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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÁRMACO E MEDICAMENTOS

AREA DE PRODUÇÃO E CONTROLE FARMACÊUTICO

Desenvolvimento e validação de métodos analíticos e


estudos de estabilidade de produtos cosméticos
contendo dimetilaminoetanol (DMAE)

IVANI A. SOARES DE ANDRADE BATISTA

Dissertação para obtenção do grau de


MESTRE

Orientadora
Prota. Dra. Maria Inês Rocha Miritello Santoro

São Paulo
2008
J~~l.I
J.5tl?S

DEDALUS - Acervo - CQ

11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

30100013409

Ficha Catalográfica
Elaborada pela Divisão 'de Biblioteca e
Documentação do Conjunto das Químicas da USP

Batista, Ivani A . Soares de Andrade


B333d Desenvolvimento de métodos de análise e estudos de
estabilidade de produtos cosméticos contendo dillletilaminoetanol
(DMAE) / Ivani A. Soares de Andrade Batista . -- São Paulo ,
2007 .
140p .

. Disse·rtação (mestrado) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas


da Universidade de S ã o Paulo . Departamento de Farmácia .
Orientador : Santoro , Maria Inês Ro c ha Miritcllo

I. Cosmético s: Análi s e química 2. Cosméticos : Controle


qualidade I. T. li. Santoro, Maria Inês Rocha Miritello,
orientador.

668 . 55 CDD
((CJ)eus nos fez peifeitos e não esco[fie os capacitaáo

capacita os esco[fi iáo

Pazer ou não fazer afgo só áepenáe áe nossa vontaáe e perseverança


}l CJ)e
por ter me dado o dom da vid

}los meus pais, }l6efino e :A1aria de Carmo por todo amor, carinlio, dedicaç
e oportunicfade cfe estucfos, permitincfo reafizar mais um grande sonli
}lgracfeço a efes o apoio à compreensão cfevido a minlia ausência em vári
momentos e constantes oraçõe

}lo meu maricfo, João Carfos, pe[o apoio e incentivo constante, pois se n
fosse seu companlieirismo não conseguiria terminar este projet

}lgradeço com muito carinlio aos meus fillios João Carros e João Victor, pe
compreensão nos momentos cfe ausência em vários finais de campeonatos
fute6o~ por cliegar tarde, para e~ficar a matéria da prova cfo dia seguint
}lgradeço tam6ém a minlia fi[lia <Bliár6ara, por compreender minlia ausênc
e não acompanliá-[a em muitos passeio
06rigacfa peCa [uz e a[egria que me dão por suas e:(istência

}los meus irmãos, so6rinlios e cunliados por compreenderem a min


ausência em tantas festas e encontro
'Olj}V9VJ1 nsap Op:JvZ:ljvaJ v JVZ:UO}Vf1 a JVf1J1UaJuJ 'JVlua.uo Jod

(OJOl u VS' O}}n!JFJ.Io6 vljJo'}[; sêuI v.uvJt1[; viClJ v!oJJj 1Í


)f.graáecimentos

jI Pro.! (j)rz P'ritta ~ M. 'l(eáor-J(ackJnan


e ao Prof (j)r jIni{1( Singh, peCo convívio, sugestões nas transcorrer
tra6a{

jIo Prof (j)r Cfauáemir Lúcio (j)o fag


Pro.! (j)rz Marina cravares e Osmar jIntunes, pera sugestões, e
oportuniáaáe áe conhecer uma técnica pionei

jIo Prof (j)r Jorge S. Martins e Pro.! (j)rz Maria Aurora Seguná
pera amizaáe e incentivo no transcorrer áo tra6a{

jIo Prof (j)r Jiva{áo áo ~sário Matos, a prof (j)rz Luci{áes Pita Mercu
peCo convívio, apoio e valiosa cofa6oração na realização áeste tra6a{

jI prof (j)rz Maria Inês áe jI{meiáa Çonça{ves pera valiosa contri6uição


áesenvo{vimento e na e:{fcução áeste tra6a{

jI prof (j)rz Maria o/a{eria ~ o/. pao{a,


por me rece6er em seu {a6oratóri
cofa6oranáo pera realização áeste tra6a{

Ao prof (j)r Pernanáo M. Lanças pera satisfação em me rece6er e por pass


valiosas informações, para o áesenvo{vimento áeste tra6a{
}l Prof !J)~ rrerezinfia áe Jesus /lnáreofi Pinto e ao ConJar por ter m
ajuáaáo na reafização áos ensaios micro6io(ógicos e titu(ometric

}l Prof!J)~ Jufiana ?rta(áonaáo ?rtarcfietti peCa co(a6oração, no e~cuç


áeste tra6a(

}lo Prof!J)r CBronis(aw Po(aRjewicz peras sugestões nas reafizações áes


tra6a(

}los Co(egas áe pós-graáuações pera amizaáe, em especia( ao Peáro Lóp


Çarcía, pe(o convívio, compreensão e apoio na áificu(áa

/l CJ\çgina CRpjes e Iria áa Sirva pera co(a6oração neste tra6a(

}lo Jorge /leves áe Lima, CECaine ry(:fiico e CEfiza6ete Paiva pera amizaáe
atenção nos tramites 6urocráticos áurante este períoáo na PC

}l toáos aqueCes que áe uma forma ou outra contri6uíram para


concretização áeste tra6a(fio...
06rigaáa!
RESUMO

Com o aparecimento crescente de diferentes formulações cosméticas a bas


de dimetilaminoetanol (DMAE) e seus diferentes sais, faz-se necessário
desenvolvimento e validação de métodos analíticos para serem empregados n
controle de qualidade, tanto dos produtos acabados quanto das matéria
primas. O objetivo principal deste trabalho de pesquisa é propor dua
metodologias analíticas (ressonância magnética nuclear 1H e eletrofores
capilar) como ferramentas no controle de qualidade destes produto
Discutem-se também as técnicas de caracterização de matérias-prim
contendo DMAE, bem como resultados obtidos em estudo de estabilidad
acelerado.

o método por ressonância magnética nuclear 1H foi validado usando águ


deuterada (amostras contendo DMAE bitartarato e DMAE base)
dimetilsulfoxido (amostras contendo DMAE acetoamidobenzoato) com
solventes . Os resultados obtidos foram confiáveis para todas as característica
de desempenho avaliadas na validação. Entre a desvantagem do metodo pod
ser destacada a limitação do uso desta técnica nas amostras em creme e ge
creme.

o método eletroforético foi completamente validado. Não foram observad


interferências e todos os parâmetros avaliados foram satisfatórios. Este métod
é simples e não requer tratamentos trabalhosos no preparo das amostra
Entre as vantagens do método destacam-se o pouco impacto ambiental e
economia.

o estudo de estabilidade acelerado não mostrou mudanças significativas e


relação ao teor, porém, nas condições mais drásticas foram observad
mudanças em coloração e viscosidade aparente.
ABSTRACT

With the increasing amount of different cosmetic formulations containin


dimetilaminoetanol (DMAE) and its salts, it is necessary to develop and
validate analytical methods to be employed in the quality control of the activ
substances and commercial products. The primary purpose of this research
to propose two analytical methodologies (nuclear magnetic resonance 1H an
capillary electrophoresis) as tools to be used in the quality control of thes
products. It were also performed analysis for characterization of raw materia
and stability studies of too cosmetic preparations.

The nuclear magnetic resonance 1H method has been validated usin


deuterium oxide (for samples containing DMAE bitartrate and DMAE base) an
DMSQ-d6 (for samples containing DMAE acetamidobenzoate) as solvents. Th
results were reliable for ali the characteristics of performance evaluated in th
validation . Nevertheless, the disadvantage of this method is the limited use
this technique in the analysis of creams and gel-creams.

The electrophoretic method has been fully validated . No interference wa


observed and ali validation parameters evaluated were satisfactory. Th
method is simple and does not require laborious treatment for samp
preparation . Among the advantages of this method is the little environment
impact and economics.

The accelerated stability study showed no significant changes with regard to th


content; the more drastic changes were observed in color and appare
viscosity.
SUMÁRIO

1 Introdução ....... ....... .. .... .. .............................. ....... ... .. .... ....... .................... 1
2 Revisão da literatura .. ... ... ...... ......... .. .. .. ........... ... ......... ... ......... ..... ........... 2
2.1 Pele ... .... .... .. ..... .. .... ............................................... .. ... ............... 2
2.1.1 Histologia da pele ..... ... .. ..... ..... ......... .... ... .... ....... ... ..... .2
2.2 Dimetilaminoetanol (DMAE) .... .... ...... ......... ....... .. .... ........ ... ... .. ..4
2.2.1 Propriedades farmacodinâmicas ...... ...... ...... ... .... ... .... .5
2.2.2 Mecanismo de ação .................. .. ....... ....... ... ........... .. .. 6
2.3 Emprego em preparações cosméticas ... ................................. ..9
2.3.1 Concentração de uso ..... .. ....... ...... .. ........ .... .. ..... ..... .. ... 9
2.3.2 Uso tópico .. .. .......... .. ..... .... .......... ... .......... ... ........ ..... .. 11
2.3.3 Produtos comercializados .... ..... ...... ........................... 11
2.4 Farmacotécnica .............. .. .... ... ......... ... .. .... .. ........... ............ ..... 12
2.4.1 Orientações farmacotécnicas .... ..... ... ... .. ... ...... .... ....... 13
2.5 Sais de dimetilaminoetanol (DMAE) ... ..... ............ .. ..... ... .... ... ... 13
2.5.1 Dimetilaminoetanol base (Deanol) ..... ..... ...... .......... ... 14
2.6 Métodos analíticos para determinação quantitativa do DMAE 16
2.7 Eletroforese capilar ............ .. ... .................. ..... ....... .... .. ..... .. .. .... 17
2.7.1 Instrumentação .... .. ........... .. ......... ... ...... .. ........... ........ 18
2.7.2 Classificação da eletroforese capilar .... ... ..... .......... ... . 19
2.7.2.1 Eletroforese capilar em solução livre (FSCE) ......... 20
2.8 Ressonância magnética nuclear (RMN) ..... ... ........... ... ........... 22
2.8.1 Ressonância nuclear magnética de hidrogênio ... ........ .... ... .22
2.8.2 Validação de métodos por ressonância magnética
nuclear do hidrogênio ......... ... ........ .... ......... .......... ...... ... ... ..24
3 Objetivos ...... .. ... ........ .. ...... ............ .......... ....... .. .... ........ .... ... .... ..... ......... 25
4 Planejamento da pesquisa ...... ... ............ ..... ... .. .. ...... .............. ....... ... ..... 26
5 Materiais e métodos ............................................ ........ .... .. ... .... .. ........ ... 27
5.1 Materiais ..... ..... ... ... .... ... ....... .. .. ........... .. .. ...... ...................... ... .. 27
5.1.1 Solventes, soluções e reagentes ... ...... .... ......... .. .. ... ..27
5.1.2 Substâncias empregadas como substâncias químicas
de referência .. ....... ........ .... ...... .. ... ...... ............ .... ...... 28
5.1 .2.1 Substâncias de referência ........ ... ........ ...... ... 28
5.1.2.2 Matérias-primas farmacêuticas .. ..... ..... .. ...... 28
5.1.3 Amostras ..... ... ........ .... .................. .... .......... .. ........ ... ... 29
5.1.3.1 Placebos ... ....... ........ ....... ...... ....... .. .. .. ... .... ... 29
5.1.3.2 Amostras manipuladas ... ... ..... ... ..... .... .. ........ 31
5.1.4 Preparação das amostras manipuladas ... ... .... .. ... ...... 32
5.1.4.1 Preparação dos placebos ... .......... .. ..... .... ..... 32
5.1.4.2 Preparação das amostras contendo OMAE .33
5.1.5 Equipamentos ...... .... .. ... .. ......................... .... .. .... ..... , ..34
5.2 Métodos ... .. ............. ..... .. ... .... .. .... ... ..... .. ... ........... ...... .... ..... ...... 35
5.2.1 Caracterização da matéria-prima ................... ......... ... 35
5.2.1.1 Identificação .. .... ... ... ..... ...... ... ........ ..... .......... 35
5.2.1.1.1 Espectrometria no infravermelho .... 35
5.2 .1.1.2 Espectrometria no ultravioleta .... .... 36
5.2.1.2 Ensaios físicos .................... ............ .... ... ..... . 36
5.2.1.2.1 Faixa de fusão .. ... ... ..... ...... .... ..... .... 36
5.2.1.3 Ensaios de pureza ..... ...... ... ... ... .... .... .. .... ...... 36
5.2.1 .3.1 Perda por dessecação .. ..... .. ......... . 36
5.2.1 .3.2 Ooseamento .......................... .:... .... 37
5.2.1.4 Análise térmica .................. .............. .... .... .... 37
5.2.1.4.1 Calorimetria exploratória
diferencial (OSC) .... ....... ... ........ ... ........ .... 37
5.2.1.4.2 Termogravimetria / Termogravimetria
derivada (TG / OTG) .. .. .... ........... .. .... ... ..... 37
5.2.1.5 Cromatografia líquida de alta eficiência
(CLAE) ....... ... ....... ........ .............. ...... .. ........ 38
5.2.1.6 Ressonância magnética nuclear 1H .... ......... 38
5.2.1.6.1 Condições analíticas .... ....... ..... .......38
5.2.1.6.2 Validação do método ...... ...... ... ...... .39
5.2 .1.6.2.1 Seletividade ... ....... .. .... ..... .... .. ..... . 39
5.2 .1.6.2.2 Linearidade ............ ... .... .... ...... .... .40
5.2.1.6.2.3 Precisão ... .. ... ...... .......... .. .... .... ... ..40
5.2 .1.6.2.4 Exatidão ... ........... .......... ....... .... .. ..40
5.2.1.6.2.5 LO e LQ ... ....... ... .... .... ... ... .......... ..41
5.2.1.7 Eletroforese capilar .. ...... ... ... ............ ..... ... ... 42
5.2.1.7.1 Desenvolvimento do método .. ..... ..43
5.2.1.7.1.2 Procedimento .. ....... ..... ........ ........ .43
5.2.1.7.2 Validação do método .. .... ... .. ... ... .... .44
5.2.1.7.2.1 Preparo do padrão interno 44
5.2.1 .7.2.2 Acondicionamento do
equipamento ........ .. ... .. ............ .. ... ..... ..44
5.2.1.7.2.3 Acondicionamento do
capilar .... ... ... .. ..... ........ .......... ...... ... .... .45
5.2.1.7.2.4 Seletividade ... ............ ... ... .45
5.2.1.7.2.5 Linearidade ..... ... .... .. ..... ... .45
5.2.1.7.2.6 Repetibilidade ..... ... ..... ... ...46
5.2.1.7.2.7 Exatidão ... ... .... .... ... .. ...... ...4 7
5.2.1.7.2 .8 LO e LQ ... .... ..... ....... ..... .. .. .47
5.2.1.8 Estudo de estabilidade acelerado .... ...... ..... .48
5.2 .1.8.1 Condições de teste ... .... ......... ... .... ..48
5.2.1.8 .2 Caracteristicas organolépticas ... .... .49
5.2 .1.8.3 Determinação de pH ....... ... .... ...... ... 50
5.2 .1.8.4 Viscosidade aparente .. ... ...... .:..... ... 50
5.2.1.8.5 Criterios de inclusão ou exclusão .. . 50
5.2.1 .8.6 Determinação do teor ....... .. ... ....... .. 51
6 Resultados ......... .... .. .. ... .... .. ..... ........ ..... .. .... .......... .. .. .. ... ....... ......... .... .. . 52
6.1 Caracterização das matérias-primas .... ........ ........ ... .... .. ........ .. 52
6.1.1 Espectroscopia de absorção no infravermelho .. ........ 52
6.1.2 Espectrofotometria de absorção no ultravioleta .. ... ....58
6.2 Ensaio de qualidade baseado em medidas físicas .... ... ......... ..61
6.2 .1 Faixa de fusão ..... ... .. .. .. ... .... ... ....... ...... ..... ... ..... ...... ... 61
6.3 Ensaios de pureza ..... ... .. .. ... ...... ...... .. ...... ... .... ...... ... ... .... .... ..... 62
6.3.1 Perda por dessecação ... ....... ........ ............ .... ... ... .... ... 62
6.3.2 Doseamento ... ... ... .. .. ..... ..... ...... ....... ..... .. .... .. ..... ...... ... 63
6.4 Termogravimetria I Termogravimetria derivada .. ....... .. ........... .65
6.5 Cromatografia líquida de alta eficiência ....... ........ .. .. .... ........ .... 68
6.6 Ressonância magnética nuclear. .... ... ... .. .... ... .. ......... ........... .... 70
6.7 Validação do método por ressonância magnética nuclear .... .. 80
6.7.1 Seletividade ......................... .... ..... .. ....... ... .. .... .. ......... 80
6.7.2 Linearidade ......................................................... ....... 81
6.7.3 Precisão ...... ... ....... ............................ ..... ... .. ... .... ........ 84
6.7.4 Exatidão ... ................ ..... ..... .... ...... .... .. .. ...... .... ....... .. ... 84
6.7.5 LD e LO .. ......... .. ....... ........ .......... .... ........................ .... 85
6.8 Validação do método por eletroforese capilar. ............ .. ........... 86
6.8.1 Seletividade ....... ..... .. .. ... ........... ..... .. .............. .... ........ 86
6.8.2 Linearidade ....... .... ... ................... ..... .... .. .. ... .. ............. 87
6.8.3 Precisão .. .. .............. ......... ........ .... ..... ... .. .. .... ...... ........ 88
6.8.4 Exatidão .. ... .......... ............... .. ... .. ....... .... .......... ... .. ...... 88
6.8.5 LD e LO ... ...... .. ...... ..... ....... ... .. .... ........ ..... ... .... ... .. .. .... .89
6.9 Estudo de estabilidade acelerado ..... .. ..... ..... ... ....... ... ......... ..... 9O
7 Discussão ....... ... .. .... ..... ................................. ... ..... ... ....... ... .... ... ........ .. 117
7.1 Caracterização dos materiais de referência e matérias-primas
farmacêuticas ......... .... .. .... .. .. ............ ...... .. ........... ............ ..... .... ... 118
7.1.1 Espectroscopia de absorção no infravermelho ........ 118
7.1.2 Espectrofotometria de absorção no ultravioleta .. .... . 119
7.1.3 Ensaios de qualidade baseados em medidas físicas120
7.1.4 Análise térmica ... .. ..... ... ..... .... ......... .. ... ... ..... .. ......... . 121
7.2 Cromatografia líquida de alta eficiência ...... ... ...... .......... ........ 122
7.3 Doseamento de aminas por titulometria ....................... .. ..... .. 122
7.4 Ressonância magnética nuclear. ............. ........ ........ .............. 123
7.4.1 Validação do método ..... .... ...... ..... .. .. .... ...... ... ... .. ..... 123
7.4.1.1 Seletividade ......... ....... ................... ........ .... . 123
7.4.1 .2 Linearidade ... ... ........... ... ....... ... ........ ........... 124
7.4.1.3 Precisão .... .... ..... .. ........ ... ..... ....... .... ... ..... .. . 124
7.4.1.4 Exatidão .. ...... ..... ... .... .... ....... .. ............... .. ... 125
7.4.1.5 LD e LO ... ... ... ......... ... ............ ....... .. .... ... ... .. 125
7.5 Eletroforese capilar .... ........ ... ..... ........ ... ... ............ .................. 125
7.5.1Validação do método por eletroforese capilar. ...... .... 126
7.5.1.1 Seletividade ........ ..... .. .......... ........... ... ... ...... 126
7.5.1.2 Linearidade .... .... ... ........ ... ... .. .... ..... .... .. ...... . 127
7.5.1.3 Precisão ... .... ...... .. ... ..... ... .... ........ ........ ..... .. 127
7.5.1.4 Exatidão ... .......... ......... ... ..... ....... ..... .... ....... 127
7.5.1.5 LO e LO ...... .. .. ..... ... .. ....... ........... ... ..... ...... .. 128
7.6 Estudo de estabilidade ... ... ... ... ....... ... ......... .. .. ......... .... ..... .... . 128
8 Conclusões ... ...... ... .. .... .... ... ......... ... ... .. ...... ...... .. ...... .. ....... ...... ..... ... ..... 133
9 Referencias bibliográficas ... .... ..... ..... .. .... .... ... ...... ... .... ... .. .... ..... .. ..... ... 135
Anexos
Otf6naOHJ.NI
-
Introdução 1

1 INTRODUÇÃO

o envelhecimento da pele ocorre principalmente pela formação de


radicais livres nas células. Os radicais livres são subprodutos de processos
como respiração e digestão acentuada. Também estes podem ser formados
por fatores externos como luz solar, fumaça e poluição atmosférica. Segundo a
teoria do envelhecimento por radicais livres, o processo começa nas células,
onde moléculas de oxigênio perdem um elétron nas interações com outras
moléculas, transformando-se em radicais livres. Estes, por sua vez, capturam
elétrons de outras moléculas buscando a eletroneutralidade, danificando os
componentes das células (PERRICONE, 2001; MSNBC, 2005) .

