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Nas areias utilizadas como molde, um fator essencial é o pH que sempre tem de ser monitorado.
A granulometria média é de 0,05 mm a 2 mm (peneiras 10 a 270).
Os tipos de areia existentes são: sílica, cromita, zirconita, olivina, chamote e cerabeads.
1. Tipos de areias:
Sílica (óxido de silício – SiO2)
Cromita (FeOCr2O3) – alta condutividade térmica (ideal para peças pequenas)
Zirconita (silicato de zircônio – ZrO2SiO2) densidade: 4,7
o Baixa molhabilidade no Fe
Areia base olivina
o Forsterita (2MgO. SiO2) e faialita (2FeO. SiO2).
Areia base Chamote
Vantagens Desvantagens
- elevada fluidez; - elevado preço;
- alta temperatura de sinterização; - baixa condutividade térmica;
- alta dureza do grão; - alto calor específico, que significa a dificuldade
- boa resistência ao choque térmico; que a areia tem de se aquecer e maior ainda em se
- composição química estável; resfriar.
- boa resistência à abrasão;
- alta estabilidade térmica a elevadas temperaturas.
2. Aglomerantes – resinas:
Resina parte 1 é a parte reativa, baixa viscosidade que facilita o recobrimento dos grãos de areia
e a mistura com parte 2 do sistema aglorante (poliisocianato). Na cura grupos hidroxilas de P1 reagem
com grupos isocianatos de P2 na presença de amina.
3. Agente de cura
O agente de cura utilizado para a catálise do processo são as aminas terciárias com alto grau de
vaporização (voláteis). Os principais usados para caixa-fria são:
TEA (trietilamina);
DMEA (dimetiletilamina);
TMA (trimetilamina);
DMIA (dimetil-isopropilamina).
A utilização do TEA requer sete a oito vezes mais gás inerte ou ar que o DMEA para a cura.
TEA DMEA
- mais utilizado no Brasil; - utilizado na Europa;
- menor custo; - maior custo;
- menor odor; - maior odor;
- pode ser aquecido até 75ºC, no máximo. - menor tempo de cura;
- dispensa aquecimento;
- maior produtividade.
O DMEA requer maior pressão de vapor e maior solubilidade no gás de transporte, mas é mais
caro e irritante que o TEA.
Dado prático: utilizar de 1 a 1,5 cm3 de agente de cura gaseificado para cada quilo de areia
misturada.
Adensamento da areia
Após mistura a areia possui vida útil de 4 h, mas é recomendado 2 h. Não utilizar antes de
10 a 15 min.
Vantagens Desvantagens
- elevada resistência mecânica dos moldes e - custo elevado das resinas e agentes de cura;
machos logo após a gasagem; - necessidade de uma areia de elevada qualidade;
- baixa evolução de gases; - controle necessário da temperatura de areia;
- excelente colapsabilidade; - ambiente de trabalho necessita ser arejado e com
- elevada precisão dimensional; exaustão;
- elevada produtividade; - tempo de estocagem de machos moldes pela
- elevada fluidez da mistura; elevada higroscopicidade;
- excelente acabamento superficial; - sistema de gasagem caro;
- baixa pressão de compactação; - a baixa viscosidade de aglomerante pode
- ferramental em vários materiais; ocasionar colagem de partes do macho ferramental.
- dispensa armações metálicas; Compactação muito favorece o aparecimento de
- não utiliza estufagem; trincas ou veiamentos.
- utilização imediata após a extração o ferramental;
- possibilidade de obter machos de geometrias
complexas;
- formação de carbono vítreo, podendo dispensar
pinturas.
4. Confecção do Ferramental
para baixas séries:plástico, cujo problema é ser atacado por agentes de limpeza e de
desmoldagem, que diminuem a sua vida útil, e resina epóxi ou madeira;
para médias séries: ligas de alumínio, ligas de cobre;
para grandes séries: ferro fundido, aço e alumínio.
5. Pintura
Veiamento
- Causas possíveis:
o alta densidade de compactação devido à fluidez da mistura;
o dilatação da sílica;
o amolecimento da ligação uretânica.
- Soluções:
o uso de aditivos (oxido de ferro Fe3O4 em teores de até 6%) e tintas;
o redução do tempo e da temperatura de vazamento;
o modificação no sistema de canais;
o uso de areia mais grossa.
- Soluções:
o reduzir o teor total de aglomerantes;
o elevar a temperatura e aumentar a velocidade de vazamento;
o utilizar aditivos, óxidos de ferro em teores de 1% a 3% e tintas;
o modificar sistema de canais.
Escamas (chagas)
- Causas possíveis:
o redução da resistência superficial do molde ou macho;
o exposição de partes do molde a elevadas temperaturas (irradiação de calor);
o macho – molde danificado.
- Soluções:
o aumentar o teor de aglomerante;
o reduzir o tempo e a temperatura de vazamento;
o não utilizar machos recuperados;
o controlar tempo de mistura.
- Causa possível:
o presença de água no sistema.
- Soluções:
o utilizar aditivos (Fe3O4 em teores de até 6%);
o reduzir o teor em parte 2;
o diminuir o teor de água no sistema.
Aderência no ferramental
- Causas possíveis:
o falta de desmoldante;
o elevado teor em aglomerante;
o falhas de projeto;
o superfície irregular do ferramental;
o pressão elevada do sopro.
- Soluções:
o utilizar desmoldante adequado;
o reduzir o teor em aglomerante;
o verificar a superfície do ferramental;
o controlar a pressão de gasagem.