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Programa de Educação
Continuada a Distância
Curso de
Feridas e Curativos – Técnicas
e Tratamentos
Aluno:
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
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“Patch Adams recomenda que você ajude a manter a sua saúde através do
riso e da gentileza. Também sugere que, às vezes, o tratamento mais eficaz
é a esperança, o amor e a simples alegria de viver”. Robin Willians
MÓDULO I
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ÍNDICE
MÓDULO 1
1. História e evolução no tratamento de feridas
2. A ética no tratamento de feridas
3. Anatomia e fisiologia da pele
4. Classificações e definições
MÓDULO 2
5. Fisiologia da cicatrização
6. Características de diferenciação das lesões
MÓDULO 3
7. Ferida infectada
8. Avaliação da ferida
9. Técnica de curativo
MÓDULO 4
10. Anti-sépticos
11. Desbridantes
12. Medicamentos favoráveis à granulação
13. Curativos naturais
14. Considerações finais
15. Referências bibliográficas
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A HISTÓRIA E A EVOLUÇÃO NO TRATAMENTO DE FERIDAS
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A HISTÓRIA
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• Teia de aranha.
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Entretanto, nessa época houve uma grande escassez de óleo, o que
possibilitou a substituição por gema de ovo e óleo de rosa, o que aumentou a taxa de
sobrevida da população.
A EVOLUÇÃO
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bordas através da sutura, controle da infecção. Sendo descobertas do antibiótico um dos
maiores feitos desta época.
• A partir de 1980 estudos em larga escala começaram a ser realizados nos
Estados Unidos e em vários países da Europa, visando o aperfeiçoamento das técnicas
para realização dos curativos.
• Em 1982 as coberturas a base de Hidrocolóides são lançadas nos EUA e
Europa, porém somente em 1990 chegaram ao Brasil com elevado custo dificultando o
seu uso pela população brasileira.
Apesar de todos estes avanços de tecnologias, produtos e técnicas para o
desenvolvimento do tratamento de feridas, a incidência das úlceras crônicas em nosso
meio ainda é bastante elevada. E embora várias descobertas já tenham sido feitas ainda
existem muito a ser pesquisados e vários mitos a serem quebrados para aperfeiçoar
estes recursos.
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Direito = do Grego Directum, o que é reto (DANTAS, 2003).
• Imperícia: execução de uma função sem plena capacidade para tal;
• Imprudência: cometer um erro conscientemente. Conhece as regras e não
as executa com perfeição; Negligência: saber como o trabalho deve ser feito e não fazer
corretamente.
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LEI DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
ENFERMEIRO
Lei nº 7.498/86 em seu Artigo 11, Alínea j:
É privativo do enfermeiro: A prescrição da assistência de enfermagem
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
Lei 1498/1986, Artigo 10, Parágrafo II
Executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas
do enfermeiro e as referidas no artigo 9° deste decreto.
AUXILIAR DE ENFERMAGEM
Lei 7.498/1986, Artigo 11, Parágrafo III
Executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras
atividades de enfermagem, tais como: Alínea c, fazer curativos.
O artigo 159 do Código Civil enuncia que "aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica
obrigado a reparar o dano".
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consumidor tem o direito de ser indenizado por quem lhe prestou o serviço, inclusive por
danos morais.
O profissional liberal pode ser responsabilizado por algum dano que causou se
sua culpa for provada (Art. 14, § 4º, CDC).
As causas das falhas ou erros profissionais são:
• negligência:
• imprudência:
• imperícia:
PARECERES
INTRODUÇÃO
FUNÇÕES
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•Percepção;
•Metabolismo;
CAMADAS DA PELE
São três:
• EPIDERME
• DERME
• TECIDO SUBCUTÂNEO
Fonte: www.theses.ulaval.ca
EPIDERME
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A renovação da pele: A
pele renova-se continuamente,
as células nascem na camada
basal e vão empurrando as
células mais externas até que
estas se desprendem da
epiderme.
Fonte: www.theses.ulaval.ca
DERME
Camada vascularizada possui uma rica rede nervosa.
É nesta camada que encontramos os anexos da pele: glândulas sudoríparas,
sebáceas e folículos pilosos.
A derme contém muitos tipos diferentes de células, incluindo: Fibroblastos e
fibrócitos, macrófagos, mastócitos e leucócitos sangüíneos, particularmente: neutrófilos,
eosinófilos, linfócitos e monócitos.
Fonte: www.theses.ulaval.ca
TECIDO SUBCUTÂNEO
É vascularizada, possui tecido adiposo em sua constituição histológica
envolvido na termorregulação, reserva nutricional e provisão de energia.
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CLASSIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO
COMPROMETIMENTO TECIDUAL
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Foto: Mercy Souza
Fonte:Anjos do norte
Fonte:Anjos do norte
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LACERADAS: com margens irregulares.
Fonte:Anjos do norte
Fonte:Anjos do norte
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GRAU DE CONTAMINAÇÃO
1. LIMPAS
2. CONTAMINADAS
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3. INFECTADAS
Presença e a multiplicação de
bactéria e outros microorganismos
associado a um quadro infeccioso já
instalado, há presença dos sinais
flogísticos.
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3. NÓDULO: Lesão sólida, superficial,
circunscrita, chega a 0,5 cm de
altura, não necessariamente faz
relevo à superfície.
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6. PÚSTULA: Coleção de leucócitos,
circunscrita à superfície da pela e de
tamanho variado.
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9. CROSTAS: Lesão formada por uma
coleção de soro, sangue ou pus, que
junto aos restos epiteliais, desidrata a
superfície da pele.
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE TECIDO
TECIDO NECRÓTICO
Restrito a uma área – Isquemia, redução da circulação, tecido não viável.
Pode ser caracterizada por liquefação e ou coagulação produzido por enzimas
que acarretam a degradação dos tecidos isquêmicos, se diferenciam pela coloração e
consistência.
• ESCARA: De coloração marrom ou preta escara é descrito como uma capa
de consistência dura e seca
• ESFACELO: De cor amarelada ou cinza; descrita de consistência mucóide
e macia; pode ser frouxo ou firme a sua aderência no leito da ferida; formado por fibrina
(concentração de proteína).e fragmentos celulares
ESCARA ESFACELO
TECIDO DE GRANULAÇÃO:
aumento da vascularização é um
tecido de cor vermelho vivo.
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Foto: Mercy Souza
EPITELIZAÇÃO: redução da
vascularização e um aumento do
colágeno, contração da ferida. Tecido
róseo
Foto: E. Ricci
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MUITO EXSUDATIVA: Vermelho vivo,
tecido próximo umedecido, gaze troca
no período de 24 horas. Borda
lesionada e ou macerada.
• Úlceras tropicais:
EX: leishmaniose: mucosa e cartilagem.
Incubação: 1 a 3 meses
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• Úlceras arteriais:
Características: Edema, ausência de pulso arterial, não possui pêlos devido a danos
causados em órgãos anexos da pele, apresenta alteração de temperatura do órgão
lesado.
• Úlceras diabéticas:
Característica: Ferida contaminada apresenta desidrose – estase com hipóxia,
ressecamento dá área circunjacente.
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Curso de
Feridas e Curativos –
Técnicas e Tratamentos
MÓDULO II
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FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO
A FISIOLOGIA
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estágios: coagulação, inflamação, proliferação, contração da ferida e remodelação
(maturação).
Para maior assimilação, dividiremos o processo de cicatrização em 03 estágios
descritos a seguir.
FASE INFLAMATÓRIA
Foto: E. Ricci
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FASE PROLIFERATIVA
Ocorre por volta do 2º ou 3º dia pós - trauma e tem duração média de 03 a 24 dias.
Nessa fase as células locais formam o tecido de granulação, os miofibroblastos
agem promovendo a contração da ferida, juntamente com os fibroblastos. Durante o
fechamento, há o processo de angiogênese, que permitirá a necessária oferta de oxigênio
e nutrientes, permitindo a atividade dos fibroblastos. As células epiteliais nas margens da
ferida proliferam e migram pela superfície, repondo a perda celular, formando as camadas
da epiderme.
Sendo assim dividimos essa fase, didaticamente, em três subfases:
1ª - Reepitelização: acontece pela migração dos queratinócitos das margens da
ferida. Essa migração, o movimento desses queratinócitos é determinado pelo conteúdo
de água no leito da ferida, da umidade.
2ª - Fibroplasia: é a formação da matriz, que é uma coleção de elementos celulares
como fibroblastos, fibronectina, colágeno, dentre outros. Essa matriz é a base para a
formação do tecido de granulação.
3ª - Angiogênese: como todo processo de reparação exige um gasto grande de
energia existe a necessidade de um aumento no aporte sanguíneo para o local da lesão.
Esse aumento circulatório se dá pela formação de novos vasos sanguíneos, ou seja, a
neo angiogênese.
FASE PROLIFERATIVA
www.eerp.com.br
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Em resumo:
A epitelização é feita pela migração de células endoteliais que vão da periferia para
o leito da ferida. Esse processo é realizado sobre o tecido de granulação, enquanto a
ferida se contrai em média 20% a 60% seu tamanho e só acontece em meio úmido.
