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Softwares em ambientes educacionais

Sérgio Eduardo Ferreira, Flávia de Oliveira Campos, Adriana de Oliveira Dias

Depto. de Computação – Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) -


Campus de Alto Araguaia
Rua Santa Rita, 128 - Centro – Alto Araguaia – MT – Brasil
seferrera@bol.com.br,adriana.aia@gmail.com

Abstract. This article has as proposal to discuss the use of softwares in the
education environment emphasizing the possible associated advantages the
that approach, as well as the difficulties in potential inherent the that
"innovation." We approached a case of application of education software for
the teaching of the mathematics discipline in medium level in a public school
of the state net of Mato Grosso.

Resumo. Este artigo tem como proposta discutir a utilização de softwares no


ambiente educacional ressaltando as possíveis vantagens associadas a essa
abordagem, bem como as dificuldades em potencial inerentes a essa
“inovação”. Abordamos um caso de aplicação de um software educacional
para o ensino da disciplina de matemática em nível médio em uma escola
pública da rede estadual de Mato Grosso.

1. Introdução
Com o passar dos anos os meios de produção e de serviços vêm se modificando,
mudança essa que afeta praticamente todos os segmentos da sociedade, repercutindo
inclusive na educação. Tais mudanças marcaram o a passagem para uma sociedade que
valoriza o conhecimento e assim requer um novo pensar educacional, principalmente
com relação aos processos de aprendizagem. A sociedade moderna requer indivíduos
que tenham consciência crítica, e que sejam criativos para driblar os mais variados
problemas, sendo capazes de intervir na realidade buscando transformações [Oliveira
1997].
A utilização do computador como mais uma ferramenta no auxílio da
aprendizagem vem para ajudar na formação de um novo profissional. Essa tecnologia
pode melhorar a qualidade do ensino, permitindo aos alunos desenvolverem novas
possibilidades na construção do próprio conhecimento. Com a utilização do computador
como ferramenta pedagógica, o professor tem a possibilidade de inovar, diversificar as
aulas, atraindo a atenção dos alunos, podendo facilitar a aprendizagem, uma vez que
essa nova tecnologia proporciona a interatividade com o meio, criando um ambiente
mais atrativo.
O uso da informática, de forma positiva dentro de um ambiente educacional, irá
variar de acordo com a proposta que está sendo utilizada em cada caso e com a
dedicação dos profissionais envolvidos [Tajra 2004]. Para a utilização do computador
como uma ferramenta educativa é necessária a capacitação dos professores, pois é a
forma como o computador é trabalhado pelo educador que indica se essa ferramenta está
sendo utilizada apenas para ensinar conceitos básicos de informática, ou se está
auxiliando no processo de ensino-aprendizagem.
Se o professor decidir aplicar softwares educacionais em sala de aula, ele vai se
deparar com inúmeros tipos de programas no mercado. Com tantas possibilidades
oferecidas surge a necessidade de se selecionar os softwares segundo os objetivos que se
deseja atingir. O ambiente educacional pode sofrer algumas mudanças quando o
computador passa a ser utilizado. Ao inserir o uso dessa tecnologia no ensino vantagens
podem ser proporcionadas para o processo de ensino-aprendizagem.
Neste trabalho escolhemos um software matemático, o Winplot, que apresenta
algumas ferramentas que o professor de matemática pode utilizar no ensino de funções.
A importância de utilizar o computador no ensino da matemática advém principalmente
da dificuldade de grande parte dos alunos com o aprendizado dessa disciplina
Pretendemos assim, verificar a aprovação dos alunos quanto a essa utilização,
analisando os resultados obtidos.
Relatamos aqui uma aplicação do software Winplot; com uma turma do primeiro
ano do ensino médio utilizando o programa como ferramenta de auxilio para a
aprendizagem bem como a análise de seus resultados.

2. A Informática na Educação
Apresentamos aqui uma breve exposição do histórico de alguns aspectos da implantação
da informática na educação nos Estados Unidos, na França e no Brasil evidenciando
algumas diferenças entre esses modelos.

