, tornou-se, como se sabe, um paradigma dos fundamentos do
modelo de sociedade, que tem por base a família, a família no sentido romano. Sendo de fácil descodificação, cabe ao Professor
orientar a sua interpretação, estabelecendo com ela a ligação ao tema e ao desenvolvimento que, em moldes muito simples, se
lhe vai seguindo ao longo da unidade.
Parte-se do geral para o particular, oferecendo aos alunos informações sobre os diversos constituintes da família romana, activi-
dades que lhe estão associadas durante a vida, desde o nascimento até à morte.
O confronto com a actualidade deve ser uma constante.
Apoio à Leitura 1. Em Roma, nos primeiros tempos, a vida dos homens (das
pessoas) não depende do estado, mas do pai de família. A
família consta (é composta) de todas as pessoas que vivem
I. Questionário sob o mesmo tecto. Estas são muitas: não só os filhos e os
pais, mas também os criados, quer escravos, quer homens
1. Era constituída por todas as pessoas que viviam debaixo do livres. A família não é a gens: é, na verdade, temporária.
mesmo tecto: pais, filhos, criados, quer escravos, quer homens Quando o pai de família morre, a família divide-se: cada um
livres. 2. A autoridade pertencia ao paterfamilias. 3. O poder dos herdeiros cria a sua própria família.
do paterfamilias diminuiu, principalmente por razões econó-
No início, a autoridade do pai de família era total. Ele tinha o
micas. Até então os filhos não tinham o seu próprio patrimó-
poder de vida e de morte, mas não sem julgamento. Se a ques-
nio mas, com o enriquecimento da população, isso deixou de
tão era mais grave, constituía-se um verdadeiro tribunal familiar.
ser tolerável. 4. Não, no tempo de Cícero a família era já muito
A partir do século II antes do nascimento de Cristo, o poder
semelhante ao que é hoje.
paterno começou a diminuir, sobretudo por razões económicas.
Na verdade, os pais possuíam todos os bens da família, nem
II. Análise linguística os filhos tinham o seu próprio património. Quando Roma se
torna rica, este estado de coisas tornou-se intolerável. No
1.1. locativo – compl. circ. de lugar onde; 1.2. nominativo do sin- tempo de Cícero, a família tornou-se muito mais semelhante
gular – sujeito (sendo familias um antigo genitivo); 1.3. abla- às famílias de hoje: apenas baseada no amor.
tivo do singular – compl. circ. de tempo; 1.4. acusativo do plu-
ral regido da preposição propter – compl. circ. de causa;
1.5. nominativo do singular masculino – predicativo do sujeito.
TEXTO 2 — Uma mulher exemplar
2. nominativo do plural masculino do adjectivo liber, libera,
liberum; 2.2. genitivo do singular do substantivo nex, necis Apoio à Leitura
com a conjunção coordenativa copulativa, a enclítica – que;
2.3. preposição simples (rege ablativo); 2.4. nominativo do I. Questionário
singular feminino do comparativo de superioridade do adjec-
tivo grauis, graue; 2.5. nominativo do singular feminino do 1. Fânia. 2. Assistente da Vestal Júnia. 3. Plínio está preocupado com
adjectivo da 2.ª classe, uniforme, diues, diuitis; 2.6. genitivo do a sua saúde e teme que uma mulher de tantas qualidades possa
plural do substantivo res, rei. ser arrebatada à vida. 4. Sentimentos de admiração e respeito pelas
39
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
suas qualidades. 5. castitas, sanctitas, grauitas, constantia, iucunda, outras psicológicas. 2.3. As de carácter psicológico. 3. Teve dois
comes, amabilis, ueneranda. filhos, um deles morreu antes da mãe.
