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Buber Enfermagem PDF
Buber Enfermagem PDF
Diego Schaurich2
Maria da Graça Oliveira Crossetti3
Resumo
Trata-se de um estudo teórico-reflexivo que teve por objetivo refletir acerca das
contribuições da filosofia relacional-dialógica de Martin Buber à ciência-arte da Enfermagem.
Inicialmente, explorou-se, brevemente, a biografia de Buber, uma vez que sua trajetória
existencial exerceu importante influência durante o desenvolvimento de seu pensamento
filosófico. Em seguida, apresentou-se os constructos que subsidiam seu referencial teórico,
destacando-se conceitos centrais como relação (EU-TU), palavra, encontro, relacionamento
(EU-ISSO), relação EU-TU Eterno, diálogo e dialogicidade, comunidade, inter-humano e
intersubjetividade. Por fim, teceram-se aproximações – que revelaram os modos-de-
contribuição – entre a filosofia relacional-dialógica buberiana e a ciência-arte da enfermagem,
com especial enfoque ao mundo do cuidado e ao cuidar de comunidades familiares que
experienciam o estar saudável e o estar doente como possibilidades de existência.
... quando, após outros vinte anos, revi minha mãe, que viera de longe me
visitar, à minha mulher e a meus filhos, eu não conseguia olhar em seus olhos, ainda
espantosamente bonitos, sem ouvir de algum lugar a palavra desencontro
(Vergegnung), como se fosse dita a mim.”
A onipresente ausência da mãe foi fundante para a identidade de Buber,
cuja infância transcorreu na expectativa de que cada instante pudesse vir a ser a
porta de entrada de seu impossível retorno (BARTHOLO Jr, 2001, p. 18).
Portanto, percebe-se que esta separação foi determinante em sua trajetória existencial e
na composição de sua obra. Isso porque pode-se supor que a filosofia de Martin Buber teve
sua gênese na palavra desencontro, aqui entendido como o fracasso de um verdadeiro
encontro entre seres humanos. Contudo, Oyakawa (2005, p. 12) chama a atenção para um
possível exagero analítico que reside em considerar apenas o abandono materno como pré-
determinante de seu pensamento, e acrescenta que as “influências filosóficas e toda a rica
efervescência política de sua época também se eclipsam, em razão da relevância concedida
àquela ruptura”.
Já na adolescência, aos 18 anos, tornou-se acadêmico no Curso de Filosofia e História
da Arte, na Universidade de Viena. No ano de 1901 entrou para a Universidade de Berlim,
vindo a ser aluno de dois importantes pensadores da época: Wilhelm Dilthey e Georg Simmel
(HOLANDA, 1997). Neste período se dedicou aos estudos da psiquiatria e sociologia,
recebendo, três anos após, o título de Doutor em Filosofia. Entre os anos de 1916 e 1924 foi
editor do jornal “DER JUDE” e em 1923 foi nomeado professor de História das Religiões e
Ética Judaica, pela Universidade de Frankfurt.
Após um período em que permaneceu afastado da vida social, cultural e acadêmica
pelo golpe nazista, Buber, então com 60 anos, foi convidado a ministrar aulas de Sociologia
na Universidade Hebraica de Jerusalém. Este período foi marcado por intensa atividade
intelectual, momento em que aprofundou estudos sobre o Hassidismo, sobre a Bíblia e sobre o
Judaísmo, além de pesquisas políticas, sociológicas e filosóficas. Martin Buber faleceu aos 13
de junho de 1965 em Jerusalém (VON ZUBEN, 2003).
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A filosofia de Martin Buber está voltada para o sentido da existência do ser do homem
em todas as suas manifestações, além de propiciar uma reflexão da reflexão e despertar para
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Ontológico diz respeito aos seres em sua existência própria, em contraponto ao conceito ôntico que diz respeito aos
seres tomados como objetos de conhecimento.