2.1. Um breve histórico da informática na Educação


A Informática na Educação nos Estados Unidos teve seu início nos anos 70, mas eram
poucas as escolas de ensino regular que utilizavam o computador como recurso
educacional. Apenas as universidades apresentavam uma maior experiência quanto ao
uso dessa tecnologia na educação, pois, possuíam computadores de grande porte, os
quais permitiam a implementação de softwares.
Após o aparecimento dos microcomputadores, houve a possibilidade de uma
maior disseminação dos mesmos nas escolas, possibilitando um maior incentivo na
produção e implementação de softwares educacionais. No início dos anos 80 estavam
disponíveis mais de 7.000 pacotes desses softwares. Assim com uma maior
disponibilidade desses recursos, houve a possibilidade de se conhecer suas diversas
formas de utilização em sala de aula, como: auxílio na resolução de problemas, na
criação de textos, na manipulação de dados, no acesso a informações entre outras.
Na década de 90 com a disseminação do microcomputador, tornou-se possível
sua utilização em todos os níveis da educação americana, desde os anos iniciais até a
universidade. Nas escolas de ensino regular o computador foi muito utilizado para
ensinar conceitos de informática, e os softwares educacionais para auxiliar na realização
de tarefas. Já nas universidades a máquina era usada pelos estudantes como recurso na
realização de atividades propostas pelos professores.
Nos Estados Unidos a capacitação dos docentes quanto à utilização pedagógica
dos computadores aconteceu de forma descentralizada. Os professores não passaram por
um profundo processo de formação, apenas foram capacitados a utilizar programas
educacionais em sala de aula visando à transmissão de informação. Em alguns casos
apenas para diminuir o “analfabetismo em informática” profissionais da área de
computação assumiam a disciplina informática obrigatória na grade curricular. Poucas
são as escolas nos Estados Unidos que realmente sabem explorar as potencialidades do
computador e sabem criar ambientes que enfatizem a aprendizagem [Valente 1999].
Já a França foi o primeiro país ocidental a se preparar para que sua informática
na educação servisse de exemplo para o mundo. Assim planejaram sua implementação
em todos os campos como: público alvo, conteúdos, softwares utilizados, meios de
distribuição, instalação e manutenção dos equipamentos nas escolas. Mas o objetivo
dessa implantação nunca foi o de provocar mudanças de ordem pedagógica, mas sim a
preparação do aluno para ser capaz de usar a tecnologia da informática [Valente 1999].
Sua implantação se deu no final dos anos 60, o que ocorreu em quatro fases. Na
primeira fase, foi feito um grande investimento na capacitação de professores, os quais
utilizavam os softwares, produzidos pelos Estados Unidos. A segunda fase teve seu
início no final dos anos 70 onde tinha como objetivos a aproximação dos alunos com o
uso da informática. A terceira fase está relacionada com a propagação da informática
nos ambientes escolares. Na França atualmente a Informática na Educação se encontra
na quarta fase onde as salas de aulas de disciplinas como Física, Química, História e
Geografia são equipadas com softwares específicos de cada matéria. Nas escolas
também são disponibilizados aos alunos computadores para que realizem suas
atividades e estudos. Mostrando assim duas das grandes preocupações do programa
francês de garantir a todos o acesso a informação e a conhecimentos de informática. O
programa de Informática na Educação Francesa valorizou a formação dos professores,
foram criados centros de formação que se preocupavam com o estudo da informática e
dos computadores, com a introdução a linguagens de programação, mas não
estabeleciam relações entre teorias educacionais e práticas pedagógicas com o
computador.
No caso do Brasil grandes mudanças ocorreram nos últimos anos,
principalmente no campo da microeletrônica e das telecomunicações, as quais
promoveram o desenvolvimento em diversas áreas: economia, engenharia, medicina, e
comunicação. Mudanças estas que refletiram na escola, pois esta passaria a auxiliar na
formação desses indivíduos para uma nova realidade, uma vez que os avanços
tecnológicos fizeram com que o mercado de trabalho requisitasse um novo perfil
profissional do cidadão. Assim o Brasil passou a necessitar de pessoas capacitadas para
a nova indústria que estava em processo de concretização, e caberia tanto ao ensino
superior, como ao ensino fundamental e médio contribuir para a formação destes
profissionais.
As experiências no Brasil quanto à inclusão do computador na educação não
partiram da decisão de educadores e militantes da educação, mas da vontade dos altos
escalões do governo brasileiro, que entenderam ser necessário envolver a escola publica
em um movimento que já tomava corpo nos paises desenvolvidos [Oliveira 2002].
Para que fosse inserido o computador em sala de aula, o governo brasileiro
implantou varias ações tais como [Tajra 2004]:
Tabela 1 Projetos para informatização da educação no Brasil

ANO AÇÃO

1979 A SEI (Secretaria Especial em Informática) efetuou propostas para os


setores: educação, agrícola e saúde buscando viabilizar recursos
computacionais em suas atividades.
1980 A SEI criou uma Comissão Especial de Educação com o intuito de criar
normas para a Informática na Educação.
1981 Aconteceu o I Seminário Nacional de Informática na Educação. Em 1982
houve o II Seminário Nacional de Informática Educativa.
1983 Foi criado a CE/IE Comissão Especial de Informática na Educação que
tinha como objetivo implementar ações para levar os computadores às
escolas públicas. E o Projeto Educom – Educação com Computadores.
Em 1984 foram oficializados os centros de estudo do Projeto Educom.
1986 e Houve a criação do Comitê Assessor de Informática para Educação de 1º
e 2º Grau tendo como objetivo definir os rumos da política nacional de
1987
informática educacional, a partir do Projeto Educom.
1987 Elaboração do Programa de Ação Imediata em Informática na Educação o
que originou dois projetos: Projeto Formar e Projeto Cied.
1995 Foi criado o Projeto Proinfo.

