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Instrumentacao Marco Antonio Ribeiro PDF
Instrumentacao Marco Antonio Ribeiro PDF
8a edição
Dedicado a Marcelina e Arthur, meus pais, sem os quais este trabalho não
teria sido possível, em todos os sentidos.
© 1978, 1982, 1986, 1989, 1992, 1995, 1997, 1999, Tek Treinamento & Consultoria Ltda
Salvador, Verão 1999
Prefácio
Qualquer planta nova, bem projetada para produzir determinado produto, sempre requer
sistemas de instrumentação para fazer a medição, controle, monitoração e alarme das
variáveis. A escolha correta dos sistemas pode ser a diferença entre sucesso e fracasso para
uma unidade, planta ou toda a companhia. Também, como há uma rápida evolução das
tecnologias e conseqüente obsolescência, periodicamente toda planta requer ampliações e
modificações radicais que incluem a atualização dos seus instrumentos e seus sistemas de
controle.
Assim, técnicos e engenheiros que trabalham com o projeto, especificação, operação e
manutenção de plantas de processo devem estar atualizados com a instrumentação e as
recentes tecnologias envolvidas. O presente trabalho foi escrito como suporte de um curso
ministrado a engenheiros e técnicos ligados, de algum modo, a estas atividades. Este trabalho
de Instrumentação e um outro de Controle de processo constituem um conjunto completo para
estudo e consulta.
Neste trabalho, dá-se ênfase aos equipamentos e instrumentos e são apresentados três
grandes temas: Fundamentos, Funções dos Instrumentos e Medição das Variáveis.
Na primeira parte, de Fundamentos de Instrumentação, são apresentados os
conceitos relacionados com Instrumentação, Terminologia, Símbolos e Identificação
dos instrumentos analógicos e digitais; vistos os instrumentos sob a óptica de
sistemas; mostradas a evolução e as ondas da instrumentação. São apresentados os
parâmetros para a Especificação correta do instrumento individual, considerando o
processo, ambiente, risco e corrosão.
Na parte de Funções de instrumentos, são estudados individualmente os
instrumentos, tais como sensor, transmissor, condicionador de sinal, indicador,
registrador, totalizador, controlador e válvula de controle.
Finalmente na terceira parte, são mostradas as tecnologias empregadas para
medir as principais Variáveis de Processo, como pressão, temperatura, vazão nível,
pH, condutividade e cromatografia, que são as variáveis mais encontradas nas
indústrias químicas, petroquímicas e de petróleo.
Sugestões e críticas destrutivas são benvidas, no endereço: Rua Carmen
Miranda 52, A 903, CEP 41820-230, Fone (071) 452-3195 e
Fax (071) 452-3058 e no e-mail: marcotek@uol.com.br .
i
4. Evolução da Instrumentação
1. Introdução 1
2. Tipos de sinal 1
2.1. Analógica Pneumática 1
2.2. Analógica Eletrônica 2
3. Topologia 3
3.1. Centralizada Compartilhada 3
3.2. Distribuída Compartilhada 4
3.3. Distribuída Dedicada 5
4. Computador no Processo 6
4.1. Justificativas do computador 6
4.2. Aplicações típicas 7
4.3. Otimização do controle 9
4.3. Configurações 9
4.4. Aquisição de dados 12
4.5. Sistemas digitais 18
5. Instrumentação inteligente 21
5.1. Conceito de microprocessador
21
5.2. Microprocessador 22
5.3. Vantagens e limitações 22
5.4. Função do Microprocessador 23
5.5. Multifuncionalidade 23
5.6. Exatidão melhorada 24
5.7. Capacidades expandidas 24
5.8. Controle simplificado 24
5.9. Operações matemáticas 25
5.10. Análise estatística 25
5.11. Desempenho metrológico 25
5.12. Vantagens e desvantagens 25
6. Protocolo de comunicação 26
6.1. Fieldbus 27
6.2. Protocolo HART 29
5. Terminologia
5.1. Introdução
5.2. Definições e Conceitos
6. Efemérides
Jornada através do tempo 2
Funções dos Instrumentos
3. Transmissor e manutenção 11
0. Funções dos Instrumentos 3.1. Transmissor descartável 11
1. Instrumentos de Medição 3.2. Transmissor convencional 12
3.3. Transmissor digital 12
1.1. Introdução 1
3.4. Transmissor híbrido 14
1.2. Tipos de Medição 1
4. Receptores associados 14
2. Aplicações da Medição 3
4.1. Instrumentos associados 14
2.1. Controle 3
4.2. Alimentação 14
2.2. Monitoração 4
4.3. Transmissor como controlador
2.3. Alarme 4
15
3. Sistema de Medição 4
5. Serviços associados 15
5.1. Especificação 15
1. Elemento Sensor 5.2. Instalação 15
1. Conceito 1 5.3. Configuração 16
5.4. Operação 16
2. Terminologia 1 5.5. Calibração 16
5.6. Manutenção 18
3. Modificadores 2
3. Princípios de transdução 3 3. Condicionadores de Sinal
4. Sensores Mecânicos 3
1. Conceito 1
5. Sensores Eletrônicos 3
2. Aplicações 1
5.1. Sensor capacitivo 4
5.2. Sensor indutivo 4 3. Funções desenvolvidas 2
5.3. Sensor relutivo 5
4. Linearização da Vazão 4
5.4. Sensor eletromagnético 5
4.1. Introdução 4
5.5. Sensor piezoelétrico 5
4.2. Lineares e Não-lineares 5
5.6. Sensor resistivo 5
5.7. Sensor potenciométrico 6 5. Compensação 6
5.8. Sensor strain-gage 6 5.1. Introdução 6
5.9. Sensor fotocondutivo 6 5.2. Condições normal, padrão e real
5.10. Sensor fotovoltáico 6 7
5.11. Sensor termoelétrico 6 5.3. Compensação da Temperatura 8
5.12. Sensor iônico 7 5.4. Tomadas 8
6. Escolha do sensor 7 6. Totalização da Vazão 9
7. Características Desejáveis 7 7. Serviços associados 10
2. Transmissor 4. Indicador
1. Conceitos básicos 1 1. Conceito 1
1.1. Introdução 1
2. Variável Medida 1
1.2. Justificativas do Transmissor 1
1.3. Terminologia 2 3. Local de Montagem 2
1.4. Transmissão do sinal 4
1.5. Sinais padrão de transmissão 4 4. Tipo da Indicação 2
1. Instrumentação
2. Símbolos e Identificação
3. Sistemas de Instrumentação
4. Evolução da Instrumentação
5. Terminologia
6. Efemérides
1.1
Instrumentação
1.1
Instrumentação
2.2
Instrumentação
2.3
Instrumentação
2.4
1.2
Símbolos e Identificação
2.1
Símbolos e Identificação
2.2
Símbolos e Identificação
2.3
Símbolos e Identificação
Reguladora de vazão
autocontida
(*)
Válvula borboleta ou
damper
S
Válvula solenóide com Válvula de retenção e
R três vias com reset bloqueio
Válvula de blowdown
(*)
Válvula ângulo
2.4
Símbolos e Identificação
C = selo químico
P = amortecedor de FE Turbina medidora de vazão
pulsação ou elemento propelente
C S = sifão
Mangueira FE
Tubo pitot ou Annubar
Filtro, tipo Y
Espetáculo cego instalado
com anel em linha
LSV Purgador de vapor (passagem livre)
o Funil de dreno
(Ver abreviaturas)
2.5
Símbolos e Identificação
Equipamento
compartilhado
Instrumento
compartilhado
Software
Função de
computador
Lógica
compartilhada
Controle Lógico
Programável
Instrumentos compartilhando o mesmo invólucro. Não é
mandatório mostrar uma caixa comum.
2.6
Símbolos e Identificação
2.7
Símbolos e Identificação
2.8
Símbolos e Identificação
C-#2
PAH (PI)
dp/dt AO-21
AI- PIC
211
S.P.
PY AS
0-300 211
PT
211
AS P
½"
FC
PCV
211
PIC
211
Fig. 1.2.1. Representação detalhada de uma malha de controle de pressão (a) e a equivalente, simplificada
(b).
2.9
Símbolos e Identificação
FR PR
1 2
FY Fluido do
1 trocador de
calor
FT PT
1 2
RTD
TV
3 TRC
3
TAL TSL
3 3
Fluido do
trocador de calor
TAL
4
FR PR
1 2
TV
3 TRC
3
2.10
Símbolos e Identificação
ELEMENTO DE VAZÃO FE
TRANSMISSOR DE VAZÃO FT
CAMPO
PAINEL
REGISTRADOR FR
EXTRATOR DE RAIZ QUADRADA
MEDIÇÃO
CONTROLADOR
PONTO DE AJUSTE
DIFERENÇA (ERRO) ∆
AÇÃO INTEGRAL
AÇÃO PROPORCIONAL K ∫
SOMADOR
FEEDFORWARD K Σ
TRANSFERÊNCI
RELÉ TRANSFERÊNCIA A/M Τ
LIMITADOR AJUSTÁVEL H e L <> MANUAL
SAÍDA
ESTAÇÃO AUTO-MANUAL I T A I
MANUAL EMERGÊNCIA
PAINE
L
CAMPO
2.11
Símbolos e Identificação
FT Transmissor de vazão
∆ Comparador, diferença
LT Transmissor de nível
Σ Adicionador, somador
PT Transmissor de pressão
Σ/n Tirador de média
TT Transmissor de temperatura
Σ/t Integrador
AT Transmissor de análise
Contato normalmente aberto
T S
Bobina de relé Atuador solenoide
T Chave de transferência
> Limitador de sinal alto
T Relé de transferência ou trip
MO Operador motorizado
∫ Ação de controle integral
2.12
Símbolos e Identificação
6. Sistemas completos
A seguir são mostrados outros
exemplos com símbolos de
2.13
Alimentação
2.14
Símbolos e Identificação
2.15
A Fig. 1.2.5. mostra a descrição é atuado por nível baixo do reator (LSL-3 e
simbólica completa de um processo de LAL3). A reação é exotérmica e a
distilação. temperatura é controlada (T4) modulando a
A vazão de alimentação é medida (FE-3, pressão do refrigerante na jaqueta do
FT-3) e registrada (FR-3), mas não reator. Isto é feito pelo controlador de
controlada A taxa de entrada de calor é temperatura do reator ajustando o ponto de
proporcional à taxa de alimentação vezes ajuste do controlador de pressão da jaqueta
um ganho de relé (FY-3B), que ajusta o (PRC-5), que controla a pressão do vapor
ponto de ajuste do controlador de vazão do gerado pela transferência de calor para a
óleo quente (FRC-1). água de refrigeração. A temperatura do
O produto leve da torre é condensado, reator, se alta, atua um alarme. Se a
com a temperatura do condensado temperatura fica muito alta, ela fecha as
controlada mantendo-se constante a válvulas de alimentação A (FV-1) e B (FV-2)
pressão da coluna (PRC-11). A saída do e a de pressão (PV-5), enquanto abre a
produto leve tem vazão controlada (FRC-4). alimentação d'água e as válvulas de retorno
O ponto de ajuste do controlador é ajustado através de válvulas piloto solenóides de
por um relé divisor (UY-6), cujas entradas intertravamento (UY-7A, B, C, D). Estas
são a vazão de alimentação, como válvulas de alta temperatura podem também
modificada pelo relé função (FY-3A) e a ser atuadas por uma chave manual (HS-6).
saída do controlador de análise dos Um nível constante do refrigerante é
produtos leves (ARC-5). O controlador de mantido na jaqueta modulando a
análise recebe a análise do produto de seu alimentação de água e o nível baixo da
transmissor, que também transmite o sinal jaqueta atua um alarme (LSL-11 e LAL-11).
para uma chave de análise dual (alta/baixa), A pressão do reator é controlada modulando
que por sua vez, atua em alarmes o venting dos não condensáveis formados
correspondentes. na reação enquanto um disco de ruptura
O nível do acumulador é mantido protege o reator contra altas pressões
constante (LIC-7) através da manipulação perigosas (PSE-10).
da vazão de refluxo (LV-7), que é uma
válvula com falha aberta (FO). Uma chave 7. Referências bibliográficas
de nível separada atua um alarme de nível
do acumulador em alta e baixa (LSH/L 9). 1. ISA S5.1, Instrumentation Symbols
Há uma indicação de nível local através de and Identification, 1984
visor (LG 10). 2. ISA S5.3, Graphic Symbols for
São medidas temperaturas em vários pontos do Distributed Control/Shared Display
processo e os valores são registrados (6 pontos - TJR Instrumentation, Logic and Computer
8-1 a 8-6) e indicados (3 pontos - TJI 9-1 a 9-3). Systems, 1983
Alguns dos pontos de registro possuem chaves de 3. Mulley, R., Control System
acionamento de temperatura baixa e alta (por Documentation – Applying Symbols
exemplo, TJSH 8-2, TAH 8-2 e TJSL 9-5 e TAL 8-5), and Identification, Research Triangle
com respectivos alarmes Park, ISA, 1994.