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Configura uma das vertentes místicas mais conhecidas e difundidas do judaísmo (juntamente com a cabala e o zohar)
que, de uma forma muito própria – por meio de seus símbolos e rituais –, auxiliou a propagar a filosofia religiosa do
povo judeu (BUBER, 2003; YARON, 1993). O hassidismo foi uma resposta à crise de identidade e espiritualidade
vivenciada pela sociedade européia e surge com o objetivo de unificar a comunidade judaica oriental. Representa um
movimento que defende a existência de uma ligação completa e profunda entre a comunidade terrena e as coisas divinas
e, portanto, Buber pode ser considerado um dos maiores difusores deste pensamento, especialmente pelo fato de que
“sua filosofia do diálogo está calcada no sentido de liberdade, escolha e, principalmente, ação na realidade, que
encontramos no âmago do movimento hassídico” (HOLANDA, 1997, p. 113).
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um compromisso com a experiência vivida, com a vida. Sua obra apresenta como fato
primordial a relação entre os seres humanos e a palavra como sendo dialógica. No entanto, há
que se considerar que o diálogo não é considerado uma categoria do raciocínio dedutivo, mas
é essencialmente um evento de presença e como tal ele acontece (BUBER, 1977).
Ao longo da obra buberiana – especialmente em Eu e Tu (BUBER, 1977) – percebe-se
uma preocupação constante em deixar os conceitos inacabados, isto é, o filósofo preocupou-se
em não delimitar, circunscrever, tolir as inúmeras possibilidades de vir-a-ser contida no
âmago de cada palavra, uma vez que para ele a palavra é presença, é ser-com-o-outro, é modo
de estar-no-mundo. Segundo a compreensão de Oyakawa (2005, p. 46), Buber criticava as
tendências excessivas de manter a linguagem presa à sintaxe e discorre afirmando que a
palavra buberiana possui “antes de mais nada, a possibilidade de fundar algo novo e não se
estabilizar nas estruturas causais do já conhecido, o mundo do Isso”.
É possível depreender que é por meio da palavra “que o ser do homem adentra à
existencialidade, uma vez que ela contém o vivido, é dialógica. É a palavra que situa o
homem no mundo com o outro, que o mantém no ser, que faz do ser, homem”
(SCHAURICH, PADOIN e MOTTA, 2003, p. 35). A própria condição de existência como
ser-no-mundo é a palavra como diálogo e, portanto, o mundo é múltiplo para o homem,
podendo este assumir uma das três possibilidades de existir: poderá adentrar de forma
autêntica na relação instaurada pela palavra-princípio6 EU-TU; poderá experienciar o
relacionamento objetivante da palavra-princípio EU-ISSO; ou, então, poderá vivenciar a mais
genuína de todas as relações, aquela que é expressa pela palavra-princípio EU-TU Eterno.
Para Buber (1977), a palavra-princípio EU-TU somente pode ser proferida pelo
homem em sua totalidade e instaura um modo, uma maneira de ser consigo, com o outro e
com o mundo, pois não existe homem sozinho, independente. O EU é uma pessoa e o TU é
qualquer ente que se apresente à relação existencial EU-TU, podendo ser uma outra pessoa,
um animal, uma árvore, uma nota musical, Deus. Então, o EU, pessoa, se atualiza e se
presentifica no face-a-face de seu TU, e
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As palavras-princípio, na concepção do filósofo, referem-se a uma atitude atual, efetiva e atualizadora, pois a palavra é
ato, é o princípio ontológico do homem como ser de diálogo e, assim, assume o seu modo de ser-no-mundo e a sua
atitude no face-a-face existencial com-o-outro. “Quando o homem pronuncia a palavra-princípio, o ser do homem se
lança em direção do outro; sai de seu egotismo e entra em relação com este outro; estabelece sua existência e se
transforma em invocação deste outro” (HOLANDA, 1997, p. 120).
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relação entre dois seres que estão abertos e disponíveis para, recíproca e mutuamente, se
atualizarem existencialmente.