O colágeno , proteína que ajuda a conferir elasticidade e viço à pele,


degrada-se com o tempo e o organismo perde a capacidade de auto-reparo,
ocorrendo ressecamento, perda da elasticidade, maciez e firmeza
(PERRICONE,2001).

A exposição ao sol ativa a produção de radicais livres e também a


produção de ácido araquidônico, precursor das moléculas que podem inflamar
a pele. Quando as enzimas provocam a digestão do colágeno, pequenos
defeitos podem aparecer na pele, o mais marcante é a formação de rugas
(PERRICONE,2001 ; MSNBC, 2005).

Com o aparecimento crescente de diferentes formulações cosméticas a


base de dimetilaminoetanol (DMAE) e seus diferentes sais, faz-se necessário o
desenvolvimento e validação de métodos analíticos para serem empregados no
controle de qualidade, tanto dos produtos acabados quanto das matérias-
primas . O objetivo principal desta pesquisa é propor duas metodologias
(ressonância magnética nuclear 1H e eletroforese capilar) como ferramentas no
controle de qualidade destes produtos.

Desenvolvi mento de mé todo de aná lise e estudo de estabil idade de produtos cosméticos contendo dimetil ami noetanol
Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
'rIHnl. 'rIH31./1 'riO
O'rlS/1\3H
-
Revisão da literatura 2

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Pele

2.1.1 Histologia

A pele é o principal órgão de comunicação com o meio externo. É o


maior órgão do corpo humano e compreende 5% do seu peso total, com
superfície de aproximadamente 2 m 2 em um indivíduo adulto (VIGLlOGLlA, &
RUBIN, 1991).

A pele tem muitas funções essenciais, entre as quais, proteção,


termorregulação, resposta imune, síntese bioquímica, detecção sensorial e
comunicação social e sexual (GUZZO et aI., 1996).

A epiderme é essencialmente dividida em duas partes: a parte mais


interna, que corresponde à epiderme viável (150!-lm) (HOUK, J.; GUY, R.H.,
1988) e o estrato córneo, que constitui a parte mais externa . A epiderme viável
é subdividida em quatro subcamadas: estrato lúcido- ou camada clara, estrato
granuloso, estrato espinoso e estrato germinativo ou camada basal, que é
responsável pela multiplicação e diferenciação de células, que dão origem ás
células do estrato córneo. O estrato córneo é a camada mais superficial da
epiderme (5 a 8 !-Im, chegando excepcionalmente a 20 !-Im). Mais de 90% de
suas células são corneócitos (CEVC, G., 2004). Os corneócitos são células
achatadas, anucleadas e preenchidas com queratina. Nos mamíferos esses
corneócitos estão distribuidos em , aproximadamente quinze camadas (CEVC,
G., 2004) e encontram-se associados com numerosos desmossomas (CEVC et
aI., 1996). A qualidade e a cristalinidade dos lipídeos do estrato córneo
determinam a perfeição da barreira da pele (CEVC, G., 2004).

Desenvolvimento de método de aná lise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
Ivan i A. S. de Andrade Batista - Defesa de mestrado, FCF/USP 2008
Revisão da literatura 4

2.2 DIMETILAMINOETANOL (DMAE)

o envelhecimento cutâneo é um fenômeno fisiológico evolutivo e


inevitável. Constitui num reflexo da idade biológica do individuo e, nem sempre,
corresponde à idade cronológica.

o envelhecimento celular é acelerado pela influência do meio ambiente.


A exposição à radiações solares UVA e UVB é o principal fator externo que
contribui para o envelhecimento precoce. O envelhecimento provocado pela
exposição ao sol é chamado de fotoenvelhecimento. Os raios solares agem
tanto em nível intracelular quanto extracelular. As principais alterações que
ocorrem na estrutura da pele com o envelhecimento são a diminuição da
espessura da epiderme, devido ao aplainamento dos cones interpapilares, e a
diminuição do número e do volume das células. As fibras colágenas e elásticas,
fundamentais na manutenção do turgor e da estrutura da camada dérmica,
sofrem modificações estruturais que se refletem na superfície da pele, com
aparecimento das rugas . Nas regiões frequentemente expostas à radiação
solar, a superfície da pele torna-se irregular com o aparecimento de uma
coloração amarelada e a evidenciação de pequenos vasos (telangectasia) ,
caracterizando a chamada elastose solar (NAGY, 1994).

Atualmente, existem várias técnicas eficazes para o tratamento e a


prevenção do envelhecimento cutâneo, dentre elas podemos citar o tratamento
clínico com substâncias antioxidantes, a utilização de ácidos e de substâncias
precursoras de colágeno, entre outras; a implantação de substâncias para
preenchimento na correção de rugas e sulcos (ex. colágeno, ácido hialurônico)
e a injeção local de toxina botulínica. Dentre as substâncias tópicas mais
utilizadas recentemente destaca-se o dimetilaminetanol (DMAE).

Em 1978, o Dr. la Nagy (NAGY I. 1994) publicou pela primeira vez, a


teoria propondo que os radicais livres , afetam particularmente a membrana
celular, reduzindo a permeabilidade ao cátion potássio, aumentando a fôrça
iônica do meio. Desta maneira , ocorre condensação das proteínas,
Desenvolvimen to de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
Ivan i A. S. de Andrade Batista - Defesa de mestrado, FCFIUS P 2008
Revisão da literatura 5

aumentando a massa total destes compostos em presença de água. Como


conseqüência as enzimas perdem a capacidade de sintetizar RNA e os
componentes celulares se renovam mais lentamente. O DMAE atua sobre a
membrana plasmática, estabilizando assim este processo e evitando, o
aumento da concentração de radicais livres.

O DMAE é um nutriente naturalmente encontrado em peixes marinhos,


tais como, anchovas e sardinhas. Foi sintetizado em laboratório com a
finalidade de tratar casos de hiperatividade e depressão.

O DMAE estimula a síntese da acetilcolina (substância produzida pelo


organismo, responsável pela estrutura das fibras musculares) na junção
neuromuscular, melhorando a sua contração, proporcionando assim uma
melhora na flacidez, diminuindo as linhas de expressão. Além disso, este
produto é um potencial antioxidante (OH-hidroxila) atuando assim sobre o
envelhecimento. Tem sido utilizado como estimulante central no tratamento de
crianças hiperativas, sendo também um dos componentes de formulações orais
para a melhora da função cognitiva e tônica anti-estresse.

2.2.1 PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS

Os efeitos tensores que o DMAE exerce na pele resultam da


modificação das forças anisotrópicas tensionadoras pela contração dos
músculos lisos da pele e pelo aumento da contractilidade e adesão de células
da derme e da epiderme.

Um estudo conduzido por UHODA et aI. 2002, publicado na revista Skin


Research and Technology, efetuou a comparação entre uma formulação gel
contendo 3% de DMAE e o veiculo sem DMAE. As propriedades elásticas da
pele foram mensuradas. Na primeira fase do estudo de oito voluntários
saudáveis com a faixa etária de 26 a 53 anos, receberam a formulação com 3%
de DMAE em um dos lados da face e o veículo no outro. Na segunda fase, 30
mulheres saudáveis, com faixa etária: 36 a 49 anos e índice de massa

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Defesa de mestrado, FCF!USP 2008
Revisão da literatura 6

corpórea de 19,3 a 22,0 receberam a formulação com 3% de DMAE em um dos


lados da face e o veículo no outro. O estudo concluiu que a formulação com
DMAE confere à pele um efeito tensor. Os mecanismos envolvidos estão
relacionados à mediação da acetilcolina nas junções neuromusculares e/ou
pelo aumento da contratilidade das células não musculares da epiderme e da
derme.

2.2.2 MECANISMO DE AÇÃO

Para estudar a ação do DMAE sobre a pele é importante entender por que a
pele fica flácida ao envelhecer. O envelhecimento, sobretudo da face, é
caracterizado por mudanças na pele, inclusive pelo aparecimento de rugas,
descoloração, manchas, rompimento de vasos sanguíneos e redução do brilho
da pele. Mas o rosto não denuncia a idade apenas devido às mudanças na
superfície da pele. Outro fator muito significativo é perda de firmeza. Quando
se move um músculo do braço, ou se contraí os músculos do rosto para sorrir,
um sinal é transportado pelo nervo (que funciona de maneira muito semelhante
a um fio elétrico) até o músculo que foi pressionado a entrar em ação. Na
extremidade do nervo há um bulbo, que serve como reservatório para
substâncias químicas, entre elas a acetilcolina.

O nervo não se conecta diretamente ao músculo. É interrompido a uma


curta distância do ponto de contato. Nessa junção, várias substâncias químicas
são secretadas, inclusive a acetilcolina que causa contração muscular. Quando
ocorrer a contração muscular, o bulbo na extremidade do nervo liberá rápida
carga de acetilcolina sobre o músculo. Assim sendo, sempre que a quantidade
correta de acetilcolina é secretada para o tecido muscular, ele reage pelo
aumento do tônus ou movimento muscular básico (Figura 2).

À medida que se envelhece, as substâncias químicas e os precursores


nutricionais que dão aos músculos o tônus máximo,começam a diminuir como
resultado de anos de danos provocados pelos radicais livres.

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Células de gordura
Nervos
Músculos

Figura 2. Representação esquemática da junção neuromuscular.

Como todos os sistemas do organismo, o sistema nervoso envelhece


após sofrer danos contínuos provocados pelos radicais livres e pela
alimentação, longe da ideal. Logo que o envelhecimento se inicia, a quantidade
de acetilcolina produzida, assim como o efeito da substância química sobre o
músculo, diminui. Na verdade, a única maneira de reverter o processo -
produzindo uma contração muscular mais forte e uma pele mais firme - é
aumentar os níveis de acetilcolina ativa no organismo. Isso pode ser obtido por
meio de hábitos alimentares mais saudáveis e, pela utilização de DMAE, tanto
interna, quanto externamente.

Estruturalmente, o DMAE é análogo da colina, o que notoriamente


aumenta a biosíntese de acetilcolina, no sistema nervoso central e na derme.
Na derme, a acetilcolina tem o papel de citotransmissor e se liga a receptores
em células com fibroblastos, queratinócitos e células endoteliais, modulando

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Revisão da literatura 8

uma variedade de atividades como a proliferação, diferenciação e migração


das células. _~/ B! 8 L I O T E C A
Faculdade de C8!lch': Farmacê uticas
Unive'sid3·j,; Ú». São P,nllo
o DMAE provavelmente acelera a síntese cerebral e a renovação de
acetilcolina, que possui um papel relevante na maximização da habilidade
mental e prevenção da perda de memória em idosos. O DMAE possui
propriedades antioxidantes e antiinflamatórios (PERRICONE, N., 2002).

Dois possíveis mecanismos de ação são propostos (UHODA, 1., .et aI.
2002): um, via aumento da produção de acetilcolina na derme e, por
conseguinte um aumento da firmeza da pele; o outro via aumento da
hidratação, permitindo uma maior retenção de água na derme. O DMAE
também é considerado um estabilizador antioxidante da membrana plasmática
celular, evitando sua decomposição e, conseqüente produção do ácido
araquidônico e de outros mediadores da inflamação.

Devido a sua estrutura especial, o DMAE realmente se espalha,


tornando-se parte da membrana plasmática da célula. Quando isso ocorre, a
membrana torna-se mais resistente ao estresse e, portanto, estabiliza-se. O
DMAE também confere certa proteção contra radicais livres - evitando
provavelmente que outras partes da membrana celular sejam atacadas pelos
radicais livres. Supõe-se que possa ultrapassar as barreiras de proteção do
organismo e, quando aplicado topicamente, seja capaz de atingir as células da
musculatura e provocar contração.

O DMAE tem apresentado efeito "Iifting" especialmente na linha da


mandíbula, ao redor dos lábios e nas pálpebras superiores. Estes efeitos têm
sido observados por médicos e pacientes após alguns meses de uso contínuo,
duas vezes ao dia.

Seu mecanismo de ação fez com que fosse comparado à toxina


botulínica, já que ambas agem nos músculos. A diferença é que o DMAE
provoca tensão e enrijecimento, enquanto que a toxina botulínica bloqueia a
contração muscular (Figura 3).
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Vários outros produtos têm sido associados ao DMAE tais como, ácido
alfa lipoico, palmitato de ascorbila, coenzima Q 10, lecitina, palmitato de
retinila, óleo de soja, extratos vegetais, vitamina E, ácido glicólico, gel de Aloe
vera , colágeno, acido hialurônico; Active-Aloe" (extrato purificado Aloe vera,
com atividade biológica certificada), alantoina , Aquapro® 11 Q WL (protéina de
trigo hidrolisada e queratinizada), Drieline® (Beta Glucan), Glicine Soja AE
(ácidos graxos de soja + vitamina E), lecitina hidrossolúvel CLR (lecitina de
soja hidrossolúvel) , manteiga de karité, manteiga de manga, óleos vegetais de
amica e maracujá, Soluvit® (complexo vitamínico hidrossolúvel); vitamina C
tópica. O DMAE tem sua ação aumentada com a suplementação concomitante
de vitamina B5 (panteonato de cálcio), colina, lecitina de soja, L-fenilalanina, L-
tirosina, L-acetilcarnitina e Ginkgo biloba. A maioria desses produtos
apresenta-se como gel-creme contendo goma xantana. Nutriskin® , Nikkol®
VC-IP®, VC-PMG®, Elastocell®, Raffermine®, Lipossomas PML®, Coenzima
Q 10 e ácido alfa lipoico são excelentes associações com DMAE.

A associação de aminoácidos (tirosina , por exemplo) e nutrientes


favorece a ação do DMAE.

A concentração ideal é de 5-10%, podendo ser apresentado sob a forma


de creme, gel. No entanto persiste a dúvida sobre o estado físico a ser usado
nas formulações: DMAE líquido ou DMAE sal.

O efeito "Iifting" do DMAE foi verificado inicialmente como um efeito


colateral de ingestão dos suplementos de DMAE na forma de cápsulas, que
são manipulados utilizando DMAE sal. Isso significa que o DMAE sob a forma
de sal é que o responsável pelo efeito colateral firmador da pele (PERRICONE,
2001).

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2.3.2 USO TÓPICO

o DMAE pode ser usado em todo o rosto, mesmo ao redor dos olhos
nas pálpebras superiores e inferiores. Ele possui efeito "Iifting" que dura de 3-4
horas e um efeito acumulativo pelo uso seqüencial. Deve ser aplicado 1-2
vezes ao dia.

2.3.3 PRODUTOS COMERCIALIZADOS

Atualmente já se podem encontrar cosméticos de várias empresas à


base de DMAE no mercado internacional:
• Reviva Labs (Alpha Lipoic Acid, Vitamin C Éster & DMAE Cream): associa
óleo de soja, ácido alfa lipoíco, palmitato de ascorbila, proteína do trigo,
vitamina E, vitamina A (ergocalciferol), alantoína e DMAE bitartarato em gel
creme com goma xantana.
• Jevelle Internacional (Alpha Lipoic Acid Cream) : associa óleo de soja, óleos
vegetais, ácido alfa lipóico, vitamina C éster, proteina do trigo, vitamina A
(ergocalciferol), gel de Aloe vera , alantoína e DMAE bitartarato em gel-
creme com goma xantana.
• Freelife (Organic Essentials Lifting Cream): Associa o DMAE bitartarato a
vários extratos botânicos, pantenol, emolientes, óleo de jojoba , em base
com goma xantana.
• Dixie Health Inc. (Dermal N Nourish and Hydrate Intensive Botanical
Moisture): Associa o DMAE bitartarato a manteiga de karité, esqualano,
arginina, saponinas, isoflavonas de soja; óleo de prímula, e diversos
extratos vegetais.
• Ultra Aloe Vera (Ultra Aloe Vera Skin Cream): Associa DMAE bitartarato a
uma combinação de diversos extratos vegetais, ácido alfa lipóico,
esqualane, coenzima Q10, hialuronato de sódio, beta glucan , alantóina ,
óleo de rosa mosqueta, palmitato de ascorbila, vitamina A e E.
• Johnson & Johnson (linha RoC Protient Actif Pur): duas formulações à base
de uma combinação de DMAE 3% + tirosina 0,5%.

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Os pesquisadores que desenvolveram e testaram essas formulações


apresentaram vários trabalhos comprovando a eficácia e a segurança dos
produtos durante o 60th Encontro Anual da Academia Americana de
Dermatologia.

• Clinicai Creations (Nicholas Perricone): mais de uma dezena de produtos


que combinam o DMAE com ativos como o ácido alfa lipóico, ácido glicólico,
vitamina C éster, retinol; entre outros.

2.4 FARMACOTÉCNICA

Para a manipulação de fórmulas, mediante prescrição médica, a


Farmácia Magistral tem à sua disposição o DMAE puro em sua fórmula líquida,
os sais em pó bitartarato, acetoamidobenzoato e soluções saturadas de DMAE
glicolato, lactato, mandelato. Embora o mais indicado clinicamente seja a
utilização do DMAE base na sua fórmula liquida, há algumas inconveniências
farmacotécnicas, desde que a farmácia magistral brasileira tende a manipular
um grande número destas formulações por dia. A base líquida apresenta um
forte odor e um elevado valor de pH, o que implica na necessidade de
neutralizá-Ia. O uso dos sais de bitartarato ou acetoamidobenzoato em
preparações de uso tópico não é muito conveniente. Tanto o bitartarato quanto
o acetoamidobenzoato foram desenvolvidos para uso oral. Ambas as
apresentações são pós, com fator de correção elevado, e que muitas vezes
origina um produto final de uso tópico com toque arenoso ou com possível
recristalização do sal. Recomenda-se primeiro neutralizar a base da
formulação com acido cítrico em pó, utilizando-se 1% a menos da
concentração de DMAE requerido na formulação. Incorpora-se então o DMAE
e procede-se ao acerto de pH. Desta maneira, desaparece o odor carcteristico
do DMAE.

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o pH de estabilidade das formulações contendo DMAE/Deanol deve


variar entre 5,0 a 7,0. Deve-se evitar manipulação do DMAE/Deanol em gel de
Carbopol, pois ocorre diminuição da viscosidade do gel. Devido à
incompatibilidade de DMAE/Deanol com carbômeros, as formulações do Gel-
Creme Nanocolloydil e Nikkomulese 41, preparados em Carbopol, também são
instáveis. Já as formulações com creme Nikkomulese 41 preparado com
Natrosol, são estáveis. Podem ser veiculadas em gelou gel-creme constituído
por escleroglucana (Amigel) e/ou goma xantana (Xantami I).