Aflige-me a doença de Fânia. Contraiu-a enquanto cumpria os Estrangeiro, o que vou dizer é pouco, pára e lê com atenção.
seus deveres de assessora da vestal Júnia. Sofro, na verdade, Aqui está o sepulcro não pulcro (não belo) de uma bela
porque uma tão nobre mulher pode desaparecer dos olhos da mulher. Os pais deram-lhe o nome de Cláudia. Amou de todo
cidade. Que pureza há nela, que santidade, quanta dignidade, o seu coração o seu marido. Criou dois filhos. Um deles deixa
quanta firmeza! Duas vezes ela acompanhou o marido no exí- na terra, o outro deposita sob a terra (deixa um destes na terra,
lio, uma terceira vez ela própria foi relegada por causa do outro sob ela). De agradável conversação, porém de procedi-
marido. Ela mesma como era agradável, como era compa- mento moderado (moderada na maneira de proceder). Serviu
nheira, como, enfim — o que a poucos foi dado — era não a sua casa. Fiou a lã. Disse (terminei/tenho dito). Vai embora.
menos amável que digna de respeito! Podemos, de futuro,
apresentá-la como exemplo às nossas esposas. Também os
homens poderão tomar os seus exemplos de coragem.
Enriquecimento lexical (pág. 252)
40
NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
liberi, liberorum usado no plural. 2.1. complemento directo; de tal modo com a sua súbita morte que preferiu morrer com
2.2. complemento circunstancial de causa (por causa deste dia ela e, enquanto lhe prestava as honras fúnebres, suicidou-se.
alegre ele está excitado); 2.4. complemento circunstancial de Os companheiros, ao verem tal prova de amor, juntaram-no à
modo. 3.1. pedibus – a pé; 3.2. niueo – branco como a neve, alvo; esposa, tal como estava, cremaram os dois em conjunto e
3.3. hilari – alegre, que traz alegria; 3.4. cinge – cingir, rodear. deram-lhes um só sepulcro, para que continuassem unidos na
morte aqueles que nunca se separaram em vida. 2. Marco
Pláutio e Orestila. 3. Os companheiros que deram aos dois o
TEXTO 5 — E educação dos filhos mesmo sepulcro e os imortalizaram na lápide.
Apoio à Leitura
II. Análise linguística
I. Questionário 1. Ásia e Tarento. 2. Asiam: complemento circunstancial de
lugar para onde (in + acusativo); Tarentum: complemento de
1.1. F; 1.2. V; 1.3. V; 1.4. F; 1.5. F; 1.6. F; 1.7. F; 1.8. F; 1.9. V. lugar para onde (aonde chegou – acusativo sem preposição
por se tratar de um nome próprio de cidade); Tarenti: locativo
(lugar onde). 3.1. amici, amor; 3.2. iunxerunt, iungi; 3.3. morbo,
II. Análise linguística decesserat (funerata erat, rogum, cremauerunt, sepulcrum,
tenebris, morte) 4. toga e calceus. 5.1. et, ac (-que); 5.2. ubi,
Núcleo do Complemento Complemento dum; 5.3. ibi, illuc; 5.4. quae (nominativo do singular femini-
Sujeito
predicado directo circunstancial no), quem (acusativo do singular masculino); 5.5. imposita
erat (conspicitur, uocatur, iungi, distrahi); 5.6. honestissimus
ex casta parente (maximus); 5.7. inest.
filius educabatur
gremio ac sinu
inseruire
erat
III. Tradução
[liberis]
[praecipua Os amigos juntaram-no ao corpo da esposa, tal como estava,
tueri
laus] com a toga e o calçado (togado e calçado) e, em seguida,
[domum]
pondo as tochas por debaixo, cremaram um e outro junta-
studia, curas sanctitate
mente. Deles aí foi feito um sepulcro — em Tarento ainda
[mater] temperabat remissiones, quadam ac
agora se pode ver — que é chamado “Dos dois amantes”.
lusus uerecundia
Realmente, se para alguns no momento em que morrem exis-
Cornelia, te sentimento, Pláutio e Orestila levaram para as trevas os ros-
praefuerunt principes
Aurelia, tos radiantes pela semelhança do destino. E realmente, quan-
produxerunt liberos
Atia do existe um mesmo amor tão grande e tão digno, vale muito
mais ser unido pela morte que ser separado pela vida.