Vale ressaltar que cabe ao homem instaurar a mais autêntica e genuína relação, que é
aquela em que a palavra emitida pelo EU busca o diálogo de reciprocidade com o TU Eterno
(BUBER, 1977). Esta relação é o meio através do qual o homem terá a possibilidade de
resgatar a essência de seu ser e entrar em relação com o outro, pois “todo Tu particular é um
reflexo de Tu Eterno. É por intermédio de cada Tu particular da minha experiência que a
palavra-primária dirigi-se ao Tu Eterno” (GILES, 1975, p. 104). Assim, o estabelecimento
deste diálogo com Deus permite o revelar da humanidade e de alternativas para a
compreensão dos problemas existenciais ao estar consigo, com o outro e com o mundo.
O EU tem a possibilidade de entrar em relação dialógica com o TU Eterno por meio de
um encontro inter-pessoal, uma vez que Deus é considerado um Deus-pessoa, isto é, além de
tudo, Ele é também pessoa e, portanto, acessível à relação EU-TU (VON ZUBEN, 2003;
BUBER, 1977). Neste sentido, não caberá ao homem discorrer sistemática e dogmaticamente
sobre Ele, pois o TU Eterno é considerado em sua alteridade absoluta. A significação maior
desta relação não está em descobrir o que Deus é em essência, mas o que é em relação a ele,
ser humano.
Este encontro não ocorre em um espaço e tempo (pré)determinados, mas acontece no
aqui e no agora, na presença autêntica ao estar com o outro e na possibilidade de abertura à
relação existencial. Deus é considerado uma potência transcendente, sem a qual o existir do
ser humano estaria limitado a percorrer o mundo, sem encontrar significados aos fenômenos
que se manifestam ao seu ser-sendo, ao seu devir. Há que se considerar, ainda, que
falar de Deus como Tu eterno, como ser com relação ao devir, exprime a
mesma realidade, pois, para Buber, Deus é ao mesmo tempo transcendente e
imanente, absoluto e relacional. Deus é totalmente Outro; mas é também o
totalmente Mesmo, o totalmente Presente (GILES, 1975, p. 147).
acréscimo não pode ser compreendido como um conteúdo, mas como uma presença que é
força em seu ser.
Há, então, que se considerar que estas atitudes representam possibilidades para que o
EU perceba e compreenda tanto o TU quanto o ISSO, para, a posteriori, compreender-se e
perceber-se como ser-no-mundo. Assim, o existir do homem está em intrínseca harmonia com
o suceder contínuo destas palavras-princípio, pois no momento em que uma se atualiza como
modo-de-ser, a outra torna-se latente, em um movimento de dinamicidade e exclusividade,
mas em íntima ligação entre si (BUBER, 1977).
Estas atitudes existenciais acontecem por meio da palavra, por meio do dialogal, pois
o homem não conduz a palavra, mas é ela que o mantém no ser. A palavra proferida é uma
atitude eficaz, efetiva e atualizadora do ser do homem. Neste sentido, outra questão central na
obra buberiana compreende-se ser o diálogo, uma vez que este somente pode acontecer na
relação entre dois seres, sendo o „entre-dois‟ uma “esfera não espacial, mas, sim, ontológica,
que será condição de possibilidade de toda relação dialógica inter-humana” (VON ZUBEN,
2003, p. 117).
O „entre‟ nesta compreensão, revela-se um terceiro espaço-tempo de vivência,
representando o lugar da intersecção existente na realidade objetiva do EU e do TU, assim
como da intersubjetividade de ambos. Entende-se que o „entre‟ é um ínterim cheio de
significações, que se estabelece e se presentifica no ato instaurador da relação EU-TU e que
só a eles diz respeito e é plenamente compreensível (RIEG, 2007).