2.4.1 ORIENTAÇÕES FARMACOTÉCNICAS

Em formulações normais sob a formula de cremes, quando se adiciona o


DMAE o pH é elevado para 12, ficando muito acima do pH da pele. Assim
sendo, o pH deve ser diminuído pela adição de um ácido fraco, o ácido cítrico,
por ex. Para tanto, prepara-se a solução neutralizadora contendo 20 9 de ácido
cítrico para cada 100 ml de água deionizada. A quantidade de solução a ser
preparada corresponde a 10% do volume a ser neutralizado, ou seja, 10 ml da
solução para cada 100 ml de produto. A solução neutralizadora deve ser
adicionada à mistura até o pH atingir 6,5 - 7,0.

2.5 SAIS DE DIMETILAMINOETANOL (DMAE)

o DMAE puro é um composto alcalino que deve ser neutralizado para se


transformar em sal. O DMAE na forma líquida é um produto descrito como
"corrosivo" e "perigoso" se ingerido, inalado (forte odor) ou absorvido pela pele,
estando descrito em sua ficha de segurança diversos efeitos nocivos à saúde,
tais como, irritação do trato respiratório por inalação, vermelhidão e
queimaduras graves por contato com a pele, danos aos olhos, incluindo
queimaduras severas e até cegueira. Para utilizá-lo é necessário proceder-se a
uma neutralização prévia, que visa transformá-lo em sal de DMAE.

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2.5.1 DIMETILAMINOETANOL BASE (DEANOL)

• FÓRMULA ESTRUTURAL:

Figura 4. Estrutura química do DMAE base.

• PROPRIEDADES FíSICAS E QUíMICAS (MERCK INDEX, 2001)


Formula molecular: C4 H 11 NO
Peso molecular: 89,137
CAS number: [108-01-0]
Aspecto: líquido viscoso
Odor: característico das aminas (forte odor)
pH (1,0%) : aprox. 10,10
Solubilidade: completamente solúvel em água
Ponto de Ebulição: 132-135°C (273,9 °F)
Temperatura de auto Ignição: 235°C (455°F)
Ponto de congelamento: -58,6°C (74°F)
Viscosidade (100°F): 2,7 CP
Pressão de vapor: 0,59 KPa - 4,4mm Hg
Pressão de vapor: 0,59 KPa - 4,4mm Hg

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Pressão de vapor/20°C: 5,6 hPal 6,12 mbar


Densidade de vapor: 3,03 (Ar=1)
Densidade 20 0 /4°C: 0,886-0,887
Ponto de fulgor: 38-41 °C (104°F)
Temperatura de ignição: 220°C
Água (Karl Fischer): < 0,3%
índice de refração n 20°/0= 1,4290-1,4300)
Doseamento (CG): mino 99,0%
Materiais e substâncias incompatíveis: agentes oxidantes fortes, bases
fortes
Constante de dissociação- pKa: 8,88 ± 0,20

• ARMAZENAMENTO
Em recipientes fechados, protegidos da luz, em local seco e temperatura
abaixo de 25°. Uso externo. Cuidados no armazenamento: Por sua
inflamabilidade, deve ser armazenado em ambiente com boa ventilação e
longe de chamas e faíscas.

Quadro 1. Propriedades físico-químicas dos sais de DMAE

Propriedades DMAE DMAE DMAE DMAE DMAE


físico-químicas bitartarato glicolato lactato mandelato acetoamidobanzoato
Fórmula C4H11NO.C4HsOs C 6 H 1S0 4N C 7 H 17 0 4N C12H19N04 C1 3H20N204
molecular
Peso molecular 239,23 165,19 179,12 241,28 268,31
Fator de correção 2,68 3,0
pH 3,2-3,6 6,0 a 7,0
Ponto de fusão 110-114°C 158-162°C
Solubilidade Solúvel em água Solúvel em Solúvel em Solúvel em Ligeiramente solúvel
água água água em água
Aparência PÓ branco incolor a incolor a incolor a PÓ cristalino branco
cristalino levemente levemente levemente e levemente
amarelado amarelado amarelada amarelado

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2.6 MÉTODOS ANALíTICOS PARA DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA


DO DMAE

Existe pouca literatura indicando métodos analíticos para determinação


do DMAE. Os poucos trabalhos encontrados sugerem técnicas e
procedimentos analíticos complexos e que requerem muito tempo.

MISHANI, e colaboradores em 2002, descreveram uma metodologia


analítica para determinar quantitativa mente o DMAE. A estratégia utilizada foi a
metilação do DMAE com o radiomarcador iodeto de metila, para posterior
formação da colina. Esta é um biomarcador promissor para o diagnostico de
tumores humanos na tomografia de emissão de positrons. Nesta pesquisa os
autores utilizaram três diferentes detectores em cromatografia líquida de alta
eficiência: por índice de refração, UV e condutividade, sendo o ultimo o mais
apropriado para a quantificação do DMAE com o auxilio de uma coluna de
troca iônica.

LESTE R e WHITE, em 1967 desenvolveram um método para


quantificação de etanolamina, monometil etanolamina e dimetil etanolamina ,
derivados de lipídeos por cromatografia em fase gasosa. O procedimento
analítico consistiu de hidrolise ácida dos lipídeos, posterior neutralização e
extração com t-butanol, o detector utilizado foi por ionização em chama.

HONEGGER e HONEGGER em 1959 descreveram um método analítico


para determinação do DMAE em extratos de tecido animal. Os pesquisadores
partiram do principio que o DMAE é um precursor da acetilcolina cerebral. A
técnica empregada foi cromatografia em fase gasosa, após extração previa do
analito da amostra.

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2.7 ELETROFORESE CAPILAR

A eletroforese capilar (CE, do inglês Capillary Electrophoresis) é uma


técnica instrumental onde ocorre a separação de moléculas eletricamente
carregadas, em meio líquido, quando submetidas à ação de um campo elétrico.
A separação ocorre com base nas diferenças entre as mobilidades
eletroforéticas, as quais estão relacionadas com a razão carga-massa e fatores
estruturais (CAMILLERI, 1998).

No início da década de 30, Tiselius conseguiu a separação parcial de


algumas proteínas constituintes do soro sanguíneo usando o método de
eletroforese por fronteira móvel, no qual uma quantidade de amostra é
colocada em um tubo, preenchido com solução tampão, e com a aplicação de
um campo elétrico, os componentes da amostra migram com a velocidade
característica dependente da mobilidade eletroforética de cada componente
(TAVARES, 1996).

A maior limitação para estas separações eletroforéticas era a dissipação


do calor gerado pela passagem de corrente através do meio condutor,
chamado de efeito Joule. A falta de habilidade de dissipar este calor causa a
formação de fluxos convectivos, os quais produzem uma dispersão de zona
(TAVARES, 1996).

Para equilibrar os distúrbios causados pelo efeito Joule, na década de


60 e 70 foram realizadas pesquisas empregando-se tubos de pequeno
diâmetro interno (200-500 IJm), concluindo-se que o uso destes tubos favorecia
a dissipação do calor, eliminando assim a formação de fluxos convectivos
(CAMILLERI,1998).

No começo da década de 80, Jorgenson e Lukacs demonstraram que o


uso de tubos com diâmetros ainda menores « 100 IJm) produzia alta eficiência
nas separações eletroforéticas (JORGENSON e LUKACS. 1981 ; 1983). Por
apresentarem pequeno diâmetro interno, estes tubos são denominados de
capilares. Desde então, a eletroforese capilar tem conquistado grande atenção
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Revisão da literatura 18

no campo científico, como uma técnica alternativa para a separação e análise


de compostos iônicos ou ionizáveis ou espécies neutras de interesse industrial,
ambiental, clínico e farmacêutico (ALTRIA et aI., 2003; ALTRIA e ELDER,
2004).

o interesse crescente pela CE nos últimos anos fez com que esta
técnica se tornasse um método analítico bem estabelecido. A aceitação da
eletroforese capilar como método analítico tem sido confirmada por vários
órgãos governamentais, como por exemplo, a IUPAC (International Union for
Pure and Applied Chemistry) que estabeleceu definições para terminologia em
CE (RIEKKOLA e JONSSON, 2001); a Farmacopéia Americana possui
métodos detalhados de CE (USP, 2003) e ainda métodos de rotina têm sido
submetidos a órgãos regulatórios como o FDA (Food and Drug Administration).

2.7.1 INSTRUMENTAÇÃO

o desenvolvimento de instrumentos comerciais dotados de sistemas


automáticos de injeção de amostra, detecção e aquisição de dados, tem
tornado a CE uma técnica atraente para a utilização em análise de rotina. Os
componentes principais de um aparelho de CE são apresentados na Figura 5.

O sistema consiste de uma fonte de alta tensão, capilares, geralmente


de sílica fundida com diâmetro interno de 15-100 IJm e comprimento de 50-100
cm, eletrodos, geralmente de platina, um sistema de introdução da amostra
com amostrador automático e detector apropriado conectado a um computador.
Este computador dispõe de "software" para controle do equipamento, aquisição
de dados e além disso, registra e integra os eletroferogramas

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Revisão da literatura 20

Neste trabalho foi empregado o modo de eletroforese capilar em solução


livre, a qual é apresentada com maior detalhe a seguir.

2.7.2.1 ELETROFORESE CAPILAR EM SOLUÇÃO LIVRE (FSCE)

É um dos modos de separação eletroforética mais usados na prática . A


FSCE é uma técnica útil para separação de uma grande variedade de solutos,
incluindo íons inorgânicos, compostos orgânicos de baixa massa molecular e
biomoléculas (ISSAQ, 2000; ISSAQ, 2002; KUHR, 1998; TAVARES, 1997).

Nesta técnica, uma diferença de potencial é aplicado sobre um tubo


capilar oco contendo um eletrólito geralmente com característica tamponante.
O capilar pode ser de teflon, vidro ou sílica fundida. Porém, o mais utilizado é o
de sílica fundida por ser transparente na região UV/visível e dissipar
eficientemente o aquecimento gerado pelo efeito Joule.

As separações eletroforéticas neste modo são baseadas nos


movimentos dos íons sob ação de um campo elétrico aplicado. Este movimento
está diretamente relacionado com a mobilidade eletroforética dos íons (KUHR,
1998).

Desde a implementação da técnica de eletroforese capilar o


desenvolvimento de novos sistemas de detecção tem sido uma área de grande
interesse. (DA SILVA, J.A.F., DO LAGO, C.L, 1998). Alguns dos critérios
utilizados na escolha de um detector incluem: sensibilidade, seletividade, limite
de detecção, ruído e faixa de resposta linear. Os detectores podem ser
classificados em dois tipos: seletivos e universais. Os detectores seletivos
medem uma propriedade especifica do analito. Portanto, a análise e limitada às
espécies que possuem uma determinada propriedade. O uso desse tipo de
detecção e vantajoso quando a matriz da amostra é complexa ou quando se
deseja minimizar efeitos de · background. Pertencem a esta classe, os
detectores amperometricos, radiometricos, os espectrômetros de massa e
aqueles baseados em absorção UVNis, fluorescência ou espalhamento raman .
Desenvolv imento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
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Revisão da literatura 21

Os detectores universais respondem a diferenças entre uma propriedade


do analito e do eletrólito de corrida e, em geral, seu uso e vantajoso quando se
tem completa separação de todas as espécies da amostra . Como exemplos,
podem ser citados os detectores condutométricos , de índice de refração e os
detectores empregando métodos indiretos.

A detecção condutométrica ganhou destaque com a cromatografia de


íons e desde sua introdução como método de detecção em eletroforese capilar,
demonstrou grande potencial na analise de íons. Esse tipo de detecção pode
ser considerado como uma boa alternativa aos métodos fotométricos,
principalmente em regiões de baixas concentrações, nas quais um dos
problemas dos métodos indiretos na faixa do UVNis e a baixa sensibilidade.
No entanto, a interferência do alto potencial de separação na detecção
condutométrica consiste em um obstáculo para a técnica . Assim (DA SILVA,
J.A.F., DO LAGO, C.L, 1998; ZEMANN, A.J, 1998) desenvolveram, quase que
simultaneamente e de forma independente, um sistema com um par de
eletrodos posicionados no exterior de capilar, resultando em um novo método
de detecção: a detecção condutométrica sem contato. Nesse tipo de detecção,
um sinal alternado de alta freqüência é aplicado através de dois eletrodos.
Como a reatância capacitiva diminui com o aumento da freqüência, a
impedância do capilar se reduz, e um sinal significativo de variação pode ser
observado entre os eletrodos sem contato com a solução (2002). Esse arranjo
possui como vantagens a eliminação de problemas com contaminação do
eletrodo e da interferência do campo elétrico de separação.

Por se tratar de um sistema de detecção universal, responde a variações


de condutividade entre o analito e o eletrólito de corrida, sendo que, para
eletrólitos fortes, quanto maior a diferença de mobilidade entre o analito e o co-
íon do eletrólito, maior a sensibilidade, assim como quanto maior for a
mobilidade do contra-íon.

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Revisão da literatura 22

A detecção condutométrica sem contato possui a vantagem da


simplicidade de instrumentação frente aos sistemas ópticos, que possuem alto
custo e maior dificuldade de manutenção.

2.8 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR (RMN)

A espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) é


basicamente outra forma de espectroscopia de absorção, semelhante à
espectroscopia de infravermelho ou de ultravioleta. Sob condições apropriadas
em um campo magnético, uma amostra pode absorver radiação
eletromagnética na região de radiofreqüência (rf) em uma freqüência
governada pelas características estruturais da amostra . A absorção é função
de determinados núcleos da molécula. Um espectro de RMN é um registro
gráfico das freqüências dos picos de absorção contra suas intensidades.
(SILVERSTEIN, R.M., 2000).

Na presente pesquisa foi empregada a espectroscopia de ressonância


magnética nuclear do hidrogênio (RMN- 1H) o qual é apresentada em maior
detalhe.

2.8.1 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR DO HIDROGÊNIO

Todos os núcleos possuem carga. Em alguns casos a carga gira em


torno do eixo nuclear gerando um dipolo magnético ao longo do eixo. O
momento angular da carga em movimento pode ser descrito em termos do
"número de spin" /, que pode assumir os valores de O, ~, 1, 3/2 etc. (/=0
corresponde a um núcleo que gira em torno de seu eixo).

A magnitude do dipolo gerado é expressa em termos do momento


magnético nuclear, jJ.

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o número de spin / pode ser determinado a partir da massa atômica e


do número atômico.

Tabela 1. Determinação do numero spin.

Massa atômica Número atômico Exemplo


Meio inteiro Impar Par ou impar HeI)"
11 2 , 178 Oe/)·
2,
157NC 21
Inteiro Par Impar 21H(1); °5B(3);
147N(1)
Zero Par Par 126C(0); 168 0(0);
1416S(0)

Vários núcleos possuem um número de spin, /, de % C1H; 31H;


157N,136C , 199F, 3115P) e, portanto, uma distribuição de cargas esféricas e
uniforme. Dentre estes, os mais amplamente utilizados na espectrometria de
RMN são 1H e 13C. Os núcleos com o número de spin , /, 1 ou maior do que 1
possuem uma distribuição de carga não esférica. Esta assimetria é descrita por
um momento elétrico de quadrupolo, o qual afeta o tempo de relaxamento e,
consequentemente acoplamento com núcleos vizinhos . Em termos
quantomecânicos, o número de spin / determina o número de orientações
diferentes que um núcleo pode assumir quando colocado em um campo
magnético uniforme, de acordo com a fórmula 2/ + 1. Neste trabalho estamos
interessados no hidrogênio, cujo número de spin / é % com duas orientações
possíveis em relação a um campo magnético externo uniforme e um pequeno
excesso de população na orientação de menor energia.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivan i A. S. de Andrade Batista - Defesa de mestrado, FCF/USP 2008
Revisão da literatura 24

2.8.2 VALIDAÇÃO DE MÉTODOS POR RESSONÂNCIA MAGNETICA


NUCLEAR DO HIDROGÊNIO

A espectroscopia de ressonância magnética nuclear é uma das mais


importantes e generalizadas técnicas analíticas tanto na industria quanto nos
centros acadêmicos de pesquisa. Esta técnica permite em principio
determinações quantitativas relativas a grupos moleculares, oferecendo uma
ferramenta útil na quantificação de misturas de substâncias. As primeiras
determinações quantitativas foram na década dos anos sessenta (1963)
(MALZ, E., JANCKE, H., 2005). Seu crescente uso na validação de métodos
analíticos recai nas seguintes vantagens: a possibilidade de determinações a
nível molecular, não necessita de calibrações extensivas, curtos períodos de
tempo de analise, não possui caráter destrutivo, não é necessária uma previa
isolação do analito e simultânea determinação de analitos em uma mistura
complexa (MALZ, E., JANCKE, H., 2005).

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabi lidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
Ivani A. S. de Andrade Batista - Defesa de mestrado, FCFIUSP 2008
SOAI.13r80
Objetivos 25

.../B IBL I OTECA


Facu!dade de Ciénci3s Farmacêuticas
-. Universi;!.3de cz S~ O Pau lo
3 OBJETIVOS

Objetivo geral:

Desenvolver e validar metodologias analíticas para determinação quantitativa


de dimetilaminoetanol (DMAE) e submeter os produtos cosméticos a estudos
de estabilidade acelerados, bem como desenvolver e aplicar testes de
identificação e caracterização para matéria-prima.

Desta maneira os objetivos específicos foram :

• Caracterizar o DMAE, matéria-prima, utilizando técnicas espectrométricas,


cromatográficas, físico-químicas e termoanaliticas.

• Desenvolver e validar método analítico para a determinação quantitativa de


DMAE em produtos cosméticos.