3. Algumas mudanças que o uso do computador pode vir a provocar no


ambiente educacional
A tecnologia passou a estar em todos os lugares, ao utilizar o celular, o aparelho de fax,
o caixa do banco e do supermercado, o cartão de ponto, o dvd, o relógio, etc, nem se é
dado conta que, todos esses equipamentos são computadorizados. Sem contar que a
tecnologia é a base para a modernização influenciando de maneira determinante os
níveis econômicos e de produção.
Diante das transformações, se faz necessária à formação de um novo cidadão,
capaz de enfrentar situações diferentes, que tenha criatividade na resolução de
problemas, que seja flexível, multifuncional, versátil, que saiba relacionar, recriar, que
esteja familiarizado com a tecnologia de informática e que seja capaz de compreender as
mudanças. Dessa forma, a escola necessita adequar-se a essa nova realidade, onde a
tecnologia pode estar presente na administração escolar e nas questões do dia-a-dia
trazidas pelos alunos a sala de aula [Libâneo 2001].
Atribui-se aos computadores uma potencialidade de uma verdadeira revolução
no processo de ensino-aprendizagem. Uma razão mais óbvia advém dos diferentes tipos
de abordagens de ensino que podem ser realizados através do computador, devido aos
inúmeros programas desenvolvidos para auxiliar o processo [Cox 2003].
Em um primeiro momento quando houve a introdução do computador na área
educacional chegou-se a acreditar que o equipamento iria solucionar todos os problemas
educacionais, ou até mesmo que fosse substituir o professor. Com o passar dos anos não
foi isso que se percebeu, mas que a informática tinha vindo com o propósito de auxiliar
o professor no processo de ensino-aprendizagem. A mudança na postura do professor é
no sentido de tornar um facilitador, intermediador no processo de ensino, deixando de
ser o detentor do conhecimento. Agindo segundo o construtivismo piagetiano que diz
que o sujeito constrói seu conhecimento na interação com o meio tanto físico como
social e o educador é apenas um intermediador nesse processo que age de maneira
significativa na relação aluno-computador proporcionando ao educando condições
favoráveis para a produção do conhecimento [Correia e Silva 2005].
Quanto à aliança entre professor-computador acredita-se que o recurso
tecnológico não deverá ser utilizado como uma ferramenta por si só, deve vir
acompanhado de programas curriculares, ministrados pelo educador. Dessa forma, o
computador deve ser utilizado como uma ferramenta a mais que possa contribuir na
aprendizagem dos alunos ajudando na superação de seus limites.
O professor tem o papel de mediador, facilitador, motivador no processo de
aprendizagem, cabe a ele ficar atento às possibilidades que o computador traz e assim
adequar suas atividades e dessa forma aproveitar da melhor maneira o que lhe é
oferecido pela máquina, descobrindo diferentes formas de ensinar velhas teorias. Mas
não é necessário que esse educador seja um analista de sistemas ou programador, o
importante é que ele domine o computador como um usuário crítico e consciente dos
recursos tecnológicos, pois existe no mercado de trabalho o profissional formado em
Licenciatura em Computação capacitado pra auxiliar o professor na escolha da melhor
forma de utilizar o computador como uma ferramenta de auxilio nas suas aulas.

3.1 Algumas vantagens que o uso do computador pode proporcionar


O computador funciona como um grande aglutinador das várias tecnologias existentes
[Tajra 2004], proporcionando a interatividade com o meio, e é essa interatividade uma
de suas características mais importantes. Pois permite a integração com diversos
recursos tecnológicos, criando um ambiente visual e sonoro mais atrativo, possibilitando
o desenvolvimento de várias habilidades.
O computador aliado aos conteúdos diários ajuda a despertar um maior interesse
dos alunos pelas aulas, pois enriquece a aprendizagem, criando um ambiente
estimulante, desafiador e dinâmico, despertando a motivação, o que pode transformar
uma atividade que antes era vista como “chata” em divertida. Contribuindo assim para
melhorar o aprendizado dos conceitos vistos em sala de aula.
Existe a possibilidade da aprendizagem individualizada ser favorecida com o uso
desse recurso tecnológico, já que ele só executa o que lhe é mandado, limitando-se ao
potencial do usuário. O que permite ao professor ter uma visão clara de qual a limitação
do seu aluno, e assim poder ajudá-lo de uma forma mais precisa. Sem contar que o
educando ganha autonomia na hora de realizar seus trabalhos. Além da aprendizagem
individualizada as salas informatizadas também facilitam a aprendizagem em grupo,
pois os ambientes se tornam mais dinâmicos, as atividades são desenvolvidas com
menos imposição, os alunos perdem o medo de errar, eles se auto-ajudam na realização
das tarefas, e isso tudo favorece a uma nova socialização.
A informática estimula o estudo de novas línguas, já que alguns comandos são
em inglês, também existe a possibilidade do intercâmbio com outros alunos através da
Internet o que pode melhorar as habilidades de comunicação e estruturação do
pensamento. Sem contar que sua utilização permite que o aluno esteja conectado com o
mundo, munido de informações a todo o momento. O computador traz inúmeras
condições para que o aluno aprenda descobrindo, transformando-se no agente de
construção do próprio conhecimento.
Duas posturas educacionais distintas são possíveis a respeito da utilização dos
computadores nas escolas. A primeira se refere ao ensino da informática enquanto
disciplina que tem por objetivo ensinar computação, ou seja, o computador como fim. Já
a segunda se refere à informática educativa a qual utiliza o potencial do computador
para auxiliar no desenvolvimento das práticas escolares, isto é, tem o computador como
meio [Cox 2003]. A primeira postura provavelmente é a mais fácil de ser adotada, pois
para inserir essa nova disciplina curricular pode se efetivar basicamente com a
contratação de professores especializados em informática e a construção de laboratórios.
Mas corre-se o risco da informática servir apenas para que o aluno conheça o
computador, perdendo seu foco educacional, não alterando o modo como as outras
disciplinas são ministradas. Já a segunda postura pode ser mais trabalhosa pelo fato de
que todos os professores precisam ser capacitados.
Cabe aos professores juntamente com a escola decidir a melhor forma de utilizar
esse recurso tecnológico. Caso a escolha seja pela informática educativa, se faz
necessário uma nova postura do professor, o que provoca mudanças nas perspectivas do
ensino. O professor precisa lançar desafios, por vezes tem que encorajar a perseverança,
outras vezes deve ainda tentar clarificar como os projetos/trabalhos podem ser levados a
diante [Oliveira 2002].
O educador deve incentivar a criatividade, exercitar o pensamento lógico,
propiciar um ambiente de aprendizagem onde o aluno possa investigar, explorar,
simular, até mesmo errar e desse modo deixar de ser passivo, passando a agente na sua
aprendizagem.