É no „entre‟ que ocorre o diálogo, pois a palavra uma vez proferida pelo EU no
encontro com o seu TU, deixa de pertencer a ele, e também não pertence ao outro, mas passa
a localizar-se no „entre‟ eles, na relação EU-TU. O „entre‟ é o intervalo, o lugar de revelação
da palavra proferida pelo ser. Portanto, a mola-mestra na interpretação da existência humana
“é a relação dialógica, porque ela consegue exprimir que o significado não está no homem,
nem no outro, tampouco no mundo, mas entre os três” (RIEG, 2007, p. 14).
Desta forma, para que os seres entrem em relação há a necessidade da palavra, do
diálogo entre humanos, da relação inter-humana que permite a um EU presentificar e tornar-
se atual no face-a-face com seu TU e vice-versa. Na relação inter-humana o mais
importante é que, para cada um dos dois homens, o outro aconteça como
este outro determinado; que cada um dos dois se torne consciente do outro de tal
forma que precisamente por isso assuma para com ele um comportamento, que não o
considere e não o trate como seu objeto mas como seu parceiro num acontecimento
de vida (BUBER, 1982, p. 137-138).
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que permite a relação e, conseqüentemente, a comunidade, exige que dele emane a mudança,
o crescimento que em si é uma mudança.
Neste sentido, o conceito buberiano de comunidade está relacionado às diferentes e
diversas relações inter-humanas estabelecidas pelo EU no seu mundo da vida. Há que se
compreender, ainda, que a comunidade transcende a união de um EU com um TU ou a união
de vários EUs com vários TUs, uma vez que é essencial que „entre‟ eles esteja presentificada
a percepção do outro em sua alteridade e que vivenciem situações existenciais permeadas por
sentimentos, intersubjetividades e encontros.
O aqui apresentado, portanto, foram os conceitos principais da filosofia e do
pensamento de Martin Buber. Estas idéias e definições encontram-se, em sua obra,
interligadas e são interdependentes. A palavra, a presença, a relação EU-TU, o
relacionamento EU-ISSO, o encontro-com o TU Eterno, o diálogo, o dialógico, a
intersubjetividade, o inter-humano e a comunidade são pressupostos desenvolvidos pelo autor
e que podem vir a servir como subsídios para a ciência-arte da enfermagem.
então, ser uma disciplina humana do fazer-com e estar-com, ou seja, que precisa aliar ao
avanço técnico-científico, às normas e rotinas, aos procedimentos e técnicas, a
intersubjetividade, a presença autêntica e genuína, o diálogo vivido e a disponibilidade de um
modo de ajuda (PATERSON e ZDERAD, 1988).
Crossetti (1997, f. 31), em seu estudo que teve por objetivo desvelar o que acontece no
mundo do cuidar em Enfermagem à luz da fenomenologia-existencial heideggeriana, afirma
que fazer Enfermagem “é cuidar do outro, é cuidar do eu, é perceber, é se preocupar e estar
com o outro. É estar para ouvir, ver, experimentar e conhecer”. Assim, entende-se que para
alcançar este cuidado humanístico é fundamental ao ser que cuida estar aberto à relação com-
o-outro, estar presente, com todo o seu ser, no tempo e espaço compartilhados com o ser
cuidado.
Este cuidado autêntico e genuíno deverá acontecer quando o EU do ser que cuida
encontrar o TU do ser cuidado e atualizarem-se mutuamente, adentrando à esfera da relação.
No momento em que ambos compartilharem um único espaço e tempo existencial,
intermediado pela responsabilidade e cumplicidade como ser-no-mundo e ser-no-mundo-com-
o-outro.
Neste sentido, percebe-se que o cuidado emana como resposta a um chamado, a um
pedido de ajuda e, assim, instaura-se a relação dialógica em que está presente a
intersubjetividade e o inter-humano, pois ambos passam a vivenciar sentimentos, emoções,
percepções, valores em comuns e têm objetivos também compartilhados, em uma esfera que
acontece entre eles.