Exercícios (pág. 259)
Exercícios (pág. 262)
1.1. Pueri romani a nutrice empta a parentibus educabantur.
1.2. Matrona romana liberos suos educabat, studia et remissio- 2. nom., voc. e acus.: stricta ferra; genitivo: strictorum ferrorum;
nes eorum temperabat. 1.3. Mulieres quae domum suam et liberos dat. e abl.: strictis ferris. 2. Nomin.: amicus subiiciens; vocativo:
curabant (tuebantur) omnes laudes accipiebant. 1.4. Clari uiri qui amice subiiciens; genitivo: amici subiicientis; acusativo: amicum
imperium romanum auxerunt matres suas magistras habuerunt subiicientem; dativo: amico subiicienti; ablativo: amico subii-
quae, magna uirtute et amore, educationem eorum curauerunt. cienti. 3. incubat; iungunt; 3.1. incubabit; iungent. 4. qui ab ami-
cis togatus et calceatus corpori coniugis iunctus est. 5. sociorum,
2.1. À criança é devido o maior respeito. 2.2. Quem bem ama,
morbo, coniugis, cremauerunt, uultus, tenebris. 6.1. vocalista...
bem castiga.
voz; 6.2. invocavam; 6.3. evocativas... convocados. 7. Todas
ferem, a última mata.
TEXTO 6 — Unidos na vida, unidos na
morte TEXTO 7 — Uma homenagem sentida
Apoio à Leitura Apoio à Leitura
I. Questionário I. Questionário
1. O texto conta-nos uma história de amor: um general roma- 1. É dirigida a Álcimo. (Alcime) 2. O ter morrido ainda jovem (rap-
no que, em viagem, era acompanhado pela sua esposa, sofreu tum domino crescentibus annis). 3. A oferta de plantas simples
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emo, is, ere, emi, emptum; 2.3. 3.ª pessoa do sing. do presen- nada aconteceu, mas quando abriu os olhos viu que também
te do indicativo, voz passiva, do verbo audio, is, ire, audiui, o leão estava ajoelhado. “Também tu pedes a vida?” — per-
auditum; 2.4. 2.ª pessoa do sing. do imperativo presente, voz gunta o viajante. “De forma alguma” — responde o leão —
activa, do verbo do, das dare, dedi, datum; 2.5. acusativo do “Dou graças (estou a dar graças) antes do jantar”.
sing. masculino do comparativo de superioridade de bonus, a,
um. 3. e 3.1 Quos Cornelius ad cenam inuitauit. (anteceden-
Enriquecimento lexical (pág. 283)
te: clientes); quem paulisper exspectant omnes (antecedente:
Titus Cornelius); quod in media mensa ponitur (antecedente:
1.1. pejorativo vem de peior, comparativo de superioridade de
ferculum); quos Aurelia emerat (antecedente: glires).
malus; é algo que tem um sentido desagradável, depreciativo,
4.1. quod hoc tempore fratrem reprehendere non uult; quod
que dá a ideia de pior. 1.2. major vem de maior, comparativo
sero uenit; 4.2. quamquam carnem haud bonam habent;
de superioridade de magnus; logo, major é maior, é um posto
quamquam defessi sunt; 4.3. dum conuiuae haec spectant.
militar superior. 1.3. da mesma raiz do anterior, maioridade
quer dizer que atingiu a idade maior. 1.4. maximizar vem de
III. Tradução maximus, superlativo do adjectivo magnus; maximizar é tornar
maior, elevar ao grau mais alto. 1.5. minorar deriva de minor,
1. Gaio Cornélio dá um jantar em sua casa, para o qual convi- comparativo de superioridade do adjectivo paruus ‘pequeno’;
dou vários amigos e também alguns clientes. Todos chegaram minorar é tornar menor, reduzir. 1.6. maiúsculas deriva, tam-
a horas excepto o seu irmão Tito Cornélio. Os convidados que bém, de maior; maiúsculas são as letras maiores.
estavam à espera já comentavam que Tito chegava sempre
atrasado e nunca pedia desculpa. Entretanto, Tito chega com
grande alarido e diz, simplesmente, que encontrou um amigo TEXTO 12 – Duas receitas de culinária
na rua. O irmão está furioso, mas não diz nada porque não
quer repreendê-lo naquele momento. Os criados servem o Apoio à Leitura
jantar e Gaio ordena-lhes que ao seu irmão sirvam frango e
não porco, visto que ele, porque chegou atrasado, irá comer o I. Questionário
mesmo que os clientes. No final, uns e outros estavam con-
tentes, elogiam o jantar e mandam chamar o cozinheiro para 1. Abóbora; 2. Pimenta, cominhos, ervas aromáticas, mosto.