4. Algumas considerações a cerca da matemática


A escolha de trabalhar com software voltado ao ensino da matemática foi motivada pela
dificuldade encontrada por muitos alunos na disciplina, e ainda pela grande importância
atribuída aos conhecimentos e métodos dela decorrentes, tornando assim imprescindível
o seu aprendizado.

4.1. Por que Matemática?


Acredita-se que muitos alunos têm dificuldade com a matemática, talvez pelo fato de
envolver muito o cálculo mecânico, algo com pouco significado para eles. O que pode
tornar o estudo maçante e desestimulante, transformando os alunos em meros receptores
de conteúdos, que esperam apenas adquirir boas notas na escola. Uma das formas de
amenizar tal dificuldade é a contextualização da matemática, que mostra onde aplicar o
conteúdo aprendido em sala no cotidiano, atavés de problemas práticos.
Existem alguns fatores que podem contribuir com essa dificuldade dos alunos
como o fato de que em algumas escolas a metodologia utilizada na aula de matemática
pode se apresentar inadequada, ou até mesmo completamente distante da realidade dos
estudantes. Também existe a falta de domínio dos pré-requisitos fundamentais para o
estudante ter um bom desempenho nas aulas, e dessa forma sem a base de conhecimento
que deveria ter sido aprendido em séries anteriores, o ensino de qualquer disciplina fica
prejudicado, inclusive o da matemática.
Sem contar que, nas escolas brasileiras a maioria das salas de aula estão
superlotadas, impossibilitando que o professor atenda individualmente alunos com
dificuldades. A dificuldade também pode ser atribuída ao fato de que tanto professores
quanto alunos terem concepções erradas a cerca da matemática, ao verem como uma
ciência pronta e acabada sendo obrigados a memorizar regras, fórmulas e conceitos.
Esquecendo-se que tais conhecimentos não foram construídos no agora, demoraram
séculos e ainda hoje são reestruturados.Existe ainda a concepção de que a matemática
apresenta um critério avaliador da inteligência dos alunos, onde somente aquele com
mente privilegiada consegue aprender. Desmotivando ainda mais os alunos que tem
dificuldade, acreditando serem “menos inteligentes” que os demais, dificultando o
aprendizado [Carvalho 1994].
Há alguns professores que talvez por ter uma postura de supervalorizar a
memorização de conceitos, trabalham principalmente com os conteúdos do livro
didático, adotam o método de exposição do conteúdo e resolução de exercícios como
fixação e se preocupam muitas vezes em terminar o conteúdo do livro didático, e dessa
forma não se prendem tanto na qualidade da aprendizagem dos alunos. Essa postura
pode levar os educandos a pensar que o estudo da matemática é uma mera memorização,
perdendo assim o interesse por atividades que envolvam o raciocínio lógico. Assim se
tornando dependentes dos professores e dos livros, objetivando apenas boas notas para
passar de ano.
Algumas vezes por causa da postura de alguns professores, muitos alunos
tomam trauma com a disciplina, e o carregam pela vida toda. Mas a culpa não deve ser
colocada apenas no professor, ou generalizar dizendo que com todos acontece o mesmo.
Em muitos momentos o aluno se mostra desinteressado, desestimulando o professor a
fazer um bom trabalho.
A matemática está presente em tudo que envolve quantidade como: no
orçamento familiar, na compra de objetos, na soma de produtos, na economia, no
comércio, na loteria, nas eleições, na precisão do tempo, entre outros. Até mesmo em
lugares que não imaginamos, como na música com a composição de notas musicais; no
esporte com a soma de pontos e composição de grupos; na nutrição com a soma de
calorias e na escolha do alimento certo; no ambiente natural como a qualidade do ar e da
água; na ecologia com os cálculos das populações de animais em extinção e com as
estatísticas; na agricultura com o cálculo de quantidades certas de produtos a serem
jogados no solo; na medicina com análise dos dados para determinar a eficiência de
novos remédios e de agentes causadores de doenças, etc. Também é muito utilizada
infelizmente em tempos de guerra principalmente na balística e decodificação, um dos
motivos que incentivou a construção de computadores de alta velocidade.
Dessa forma, fica evidente que nos dias atuais a matemática é imprecindível,
inclusive no mundo do mercado de trabalho, daí a importância do seu aprendizado.