• Avaliar a estabilidade química e física dos produtos cosméticos contendo


DMAE mediante estudos acelerados de estabilidade.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Bati sta - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
ttSlnOS3d
tta 01.N3wttr3Ntt1d
Planejamento 26

4 PLANEJAMENTO DA PESQUISA

I Revisão Bibliográfica I
Escolha dos padrões e
.. Elaboração do projeto
produtos cosméticos de pesquisa

Caracterização das matérias-pr mas e substâncias químicas de


refer !ncia

Pontos de fusão Espectrometria Análise térmica


Ultravioleta, Infravermelho e RMN DSC e TG/DTG

Preparação dos produtos cosméticos

Desenvolvimento e validação do método analítico


Eletroforese Capilar e RMN

Estudo de estabilidade acelerada

Elaboração final da dissertação


-

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


soa013W,I

3 SItlIH31 tlW
Material e Métodos 27

5 MATERIAL E MÉTODOS

5.1 MATERIAIS

5.1.1 Solventes, soluções e reagentes

• Metanol grau analítico (99,8%), marca Merck® (Darmstadt, Alemanha), lote


J1060091000
• Acetonitrila grau cromatográfico (99,9%), marca Merck® (Darmstadt,
Alemanha), lote JA003130
• Água deuterada marca Merck® (Darmstadt, Alemanha), lote 88159174L
• Dimetilsulfóxido marca Merck® (Darmstadt, Alemanha), lote 145UL74
• Água MilliQ Plus®
• Fosfato de sódio monobásico (98,8%) marca Merck® (Darmstadt,
Alemanha), lote J420451
• Fosfato de sódio dibásico (99,5%) marca Merck® (Darmstadt, Alemanha),
lote J440875
• Ácido fórmico anidro (99,0%) marca Merck® (Darmstadt, Alemanha) , lote
816247P
• Solução de ácido perclorico 0,1 N marca Merck® (Darmstadt, Alemanha) ,
lote VG87452
• Cloridrato de trietilamina marca Merck® (Darmstadt, Alemanha), lote
952JK456
• Carbonato de rubídio (99,8%), marca Merck® (Darmstadt, Alemanha), lote
IAS74521
• Tampão MES/histidina 20/20 mM, pH 6,0

Desenvolvimento de método de aná lise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
lvani A. S. de Andrade Batista - Dissertaçào de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 28

5.1.2 Substâncias empregadas como substâncias químicas de referência

5.1.2.1 Substâncias de referência


• Dimetilaminoetanol base padrão 99,5% (Sigma-Aldrich®)
• Dimetilaminoetanol bitartarato padrão 99,0% (Sigma-Aldrich®)
• Ácido maléico 99,0% (Sigma-Aldrich®)
• Ácido glicólico 99,0% (Sigma-Aldrich®)
• Ácido tartárico 99,0%(Sigma-Aldrich®)
• Ácido láctico 99,0% (Sigma-Aldrich®)
• Ácido mandélico 98,0% (Sigma-Aldrich®)
• Ácido benzóico 98,0% (Sigma-Aldrich®)

5.1.2.2 Matérias-primas farmacêuticas


• Dimetilaminoetanol base 99,5% (Vital Química)
• Dimetilaminoetanol acetoamidobenzoato 99,8% (Cosmotec)
• Dimetilaminoetanol bitartarato 99,5% (Galena)
• Dimetilaminoetanol glicolato 70% ,contendo 39,24% de DMAE
(Embrafarma)
• Dimetilaminoetanol lactato 80%, contendo39,15% de DMAE
(Embrafarma)
• Dimetilaminoetanol mandelato 90%, contendo 32,15% de
DMAE (Embrafarma)

Desenvol vi mento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/US P 2008
Material e Métodos 29

5.1.3 Amostras

5.1.3.1 Placebos

• Creme base não-iônico

Fase oleosa
Substância % p/p Função
Cera auto-emulsificante não- 12,0 Agente de consistência
iônica
Manteiga de karité (Shea Butter) 1,0 Hidratante, regenerativo,
cicatrizante
Metildibromo glutaronitrila: 0,5 Conservante
fenoxietanol
EDTA tetrassódico 0,15 Quelante
Silicone volátil (ciclometicone) 3,0 Emoliente

Fase aquosa
Substância % p/p Função
Acetamida MEA 3,0 Umectante
Agua desmineralizada qsp Veículo
100
- - - - - -- - -- - - - - -

• Gel base aniônico

Fase 1
Substância % p/p Função
Propilenoglicol 2,0 Umectante
Dimeticone copoliol 0,5 Emoliente
Metildibromo glutaronitrila: 0,5 Conservante
fenoxietanol
Agua desmineralizada qsp Veículo
100

Desenvol vimento de método de aná lise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 30

Fase 2
Substância % p/p Função
Co-Polímero do ácido sulfônico 3,0 Gelificante
acriloildimetiltaurato e
vinilpirrolidona neutralizado
- - -- -- - - -

• Gel-creme base

Fase 1 oleosa
Substância % p/p Função
Cera auto-emulsificante não- 12,0 Agente de consistência
iônica
Manteiga de karité (Shea Butter) 1,0 Hidratante, regenerativo,
cicatrizante
Metildibromo glutaronitrila: 0,5 Conservante
fenoxietanol
EDTA tetrassódico 0,15 Qquelante
Silicone volátil (ciclometicone) 3,0 Emoliente

Fase 2 aquosa
Substância % p/p Função
Acetamida MEA 3,0 Umectante
Agua desmineralizada Qsp Veículo
100

Fase 3
Substância % p/p Função
Copolímero do ácido sulfônico 3,0 Gelificante
acriloildimetiltaurato e
vinilpirrolidona neutralizado

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Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertaçâo de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 31

5.1.3.2 Amostras manipuladas

• Amostra A (creme DMAE acetoamidobenzoato)


DMAE Acetoamidobenzoato 10,0%
Creme base q.S.p. 100,0%
Obs: 10% de DMAE acetoamidobenzoato corresponde a 3,32% de
DMAE base

• Amostra B (creme DMAE bitartarato)


DMAE Bitartarato 10,0%
Creme base q.S.p. 100,0%
Obs: 10% de DMAE bitartarato corresponde a 3,72% de DMAE base

• Amostra C (creme DMAE base)


DMAE base 3,0%
Creme base q.S.p. 100,0%

• Amostra D (gel DMAE acetoamidobenzoato)


DMAE Acetoamidobenzoato 10,0%
Gel base q.S.p. 100,0%
Obs: 10% de DMAE acetoamidobenzoato corresponde a 3,32% de
DMAE base

• Amostra E (gel DMAE bitartarato)


DMAE Bitartarato 10,0%
Gel base q.S.p. 100,0%
Obs: 10% de DMAE bitartarato corresponde a 3,72% de DMAE base

• Amostra F (gel DMAE base)


DMAE base 3,0%
Gel base q.S.p. 100,0%

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Material e Métodos 32

• Amostra G (gel-creme DMAE acetoamidobenzoato)


DMAE Acetoamidobenzoato 10,0%
Gel-creme base q.s.p. 100,0%
Obs: 10% de DMAE acetoamidobenzoato corresponde a 3,32% de
DMAE base

• Amostra H (gel-creme DMAE bitartarato)


DMAE Bitartarato 10,0%
Gel-creme base q.s.p. 100,0%
Obs: 10% de DMAE bitartarato corresponde a 3,72% de DMAE base

• Amostra I (gel-creme DMAE base)


DMAE base 3,0%
Gel-creme base q.s.p. 100,0%

5.1.4 Preparação das amostras manipuladas

5.1.4.1 Preparação dos placebos

• Creme base
Foram pesados e homogeneizados os componentes da fase oleosa e
aquecidos até 70-75°C. Foram pesados e homogeneizados os componentes da
fase aquosa e aquecidos até 70-75°C. Foi adicionada a fase aquosa sobre a
fase oleosa sob agitação constante durante 10 min o a 70-75°C e deixou-se
esfriar.

• Gel base
Foram pesados e homogeneizados os componentes da fase 1. A fase 2 foi
adicionada diretamente sobre a fase 1, sob agitação moderada até obtenção
de um gel cristalino de alta consistência . Não foi necessário neutralizar.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 33

• Gel-creme base
Foram pesados e homogeneizados os componentes da fase oleosa e
aquecidos até 70-75°C. Foram pesados e homogeneizados os componentes da
fase aquosa e aquecidos até 70-75°C. Foi adicionada a fase aquosa sobre a
fase oleosa sob agitação constante durante 10 min a 70-75°C e incorporou-se
a fase 3 até homogeneização.

5.1.4.2 Preparação das amostras contendo DMAE

• Creme
Para o DMAE acetoamidobenzoato e DMAE bitartarato, após a preparação do
creme base, incorporaram-se os sais de DMAE previamente solubilizados em
água desmineralizada aquecendo-se a 40°C.

Para o DMAE base, após a preparação do creme base, incorporou-se este


composto previamente neutralizado com ácido cítrico e água destilada até
completar 50 mL.

• Geis

Para o DMAE acetoamidobenzoato e DMAE bitartarato, após a preparação do


gel base, incorporaram-se os sais previamente solubilizados em água
desmineralizada.

Para o DMAE base, após a preparação do gel base, incorporou-se o composto


previamente neutralizado com ácido cítrico e água destilada até completar 50
mL.

Desenvolvimento de método de análi se e estudo de estabilidade de produtos cosméti cos contendo dimetil ami noetanol
Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCFIUSP 2008
Material e Métodos 34

• Géis-creme
Para o DMAE acetoamidobenzoato e DMAE bitartarato, após a preparação do
gel-creme base, incorporaram-se os compostos previamente solubilizados em
água desmineralizada.

Para o DMAE base, após a preparação do gel-creme base, incorporou-se o


composto previamente neutralizado com ácido cítrico e água destilada até
completar 50 mL.

5.1.5 Equipamentos

• Cromatógrafo a líquido marca Shimadzu® SPD-10AV VP com detector PDA


("photo diode array detector"), sistema controlador SLC-10A VP, injeção
automática e sistema desgaseificador DGU-14A. Integração controlada por
software Class VP v5.91 Shimadzu®.
• Espectrofotômetro marca Shimadzu®, modelo UV-1601, munido de cubetas
de quartzo de 1 cm de caminho óptico. Sinal controlado por software UVPC
v3.91 Personal Spectroscopy Shimadzu®.
• NMR; Bruker DPX-300, 300 MHz High Performance Digital FT NMR.
• Espectrofotômetro Infravermelho Bomem®, modelo Michelson.
• Viscosímetro Visco Star (R), com adaptador para avaliação de amostras de
massa reduzida e agulhas TR 10 e TR 11, Fungilab®.
• Refrigerador (Ecoplus 370) Bosch®.
• Estufa 002CB Fanen®.
• Câmara de radiação de luz branca modelo 02 Fanen .
• Termobalança marca Shimadzu® modelo TGA 50.
• Célula marca Shimadzu® modelo DSC 50.
• Aparelho para determinação de ponto de fusão marca Stuart Scientific®,
modelo SMP1.
• Estufa para dessecação marca Fanem®, modelo 315 SE.
• Aparelho de ultra-som, marca Thornton®, modelo T-14.
• Balança analítica marca Mettler Toledo®, modelo AS 204 .

Desenvolvi mento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilamin oetanol
lvani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 35

• Aparelho de purificação de água MilliQ-plus, marca Millipore® para obtenção


de água.
• Coluna cromatográfica Gemini® 11 OA RP-18, Phenomenex® 250 mm x 4,6
mm, partícula de 5 j.Jm.
• Pré-coluna Gemini® RP-18, Phenomenex® 4 mm x 3,0 mm
Aparelho de eletroforese construído em laboratório. Consta na tese de
doutorado de Jose Alberto Fracasi (DA SILVA, J.A.F ., DO LAGO, C.L. An
oscillometric detector for capillary electrophoresis. Anal. Chem . Washington.
v.70, n.20, p.4339-4343, 1998).

5.2 MÉTODOS

5.2.1 Caracterização da matéria-prima

5.2.1.1 Identificação

5.2.1.1.1 Espectroscopia de absorção no infravermelho

Os espectros de absorção na reglao no infravermelho das matéria-


primas do DMAE bitartarato e DMAE acetoamidobenzoato foram realizados
mediante o preparo de uma dispersão em brometo de potássio, segundo a
Farmacopéia Americana (UNITED States Pharmacopeia, 2006). O espectro
obtido foi comparado ao espectro da substância de referência obtido da mesma
maneira.

Os espectros de absorção no infravermelho dos DMAE em solução


(base 99,5%; glicolato 70%; lactato 80%; mandelato 90%) foram analisados
mediante o preparo de filme aquoso.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertaçào de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 36

5.2.1.1.2 Espectrofotometria de absorção no ultravioleta

Foram preparadas soluções de 50,0 IJg/mL em água destilada e


analisadas no UV em uma faixa de varredura entre 200 e 300 nm. O perfil
espectrofotométrico foi realizado para caracterização de cada substancia.

5.2.1.2 Ensaios físicos

5.2.1.2.1 Faixa de fusão

Prencheu-se um tubo capilar de vidro com uma das extremidades


seladas até cerca de 3,0 mm de altura. Colocou-se o tubo capilar no aparelho
para a determinação do ponto de fusão e começou-se o aquecimento a uma
temperatura de 5°C/min, quando a temperatura atingiu 10°C abaixo do inicio da
fusão, reduziu-se a velocidade de aquecimento a cerca de 1°C/min.
(FARMACOPÉIA Brasileira, 1996).

5.2.1.3 Ensaios de pureza

5.2.1.3.1 Perda por dessecação

Foi determinada com cerca de 1,0 g de cada matéria-prima exatamente


pesada . Tarou-se uma cápsula de porcelana previamente dessecada durante
30 min nas mesmas condições a serem empregadas na determinação.
Colocou-se a amostra na cápsula de porcelana, e pesou-se exatamente seu
conteúdo juntamente com a tampa. Colocou-se a cápsula de porcelana
carregada na estufa removendo a tampa, mas deixando-a também na estufa,
mantendo-se a amostra à temperatura de 105°C por 2 horas. Ao abrir a estufa,
fechou-se a cápsula de porcelana imediatamente e deixou-se atingir a
temperatura ambiente em dessecador antes da pesagem (FARMACOPÉIA
Brasileira, 1996).

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 37

5.2.1.3.2 Doseamento

Foram pesados exatamente cerca de 0,20 g de DMAE e de seus


respectivos sais em um bequer de 50 mL. Adicionou-se 3 mL de ácido fórmico
anidro e 20 mL de ácido acético anidro. Procedeu-se à titulação
potenciometrica em meio não aquoso com ácido perclórico 0,1 N.

5.2.1.4 Análise térmica

5.2.1.4.1 Calorimetria exploratória diferencial (DSC)

Foram pesados aproximadamente 2,0 mg de cada principio ativo em


uma cápsula de alumínio parcialmente fechada. As curvas DSC foram obtidas
no intervalo de temperatura de 25 a 500°C, sob atmosfera dinâmica de
nitrogênio (100 mLlmin) e razão de aquecimento de 10°C/min.

5.2.1.4.2 Termogravimetria I Termogravimetria derivada (TG I DTG)

Foram pesados aproximadamente 5,0 mg de cada principio ativo em


cadinho de platina. As curvas TG/DTG foram obtidas no intervalo de
temperatura de 25 a 600°C sob atmosfera dinâmica de nitrogênio. As razões de
aquecimento foram de 13 =10°C/min.

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Material e Métodos 38

5.2.1.5 Cromatografia líquida de alta eficiência

Foram testados dois sistemas para todas as matérias-primas e padrões.


Todos os princípios ativos foram dissolvidos na fase móvel e as condições
analíticas estão descritas no quadro a seguir.

Quadro 2. Sistemas cromatográficos avaliados

Sistema Coluna Fase Vazão Temp. Detecção Vol.


móvel Injeção
1 Coluna Gemini® RP- Tampão 1 23°C UV210 20 IJL
18 Phenomenex® fosfato 10
mLlmin nm
(250 mm x 4,6 mm, mM pH 7,4
51-1 m ) Aceton itri la
(98:2 v/v)
2 Coluna Gemini® RP- Tampão 1 23°C UV 210 e 20 IJL
18 Phenomenex® fosfato 10
mLlmin 260 nm
(150 mm x 4,6 mm, mM pH 7,4
51-1m) Acetonitrila
(98:2 v/v)
-

5.2.1.6 Ressonância magnética nuclear 1H

5.2.1.6.1 Condições analíticas

o próton foi medido com uma freqüência de 300 MHz com um inversor
"probe" multinuclear de 5 mm. O sinal aquisição foi de 2,6 seg e relaxamento
de 10,0 seg o Como sinal de referência, usou-se o ácido maléico a 6,28 ppm.
Este sinal não interfere com quaisquer sinais selecionados para quantificar o
DMAE e representa a base para a alta seletividade das análises. Os teores de
DMAE tanto em matérias-primas como em formulações cosméticas foram
calculados utilizando a seguinte equação:

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


lvani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 39

W DMAE = Wac. maleico X E DMAE ADMAE


E ac. maleico X A ac. maleico

Onde,
AOMAE = valor integral do 2CH 3 do DMAE absorvido a 2,90 ppm
A. ac. maléico = valor integral dos prótons olefinicos absorvidos a 6,28 ppm
EOMAE = peso molecular do DMAE dividido pelo numero de prótons
absorvidos na região de 2,90 ppm (2CH 3) (89.16/6 =14.86)
Eac. maléico = peso molecular dividido por 2CH olefinicos (116.07/2 =58.04)
W ac. maléico = massa do ácido maléico
W DMAE = massa do DMAE

5.2.1.6.2 Validação do método por espectroscopia do 1H

5.2.1.6.2.1 Seletividade

A seletividade foi avaliada através da análise de placebos. Foi pesado


do gel base exatamente cerca de 1,00 g em um tubo de ensaio (triplícata). Nos
mesmos tubos de ensaio, foram adicionados exatamente cerca de 20,0 mg de
ácido maléico (padrão interno). Após adição de ácido maléico, foi adicionado a
cada tubo de ensaio 0,5 mL de água deuterada misturando até total dissolução.
Retirou-se uma alíquota que foi transferida para um tubo analítico.
Determinaram-se os espectros 1H e avaliaram-se os sinais nas regiões
próximas de 2,90 ppm.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


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Material e Métodos 40

5.2.1.6.2.2 Linearidade

Para a curva analítica, foram pesados com precisão 10,0, 15,0, 20,0,
25,0 e 30,0 mg de cada sal de DMAE e foram transferidos para cinco diferentes
tubos de ensaio (triplicata). Para cada tubo de ensaio contendo os sais de
DMAE foram acrescentados cerca de 20,0 mg de ácido maléico. Foram
adicionados 0,5 mL de água deuterada (DMAE base e DMAE bitartarato) e 0,5
mL de DMSO - d6 para DMAE acetoamidobenzoato. Uma alíquota desta
solução foi transferida para um tubo analítico. Determinaram-se os espectros
1H e os resultados obtidos foram tratados estatisticamente para avaliar a
resposta instrumental e a relação massa dos sais de DMAE / ácido maléico.

5.2.1.6.2.3 Precisão

A precisão do método foi avaliada pela repetibilidade (precisão intra-dia),


que foi determinada analisando todas as amostras (géis de produto acabado e
matéria-prima), na mesma concentração e no mesmo dia. Preparações de
cada uma foram realizadas e medidas. Foram pesados exatamente cerca de
10,0 mg de cada matéria-prima em nove diferentes tubos de ensaio. Para as
amostras D, E e F, foram pesados exatamente cerca de 1,00 9 (nove vezes
para cada uma). Nas pesagens anteriores foram adicionados 20,0 mg de ácido
maléico, 0,5 mL de água deuterada com exceção das amostras que contem
DMAE acetoamidobenzoato, nas quais foram adicionados 0,5 mL de DMSO-
d6. Uma alíquota desta solução foi transferida para um tubo analítico.

5.2.1.6.2.4 Exatidão

A exatidão foi determinada pelo teste de recuperação. Massas


conhecidas dos sais de DMAE foram adicionadas às amostras D, E e F e
analisadas em triplicata . Foram pesados exatamente cerca de 0,500 9 de cada
amostra e transferidas para tubos de ensaio. Para cada amostra foram
Desenvol"imento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
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Material e Métodos 41

adicionadas massas crescentes dos seus respectivos sais de DMAE, sendo


10,0, 15,0 e 20,0 mg (triplicata). A cada tubo foram adicionados 0,5 mL de água
deuterada com exceção das amostras que contem DMAE
acetoamidobenzoato, nas quais foram adicionados 0,5 mL de DMSO-d6. Uma
alíquota desta solução foi transferida para um tubo analítico.

5.2.1.6.2.5 Limite de detecção (LO) e limite de quantificação (LQ)

o limite de detecção e limite de quantificação, foram determinados com


base nas curvas analíticas. Foram pesados com precisão 10,0, 15,0,20,0,25,0
e 30,0 mg de cada sal de DMAE que foram transferidos para cinco diferentes
tubos de ensaio (triplicata). Para cada um destes tubos de ensaio foram
adicionados cerca de 20,0 mg de ácido maléico. Foram, em seguida
adicionados 0,5 mL de água deuterada (DMAE base e DMAE bitartarato) e 0,5
mL de DMSO-d6 para DMAE acetoamidobenzoato. Uma alíquota das solução
foi transferida para tubos analíticos. Os cálculos de LD e LQ foram
determinados empregando-se as seguintes equações:

LD = OP x 3,3
b

LQ = OP x 10
b

Onde:
DP = desvio padrão da curva analítica
b = inclinação da curva analítica

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


lvani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 4

5.2.1.7 Eletroforese capilar

Figura 6. Equipamento de eletroforese capilar (DA SILVA, J.A.F. , DO LAGO


C.L. An oscillometric detector for capillary electrophoresis . Anal. Chem
Washington . v.70, n.20, p.4339-4343, 1998).

Desenvo lvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoeta nol
Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 43

5.2.1.7.1 Desenvolvimento do método eletroforético

Detector condutimetrico sem contato.


Modo de detecção direta com fluxo normal.
Potencial aplicado: +25 Kv.
Tempo de injeção: 30 segundos.
Tipo de injeção: hidrodinâmica (100 mm de coluna de água).
Capilar de sílica fundida 50 cm até o detector, total igual a 57 cm; 75 j..Im de
diâmetro interno.
Eletrolito: MES/histidina 20 mM.
Temperatura: 27,8 oCo
Padrão interno: trietilamina 50 mM .