A Fig. 1.2.6. ilustra o sistema de controle
!"
para um reator químico. O reagente A é
alimentado com vazão controlada (FC-1). As "
vazões de A e B são controladas com razão
constante, através do relé de ganho (FY-1),
ajustando o ponto de ajuste do controlador
de vazão B (FIC-2). O nível do reator é
mantido constante (LIC-3) modulando a
saída dos produtos pesados (LC-3). Se o
nível é alto, ele automaticamente fecha as
válvulas de alimentação dos reagentes (FV-
1 e FV-2) através de válvulas solenóides
(UY-7A e UY-7B) e atua um alarme de nível
alto (LSH-3 e LAH-3). Um alarme separado ! Apostilas\Automação SimbologiaISA.DOC 24 NOV 98 (Substitui 01 SET 96)
2.16
1.3
Sistemas de Instrumentação
instrumento e faz a leitura. Também neste caso, ele
1. Classes de Instrumentos pode anotar a leitura feita para uso posterior.
Quando se necessita do registro continuo da variável,
Os instrumentos de medição e controle usa-se um registrador, que opera continuamente.
de processo podem ser classificados de Atualmente é possível, num sistema de aquisição de
acordo com a seguinte dialética: dados, a medição contínua de muitas variáveis e a
1. manual ou automático emissão de relatórios de medição através de
2. alimentado ou sem alimentação impressoras de computador.
externa
3. pneumático ou eletrônico
4. analógico ou digital
5. burro ou inteligente Fig. 1.3.1. Instrumentos portáteis (HP)
6. montado no campo ou na sala de
controle
7. modular ou integral
8. dedicado ou compartilhado 3. Alimentação dos
9. centralizado ou distribuído
2. Manual e Automático
Com relação à intervenção humana, a
medição instrumento pode ser manual ou
automática.
A medição mais simples é feita
manualmente, com a interferência direta de
um operador. A medição manual geralmente Instrumentos
é feita por um instrumento portátil. Exemplos
de medição manual: medição de um A energia está associada aos
comprimento por uma régua, medição de instrumentos de dois modos: através da
uma resistência elétrica através de um alimentação e do método de transdução.
ohmímetro, medição de uma voltagem com Qualquer instrumento para funcionar
um voltímetro. As medições feitas necessita de uma fonte de energia. Esta
manualmente geralmente são anotadas pelo fonte de energia pode ser externa e
operador, para uso posterior. explícita, quando o instrumento é
A medição pode ser feita de modo automático e alimentado. As duas fontes clássicas de
continuo, sem interferência humana direta. O alimentação de instrumentos são a
instrumento fica ligado diretamente ao processo, eletrônica e a pneumática.
sentindo a variável e indicando continuamente o seu Instrumentos eletrônicos são
valor instantâneo. Quando o operador quiser saber o alimentados por uma fonte externa de
valor medido, ele se aproxima adequadamente do voltagem, típica de 24 V cc. Esta
alimentação geralmente é feita por um único
3.1
Sistemas de Instrumentação
4. Pneumático ou Eletrônico
Os instrumentos de medição e controle
necessitam de uma fonte de energia externa
para o seu funcionamento adequado.
Dependendo da natureza desta fonte de
energia, os instrumentos podem ser
Fig. 1.3.2. Alimentação do transmissor eletrônico classificados em:
1. pneumáticos, onde estão incluídos os
puramente mecânicos.
Instrumentos pneumáticos são 2. eletrônicos, ou também chamados de
alimentados por uma fonte externa de ar elétricos.
comprimido, típica de 140 kPa (20 psi). Ambos os tipos de instrumentos podem
Cada instrumento pneumático montado no executar as mesmas funções, apresentando
campo é alimentado individualmente através vantagens e desvantagens, quando
de um conjunto filtro-regulador ajustável ou comparados. Esta comparação já foi
fixo. O filtro elimina, num estágio final, as clássica, na década de 1970, mas hoje há
impurezas, umidade e óleo contaminantes uma predominância da instrumentação
do ar comprimido. O regulador, ajustável ou eletrônica sobre a analógica.
fixo, geralmente abaixa a pressão mais A escolha entre pneumático ou
elevada de distribuição para o valor típico eletrônico não é apenas a escolha de um
de 140 kPa. O sinal padrão de transmissão instrumento isolado, mas de todo um
pneumática é de 20 a 100 kPa. sistema de instrumentação de controle do
Existem ainda instrumentos de processo. A escolha pode depender do tipo
montagem local que não necessitam de de processo e das variáveis envolvidas.
nenhuma alimentação externa para seu A escolha do sistema de instrumentação
funcionamento. Eles são chamados de auto- influi e implica na definição de outros
alimentados. Eles utilizam a própria energia equipamentos e sistemas. Ou seja, quando
do processo para seu funcionamento. se escolhe uma instrumentação pneumática,
Exemplos de indicadores e registradores há a necessidade de se ter um compressor
que não necessitam de alimentação externa de ar de instrumento, de capacidade
são: adequada à quantidade de instrumentos,
1. indicador local de pressão, com com filtros, secadores, estágios de redução
elemento sensor tipo bourdon C, e todo um sistema de interligações e
helicoidal, espiral, helicoidal ou fole. distribuição através de tubos plásticos ou de
2. indicador local de temperatura com cobre. Quando se escolhe uma
elemento sensor tipo bimetal. instrumentação eletrônica, deve-se
3. indicador ou registrador local de vazão considerar o sistema de alimentação
com elemento sensor de pressão elétrica, com eventual opção de reserva de
diferencial (diafragma). bateria para suprir a energia na falta da
alimentação alternada principal. Mesmo com
toda a instrumentação eletrônica, deve ser
considerado o uso do compressor de ar de
instrumento, para alimentar, no mínimo, os
transdutores I/P, pois as válvulas de
controle são atuadas pneumaticamente.
3.2
Sistemas de Instrumentação
3.3
Sistemas de Instrumentação
3.4
Sistemas de Instrumentação
3.5
Sistemas de Instrumentação
3.6
Sistemas de Instrumentação
3.7
Sistemas de Instrumentação
3.8
Sistemas de Instrumentação
3.9
Sistemas de Instrumentação
3.10
Sistemas de Instrumentação
3.11
Sistemas de Instrumentação
3.12
Sistemas de Instrumentação
3.13
Sistemas de Instrumentação
3.14
Sistemas de Instrumentação
3.15
Sistemas de Instrumentação
3.16
Sistemas de Instrumentação
3.17
Sistemas de Instrumentação
3.18
Sistemas de Instrumentação
3.19
Sistemas de Instrumentação
Tendência do controlador
Quando o operador clica na chave virtual
com um ícone de gráfico, aparece a tela
com a tendência (real ou histórica) da
variável controlada.
!"
3.20
1.4
Evolução da Instrumentação
As principais ondas seriam:
1. Introdução 1. pneumática analógica dedicada
2. eletrônica analógica dedicada
A automação na história da 3. eletrônica digital centralizada
humanidade percorreu um longo e compartilhada
demorado caminho, começando do 4. eletrônica digital distribuída
controle manual, feito através do esforço compartilhada
muscular, passando pelo uso da máquina 5. eletrônica digital dedicada
para executar o controle manual, pela
malha fechada para executar o controle 2. Tipos de sinal
automático, que evoluiu do controle
convencional PID, passando pelo controle
adaptativo, indutivo, heurístico, criativo e 2.1. Analógica Pneumática
terminando (hoje) no controle expert, que
A primeira onda aconteceu no inicio da
utiliza conceitos de inteligência artificial.
instrumentação, cerca de 1940, com a
A instrumentação requerida para
instrumentação pneumática. A
realizar os diferentes tipos de controle e
instrumentação analógica pneumática foi
automação também evoluiu paralelamente.
uma evolução natural da instrumentação
Os primeiros instrumentos eram analógicos
mecânica. Os primeiros instrumentos
e faziam a medição de cada variável e o
mecânicos eram de uso local, ligados
observador processava os dados. Os
diretamente ao processo e serviam apenas
últimos tipos de instrumentação são
para fornecer indicações e registros locais
inteligentes, usando um sistema de
para a (difícil) monitorização do processo,
medição para avaliar a variável e
pelos operadores espalhados por toda a
simultaneamente executando todos (ou
área da planta.
quase todos) processamentos da
Com a criação do sinal padrão de 3 a
informação através de técnicas digitais.
15 psig (20 a 100 kPa), foi possível a
A instrumentação teve pontos de
centralização do controle, em salas
inflexão bem nítidos em seu
específicas. Todas as funções necessárias
desenvolvimento e houve várias ondas
para o operador eram facilmente
distintas em sua evolução. O conceito de
disponíveis, tais como indicação, registro,
onda é bem real, pois em sua evolução há
transmissão, computação analógica,
refluxo, repetição periódica e retorno de
alarme e controle. As distâncias envolvidas
filosofias passadas.
tipicamente não excediam a 300 metros,
Os parâmetros envolvidos são:
porém se obteve o controle satisfatório
eletrônica ou pneumática
para as exigências da época da maioria
analógica ou digital
absoluta dos processos industriais.
compartilhada ou dedicada
centralizada ou distribuída
4.1
Evolução da Instrumentação
4.2
Evolução da Instrumentação
4.3
Evolução da Instrumentação
4.4
Evolução da Instrumentação
4.5
Evolução da Instrumentação
4.6
Evolução da Instrumentação
4.7
Evolução da Instrumentação
de módulos analógicos. A lógica é mais de disponíveis antes. Desde que tais esquemas
ser estabelecida e alterada, quando é feita sejam corretamente projetados e
por programação. Alterações de lógica feita sintonizados, tem-se uma melhora
por módulos analógicos requerem a adição considerável no desempenho dos sistemas
ou retirada de módulos, com modificação da de controle.
fiação correspondente. Finalmente e o mais Uma estratégia útil de controle,
importante: a lógica em um sistema digital é especialmente no caso de controle de
mais confiável porque ela nunca perde sua fracionadores, é usar o computador para
precisão. fazer balanço de materiais e energia do
Desde que o controle PID pode ser feito processo. Quando este método é usado, o
digitalmente e quando a lógica predomina computador é fornecido com um modelo do
sobre o controle analógico em todo o processo, do qual o computador pode
esquema da planta, então um sistema calcular as alterações necessárias das
totalmente digital é provavelmente a melhor variáveis manipuladas, em função dos
escolha. distúrbios que afetam as variáveis
controladas. As variáveis distúrbios e as
Controle Avançado manipuladas são todas medidas e se tornam
O sistema de controle com realimentação entradas para o computador. Este esquema
negativa não pode manter a variável de controle é chamada de preditivo
controlada sempre igual ao ponto de ajuste. antecipatório (feedfoward).
Ele pode apenas trazer a medição de volta
ao ponto de ajuste depois que o sistema Monitoração de Alta Velocidade
teve um distúrbio. Um sistema de controle a Por razões de rendimento, o tamanho
realimentação negativa dá resultado ótimo das plantas tem aumentado e,
satisfatório se paralelamente, o tamanho e custo das
1. Os distúrbios são mínimos em máquinas usadas nestas plantas. A
tamanho e número ou se eles se produção contínua de produtos de alto valor
distribuem sobre um longo período de muitas vezes depende do desempenho de
tempo. Isto é outro modo de dizer de grandes e caras bombas, compressores,
que os distúrbios não são grandes ou motores, esteiras e outras máquinas de
repentinos. operação contínua. Outros equipamentos de
2. O sistema de controle tem um curto processo podem não se mover mas também
período de oscilação e portanto um consomem grandes quantidades de energia
pequeno tempo de recuperação. Sob cara. Algumas máquinas são tão caras que
estas circunstâncias, os distúrbios não não é prático ter uma sobressalente como
são realmente um problema porque o reserva.
sistema de controle pode rapidamente Para evitar paradas e perdas resultantes
compensá-los. de produção, a operação do equipamento
Porém, quando está ausente uma destas deve ser continuamente monitorada. Esta
condições, o sistema de controle à monitoração é conseguida pelo ser humano
realimentação negativa tem um desempenho através da ajuda de indicadores e
ruim e é necessário usar um esquema de registradores. Esta monitoração deve ser
controle mais elaborado. Estes esquemas constante, contínua e embora pareça inútil
mais elaborados de controle são chamados ela é necessária para conseguir a
genericamente de controle avançado. sobrevivência de equipamentos caríssimos.