4.2. Matemática e Computador


A Há estreita relação entre a matemática e informática existe desde o princípio do
surgimento dos computadores, e foi motivado principalmente pela necessidade de se
obter resultados precisos em cálculos extensos, o que para o homem seria dispendioso
demais.
Entretanto por traz dos avanços computacionais existe sempre uma teoria
matemática, e assim essa disciplina contribui decisivamente para o aperfeiçoamento dos
computadores como das Ciências da Computação. Uma prova dessa contribuição é que
os comandos dados ao computador são todos transformados em números para só depois
serem interpretados pela máquina.
Mas não é só a matemática que contribui com o computador, após o seu
surgimento, houve a possibilidade de se calcular e visualizar situações como nunca
antes. O que era difícil para demonstrar com figuras e desenhos, através do computador
se tornou mais fácil, pois existe a possibilidade de visualizar imagens em três
dimensões, permitindo até a mudança do ângulo da imagem. Também auxilia na
resolução de problemas que antes era de difícil compreensão e visualização. A própria
resolução de problemas pode se transformar em uma atividade motivadora, dependendo
da forma como é apresentado para os alunos, e a utilização do computador pode tornar
essa resolução ainda mais interessante.
O computador também possibilitou o estudo de áreas da matemática que antes já
haviam sido investigadas, mas tinham sido abandonadas devido às dificuldades
encontradas em resolver a grande quantidade de cálculos envolvidos nas equações.
Diversos conteúdos matemáticos podem ser trabalhados com o auxilio do
computador: na propriedade dos números primos, o computador auxilia no cálculo, já
que não existe nenhuma fórmula para se chegar a esses números; na análise
combinatória, com a simulação em computadores é mais fácil de encontrar elementos
para sua compreensão; nas funções, onde o computador possibilita traçar gráficos
permitindo sua melhor visualização. Esses são alguns exemplos, mas praticamente todos
os conteúdos matemáticos podem ser explorados com o uso do computador, cabendo ao
professor escolher, o que, e como utilizá-lo. O computador oferece condições
extraordinárias a quem aprende, a lidar de forma organizada, e versátil com novos
conhecimentos, inclusive no ensino da Matemática. [Gladcheff et all 2006]

4.3. Professor e o computador


Muitos são os professores que não utilizam o computador nas suas aulas, isso pode ser
devido há vários motivos, como a falta de laboratório na escola. ou por não saber usar
essa nova tecnologia e assim não conseguir sanar todas as dúvidas dos estudantes. Ou
por receio de encontrar um aluno que saiba mais que ele, e assim se sentir envergonhado
perante a sala.
Talvez o professor já utilize o computador no seu dia-a-dia, e até tem interesse
em usá-lo em sala de aula, mas não sabe como fazer, tendo muitas dúvidas quanto a essa
utilização. Em grande parte das escolas não há um profissional preparado para auxiliá-lo
na melhor forma de inserir esse recurso em suas aulas. Esse profissional seria o
licenciando em computação, apto a ajudar na preparação do material, na escolha da
ferramenta apropriada, deixando assim o professor mais seguro quanto à utilização da
tecnologia.
Ainda existem aqueles professores que não se interessam, não aceitam que o
computador possa vir a auxiliá-los nas aulas, acham uma perca de tempo sua utilização.
Acreditam que apenas o livro didático já é o suficiente para o aprendizado.
E por último existem os professores que até tem algum interesse de usar o
computador nas suas aulas, mas não possuem tempo para preparar o material, já que
para uma aula ser dada utilizando esse recurso tecnológico é necessário uma dedicação
maior. E como já foi dito com os baixos salários ganhos o professor é obrigado a fazer
dupla jornada de trabalho assim não dispõe de tempo para essa dedicação.

5. Algumas modalidades de utilização da Informática na Educação.


Existem várias classificações de diferentes autores quanto às modalidades de utilização
da Informática na Educação [Tajra 2004].
• Softwares Educacionais.
• Softwares Aplicativos como Ferramenta Tecnológica.
• Softwares Aplicativos com Finalidades Educativas
• Internet como Recurso Didático
• Tutoriais
• Exercitação
• Investigação
• Jogos
• Simulação
• Abertos
• Híbridos
A maior parte dos softwares apresenta simultaneamente várias características
dos tipos citados e consequentemente se enquadram em mais de uma categoria. De
modo que pode ainda haver divergência entre diferentes autores.
5.1 Qualidade de Software