5.2.1.7.1.2 Procedimento

Foram pesados exatamente cerca de 10,0 mg de DMAE base, DMAE


bitartarato e DMAE acetoamidobenzoato e transferidos para três diferentes
balões volumétricos de 100 mL. Os volumes foram completados com água
MiIIi-Q® (concentração das soluções: 100,0 j..Ig/mL). As soluções foram
sonicadas durante 10 min antes de serem injetadas no sistema eletroforético,
empregando trietilamina como padrão interno.

Após homogeneização das soluções preparadas e estabilização do


equipamento, realizou-se uma curva analítica no intervalo de concentração
50,0 até 150,0 j..Ig/mL de DMAE.

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Material e Métodos 44

5.2.1.7.2 Validação do método eletroforético

Detector condutimétrico sem contato.


Modo de detecção direta com fluxo normal.
Potencial aplicado: +20 Kv.
Tempo de injeção: 10 segundos.
Tipo de injeção: hidrodinâmica (100 mm de coluna de água).
Capilar de sílica fundida 50 cm até o detector, total igual a 60 cm; 75 !-Im
de diâmetro interno, 360 !-Im de diâmetro externo (J&W Scientific,
Folson, USA).
Eletrolito: MES/histidina 20/20 m moi L- 1 pH 6,0
Temperatura: 27 oCo

5.2.1.7.2.1 Preparação do padrão interno

Foi pesado exatamente cerca de 8,05 mg de carbonato de rubídio e


transferidos para balão volumétrico de 100 mL. O volume foi completado com
água água Milli-Q®. A solução foi armazenado sob refrigeração até analise.

5.2.1.7.2.2 Acondicionamento do equipamento

Os experimentos foram realizados utilizando-se um equipamento de


eletroforese capilar construído no laboratório do Departamento de Química
Fundamental da Universidade de São Paulo, onde o trabalho foi desenvolvido
Figura 6. Este equipamento contem detecção condutimétrica sem contato.
Todas as analises foram realizadas com detector operando em 500 KHz e 2
Vpp. A temperatura do interior do equipamento foi mantida em
aproximadamente 27°C.

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Material e Métodos 45

5.2.1.7.2.3 Acondicionamento do capilar

Um capilar de sílica fundida de 75 j..Im de diâmetro interno e 360 j..Im de


diâmetro externo J&W Scientific, Folson, USA) foi condicionado antes de cada
ciclo de analise com fluxo constante de solução NaOH 0,1 m moi L-1 por 15
min, seguido por água Milli-O® e eletrólito de corrido também durante 15 mino
Finalmente foi aplicado campo elétrico até estabilização da linha de base.

5.2.1.7.2.4 Seletividade

Realizou-se analisando soluções preparadas a partir dos placebos de


cada formulação (gel, creme e gel-creme), obtendo-se concentração
equivalente a 6,0 j..Ig/mL de DMAE. Foi pesado dos placebos o equivalente a
20,0 mg dos princípios ativos em um becker com capacidade de 10 mL, em
seguida foram transferidos para balão volumétrico de 100 mL. O volume foi
completado com água Milli-O® e a solução sonicada durante 20 mino
Transferiu-se uma alíquota de 0,95 mL da solução anterior e uma de 0,05 mL
de padrão interno (carbonato de rubídio 1 m moi L- 1) para um tubo ependorf. O
procedimento foi realizado em triplicata. Após estabilização do equipamento,
realizaram-se as leituras.

5.2.1.7.2.5 Linearidade

Foi pesado exatamente o equivalente a cerca de 8,9920 mg DMAE e


transferidos para um balão volumétrico de 100 mL. Completou-se com água
Milli-O®. Esta solução foi sonicada durante 20 mino Desta última solução foram
transferidas cinco alíquotas de 0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 e 5,0 mL para balões
volumétrico de 50 mL. Os volumes destes balões foram completados com água
Milli-O®, obtendo-se assim, soluções com intervalo de concentração variável
entre 0,8992 a 8,9920 j..Ig/mL de DMAE. Retirou-se uma alíquota de 0,95 mL
destas soluções e adicionou-se 0,05 mL de padrão interno em cada uma delas.
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Ivan i A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 46

o procedimento foi realizado em triplicata. Após estabilização do equipamento,


realizaram-se as leituras.

5.2.1.7.2.6 Repetibilidade

Foi pesado exatamente o equivalente a cerca de 8,9920 mg DMAE e


transferidos para um balão volumétrico de 100 mL. Completou-se com água
Milli-O®. Esta solução foi sonicada durante 20 mino Desta última solução foi
transferida uma alíquota de 5,0 mL para balão volumétrico de 50 mL. O
volume deste balão foi completado com água Milli-O®, obtendo-se assim, uma
solução de 8,9920 jJg/mL de DMAE. Retirou-se uma alíquota de 0,95 mL desta
solução e adicionou-se 0,05 mL de solução do padrão interno. Este
procedimento realizou-se quinze vezes. Após estabilização do equipamento,
realizaram-se as leituras.

Determinação do teor de DMAE nas amostras manipuladas e industrializadas


• Preparação da curva de calibração diária
Foi pesado exatamente o equivalente a cerca de 8,9920 mg DMAE e
transferidos para um balão volumétrico de 100 mL. Completou-se com
água Milli-O®. Esta solução foi sonicada durante 20 mino Desta última
solução foram transferidas cinco alíquotas de 0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 e 5,0
mL para balões volumétricos de 50 mL. Os volumes destes balões
foram completados com água Milli-Q®, obtendo-se assim, soluções com
intervalo de concentração variável entre 0,8992 a 8,9920 jJg/mL de
DMAE. Retirou-se uma alíquota de 0,95 mL destas soluções e
adicionou-se 0,05 mL de padrão interno em cada uma. O procedimento
foi realizado em triplicata.

• Preparação da amostra
Foram pesados das amostras exatamente cerca de 20,0 mg em um
becker com capacidade de 10 mL. Em seguida as amostras pesadas
foram transferidas para balões volumétricos de 100 mL. Os volumes

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Material e Métodos 47

foram completados com água Milli-O® e as soluções sonicadas durante


20 mino Transferiu-se uma alíquota de 0,95 mL das soluções anteriores e
adicionou-se uma alíquota de 0,05 mL de padrão interno (carbonato de
rubídio 1 m moi L- 1). O procedimento foi realizado em triplicata. Após
estabilização do equipamento, realizaram-se as leituras.

5.2.1.7.2.7 Teste de recuperação (exatidão)

Foram pesados exatamente cerca de 20,0 mg de cada amostra em um


becker com capacidade de 10 mL. Em seguida, as amostras pesadas foram
quantitativamente transferidas para balões volumétricos de 100 mL. Os
volumes foram completados com água Milli-O® e sonicadas durante 20 mino
Foi preparada uma solução estoque de DMAE como segue: pesou-se
exatamente cerca de 8,9920 mg DMAE, transferiu-se para balão volumétrico de
100 mL e completou-se com água Milli-O®. Esta solução foi sonicada durante
20 mino Desta solução foi transferida uma alíquota de 2,5 mL para balão
volumétrico de 50 mL. O volume deste balão foi completado com água Milli-O®,
obtendo-se assim, uma solução de 4,496 IJg/mL de DMAE.
O procedimento da adição foi realizado pela mistura de 0,5 mL da preparação
da amostra e 0,5 mL da solução estoque de DMAE. Em seguida, transferiu-se
uma alíquota de 0,95 mL da solução anterior e uma alíquota de 0,05 mL de
padrão interno (carbonato de rubídio 1 m moi L- 1) para um tubo ependorf. O
procedimento foi realizado em triplicata. Após estabilização do equipamento,
realizaram-se as leituras.

5.2.1.7.2.8 Limite de detecção (LO) e limite de quantificação (LQ)

O limite de detecção (LO) e o limite de quantificação (LO) foram


determinados utilizando-se soluções padrão de baixa concentração,
considerando-se a capacidade do método para detectar e quantificar baixas
concentrações de DMAE nas amostras manipuladas e industrializadas.

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Material e Métodos 48

Foram preparadas soluções contendo 0,8992; 1,7984; 3,5968; 5,3952; 7,1936


e 8,9920 I-'g/mL de OMAE. Foram efetuadas três leituras para cada
concentração e calculado o desvio padrão para os resultados obtidos. °
cálculo para o LO e La foram realizados aplicando-se as fórmulas a seguir:

LD = OP x 3,3
b

LO = OP x 10
b

Onde:
OP = desvio padrão da curva analítica
b = inclinação da curva analítica

5.2.1.8 Estudo de estabilidade acelerado

Como critérios adotados para a aprovação ou reJelçao das amostras


submetidas a avaliação da estabilidade, apenas as formulações teste
classificadas como normal (N) para os ensaios e intensidade (+, ++, +++,
++++) foram considerados.

Após a preparação das formulações teste e período de repouso de 24


horas, as amostras foram submetidas ao armazenamento, sob condições
extremas de temperatura e luminosidade, durante período de tempo pré-
estabelecido (MACIEL, BABYe VELASCO, 2004).

Foram pesadas cerca de 100,0 g das formulações teste e


acondicionadas em frascos de vidro transparentes de boca larga, tampa do tipo
rosca, cor preta e capacidade de 11 O,Og.

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Material e Métodos 49

5.2.1.8.1 Condições de teste

A seguir, estão descritas as condições adotadas e os dias pre-


estabelecidos para as análises. As amostras mantidas sob a condição de
refrigerador (5,0 ±. 0,5°C) foram consideradas como amostras de referencia ou
padrão para este estudo (BANOV, 2002; BRASIL, 2004). As análises foram
realizadas à temperatura ambiente (24 ±.2°C).

• 5,0 ±. 0,5°C (refrigerador) durante 90 dias; análises nos dias: O, 7, 15,


30, 45, 60 e 90 dias.

• 25,0 ±. 0,5°C (estufa) durante 90 dias; análises nos dias: O, 7, 15,30,45,


60 e 90 dias.

• Exposição à luz branca direta e 25,0 ±. 0,5°C (câmara) durante 90 dias;


análises nos dias: O, 7, 15, 30,45, 60 e 90 dias.

• 45,0 ±. 0,5°C (estufa) durante 90 dias; análises nos dias: O, 7, 15, 30, 45,
60 e 90 dias.

As propriedades e características físicas e físico-químicas avaliadas nas


formulações teste, nos dias pré-estabelecidos, foram: características
organolépticas (aspecto, cor e odor), valor de pH , de viscosidade aparente e
teor. (MAIA, 2002; BABY et aI., 2004; PINTO, 2005).

5.2.1.8.2 Características organolépticas

Foram avaliados o aspecto, cor e odor das formulações teste e


comparados com os resultados obtidos nas análises efetuadas após 24 horas
do repouso (início do teste, dia O ou to) e, também, com aquelas mantidas em
refrigerador (5,0 ± 0,5°C), consideradas como amostras de referência (BANOV,
2002; TANO, 2003; BRASIL, 2004).

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Material e Métodos 50

5.2.1.8.3 Determinação do pH

Foi determinado nas dispersões das amostras em água recém destilada,


na proporção 1: 1O, respectivamente , em réplicas de três e a temperatura
ambiente (DAVIS, 1977; PRIST A, ALVES e MORGADO, 1995; MAIA, 2002;
TRAVERSA, 2003; PINTO, 2005).

5.2.1.8.4 Viscosidade aparente

Foram pesadas cerca de 14,0 9 das formulações teste e transferidas


para dispositivo (compartimento) destinado a análises de pequenas amostras
(massa reduzida). As condições do viscosímetro foram:

• Para os cremes: TR -:) 10 a 100 rpm

• Para os géis-creme: TR -:) 10 a 200 rpm (placebo TR -:) 11 a 200 rpm)

• Para os géis: TR -:) 10 a 10 rpm (placebo TR -:) 11 a 4 rpm)


TR = tendência a retrogradação

5.2.1.8.5 Critérios de inclusão ou exclusão

Os critérios adotados para a aprovação ou rejeição das amostras


avaliadas pelo testes de estabilidade acelerada foram:

• Aspecto: integridade das amostras mantendo o aspecto inicial nas


condições de armazenamento.

• Cor e odor: normais durante o armazenamento em luz branca direta.

• Valor de pH: não se admitiu variação superior a ± 5%, quando comparadas

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\van i A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Material e Métodos 51

com o valor inicial em todas as condições de armazenamento.

• Viscosidade aparente: admitiram-se modificações, desde que não


comprometessem a percepção visual das amostras (BRASIL, 2004).

5.2.1.8.6 Determinação do teor

Foram determinados segundo o item: 5.2 .1.7.2.6 (Repetibilidade) em triplicata .

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SOQV1.1nS3H
Resultados 52

6 RESULTADOS

6.1 Caracterização das matérias-primas

6.1.1 Espectroscopia de absorção na região do infravermelho

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Figura 7. Espectro de absorção no infravermelho de DMAE


acetoamidobenzoato em pastilha de KBr.

Tabela 2. Bandas de absorção obtidas na determinação do espectro no


infravermelho de DMAE acetoamidobenzoato em pastilha de KBr.

Comprimento de onda cm-'1 Banda de absorção

3367,0 'O, -OH


1607,3 'O, c=o (amido)
1390,6 8, C - H (alcano)
700,7 8, C - H (aromatico)

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Resultados 53

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Figura 8. Espectro de absorção no infravermelho de DMAE base em filme.

Tabela 3. Bandas de absorção obtidas na determinação do espectro no


infravermelho de DMAE base em filme.

Comprimento de onda cm-1 Banda de absorção


3389,9 u, -OH
1663,9 u, C - N
1463,8 8, C - H
1038,7 u, C - O

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Resultados 54

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Figura 9. Espectro de absorção no infravermelho de DMAE bitartarato em


pastilha de KBr.

Tabela 4. Bandas de absorção obtidas na determinação do espectro no


infravermelho de DMAE bitartarato em pastilha de KBr.

Comprimento de onda cm-1 Banda de absorção


3360,3 u, -OH
1724,4 u, c=o
1558,3 õ, C-H
1214,3 u, C - O

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Resultados 55

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Figura 10. Espectro de absorção no infravermelho de DMAE glicolato em


pastilha de KBr.

Tabela 5. Bandas de absorção obtidas na determinação do espectro no


infravermelho de DMAE glicolato em pastilha de KBr.

Comprimento de onda cm-1 Banda de absorção


3368,4 v,-OH
1596,3 v , C=O
1471,8 5, C-H
1073,8 v, C-O

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Resultados 56

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3500 3000 2500 2000 1600 1oCO

Figura 11. Espectro de absorção no infravermelho de DMAE lactato em pastilha


de KBr.

Tabela 6. Bandas de absorção obtidas na determinação do espectro no


infravermelho de DMAE lactato em pastilha de KBr.

Comprimento de onda cm-' Banda de absorção


3391,6 u, -OH
1592,3 u, C=O
1124,5 u, C - N
1079,4 u, C - O

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Resultados 57

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3500 3000 2500 2000 1500 1000

Figura 12. Espectro de absorção no infravermelho de DMAE mandelato em


pastilha de KBr.

Tabela 7. Bandas de absorção obtidas na determinação do espectro no


infravermelho de DMAE mandelato em pastilha de KBr.

Comprimento de onda cm-1 Banda de absorção


3380,7 1), -OH
1602,4 1), C=O
1363,7 1), C- N
1060,2 1), C- O

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Resultados 58

6.1.2 Espectrofotometria de absorção no ultravioleta

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200,0 300,0 400,0

Comprimento de onda (nm)

Figura 13. Espectro de absorção no ultravioleta da solução de DMAE


acetoamidobenzoato em água. Concentração 50,0 jJg/mL.

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A
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a

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200,0 300,0 400,0
Comprimento de onda (nm)

Figura 14. Espectro de absorção no ultravioleta da solução de DMAE base em


água. Concentração 50,0 jJg/mL.

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Resultados 59

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n
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200.0 ~nn n 400.0
Comprimento de onda (nm)

Figura 15. Espectro de absorção no ultravioleta da solução de DMAE


bitartarato em água. Concentração 50,0 jJg/mL.

1000" --~---'---~---'----~--"'----~--r--~----'

A
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b 1.500
â
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c
i
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o,ooo~
200,0 300.0 400,0
Comprimento de onda (nm)

Figura 16. Espectro de absorção no ultravioleta da solução de DMAE glicolato


em água. Concentração 50,0 jJg/mL.

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Resultados 60

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200,0 300.0 400,0
Comprimento de onda (nm)
Figura 17. Espectro de absorção no ultravioleta da solução de DMAE glicolato
em água . Concentração 50,0 ~g/mL.

A
b
s
o
r
b 1,500
â
n
c

0,000 1 ~
200,0 300,0 400,0
Comprimento de onda (nm)
Figura 18. Espectro de absorção no ultravioleta da solução de DMAE
mandelato em água. Concentração 50,0 ~g/mL.

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Resultados 61

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6.2 Ensaio de qualidade baseado em medidas físicas

6.2.1 Faixa de fusão

Tabela 8. Valores de temperatura (Oe) obtidos na determinação da faixa de


fusão do DMAE acetoamidobenzoato.

Determinação Faixa de fusão


(Oe)
A 156-161
B 157-162
e 157-162
Média 157-162

Tabela 9. Valores de temperatura (Oe) obtidos na determinação da faixa de


fusão do DMAE bitartarato.

Determinação Faixa de fusão


(Oe)
A 113
B 112
e 112
Média 112

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Resultados 62

6.3 Ensaios de pureza

6.3.1 Perda por dessecação

Tabela 10. Valores obtidos na determinação da perda por desse cação do


DMAE bitartarato.

Determinação Perda por dessecação


(%)
A 3,0
B 3,0
c 3,0
Média 3,0

Tabela 11 . Valores obtidos na determinação da perda por dessecação do


DMAE acetoamidobenzoato.

Determinação Perda por dessecação


(%)
A 0,6
B 0,6
C 0,6
Média 0,6

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Resultados 63

6.3.2 Doseamento.

Tabela 12. Valores obtidos na determinação do doseamento de DMAE base


por titulação potenciométrica.

Determinação Doseamento (%)


A 95,7
B 95,1
C 95,3
Média 95,4

Tabela 13. Valores obtidos na determinação do doseamento de DMAE


acetoamidobenzoato por titulação potenciométrica.

Determinação Doseamento (%)


A 32,5
B 32,9
C 32 ,7
Média 32,7

Tabela 14. Valores obtidos na determinação do doseamento de DMAE


bitartarato por titulação potenciométrica.

Determinação Doseamento (%)


A 33,7
B 33,9
C 33,8
Média 33,8

Desenvolvimento de método de aná lise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
!vani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCFIUSP 2008
Resultados 64

Tabela 15. Valores obtidos na determinação do doseamento de DMAE lactato


por titulação potenciométrica.

Determinação Doseamento (%)


A 38,5
B 38,6
C 39,6
Média 38,9

Tabela 16. Valores obtidos na determinação do doseamento de DMAE


glicolato por titulação potenciométrica

Determinação Doseamento (%)


A 37,5
B 37,7
C 37,9
Média 37,7

Tabela 17. Valores obtidos na determinação do doseamento de DMAE


mandelato por titulação potenciométrica.

Determinação Doseamento (%)


A 32,9
B 32,9
C 31,7
Média 32,5

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Resultados 65

6.4 TermoQravimetria I TermoQravimetria derivada

DrTGA DSC TGA


mg/min
0.2~
mW/m1 %

-32.264%
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0.0J.
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262.90C
I I
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o 100 200 300 400 500 600
Temp [C]

Figura 19. Curvas TG/DTG e DSC do DMAE acetoamidobenzoato. (TG


DTG - - - - - , DSC ------------).

MA ~~
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5
...
... -1.00

,
'..

50 100
Temp [C]

Figura 20. Curvas TG/DTG do DMAE base. ( TG-------- , DTG - - - - - -).