Uma característica de todos esquemas Um sistema de monitoração baseado em
de controle avançado é que eles requerem a computador digital é uma solução prática,
capacidade de computação em linha. Pode- porque pode-se observar variáveis
se dizer, portanto, que o advento do importantes na base de segundo a segundo.
computador digital em linha tornou possível Seus valores podem ser comparados com
o uso de métodos de controle que não eram limites de segurança programados e alarme
4.8
Evolução da Instrumentação
4.9
Evolução da Instrumentação
4.10
Evolução da Instrumentação
MATERIAL
PRODUTO
ENERGI PROCESSO
Informação
Informação do do produto
Informação Sinais de
de entrada processo controle
Objetivos e informação
de gerenciamento
Registros e Alarmes e guias
relatórios para operador
Entradas
Analógicas
Outros
Entradas sistemas
Analógicas
Memória de
Entradas Armazenamento massa
Digitais trabalho
Elementos de
Saídas Impressoras
controle
Digitais
Lógica e
Canal de Arimétrica
Telemetria Console
Operação
CPU
Interrupção
4.11
Evolução da Instrumentação
4.12
Evolução da Instrumentação
4.13
Evolução da Instrumentação
4.14
Evolução da Instrumentação
4.15
Evolução da Instrumentação
4.16
Evolução da Instrumentação
4.17
Evolução da Instrumentação
4.18
Evolução da Instrumentação
espúrios que podem aparecer na medição podem falhar para alguma das seguintes
real. Quando se pensa assim, a resposta é razões:
que se a informação da medição que é 1. Falta de estabelecer os objetivos
rejeitada por que ela está entre os pontos claros e específicos do projeto desde
de amostragem é má informação, então a o início e depois apontá-los.
medição é melhorada. Se a informação 2. Falta de realizar o que os
que é rejeitada é uma boa informação, especialistas da companhia do
então a medição fica pior. sistema de computador, para quem o
O problema real com os componentes projetista foi apresentado quando o
analógicos é que eles requerem projeto estava ainda no estágio de
calibrações periódicas para terem suas cotação, O pessoal do computador
exatidões asseguradas em determinados deve conhecer o projeto para o qual
intervalos. Se esta calibração não é feita o computador vai ser aplicado e o
como devia, então os erros aumentam. pessoal do processo deve conhecer
Sistemas digitais para processar e as funções de operação do sistema
transmitir dados retém melhor sua exatidão do computador.
e neste aspecto, eles são definitivamente 3. Falha de reconhecer o fornecedor
melhores. Além disso, quando uma que não pode satisfazer suas
medição é apresentada em forma digital especificações pelo preço que ele
(display de números) em vez da forma cotou o sistema.
analógica (ponteiro e escala), a chance de 4. Falha de reconhecer que em muitas
erro humano é reduzida, quando se faz plantas a qualidade das medições
uma leitura. críticas do processo devem ser
consideravelmente atualizadas se o
Aspectos psicológicos computador deve usá-las
Os vários efeitos do corpo humano de efetivamente.
sentar várias horas em frente de um 5. Falha de entender, em seu
monitor de vídeo, diferente de andar em entusiasmo, que ninguém irá amar o
frente de um painel de instrumentos computador. Computadores em linha
analógicos, hoje já são totalmente com o processo geralmente
estudados. Há estudos publicados acerca aumentam muito o trabalho do
de cansaço de vista, dor de cabeça, pessoal de manutenção de
problemas de coluna e de braços e outras instrumentos. Alguns operadores
desordens de saúde associadas com tão podem se sentir desafiados. O ponto
pouca atividade física e de permanecer de referência é que pode haver
longos períodos olhando monitores de aqueles que realmente esperam que
vídeo. Hoje já existem bicicletas o projeto não dê certo.
ergométricas e esteira para correr em
grandes salas de controle. Perigo desconhecido
Instrumentistas já detectaram uma
Perigos do computador de processo correlação entre a adoção de sistemas
É óbvio que os computadores que baseados em computador de controle de
estão agora operando plantas com processo e um aumento do número de
sucesso tem recebido sua dose de grandes acidentes nas plantas. Percebe-se
publicidade. Porém, pouca publicidade ou que há uma fraqueza inesperada na
nenhuma recebem os projetos que nunca monitoração da planta por computador, em
satisfizeram suas expectativas e que foram que as condições inseguras não estão
abandonados, depois de muita perda de sendo reconhecidas tão rapidamente como
tempo e dinheiro. eram sob monitoração humana.
Antes de entrar em um projeto de Esta observação, se verdadeira,
computador de controle de processo, é contradiz o conceito que, como o
prudente considerar algumas dicas que computador pode processar os dados mais
outros já encontraram e agiram, para a rapidamente que uma pessoa e ele nunca
proteção do projeto e do projetista. cansa, então ele pode monitorar as
Projetos de computador de processo condições da planta mais efetivamente do
4.19
Evolução da Instrumentação
4.20
Evolução da Instrumentação
4.21
Evolução da Instrumentação
4.22
Evolução da Instrumentação
4.23
Evolução da Instrumentação
4.24
Evolução da Instrumentação
4.25
Evolução da Instrumentação
4.26
Evolução da Instrumentação
6.1. Fieldbus
Histórico
Atualmente, a maioria dos
transmissores smart e inteligente operam
com o circuito convencional de 4 a 20 mA
cc mas é inevitável que as vantagens a
serem ganhas de sinais multiplexados dos
sensores, atuadores e controladores serão Fig. 10. Instalação de medição de gás natural
características de novas plantas de (Spectra-Tek)
processo e de plantas atualizadas. Porém,
para implementar isto, deve-se
implementar um sistema de comunicação Tecnologia correntes
de campo ou fieldbus. Os protocolos e sistemas de fieldbus
Há muitas vantagens do fieldbus sobre foram desenvolvidos em linha com o
os sistemas analógicos convencionais, modelo de sete camadas da ISO/OSI
como (International Standards
1. custo reduzido de instalação e Organization/Open System
manutenção, Interconnection), mostrado na Fig. 31 e
2. aumento de flexibilidade similar às normas MAP/TOP. O modelo
3. melhoria de funcionalidade, tais divide as características de qualquer
como auto diagnose, monitoração da protocolo de comunicação em sete
calibração e das condições camadas distintas:
4. expansão do uso de sensores e dos 1. física
sistemas de controle. 2. link de dados
3. circuito
Conceito 4. transporte
Os transmissores convencionais, 5. sessão
atuadores, chaves de alarme e de limites e 6. apresentação
controladores são ligados diretamente para 7. aplicação.
uma sala de controle através de cabos
individuais, como mostrado na Fig. 29.
Fieldbus é baseada em uma tecnologia
que permite os dispositivos compartilharem
um meio comum de comunicação, tais
como um cabo coaxial, de modo que estes
transmissores podem multiplexar seus
dados com outros dispositivos, como na
Fig. 30. A redução na cablagem e nos
custos de instalação é evidente.
Para o sistema encontrar aceitação nas
indústrias de processo, é importante que
4.27
Evolução da Instrumentação
O ponto chave é o da
intercambiabilidade e interoperabilidade.
Intercambiabilidade significa que um
transmissor de um fabricante pode ser
substituído por um transmissor de outro
fabricante sem qualquer reconfiguração do
sistema. Isto é desejável para o usuário
que quer manter em no mínimo o custo
dos componentes padrão e quer evitar de
Fig. 12. Arranjo correspondente à Fig. fazer retreinamento do seu pessoal de
11, baseado no uso de um fieldbus. manutenção. Porém, os usuários com
necessidades além das características da
norma podem ter dificuldade de satisfazer
Vários conceitos de fieldbus tem sido estas exigências com componentes
escolhidos para implementar somente três padrão.
destas camadas: Interoperabilidade significa que um
1. camada 1, a camada física especifica transmissor de um fabricante pode ser
o meio de ligação usado para substituir um transmissor de
2. camada 7, a camada de aplicação outro fabricante mas alguma
especifica a interface entre o reconfiguração do sistema é necessária.
protocolo e a aplicação que o roda Ou seja, o sistema deve ser informado do
3. camada 2, a camada de link de tipo de equipamento que está em uso de
dados especifica a interligação entre modo a se comunicar com o outro com
as duas. sucesso. O ISP planeja projetar seu
Tem sido reconhecido que, para um protocolo de modo que um novo
protocolo ser útil para os usuários finais é equipamento no circuito informe
necessário uma oitava camada a ser automaticamente ao sistema o seu tipo e
projetada para permitir uma interação características, fazendo assim qualquer
amigável ao usuário com o sistema de reconfiguração necessária. Os fabricantes
comunicação, efetivamente tornando-a a favor desta filosofia acreditam que deste
transparente para o usuário. modo a intercambiabilidade seria um
A camada física pode ter várias formas, subconjunto da interoperabilidade. Ou seja,
como par de fios trançados, cabo coaxial, as características especiais incorporadas
link de radio, infravermelha ou fibra óptica. não seriam de uso para todas as
Cada meio podem então ter várias aplicações, pois elas são opcionais.
4.28
Evolução da Instrumentação
4.29
Evolução da Instrumentação
4.30
1.5
Terminologia
(função) da variação da saída provocada
2.1. Introdução pela entrada. A saída pode ser um sinal ou
um valor da variável manipulada. A entrada
Deve haver uma uniformidade de pode ser o sinal de realimentação negativa
termos e nomenclatura no campo da da malha quando o ponto de ajuste é
instrumentação de processo. Aqui estão constante, um sinal de erro real ou a saída
definidos os principais termos de outro controlador. Ação é também
especializados da Instrumentação, que chamada de modo.
podem ser levemente ou totalmente Ação Derivativa (Rate) é a ação de
diferentes do uso comum. controle em que a saída é proporcional à
Os termos definidos são convenientes taxa de variação da entrada. A ação
para o uso do pessoal envolvido de algum derivativa é expressa em tempo (s).
modo com a Instrumentação, incluindo Ação Flutuante(Floating) é a ação de
projeto, fabricação, montagem, operação, controle em que a taxa de variação da
manutenção, teste e venda. saída é uma função pré determinada da
Os tipos de indústrias de processo entrada. Um erro na variável controlada faz
incluem: química, petróleo, gás e óleo, a saída do controlador variar em uma taxa
petroquímica, geração de energia, constante. O erro deve exceder limites
siderúrgica, metalúrgica, alimentícia, têxtil, predeterminados antes do controlador
farmacêutica, papel e celulose e começar a variar.
mineração. Ação Integral (Reset) é a ação de
controle em que a saída é proporcional à
2.2. Definições e Conceitos integral no tempo da entrada. A taxa de
variação da saída é proporcional à entrada.
A ação integral é expressa em repetições
Ação do Controlador por tempo (s).
Modo como a saída do controlador Ação Liga-Desliga é a ação de
varia em função da variável medida. controle em que a saída é 0 ou 100% e o
O controlador possui ação direta elemento final de controle está ligado ou
quando o valor do sinal de saída aumenta desligado.
quando o valor da entrada (variável Ação Proporcional é a ação de
medida) aumenta. controle em que há uma relação linear
O controlador possui ação inversa contínua entre a saída e a entrada.
quando o valor do sinal de saída aumenta
quando o valor da entrada (variável Acessível
medida) diminui. Instrumento visível pelo operador de
processo, que apresenta sinais visuais de
Ação de Controle indicação e registro de valores da variável
Ação do controlador ou de um sistema de processo ou requer a atuação do
de controle é a natureza matemática operador, para estabelecer ponto de
5.1
Terminologia
Amortecimento
Redução progressiva ou supressão da
oscilação em um instrumento ou sistema.
A resposta a um degrau é chamada de
criticamente amortecida quando o tempo
de resposta é tão rápido quanto possível
sem overshoot. É sub amortecida quando
ocorre overshoot ou superamortecida
quando a resposta é mais lenta que a
crítica.
Amortecimento viscoso usa a
viscosidade dos fluidos para fazer o
amortecimento.
Amortecimento magnético usa a
corrente induzida nos condutores elétricos
pelas variações no fluxo magnético para
fazer o amortecimento.
Amplificador
Dispositivo que possibilita um sinal de
entrada controlar a potência de uma fonte
independe de sinal e assim ser capaz de
entregar uma saída que suporta alguma
relação com, e é geralmente maior que o
sinal de entrada.
5.2
Terminologia
Área de ambiente
Fig. 1.5.2. Diferentes áreas de processo
Local qualificado na planta com
condições ambientais especificadas de
conformidade com a severidade. As áreas Armário (Rack)
possíveis são: área de ar condicionado,
Painel sem indicações que não fornece
área de sala de controle, área externa e
informação e nem requer atenção do
área protegida
operador. Pode ser considerado, também,
Área de ar condicionado é um local
a parte traseira de um painel de leitura. Cfr.
com temperatura mantida constante em
Painel.
um valor nominal dentro de uma tolerância
estreita e igual a um valor confortável
Atenuador
típico. A umidade é também mantida
dentro de uma faixa estreita. Áreas com ar Dispositivo que diminui o tamanho do
condicionado possuem circulação de ar sinal entre dois pontos ou entre duas
limpo e são tipicamente usadas para freqüências. Atenuação é o inverso do
instrumentação como computador ou outro ganho. A atenuação pode ser expressa
equipamento requerendo ambiente como uma relação adimensional, relação
controlado. escalar ou em decibel (dB).