Há uma grande quantidade de softwares educacionais disponíveis no mercado, mas cabe


a escola juntamente com o professor decidir qual deve ser utilizado.
Faz-se necessário analisar se o programa escolhido é adequado aos objetivos
para proporcionar um maior aproveitamento.
Alguns itens são sugeridos ao se avaliar um software:
Condução: Se o software proporciona orientação quanto a interação com o computador,
dando uma noção de locomoção dentro do programa para o usuário;
Presteza: Se auxilia o usuário nas ações que deve tomar em determinados ambientes do
programa;
Feedback imediato: Se o computador responde de maneira correta e de imediato ao
usuário;
Legibilidade: Se o programa apresenta características que facilita ou dificulta a leitura
das informações como: cor de letra, tamanho, fundo, entre outras;
Agrupamento/distinção de itens: Quando os itens são colocados na tela de maneira
organizada e assim facilita o entendimento do usuário.
Carga de trabalho: Refere-se a carga cognitiva que o software requer do usuário.
Brevidade: Se o programa apresenta de forma breve seus itens.
Densidade Informacional: Refere-se a quantidade de informações que o usuário tem de
memorizar.
Adaptabilidade: Quando a interface do programa se adapta com o usuário.
Homogeneidade/Coerência: Quando há uma padronização nos comandos, nos formatos
na interface. Havendo essa padronização o sistema é mais previsível, facilitando a
aprendizagem.
Compatibilidade: Quando os comandos, a linguagem do programa é compatível com o
usuário.
Para avaliar o desempenho do software é necessário observar as seguintes
características: eficácia, confiabilidade, consistência, transparência e segurança. Já para
avaliar a interface com o usuário é necessário observar: a facilidade de instalação,
facilidade de uso, orientação a objeto, capacidade de lidar com diferentes monitores de
computador e documentação correta. Quanto a versatilidade do software é necessário
observar: capacidade de ser executado em diferentes tipos de hardware,
compatibilidade com outras interfaces, capacidade de realizar transferências de dados,
capacidade de adaptar em diferentes ambientes e capacidade de gerar dados que possam
ser acessados por outros programas.
5.2 Método de avaliação de software.

A seguir um método de avaliação de software propostos no 3° encontro do PROINFO


1) Qual a proposta pedagógica que permeia o software?
2) Proporciona um ambiente interativo entre aluno e o software? Como?
3) Permite uma fácil exploração? (seqüencial, não linear)
4) Apresenta conceitos de forma clara e correta?
5) Desperta o interesse do aluno, sem perder de vista os objetivos?
6) Oferece alternativas diversificadas para a construção das ações do aluno?
7) Permite que o aluno construa seu conhecimento a partir da ação-reflexão-ação?
8) Tem recursos de programação?
9) Permite o registro e a consulta das ações desenvolvidas?
10) Os recursos de multimídia usados têm relevância para os objetivos do software?
11) Proporciona condições de abordagem sócio-cultural que contemple aspectos
regionais?
12) Os aspectos técnicos especificados no software são compatíveis com a configuração
dos equipamentos existentes na escola?
13) É de fácil instalação e desinstalação?
14) Permite a utilização em rede?
15) Apresenta uma visão interdisciplinar?
16) Apresenta encarte com explicações sobre objetivos, conteúdo, equipe de
desenvolvimento do software e sugestões metodológicas para a sua utilização?
17) Em que idioma o software é apresentado? Existe uma versão em português?
18) Em relação aos demais recursos didáticos, qual o diferencial que o software
apresenta?
19) Proporciona um ambiente de aprendizagem por descoberta?
20) Permite a integração com outros softwares?
21) Apresenta um ambiente lúdico e criativo?
22) Qual o tipo de software (jogo, tutorial, exercício-prática, autoria, outros)?

6. Prática vivenciada com o winplot


Nesta seção mostramos algumas ferramentas que o Winplot disponibiliza para auxiliar
um professor de matemática na sala de aula e a experiência vivenciada com uma turma
do primeiro ano do ensino médio, de uma escola Estadual de Alto Araguaia, que
utilizou o Winplot como ferramenta tecnológica no ensino. Observando os pontos
positivos dessa prática e algumas dificuldades encontradas. Analisamos também os
questionários aplicados a estes alunos.
6.1 Um pouco sobre o Winplot

O Winplot é um programa que pode ser utilizado como facilitador na aula de


matemática. O programa foi desenvolvido por volta de 1985, pelo Professor Richard
Parris “Rick”, da Philips Exeter Academy, em linguagem C. Chamava-se Plot e rodava
no DOS, com o surgimento do Windows 3.1 passou a se chamar Winplot. A versão para
ser utilizada no Windows 98 surgiu em 2001 e foi escrita na linguagem C++. O software
foi traduzido para o português pelo professor Adelmo Ribeiro de Jesus, e nas versões
recentes tem a participação do professor Carlos César de Araújo [Souza,2008].
A utilização do Winplot foi motivada por algumas características tais como: é
um programa gratuito, de fácil utilização, existe a versão em Português, é um programa
de pequeno porte (1,38 Mb), roda em sistemas Windows 95,98,ME, XP e roda com o
wine no Linux. No site http://math.exeter.edu/rparris/Winplot.html, o Winplot está
disponibilizado.
O winplot pode ser considerado como um software simulador e de exercitação,
pois, permite traçar gráficos em 2 e 3 dimensões, Além de oferecer ferramentas
interessantes que possibilitam apresentar de forma animada, ou explorar de forma
interativa, a influência de cada elemento das funções no gráfico produzido.
É um programa recomendado para ser trabalhado tanto nas séries do ensino
fundamental quanto no ensino médio. Alguns dos conteúdos matemáticos que podem
ser trabalhados pelos professores em sala de aula utilizando o Winplot são: funções
polinomiais, funções trigonométricas. Conceitos de geometria plana, como: ponto,
plano, ângulo. Na geometria analítica conceitos referentes a sistema cartesiano,
coordenadas, cônicas, etc.
O Winplot também oferece alguns recursos interessantes que facilita ao aluno
visualizar melhor o que está sendo ensinado. Por exemplo: permite através do teclado
ou do mouse que se desloque em todo o eixo do gráfico, também oferece o recurso de
zoom; disponibiliza recursos de formatação como tamanho da fonte, espessura da linha
e cor. O programa traz uma opção chamada inventário, que permite editar, duplicar,
apagar ou copiar os gráficos feitos. Também possibilita que o usuário mude os
parâmetros dos gráficos, verificando as várias disposições dele na tela.
Na opção de gráficos em 2 dimensões o programa permite definir funções do
tipo: explícitas, paramétricas, implícitas, polares, polinomial e ainda inequações.
Também apresenta ferramentas que possibilita encontrar os zeros das funções, que são
as intersecções dos gráficos com o eixo x. O recurso de traçar vários gráficos num
mesmo Sistema de eixos coordenados com diferentes cores para cada gráfico facilita a
visualização de pontos de interseção entre as curvas.