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


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Resultados 66

DrTGA DSC TGA


mg/min 9 %
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-1.0
-78.973%

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-9.699%
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-1.5
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o
o 100 200 300 400 500 600
Temp [C]

Figura 21. Curvas TG/DTG e DSC do DMAE bitartarato. (TG ------, DTG - - - - - ,
DSC ------------).

TGA DrTGA
OI Sample Name: dimetilaminoetanollaclato mg/min
10 I
I 0.00

-- - ---------~33.293% ,

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75.04C~\----- --i------ --- - - ------------------- -- ------ ---------~~~-.~~~%

-0.40

'.
"195.61 C -0.60

0.00 100.00 200.00 300.00 400.00 500.00 600.00


Temp [C]

Figura 22. Curvas TG/DTG do DMAE lactato. ( TG-------- , DTG - - - - - -).

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Resultados 67

TGA
• Sample Name: dimetilaminoetanol glicolato DrTGA
li.. i
mg/min

-98.430%
0.10

.-----------------; 0.00

-0.10

, ... . .. .
, -
.... ~.\ -0.20
'.
.
82.48e
-0.30

-0.40

100.00 200.00 300.00 400.00


Temp [el

Figura 23. Curvas TG/DTG do DMAE glieolato. ( TG-------- , DTG - - - - - -).

TGA DrTGA
% m g / m i n
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0.00
10 ----------_.------------- ------- -- --- ------ ---- ----- ---- -- --- -- -- --,---
, --- -------------------,,
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-97 . 524°~

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-0.10

5'
-0.20

-0.30
,
"
.
270.44 e

100 200 300 400 500


Temp [el

Figura 24. Curvas TG/DTG do DMAE mandelato. ( TG-------- , DTG - - - - - -).

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Resultados 68

6.5 Cromatografia em fase líquida de alta eficiência

2: 200 rfl\ 4 nn Sl**\mltllrre 111/. mn.


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Figura 25. Cromatograma obtido para DMAE base. Condições analíticas: coluna Gemini@ RP-
18 Phenomenex@ (150mm x 4,60mm; 5~m); fase móvel constituída de tampão fosfato 10 mM
pH 7,4:ACN (98:2 v/v); vazão de 1 mVmin; detecção UV a 210 nm, temperatura de 23°C.
Concentração 124,8 ~glmL. DMAE Base sigma (sistema 1, to=1,8)

1<XX>

!ID

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8 9 10

Figura ~6. Cromatograma obtido para DMAE acetoamidobenzoato. Condições analíticas:


coluna Gemin~ RP-18 Phenomenex® (150mm x 4,60mm; 5~m); fase móvel constituída de
tampão fosfato 10 mM pH 7,4:ACN (98:2 v/v); vazão de 1 mVmin; detecção UV a 260 nm,
temperatura de 23°C. Concentração 124,8 ~g/mL. DMAE acetoamidobenzoato sigma (sistema
1, to=1 ,8)

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Resultados 69

2: 28nY\4nn Speclrum at time 1,91 mino


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Figura 27. Cromatograma obtido para DMAE bitartarato. Condições analíticas: coluna Gemini~
RP-18 Phenomenex® (150mm x 4,60mm; 5~m); fase móvel constituída de tampão fosfato 10
mM pH 7,4:ACN (98:2 vlv); vazão de 1 mVmin; detecção UV a 260 nm, temperatura de 23 oCo
Concentração 124,8 ~glmL. DMAE bitartarato Padrão sigma (sistema 1, t0=1 ,8)

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Resultados 70

6.6 Ressonância magnética nuclear


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Figura 28. Espectro de RMN 1H do DMAE base e ácido maléico como padrão
interno.

Tabela 18. Análise de resultados em RMN 1H (água deuterada), 300 MHz do


DMAE base.

Estrutura química Deslocamento químico 8 =ppm

@/CH 3 @
G 8 = 6,1750 ppm (2H , 2CH do ácido maléico) -+ 16,17

DMAE Base
OH -CHz--CH z-N'\. 0 8 =3,9100 ppm (2H , CH 2 do DMAE) -+ 12
c~
Õ = 3,2988 ppm (2H , CH 2 do DMAE) -+ 13
@
H H@
8 = 2,9330 ppm (6H , 2CH 3 do DMAE) -+ 14, 15
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HO OH

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estab il idade de prod utos cosméticos contendo di metilaminoetanol
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Resultados 71

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Figura 29. Espectro de RMN 1H do DMAE acetoamidobenzoato e ácido maléico


como padrão interno.

Tabela 19. Análise de resultados em RMN 1H (DMSO-d 6 ), 300 MHz do DMAE


acetoam idobenzoato.

Estrutura química Deslocamento químico ô =ppm

o G /CH,
o ô =6,5764 ppm (2H , 2CH do ácido maléico) ~ 16,17
OH - CH,--CH,-N" 0
CH" ô =4,1190 ppm (2H, CH 2 do DMAE) ~ 12

ô = 3,5614 ppm (2H, CH 2 do DMAE)


DMAE ~~ 0
~ H O
~ 13

0) I'(V ~ I I @@ ô = 3,2474 ppm (6H, 2CH 3 do DMAE) ~ 14,15


Acetoamidobenzoato
~ooc - c(j) -'0 N- C- C-H,

o 0'8 0 ô = 8,2895 - 8,0546 ppm (4H, CH do aromático do


I I acetoamido) ~ 1, 2
tv~ ô = 6,2821 ppm (1 H, NH do acetoamido) ~ 9

ô =2,9113 ppm (3H, CH 3 do acetoamido) ~ 11


@
H H@
o=()=o
HO OH

Desenvolvimento de método de anál ise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
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Resultados 72

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Figura 30. Espectro de RMN 1H do DMAE bitartarato e ácido maléico como
padrão interno.

Tabela 20. Análise de resultados em RMN 1H (água deuterada), 300 MHz do


DMAE bitartarato.

Estrutura química Deslocamento químico 8 =ppm

o /CH. @
G
OH -CH2 - C H2 - N " 0
CH" 8 =6,3580 ppm (2H, 2CH do ácido maléico) ~ 16,17

o OH 8 = 3,8925 ppm (2H, CH 2 do DMAE) ~ 12

DMAE Bitartarato
HO n
/~@51í/
~ OH
8 =3,2809 ppm (2H, CH 2 do DMAE) ~ 13

8 =2,9151 ppm (6H , 2CH 3 do DMAE) ~ 14,15


@H H®

O===<Fo HO OH
8 = 4,7037 ppm (2H, 2CH do bitartarato) ~ 18, 19

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Resultados 73

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Figura 31. Espectro de RMN 1H do DMAE lactato e ácido maléico como padrão
interno.

Tabela 21. Análise de resultados em RMN 1H (água deuterada), 300 MHz do


DMAE lactatato.

Produto Estrutura química Deslocamento químico 8 =ppm

@
o /CH,
OH -CH2--CH2-N'\.
@
0 8 =6,3532 ppm (2H, 2CH do ácido maléico) ~ 16,17
DMAE Lactato CH" 8 = 3,8999 ppm (2H, CH 2 do DMAE) ~ 12
'V

~H
8 =3,2897 ppm (2H, CH 2 do DMAE) ~ 13

8 = 2,9252 ppm (6H, 2CH 3 do DMAE) ~ 14, 15


@
H H® 8 = 1,4170 ppm (3H, CH 3 do lactato) ~ 21
O~O
HO OH

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


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Resultados 74

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Figura 32. Espectro de RMN 1H do DMAE glicolato e ácido maléico como


padrão interno.

Tabela 22. Análise de resultados em RMN 1H (água deuterada), 300 MHz do


DMAE glicolato.
Estrutura química Deslocamento químico õ = ppm

<0 @ /CH,
G
OH - CH,- -CH,- N " 0 õ =6,3665 ppm (2H , CH do ácido maléico) ~ 16,17
CH:,
DMAE Glicolato Õ =3,9073 ppm (2H , CH 2 do DMAE) ~ 12
o
HO~ OH
Õ = 3,2987 ppm (2H, CH 2 do DMAE) ~ 13

Õ =2,9328 ppm (6H , 2CH 3 do DMAE) ~ 14, 15


®
Õ =4,2170 ppm (2H , CH 2 do glicolato) ~ 20

@H H®

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HO OH

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Resultados 75

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Figura 33 . Espectro de RMN 1H do DMAE mandelato e ácido maléico como


padrão interno.

Tabela 23. Análise de resultados em RMN 1H (água deuterada), 300 MHz do


DMAE mandelato.

Estrutura química Deslocamento químico 8 =ppm

(0
<0 /CH, G)
OH - CH,- -CH,- N " <0 8 = 6,3322 ppm (2H, 2CH do ácido maléico) ~ 16,17
CM,
DMAE Mandelato 8 = 3,8606 ppm (2H , CH 2 do DMAE) ~ 12

H
(5Q @ OH
8 =3,2390 ppm (2H , CH 2 do DMAE) ~ 13

@I: 0= 2,8794 ppm (6H , 2CH 3 do DMAE)

8 = 7,4366 ppm (5H, 5CH do mandelato) ~ 23


~ 14, 15

@
H H
@ 8 = 5,2687 ppm (1 H, CH do mandelato) ~ 22

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HO OH

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Resultados 76

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Figura 34. Espectro de RMN 'H do gel placebo e ácido maléico como padrão
interno.

Tabela 24. Análise de resultados em RMN 1H (água deuterada), 300 MHz do


gel placebo.

Estrutura química Deslocamento químico 8 =ppm

@H H@

Gel placebo o~o 8 = 6,3029 ppm (2H, 2CH do ácido maléico) ~ 16,17
HO OH

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Resultados 78

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Figura 36. Espectro de RMN 1H do gel de DMAE base e ácido maléico como
padrão interno.

Tabela 26. Análise de resultados em RMN 1H (água deuterada), 300 MHz do


gel DMAE base.
Estrutura química Deslocamento químico 8 =ppm
Gel com DMAE
Base G =6,3261
o /CH3
OH -CH2 --CH 2 -N'\.
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0
8

8
ppm (2H , 2CH do ácido maléico) ~ 16,17

= 3,9000 ppm (2H , CH 2 do DMAE) ~ 12


CH..
8 =3,3000 ppm (2H, CH 2 do DMAE) ~ 13
®H H® 8 = 2,9312 ppm (6H, 2CH 3 do DMAE) ~ 14,15
0====<:)=0 Os outros sinais correspondem à matriz do gel
HO OH

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Resultados 79
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Figura 37. Espectro de RMN 1H do gel de DMAE acetoamidobenzoato e ácido maléico como
padrão interno.

Tabela 27. Análise de resultados em RMN 1H (DMSO-ds), 300 MHz do gel DMAE
acetoamidobenzoato.

Estrutura química Deslocamento químico õ = ppm

@ õ = 6,5764 ppm (2H, 2CH do ácido maléico) -)- 16,17


o
OH -CHz--CHt-N,
@ /CH~
0 õ = 4,1190 ppm (2H, CH 2 do DMAE) -)- 12
CH3
õ = 3,5614 ppm (2H, CH 2 do DMAE) -)- 13
Gel com DMAE
7I>~
~
0
(2) Il:V ~ I H Q
11 @@ õ = 3,2474 ppm (6H, 2CH 3 do DMAE) -)- 14,15
acetoamidobenzoato ~ooc - c0 .ItJ N- C- C-Ho
õ = 8,2895 - 8,0546 ppm (4H, CH do aromático do
o 0'8 @
acetoamido) -)- 1, 2
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t>~ Õ = 6,2821 ppm (1H, NH do acetoamido) -)- 9

Õ =2,9113 ppm (3H, CH 3 do acetoamido) -)- 11


Õ =6,3261 ppm (2H, 2CH do ácido maléico) -)- 16,17
@H ~
Õ = 3,9000 ppm (2H, CH 2 do DMAE) -)- 12
~
HO OH Õ = 3,3000 ppm (2H, CH 2 do DMAE) -)-13

Õ = 2,9312 ppm (6H, 2CH 3 do DMAE) -)- 14, 15

Os outros sinais correspondem á matriz do gel

Desenvolvimento de méto.do de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


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6.7 Validação do método por ressonância magnética nuclear

6.7.1 Seletividade

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Figura 38 . Espectro de RMN 1H do gel placebo e ácido maléico como padrão


interno.

Tabela 28. Análise de resultados em RMN 1H, 300 MHz do gel placebo.

Estrutura química Deslocamento químico 8 =ppm

@H H®
=6,3261 ~
~o
Gel placebo 8 ppm (2H, 2CH do ácido maléico) 16,17

HO OH

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Resultados 81

6.7.2 Linearidade

y= 3,7752x-O,0393
Linearidade DMAE base r=O,9985

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0,4 0,6 0,8 1,2 1,4 1,6
Relação massa DMAE base/Ac. maleico (g)

Figura 39. Curva analítica obtida pelo método espectroscópico de RMN 1H.
Massa de 10,0 a 30,0 mg de DMAE base e 20,0 mg de ácido maléico como
padrão interno.

Tabela 29. Análise estatística dos resultados obtidos na determinação da curva


analítica do DMAE base. Leituras efetuadas pelo método espectroscópico de
RMN 1H. Massa de 10,0 a 30,0 mg de DMAE base e 20,0 mg de ácido maléico
como padrão interno.

DMAE a b r DP
base -0,0393 3,7752 0,9985 0,0968

a = intersecção da curva
b = inclinação da curva
r = coeficiente de correlação
DP = desvio padrão da curva

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Resultados 82

y= 1,638x- 0,1721
Unearldade DMAE bitartarato =
r 0,9980

2,5 - , - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

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Relação massa DMAE bltartaratolAc. malelco (9)

Figura 40. Curva analítica obtida pelo método espectroscópico de RMN 1H.
Massa de 10,0 a 30,0 mg de DMAE bitartarato e 20,0 mg de ácido maléico
como padrão interno.

Tabela 30. Análise estatística dos resultados obtidos na determinação da curva


analítica do DMAE bitartarato. Leituras efetuadas pelo método espectroscópico
de RMN 1H. Massa de 10,0 a 30,0 mg de DMAE bitartarato e 20,0 mg de ácido
maléico como padrão interno.

DMAE a b r DP
bitartarato -0,1721 1,6380 0,9980 0,0444

a = intersecção da curva
b = inclinação da curva
r = coeficiente de correlação
Df>' =desvio padrão da curva

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Resultados 83

y= 1,3634x-O,0743
Linearidade DMAE acetoamidobenzoato
r=O,9970

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0,4 0,6 0,8 1,2 1,4 1,6


Relação massa DMAE acetoamidobenzoatolAc. maleico (9)

Figura 41. Curva analítica obtida pelo método espectroscópico de RMN 1H.
Massa de 10,0 a 30,0 mg de DMAE acetoamidobenzoato e 20,0 mg de ácido
maléico como padrão interno.

Tabela 31. Análise estatística dos resultados obtidos na determinação da curva


analJtica do DMAE acetoamidobenzoato. Leituras efetuadas pelo método
espectroscópico de RMN 1H. Massa de 10,0 a 30,0 mg de DMAE
acetoamidobenzoato e 20,0 mg de ácido maléico como padrão interno.

DMAE a b r DP
acetoamidobenzoato -0,0743 1,3634 0,9970 0,0481

a =intersecção da curva
b =inclinação da curva
r = coeficiente de correlação
DP =desvio padrão da curva

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Resultados 84

6.7.3 Precisão

Tabela 32. Determinação do teor do DMAE nas amostras géis pelo método
espectroscópico de RMN 1H.

Valor rotulado Valor encontrado Teor


Amostra OPR
DMAE (g/100g) DMAE (g/100g) (%)

D 3,0 3,19 ± 0,04 1,44 106,3


E 3,0 3,30 ± 0,02 1,08 110,0
F 3,0 3,12 ± 0,04 1,23 104,0

6.7.4 Exatidão

Tabela 33. Resultados obtidos na recuperação DMAE nas amostras géis pelo
método espectroscópico de RMN 1H.

Amostra Quantidade (mg) Recuperação


Adicionada Recuperada (%)
D 10,0 10,2 102,0
15,0 15,5 103,3
20,0 20,7 103,5
E 10,0 10,2 102,0
15,0 15,1 100,7
20,0 20,5 102,5
F 10,0 10,4 104,0
15,0 15,5 103,3
20,0 20,4 102,0

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Resultados 85

6.7.5 Limite de detecção (LO) e limite de quantificação (LQ)

• OMAE aceoamidobenzoato

LO =3,3 x 0,0481 =2,3 mg LO = 10 x 0,0481 = 7,1 mg


1,3634 1,3634

• OMAE bitartarato

LO = 3,3 x 0,0444 = 1,8 mg LO = 10 x 0,0444 = 5,4 mg


1,6380 1,6380

• OMAE base

LO = 3,3 x 0,0968 = 1,7 mg LO = 10 x 0,0968 = 5,1 mg


3,7752 3,7752

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6.8 Validação do método por eletroforese capilar

6.8.1 Seletividade
0,10
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0.08

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Tempo min-' Tempo min"

Figura 42. Eletroferogramas representativos dos placebos das formulações cosméticas.


Detector condutimétrico sem contato; modo de detecção direta com fluxo normal. Potencial
aplicado: +20 Kv.Tempo de injeção: 10 segundos. Tipo de injeção: hidrodinâmica (100 mm de
coluna de água). Capilar de sílica fundida 50 cm até o detector, total igual a 60 cm; 75 IJm de
diâmetro interno, 360 IJm de diâmetro externo (J&W Scientific, Folson, USA). Eletrolito:
MES/histidina 20/20 m moi L-1 pH 6,0. Temperatura: 27°C. (I =gel placebo; 11 =creme placebo)

0.10

0.10
0.08
0.08 eó
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1.5 2.0 2.5 ao 3.5


1.5 2.0 2,5 3.0 3.5
Tempomin"
Tempomin"

Figura 43. Eletroferogramas representativos das formulações cosméticas e padrões. Detector


condutimétrico sem contato, modo de detecção direta com fluxo normal. Potencial aplicado:
+20 Kv.Tempo de injeção: 10 segundos, Tipo de injeção: hidrodinâmica (100 mm de coluna de
água). Capilar de sílica fundida 50 cm até o detector, total igual a 60 cm; 75 IJm de diâmetro
interno, 360 IJm de diâmetro externo (J&W Scientific, Folson, USA). Eletrolito: MES/histidina
20/20 m moi L- 1 pH 6,0. Temperatura: 27°C. (111 = Amostra A; IV = Amostra F).

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


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Resultados 87

6.8.2 Linearidade

Sensibilidade relativa = -0.00417 (±0 .01231) + 0.14843 (±2 .19067E-4). Cone


r = 0 .99933 DP = 0 .02004 N = 7

1.4

1 ,2

cu 1,0
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0 ,2

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2 8 10
° 4
Concentração ug/mL
6

Figura 44. Curva analítica obtida pelo método eletroforético. Concentrações


das soluções de 0,8992 a 8,9920 I-Ig/mL de DMAE.

Tabela 34. Análise estatística dos resultados obtidos na determinação da curva


analítica do DMAE. Leituras efetuadas pelo método eletroforético.
Concentrações das soluções de 0,8992 a 8,9920 I-Ig/mL de DMAE

DMAE a b r DP
-0,0042 0,1484 0,9993 0,0200

a = intersecção da curva
b = inclinação da curva
r =coeficiente de correlação
DP = desvio padrão da curva

Desenvol vimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/ USP 2008
Resultados 88

6.8.3 Precisão

Tabela 35. Determinação do teor do DMAE nas amostras pelo método


eletroforético.