Área de sala de controle é um local Atenuação 4:1 é um critério de sintonia
com facilidade de aquecer ou resfriar o de controlador de processo onde a
ambiente. As condições são mantidas amplitude do desvio (erro) da variável
dentro de limites especificados. Pode controlada, seguindo um distúrbio, é
5.3
Terminologia
Auto - regulação
A propriedade de algumas variáveis no
processo adotarem um valor estável sob
dadas condições de carga, mesmo sem
um sistema de controle. Por exemplo, a Banda morta
temperatura de fervura da água é de 100
o
C, à pressão atmosférica padrão (103,1 A faixa através da qual uma entrada
kPa) pode ser variada sem provocar resposta
detectável. A banda morta é geralmente
Auto - sintonia expressa em percentagem da amplitude de
faixa.
A propriedade de alguns controladores
microprocessados adotarem Base de numeração
automaticamente os melhores valores de
sintonia (ganho, tempo integral e tempo O número cujas potências determinam
derivativo), sempre que as condições de o valor de cada posição no número. O
carga do processo variarem. mais usado no dia a dia é o decimal ou
base 10. Em computação, o sistema
Backlash padrão é o binário ou base 2. Em
configuração de sistemas digitais, é
Um movimento relativo entre partes comum se encontrar as bases octal (base
mecânicas que interagem, resultando em 8) e hexadecimal (base 16). A base
folga, quando o movimento é invertido. hexadecimal é útil em casos onde as
palavras são compostas de múltiplos de 4
Banda Proporcional bits (palavras de 4, 8, 16, 32 bits). A base
A variação na entrada de um octal é mais útil onde as palavras são
controlador Proporcional requerida para compostas de múltiplos de 3 bits (3, 6, 9 ou
produzir uma variação total na saída. 12 bits)
Assim, se 10% de variação no erro causa
uma variação de 100% na saída do
5.4
Terminologia
Binário Bypass
Um sistema de representação de Caminho alternativo em torno de outro
números de base 2, onde só existem os componente, tubulação, ligação ou
dígitos 0 e 1. É o sistema de trabalho dos sistema, usado principalmente para
computadores digitais. O binário pode ser permitir a manutenção do equipamento
considerado um caso especial de digital, colocado no caminho principal.
quando se tem apenas um bit. A saída de
uma chave é um sinal binário, pois a chave
só pode estar ligada ou desligada. Cfr.
Digital.
Bico-Palheta
Peça fundamental de todo instrumento
pneumático que transmite, manipula ou
controla sinais. Basicamente, o conjunto
converte um pequeno deslocamento da
palheta no sinal padrão pneumático de 20
a 100 kPa (0,2 a 1,0 kgf/cm2 ou 3 a 15 psi). Fig. 1.5.5. Calibração a seco
Bocal
Calibração
Tipo especial de restrição usada para
medir vazão de fluidos, gerando uma Operação de verificar a exatidão de um
pressão diferencial proporcional ao instrumento através da comparação com
quadrado da vazão. É usado em sistema outro padrão rastreado. Determinação dos
de calibração de medidores de vazão de pontos em que as graduações da escala
gases, pois ocorre nele o fenômeno da estão colocados. Também chamada de
vazão crítica. aferição ou verificação. Cfr. Ajuste.
Calibração a seco de transmissor é
aquela feita contornando o seu elemento
sensor; gerando valores internos como
padrão, não requerendo o padrão da
variável sendo medida.
Ciclo de Calibração é a aplicação de
valores conhecidos da variável medida e o
Fig. 1.5.4. Bocal de vazão registro dos valores correspondentes das
leituras de saída, sobre a faixa do
Bode, Diagrama de instrumento, nos sentidos de subida e
descida.
Um gráfico de função de transferência Curva de Calibração é a
versus freqüência, onde o ganho representação gráfica do relatório de
(geralmente em dB) e fase (em graus) são calibração.
plotados contra a freqüência em uma Rastreabilidade da Calibração é a
escala logarítmica. relação da calibração de um instrumento
com um instrumento calibrado e certificado
Bulbo por um Laboratório Nacional, através de
Parte sensível do elemento primário de um processo passo a passo.
temperatura. Invólucro que protege o Relatório de Calibração é a tabela ou
termopar ou o fio de resistência detectora gráfico da relação medida de um
de temperatura ou que contem o fluido de instrumento comparado com um padrão,
enchimento do elemento termal. O bulbo em toda sua faixa.
não é o elemento sensor.
5.5
Terminologia
Campo
Área industrial, off site limit bateries,
área externa, local. Cfr. Sala de controle.
5.6
Terminologia
Compensação
Provisão de uma construção especial,
equipamento suplementar, circuito ou
materiais especiais para contrabalançar
fontes de erro devidas às variações em
condições de operação específicas.
Eliminação de erros variáveis provocadas
por modificação.
Fig. 1.5.9. Instrumento montado no campo
5.7
Terminologia
Compensador
Equipamento que converte um sinal em
alguma função que direciona o elemento
final de controle para reduzir desvios na
variável diretamente controlada.
5.8
Terminologia
proporcional mais integral (PI), controlador desliga pode ser realizado através de
proporcional mais derivativa (PD), chave.
controlador mais integral mais derivativa No controle liga-desliga convencional
(PID). um único ponto serve para ligar e desligar
o sistema. O Controle com Intervalo
(Gap) Diferencial é um controlador liga-
desliga, com dois pontos de atuação: um
para ligar e outro para desligar. A
vantagem é que o elemento final de
controle atua menor número de vezes e a
desvantagem é que a amplitude de
variação da variável é maior.
5.9
Terminologia
5.10
Terminologia
5.11
Terminologia
LSL TR1-2
Vout saída 6
5.12
Terminologia
Erro
A diferença algébrica entre o valor
medido de uma variável e seu valor ideal.
Neste caso é também chamado de
incerteza, desvio ou tolerância.
Um erro positivo denota que a
indicação do instrumento é maior que o
valor ideal.
erro = indicação – valor ideal
Em controle de processo, é o sinal de Fig. 1.5.17. Sensores de pressão
diferença entre a medição e o ponto de
ajuste do controlador. Espiral
Erro aleatório é aquele que varia seu
pequeno valor e sinal, quando se faz um Um sensor de pressão que converte a
grande número de medições nas mesmas pressão em um pequeno deslocamento
condições e do mesmo valor de dada aproximadamente linear. Elemento sensor
quantidade. O erro aleatório nunca pode mecânico que funciona sob deformação
ser eliminado e o seu tratamento elástica.
estatístico determina seus limites.
5.13
Terminologia
Excitação
Alimentação externa aplicada a um
equipamento para sua operação. A
excitação sempre tem valores máximo e
Fig. 1.5.18. Estação manual de controle (HIC) mínimo, acima e abaixo do qual pode se
danificar ou degradar o desempenho do
instrumento.
Exatidão (accuracy)
Grau de conformidade de um valor Faixa
indicado com um valor padrão aceito Faixa é a região entre os limites dentro
reconhecidamente (valor ideal). Cfr. da qual uma variável é medida. A faixa é
Precisão definida por dois números: limite inferior e
Exatidão Especificada é o número limite superior. Assim, a temperatura é
que define um limite que os erros não para ser medida entre 20 e 100 oC , define
excederão quando um equipamento é a faixa da medição de temperatura.
usado sob condições de operação Amplitude de faixa é a diferença
especificadas. algébrica entre o limite superior e o inferior.
Quando as condições de operação não Assim, a temperatura na faixa de 10 a 100
são especificadas, devem ser assumidas o
C possui amplitude de faixa de 80 oC.
as condições de operação de referência. Faixa com zero elevado é aquela cujo
Como especificação de desempenho, a início (valor inferior) é menor que zero
exatidão (ou a exatidão de referência) deve (negativo); por exemplo de –20 a 100 oC,
ser assumida para significar a exatidão -100 a 0 oC ou -100 a –20 oC.
especificada do instrumento, quando Faixa com zero suprimido é aquela
usado nas condições de operação de cujo início é maior que zero (positivo); por
referência. exemplo de 20 a 100 oC.
A exatidão especificada inclui os efeitos
combinados de conformidade, histerese,
banda morta e repetitividade.
A inexatidão pode ser expressa por:
5.14
Terminologia
5.15
Terminologia
HART
Acróstico de Highway Adressable
Remote Transducer. É um protocolo de
comunicação digital para instrumentos de
campo.
Hidrômetro
Fig. 1.5.19. Indicadores analógicos
Genericamente, instrumento que mede
vazão de líquidos. Em instrumentação, se
aplica geralmente a indicador local de Interface
vazão de água; às vezes o líquido não é
água. Alguma forma de dispositivo que
permite dois instrumentos incompatíveis se
Histerese comunicarem um com o outro.
Instrumentos compatíveis são ligados
A tendência de um instrumento dar diretamente, sem interface. Interfaces
uma saída diferente uma dada entrada, clássicas: transdutor i/p, e transdutor p/i,
dependendo se a entrada resulta de um que permitem a ligação de um instrumento
aumento ou diminuição do valor anterior. pneumático a um eletrônico. Também
Histerese é diferente de banda morta. chamada de driver.
5.16
Terminologia
Interferência eletromagnética
Qualquer efeito espúrio produzido no
circuito por campos eletromagnéticos
externos. A interferência pode ser
eliminada ou diminuída pela nova posição
dos equipamento ou por blindagem
elétrica.
Intertravamento
Fig. 1.5.20. Face de um instrumento virtual
Sistema lógico implementado em
hardware ou software para coordenar a
atividade de dois ou mais dispositivos,
Invólucro
onde a ocorrência de um evento depende
da existência prévia de outros eventos, de Estrutura que envolve os circuitos
ações do operador e da lógica instalada. constituintes de um instrumento,
O intertravamento deve garantir a garantindo sua integridade física e
operação segura da planta. O funcional. Há normas relacionadas com a
intertravamento é feito por controle lógico. escolha do invólucro, relacionadas com
Cfr. Alarme. sua integridade e a segurança do local.
Instrumentação IPTS
Coleção de instrumentos ou sua Escala Prática Internacional de
aplicação com objetivo de observação, Temperatura é a escala baseada em seis
medição ou controle. Área da Engenharia pontos, tomados em oC :
que trata dos equipamentos usados na a) Ponto triplo da água
detecção, transmissão, indicação, registro, b) ponto de ebulição da água
controle, alarme e intertravamento das c) ponto de ebulição do oxigênio
variáveis de processo. d) ponto de ebulição do enxofre
e) ponto de solidificação da prata
Instrumento inteligente f) ponto de solidificação do ouro
Instrumento a base de
Isolação
microprocessador, assim chamado porque
condiciona e manipula os sinais e Separação física entre partes de um
apresenta os resultados numa forma circuito ou sistema. A isolação evita a
amigável. A inteligência é aplicada a interação entre as duas partes. A isolação
sensores, transmissores, controladores e pode ser galvânica (transformador), relé ou
posicionadores de válvula. óptica (isolador óptico). Por exemplo, o
módulo de entrada do CLP possui isolação
Instrumento virtual entre sua entrada e sua saída.
Instrumento configurado e construído
Junta
dentro de um computador através de um
programa aplicativo específico. Sua Ponto de ligação entre dois fios ou dois
operação e características são idênticas a caminhos condutores de corrente. O
de um instrumento convencional, porém termopar possui duas juntas:
ele só existe dentro do computador. 1. junta de medição ou junta quente,
que é o ponto onde quer medir a
temperatura desconhecida.
2. junta de compensação, referência
ou junta fria, que deve estar em uma
temperatura constante e conhecida e
onde os fios estão ligados ao
instrumento de display.
5.17
Terminologia
5.18
Terminologia
Módulo
Um conjunto de peças interligadas que
constitui um equipamento ou instrumento
identificável. Um módulo pode ser
desligado, removido como uma unidade e
substituído por um reserva. O módulo
possui uma característica de desempenho
definida, que permite que ele seja testado
Fig. 1.5.22. Medidor magnético de vazão como unidade. Às vezes, o módulo é
chamado de cartão. Exemplos de módulos:
módulo de entrada e saída (I/O) de CLP ou
Manômetro de SDCD.
Genericamente, instrumento que mede
pressão. Em instrumentação, se aplica
Multiplexador
geralmente a indicador local de pressão. Instrumento, circuito ou dispositivo que
permite a seleção de um de vários canais
de dados analógicos sob o controle do
computador ou do sistema digital. O
multiplexador é parte integrante de um
sistema de aquisição de dados. O
multiplexador é também chamado de
modulador. O conjunto modulador-
demodulador é chamado de MODDEM.