O Winplot pode auxiliar o professor a explicar noções de plano cartesiano e


pontos. Um recurso que esse programa disponibiliza é a ligação de coordenadas através
do pontilhado, dando uma noção mais precisa da posição do ponto, ainda tem as
diferentes cores que ajuda a diferenciar, facilitando na explicação do professor, e
melhorando a visualização. Na opção de gráficos em 3 dimensões o programa permite
definir funções do tipo: explícitas, paramétricas, implícitas, cilíndricas, esféricas.
Possibilita ainda desenhar curvas, pontos, segmento, e plano. Com Winplot o educador
não se precisa preocupar tanto se os alunos estão conseguindo imaginar o objeto da
explicação podendo direcionar a atenção principalmente para os conceitos matemáticos
envolvidos no desenho.

O Winplot oferece a opção “Adivinhar” que possibilita que o usuário interaja


com o programa para descobrir qual função o gráfico corresponde, como se fosse um
exercício e assim reforçar os conceitos aprendidos. Essa opção também permite o
professor trabalhar com o pensamento reverso, pois o aluno ao resolver o exercício
saindo do gráfico para a função, faz o pensamento contrário do ensinado pelo professor.
Dessa forma o assunto fica mais consistente para o aluno. Sem contar que o exercício
pode ser utilizado para verificar a aprendizagem dos alunos.

6.2 A prática em sala de aula


As aulas práticas no laboratório de informática foram aplicadas a uma turma de 30
(trinta) alunos do 1º ano do ensino médio de uma escola da rede estadual de ensino do
estado de Mato Grosso, na cidade de Alto Araguaia.
O primeiro problema enfrentado foi que apesar da escola possuir computadores,
o laboratório não estava montado. O que foi resolvido utilizando o laboratório de
informática da UNEMAT (Universidade Estadual de Mato Grosso).
Após o planejamento das aulas, escolhendo a melhor forma de aplicar os
exercícios utilizando o Winplot, com o intuito de oferecer aulas diferenciadas. o
software foi aplicado a uma turma do primeiro ano com trinta alunos, que no laboratório
ocupavam cada aluno uma máquina, todas com o software instalado.

Figure 1. Alunos no laboratório

O conteúdo foi primeiramente aplicado na sala de aula pelo professor


responsável da disciplina, que dava explicações e resolvia exercícios. E só depois os
alunos eram levados ao laboratório. Para se ter o máximo aproveitamento do uso dos
computadores, é importante que as atividades com o apoio destes sejam um
complemento das atividades educativas gerais [Oliveira 2003].
O laboratório era equipado com um projetor multimídia, que projetava na parede
o programa, permitindo o acompanhamento pelos alunos das orientações de utilização.
Com o decorrer das aulas foi observado que muitos alunos apresentavam dificuldades
com manuseio do computador, o que prejudicou o andamento das aulas.
Também pudemos notar claramente o entusiasmo que eles manifestavam por
estarem utilizando o computador e quando percebiam a facilidade com que os gráficos
eram gerados. Alguns alunos se sobressaiam com relação aos outros, e estes muitas
vezes até levantavam para auxiliar os colegas com dificuldades.
Quando os alunos traziam para o laboratório o material produzido em sala de
aula, podiam confirmar no caderno tudo que era reproduzido no computador.
Verificou-se a necessidade de capacitação dos professores quanto ao manuseio
da máquina e do software, já que surgiram muitas dúvidas quanto ao uso do programa.
Então para o bom andamento da aula, é necessário que os professores adquiram esses
conhecimentos.
O interesse dos alunos ficou evidenciado em uma ocasião na qual toda a escola
havia sido dispensada, e maioria dos alunos da turma permaneceu a espera do professor
para a aula de matemática no laboratório. Assim pode-se observar que o computador
funciona como um atrativo para os alunos.
6.3 Aplicação e análise de Questionários.