FASE DE MATURAÇÃO
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CICATRIZAÇÃO
Migração e proliferação
Neoangiogênese
epitelial
Enfª Carol Pompeo e Enfª Mercy Souza
www.eerp.usp.com
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TIPOS DE CICATRIZAÇÃO:
www.eerp.com.br
CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA INTENÇÃO
www.eerp.com.br
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CICATRIZAÇÃO POR TERCEIRA INTENÇÃO
Foto: M. Souza
COMPLICAÇÕES DA CICATRIZAÇÃO
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Sendo assim, podemos classificar os fatores que interferem na cicatrização em BIO-
PSICO-SOCIAL.
PSICO-SOCIAL
Sendo a nossa pele o maior órgão do corpo humano podemos considerá-la, além
de barreira protetora o nosso “cartão postal”, sendo a primeira coisa observada e vista em
todos os indivíduos.
Atualmente, com a evolução da medicina estão se aperfeiçoando meios cada vez
mais avançados de tratamentos estéticos, comprovando, mais uma vez, a importância
estética da pele.
Se olharmos a pele também pelo ângulo da estética, qualquer tipo de lesão nela
encontrada é causa de intenso desconforto para quem a possui. E esse desconforto é
evidenciado pela baixa auto - estima que em muitas vezes possam levar o indivíduo à
depressão.
A baixa auto - estima, a depressão, dentre outros problemas pode levar a pessoa a
diminuir a produção de inúmeras substâncias endógenas, que auxiliam ou são
responsáveis pelo processo de cicatrização.
PERFUSÃO E OXIGENAÇÃO
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NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO
Hidratação:
O nosso corpo é constituído de 70% de água que é utilizada para a manutenção da
volêmica, da temperatura corporal, dentre outras funções.
A sua redução, quando falamos no tratamento de feridas, causa diminuição do
volume circulante e conseqüente hipotensão arterial. Aumenta o edema dos tecidos, além
de reduzir a difusão do oxigênio e dos nutrientes às células.
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TABELA COMPARATIVA NECESSIDADES HÍDRICAS E ENERGÉTICAS
INFECÇÃO
Como vimos no início deste módulo, a fase inflamatória, primeira fase do processo,
é onde acontece, além da hemostasia, a limpeza da lesão pelas células de defesa.
Sendo assim, na presença de infecção as células de defesa trabalham em maior
número, necessita de uma maior demanda metabólica e gasto energético o que prolonga
a duração desta fase e retarda o processo de cicatrização.
MEDICAMENTOS
Algumas terapêuticas medicamentosas interferem diretamente no processo
cicatricial, devendo ser levadas em consideração no momento em que for instituído o
plano de cuidados de cada paciente.
O corticosteróide inibe a proliferação epitelial e migração de neutrófilos e
macrófagos. Já os antiinflamatórios reduzem da síntese do colágeno e inibem a contração
da ferida diminuindo a velocidade de epitelização. Os imunossupressores aumentam a
suscetibilidade à infecção e diminui a produção de neutrófilos.
IDADE
O envelhecimento causa a diminuição da quimiotaxia e da ação das células de
defesa; acarretando uma diminuição da resposta frente às agressões externas.
Quando falamos no processo de cicatrização do idoso, devemos ressaltar que há
diminuição da taxa de divisão celular e na síntese do colágeno e a capacidade de
contração é mais lenta porque há baixa oferta de oxigenação pelos vasos capilares,
prejudicando a atividade dos fibroblastos, lentificando e interferindo na resposta cicatricial.
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EXTENSÃO E LOCALIZAÇÃO DA FERIDA
MOBILIDADE DO PACIENTE
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CARACTERÍSTICAS DE DIFERENCIAÇÃO DAS ÚLCERAS
INTRODUÇÃO
FORMAÇÃO DA ÚLCERA
• Isquemia tecidual;
• Espessamento das fibras musculares;
• Comprometimento arterial;
• Necrose do tecido gorduroso;
• Formação de fibrina nos vasos capilares.
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ÚLCERA VENOSA
ESTASE VENOSA
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FATORES PREDISPONENTES
• Hereditariedade;
• Idade;
• Sexo;
• Obesidade;
• Postura predominante de trabalho;
• Varizes
FISIOPATOLOGIA
O processo de retorno venoso ao coração é feito pelas válvulas, que impedem que
o refluxo sangüíneo de volta à periferia. Quando elas apresentam problema no seu
funcionamento o sangue reverte seu curso, voltando para baixo, enfraquecendo a veia.
O sangue venoso, pobre em oxigênio e nutrientes, permanece nos tecidos
causando dilatações, edema e impedindo que o sangue arterial nutra os tecidos. Estes
necrosam, dando origem a eczemas e úlceras.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
• Geralmente localizada na região maleolar medial, por ser a área de maior hipertensão
venosa e além de haver perfurantes insuficientes ao nível de tornozelo.
• Abaulamento do tornozelo quando as pernas estão ligeiramente pendentes;
• Descoloração no tornozelo;
• Edema de tornozelo e pé, não depressível;
• Pulsos presentes;
• Pode estar presente uma lipodermatoesclerose (regiões esbranquiçadas, próximas à
lesão);
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Dermatite venosa (hiperpigmentação)
Exsudato purulento em 80% das úlceras;
Incidência elevada de erisipela, devido ao.
Comprometimento, da rede linfática;
Não há claudicação;
Desconforto moderado devido à úlcera aliviado por elevação.
Úlceras superficiais com bordas irregulares em fase de evolução;
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
UNIVERSIT
ERLANDEN
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EDEMA: Primeiro sinal de insuficiência vascular circulatória (IVC); inicialmente a parede
dos vasos sofre alterações em sua estrutura por alteração do oxigênio; em sua fisiologia
ocorre um desequilíbrio entre filtração e absorção.
O edema se reduz com a elevação do membro completamente, erroneamente se faz a
elevação apenas dos pés apoiados em travesseiros que mascaram a terapêutica
empregada dificultando o retorno venoso e ainda o mais grave o fluxo arterial.
Anamnese e Histórico
• Patologia familiar de caráter hereditário;
• Estilo de vida e condição particular;
• Doença, intervenções, trauma pregresso;
• História da formação da úlcera.
• Diabetes;
• Varizes em membros inferiores;
• Dislipidemias;
• Doenças cardiovascolares
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CONDUTAS:
1- Avaliação da lesão quanto seu aspecto físico: Localização, Profundidade, Bordas,
Leito, Exsudato e Mensuração e Dor.
2- DOR: De característica peculiar às lesões isquêmica em sua menor intensidade,
considerando todo o histórico do cliente e da lesão quanto: umidade da lesão e da
cobertura utilizada, da presença de infecção e estase venosa. O tratamento
farmacológico antes da realização do curativo auxilia a adesão ao tratamento e
reduz o fator stress do cliente, tornando o procedimento menos traumático e
humano.
3- Aplicação da compressão do membro inferior pode ser de três tipos: Bandagem de
curto estiramento ou inelástico indicado apenas para as pessoas que deambulam,
pode ser obtida pela Bota de Unna.
Fotos:E. Cassimiro
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ÚLCERA ARTERIAL
CARACTERÍSTICA:
Fonte: E. Ricci
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PATOGÊNESE:
• Embolia cardíaca
• Vasculopatia periferica obstrutiva
• Inativação do mecanismo arteriolar e capilar de compensação;
• Aumento da resistência periférica;
• Redução do fluxo hemático > 50%
• Vasculopatia inflamatoria
Foto: E. Ricci
Características clínicas
• Claudicação intermitente aliviada pelo repouso;
• Dor noturna, aliviada por uma posição pendente;
• Dor em repouso, no ponto da úlcera;
• Pés frios e unhas dos pés espessadas;
• Pulsos ausentes ou diminuídos;
• Atrofia cutânea (fina e lustrosa);
• Perda de pelos da extremidade inferior;
• Rubor quando pendente;
• Palidez por elevação
Foto: E. Ricci
• Possível gangrena
Fatores predisponentes
• Tabagismo
• Hiperlipidemia
• Diabetes Mellitus
• Hipertensão
Localização da úlcera
• Cabeças das falanges
• Calcanhar
Foto: E. Ricci
• Maléolo lateral
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• Pré – tibial
• Extremidades dos dedos do pé ou entre os dedos do pé.
Foto: E. Ricci
CARACTERÍSTICAS DA ÚLCERA:
Pálida com bordas regulares (como se cortado com uma forma);
Leito da ferida pálido, ressecado.
Mínima secreção
Aparência de perfuração
Poderá não ter sangramento
Poderá apresentar tecido necrótico negro
Área perilesional pálida
Pequenas quantidades de tecido de granulação pálido.
Universit Erlanden
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O QUE INVESTIGAR?
• Pés frios;
• Pulsos ausentes ou diminuídos;
• Atrofia cutânea (fina e lustrosa);
• Perda de pelos da extremidade inferior;
• Rubor quando pendente;
• Palidez por elevação
• Unha dos pés espessa
• Possível gangrena
CONDUTAS
• Tratar causa subjacente (cirurgia ou farmacoterapia); melhorar perfusão tecidual;
• Decidir cuidadosamente quanto ao método de desbridamento, a GANGRENA seca
atua como uma capa protetora. Devido à redução do fluxo sangüíneo;
• Prevenção do trauma e infecção
TERAPIA
• Terapia farmacológica
• Terapia angioradiológica
• Terapia cirúrgica
• Terapia contra a dor
DOR
Sinais físicos
Sinais visíveis
• Modificação da pressão arterial
• Modificação na posição corporal;
• Mudança na freqüência cardíaca
• Expressão do rosto e da voz;
e respiratória
• Mudança no estado emocional;
• Modificações trópicas
• Anorexia, insônia e etc.