Desta forma, vale destacar a compreensão de von Zuben (2003, p. 11) para o que tange
ao encontro dialógico fundamentado na relação:
maneiras de ser, mas, também, está inaugurada uma comum-unidade, uma unidade existencial
em que cada um doa e recebe um pouco do que precisa.
Isso porque é importante considerar que além do cuidado ao ser humano que vivencia
o estar doente como modo-de-ser existencial, faz-se necessário transcender o olhar para ver
que há, também, uma família que encontra-se precisando de cuidados. Será, assim, possível
potencializar o vir-a-ser de ambos, perceber as possibilidades e limitações do grupo familiar e
desenvolver um cuidado único e singular visando um viver mais saudável. E é em meio aos
mais distintos e diferentes contextos vividos e experienciados pelas famílias que o cuidado
dialógico em Enfermagem deve desenvolver-se, a fim de dar oportunidades para o ser-com
realizar escolhas livres e responsáveis para seu viver mais saudável e com qualidade.
Pode-se depreender, desta maneira, que as famílias representam unidades de cuidado,
uma vez que desenvolvem o auxiliar, o ajudar, o apoiar, o proteger a seus membros. Portanto,
há que se considerar, no autêntico encontro vivido e dialogado de cuidado em Enfermagem,
as vivências e experiências das famílias, ultrapassando a visão fragmentária e focalizada em
cada um dos seres que a compõe; é preciso estar atento para perceber a unidade existencial
formada pelos seres-no-mundo em família.
O cuidado de um EU para com um TU e o cuidado de um EU para com os vários TUs
familiares, precisa perceber a complexa dinamicidade existente no interior das famílias como
unidades existenciais, assim como seu continuum movimento na coletividade, para, então,
levar em consideração que existe uma rede de significações, comunicações, percepções,
sentimentos, conhecimentos e compreensões que influenciam e direcionam o encontro de
cuidado.
Será possível, desta forma, estar-com as famílias e compreendê-las como formadas por
diferentes seres que apresentam distintas disponibilidades para a relação com o outro (TU) e
diversos modos de ser-no-mundo, portanto, estas diferenciações constituirão unidades
familiares também distintas. O cuidado em Enfermagem, assim, precisará ser vivido na
imediaticidade da relação estabelecida entre o ser que cuida (EU) e o ser-família (TU), por
meio de diálogos existenciais compartilhados na intersubjetividade da com-unidade formada.
Von Zuben (2003) entende ser o conceito buberiano de comunidade o encontro do EU
com o TU ou com vários TUs, constituindo, então, a esfera do nós, em que, preservadas as
individualidades e as singularidades dos EUs, “ambos, eu e comunidade, realizando-se no
encontro dialógico, são interdependentes e „equifundantes‟ da existência humana” (p. 17). Há
que se considerar, portanto, as famílias como com-unidades formadas por indivíduos que
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apresentam laços de consangüinidade e/ou de carinho, afeto e solidariedade e que, ainda, têm
a possibilidade de compartilhar o mesmo espaço físico ou apresentam objetivos em comum.
Isso porque, consoante Buber (1977, p. 53)
Referência
BARTHOLO Jr, Roberto. Você e Eu: Martin Buber, presença palavra. Rio de Janeiro:
Garamond, 2001.
BUBER, Martin. Eclipse de Deus: considerações sobre a relação entre religião e filosofia.
Campinas: Verus, 2007.
FERNANDES, Marcos Aurélio. “O que significa dizer Tu?” – Meditação acerca das palavras
fundamentais “EU-TU” e “EU-ISSO”. Rev. Abordagem Gestált., Goiânia, v. XIII, n. 2,
jul./dez. 2007. p. 195-205.
GILES, Thomas Ranson. Martin Buber. In: GILES, Thomas Ranson. História do
Existencialismo e da Fenomenologia. São Paulo: EPU/Ed. da USP, 1975. p. 77-148.
VON ZUBEN, Newton de Aquiles. Martin Buber: cumplicidade e diálogo. Bauru: EDUSC,
2003.