Fig. 1.5.23. Manômetro
Não incenditivo
Medição Equipamento que em sua condição
Medição é a aquisição de informação normal de operação não provoca a ignição
na forma de resultado, acerca de estado, de uma atmosfera perigosa específica em
característica ou fenômeno do mundo sua concentração mais facilmente
externo, observado com auxílio de ignitável. Equipamento com classificação
instrumentos. A medição deve ser de não incenditivo só pode ser usado em
descritiva, seletiva e objetiva. A medição área segura e de Zona 2; não pode ser
pode ser quantitativa ou qualitativa. A usado em local de Zona 0 e Zona 1.
medição pode se aplicar à quantidade Também chamado de não faiscador (no
física e não física. sparking) Esta classe de proteção é
Em Instrumentação, o termo medir é simbolizada como ex-n.
vago e deve ser usado um termo mais
preciso como indicar, registrar ou totalizar. Nível
Variável de processo ou grandeza
Microprocessador física que consiste na altura da coluna
Um circuito integrado em larga escala liquida ou de sólido no interior de um
que tem todas as funções de um tanque ou vaso. O nível pode ser expresso
computador exceto memória e sistemas de em altura (m) ou percentagem.
entrada e saída, tais como: conjunto de
instrução, unidade lógica aritmética,
registros e funções de controle.
5.19
Terminologia
Normal P&I
Condições normal de temperatura e Acróstico de Process & Instruments (ou
pressão (CNTP) são: Piping & Instruments). É um diagrama
Temperatura = 0,0 oC esquemático que mostra os desenhos das
Pressão = 101,3 kPa tubulações e da instrumentação associada
para medição e controle.
Oscilação
Peso
Qualquer efeito que varia
periodicamente entre dois valores, subindo Variável de processo ou grandeza
e descendo. Oscilar é o mesmo que ciclar. física derivada igual ao produto da massa
Um controlador oscila ou entra em pela aceleração da gravidade local. Peso é
oscilação quando sua saída varia uma força, cuja unidade SI é o newton (N).
periodicamente entre dois valores O peso é medido através da balança.
extremos. Um pulso espúrio pode provocar Bomba de peso morto é um
a oscilação, que se mantém instrumento usado como padrão para
indefinidamente na malha fechada. calibrar instrumentos de pressão em que a
pressão hidráulica conhecida é gerada por
Otimização de Controle meio de pesos livremente balanceados
(mortos) colocados em um pistão
Controle que automaticamente procura
calibrado.
e mantém o valor mais vantajoso de uma
variável especificada, em vez de mantê-la
Pirômetro
igual ao ponto de ajuste.
Um sensor de temperatura baseado na
Padrão radiação eletromagnética emitida por um
objeto, que é função da temperatura.
Equipamento (instrumento), receita
(procedimento) ou material de referência
certificada usado como referência para a
calibração de uma quantidade física ou
outro instrumento.
Condição padrão (conforme ISO 5024):
Temperatura = 15,0 oC
Pressão = 760 mm Hg (101,3 kPa)
Condição padrão (conforme AGA –
American Gas Association):
Temperatura = 60 oF (15,6 oC)
Pressão = 762 mm Hg
Condição padrão (conforme CGI –
Compressed Gas Institute):
Temperatura = 68 oF (20 oC)
Pressão = 760 mm Hg
Célula padrão (Weston): fornece uma
tensão de 1,018 636 V, @ 20 oC
Gravidade padrão: 9,806 65 m/s2
5.20
Terminologia
Posicionador
Dispositivo acoplado à haste da válvula
de controle para garantir uma relação
Fig. 1.5.26. Placas de orifício biunívoca entre o sinal de saída do
controlador e a posição da válvula. Ele
recebe na entrada o sinal do controlador,
Pneumático gera um sinal padrão na saída e está
Sistema que emprega gas, geralmente mecanicamente ligado à válvula. O
ar comprimido, como portador da posicionador é um controlador de
informação e o meio para processar e posição.
avaliar a informação.
5.21
Terminologia
5.22
Terminologia
Prova de explosão
Equipamento, invólucro ou instrumento
que evita que uma explosão ou chama
interna se propague para o ambiente
exterior, devido à sua estrutura mais
Fig. 1.5.30. Instrumentos de leitura (Foxboro)
robusta e a pequenos espaçamentos entre
peças criticas. Também chamado de prova
de chama. Classe de proteção tipo ex-d.
Regulador
Um controlador em que toda a energia
necessária para operar o elemento final de
controle é derivada do sistema controlado.
É um conjunto de válvula (elemento final)
com o mecanismo de controle (onde se
tem o ajuste do ponto desejado de
controle). Os reguladores clássicos são de
pressão (o mais comum), temperatura e
vazão.
Fig. 1.5.29. Invólucro à prova de explosão Relé
Conjunto de bobina e contatores: os
contatos se alteram quando a bobina é
Prover (lê-se prúver) energizada. Dispositivo que liga, desliga ou
transfere um ou mais circuitos elétricos. O
Prover (lê-se prúver) é um sistema relé serve para isolar sinais de alto e de
usado para calibrar medidor de vazão, in baixo nível de potência. Em
situ. Pode ser balístico ou esférico.
5.23
Terminologia
Reset RTD
Resolução
A mínima variação detectável de
alguma variável em um sistema de
medição. O mínimo intervalo entre dois
detalhes discretos adjacentes que podem
ser distinguidos um do outro.
5.24
Terminologia
5.25
Terminologia
Servomecanismo
Um dispositivo de controle automático Fig. 1.5.33. Console de operação de um
em que a variável controlada é a posição Sistema Digital de Controle Distribuído
mecânica ou qualquer uma de suas
derivadas no tempo.
Sistema de Controle
Sistema de Aquisição de Dados Um sistema em que a manipulação ou
Um sistema que faz a interface de atuação é usada para conseguir uma valor
muitos sinais analógicos, chamados predeterminado de uma variável.
canais, para um computador. Todas as Sistema de Controle Automático é
chaves, controles e conversões estão um sistema de controle que opera sem
incluídas no sistema. intervenção humana.
Sistema de Controle Multivariável é
SCADA (Supervisory Control And um sistema de controle utilizando sinais de
entrada derivados de duas ou mais
Data Acquision)
variáveis de processo com o objetivo de
Acróstico para Controle Supervisório e afetar conjuntamente a ação do sistema de
Aquisição de Dados. Sistema digital para controle.
5.26
Terminologia
5.27
Terminologia
Termômetro Transferível
Genericamente, instrumento que mede Característica do sistema que permite
temperatura. Em instrumentação, se aplica ao operador canalizar ou dirigir um sinal de
geralmente a indicador local de um instrumento para outro, sem
temperatura. necessidade de alterar a fiação. A
transferência pode ser por chave ou por
Termopar teclado.
Sensor de temperatura de natureza
Transiente
elétrica que produz uma tensão
aproximadamente linear e proporcional à Comportamento de uma variável
diferença da temperatura medida e uma durante a transição entre dois estados em
temperatura de referência conhecida. regime. Geralmente, o transiente é rápido.
Transmissor
Instrumento que sente uma variável de
processo e gera um sinal padrão eletrônico
ou pneumático proporcional ao valor da
variável. A entrada do transmissor é não-
padrão e a saída é padrão. Tag XT
Fig. 1.5.37. Sensores tipo termopar Transmissão é a transferência à
distância de sinais padronizados, feita
Teste, Ponto de através de fio (eletrônico) ou tubo
(pneumático).
Pontos acessíveis para a instalação
Os sinais padrão de transmissão são:
temporária e intermitente de instrumento
1. pneumático: 20 a 100 kPa
de medição, para fins de manutenção.
2. eletrônico analógico: 4 a 20 mA
3. eletrônico digital: HART (de facto)
Teste, Chave de Transmissor inteligente é o
Chave do sistema de intertravamento e transmissor a base de microprocessador e
alarme que, quando acionada, evidenciam- cuja saída única é um protocolo digital,
se as falhas de lâmpadas e verifica a como HART, Fieldbus ou FoxCom.
lógica do sistema. Transmissor híbrido é aquele com
duas saídas simultâneas: um protocolo
Torque digital e o sinal padrão de 4 a 20 mA cc.
Produto vetorial de uma força por uma
distancia. Também conhecido como
5.28
Terminologia
Válvula de Controle
Equipamento usado para regular a
vazão de fluidos em tubulações e
máquinas, recebendo o sinal de saída do
controlador e atuando na variável
manipulada. É o elemento final de controle
mais utilizado. Tag XV ou XCV.
Fig. 1.5.35. Transmissor eletrônico
Vapor
Vapor é um gás à temperatura abaixo
da temperatura crítica, de modo que ele
pode ser liqüefeito por compressão, sem
baixar a temperatura. Sob o ponto de vista
termodinâmico, gás e vapor possuem o
mesmo significado prático.
O vapor d'água, água no estado
Umidade gasoso, é o fluido de trabalho mais usado
Ar é uma mistura de oxigênio, na industria para aquecimento, limpeza e
nitrogênio e vapor d'água. Umidade é a reação de processo. O vapor d'água é
quantidade de vapor d'água na atmosfera. gerado na caldeira.
As unidades de umidade são:
1. umidade relativa, de 0 a 100% Variável de Processo
2. dew point (ponto de saturação) ou Qualquer grandeza física mensurável,
temperatura do bulbo seco e como pressão, temperatura, nível, vazão e
molhado análise. Pode ser classificada como
3. relação de volumes ou de massas controlada, manipulada e carga do
Genericamente, o medidor de umidade processo.
é chamado de higrômetro.
5.29
Terminologia
Venturi
Tubo venturi é um elemento sensor de
vazão, com geometria definida, que produz
uma pressão diferencial proporcional ao
quadrado da vazão volumétrica.
Wheatstone, ponte de
Circuito eletrônico consistindo de 4
Fig. 1.5.39. Tubo medidor de vazão venturi resistências, de modo que, quando
balanceado (corrente em D nula), são
Vibração iguais os produtos das duas resistências
opostas (R1 x R4 = R2 x R3). É o circuito
Movimento periódico ou oscilação de um default para medir resistências e pequenas
elemento, equipamento ou sistema. tensões desconhecidas.
Variável de processo que é medida e
monitorada em sistema de proteção de
grandes máquinas rotativas.
A vibração é causada por qualquer
excitação que desloca algumas ou todas
5.30
Terminologia
!
R1 R2
E
D
R3 R4
Ziegler – Nichols
Método de sintonia do controlador,
onde a determinação dos ajustes ótimos se
baseia na determinação do ganho
proporcional que causa instabilidade na
malha fechada.
Decaimento 4:1
5.31
1.6
Efemérides
Fig. 1.1. Área industrial, display e armários cegos da sala de controle (Foxboro)
6.1
Efemérides
6.2
Efemérides
6.3
Efemérides
6.4
Efemérides
6.5
Efemérides
6.6
Efemérides
6.7
Efemérides
6.8
2
Funções
0. Introdução
1. Elemento Sensor
2. Condicionadores de Sinal
3. Transmissor
4. Indicador
5. Registrador
6. Computador de Vazão
7. Controlador
8. Válvula de Controle
9. Balança
2.0.9
2.0
Funções dos Instrumentos
2. condicionar o sinal
Objetivos de Ensino 3. apresentar o valor da variável.
Estas funções podem ser feitas por um
1. Relacionar as necessidades e ou vários módulos.
aplicações das medições das
variáveis, em controle, monitoração e 1.2. Tipos de Medição
alarme de processos industriais.
2. Apresentar as principais funções da Há três procedimentos principais de
medição e controle: deteção da medição:
variável, condicionamento do sinal, 1. medição direta
apresentação dos dados e atuação no 2. comparação
processo. 3. substituição
3. Mostrar os principais tipos de Medição direta
instrumentos, pelo princípio de
Como o nome sugere, esta é a forma
funcionamento, atuação, alimentação,
mais simples de medição. Por exemplo, se
natureza do sinal.
mede a voltagem escolhendo um medidor
com a faixa correta de voltagem, ligando-o
1. Instrumentos de Medição nos terminais apropriados e lendo a
voltagem diretamente da posição do ponteiro
1.1. Introdução na escala ou nos dígitos do display.
O método equivalente na pesagem é
Em Instrumentação, o termo medir é tomar uma balança com mola, com a faixa
vago e ambíguo. Normalmente, quando se correta, colocar nela o peso desconhecido e
fala medir, se quer dizer indicar o valor de ler o deslocamento na escala calibrada.
uma variável. Porém, o mesmo termo medir Os dois métodos possuem várias coisas em comum.
se refere a sentir. Mais ainda, medir pode Ambos os métodos se baseiam no comportamento de
incluir transmitir, registrar, totalizar, alarmar algum sistema físico (sensor e processador do sinal)
ou controlar. Embora a instrumentação trate para converter a quantidade medida (sinal de entrada)
dos instrumentos medidores, não existe em uma quantidade observável (sinal de saída). Para
símbolo (tag) para o medidor, mas para o voltímetro, o processo físico é a rotação da bobina
indicador (I), transmissor (T), registrador (R), móvel quando a corrente passa por ela. O balanço da
totalizador (Q), alarme (A) e controlador (C) mola se baseia no deslocamento causado pela força
e condicionador (Y). da gravidade no peso. Para os dois instrumentos, é
Esta confusão aparece porque um necessária uma calibração inicial da posição do
sistema completo de medição envolve as ponteiro, como uma função da magnitude do sinal de
funções básicas de entrada. Isto é feito somente em
1. sentir a variável uma posição, tipicamente na deflexão de fundo de
2.0.1
Funções dos Instrumentos
escala e a precisão da leitura em outros pontos garante-se que as voltagens são exatamente iguais.
depende da linearidade da resposta do sistema. A Este método, chamado de balanço de nulo, é
precisão contínua do instrumento entre as calibrações extremamente preciso porque ele não se baseia em
depende do valor pelo qual a resposta do sistema qualquer outro sistema físico para se obter o valor da
pode variar, devido ao envelhecimento e outros quantidade medida.
efeitos. A precisão da medição direta depende
fundamentalmente do sistema físico escolhido como
transdutor e processador do sinal, do número de vezes
de calibração do sistema e da qualidade do
equipamento usado.