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• Sintomas neurológicos
ÚLCERA NEUROPÁTICA
As úlceras neuropáticas são lesões de pele bastante comuns e que tem incidência
elevada na nossa população. São decorrentes, principalmente da falta de sensibilidade
local que leva às deformidades e conseqüentemente à formação de lesões de pele.
Dentre as úlceras neuropáticas, a mais comum e a mais conhecida, é o pé
diabético, encontrado em larga escala nas Unidades Básicas de Saúde e que acomete
uma grande parcela da população idosa do País.
Uma outra neuropatia bastante conhecida é a causada pela Hanseníase, também
comumente encontrada nos Postos de saúde de todo Brasil, e com grande incidência no
estado do Mato Grosso do Sul.
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ÚLCERA DIABÉTICA
A Diabete Mellitus é uma doença que acomete grande parte da população idosa no
Brasil, sendo considerada, juntamente com a hipertensão arterial a doença crônica de
maior repercussão sócio-econômica no nosso meio.
Além de todos os sintomas já conhecidos, causados pela Diabete descompensada,
um outro agravante que, atualmente preocupa as autoridades em saúde são as úlceras
de pé, que acometem alguns portadores dessa patologia. Essas úlceras são decorrentes
de alterações neurológicas associadas, geralmente a um quadro infeccioso.
O surgimento dessa úlcera pode se dar de duas maneiras:
1. Por perda de sensibilidade:
2. Por doença vascular
1. PERDA DA SENSIBILIDADE:
A constante hiperglicemia pode afetar os nervos periféricos das pernas e,
principalmente dos pés, o que leva a perda da sensibilidade tanto tátil, quanto térmica e
dolorosa, deixando o pé suscetível a traumas químicos, térmicos e mecânicos.
2. DOENÇA VASCULAR:
O paciente diabético tem uma maior propensão às doenças do coração e à
hipertensão arterial, uma vez que a glicemia aumentada por um tempo prolongado leva ao
endurecimento e ao estreitamento das artérias e arteríolas. Além dessas patologias,
temos também, as vasculopatias periféricas, que é o comprometimento dos vasos
periféricos.
Esse comprometimento leva a alguns sinais clínicos característicos, em seu
portador sendo:
• Pé frio, cianótico, em alguns casos e com a pele fina;
• Unhas deformadas e com presença de fungos, na maioria dos casos;
• Pulsos finos e diminuídos, dentre outros.
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No caso dos pacientes diabéticos, podem aparecer lesões nos nervos por
comprometimento arterial, o que acarreta diminuição do aporte sanguíneo àquele nervo
levando-o à isquemia e conseqüentemente à diminuição da sensibilidade, já citada
anteriormente.
Características da úlcera
Foto: M.Massulo
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ESCALA DE RISCO: Sistema de Classificação de Meggitt – Wagner
GRAU/DEFINIÇÃO INTERVENÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DA PROFUNDIDADE
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ESCALA DE RISCO
• Grau 0: pé em risco
• Grau 01: úlcera superficial não infectada
clinicamente;
• Grau 02: úlcera mais profunda, freqüentemente
infectada, sem osteomielite;
• Grau 03: úlcera mais profunda, formação de
abscesso, osteomielite;
• Grau 04: gangrena localizada (dedo, parte
dianteira do pé ou calcanhar)
• Grau 05: gangrena de todo o pé.
Foto: M.Massulo
“PÈ DE CHARCOT”
Os sintomas incluem temperatura cutânea elevada, hiperemia, edema, às vezes
dor, ausência de lesões na pele e de sinais radiológicos. Traumas precipitantes, tais como
distensão ou torção do tornozelo ou tropeço em degrau, são comuns nos relatos dos
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pacientes. A progressão é rápida, com fragmentação óssea e destruição das articulações
visível ao raio-X, acompanhada de exuberante reação periósteo.
Condições do paciente
Foto: E. Ricci
• Verificar os sapatos e as meias, quanto a cerzidos e furos;
• Examinar ambos os pés e pernas comparando a aparência da pele e alterações;
• Examinar a pele, verificar se está seca, rachada ou com cor alterada;
• Examinar os pulsos e presença de deformidades nos pés.
Orientações ao paciente
• Verificar os pés diariamente;
• Lavar e secar os pés, hidratar até a perna;
• Verificar a temperatura da água antes do banho;
• Cuidado com as unhas, corte em quadrado;
• Verifique os calçados quanto à presença de corpos estranhos;
• Nunca ande descalço, não corte calosidades ou calos.
CALÇADOS ADEQUADOS:
O sapato não deve ser muito apertado nem muito folgado; a sua parte interna deve
ser de 1 a 2 cm maior do que o próprio pé; a largura interna do sapato deve ser igual à do
pé tomando como referência a face lateral das articulações dos metatarsos, e a altura
com espaço suficiente para os dedos. Os calçados devem ser experimentados com o
paciente em pé, de preferência no final do dia. Se ficarem muito apertados devido às
deformidades ou se há sinais de pressão anormal do pé, como hiperemia, calos,
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ulceração, a prescrição e confecção de palminhas ou órteses, sapatos especiais devem
ser efetuados.
GUIA DE DIFERENCIAÇÃO
ARTERIAL VENOSA LINFATICA NEUROPÁTICA
Seca, inelástica, sem Úmida Úmida, Sensível,
PELE pêlos, fria. translúcida, inelástica, pálida
friável
Localizado na Difuso, na perna e Sempre presente Presente
primeira fase. Ou pé e, se crônico, é
sempre mais endurecido.
acentuado, na fase de
EDEMA descompensação da
lesão.
Acentuada Presente. Com Acentuada Acentuada
prevalência na
face Antero
DISCROMIA medial, de cor
marrom violeta.
Pequena, poço Dimensão Pequena, Pequena, pouco profunda,
secernente, variável, mas multiplas, com fundo róseo.
Borda regular dói aumenta fissuras.
espontaneamente e rapidamente em
ULCERA aumenta. Leito da extensão,
ferida pálido e Bordas irregulares.
ressecado. Pouca Fundo muito rico
secreção. em secreção.
Pode apresentar
fundo necrótico.
ÚLCERA DE PRESSÃO
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Desse modo, vamos dispensar um pouco do nosso conteúdo para esse tema de
real importância no nosso meio.
DEFINIÇÃO
FATORES DESENCADEANTES:
1. INTERNOS:
• Doença e estado do paciente
• Desnutrição
• Idade
• Mobilidade
• Incontinência urinária e fecal
2. EXTERNOS
• Pressão
• Fricção
• Cisalhamento
Foto: M. Souza
PATOGÊNESE
O nosso organismo precisa de energia e nutrientes para manter a vida, da mesma
forma o nosso tecido precisa de nutrientes e oxigênio para se manter vivo. Qualquer
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injúria ou alteração que acarrete interrupção desse suprimento de energia pode levar ao
sofrimento tecidual e conseqüentemente morte das células.
1 2
1 - Vascularizaç
Vascularização normal
entre a pele e o plano do
osso dano microvascular
2 dias
NANO - RICCI
NANO - RICCI
2 – A pressão
pressão causa isquemia profunda,bloqueio arterí
arteríolar com pele
integra
3 - A pressão
pressão causa isquemia tambem em superficie; (eritema
persistente, flictema)
4 - escara cutânea
7 DIAS
3 4
NANO - RICCI NANO - RICCI
Foto: E. Ricci
• Compressão
• Obstrução arterial
• Redução fluxo sanguíneo
• Estase venosa e linfatica
• Deficit da microcirculação
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• isquemia
• Congestão venosa
• Trombose venosa
• Necrose
AVALIAÇÃO DA
PRESSÃO
Pressure
High
Medium
B) POSICIONAMENTO
• Pressão
• Atrito:
• Cisalhamento:
• Umidade:
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CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO
ESTÁGIO 1: Nesse estágio a pele ainda está integra, entretanto, existem algumas
alterações que são indicativas de isquemia, tais como; mudança na temperatura local
(seja calor ou frio), mudança na consistência do tecido, podendo aparecer desde áreas
amolecidas ou endurecidas, ao edema. Além dessas alterações pode aparecer também
uma área avermelhada, chamada eritema, que não desaparece depois de retirada à
pressão.
Foto: M. Souza
ESTÁGIO 2: Neste estágio existe perda de tecido. A úlcera ainda é superficial, atingindo
epiderme e derme. E pode apresentar-se como abrasão, uma espécie de queimadura,
bolha ou uma cratera rasa.
Foto: Mercy
Foto: M. Souza
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ESTÁGIO 3: No estágio 03 temos a perda de todas as camadas da pele, sendo a
epiderme, derme e tecido subcutâneo, podendo ter ou não tecido necrótico.
Foto: M. Souza
ESTÁGIO 4: No último estágio, além da perda de todas as camadas da pele, existe ainda
comprometimento do tecido muscular, ósseo, ligamentos, tendões, com o aparecimento
de crateras e túneis.
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Fonte: E. Ricci
TRATAMENTO
Foto: M. Souza
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2. CUIDADOS COM A PELE DO PACIENTE
Avaliar e inspecionar a pele do paciente constantemente, mantendo-a seca e hidratada.
3. DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO
• Manter o paciente, quando acamado, em colchão de ar.
