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Fala feita na mesa “Cisgeneridade em questão”, no “Seminário identidades trans e travestis” promovido pela Revista Cult e pelo SESC,

no dia 08/11/2023

CISGENERIDADE EM QUESTÃO

Pedro Ambra

Bom dia! Gostaria de começar agradecendo imensamente o SESC e Revista Cult pelo
convite, dizer que é uma grande alegria e uma grande responsabilidade estar aqui, o que me
deixou um tanto nervoso nos últimos dias, por isso optei por escrever um texto1. Peço
desculpa pela indelicadeza de lê-lo, já que em geral as intervenções têm ocorrido em forma
de bate-papo, mas fiquei receoso em extrapolar o tempo.

Antes de passar à leitura, como fizeram Bruna Irineu e Márcia Tiburi antes de mim, me
localizo de uma maneira específica para os propósitos desta intervenção. Sou um homem cis,
branco, bissexual. Mas ontem falávamos da questão das infâncias e preciso dizer que fui uma
criança viada. Bem viada. Acho que essa diferença entre o que eu fui e o que me tornei ao
longo da história é algo que guia inconscientemente minhas inquietações intelectuais. Talvez
minhas pesquisas sobre gênero tenham como causa, no fundo, esse mistério que é o efeito
da história, tanto no sujeito quanto na sociedade, como mencionarei um pouco mais à frente.

***

Cisgeneridade em questão. Colocar algo em questão significa tensioná-lo por meio de


possibilidades interpretativas diversas, tirá-lo de um campo de naturalidade, de obviedades.
Neste sentido, qual a questão a ser feita à cisgeneridade hoje? Ou que questões ela nos faz?

Lembremos que o próprio movimento de nomeação da noção de “cisgeneridade” é algo que


desestabiliza sua invisibilidade: trazer o cis para a cena é abdicar de noções que implícita ou
explicitamente consideram certas experiências de habitação social do corpo como “normais”.
A invenção das palavras heterossexualidade e homossexualidade, pelo ativista da Karl-Maria
Kertbeny em meados do século XIX, visava precisamente uma desnaturalização da suposta

1Quase falei isso na hora da apresentação, mas não queria extrapolar o tempo: algo que fiquei pensando muito
ao ver es colegues falando tão livre e desenvoltamente ao longo do seminário é que aquilo me parecia uma
segurança de adultos que sabem do que estão falando, ao passo que a minha insegurança precisou do texto
impresso como uma espécie de objeto transicional. Esse conceito, caro à psicanálise inspirada por Winnicott,
curiosamente soa polissêmico no contexto desse seminário. Pensando também a partir da pergunta feita à mesa,
que retomo no final desse texto, o papel impresso de fato deu a mim uma espécie de segurança que certos
objetos infantis possuem e, ao mesmo tempo, é um certo capítulo dessa estranha transição que é sair de um
universal abstrato e me descobrir cisgênero.

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Fala feita na mesa “Cisgeneridade em questão”, no “Seminário identidades trans e travestis” promovido pela Revista Cult e pelo SESC, no dia 08/11/2023

normalidade sexual burguesa prussiana e de uma descrição livre da moralidade religiosa de


encontros eróticos entre pessoas do mesmo gênero, a famosa — e gostosa — sodomia.
Porém, como nos ensina Michel Foucault, muito rapidamente este movimento de nomeação
com origens militantes se tornou um instrumento na mão da biopolítica e passou a
identitarizar, classificar e perseguir sexualidades e gêneros desviantes.2 Hetero deixaria de ser
uma denúncia e passaria a ser um ideal de normatividade até mesmo positivado, como atesta
a “Parada do orgulho hetero”, realizada em Modesto, Califórnia em 2019, as dezenas de
páginas em redes sociais e influenciadores digitais que pregam uma sorte de supremacia
hetero.

A questão que me parece central hoje é como pensar a cisgeneridade para além de uma
substancialização identitária que pode servir, justamente, como bandeira para discursos
retrógrados como estes. Dentro do profícuo campo transfeminista no Brasil, diversas
autorias já se debruçaram sobre a questão da cisgeneridade — dentre as quais destaco Beatriz
Bagagli, Caia Coelho, Hailey Kaas, Helena Vieira, Letícia Nascimento, Sofia Favero e Viviane
Vergueiro. Suas perspectivas guardam diferenças relevantes, mas para nossos propósitos há
um consenso segundo o qual cis pode ser compreendido como aquela experiência,
normatividade ou discurso que naturaliza a convergência entre a identidade de gênero e o
sexo designado no nascimento.