2.0.2
Funções dos Instrumentos
comportamento do sistema, dando um erro 3. alarme.
na medição da 1 g. Em uma balança mais
precisa deveria haver uma garantia que o 2.1. Controle
peso total no sistema não variasse, mesmo
Controlar uma variável de processo é
se forem medidos pesos de diferentes
mantê-la constante e igual a um valor
valores. Isto pode ser feito pelo método da
desejado ou variando dentro de limites
substituição.
estreitos. Só se controla uma variável. Não
Uma balança perfeita é obtida com os pesos
se pode ou não há interesse em controlar
calibrados de 200 g no prato B. Um peso
grandeza que seja constante.
desconhecido M é colocado no prato A. Para se
O controle pode ser obtido manualmente,
consiga um novo balanço, agora é necessário remover
quando o operador atua no processo
pesos do prato B.
baseando-se nas medições e indicações de
grandezas do sistema. O controle manual é
de malha aberta e é matematicamente
estável.
Há várias técnicas e teorias para se obter
o controle automático de processos
industriais. A técnica básica e a mais usada
é através da malha fechada com
realimentação negativa (feedback), onde
Fig. 2.1.3. Medição por substituição 1. mede se a variável controlada na saída
do processo,
2. compara-a com um valor de referência
O peso removido de B é igual ao peso e
desconhecido colocado no prato A, de modo 3. atua na entrada do processo,
que este peso foi medido. Porem, o que é 4. de modo a manter a variável
significativo neste novo sistema é que o controlada igual ao valor desejado ou
peso total na balança não foi alterado. Tudo variando em torno deste valor.
que aconteceu foi a substituição de um peso O controle automático com realimentação
desconhecido por um peso conhecido e as negativa pode se tornar mais complexo,
condições do sistema de medição (balança) envolvendo muitas variáveis de processo
não foram alteradas. Assim, a medição por simultaneamente. São casos particulares de
substituição envolve a recolocação de algo controle a realimentação negativa multi
de valor desconhecido por algo de valor variável: cascata, faixa dividida (split range)
conhecido, sem alterar as condições de e auto-seletor.
medição. Outra técnica alternativa é o controle de
Por exemplo, seja a resistência de valor malha fechada preditivo antecipatório
desconhecido em um circuito. Se ela é (feedforward). Esta estratégia envolve
substituída por uma resistência de valor 1. a medição de todos os distúrbios que
conhecido, R, de modo que a voltagem e a afetam a variável controlada,
corrente no circuito continuem exatamente 2. um modelo matemático do processo
as mesmas, então o valor da resistência sob controle,
desconhecida é também igual a R. 3. a atuação em uma variável
manipulada,
2. Aplicações da Medição 4. no momento em que há previsão de
variação na variável controlada e
Os principais usos da medição em antecipando-se ao aparecimento do
processos industriais e operações são: erro.
1. controle 5. para manter a variável controlada
2. monitoração constante e igual ao valor desejado,
2.0.3
Funções dos Instrumentos
Um caso particular e elementar de Um sistema de monitoração é diferente
controle preditivo antecipatório é o controle de um sistema de controle automático
de relação de vazões. porque não há atuação automática no
Atualmente, com a aplicação intensiva e sistema, ou por incapacidade física de
extensiva de instrumentação digital a atuação ou por causa dos grandes atrasos
microprocessador e com computadores, há entre as amostragens, medições e atuações.
vários níveis de estratégias de controle, No sistema de monitoração, todas as
como: indicações e registros são avaliados
1. controle continuamente, analisam-se as condições do
2. coordenação processo e, em caso extremo, pode-se
3. otimização desligar o sistema, de modo automático ou
4. gerenciamento. manual, quando os limites críticos de
Ao nível do processo, no chão de fábrica, segurança são atingidos.
há o controle de regulação automática,
envolvendo as variáveis de processo, dados 2.3. Alarme
de engenharia e com alta freqüência de
Em sistemas de controle e de
atuações.
monitoração é comum se ter alarmes. Um
Acima do nível do controle de processo,
sistema de alarme opera dispositivos de
há o controle de coordenação, quando são
aviso (luminoso, sonoro) após a ocorrência
estabelecidos os pontos de ajustes dos
de uma condição indesejável ou perigosa no
controladores e é feita a supervisão do
processo. O sistema de alarme é usado para
controle. Acima deste nível, tem-se a
chamar a atenção do operador para
otimização do controle, quando são usados
condições anormais do processo, através de
e analisados os dados do processo, para o
displays visuais e dispositivos sonoros. Os
controle estatístico.
displays visuais geralmente piscam
Finalmente, no topo da pirâmide, tem-se
lâmpadas piloto para indicar condições
o controle de gerenciamento da planta.
anormais do processo e são codificados por
Quanto mais elevado o nível, maior o nível
cores para distinguir condições de alarme
de administração e de complexidade.
(tipicamente branca) e de desligamento
Quanto mais baixo e próximo do processo,
(tipicamente vermelha). Diferentes tons
mais engenharia e menos complexidade.
audíveis também podem ser usados para
diferenciar condições de alarme e de
2.2. Monitoração
desligamento.
Monitorar é supervisionar um sistema, Um sistema de alarme possui vários
processo ou operação de máquina, para pontos de alarme que são alimentados por
verificar se ele opera corretamente durante uma única fonte de alimentação. O
sua operação. Em instrumentação, é comum anunciador de alarme apresenta a
usar instrumentos para medir continuamente informação operando em seqüência. A
ou em intervalos uma condição que deve ser seqüência descreve a ordem dos eventos,
mantida dentro de limites pré determinados. incluindo as ações das chaves de alarme,
São exemplos clássicos de monitoração: lógica do anunciador, sinal sonoro, display
1. radioatividade em algum ponto de uma visual e ação do operador.
planta nuclear, Tipicamente, cada seqüência tem quatro
2. deslocamento axial ou vibração radial objetivos:
de eixos de grandes máquinas 1. alertar o operador para uma condição
rotativas, anormal,
3. reação química em reatores através da 2. indicar a natureza da condição anormal
análise de composição dos seus (alarme ou desligamento),
produtos. 3. requerer a ação de conhecimento pelo
operador
2.0.4
Funções dos Instrumentos
4. indicar quando o sistema retorna à humanos e facilitam o armazenamento da
condição normal. informação de situações complexas. Por
isso, a instrumentação se tornou um
3. Sistema de Medição componente importante das atividades
rotineiras da indústria e contribuiu
Embora haja vários tipos de controle, significativamente para o desenvolvimento
vários níveis de complexidade, vários da economia.
enfoques diferentes, há um parâmetro em Um sistema genérico de medição
comum no controle, monitoração e alarme consiste dos seguintes elementos básicos,
do processo: a medição das variáveis e que fazem parte de todos instrumentos:
grandezas do processo. A medição é 1. elemento sensor ou elemento transdutor,
fundamental. A base de um controle correto que detecta e converte a entrada
é a medição precisa da variável controlada. desejada para uma forma mais
conveniente e prática a ser manipulada
pelo sistema de medição. O elemento
sensor é também chamado de elemento
primário ou transdutor. Ele constitui a
interface do instrumento com o processo.
2. elemento condicionador do sinal, que
manipula e processa a saída do sensor
de forma conveniente. As principais
funções do condicionador de sinal são as
de amplificar, filtrar, integrar e converter
sinal analógico-digital e digital-analógico.
3. o elemento de apresentação do dado, que
(a) elemento sensor real desmontado dá a informação da variável medida na
forma quantitativa. O elemento de
apresentação de dado é também
chamado de display ou readout. Ele
constitui a interface do instrumento com o
operador do processo.
Os elementos auxiliares aparecem em alguns
instrumentos, dependendo do tipo e da técnica
envolvida. Eles são:
1. elemento de calibração para fornecer
uma facilidade extra de calibração
(b) elemento e transmissor embutida no instrumento. Os
Fig. 2.1.4. Transmissor de temperatura com transmissores inteligentes possuem
sistema de enchimento termal esta capacidade de autocalibração
incorporada ao seu circuito.
A instrumentação para fazer estas 2. elemento de alimentação externa para
medições é vital para a indústria. O uso de facilitar ou possibilitar a operação do
instrumentação em sistemas como casa de elemento sensor, do condicionador de
força, indústrias de processo, máquinas de sinal ou do elemento de display.
produção automática, com vários 3. elemento de realimentação negativa
dispositivos de controle, manipulação e para controlar a variação da
segurança revolucionou e substituiu velhos quantidade física que está sendo
conceitos. Os instrumentos tem produzido medida. Este elemento possibilita o
uma grande economia de tempo e mão de conjunto funcionar automaticamente,
obra envolvida. Os sistemas de instrumentos sem a interferência do operador.
agem como extensões dos sentidos
2.0.5
Funções dos Instrumentos
!
Apostilas\Instrumentação 20Ffunção.doc 11 DEZ 98 ( Substitui 26 ABR 97)
2.0.6
Sensor
2.1
Elemento Sensor
elemento que mede a pressão diferencial
1. Conceito gerada pela placa é o secundário.
Em alguns processos o elemento
O elemento sensor não é um sensor pode estar protegido por algum
instrumento mas faz parte integrante da outro dispositivo, de modo que ele não fica
maioria absoluta dos instrumentos. O em contato direto com o processo. O selo
elemento sensor é o componente do de pressão e o poço de temperatura são
instrumento que converte a variável física exemplos de acessórios que evitam o
de entrada para outra forma mais usável. A contato direto do sensor com o processo.
grandeza física da entrada geralmente é Os nomes alternativos para o sensor
diferente grandeza da saída. são: elemento transdutor, elemento
O elemento sensor depende primário, detector, probe, pickup ou pickoff.
fundamentalmente da variável sendo
medida. O elemento sensor geralmente 2. Terminologia
está em contato direto com o processo e dá
a saída que depende da variável a ser De um modo geral, transdutor é o
medida. elemento, dispositivo ou instrumento que
Exemplos de sensores são: recebe a informação na forma de uma
1. o tubo bourdon que se deforma quantidade e a converte para informação
elasticamente quando submetido a para esta mesma forma ou outra diferente.
uma pressão, Aplicando este definição, são transdutores:
2. o strain gauge que varia a elemento sensor, transmissor, transdutor
resistência elétrica em função da corrente para pneumático (i/p) e
pressão exercida sobre ele; pneumático para corrente (p/i), conversor
3. o sensor bimetal que varia o formato eletrônico analógico para digital (A/D) e
em função da variação da conversor digital para analógico (D/A).
temperatura medida, A norma ISA 37.1 (1982): Electrical
4. o termopar que gera uma militensão Transducer Nomenclature and Terminology
em função da diferença de padroniza a terminologia e recomenda o
temperatura entre dois pontos; seguinte:
5. a placa de orifício que gera uma 1. elemento sensor ou elemento transdutor
pressão diferencial proporcional ao para o dispositivo onde a entrada e a
quadrado da vazão volumétrica que saída são ambas não-padronizadas e de
passa no seu interior. naturezas iguais ou diferentes.
Se há mais de um elemento sensor no 2. transmissor para o instrumento onde a
sistema, o elemento em contato com o entrada é não-padronizada e a saída é
processo é chamado de elemento sensor padronizada e de naturezas iguais ou
primário, os outros, de elementos sensores diferentes.
secundários. Por exemplo, a placa de 3. transdutor para o instrumento onde a
orifício é o elemento primário da vazão; o entrada e a saída são ambas
padronizadas e de naturezas diferentes.
2.1.1
Sensor
2.1.2
Sensor
6. Dobrável
7. Elemento exposto
8. Fole
9. Giro
10. Incremento discreto
11. Integrante
12. Saída ca (corrente alternada)
13. Saída cc (corrente contínua) 1. Espiral (b) Enchimento termal
14. Saída digital
15. Saída dual
16. Saída freqüência
17. Semicondutor
18. Servo
19. Soldável
20. Tubo bourdon
21. Turbina
22. Ultra-sônico (c). Placas de orifício
23. Vibrante Fig. 1.1. Elemento sensores mecânicos
3. Princípios de transdução
O elemento sensor mecânico não necessita
Conforme a natureza do sinal de saída, de nenhuma fonte de alimentação externa
os sensores podem ser classificados como: para funcionar; ele é acionado pela própria
1. mecânicos energia do processo ao qual está ligado.