• Mudar de decúbito a cada duas horas, mesmo em colchão de ar e outros,
• Evitar lesões por cisalhamento, mantendo cabeceira elevada a < 30°;
• Manter proeminências ósseas afastadas do contato mútuo;
• Elevar calcanhares;
PROIBIDO!
Luvas de procedimentos com ar ou água e rodilhas (almofadas com orifício) de ar
ou de ataduras. Essas são falsas medidas de diminuição de pressão que se utilizadas
constantemente, acabam por aumentar ainda mais a área de isquemia piorando o quadro
do paciente.
EXISTEM DIVERSOS MÉTODOS PARA REDUZIR A PRESSÃO DE APOIO E
QUE SE ADAPTAM AOS DIVERSOS MOMENTOS DO PACIENTE. MAS…. NINGUÉM
PODE SUBSTITUIR A INTERVENÇÃO HUMANA E A MUDANÇA HABITUAL DE
DECÚBITO
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1
Curso de
Feridas e Curativos –
Técnicas e Tratamentos
MÓDULO III
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este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na bibliografia consultada.
FERIDA INFECTADA
A infecção é a complicação mais comum das lesões de pele crônicas e, pode ser
considerada a mais grave e importante complicação, uma vez que a pode deixar de ser
local para se tornar sistêmica o que implica em uso de antibioticoterapia sistêmica, muitas
vezes endovenosa, o que requer internação em ambiente hospitalar causando estresse
aos pacientes e familiares, e aumentando, conseqüentemente, o tempo de tratamento
desta lesão, além dos custos com medicamentos e curativos.
Dessa forma é importante lembrar que toda lesão de pele pode torna-se infectada
se não houver a atenção e um cuidado terapêutico adequado, o qual deve partir de
avaliações criteriosas e diárias das condições de pele de cada paciente, evitando
complicações sistêmicas que podem evoluir desde uma simples perda de tecido até o
óbito do paciente. Salientando e afirmando que o exame físico realizado em equipe pelos
profissionais da enfermagem e a sistematização da assistência pelo Enfermeiro é de
suma importância e primordial na prevenção e tratamento de lesão de pele.
Definições:
Foto: E. Ricci
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• Colonização: Multiplicação bacteriana sem que haja, entretanto, qualquer reação do
organismo a esses patógenos. Presente em todas as feridas.
Foto: E. Ricci
Foto: M.Souza
Foto: M.Souza
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A BACTÉRIA E A LESÃO
Sistêmico
• Mudança de temperatura: Hipertermia (sinal precoce) e Hipotermia (sinal tardio de
infecção severa)
• Taquicardia
• Hiperventilação
• Dor (dependente sensibilidade do local afetado)
• Desorientação e obnubilação
• Intolerância à glicose.
• Maior consumo metabólico e um aumento da necessidade hídrica
• Anemia mais freqüênte
• Piora da ferida
• Aumento de exsudação
• Secreção purulenta
• Celulite (rubor, calor, tumor, dor)
• Odor intenso e não usual
• Aumento da dor
• Mudança no tecido de granulação
Foto: E. Ricci
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Foto: M.Souza/ C.Pompeo
Foto: E. Cassimiro
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Fatores sistêmicos que facilitam a infecção:
• Doença vascular
• Edema
• Cirurgia / Radiação
• Incompetência imunitária
• Alcoolismo
• Deficiência nutricional
• Doença crônica.
• Uso de corticóides, quimioterápicos.
• Isquemia ou hipóxia
• Hipotermia
• Tabagismo Foto: E. Cassimiro
Foto: E. Cassimiro
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PRESENÇA E TIPOS DE DRENAGEM
Exsudatos:
Fluídos extravasados dos vasos sangüíneos, material proveniente de células mortas de
dentro ou redor da ferida Æ fatores de crescimento e da divisão da matriz extracelular. E
ainda quando o microorganismo presente na lesão é degradado e seu derivado compõe
esta exsudação e ainda são estes que definem a coloração desta secreção.
• Seroso
• Sanguinolento
• Purulento
• Fibrinoso
• Reação mista
Aspectos de exsudato:
1- Seroso: É caracterizado por uma intensa liberação de quantidade de líquido com baixo
conteúdo protéico e origina - se do soro sangüíneo. Presente na fase inflamatória aguda,
Tem aspecto fino, aguado e claro. É encontrado no estágio inicial da infecção bacteriana.
www.eerp.usp.br
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3- Purulento: É um líquido composto por células e proteínas produzidas por um processo
inflamatório asséptico ou séptico. Aspecto fino ou espesso, com coloração variando de
marrom opaco para amarelo.
Foto: M. Souza
Foto: E. Cassimiro
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FIBRINA: Proteína insolúvel, formada a partir do fibrinogênio pela ação proteolítica da
trombina, durante a coagulação do sangue, é aderente aos tecidos e tem coloração
esbranquiçada ou amarelada, que chamamos de esfacelo.
Foto: C. Pompeo
Coloração do exsudato:
Depende do tipo de exsudato e pode ser característica do pigmento específico de
algumas bactérias. Sendo as mais freqüentes: Esbranquiçadas, amareladas, esverdeadas
e achocolatadas.
Foto: M. Souza
Foto: M. Souza
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Odor do exsudato:
É proveniente de produtos aromáticos produzidos por bactérias e tecidos em
decomposição. Devemos observar se, o exsudato é inodoro ou fétido.
O QUE OBSERVAR?
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IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE ETIOLÓGICO
Coleta de material:
IMPORTANTE!
• Lesão exsudativa: lavar abundantemente com soro fisiológico 0,9% para remover o
exsudato superficial.
• Lesões bolhosas e abscessos fechados devem ser puncionados com técnica
asséptica.
• Em infecção por anaeróbios é recomendada a punção asséptica e o envio do material
ao laboratório em condições de anaerobiose (seringa com agulha protegida ou frasco
coletor)
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A AVALIAÇÃO
• Eritema perilesional
• Sinais clássicos de inflamação
• Pele brilhante
• Tumefação local
• Dor importante
• Características da drenagem
• Exsudação elevada e odor da drenagem Foto: M. Souza
Antibiótico
Anti-séptico
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CUIDADO!
Tratar uma lesão infectada não significa usar indiscriminadamente terapia
antibiótica tópica! O uso indiscriminado de antibiótico tópico é a principal causa do
aparecimento de importantes resistências bacterianas.
ANTI-SÉPTICOS
Tratamento geral
Essas medidas globais são importantes uma vez que todo processo infeccioso
acarreta um aumento do consumo metabólico e um aumento da necessidade hídrica,
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necessitando, portanto, não apenas de tratamento local, mas de um tratamento global
visando à reestruturação total do quadro clínico do paciente.
Tratamento local
AVALIAÇÃO DA FERIDA
COMEÇANDO A CUIDAR...
A assistência do indivíduo deve ser realizada de forma global. Não adianta apenas
cuidar da ferida, traçar planos de assistência visando à evolução da cicatrização ou
escolher o tipo de curativo a ser utilizado. O ser humano é muito maior que tudo isso!
A ferida faz parte de um todo, pertence a um ser único e singular.
O cuidar exige flexibilidade. Estar disposto a utilizar de recursos que possam
aperfeiçoar a assistência. Essa flexibilidade provém de interação, não só com o indivíduo,
mas também com o profissional, em adaptar-se com o meio em que o indivíduo vive.
Além do quê...
IMPLICAÇÂO PSICOSOCIAL
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• BACH: a pele é o confim entre o sujeito e o mundo externo
• Alteração do esquema corpóreo e das relações com o mundo externo leva à perda de
auto-estima e depressão
Palavras como: Proteção, confiança e colaboração.
Podem abrir portas ou restabelecer a confiança no cuidador.
O QUE AVALIAR?
1. O PACIENTE
O paciente crônico, inicialmente, não confia no terapeuta, uma vez que já convive
há muito tempo com aquele problema e conhece melhor do que ninguém a forma como
deve se cuidado.
O chamado drop-out (saltar fora) é causado por essa perda de confiança, onde o
problema mais comum é a dor. Dessa forma é importante que o cuidador dê atenção não
apenas ao paciente, portador da lesão, e sim ao seu ambiente familiar, pois esta é uma
das formas de se ganhar a confiança e a adesão do paciente ao tratamento.
AVALIAR
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• Medicamentos: Uso de corticosteróides, Imunossupressores e Quimioterápicos, uma
vez que estas medicações diminuem o processo inflamatório, a quimiotaxia das
células, prejudicando de forma importante a primeira fase da cicatrização, a fase
inflamatória.
Mobilidade:
Toda e qualquer lesão precisa de energia para se fechar, e os nutrientes e oxigênio
necessários, são conduzidos até o local da lesão pela corrente sanguínea, sendo que o
aporte sanguíneo diminuído às áreas de compressão, as quais são causadas pela
imobilidade, dificulta e retarda o processo de cicatrização. Além de retardar a cura, a
imobilização e compressão constantes aumentam o risco para a formação de novas
lesões.
Inspeção geral:
• Aspecto da lesão;
• Cor;
• Temperatura local;
• Umidade;
• Ressecamento;
• Localização anatômica;
• Exsudato;
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Inspeção especial Foto: M. Souza
3. Localização anatômica:
• Feridas em cabeça e pescoço possuem
maior irrigação sanguínea;
• Abdominais: Drenagem elevada
• Região sacral: > risco de infecção
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• Pressão arterial;
• Presença e tipo de exsudato:
• Extensão
• Avaliar a pele migrando sobre o leito da ferida, retração das bordas: lesão com
intenção de cicatrizar.