A discussão sobre a cisgeneridade se insere aí: marcar um traço que estruturalmente se coloca
como universal e abstrato. Cisgênero é assim um termo caro ao transfeminismo pois serve à
explicitação de um traço da diferença social que apaga sua marca e esconde-se numa
convergência entre natureza e abstração. E esta não é uma questão apenas sociológica, mas
igualmente psicológica: por décadas a experiência de subjetivação de pessoas não cisgêneras
foi objeto de especulações, patologizações e objetivações. Toma-se a “experiência
transexual” como uma exceção a ser estudada, o resultado de um complexo de Édipo
malsucedido, o “fenômenos trans” como uma epidemia histérica ou, ainda, busca-se índices
científicos de uma suposta “transexualidade verdadeira”. Num geral, a cisgeneridade, a
heterossexualidade e mesmo a masculinidade não suscitam investigações universitárias,

2 Essas pontuações foram mais extensamente desenvolvidas em meu artigo Ambra, P. (2016). A psicanálise é
cisnormativa? Palavra política, ética da fala e a questão do patológico. Revista Periódicus, 1(5), 101–120.
https://doi.org/10.9771/peri.v1i5.17179

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curiosidades clínicas ou produções teóricas: permanecem sendo sinônimos de uma


estruturação psíquica normal, no limite óbvia.3

Não há, por outro lado, sentido em buscar algum tipo de unidade psicológica em pessoas cis
justamente porque, se há algum universalismo que vale a pena defender na psicologia é aquele
que — na recusa em separar substancialidades ou estruturas psíquicas radicalmente distintas
entre grupos sociais específicos — compreende que somos todes igualmente marcades por
alteridades que vêm da linguagem, do corpo e das tensões sociais. Se a diferença emana de
uma marcação social do traço e se apresenta em seus efeitos de violência e exclusão, seria um
erro buscar sua gênese em substâncias psicológicas abstratas como “personalidade cis” ou
“personalidade trans”. Como evitar a parada do orgulho cis?

Um dos pontos de partida que podem ser aportados analogamente pelos estudos sobre
branquitude e masculinidade é a proposição de que existem cisgeneridades. Se do ponto de vista
da sua discursividade social, normativa e violenta cabe, analiticamente, sustentar uma
cisnormatividade, do ponto de vista dos tipos de experiência singulares que ela produz em
pessoas cis, vale prezar por uma multiplicidade politicamente estratégica. A cisgeneridade
vivida por militantes brancos de ultra-direita guarda algumas diferenças importantes com
àquelas de mulheres lésbicas pretas, de pré-adolescentes tik-tokers, de garotos de programa
etc. Se compreendermos que a luta contra a transfobia se beneficiaria com a ampliação do
debate sobre cisgeneridade, é importante evitar generalizações, pois a possibilidade de
produção de visibilidade desta identidade social depende de formas socialmente codificadas
de viver essa experiência e dos distintos limiares de consciência sobre sua própria diferença
de gênero em relação a outras pessoas. Seria uma imprecisão conceitual e uma armadilha
política homogeneizar as cisgeneridades, pois suas possibilidades de dissolução enquanto
discurso hegemônico e produtor de violências depende tanto da afirmação da importância
de vidas trans quanto da, como ensina Marx, radicalização das contradições internas da
cisgeneridade.

Esquematicamente, eu proporia no mínimo três formas distintas de organizar tensões de


experiências cis que encarnam e falham em encarnar a cisnormatividade. A primeira, a

3 As diferenças entre traço e marca na cisnormatividade foram desenvolvidas no artigo O traço sem marca: a
cisgeneridade entre o social e o psíquico, que compõe o dossiê “Existir, resistir, transistir”, edição de novembro de 2023
da revista Cult.