lhe darem os parabéns, achando que Gaio tem o melhor cozi- 3. As abóboras são cozidas, espremidas, depois temperadas
nheiro do mundo. com pimenta, ervas aromáticas, molho de peixe, vinagre e
1.1. Gaius Cornelius amicos et complures clientes ad cenam inui- mosto cozido. Coloca-se tudo num tacho e deixa-se ferver.
tauit. Omnes in triclinium intrant et in lectis accumbunt. Serui fer- Serve-se salpicado com pimenta moída. 4. Frango recheado.
cula portant et cibum conuiuis dant. Post cenam, omnes laeti 5. Abre-se o frango, esfrega-se com pimenta, ervas aromáticas,
sunt et cenam laudant. Laudant etiam Cornelium et coquum. chicória, molho de peixe e vinho; põe-se num tacho com o
preparado de tempero, rega-se com o molho e deixa-se cozer.
Exercícios (pág. 282) Serve-se salpicado de pimenta.
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NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
1. Tem origem oriental; 1.1. Molhos e especiarias. 2. O impe- 1. Tulo Hostílio; 2. Da Etrúria; 3. Era um trajo honorífico;
rador não concorda com essa profusão de pratos e mistura de 4. Tarquínio Prisco; 4.1. Quis distinguir o filho por ele se ter
sabores. mostrado corajoso em combate. 5. Tarquínio Prisco. 5.1. Era
uma espécie de voto dos rapazes nobres para que lhes fosse
B. concedida uma coragem igual à do primeiro rapaz que a usou.
6. Distinguem os patrícios: a toga com uma orla de púrpura
I. Questionário apenas para “aqueles cujos pais tivessem exercido a magistra-
tura curul”.
1. De 2500 calorias; 1.1. Do açúcar e das gorduras. 2. Contêm
muito açúcar e muitas gorduras mas poucas proteínas (e o
corpo também precisa de proteínas que se encontram nos Exercícios (pág. 292)
ovos, no peixe, na carne).
I. 1. frase a.: nominativo do plural feminino – sujeito; frase b.:
acusativo do plural neutro – complemento directo; 1.1. frase
II. Análise linguística a.: togam pictam atque praetextam; frase b.: cetera. 2. genitivo
do plural de magistratus, magistratus. 3.1. conjunção subordi-
1.1. sujeito; 1.2. compl. determinativo; 1.3. compl. circ. de nativa causal; 3.2. 3.ª pessoa do singular do pretérito mais-que-
meio; 1.4. sujeito; 1.5. compl. circ. de lugar onde. 2.1. 3.ª pes- -perfeito do indicativo, voz activa, do verbo percutio, is, ere,
soa do sing. do presente do indicativo, voz activa, do verbo percussi, percussum; 3.3. genitivo do plural do particípio pre-
egeo, es, ere; 2.2. 3.ª pessoa do plural do presente do indica- sente, aqui com valor substantivo, do verbo triumpho, as, are,
tivo, do verbo depoente operor, operaris, operari, operatus aui, atum. 4. Frase a.: Tulo Hostílio instituiu a toga picta e a
sum; 2.3. 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo, voz praetexta, que eram os distintivos dos magistrados Etruscos.
passiva do verbo inuenio, inuenis, inuenire, inueni, inuentum; Frase b.: Era, na verdade, tal como as outras coisas que enu-
2.4. 3.ª pessoa do plural do presente do indicativo, voz activa, merei, um trajo honorífico. Frase c.: Tarquínio Prisco louvou o
do verbo haurio, hauris, haurire, hausi, haustum. seu filho, porque ele tinha ferido o inimigo em combate e pre-
senteou-o com a bulla aurea e a toga praetexta. Frase d.: Tal
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NOVA ITINERA – LIVRO DO PROFESSOR
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