• Ferida parada, não há migração da pele sobre o leito da ferida, as bordas não
definidas; lesão sem intenção de cicatrizar.
IMPORTANTE!
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ALGUMAS DEFINIÇÕES
1. PELE ÍNTEGRA
Tecido sem a presença de solução de continuidade.
Foto: M. Souza
Foto: E. Ricci
2. PELE LESADA
Qualquer interrupção da continuidade do tecido corpóreo.
Foto: C. Pompeo
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3. PELE DESIDRATADA
4. PELE MACERADA
Super hidratação da pele circunjacente a lesão. Excesso de
umidade
Foto: E. Ricci
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Foto: E. Casimiro
5. CICATRIZES
É o novo tecido formado através do acúmulo de células e colágeno no leito da ferida.
Foto: E. Ricci
6. CELULITE/INFLAMAÇÃO
Processo inflamatório das células epiteliais.
Foto: E. Ricci
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DOCUMENTAR
• Os dados levantados sobre o paciente (doença de base, patologia associada,
medicação...).
• Dados levantados sobre a ferida, após uma primeira avaliação e após as avaliações
subseqüentes.
• Controle da evolução da lesão.
Documentar é preciso...
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Curso de
Feridas e Curativos –
Técnicas e Tratamentos
MÓDULO IV
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mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
TÉCNICA DE CURATIVO
AGORA, CUIDANDO...
Como discutido anteriormente, tratar uma lesão não significa apenas aplicar
um produto ou substância, significa cuidar de um ser único, que possui suas
peculiaridades e que devem ser respeitadas na hora de escolher a forma de tratamento.
O tratamento de uma lesão com a utilização de um curativo tem várias
finalidades como limpar a ferida, proteger de traumas mecânicos e imobilizar, além de
prevenir contra infecções exógenas.
Definição
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TIPOS DE CURATIVOS
Foto: M. Souza
Foto: M. Souza
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3. Oclusivos: Têm como finalidade vedar e impedir a perda de fluidos, bem
como proporcionar isolamento térmico. A vedação é feita através de gazes, faixas e
espuma.
Foto: M. Souza
Foto: M. Souza
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VANTAGENS DO MEIO ÚMIDO
NORMAS DE ASSEPSIA
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Técnica limpa:
• Lavar as mãos com água e sabão;
• Utilizar material limpo para a manipulação da lesão;
• Limpar a lesão com água limpa e tratada;
• A cobertura da lesão deve ser preferencialmente estéril;
• Técnica utilizada no tratamento domiciliar.
Observações importantes:
• Retirar anéis, relógios e pulseiras;
• Não encostar-se a pia;
• Utilizar sabão líquido;
• Não é indicado uso de toalhas de pano e coletivas;
• Utilizar creme hidratante de uso único e de pote individual para as mãos.
• Pacote de curativo
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O pacote de curativo deve obedecer a princípios de assepsia e esterilização,
podendo ser descartável ou não. É importante lembrar que o pacote nunca deve ser
utilizado caso haja suspeita que ele não tenha sido esterilizado.
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Além do tecido de granulação essa técnica é utilizada para limpeza de
cavidades e pontos subtotais, áreas de difícil acesso apenas com gaze úmida.
Os pontos subtotais são pontos que abrangem todas as camadas da parede
abdominal, da pele até o peritônio. Eles são confeccionados com equipo de soro e fio
tipo cordonê. Para proceder à limpeza desses pontos, devem-se lavar todos os pontos
introduzindo soro fisiológico 0,9% com auxílio de uma seringa com agulha 40X12mm no
interior de cada ponto, colocando uma gaze no lado oposto para reter a solução.
Continuar a limpeza de todo o restante da lesão, com o auxílio de uma pinça,
utilizando a técnica asséptica. Realizar a limpeza de dentro para fora e de cima para
baixo, utilizando as duas faces da gaze sem voltar ao início da incisão.
Pontos subtotais.
Foto: M. Souza
• Fita adesiva
A fita adesiva sempre deve ser retirada molhando-a com SF 0,9%, para evitar
a lesão da pele do paciente por trauma local. Se possível deve priorizar a utilização das
fitas indicadas pelo fabricante, como hipoalergênicas e nunca deve ser utilizada fita crepe
adesiva direto à pele do paciente;
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Princípios básicos para a realização dos curativos
Esses princípios, por serem princípios básicos podem e devem ser adaptados
e empregados de acordo com o tipo de curativo. Tendo sempre o cuidado de evitar as
infecções cruzadas.
• Separar o material a ser utilizado, observando:
- Data de validade;
- Se está embalado adequadamente;
• Separar os anti-sépticos a serem utilizados:
• Orientar o paciente sobre o que será realizado com ele;
• Avaliar a lesão;
• Separar o anti-séptico adequado para a realização do curativo;
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• Deve-se iniciar a limpeza de fora para dentro da lesão, ou seja, das bordas
para o centro, para não espalhar infecção nos tecidos ao redor da ferida.
IMPORTANTE!
Antes de iniciar o tratamento compressivo deve ser bem investigado se o
paciente não é portador de úlceras arteriais:
• Verificar pulso pedioso, caso fraco ou ausente, há necessidade de
avaliação especializada;
• Sinais de necrose nos dedos ou dorso do pé;
• Cianose de extremidades;
• Aumento na dor com elevação do membro.
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• Imobilização com tala gessada;
• Palmilhas;
PRECAUÇÕES PADRÃO
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ALGUNS PRODUTOS E TÉCNICAS UTILIZADAS EM CURATIVOS
ANTI-SEPSIA
Anti-sépticos
Mecanismo de ação
• Reduz a carga bacteriana por destruição das proteínas;
• Estudos “in vivo” indicam que ele reduz a carga bacteriana da pele de 68%
a 84% em uma única aplicação, e de 92% a 96% em seis aplicações sucessivas.
Vantagens e indicações
• Anti-séptico de amplo espectro;
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• Ativo no combate de bactérias grã positiva e grã negativa;
• Esporicida e fungicida;
• Na ausência de matéria orgânica a grande maioria das bactérias é
destruída ao fim de 10 segundos por solução a 1%.
• Indicado em todas as formas de infecção clinicamente presentes ou de
colonização;
• Mantém ação germicida residual;
Apresentação
• É encontrado na forma de solução;
• PVPI degermante: É o PVPI diluído em uma solução de detergente neutro.
Podem ser utilizadas para a anti-sepsia das mãos, tricotomias ou para anti-sepsia de
feridas sujas.
• PVPI tópico: É o PVPI diluído em solução aquosa. Pode ser utilizado para
anti-sepsia de feridas e mucosas.
• PVPI tintura: É o PVPI diluído em solução alcoólica a 70%, deve ser
utilizado somente em assepsia de pele íntegra.
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Cuidados na aplicação
• Por ser uma solução aquosa é passível de contaminação por Grã positivo.
Podendo estar colonizado em 12 horas e infectado em até 48 horas.
• Manter a rotina de troca do frasco a cada 07 dias;
• Não deve ser removido da ferida.
O que é?
• É um anti-séptico brando;
• É particularmente adequado para lavagem de feridas e mucosas onde haja
tecido morto, pois a produção de gás, em virtude da ação de uma enzima (catalase)
facilita a limpeza da área ou da cavidade fechada.
Vantagens e indicação
• Como anti-sépticos em úlceras com sinais de infecção;
• Sua efervescência tem uma potente ação nos materiais liberados pela
úlcera;
• Favorece a hemostasia após procedimento cirúrgico;
• Anti-sépticos de primeira escolha em escoriações e outras lesões perfuram
cortantes, que podem facilitar a contaminação por bactérias anaeróbias (Clostridium
tetani).
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• Abrigar a solução longe do calor e da luz, acondicionada em recipiente
opaco ou revestido com papel laminado.
Vantagens e indicações
• Baixa toxicidade;
• É de fácil remoção da lesão, não causa dor;
• Se aplicada imediatamente à superfície queimada reduz o nível de
infecções secundárias, diminui o tempo de internação, e queda no custo de internação
hospitalar;
• Baixo custo;
Cuidados na aplicação
• Deve ser aplicado com luvas estéreis ou com o auxílio de uma espátula;
• Aplicar o creme e manter 03 mm de espessura;
• Lavar a lesão com água corrente e/ou água destilada;
• Deve ser trocada a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária estiver
saturada.
• Retirar o excesso de pomada a cada troca de curativo.
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Foto: M. Souza
ANTISSÉPTICOS INDUSTRIALIZADOS
Descrição
• É composta por uma almofada a base de nylon com relativa não aderência,
em seu interior tem um tecido de carvão ativado com pasta de nitrato de prata a 1%.
• É selado nos 04 lados, esterilizado e embalado individualmente.
• O tecido de carvão ativado é um material que possui poros em sua
superfície, que são capazes de capturar moléculas que ficam presas por atração elétrica
do carvão.
Ação/Características
• Adsorção dos microorganismos e secreção purulenta no tecido de carvão,
através de ação magnética. Com isso as bactérias ficam presas no carvão, longe do
tecido danificado;
• O exsudato da lesão é absorvido pelo curativo secundário.