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cisheteronormatividade militante, é aquela que performa ativamente a coesão totalitária entre sexo,
gênero e sexualidade. É o famoso tiozão do churrasco. Mas notemos que ela falha lá onde
parece triunfar: a necessidade de piadas homofóbicas, de reiterações de estereótipos, entre
outros é apenas um signo daquilo que Butler chamava de cristalização melancólica da
identidade de gênero. Elas são o indício de que há algo de podre no reino psíquico da
cisgeneridade, a ponto de necessitar de uma defesa árdua contra algum tipo de verdade que
não ousa dizer o seu nome. A segunda é a cisnormatividade subalternizada. Aqui, temos
experiências de habitações de corpos cis que de alguma forma recebem marcas sociais de
seus traços: pessoas negras, PCDs, LGBQI, pessoas mais velhas e, mulheres que têm
dificuldade em performar os ideais de gênero da família burguesa. Há aqui um
reconhecimento de uma relação de alteridade com o próprio corpo que é dada socialmente.
É uma habitação paradoxalmente menos confortável e mais verdadeira com a incompletude
estruturante da cisgeneridade. A terceira, a cisnormatividade em disputa, é aquela cujo
questionamento seja da própria experiência seja das normas sociais está em curso ou aguarda
seu momento de eclosão. Penso aqui na pontuação de ontem de Céu Cavalcanti quando disse
“cuidado pessoas cis, somos contagiantes. A gente contamina o outro com possibilidades”.
As vivências cis que estão abertas a este contágio da diferença, devem ser consideradas em
nossa ação política, tática e estratégica. Estas são, claro, apenas exemplos de categorias, que
podem ser outras e, inclusive, contar com tipos mistos. Afinal, o tiozão do churrasco pode
fazer um banheirão no sigilo (risos da plateia) — se sabemos que fazem e muito! —; uma
avó católica consegue acolher uma neta travesti e até pesquisadores que conhecem diversas
teorias de gênero podem militar a favor da cisnormatividade. Mas essa tensão e essas
diferenças precisam ser reconhecidas e disputadas em nossa reflexão crítica e luta política.

Outro ponto de tensão em relação aos discursos cissexistas é toma-los, também, na qualidade
de formações reativas. Como ensina o velho Freud, aquilo que é socialmente marcado como
diferente, muitas vezes é apenas uma defesa contra um reconhecimento inconsciente de que
essa alteridade no fundo é igual a mim. A angústia e o incômodo que acometem pessoas cis
quando confrontadas com outras experiências de gênero advém não exatamente de um ódio
à diferença primordial, mas do medo do reconhecimento e, eventualmente, do desejo pelos
traços trans e não-binários, que existem potencial e inconscientemete em todes. Afinal, o
barulho de setores da direita em relação a existência de dissidentes do sistema sexo-gênero
não são uma forma de escândalo que se assemelha justamente aos estereótipos com os quais
descrevem as travestis? A sanha normativa contra as adolescências trans não são formas de

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apagar o traço de que toda adolescência é uma hormonização, uma reconfiguração corporal,
uma mudança trôpega da relação do sujeito consigo, com o corpo, com o desejo e com os
outros, enfim, uma transição de gênero? Que, como lembra Amara Moira, o travestir-se no
carnaval, tão tipicamente cis, é ao mesmo tempo uma experiência de fronteira com
transgeneridades? Talvez a cisgeneridade não seja uma categoria substancial idêntica a si que
condense perfeitamente toda a cisnormatividade: é um processo de cristalização constante
da silenciosa luta contra a verdade de que ninguém está ou estará plenamente a altura de um
gênero designado pela sociedade. Sociedade esta que se vende como una, mas é também
efeito de tensões, contingências e histórias: cabe a nós desvelar suas potencialidades trans-
formativas.

E falando em história, gostaria de retomar uma fala de ontem aqui do Seminário de Giovanna
Heliodoro: história é poder. Esta é uma ideia fundamental pois demonstra que sujeito e
sociedade não são duas entidades distintas, mas operam a partir de uma mesma lógica. Me
explico: se para as políticas de reparação social e construção de vidas de pessoas trans o
resgate da transcestralidade passa — como muito bem resgatado na mesa de ontem — pelo
resgate, construção, subversão e até mesmo imaginação de arquivos, do ponto de vista
psíquico, o processo de uma análise e da dissolução de um sintoma segue exatamente os
mesmos passos. Não por outra razão Lélia Gonzalez, se valendo de Freud e Lacan, dirá que
o racismo é o sintoma de uma neurose cultural: é pelo apagar violento da verdade negra do
país que ele emerge como expediente de branqueamento. Gonzalez trata a sociedade como
sujeito, pois ambos detêm a mesma relação com a história e a memória: construir um futuro
de desejo implica em acertar as contas com o passado. Mas o que isso tem a ver com
cisgeneridade?

Falemos de algo que deixariam de cabelo em pé Richard Miskolcis, Marco Antônio Coutinho
Jorge, Natália Travassos, Radfems e toda uma leva de psis que sustentam discursos solidários
à transfobia: a clínica de pessoas cis (risos da plateia). Em mais de doze anos de atendimento em
consultório já ouvi muitas dezenas de pessoas cis e gostaria de trazer alguns horizontes de
tratamento que me parecem aplicáveis não apenas para indivíduos, mas talvez para uma
contra-discursividade cisgênera em disputa, crítica e aliada. Ou melhor, envolvida, como
lembrou ontem Neon Cunha.