Valor rotulado Valor encontrado Teor


Amostra DPR
DMAE (g/100g) DMAE (g/100g) (%)
A 3,0 3,11 ± 0,03 1,55 103,7
B 3,0 3,21 ± 0,02 1,35 107,0
C 3,0 3,04 ± 0,03 1,64 101,3
D 3,0 3,15 ± 0,04 1,08 105,0
E 3,0 3,24 ± 0,02 1,26 108,0
F 3,0 3,06 ± 0,04 1,50 102,0
G 3,0 3,22 ± 0,03 1,10 107,3
H 3,0 3,14 ± 0,03 1,05 104,7
3,0 3,08 ± 0,02 1,02 102,7

6.8.4 Exatidão
Tabela 36. Resultados obtidos na recuperação DMAE nas amostras pelo
método eletroforético

Amostra Quantidade (ug/mL) Recuperação


Adicionada Recuperada (%)
A 5,0 5,20 104,0
B 5,0 5,08 101,6
C 5,0 5,10 102,0
D 5,0 5,04 100,8
E 5,0 5,16 103,2
F 5,0 5,03 100,6
G 5,0 5,11 102,2
H 5,0 5,18 103,6
5,0 5,14 102,8

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCFIUSP 2008
Resultados 89

6.8.5 Limite de detecção (LO) e limite de quantificação (LQ)

LO = 3,3 x 0,0200 = 0,45 ug/mL LQ = 10 x 0,0200 = 1,35 ug/mL


0,1484 0,1484

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


lvani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Resultados 9

6.9 Estudo de estabilidade acelerado

1 2 3 4

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1 2 3 4

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(b)

Figura 45. Formulações submetidas ao estudo de estabilidade acelerado. G


placebo 1, gel DMAE bitartarato 2, gel DMAE acetoamidobenzoato 3 e g
DMAE base 4: (a) to; e (b) t60 a 45 °C.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Resultados 9

1 2 3 4

(a)

1 2 3 4

(b)

Figura 46. Formulações submetidas ao estudo de estabilidade acelerado. G


creme placebo 1, gel creme DMAE bitartarato 2, gel creme DMA
acetoamidobenzoato 3 e gel creme DMAE base 4: to; (a) e t60 a 45 °C (b).

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilarninoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Resultados 9

1 2 3 4

(a)

1 2 3 4

(b)

Figura 47. Formulações submetidas ao estudo de estabilidade acelerad


Creme placebo 1, creme DMAE bitartarato 2, creme DMA
acetoamidobenzoato 3 e creme DMAE base 4: to; (a) e t60 a 45 °C (b) .

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


lva ni A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCFfUSP 2008
Resultados 93

Variação do pH do gel placebo


-+- Refrigerador (5 oe)
_ Temp. Amb. (250e)
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_ Luz branca
40
_ _ Estufa (45 oe)
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-30

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Tempo (dias)

Figura 48 . Variação percentual do valor de pH do gel placebo no estudo de


estabilidade acelerado.

Variação da v iscosidade aparente do gel placebo I-+- Refrigerador (5 oc)


_ Temp. Amb. (250e)
_ Luz branca
_ _ Estufa (45 oe)
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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 49. Variação percentual do valor da viscosidade aparente do gel placebo


no estudo de estabilidade acelerado.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissenação de mestrado, FCF/USP 2008
Resultados 94

Variaçao do pH do gel DMAE bitartarato


-+- Refrigerador (5 oc)
_ Temp. Amb. (250C)
50
_ Luz branca
40 _ Estufa (45 oC)
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Tempo (dias)
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Figura 50. Variação percentual do valor de pH do gel DMAE bitartarato no


estudo de estabilidade acelerado.

Variação d a viscosidade aparente do gel DMAE bitartarato


-+- Refrigerador (5 oc)
- Temp. Amb. (25oC)
_ Luz branca

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Tempo (dias)

Figura 51. Variação percentual do valor da viscosidade aparente do gel DMAE


bitartarato no estudo de estabilidade acelerado.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


[vani A. S. de Andrade Batista - Dissel1ação de mestrado, FCF/USP 2008
<*" , BI BLI OTECA
Resultados F;culdade de Ciênciils Farm3C!:ulieas 95
U"iVE-rsidaCle ele São Paulo

Variação do pH do gel DMAE acetoamidobenzoa o


-+- Refrigerador (5 oC)
_ Temp. Amb. (25oC)
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Tempo (dias)

Figura 52, Variação percentual do valor de pH do gel DMAE


acetoamidobenzoato no estudo de estabilidade acelerado.

Variação da viscosidade aparente do gel DMAE acetoamidobenzoato


-+- Refrigerador (5 oC)
_ Temp. Amb. (250C)
50
_ Luz branca
40 _ Estufa (45 oC)

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Tempo (dias)

Figura 53. Variação percentual do valor de viscosidade aparente do gel DMAE


acetoamidobenzoato no estudo de estabilidade acelerado.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Resultados 96

Variação do pH do gel DMAE base


~ Refrigerador (5 oc)
_ Temp. Amb. (250C)
50
_ Luz branca
40 _ Estufa (45 oe)
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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 54. Variação percentual do valor de pH do gel DMAE base no estudo de


estabilidade acelerado.

Variação da viscosidade aparente do gel DMAE base


~ Refrigerador (5 oc)
- Temp. Amb. (25oC)
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_ Luz branca
40 _ Estufa (45 oC)
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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 55. Variação percentual do valor da viscosidade aparente do gel DMAE


base no estudo de estabilidade acelerado.

Dese nvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetiJaminoetanol
Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Resultados 97

Variação do pH do creme placebo


~ Refrigerador (5 oc)
_ Temp. Amb. (25 oc)
50
_ Luz branca
40 _ Estufa (45 oC)
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Tempo (dias)

Figura 56. Variação percentual do valor de pH do creme placebo no estudo de


estabilidade acelerado.

Variação da viscosidade aparente do creme placebo ~


Re fr'Igerador (5 oC)
_ Temp. Amb. (250C)
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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 57. Variação percentual do valor da viscosidade aparente do creme


placebo no estudo de estabilidade acelerado.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetiJaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCFIUSP 2008
Resultados 98

Variação do pH do creme DMAE bitartarato


-+- Refrigerador (5 oc)
- Temp. Amb. (25oC)
50
_ Luz branca
40 _ Estufa (45 oc)
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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 58. Variação percentual do valor de pH do creme DMAE bitartarato no


estudo de estabilidade acelerado.

Variação da viscosidade aparente do creme DMAE bitartarato


-+- Refrigerador (5 oC)
- Temp. Amb. (25oC)
_ Luz branca
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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 59. Variação percentual do valor da viscosidade aparente do creme


DMAE bitartarato no estudo de estabilidade acelerado.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Resultados 99

Vanaçao do pH do creme DMAE acetoamldobenzoato


~ Refrigerador (5 oC)
_ Temp. Amb. (25oC)
50
_ Luz branca
40 _ Estufa (45 oC)

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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 60. Variação percentual do valor de pH do creme DMAE


acetoamidobenzoato no estudo de estabilidade acelerado.

Variação da viscosidade aparente do creme DMAE acetoamidobenzoat


~ Refrigerador (5 oc)
_ Temp. Amb . (25oC)
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40 _ Estufa (45 oC)

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Tempo (dias)
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Figura '61. Variação percentual do valor da viscosidade aparente do creme


DMAE acetoamidobenzoato no estudo de estabilidade acelerado.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCFIUS P 2008
·S ) 8 L IO f Ê C A
Resultados Faculdade de Ci&ncias Farm a céu t ica~' 100
Ulliv€i sidatld de $,,6 Paulo

Variação do pH do creme DMAE base


-+- Refrigerador (5 oC)
_ Temp. Amb. (25oC)
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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 62. Variação percentual do valor de pH do creme DMAE base no estudo


de estabilidade acelerado.

Variação da viscosidade aparente d o cremeDMAE base


-+- Refrigerador (5 oc)
- Temp. Amb. (25oC)
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40 _ Estufa (45 oC)

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Tempo (dias)

Figura 63. Variação percentual do valor da viscosidade aparente do creme


DMAE base no estudo de estabilidade acelerado.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Jvani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Resultados 101

Variação do pH do gel-creme placebo


-+- Refrigerador (5 oC)
_ Temp. Amb . (250C)
50
_ Luz branca
40 _ Estufa (45 oC)

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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 64. Variação percentual do valor de pH do gel creme placebo no estudo


de estabilidade acelerado.

Variação da viscosidade aparente do gel-creme placebo -+- Refrigerador (5 oC)


_ Temp. Amb. (250C)
50
_ Luz branca
40 _ Estufa (45 oC)

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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 65. Variação percentual do valor da viscosidade aparente do gel creme


placebo no estudo de estabilidade acelerado.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilalTÚnoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Resultados 102

Variação do pH do gel-creme DMAE bitartarato


-+- Refri gerador (5 oC)
_ Temp. Amb. (250C)
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_ Luz branca
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Tempo (dias)

Figura 66. Variação percentual do valor de pH do gel creme DMAE bitartarato


no estudo de estabilidade acelerado.

Variação da viscosidade aparente do gel-creme DMAE bitartarato


-+- Refrigerador (5 oC)
- Temp. Amb . (25oC)
_ Luz branca
50 _ Estufa (45 oC)

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Tempo (dias)

Figura 67. Variação percentual do valor da viscosidade aparente do gel creme


DMAE bitartarato no estudo de estabilidade acelerado.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos co ntendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCFIUSP 2008
Resultados 103

vanaçao ao pn ao gel-creme UMA!:. aceloamlaoDenzoalo


-+- Refrigerador (5 oC)
_ Temp. Amb . (25oC)
50 _ Luz branca
40 _ Estufa (45 oC)

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Tempo (dias)

Figura 68. Variação percentual do valor de pH do gel creme DMAE


acetoamidobenzoato no estudo de estabilidade acelerado.

Variação da viscosidade aparente do gel-creme DMAE acetoamidobenzoato -+- Refrigerador (5 oc)


_ Temp. Amb. (250C)
50
_ Luz branca
40 _ Estufa (45 oc)

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Tempo (dias)
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Figura 69. Variação percentual do valor da viscosidade aparente do gel creme


DMAE acetoamidobenzoato no estudo de estabilidade acelerado.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


[varri A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Resultados 104

Variação do pH do gel-creme DMAE base


-+- Rehigerador (5 oe)
- Temp. Amb. (25 oe)
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_ Luz branca
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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 70. Variação percentual do valor de pH do gel creme DMAE base no


estudo de estabilidade acelerado.

Variação da viscosidade aparente do gel-cremeDMAE base -+- Refrigerador (5 oc)


_ Temp . Amb. (250e)
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7 15 30 45 60 90
Tempo (dias)

Figura 71. Variação percentual do valor da viscosidade aparente do gel creme


DMAE base no estudo de estabilidade acelerado.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCFIUSP 2008
Otfssn~S/a
-
Discussão de resultados 117

7 DISCUSSÃO DE RESUL lADOS

Com o avanço da tecnologia e com as pesquisas mais aprofundadas, os


produtos cosméticos deixaram de ser apenas produtos para disfarçar
imperfeições, embelezar o rosto, os olhos e a pele, tornando-se essenciais
para manter a pele com aspecto jovem e saudável.

A pele é responsável pela aparência externa. Seu envelhecimento pode


afetar a auto-estima do individuo e interferir no seu convívio com a sociedade.
Este fato tem impulsionado os pesquisadores e industrias cosméticas a
encontrarem e desenvolverem produtos que possam reverter ou prevenir o
envelhecimento cutâneo.

o DMAE e seus respectivos sais fazem parte das substâncias ativas que
causaram uma grande revolução no que diz respeito ao tratamento anti-
envelhecimento. Para garantir a eficácia e segurança, são recomendáveis
concentrações entre 3,0 a 5,0%. Concentrações menores não resultaram nos
efeitos desejados e concentrações maiores podem causar irritações
localizadas.

A Câmara Técnica de Cosméticos - CATEC, recomenda que os


produtos cosméticos contendo DMAE na sua formulação sejam classificados
como grau 2 e registrados perante o órgão oficial (Agencia Nacional de
Vigilancia Sanitária - ANVISA).

Desenvo lvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Discussão de resultados 118

Um dos maiores problemas encontrados no desenvolvimento do


trabalho, foi a falta de literatura cientifica com respeito a metodologia analítica,
para determinação quantitativa do DMAE em produtos cosméticos. Este foi por
tanto, o principal motivo para realização deste projeto de pesquisa ..

Além disso, os problemas para aquisição de substâncias puras para serem


utilizadas como substâncias químicas de referência, retardaram o processo de
validação, como foi o caso do DMAE lactato, do DMAE glicolatoe do DMAE
mandelato.

Para o desenvolvimento da metodologia analítica, foram testados vários


métodos, dentre eles, a cromatografia em fase líquida com detecção por
fluorescência e por condutividade. No entanto, por tratar-se de uma amina
terciária esses compostos apresentam baixa emissão e por isso, descartou-se
a utilização da cromatografia em fase liquida com detector em flouresecncia.
Em vista disso e após vários testes preliminares, foram selecionados para o
estudo de técnicas de RMN e eletroforese capilar com detecção por
condutividade.

7.1 CARACTERIZAÇÃO DOS MATÉRIAIS DE REFERÊNCIA E


MATÉRIAS-PRIMAS FARMACÊUTICAS

7.1.1 ESPECTROSCOPIA DE ABSORÇÃO NO INFRAVERMELHO

Os materiais de referência e matérias-primas farmacêuticas foram


caracterizados no infravermelho (IV) mediante pastilhas KBr (as sólidas) e
filmes (as liquidas).

A Figura 7 mostra o espectro de absorção no IV do DMAE


acetoamidobenzoato, o qual apresenta os principais picos característicos na
região de 3367 ,0 cm- 1 correspondente ao estiramento do grupo -OH da
estrutura complexada, e na região de 1607,3 cm- 1 apresenta o estiramento do
grupo -C=O da amida secundaria (SILVERSTEIN e WEBSTER, 2000).

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetil aminoetanol
lvani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/ USP 2008
Discussão de resultados 11 9

o espectro no IV do DMAE base é apresentado na Figura 8. A região de


3389,9 cm-1 corresponde ao estiramento do grupo -OH , e na região de 1663,9
cm- 1 esta evidenciado o estiramento do grupo -C-N da amina (SILVERSTEIN e
WEBSTER, 2000) .

A Figura 9 mostra o espectro de absorção no IV do DMAE bitartarato, os


principais picos localizam-se na região de 3360,3 cm-1 correspondente ao
estiramento do grupo -OH , e na região de 1724,4 cm- 1 correspondente ao
estiramento do grupo -c=o do bitartarato (SILVERSTEIN e WEBSTER , 2000) .

A Figura 10 mostra o espectro de absorção no IV do DMAE glicolato. Os


principais picos localizam-se na região de 3368,4 cm-1 correspondente ao
estiramento do grupo -OH, e na região de 1596,3 cm- 1 correspondente ao
estiramento do grupo -C=O (SILVERSTEIN e WEBSTER , 2000) .

O espectro no IV do DMAE lactato é apresentado na Figura 11 . A região


de 3391,6 cm- 1 corresponde ao estiramento do grupo -OH , e a região de
1592,3 cm- 1 representa o estiramento do grupo -c=o da carbonila
(SILVERSTEIN e WEBSTER, 2000) .

A Figura 12 mostra o espectro de absorção no IV do DMAE mandelato. o


qual apresenta os principais picos característicos na região de 3380 ,7 cm- 1
correspondente ao estiramento do grupo -OH, e na região de 1602,4 cm- 1 que
corresponde ao estiramento do grupo -C=O (SILVERSTEIN e WEBSTER,
2000) .

7.1.2 IESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO NO ULTRAVIOLETA

Nas Figuras 13, 14, 15,16, 17 e 18 são apresentados os espectros no


ultravioleta (UV) do DMAE base e seus sais.

Desenvolvi mento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilam inoet3nol
Ivan i A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/ USP 2008
Discussão de resultados 120

A Figura 13 corresponde ao espectro de absorção no UV do DMAE


acetoamidobenzoato com concentração de 50,0 Ilg/mL em água destilada.
Observa-se uma banda larga de absorção aproximadamente na região de
220,0 nm até 300 ,0 nm, tendo o máximo em 260,0 nm . Esta banda é
característica de grupos cromóforos de anéis aromáticos.

As Figuras 14, 15, 16 e 17 mostram os espectros de absorção no UV do


DMAE base, DMAE bitartarato, DMAE glicolato e DMAE lactato. Todas estas
substâncias não apresentaram absorção na região de 190,0 nm até 400,0 nm,
confirmando assim os resultados encontrados na literatura.

A figura 18 corresponde ao espectro de absorção no UV do DMAE


mandelato com concentração de 50,0 ~lg/mL em água destilada. Observa-se
uma pequena banda de absorção aproximadamente na região de 200,0 nm até
240,0 nm. Esta banda é característica de grupos cromóforos de anéis
aromáticos.

Visando uma estratégia para análise do DMAE tentou-se um método por


eletrólise. No entanto, resultados satisfatórios foram obtidos unicamente para
matérias-primas, pois quando esta técnica foi utilizada para determinação do
DMAE em produtos acabados, não foram obtidos os resultados , muito
provavelmente, devido a interferências dos componentes da formulação.

7.1.3 ENSAIOS DE QUALIDADE BASEADOS EM MEDIDAS FíSICAS

Foram realizados ensaios para determinação do ponto de fusão para


caracterização de cada substância em estado sólido. Os resultados obtidos
conferem com as especificações encontradas na literatura (MERCK INDEX,
2001).

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estab il idade de produtos cosméti cos contendo dimetilaminoetanol
Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Discussão de resultados 121

7.1.4 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS DE REFERÊNCIA E


MATÉRIAS-PRIMAS FARMACÊUTICAS POR ANÁLISE TÉRMICA

Na realização dos ensaios por análise térmica, o principal objetivo foi


caracterizar as matérias-primas para conhecimento do comportamento térmico
destas substâncias durante os estudos de estabilidade acelerada. A partir das
curvas de DSC e TG/DTG podem-se realizar estudos de pré-formulação. A
previsão da estabilidade térmica dos componentes de uma formulação pode
auxiliar no controle dos parâmetros de processos industrias de fabricação .

A Figura 19 mostra a curva TG/DTG e DSC do DMAE


acetoamidobenzoato. Pode ser observado na curva DSC que existe um evento
endotérmico 152,5°C que corresponde ao T onset com decomposição térmica,
pois na mesma faixa de temperatura as curvas TG e DTG também mostram
perda de massa. Este evento pode ser comparado com o valor obtido na
determinação do ponto de fusão experimentalmente e também pode ser
comparado com os valores obtidos na revisão da literatura (MERCK INDEX,
2001) . Pode-se verificar também que o DMAE acetoamidobenzoato, é
termicamente estável até aproximadamente 100°C. a decomposição térmica
ocorre entre 120 e 600°C, com perda de massa gradual com estabelecimento
de patamares que indicam a formação de intermediários instáveis. A curva
DTG evidencia quatro etapas principais de decomposição. Para se tornar mais
fácil a interpretação dos resultados , as curvas TG/DTG foram divididas em
quatro etapas principais de decomposição térmica, de 120 a 200°C ; de 200 a
340°C ; de 34 a 440°C e 440 a 600°C . as variações de massa em relação a
massa inicial foram 32,3%; 24,5%, 6,07% e 16,31% em cada etapa,
respectivamente e massa residual de 20,82%.

A curva TG/DTG do DMAE base é apresentada na Figura 20 . Observa-se


evidência de desidratação entre 50 a 100°C com perda de massa gradual em
uma única etapa . A curva DTG evidência uma etapa de perda de massa que
carcteriza a deidratação do material, cuja variação de massa em relação a
massa inicial foi de 96,26% .

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabi li dade de produtos cosméti cos contendo dimetil aminoetanol
Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Discussão de resultados 122

A curva TG/DTG e DSC do DMAE bitartarato é apresentada na Figura


21. Existe um evento endotérmico em aproximadamente 105°C correspondente
ao ponto de fusão experimental e também pode ser comparado com os valores
obtidos na revisão da literatura (MERCK INDEX, 2001). Observa-se um evento
característico de perda de massa de 3,9% , que corresponde a liberação de
água . As curvas TG/DTG mostram que o DMAE bitartarato é termicamente
estável até aproximadamente 40°C .