2. eletrônicos Exemplos de elementos sensores
Praticamente, toda variável de processo mecânicos:
pode ser medida eletronicamente e nem 1. Espiral, para a medição de pressão;
toda variável pode ser medida 2. Enchimento termal, para temperatura;
mecanicamente. Por exemplo, o pH só 3. Placa de orifício, para a vazão
pode ser medido por meio elétrico. As
principais vantagens do sinal eletrônico 5. Sensores Eletrônicos
sobre o mecânico são:
1. não há efeitos de inércia e atrito, O elemento sensor eletrônico recebe na
2. a amplificação é mais fácil de ser entrada a variável de processo e gera na
obtida saída uma grandeza elétrica, como tensão,
3. a indicação e o registro à distância corrente elétrica, variação de resistência,
são mais fáceis. capacitância ou indutância, proporcional a
Durante o estudo das variáveis de esta variável.
processo, serão vistos com profundidade Há elementos sensores eletrônicos
os princípios mais comuns descritos ativos e passivos.
adiante. Os elementos ativos geram uma tensão ou
uma corrente na saída, sem necessidade
4. Sensores Mecânicos de alimentação externa. Exemplos:
1. cristal piezelétrico para a pressão
O elemento sensor mecânico recebe na 2. termopar para a temperatura
entrada a variável de processo e gera na 3. eletrodos para a medição de pH.
saída uma grandeza mecânica, como Os circuitos que condicionam estes
movimento, força ou deslocamento, sinais necessitam de alimentação externa.
proporcional à variável medida. Os elementos passivos necessitam de
uma polarização elétrica externa para
poder medir uma grandeza elétrica passiva
para medir a variável de processo. As
grandezas elétricas variáveis são: a
resistência, a capacitância e a indutância.
2.1.3
Sensor
∆C
2.1.4
Sensor
∆E
ou
∆Q
Tap
central ∆E
Fig. 1.7. Transdução piezoelétrica
(a) compressão ou tensão
(b) força de entortamento
Fig. 1.5. Transdução relutiva por transformador
diferencial 5.6. Sensor resistivo
O sensor resistivo converte a variável
5.4. Sensor eletromagnético
de processo medida em uma variação de
O sensor eletromagnético converte a resistência elétrica. As variações de
variável de processo medida em uma força resistência podem ser causadas em
eletromotriz induzida em um condutor pela condutores ou semicondutores
variação no fluxo magnético, na ausência (termistores) por meio de aquecimento,
de excitação. A variação no fluxo feita é resfriamento, aplicação de tensão
usualmente pelo movimento relativo entre mecânica, molhação, secagem de certos
um eletromagneto e um magneto ou porção sais eletrolíticos ou pelo movimento de um
de material magnético. braço de reostato.
∆E
2.1.5
Sensor
∆R
A B
∆R
∆R Ex
D ∆E
C
Ex
+
- Ew L ∆
Ew
Ex
Luz ∆E
2.1.6
Sensor
(a) Esquemático
6. Escolha do sensor
O objetivo de um sistema de controle é
(b) Físico
garantir uma correlação rigorosa entre a
saída real e a saída desejada. A saída real
é a variável de processo e a saída Fig. 1.15. Elemento de enchimento termal, com
compensação de temperatura ambiente
desejada é chamada de ponto de ajuste.
Gasta se muita matemática, eletrônica e
dinheiro para se obter e garantir o
desempenho do sistema. Porém, por
melhor que seja o projeto matemático ou a
implementação eletrônica, o controle final
não pode ser melhor que a percepção da
variável do processo.
2.1.7
Sensor
2.1.8
2.2
Transmissor
Fig. 2.1. Transmissores para medição de nível Fig. 2.2. Transmissor montado em local hostil
2.2.1
Transmissor
2.2.2
Transmissor
2.2.3
Transmissor
O transmissor inteligente, por ser digital (a) Tipo. 2. Circuito com 2 fios
e receber um sinal analógico, tem
necessariamente em um conversor A/D em
sua entrada. O transmissor híbrido, que é
Transmissor
digital e possui a saída analógica de 4 a 20
mA deve possuir em sua saída um Receptor
conversor D/A.
Fonte
Receptor
Fig. 2.6. Sinal analógico e digital
Receptor
Fonte 2.2.4
Transmissor
padronizar sinais de baixo nível, para que 0 V se refere ao valor mínimo da faixa
se possa usar a tensão de polarização de medida e quando há algum problema o
5 V comum aos circuitos digitais. sinal assume um valor negativo, por
Existe ainda o sinal de transmissão de exemplo, -2,5 V cc. Esta faixa possui o
1 a 5 V cc, porém ele não é adequado pois zero vivo.
há atenuação na transmissão da tensão.
Usa-se a corrente na transmissão e a 2. Natureza do transmissor
tensão para a manipulação e
condicionamento do sinal localmente, Como há dois sinais padrão na
dentro do instrumento. instrumentação, também há dois tipos de
transmissores: pneumático e eletrônico
Relação 5:1
Todos os sinais de transmissão, 2.1. Transmissor pneumático
pneumático e eletrônicos, mantém a
O transmissor pneumático mede a
mesma proporcionalidade entre os valores
variável do processo e transmite o sinal
máximo e mínimo da faixa de 5:1, ou seja
padrão de 20 a 100 kPa (3 a 15 psig),
proporcional ao valor da medição. A sua
100 kPa 20 mA 15 psi 5V
= = = =5 alimentação é a pressão típica de 140 kPa
20 kPa 4 mA 3 psi 1V (20 psig). O mecanismo básico para a
geração do sinal pneumático é o conjunto
Esta proporcionalidade fixa facilita a bico-palheta, estabilizado pelo fole de
conversão dos sinais padrão, pelos realimentação.
transdutores. Para funcionar o transmissor
pneumático requer a alimentação de ar
Zero vivo comprimido, no valor típico de 140 kPa (22
Todas as faixas de sinais padrão de psi). O transmissor é alimentado
transmissão começam com números individualmente por um conjunto de filtro
diferentes de zero, ou seja os sinais regulador. O regulador pode ser fixo
padrão são 20 a 100 kPa e não 0 a 80 kPa, (ajustável na oficina) ou regulável pelo
4 a 20 mA cc e não 0 a 16 mA cc. Diz-se operador, no local.
que uma faixa com supressão de zero, ou Há dois princípios mecânicos básicos
seja partindo de número diferente de zero para o funcionamento do transmissor
é detectora de erro. Por exemplo, seja o pneumático:
transmissor eletrônico de temperatura com 1. balanço de forças e
faixa de medição de 20 a 200 oC. A sua 2. balanço de movimentos.
saída vale:
4 mA, quando a medida é de 20 oC,
20 mA, quando a medida é de 200 oC e
0 mA, quando há problema no
transmissor, como falta de alimentação ou
fio partido .
Se a saída do transmissor fosse um
sinal de 0 a 20 mA não haveria meios de
identificar o sinal correspondente ao valor
mínimo da faixa com o sinal relativo às
falhas no sistema, como falta de
alimentação ou fio partido no transmissor
eletrônico ou entupimento do tubo, quebra
do tubo, falta de ar de suprimento no
transmissor pneumático.
Quando se manipula a tensão elétrica,
pode-se ter e se medir a tensão negativa e Fig. 2.8. Esquema típico de um transmissor
portanto pode-se usar uma faixa de 0 a 10 pneumático a balanço de forças (Foxboro)
V cc detectora de erro. Isto significa que o
2.2.5
Transmissor
2.2.6
Transmissor
2.2.7
Transmissor
2.2.8
Transmissor
Fig. 2.15. Sensor de pressão a fio ressonante A faixa de pressão de cada sensor de
(Foxboro) silício é determinada pela espessura do
silício diretamente sob a ponte de
Wheatstone. A espessura do diafragma de
As vantagens deste transmissor são: silício é determinada ataque químico na
1. boa repetitividade parte traseira de cada chip sob a ponte
2. alta precisão para uma profundidade específica. O chip
3. boa estabilidade acabado é então colada a uma placa de
4. baixa histerese pyrex ou alumina com suporte e isolação
5. alta resolução do chip. Para medição de pressão
6. sinal de saída forte manométrica ou diferencial, faz-se um
7. geração de um sinal digital. buraco através do pyrex para acessar a
As limitações incluem: cavidade na parte traseira do chip. Isto
1. sensitividade à temperatura fornece uma referência da pressão
ambiente, requerendo compensação atmosférica para o sensor de pressão
embutida. manométrica e uma passagem para o lado
2. sinal de saída não linear da baixa pressão do sistema de
3. alguma sensitividade à vibração e enchimento de fluido para o d/p cell. Para a
choque. medição de pressão absoluta, a cavidade
2.2.9
Transmissor
2.2.10
Transmissor
2.2.11
Transmissor
2.2.12
Transmissor
2.2.13
Transmissor
2.2.14
Transmissor
Ambiente
Como o transmissor opera em
condições muito pouco exigentes (-40 a
+60 oC), raramente ele requer um
ambiente de calibração controlado. Porém,
o ambiente deve ser conhecido e as
condições de calibração (pressão,
Fig. 2.25. Transmissor para vazão de gás temperatura e umidade relativa ambientes)
devem ser registradas no relatório de
5.3. Configuração calibração.
Procedimento
5.4. Operação
Procedimento de calibração não é
O transmissor é geralmente um simplesmente o manual do fabricante, mas
instrumento cego, montado no campo, que algo mais abrangente que inclui o manual
não requer a atenção do operador. Quando do fabricante. O procedimento deve ser
possui indicação da variável medida, ele escrito pelo executante e pode ser
pode requerer a leitura periódica para copidescado (feita revisão para uniformizar
comparação com a indicação do painel. linguagem, arrumar estilo, eliminar erros
vernáculos) pelo chefe.
2.2.15
Transmissor
2.2.16
Transmissor
5.6. Manutenção
Quando o transmissor apresenta algum
problema evidente de operação, ele deve
ser submetido à manutenção. Alguns
transmissores também podem ser
submetidos a programas de manutenção
preventiva. A manutenção tem os objetivos
principais de garantir:
1. a continuidade operacional do
instrumento, e como resultado, do
processo
! Apostila\Instrumentação 22Transmissor. Doc 11 DEZ 98
(Substitui 20 SET 96)
2.2.17
2.3
Condicionadores de Sinal
A medição volumétrica dos gases só
1. Conceito tem significado prático quando se faz a
compensação da pressão estática e da
Há necessidade de se ter instrumentos temperatura do processo. Compensar a
com funções auxiliares para alterar o sinal medição da vazão significa medir os sinais
gerado pelo sensor e combinar analógicos proporcionais à vazão, à
matematicamente vários sinais padrão. pressão e à temperatura e continuamente
Como o sinal gerado pelo elemento sensor executar a seguinte equação matemática:
pode ser inadequado para ser usado pelo Como o volume do gás é diretamente
instrumento de display, é necessário proporcional à temperatura e inversamente
utilizar um instrumento para alterar este proporcional à pressão, na compensação
sinal para torná-lo mais conveniente para o fazem-se as operações inversas, ou seja:
uso no instrumento display. Esta alteração
pode ser linearização do sinal, filtro dos P
ruídos, amplificação do sinal. Fc = Fm
T
O computador analógico é o
instrumento que executa as operações
onde
matemáticas, a seleção dos sinais, o
Fc é a vazão compensada
alarme, o condicionamento e a geração de
Fm é a vazão medida, sem
sinais analógicos.
compensação
Ele pode ser pneumático ou eletrônico.
P é proporcional à pressão absoluta
Quando pneumático é também chamado
T é proporcional à temperatura
de relé pneumático ou relé computador. O
absoluta
computador analógico pneumático é mais
Quando o sistema de medição inclui a
limitado e pode manipular apenas um ou
placa de orifício, o sinal é proporcional ao
dois sinais de entrada. Quando eletrônico,
quadrado da vazão e a relação acima fica
ele pode manipular até quatro sinais
analógicos ao mesmo tempo.
P
Fc = Fm
2. Aplicações T
O computador analógico processa os
sinais de informação para desempenhar as Quando se usam computadores
funções matemáticas requeridas pelo pneumáticos, são necessários três
processo. instrumentos:
A aplicação típica dos computadores 1. extrator de raiz quadrada
analógicos é na medição compensada da 2. divisor
vazão. 3. multiplicador
2.3.1
3. Funções desenvolvidas
Os principais computadores analógicos
que desenvolvem operações matemáticas
são:
3.1. Multiplicador/divisor
A sua função matemática genérica é:
D = A.B/C
2.3.2
multiplicador/divisor, porem, 'e mais o de valor intermediário. O seletor de valor
econômico o uso do instrumento intermediário recebe três sinais de entrada
especifico. A saída do extrator vale: e seleciona o sinal do meio. O valor
intermediário entre três sinais não deve ser
D= A confundido com o valor médio de dois a
quatro sinais. Por exemplo, o somador
pode ser ajustado para dar a media dos
sinais.