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O tratamento de pessoas cis implica, como levantado por Jonas Maria ontem, romper com
uma lineariedade temporal: nasço, cresço, encontro alguém, faço família, acúmulo capital e
morro e deixando herança. Eu diria que boa parte dos sofrimentos de pessoas cis vêm da
ilusão de que suas vidas estarão completas seguindo esse “devaneio burguês”, que, para
Lacan, deve ser o antimodelo de um tratamento psicanalítico. Penso aqui no que Neon
Cunha afirmou quando disse que “Todo mundo está em transição”: o objetivo de um
tratamento com pessoas cis é quebrar com a lineariedade e com a coesão narrativa de quem
se é. E essa quebra não vem do analista como general da “Ditadura Gay”, mas da própria
história do sujeito que, quando vista mais de perto, mostra o quanto a sustentação desse
devaneio custa caro e não condiz com a negatividade própria ao desejo.

Concluo com um último ponto que o estudo de questões de gênero trouxe para minha clínica
com pessoas cis: a alteridade constitutiva com o próprio corpo. A cisnormatividade, em especial em
homens, é um dispositivo que tende a apagar a experiência corporal como uma alteridade.
Na clínica com pessoas cis, é – muitas vezes – preciso construir um corpo para o sujeito, que
o toma na qualidade de uma parte do ser que é um mero instrumento ou uma naturalidade.
A mesma cisheterogeneridade militante que se escandaliza com bloqueadores hormonais é
aquela que se entucha de viagra porque não quer se haver com o fato de que desconhece o
próprio corpo, o próprio tesão e a própria castração. Mostrar que o corpo não só fala, como
revela coisas sobre nós que a consciência desconhece e, mais ainda, que ele está sujeito a
intervenções que se relacionam com ideais gênero é uma tentativa de contagiar a
cisgeneridade com tecnologias de vida e experiências que as dissidências de gênero têm nos
ensinado.

***

Em sua fala, meu querido amigo Túlio Custódio, fez uma boa provocação sobre a pertinência
de tratar a cisgeneridade no plural, já que há uma diferenças entre as diversidades daqueles
corpos marcados e as diversidades daqueles que estão, a partir de Fanon, do lado de cá de
uma linha divisória que marca alteridades marcadas para morrer, se consigo lembrar bem o
que ele disse. Concordo inteiramente com a ressalva, acho que passei muito rápido pela
diferença entre a unidade da cisnormatividade e as diferenças entre as vivências de pessoas
cis. Acho que esse é um tema a ser aprofundado.

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Ao final das falas desta mesa, uma pergunta excelente e espirituosa foi feita para todo mundo
à mesa: “quando você escolheu ser cis? E por que?”. Respondi que foi algo muito, muito
recente. Fiz uma pesquisa de mestrado sobre masculinidade e, ao longo dos anos, fui sendo
convidado para eventos sobre masculinidades e começou a me chamar a atenção que nas
mesas os meus colegas falavam coisas como “nós, como homens”. E aquilo me espantava
um pouco. “Como assim nós? Achei que íamos falar aqui do conceito de masculinidade!”,
pensava eu. Aos poucos me descobri homem, apenas anos depois que tinha feito uma
pesquisa sobre masculinidade. Da mesma forma, algumas críticas feitas ao “1º Seminário
Queer: Cultura e Subversões da Identidade”, realizado igualmente pela Revista Cult e pelo
SESC Vila Mariana em 2015, talvez inconscientemente, me levaram a escrever meu primeiro
artigo sobre a questão da cisgeneridade naquele mesmo ano. A pesquisa acadêmica tem sido
para mim uma forma de elaborar a questão da identidade. Em relação ao porquê, é preciso
dizer que a experiência de ser um homem branco e cis faz com que eu não precise me
perguntar dessa forma sobre a identidade. Eu caminho com segurança na rua com muito
menos possibilidade de sofrer violências, ninguém tinha me perguntado até hoje sobre minha
cisgeneridade, ninguém me impede em circular em lugares por conta da minha cor, enfim,
essas experiências fazem com que, psicossocialmente, eu não precise transformar estes meus
traços em marcas da diferença. Daí que, nesse contexto, tornar-se cis tem uma conotação de
posicionamento político e ético: a assunção dessa identidade não torna minha vida mais
confortável ou aumenta meus privilégios, o faço também por um senso comunitário. Sofia
Favero pontuou muito bem na mesa que se seguiu à nossa que a transição não pode ser
pensada individualmente, é um processo que envolve as pessoas ao redor. Num mundo em
que mesmo acadêmicos da área rejeitam esta noção, creio que tornar-me cis é um processo
que pode ter algum impacto positivo, ainda que ínfimo, em uma comunidade ao meu redor.

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