100
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• A prata age impedindo a proliferação bacteriana;
Vantagens e indicações
• Anti-séptico e absorvente;
• Indicado em feridas exsudates e/ou malcheirosas;
• Ação antiinflamatória;
• É bactericida;
• Estimula o tecido de granulação;
• Preserva tecido epitelial;
• Reduz significativamente o tempo de troca de curativo;
• Reduz o traumatismo no ato da remoção;
• Método moderno que diminui o desconforto do paciente;
• Diminui odor;
Cuidados na aplicação
• Não utilizar em áreas de granulação, doadoras de enxerto ou em
queimaduras;
• Fazer a limpeza da ferida e aplicar o produto diretamente sobre a ferida
com técnica asséptica;
• Não pode ser cortado;
• Pode ser dobrado, amassado, para ter contato direto com a ferida;
• Deve ser coberto com curativo secundário e este deve ser substituído
sempre que estiver úmido;
• Utilizar óleo de girassol para retirar o carvão ativado da ferida, evitando
sangramento e para impedir que a secreção contida no carvão retorne para o leito da
ferida.
101
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• Na fase inicial do tratamento, deve ser trocado em intervalos de 48 a 72
horas. À medida que a secreção do curativo, pela exsudação, for diminuindo, a troca
poderá ser prolongada por até 07 dias, no máximo.
Foto: J. Johnson
Foto: J. Johnson
102
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ALGINATO DE CÁLCIO
Mecanismo de ação:
O sódio presente no exsudato e no sangue interage com o cálcio presente
no curativo de alginato. A troca iônica:
• Resulta na formação de um gel que mantém o meio úmido para a
cicatrização, além de auxiliar no desbridamento autolítico.
• Aumenta capacidade de absorção e induz hemostasia;
Vantagens e indicações:
• Úlceras limpas e com exsudato, dá origem a um gel e impede a adesão da
ferida e mantém um microambiente úmido.
• É indolor nas trocas;
• Pode ser usado em feridas com cavidade de difícil acesso;
• Acelera o processo de cicatrização;
• Alcança a hemostasia entre 03 e 05 minutos;
• Superabsorvente, com redução das trocas e dos vazamentos.
Cuidados na aplicação:
• Umedecer a fibra com SF 0,9%;
• Não deixar que a fibra de alginato ultrapasse a borda da ferida, com risco
de prejudicar a epitelização;
• Ocluir com curativo secundário;
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Troca do curativo:
• Feridas infectadas: No máximo em 24 horas;
• Feridas limpas com sangramentos: a cada 48 horas;
• Feridas limpas exsudativas: quando saturar.
• Quando o exsudato reduzir, e a freqüência das trocas estiver sendo feita a
cada 03 a 04 dias, significa que é hora de utilizar outro curativo;
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Foto: C. Pompeo Foto: C. Pompeo
Foto: C. Pompeo
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ÁLCOOL
• Ação: anti-séptico
• Vantagens e indicações: NENHUMA
• Desvantagens e contra indicações:
• Aumenta por 06 vezes a incidência de escaras;
• Seu uso freqüente causa ressecamento e liquidificação da pele por
remoção dos lipídios cutâneos;
• Modalidade de emprego: NUNCA!
• Seu uso tem apenas valor histórico
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DESBRIDAMENTO OU DEBRIDAMENTO
Desbridamento = desbridamento.
Definição: É a remoção do tecido necrosado de uma lesão.
TECIDO NECROSADO
• Dificulta o fornecimento de sangue (oxigenação e nutrição dos tecidos);
• Atua como meio de cultura de bactérias;
• Inibe a ação dos leucócitos em controlar microorganismos invasores;
• Aumenta a possibilidade de infecção sistêmica;
• Inibe a migração de células epiteliais, interrompendo a segunda fase do
processo de cicatrização;
• Impede a atuação de substâncias antibacterianas administradas por via
tópica;
• A presença deste tecido pode esconder a extensão e possível penetração
da ferida.
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POR ISSO...
É importante que o tecido desvitalizado/necrosado seja removido das feridas,
pois o processo de cicatrização e a regeneração epitelial não são possíveis sem o
desbridamento regular e cuidadoso.
MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO
MÉTODO CIRÚRGICO:
MÉTODO MECÂNICO
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Foto: C. Pompeo / M. Souza
COLAGENASE
Mecanismo de ação:
• Desbridante, fibrinolítica.
• É uma enzima proteolítica que consome as pontes do colágeno natural,
favorecendo a remoção da necrose.
Vantagens e indicações:
• É indicado nas úlceras com presença de áreas necróticas com acúmulo de
fibrina no fundo da lesão;
• É indicado em feridas isquêmicas.
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• Quando em excesso e com sobras nas bordas causa endurecimento do
tecido;
• Não age na presença de tecido necrótico seco (escara).
Cuidados na aplicação:
• O curativo e a troca deverão ser realizados a cada 08 ou 12 horas;
• Deve ser aplicada uma fina camada;
• Deve ser mantido um ambiente úmido para melhor efeito do produto;
• É inativa na presença de água oxigenada, algodão e ressecamento da
lesão.
• Requer um curativo secundário oclusivo.
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Foto: C. Pompeo Foto: C. Pompeo
PAPAÍNA
Foto: C. Pompeo
Descrição:
• Enzima proteolítica, bactericida e bacteriostática e de ação antiinflamatória.
• De origem vegetal extraída da Carica papaya. Após o seu preparo, obtém-
se um pó de cor leitosa, com odor forte e característico.
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• É inativo ao reagir com agentes oxidantes como o ferro, oxigênio, derivados
do iodo, água oxigenada e nitrato de prata.
Ação:
• A papaína é uma mistura complexa de enzimas proteolíticas e peroxidases,
ou seja, capaz de decompor substâncias protéicas.
• Como desbridante, liquefaz o tecido necrótico.
• Atua como antiinflamatório, agindo ao nível das prostraglandinas.
• Fibrinolítica provoca uma diluição na rede de fibrina dos coágulos, podendo
provocar sangramento por esta razão, não interferindo nos fatores de coagulação;
• Efeito bactericida e bacteriostático. Rompem a parede celular de bactérias
especialmente aquelas de parede predominantemente protéica.
• Estimula o desenvolvimento de tecido de granulação e auxilia no processo
cicatricial através do alinhamento dos fibroblastos, reduzindo a possibilidade de formação
de quelóides.
Apresentação:
• É comercializada purificada na forma de pó, em diferentes concentrações,
que variam de 02% a 10%, podendo ser manipulada/preparada na forma de pomada ou
gel.
Vantagens e indicações:
• Indicadas em feridas necróticas e fibrinas;
• Preserva o capilar e o tecido de granulação;
• A solução de papaína pode ser utilizada em lesões muito profundas com
exposição de estrutura óssea, em deiscência cirúrgica com evisceração em fístula
pleural, em grandes queimados, entre outros.
% INDICAÇÃO
2% FERIDA COM TECIDO DE
GRANULAÇÃO
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5-6% FERIDAS COM EXSUDATO
PURULENTO
10% FERIDAS NECRÓTICAS
Cuidados na aplicação:
• Proteger a pele perilesional com alguma substância que forme uma película
protetora;
• Manter o produto em refrigeração;
• A limpeza da lesão deve ser feita com água destilada, para evitar a
inativação do radical sulfidrila;
• Ao utilizar o lavado de papaína, diluir a papaína pó em água destilada e em
recipiente plástico.
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Foto: M. Souza
Foto: M. Souza
Foto: M. Souza
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Foto: M. Souza Foto: M. Souza
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Papaína a 10%, sendo a 3ª e 4ª foto com 20 dias de tratamento e as 5ª e 6ª fotos com 30
dias de evolução.
HIDROGEL
Composição:
Gel transparente, incolor, composto por:
Água (77,7%): Mantém o meio úmido;
Carboximetilcelulose – CMC (2,3%): Facilita a hidratação celular e o
desbridamento;
Propilenoglicol – PPG (20%): Estimula a liberação de exsudato;
Mecanismo de ação:
• Amolece e remove tecido desvitalizado através de desbridamento autolítico.
• Provoca uma hidratação compacta do tecido necrótico, favorecendo uma
rápida autólise com ativação simultânea dos processos de granulação.
• Protege as terminações nervosas expostas e diminui a dor;
Vantagens e indicações
• Indicado na detenção de necroses e escaras;
• Indicado, também, em úlceras secas, lesões não cavitárias;
• Não adere ao fundo da ferida tornando fácil a sua remoção;
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• Apresenta-se em placas transparentes que permitem freqüentes controles
da úlcera sem retirar o produto.
Cuidados na aplicação
• Espalhar o gel sob a ferida assepticamente;
• Ocluir a ferida com cobertura secundária estéril;
• Não usar produtos iodados;
• É aconselhável a cobertura com uma película semipermeável para prevenir
o ressecamento.
Periodicidade de troca:
• Feridas infectadas: No máximo em 24 horas;
• Necrose: No máximo em 72 horas;
• Na forma de placa: troca de 01 a 07 dias;
GAZE SIMPLES
Vantagens:
• Baixo custo;
• Facilidade do seu uso;
• Estão disponíveis na maioria das instituições.
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Desvantagens:
• Não se deve utilizar gaze seca diretamente na lesão, exceto quando se
deseja o desbridamento.
• Tem pouca capacidade de absorção do exsudato;
• Exigem trocas freqüentes, precisam de cobertura secundária e fixação e
pode provocar maceração das áreas adjacentes;
• Permeáveis a bactérias, podem soltar fios e fibras, que atuam como corpo
estranho, podendo provocar inflamação e infecção.