7.2 CROMATOGRAFIA LíQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA

O DMAE não apresenta absorbância na região do UV, porém os sais de


acetoamidobenzoato e mandelato por possuírem grupos cromóforos absorvem
na região do UV. Por este motivo tentou-se a determinação por CLAE
empregando-se detecção no UV.

Depois de pesquisar mais detalhadamente a síntese destas substâncias,


observou-se que a reação de neutralização é estequiométrica 1: 1, com isto
concluiu-se que se poderia obter por diferença a quantidade de DMAE base,
porém isto não acontece nos processos industriais já que nestas reações existe
sempre um excesso do reagente neutralizador.

7.3 DOSEAMENTO DE AMINAS POR TITULOMETRIA

O doseamento de aminas é feito pela técnica de titulometria com


determinação potenciometrica em meio não aquoso Esta técnica é utilizada
hoje em dia nas industrias para análise de matéria-prima. A titulometria não é
útil para matérias-primas incorporadas, nem associadas a matrizes complexas
de produtos acabados. Foi por esta razão que a técnica não foi utilizada para o
doseamento do DMAE nos produtos cosméticos pesquisados.

Desenvo lvimento de método de análise e estudo de estabi lidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
Ivani A. S. de Andrade Bati sta - Dissertação de mestrado, FCF/ USP 2008
Discussão de resultados 123

Foi verificado que o resultado das analises titulometricas, não foram


concordantes com os limites de aceitabilidade das matérias-primas e
substâncias de referência, assim é necessário o desenvolvimento e validação
de métodos analíticos confiáveis para o doseamento destas substâncias afim
de garantir a qualidade das matérias-primas e dos produtos comercializados.

7.4 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR

Os resultados dos ensaios realizados empregando a técnica de RMN


são apresentados nas Figuras 28 a 38. A massa da amostra foi calculada a
partir dos valores de integração dos sinais de ressonância do DMAE a 2,90
ppm e do acido maleico a 6,28 ppm. O método foi desenvolvido e validado para
matérias-primas e géis de produtos cosméticos a contendo DMAE ou sais de
DMAE. Todas as amostras foram dissolvidas em água deuterada e os sais de
DMAE acetoamidobenzoato em dimetilsulfoxido. Para aplicação desta
metodologia em amostras creme e gel creme, um estudo de extração que não
proporcione interferências deve ser estudado, já que qualquer sinal na região
próxima a 2,90 ppm compromete a quantificação de DMAE ou sais de DMAE.
Entre as vantagens da espectroscopia de ressonância magnética do 1 H, é que
o tempo de análise propriamente dita é curto, não provoca alterações químicas,
pelo fato de utilizar pequenas quantidades de solventes, é de baixo impacto
ambiental e o mais importante, o alto grau de seletividade e especificidade.

7.4.1 Validação do método

7.4.1.1 Seletividade

Como pode ser observado na Figura 38, não é observado nenhum sinal
na região próxima a 2,90 ppm, indicando que o gel placebo não interfere na
determinação do DMAE e seus sais. O ácido maleico por sua vez apresenta
Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
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Discussão de resultados 124

um sinal próximo a 6,28 ppm, suficientemente separado do sinal do DMAE e a


matriz que esta entre 4,0 e 5,0 ppm.

7.4.1.2 Linearidade

A linearidade do método por ressonância magnética nuclear do 1 H foi


determinada em cinco níveis de massa, entre 10,0 mg e 30,0, as Figuras 39, 40
e 41, apresentam os gráficos da curva analítica. Observa-se que
independentemente do sal de DMAE, existe uma relação linear, sendo os
coeficientes de correlação: 0,9985, 0,9980 e 0,9970, para o DMAE base,
DMAE bitartarato e DMAE acetoamidobenzoato, respectivamente. A analise
estatística pelo método dos mínimos quadrados, é apresentada nas Tabelas
29, 30 e 31 para cada sal de DMAE.

7.4.1.3 Precisão

A precisão do método foi determinada pela repetibilidade (ensaios intra-


dia). Os resultados de nove diferentes determinações foram utilizados para
calcular o teor percentual, o intervalo de confiança a 95% e o desvio padrão
relativo (DPR). A Tabela 32 mostra os valores obtidos, pode ser observado que
para todas as amostras avaliadas o teor percentual é superior a 100,0%, porém
nenhuma destas amostras ultrapassa o valor de 110,0%, resultado
estabelecido como limite máximo. Em relação ao DPR , observa-se que todos
os valores obtidos foram menores do que 2,0%, valor aceito para os métodos
de separação, porém fica demonstrado com isto que o método proposto possui
valores de DPR semelhantes a tais métodos.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


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Discussão de resultados 125

7.4.1.4 Exatidão

A exatidão foi avaliada pelo teste de recuperação. Os resultados podem


ser observados na Tabela 33. Foram utilizadas para este teste as amostras D,
E e F pois são estas as formulações em gel. Foram testados três diferentes
níveis de adição de massa padrão , cada um para seu respectivo produto . Os
valores obtidos variam entre 102,0% e 103,5% para amostra D, entre 100,7% e
102,5% para amostra E e entre 102% e 104,0% para amostra F. Foram
estabelecido valores de recuperação entre 95% e 105% como aceitos para
este teste. Assim sendo, todas as amostras testadas foram satisfatórias para a
exatidão do método.

7.4.1.5 Limite de detecção (LD) e limite de quantificação (LQ)

Os valores obtidos na determinação do LD e LO foram baseados nas


curvas analíticas. As Tabelas 29, 30 e 31 , apresentam o desvio padrão da
curva analítica e inclinação, sendo estes valores utilizados para calcular estes
limites. No item 6.7.5 de resultados , são apresentados os valores obtidos.
Valores aceitáveis foram encontrados, demonstrando a alta sensibilidade do
método.

7.5 Eletroforese capilar

A técnica de eletroforese capilar é hoje em dia uma ferramenta poderosa


no controle de qualidade de produtos químicos. Ela vem se tornando uma
alternativa à cromatografia líquida de alta eficiência. Uma das desvantagens
desta técnica são os altos LD e LO , porém para determinação quantitativa do
DMAE foi utilizada a detecção condutimetrica sem contato, a qual apresenta
bons resultados e alta sensi.bilidade. Em contrapartida as vantagens da
eletroforese capilar são varias, entre elas: baixos volumes de solventes e
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Ivani A. S. de Andrade Bati sta - Dissertação de mestrado, FCF!USP 2008
Discussão de resultados 126

soluções, tempo de analise curto e não precisa de preparo de amostra


trabalhoso. No desenvolvimento do método, foi utilizada a trietilamina como
padrão interno, pelo fato de ser também uma amina, porém na validação teve
de ser substituída por rubídio, já que a trietilamina pode ser um produto
formado pela degradação do DMAE.

7.5.1 Validação do método por eletroforese capilar

Na validação do método eletroforético foi visada uma separação


'satisfatória em um curto tempo de analise. Foi selecionado o rubídio como
padrão interno pelo fato de saber que este composto não consta em nenhuma
das formulações testadas e por apresentar estabilidade físico-química. Os
parâmetros analíticos foram otimizados e descritos na seção de materiais e
métodos.

7.5.1.1 Seletividade

Da mesma forma que em RMN , a seletividade do método eletroforetico


foi avaliada pela analise de placebos (gel, gel creme e creme). Observa-se na
Figura 42 eletroferogramas representativos dos placebos em gel e creme. O
pico denominado (a) corresponde ao padrão interno (rubídio) e sempre aparece
próximo a 2,2 mino Os excipientes da formulação não são detectados e não
interferem nas determinações quantitativas. A Figura 43 mostra
eletroferogramas representativos de amostras. Observa-se total separação
entre o pico do padrão interno (rubídio) e o DMAE (pico b) , demonstrando
assim a alta seletividade do método proposto.

Desen volvi mento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos con tendo dimetilaminoetanol
Ivan i A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/ USP 2008
Discussão de resultados 127

7.5.1.2 Linearidade

A Figura 44 e Tabela 34 apresentam o gráfico da curva analítica e os


resultados obtidos na analise estatística do teste da linearidade,
respectivamente . É observada uma excelente relação linear entre a
concentração do DMAE e a resposta instrumental, sendo o valor do coeficiente
de correlação 0,9993. O método dos mínimos quadrados foi utilizado para
avaliação do desvio padrão da curva analítica e determinação da inclinação e
intercepto.

7.5.1.3 Precisão

No teste de precisão da mesma forma que no método por RMN foram


determinados os teores percentuais de todas as amostras , o intervalo de
confiança a 95% , e o DPR. Foram testadas nove diferentes replicas (intra-dia)
e os resultados foram submetidos a analise estatística . Na Tabela 35 são
apresentados os resultados e pode ser observado que nenhuma das
formulações cosméticas testadas o teor percentual foi superior a 110%,
indicando que satisfazem o resultados de teor rotulado . Em relação ao DPR , os
valores obtidos variaram entre 1,02% e 1,64% , sendo que nenhuma analise foi
superior a 2,0% , indicando boa proximidade entre as repl icas testadas.

7.5.1.4 Exatidão

No teste de recuperação , uma quantidade de DMAE padrão foi


adicionado ao seu respectivo sal de DMAE na formulação cosmética. As
analises foram realizadas em triplicata no mesmo dia e os resultados obtidos
podem ser observados na Tabela 36. Da mesma maneira que no método por
RMN, foi estabelecida uma faixa de aceitação entre 95% e 105%. Sendo
assim , todos os resultados obtidos estão dentro dos limites de aceitação pré-
estabelecidos, demonstrando com isto, um alto grau de concordância entre o
valor experimental e aquele tomado como verdadeiro.
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Ivani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCFfUSP 2008
Discussão de resultados 128

7.5.1.5 Limite de detecção (LD) e limite de quantificação (LQ)

o LO de uma metodologia analítica representa a concentração mais


baixa da substância em exame que pode ser detectada com um certo limite de
confiabilidade, utilizando um determinado procedimento experimental. O La
representa a mais baixa concentração da substância em exame que pode ser
exata e precisamente medida com um certo limite de confiabilidade . O item
6.8.5 de resultados mostra o calculo realizado para determinar o LO e La. Os
valores obtidos foram 0,45 ug/mL e 1,35 ug/mL, para o LO e La
respectivamente. Estes valores indicam uma elevada sensibilidade do método,
pois as preparações na determinação quantitativa foram realizadas a
concentrações próximas de 5 ug/mL. O desvio padrão da curva analítica foi
utilizado para este calculo, bem como a inclinação.

7.6 Estudo de estabilidade

O desenvolvimento de formulações cosméticas, nas suas diversas


formas de apresentação (sólidas, semi sólidas e liquidas) exige a seleção
rigorosa das matérias-primas envolvidas, o desenvolvimento tecnológico
criterioso e a validação da metodologia analítica utilizada no doseamento das
substâncias ativas de modo a assegurar a qualidade (física, físico-química ,
química, microbiológica e toxicológica), a segurança, a eficácia, a aceitação e a
adesão do produto final pelo usuário (CAMPOS, 2002; SCHUELLER &
ROMANOWSKI,2002).

As formulações foram macroscopicamente analisadas, apos o período de


24 horas necessário para a finalização do processo de emulsificação pelos
agentes emocionantes, verificando criteriosa mente aqueles considerados
aparentemente estáveis com características organolépticas adequadas,

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol


Jvani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/USP 2008
Discussão de resultados 129

segundo critérios do formulador e também referendadas pela literatura


(TADROS, 2004) .

Segundo a Legislação Brasileira, os testes de estabilidade acelerada são


destinados a aumentar a velocidade de degradação química e modificações
físicas de substancias e ou alterações na forma farmacêutica ou cosmética ,
empregando condições drásticas de armazenamento, com a finalidade de
monitorar as reações de degradação e para prever o prazo de validade nas
condições normais de armazenamento (Brasil,2002; Brasil 2004).

As Tabelas 37, 38, 39 e 40 descrevem os perfis de estabilidade das


formulações placebo gel, gel DMAE bitartarato, gel DMAE acetoamidobenzoato
e gel DMAE base.

As Tabelas 41, 42, 43 e 44 descrevem os perfis de estabilidade das


formulações placebo creme, creme DMAE bitartarato, creme DMAE
acetoamidobenzoato, creme DMAE base.

As tabelas 45, 46, 47 e 48 descrevem os perfis de estabilidade das


formulações placebo gel creme, gel creme DMAE bitartarato, gel creme
acetoamidobenzoato, gel creme base.

Por meio da análise das características organolépticas (aspecto, cor e


odor) e dos parâmetros físico-químicos (valor de pH, viscosidade aparente e
teor) obtidos pelos testes de estabilidade acelerada. Os ensaios foram
conduzidos nos dias previamente estabelecidos, em condições de
armazenamento de luminosidade e de temperatura extremas.

Os testes de estabilidade acelerada visaram conferir as formulações,


condições para o envelhecimento acelerado, permitindo selecionar aquela de
melhor perfil de estabilidade física e físico-química, segundo os parâmetros
avaliados.

Desenvolvimento de método de aná lise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
lvani A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCF/ USP 2008
Discussão de resultados 130

Segundo os resultados apresentados nas Tabelas 37, 38 , 39, 40 e


Figuras 48 , 50, 52 e 54 todos os géis apresentaram variações reduzidas no
valor de pH, exceto gel acetoamidobenzoato nos dias 60 e 90 , nas condições
de (45 ± 1°C), com valores percentuais excedentes (-5 ,01% e -5 ,16%) acima
do limite tomado como aceito equivalente a ± 5%.

As características organolépticas aspecto, cor e odor para as


formulações em gel não sofreram alterações perceptíveis durante o período de
90 dias, com exceção da cor que em todas as condições a partir de 30 dias
houve uma leve mudança.

Em relação a viscosidade (Figuras 49, 51 , 53, 55) não foi observada


nenhuma modificação aparente que possa comprometer o produto. Segundo
os resultados obtidos, as formulações em gel resultaram em um sistema de
estabilidade adequado, segundo os critérios de inclusão e exclusão (item
5.2 .1.8.5) para as características organolépticas . Unicamente a cor teve
variação, mas como o teor se manteve constante, seria somente a aparência
do produto, o que viabilizaria a utilização de um corante para mascarar a cor.

Segundo os resultados das Tabelas 41, 42, 43, 44 e Figuras 56 , 58, 60,
62 todos os cremes apresentaram variações reduzidas no valor de pH , exceto
creme acetoamidobenzoato 45 e 60 dias de analise nas condições de (Luz 25 ±
1°C), com valores percentuais excedentes (-5,08 e -5,25%) e 30 e 60 dias (45 ±
1°C) com valores percentuais excedentes (-6,78 e 5,08%) acima do limite
permitido, equivalente a ± 5% . Exceto creme base 30 dias de analise nas
condições de (45±1°C) com valores percentuais excedentes (-6,78%) acima do
limite permitido, equivalente a ±5%.

As características organolépticas aspecto, cor e odor para as


formulações em creme não sofreram alterações perceptíveis durante o período
de 90 dias de duração do teste de estabilidade com exceção da cor que em
todas as condições a partir de 15 dias ocorreu mudança gradual de cor.

Desenvolvimento de método de análjse e estudo de estab il idade de produtos cosméticos contendo dimetilaminoetanol
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Discussão de resultados 131

Em relação a viscosidade (Figura 57, 59, 61 e 63) não foi notada


nenhuma modificação aparente que possa comprometer visualmente o
produto.
Segundo os resultados obtidos as formulações em creme resultaram em um
sistema de estabilidade adequado, segundo os critérios de inclusão e exclusão
(item 5.2 .1.8.5) para as características organolépticas. Somente a cor teve
variação, mas como o teor manteve constante, seria somente a aparência do
produto, o que viabilizaria a utilização de um corante para mascarar a cor.

Segundo os resultados das Tabelas 45, 46, 47 e 48 e Figuras 64, 66, 68


e 70 todos os géis creme apresentaram variações reduzidas no valor de pH,
exceto gel creme acetoamidobenzoato após 30 dias nas condições de (5,0 ±
1°C) e (45 ± 1°C), com valores percentuais excedentes (-5,81 e -5,32%), acima
do limite permitido, equivalente a ± 5%.

As características organolépticas aspecto, cor e odor para as


formulações em gel creme não sofreram alterações perceptíveis durante o
período de 90 dias de duração do teste de estabilidade com exceção da cor
que a partir de 45 dias a (25 ± 1°C) Luz (25 ± 1°C) e (45 ± 1°C) ocorreu
mudança de cor.

Em relação a viscosidade (Figura 65, 67, 69 e 71) não foi notada


nenhuma modificação aparente que possa comprometer visualmente o
produto. Conforme os resultados obtidos as formulações em gel-creme resultou
em um sistema de estabilidade adequado, segundo os critérios de inclusão e
exclusão (item 5.2.1 .8.5) para as características organolépticas. Unicamente a
cor teve variação, mas como o teor manteve-se constante, seria somente a
aparência do produto, o que viabilizaria a utilização de um corante para
mascarar a cor.

As formulações gel, creme e gel creme apresentaram-se estáveis. Todas


as formulações em relação ao placebo ocorreram diminuições no valor da
viscosidade, porem essas não foram perceptíveis por médio da analise visual
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Discussão de resultados 132

(macroscópica) , exceto gel creme acetoamidobenzoato e base que após a


adição do DMAE a viscosidade é perceptível a diminuição nesse aspecto,
conferindo uma forma cosmética de loção por se tratar de um sistema
emulsionado com valor de viscosidade aparente próximo a 300 cp , segundo
WOOD, 2001 , confere a denominação da forma cosmética de loção.

Desenvo lvimento de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméticos contendo dimetil aminoetanol
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S30sn1~NO~
-
Conclusões 133

8 CONCLUSÕES

Nas condições experimentais em que foram realizados os ensaios,


pode-se concluir que:

• A caracterização das matérias-primas e substâncias de referência é


possível pelas técnicas de espectrofotometria no IV, já que esta técnica
oferece resultados típicos para cada composto químico. A
espectrofotometria no UV não oferece informação importante para este fim .
A análise térmica é útil para a estimativa da perda de água com o decorrer
do tempo, bem como confirmação de ponto de fusão .

• A técnica titulometrica em meio não aquoso para quantificação do DMAE é


útil só para matérias-primas e substâncias de referência. O DMAE e seus
sais não podem ser quantificados por titulometria devido a interferência dos
componentes da matriz.

• A cromatografia em fase líquida de alta eficiência não pode ser empregada


para determinação do DMAE e seus sais por apresentarem baixa
absortividade, com exceção são dos sais de acetoamidobenzoato e
mandelato. Estas duas ultimas substâncias não são equimolares no
processo de fabricação dificultando a análise cromatográfica .

Desenvo lvimen to de método de análise e estudo de estabilidade de produtos cosméti cos contendo dimetil aminoetanol
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Conclusões 134

• A eletroforese capilar com detecção por condutividade demonstra ser uma


técnica promissóra para quantificação de DMAE e seus sais. Os dados da
validação analítica proporcionam a confiabilidade do método.

• Foram obtidos resultados satisfatórios na val idação analítica pelo método


de RMN . Uma vantagem sobre as outras técnicas é que o preparo das
amostras é simples e o tempo da análise é rápido , não havendo
necessidade de processos de extração do analito das amostras
selecionadas .

• Segundo os resultados obtidos no estudo de estabilidade acelerado , pode-


se concluir que: entre as formulações estudadas, as que contém DMAE
bitartarato apresentaram melhor estabilidade físico-química , sendo que as
formulações de gel e creme mantiveram a viscosidade aparente constante e
menor alteração de cor.

• As formulações com DMAE bitartarato possuem pH em torno de 3,5 não


compatível com o pH da pele 6,5. Sendo assim , uma etapa prévia de
neutralização seria necessária para obter um produto seguro, eficaz e com
qualidade.

Desenvolvimento de método de análise e estudo de estabi lidade de produtos cosméticos contendo dimeti laminoetallol
Ivan i A. S. de Andrade Batista - Dissertação de mestrado, FCFIUSP 2008
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Referências bibliográficas 135

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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