A aplicação de questionários visando à coleta de informações tornou possível analisar


alguns parâmetros que podem auxiliar na compreensão dos resultados e num futuro
planejamento de novos programas. As questões foram elaboradas com uma linguagem
simples, para que o entendimento fosse favorecido. Foi avisado previamente que não
seria necessário se identificar no formulário e a intenção da pesquisa a fim de verificar
resultados mais fidedignos, deixando-os a vontade para responder.
Com base nas respostas apresentamos as seguintes análises:
• Mais 85% dos alunos que participaram não tinha computadores em casa.
• Apenas 15% dos alunos utilizam o computador de modo freqüente
• Mais de 95% dos alunos se sentiram mais motivados a participar da aula de
matemática utilizando o computador como recurso auxiliar.
• Aproximadamente 25% se manifestaram dizendo que o tempo no laboratório de
informática era insuficiente.
• 10% dos alunos mencionaram alguns problemas técnicos enfrentados com
máquinas com defeitos de hardwares.
• 50% responderam que aprenderam mais matemática e 25% disseram que
aprenderam mais informática.
• Cerca de 85% responderam que aprenderam coisas “interessantes”.
• 80% se manifestaram que o laboratório com muitas pessoas atrapalhava o
entendimento da aula.
• Mais de 95% se manifestaram favoráveis ao aumento do número de aulas de
matemática utilizando o computador.
• Aproximadamente 95% se manifestaram favoráveis ao uso do computador para
o ensino de outras disciplinas.
• Cerca de 95% responderam ser importante aprender a utilizar o computador.
7 Considerações Finais

Países como a França, e os Estados Unidos não propuseram mudanças nos paradigmas
educacionais, apenas inseriram o computador no ensino. O governo brasileiro implantou
varias ações no sentido de fortalecer a informática educativa no Brasil e assim melhorar
o desempenho e aprendizagem dos alunos. Mas essas ações esbarraram-se na falta de
continuidade, já que cada novo governo propunha mudanças nos projetos. Apesar de
maravilhosos os objetivos propostos por essas ações, pouco foi cumprido. É importante
lembrar que apenas informatizar as escolas não é o suficiente, a capacitação dos
docentes é importantíssima. Portanto, se é necessário um maior comprometimento e
incentivo do governo com a informática educativa, para que melhores resultados sejam
obtidos.
Quanto aos professores, é importante que antes de tudo tenham consciência da
importância da inclusão dos recursos tecnológicos no ensino, problemas existem, mas os
resultados positivos devem sobrepor às dificuldades. Uma boa alternativa para reduzir o
nível de especialização requerido ao professor que pretende utilizar-se da informática
educativa é que as escolas tenham a disposição o profissional licenciado em computação
para que auxiliar os professores.
Na prática vivenciada com a utilização do Winplot. Notamos o entusiasmo e
interesse que os alunos tiveram nas aulas, apesar de algumas dificuldades encontradas.
Verificou-se a necessidade de estar utilizando o laboratório com freqüência, para melhor
aproveitamento do ensino. Percebeu-se que ao utilizar essa ferramenta tecnológica é
importante que um curso de informática básica seja aplicado aos alunos, aumentando
assim o rendimento das aulas. Notou-se a importância de um monitor para auxiliar nas
aulas, já que é necessário um acompanhamento mais individualizado ou que as turmas
sejam menores.
As aulas no laboratório despertaram o interesse dos alunos o que pode ser
comprovado dentre outras coisas pela queda de aproximadamente 25% no número total
de faltas nesse período. Além disso, os alunos confirmaram que melhorou a
aprendizagem com o uso do computador, que as aulas ficaram diversificadas, e ainda
despertou o interesse em usar o laboratório para aprender outras disciplinas.
Após as aulas com a aplicação do questionário, pode-se nesse momento verificar
o quanto os alunos gostaram das aulas, sugerindo ainda que outros professores
utilizassem essa tecnologia. Disseram encontrar mais facilidade em aprender quando o
computador é utilizado.

8. Referências
Oliveira, R.. (1997) “Informática Educativa” 8 ed. São Paulo: Papirus,.
Tajra, S. F. (2004). “Informática Educativa: novas ferramentas pedagógicas para o
professor na atualidade”. 5. ed. São Paulo: Érica.
Valente, J. A. (1999). “O computador na sociedade do conhecimento” São Paulo:
Unicamp/Nied.
Cox, K. K. (2003) “Informática na Educação Escolar”. Campinas.
Correia, L. H. A.; Silva, A. J. C. (2005) “Computador Tutelado”. Lavras, UFLA/FAEPE
Carvalho, D. L. (1994). “Metodologia no Ensino da Matemática”. São Paulo: Cortez.
Libâneo, J. C. (2001) “Adeus professor, adeus professora: novas exigências
educacionais e profissão docente”. 5. ed. São Paulo: Cortez.
Souza, A. S. (2007). “Utilizando o winplot”; http://www.mat.ufpb.br/~sergio/Winplot,
Outubro.
Gladcheff, A. P.; Oliveira, V. B.; Silva, D. M. (2006) “O software educacional e a
psicopedagogia direcionado ao ensino fundamental.”
http://novaescola.abril.com.br/noticias/mar_02_5/artigorbie.pdf, Novembro.

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