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Curso de
Feridas e Curativos –
Técnicas e Tratamentos
MÓDULO V
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
MEDICAMENTOS FAVORÁVEIS À GRANULAÇÃO
Descrição:
TRIGLICÉRIDEOS:
São compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio, sendo ésteres de ácidos
graxos com glicerol (álcool)
Composição
• Vitamina A: Favorece a integridade da pele e sua cicatrização;
• Vitamina E: Função antioxidante e protege a membrana celular do ataque
dos radicais livres (substâncias que destroem a célula e suas estruturas internas)
• Ácido Linoleico: Importante no transporte de gorduras, na manutenção da
função e integridade das membranas celulares, imunógeno local que auxilia na
proliferação do tecido de granulação.
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• Lecitina de soja: protege e hidrata a pele.
• Ácido caprílico, cáprico e capróico:
AGE Composição
TCM 67g
Lecitina 01g
Vitamina A 2500 UI
Vitamina E 100 UI
Ação:
• São incorporadas à membrana celulares e importantes para manterem a
integridade da pele;
• Acelera o processo de cicatrização pelo estímulo a formação do tecido de
granulação, através de sua ação quimiotáxica e promovem diferenciação epidérmica;
• Atua ao nível das prostraglandinas.
Mecanismo de ação:
• Promove quimiotaxia (atração dos leucócitos) e angiogênese, mantém o
meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual.
Vantagens e indicação:
• Forma uma película protetora na pele íntegra (previne lesões); por aumento
indireto da resistência tecidual.
• Reversão dos processos de hiperemia já instalados tem grande absorção,
forma uma película protetora na pele.
• Aumenta capacidade de hidratação;
• Proporciona hidratação local alta capacidade de nutrição celular;
121
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• Indicado na prevenção de úlcera de pressão;
• Tratamento de feridas abertas
Contra indicação:
Feridas com cicatrização por primeira intenção e feridas com infecção.
Cuidados na aplicação:
HIDROCOLÓIDE
Descrição:
122
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CAMADA EXTERNA
CAMADA INTERNA
Cama externa
Cama da Interna
Mecanismo de Ação:
Vantagens e indicações:
123
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• Permite remoção sem trauma aos novos tecidos;
• Acelera a granulação e um aumento da vascularização nesse tecido.
• Reduz a dor por proteger as terminações nervosas;
• Indicada em feridas não infectadas e pouco exsudates;
• Economiza o tempo da enfermagem no curativo, pois aumenta o tempo
entre a troca das placas de hidrocolóide;
• Pode ser adaptado em diferentes áreas anatômicas e manter a mobilidade
do membro.
INDICAÇÕES:
• Feridas secas, com pouco ou médias exsudato, lesões em fase de
granulação,
• Feridas com ou sem necrose tipo esfacelo,
• Ferida com dano parcial do tecido
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Desvantagens e contra indicações:
• Não usar em feridas infectadas ou colonizadas e fungícas, em feridas
necróticas e em queimaduras de 3º grau;
• Possível deslocamento no caso de feridas exsudates, nesses casos pode
ocorrer maceração de bordas e tecido perilesional.
• Odor característico, podendo ser confundido com ferida infectada;
Cuidados na aplicação:
• Realizar limpeza do leito da ferida e secar bem a pele perilesional;
• Escolher o hidrocolóide com diâmetro que ultrapasse 03 cm a borda da
ferida;
• Aplicar o hidrocolóide segurando-o pela borda;
• Pressionar a borda na pele para perfeita aderência; Se necessário, fixar
com fita microporosa.
• Trocar o hidrocolóide sempre que o gel extravasar ou o curativo deslocar.
• Anotar a data e a hora da colocação da placa ,
• Deve permanecer no máximo 07 dias na lesão;
HIDROCOLÓIDE EM PASTA
• Não é necessária a remoção total do gel presente;
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• Devem ser aplicados até preencherem toda a cavidade da lesão;
• A troca se dá por saturação, podendo permanecer em média de 01 a 04
dias;
• O curativo secundário deve ser feito com hidrocolóide em placa.
Custo benefício:
Hidrocolóide em Grânulos
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Fonte: Catálogos explicativos de produtos – empresas e distribuidores
Foto: E. Casimiro
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Foto: E. Casimiro
Foto: E. Casimiro
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Caso: Queimadura de 2º grau, acometendo o pé e parte da perna. Há
presença de bolhas e áreas de rompimento de pele. Aplicado hidrocolóide em placa,
mantendo primeiramente por 04 dias, observando já melhora da área lesada, aplicou-se
novamente, mantendo-se, desta vez, por 05 dias. Depois de retirado observa-se a
grande aceleração do processo cicatricial.
PRÓPOLIS
Descrição:
É uma resina extraída pelas abelhas dos botões de certas flores, folhas e
casca de árvores. Após a coleta desta resina as abelhas mastigam enriquecendo com os
componentes enzimáticos existentes em sua saliva. Coloração esverdeada a marrom,
amarga, fluída e pegajosa e insolúvel em água.
Mecanismo de ação:
• Atua na formação de anticorpos, eleva a fagocitose e acelera os processos
de regeneração celular.
• A riqueza enzimática da própolis aliada ao seu conteúdo de vitamina A,
auxilia no combate a bactérias patogênicas de difícil tratamento;
Vantagens e indicações:
• Baixo custo e facilidade de manuseio
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• Embora a própolis apresente ação no organismo, semelhante a dos
antibióticos o seu uso não apresenta efeitos colaterais comuns causados pelos
antibióticos;
• Tem atividade antibacteriana em Grã positivas e Grã negativas,
antifungicida.
• Possui ação anti-séptica acentuada;
• Indicada em feridas vitalizadas sem necrose, exsudativas ou não.
Contra - indicações:
• Avaliar o limiar de dor após aplicação, alguns pacientes relatam intolerância
após uso tópico.
Cuidados na aplicação:
• Deve-se evitar que a própolis fique em contato com a borda e tecidos
perilesionados, pois causa ressecamento;
• Trocar no máximo a cada 12 horas.
HIDROPOLÍMERO
Composição:
• Almofadas geralmente composta por 03 camadas sobrepostas de não
tecido uma central de hidropolímero e revestida por poliuretano.
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Fonte: Catálogos explicativos de produtos – empresas e distribuidores
Mecanismo de ação:
• É uma cobertura altamente absorvente para feridas com baixa a moderada
exsudação e que proporciona um ambiente úmido facilitando o processo de granulação e
ainda estimula o desbridamento autolítico, mas não é um desbridante químico.
• A camada de hidropolímero expande-se delicadamente à medida que
absorve o exsudato mantendo a adesão da cobertura na ferida;
Vantagens e indicações:
• Tratamento de feridas abertas não infectadas;
• Feridas exsudativas, limpas, em fase de granulação.
• Feridas superficiais e/ou feridas com cavidades;
• Promove a granulação tecidual;
• Remove o excesso de exsudato;
• Diminuindo o odor da ferida;
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Contra indicações:
Cuidados na aplicação:
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Fonte: Catálogos explicativos de produtos – empresas e distribuidores FOTO: E. Ricci
FILMES TRANSPARENTES
Composição:
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Mecanismo de ação:
• Proporciona um ambiente úmido favorável a cicatrização. Permeabilidade
seletiva, permitindo a difusão gasosa e a evaporação de água. Impermeável a fluídos e
microorganismos. Forma uma camada protetora da pele. Mantêm a umidade e o pH da
pele.
Vantagens e indicação:
134
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• Não devem ser usados nas primeiras 24 horas de pós-operatório, devido à
liberação de exsudato.
Cuidados na aplicação:
135
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Fonte: Catálogos explicativos de produtos – empresas e distribuidores
COLÁGENO BIOLÓGICO
Composição:
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Fonte: Catálogos explicativos de produtos – empresas e distribuidores
Mecanismo de ação:
Vantagens e indicações;
• Indicado em lesões fluidas, superficiais e limpas;
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• Diminui a inflamação local e edema;
• Acelera o processo cicatricial;
Cuidados na aplicação:
• Requer medicações secundárias;
• É inativa pela água oxigenada e pelo algodão hidrófilo;
• Em feridas secas devem ser irrigadas previamente com soro fisiológico;
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• Remover o exsudato e tecido desvitalizado;
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Caso: Síndrome de Fournier, acometendo toda a bolsa escrotal. Há presença
de secreção e esfacelo tratada com carvão ativado em prata e a pomada de sulfadiazina
de prata por um período de 10 dias. Após a regressão do processo infeccioso iniciou o
uso de colágeno em placa, mantendo primeiramente por 24 horas, observando já
melhora da área lesada, aplicou-se novamente, mantendo-se, desta vez, por 48 horas.
Observa-se a grande aceleração do processo cicatricial recebendo alta com o mesmo
tratamento
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GAZE NÃO ADERENTE ESTÉRIL
Impregnadas:
• Acetato de celulose impregnada com petrolato;
• Com PVPI a 10%
• Gaze de fibras de poliéster hidrófobo impregnada com AGE;
• Impregnada com Aloe Vera;
Não impregnadas:
• Tecido de algodão ou sintético entrelaçado ou não, com maior ou menor
número de fios.
Vantagens e indicação:
• Queimaduras superficiais;
• Feridas com formação de tecido de granulação e áreas doadoras ou
receptoras de enxerto;
• Indicada como curativo primário de lesões planas com função de manter a
ferida úmida e proteger de traumas por aderência;
• Permite o livre fluxo de exsudatos;
• Não interfere no tecido de regeneração e evita a dor durante a troca;
• Não provoca trauma na retirada, preservando o tecido de granulação;
• Permite adaptações aos locais;
Composição:
• Tela de acetato de celulose impregnada com emulsão de petrolato solúvel
em água, não aderente e transparente, estéril;
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• Se existe pouco exsudato, não criam um microambiente apropriado a
reeptelização. Por vezes, requerem medicações freqüentes;
• Feridas com cicatrização por primeira intenção;
• Produtos de hidrocarbonetos saturados derivados do petróleo podem
causar irritação e reação granulomatosas;
Cuidados na aplicação:
• Cobrir com curativo secundário;
• Requer trocas diárias;
Foto: M Souza
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CURATIVOS NATURAIS
FITOTERAPIA
Vantagens
Formas de uso
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FITOTERÁPICOS TÓPICOS
ÓLEO DE GIRASSOL
Descrição:
• É uma herbácea cujas sementes, frutos aquênios,
• Produzidos no miolo das flores, são a parte mais utilizada.
Vantagens e indicações:
• Fácil acessibilidade e baixo custo;
• Auxilia na manutenção da função e integridade das membranas celulares;
• Lubrificam e agem como emoliente;
Ácidos graxos essenciais: ác. Linoléico e linolênico
Auxiliam na manutenção da função e integridade das membranas celulares
Facilita entrada de várias substâncias importantes no metabolismo celular e
imunológico.
Desvantagens e contra indicação:
Não é um produto estéril;
ARNICA
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•Indicações terapêuticas: Lesões após traumatismos, dores musculares, e
articulações. Hematomas após punções venosas e em insulinodependentes.
BABOSA
CALÊNDULA
MAMÃO PAPAIA
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Apresentação: Pó, Pomada, Gel e o fruto ralado.
Modo de usar: PÒ
• Diluir o pó em água bidestilada, pois qualquer componente químico altera a
instabilidade da solução;
• Preparar a solução da papaína somente no horário da aplicação: não
armazenar.
Concentrações das diluições
• 1g • 100ml • 1%
• 1g • 50ml • 2%
• 2g • 50ml • 4%
• 3g • 50ml • 6%
• 4g • 50ml • 8%
• 5g • 50ml • 10%
Material:
•Mamão verde;
•Recipiente plástico para ralar o mamão;
•Água bidestilada ou água fervida para limpeza da ferida;
Procedimentos:
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AÇUCAR – SACAROSE
Procedimento:
Tempo de permanência:
Tempo de permanência no leito da ferida é bastante controverso
Sacarose: eliminação renal X lesão tubular, nos pacientes com lesão renal
deverá de se ter um controle rigoroso da perda pela urina da sacarose: glicose.
Hiperosmolaridade ocorre em 15’ e decresce em 2 horas, portanto o curativo
deve ser trocado a cada duas horas no máximo. E sofrer a reposição a cada quinze
minutos.
Dificuldades:
• A dor;
• Trocas mais de uma vez ao dia;
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OSTOMAS
Por vários motivos, como lesão por ferimento por arma de fogo e ou arma
branca, em situações clínicas agudas e ou em situações clínicas crônicas como no caso
de neoplasia do sistema digestivo, são situações que um indivíduo necessita operar para
construir um caminho para saída das fezes ou da urina, para o exterior. Esta intervenção
cria um ostoma ou estoma (abertura), na região abdominal, por onde irão sair fezes em
quantidade e consistência diferente assim como será eliminada a urina em forma de
gotas.
O ostoma, por suas características anatômicas, que abre parte do órgão
expondo a mucosa, livre de controle do sistema nervoso central e muscular, sendo desta
forma impossível controlar voluntariamente a saída de resíduos, assim será necessário à
utilização de bolsa para coletar fezes ou urina.
O aspecto de um ostoma normal é de uma coloração vermelha ou rosa, vivo
brilhante e úmido. A pele ao seu redor deve estar lisa, sem vermelhidão, coceiras, feridas
ou dor. Logo após a cirurgia o ostoma estará inchado, mas gradualmente reduzirá seu
tamanho. Apresenta um tamanho em torno de 2-5 cm de diâmetro e 3-4 cm de saliência.
Na mucosa do ostoma, não existem nervos, assim podem ser tocadas, pois o
paciente não sente dor, porém é uma mucosa que pode ser facilmente ferida. Ao realizar
os cuidados com o ostoma, pode ocorrer um pequeno sangramento, mas isso é normal,
porém se o sangramento persistir deve-se comunicar ao médico.
Tipos de ostoma:
ATENÇÃO!
Os cuidados com as ostomias devem ser realizados pela enfermagem
devendo também fazer a orientação ao paciente para que ele cuide quando for embora
para casa.
Utilizamos para a coleta dos efluentes, dispositivos que podem ser peça única
ou duas peças, conforme adaptação do paciente.
Material:
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Procedimentos:
• Reunir o material;
• Lavar as mãos;
• Orientar o paciente o que será realizado;
• Expor o local a ser manipulado;
• Calçar luvas de procedimento;
• Retirar a bolsa e placa usada e desprezar em saco plástico;
• Utilizando, gaze, soro fisiológico e sabão realizar a limpeza da pele
periestoma e desprezá-la em saco plástico;
• Realizar a limpeza do ostoma:
• Recortar o orifício central da placa no tamanho certo do ostoma sem deixar
pele exposta, para evitar que caia efluente na região causando irritação;
• Retirar o papel protetor da placa e aplicar sobre o ostoma, fazendo uma
leve pressão, para bem aderir;
• Fechar a bolsa com clipe e Colocar a bolsa à placa encaixando os flanges;
• Deixar o paciente confortável;
• Desprezar o material no expurgo;
• Lavar as mãos;
• Fazer anotação de enfermagem, referindo aspecto do ostoma, da pele
periestoma e qualquer anormalidade.
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores
Foto: M. Souza
Modo de aplicação:
• Secar ao redor dos drenos e ostomia;
• Aplicar a pasta na área de imperfeições e o pó nas áreas escoriadas
• Aplica-se a placa da mesma forma que a bolsa coletora, faz se um recorte
ao centro para encaixar o estoma.
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• Mantém os cuidados de enfermagem com aplicação da bolsa de
colostomia, e periodicidade de trocas e manutenção de higiene e conforto ao paciente.
Dermatite de contato
Fotos: M. Souza
QUEIMADOS
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como imunodepressão e o seu foco principal, as condições da ferida, como fator
predisponente ao crescimento bacteriano.
A ferida do paciente queimado deve, portanto, ser tratada como um abscesso
plano, em decorrência da grande quantidade de material necrótico e avascular e o
exsudato que o constitui é um excelente meio para a proliferação bacteriana. Por este
motivo, saber da importância do tratamento tópico aplicado no queimado, contribui com a
sua recuperação determinando o período de internação e o prognóstico deste.
• Desnutrição prévia;
• Patologias pré-existentes;
• Utilização de polimicrobianos;
• Grande quantidade de material necrótico;
• Múltiplos processos cirúrgicos;
• Falta de um correto suporte nutricional;
• Transfusão múltipla de sangue e derivados.
• Streptococus sp.
• Staphilococus epidermidis;
• Staphilococus aureus;
• Pseudomonas aeruginosa;
• E. coli;
• Cândida albicans;
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SINAIS QUE AUXILIAM NO DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO
A - QUANTO A PROFUNDIDADE
2° grau
- Comprometimento parcial
- Perda da derme e epiderme
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- Rubor, edema, bolhas, transudação e muito dolorosa
- PROFUNDA – semelhante ao 3° grau, não dolorosa
B - QUANTO A EXTENSÃO
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REGRA DOS NOVE
Fonte: Wallace
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
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HIDROTERAPIA: DIÁRIA
PREPARO DO MATERIAL
MÈTODO DO CURATIVO
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Para o atendimento, global deste paciente é utilizado vários tipos de
monitorização com cateteres invasivos que aumentam, em grande proporção, os riscos
de infecção.
Foto: M. Souza
TÉCNICA DO CURATIVO
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• Tomar cuidado com garroteamentos;
• Enfeixar os membros da extremidade para o centro;
• Não fixar esparadrapo sobre a pele;
• Utilizar luvas estéreis para realizar o curativo;
Foto: M. Souza
Foto: M. Souza
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MEDICINA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE FERIDAS
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TIPOS DE CÂMARAS
CAMARA MONOPLACE
Vantagens:
Desvantagens:
• Isolamento do paciente;
• Aumenta a ansiedade, principalmente nas primeiras sessões.
CÂMARAS MULTIPLACE
Vantagens:
Desvantagens:
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• Exposição da equipe ao ambiente hiperbárico;
O TRATAMENTO
INDICAÇÃO TERAPÊUTICA
CONTRA INDICAÇÕES
RELATIVAS:
• Infecções de vias aéreas;
• DPOC;
• Hipertermia;
• Cirurgia prévia do ouvido;
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• Hipertensão arterial não controlada.
ABSOLUTAS:
• Gravidez;
• Pneumotórax não tratado;
• Uso de drogas (Doxirrubicin, Dissulfiram, SIS-Platinium, Mafenide acetato)
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
EVOLUÇÃO...
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DECLAIR, V. Tratamento de úlceras crônicas de difícil cicatrização com ácido
linoléico. Separata do jornal brasileiro de medicina, vol. 82, n.6, Junho de 2002.
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