3.6. Alarme
O alarme pode ser acionado
diretamente pela ação do ponteiro do
indicador e da pena do registrador em
microswitches ou pode ser realizado pelo
computador analógico, que recebe o sinal
analógico na entrada e muda o contato
elétrico da saída, quando o valor do sinal
atingir os limites críticos predeterminados.
Pode haver três tipos diferentes de alarme:
1. alarme absoluto, de máximo e/ou de
mínimo. A saída do modulo de alarme
muda de estado quando o sinal de
entrada atinge um valor pré-ajustado,
de máximo ou de mínimo.
2. alarme de desvio, aciona o contato
de saída quando os dois sinais
Fig. 3.2. Sinal linear e quadrático
variáveis da entrada se desviam de um
valor predeterminado. Este tipo de
alarme se aplica principalmente em
3.4. Caracterizador do sinal controle, quando os dois sinais
alarmados são a medição e o ponto de
É um instrumento que aproxima qualquer
ajuste; quando os sinais se afastam de
função matemática para vários segmentos
uma valor ajustado, o alarme é
de reta, com os pontos de inflexão e as
acionado.
inclinações dos segmentos ajustáveis. Sua
3. alarme de diferença é acionado
aplicação pratica é a linearização dos
quando o sinal se afasta de um sinal de
níveis de tanques de formatos não
referencia ajustável de um valor
lineares. Exemplos de tanques com
determinado.
formatos lineares: quadrados,
retangulares, cilíndrico em pé; exemplos
de não-lineares: esféricos, cônicos e
cilíndricos deitados. A curva (nível x
quantidade estocada) de um tanque
esférico tem um formato de S e pode ser
aproximada para vários segmentos de reta
através do caracterizador de sinal. Através
da medição do nível e do caracterizador,
pode-se determinar diretamente a
quantidade estocada.
3.5. Seletor de sinais
Este instrumento recebe de duas a quatro
entradas e seleciona automaticamente
apenas um sinal de entrada. Os seletores
mais usados são o de máximo ou mínimo e
2.3.3
3.7. Compensador dinâmico 4. Linearização da Vazão
O compensador dinâmico possui a
função de adiantar ou atrasar o sinal
aplicado a entrada. Ele é chamado de 4.1. Introdução
lead/lag e se aplica no controle preditivo Linearizar um sinal não-linear é torna-lo
antecipatório (feedforward). linear. Só se lineariza sinais não lineares,
3.8. Gerador de sinais aplicando-se a função matemática inversa.
Por exemplo, lineariza-se o sinal
O computador analógico pode gerar quadrático, extraindo a sua raiz quadrada;
sinal na saída, sem sinal aplicado na lineariza-se o sinal exponencial, aplicando
entrada. A sua saída gera um sinal com seu logaritmo.
característica conhecida e ajustável, como A linearização pode ser feita de vários
a rampa universal, a tensão ajustável, o modos diferentes, tais como:
temporizador. 1. escolha da porção linear da curva,
3.9. Transdutor como na aplicação de medição de
temperatura por termopares. Cada
Genericamente, transdutor é qualquer tipo de termopar apresenta uma
dispositivo que altera a natureza do sinal região linear para determinada faixa
recebido na entrada com o gerado na de temperatura.
saída. Deste ponto de vista, o elemento 2. uso de uma escala não-linear, como
sensor, o transmissor, o conversor são na aplicação de medição de vazão
considerados transdutores. por placa de orifício. Como a placa
Em instrumentação, transdutor é o de orifício gera uma pressão
instrumento que converte o sinal padrão diferencial proporcional ao
pneumático no sinal padrão de corrente quadrado da vazão, usa-se uma
eletrônica (P/I) ou vice versa (I/P). Ele escala do indicador ou um gráfico
possibilita a utilização de instrumentos do registrador do tipo raiz
pneumáticos e eletrônicos na mesma quadrática, podendo ler diretamente
malha. Eles são chamados incorretamente o valor da vazão em unidades de
de conversores. engenharia. Quando se usam
Resumidamente, tem-se: termopares para medições de
1. elemento sensor, onde a entrada e a temperatura que incluem regiões
saída são ambas não-padronizadas, não-lineares, usam-se as escalas
2. transmissor, onde a entrada é não- especificas para cada termopar, tipo
padronizada e a saída é padronizada, J, K, R, S, T, E.
3. transdutor, onde a entrada e a 3. uso de instrumentos linearizadores,
saída são ambas padronizadas, como o extrator de raiz quadrada do
4. conversor, onde a entrada e a saída sinal de pressão diferencial
são ambas de natureza elétrica; tem-se proporcional ao quadrado da vazão,
conversor A/D (analógico para digital), gerado pela placa de orifício.
D/A (digital para analógico), conversor 4. uso de circuitos linearizadores,
I/F (corrente para freqüência). incorporados no transmissor (por
O transdutor serve de interface entre a exemplo, transmissor inteligente) ou
instrumentação pneumática e a eletrônica. no instrumento receptor (registrador
Como o elemento final de controle mais de temperatura a termopar).
usado é a válvula com atuador 5. uso de pontos de curva de
pneumático, o transdutor I/P é usado linearização, armazenados em
principalmente para casar a ROMs ou PROMs, como nos
instrumentação eletrônica de painel com a sistemas de linearização de baixa
válvula com atuador pneumático. vazão em sistemas com turbinas
medidoras de vazão. A não
linearidade da medição é devida a
viscosidade e densidade do fluido
2.3.4
(numero de Reynolds) e do tipo de correspondem a grandes variações na
detecção-geração de pulsos. vazão e em altas vazões, grandes
6. uso de programas (software) de variações da saída correspondem a
linearização em sistemas digitais, pequenas variações na vazão.
como nos computadores de vazão
ou sistemas digitais de aquisição de Tab. 3.1. ∆p x saídas
dados. Durante a configuração do
sistema, tecla-se o tipo de não- Medidor vazão Saída linear Saída raiz quad.
linearidade do sinal de entrada e o % saída % vazão % vazão
sistema automaticamente lineariza 0,0 0,0 0,0
o sinal. 1,0 1,0 10,0
10,0 10,0 31,6
4.2. Medidores Lineares e Não- 25,0 25,0 50,0
lineares 50,0 50,0 70,7
75,0 75,0 86,6
O medidor de vazão linear é aquele
100,0 100,0 100,0
cuja saída varia diretamente com a vazão.
Isto significa que uma dada percentagem
da saída corresponde `a mesma
percentagem de vazão. Matematicamente, A linearização do sinal quadrático é
tem-se: feita pelo computador analógico chamado
extrator de raiz quadrada, onde é valida a
vazão = K x saída seguinte relação:
vazão = K × saída
2.3.5
5. Compensação
onde o fator simplificado (P/ZT) compensa a
variação da pressão e temperatura (que determinam
5.1. Introdução a densidade), variando das condições nominais de
projeto para as reais de operação e calcula o volume
Em serviços de medição de gás, a
requerido nas condições nominais para provocar o
maioria dos medidores de vazão mede o
efeito da mesma vazão nas condições reais. Isto
volume real ou infere o volume real,
significa, por exemplo, que se P/ZT for 1,10, o gás
tomando como referência a vazão
nas condições reais é 1,10 mais denso do que o gás
volumétrica nas condições nominais de
nas condições nominais e 10% mais de gás vaza
operação. Quando as condições reais do
realmente através do medidor linear do que está
processo se afastam das condições
medido, assumindo as condições nominais de
nominais de projeto de operação, ocorrem
operação.
grandes variações no volume real,
Nas condições nominais de operação,
resultando em grande incerteza na
o fator (P/ZT) é usado para corrigir o
medição da vazão. Um modo de resolver
volume real antes que as não linearidades
este problema seria manipular a vazão
sejam compensadas. Assim, estes fatores
mássica, medindo-se a vazão volumétrica
são tratados do mesmo modo que a
e a densidade do fluido e usar a relação
densidade, nas equações do medidor.
Quando a vazão variar não linearmente
W=rxQ
com a densidade do gás, a vazão também
vai variar não linearmente com o fator
onde
P/ZT. Para o sistema com placa de orifício,
W é a vazão mássica
portanto, o fator de compensação é a raiz
Q é a vazão volumétrica
quadrada de P/ZT, pois a vazão
r é a densidade.
volumétrica é proporcional `a raiz quadrada
A medição da densidade de um fluido
da densidade.
vazando é relativamente cara, demorada e
A compensação da pressão e
pouco confiável e a prática mais comum é
temperatura usa a hipótese de o fator de
inferir o valor da densidade a partir dos
compressibilidade Z ser constante nas
valores da pressão estática absoluta e da
condições de operação próximas das
temperatura do processo, aplicando-se a
condições nominais e despreza os efeitos
lei do gás real.
da compressibilidade.
Tem-se:
Para se medir a vazão volumétrica compensada
usa-se a equação, para o medidor linear:
Z P T
Vf = Vn f n f
Zn Pf Tn Z P T
Vf = Vn n f n
Z f Pn Tf
ou quando as condições nominais de operação são
conhecidas e podem ser resumidas em uma
e quando o fator de compressibilidade
constante matemática, a equação fica simplificada
nas condições reais não se afasta do fator
como:
nas condições nominais:
Z × Tf P T
Vf = K × Vn f
Vf = Vn f n
Pf
Pn Tf
Fazer a compensação da temperatura
Para um medidor com saída proporcional ao
e pressão reais do processo, que se
quadrado da vazão, tem-se a equação:
afastaram da temperatura e pressão
nominais é justamente multiplicar por
P T
Vf = Vn f n
Pf
Pn Tf
Z f × Tf
2.3.6
Note-se que a equação da vazão Tab. 3.2. Erros da medição do gás sem
compensada é o inverso da equação da lei compensação de T
dos gases, justamente para eliminar os
efeitos da pressão e da temperatura. Ou Temperatura (oC) Erro (%)
seja, como a vazão volumétrica depende -20 -13
da pressão e temperatura de um fator -10 -11
(ZT/P), deve-se multiplicá-la por um fator -5 -7
de compensação (P/ZT) para se ter uma 0 -6
vazão volumétrica compensada. 5 -4
A operação de corrigir um erro fixo é 10 -2
chamada de polarização (bias) e a 15 0
compensação é a correção de um erro 20 +2
variável. 25 +4
30 +6
Quando somente se quer a 40 +8
compensação da pressão, pois a 45 +9
temperatura é se afasta pouco de seu valor 50 +10
nominal, assume-se um valor constante
igual ou diferente do nominal e o incorpora * Condição padrão (standard)
`a constante. (Cfr. Industrial Flow Measurement, D.W. Spitzer)
Quando a temperatura for constante e Tab. 3.3. Erros da medição do gás sem
diferente do valor nominal, em lugar de compensação da P
usar um medidor de temperatura para Pressão, Tolerância em torno da pressão nominal
fazer a compensação continua, aplica-se psig
um fator de correção na leitura do medidor. Psig 0,25 0,50 1 2 3
A compensação da pressão é 0,25 1,7% NA NA NA NA
2,0 1,5% 3,0% 6,1% 12,2% NA
implementada, multiplicando-se a pressão
5,0 1,3% 2,6% 5,2% 10,3% 25,8%
absoluta pela vazão medida e uma 10 1,0% 2,0% 4,1% 8,2% 20,5%
constante, antes de linearizar a saída do 20 0,7% 1,5% 2,9% 5,8% 14,5%
medidor. 50 0,4% 0,8% 1,6% 3,1% 7,8%
De modo análogo, quando a pressão é 75 0,3% 0,6% 1,1% 2,2% 5,6%
assumida constante e diferente do valor 100 0,2% 0,4% 0,9% 1,7% 4,4%
nominal, se aplica um fator para a leitura 125 0,2% 0,4% 0,7% 1,4% 3,6%
do medidor em lugar de usar um medidor
de pressão para a compensação. A (Cfr. Industrial Flow Measurement, D.W. Spitzer)
compensação da temperatura é
implementada, multiplicando-se a
temperatura absoluta pela vazão medida e 5.2. Condições normal, padrão e real
uma constante, antes de linearizar a saída
Na medição do fluido compreensível, é
do medidor.
mandatório definir as condições sob as
quais está sendo medida sua vazão
volumétrica. A mesma vazão de um fluido
compreensível pode ser expressa por
valores totalmente diferentes, em função
das condições especificadas.
2.3.7
As condições normal de pressão e 5.3. Compensação da Temperatura
temperatura (CNPT) são: de Líquidos
Temperatura : 0,0 oC (273,2 K) As necessidades da precisão que
Pressão : 760 mm Hg (14,6959 psi) requerem compensação para as variações
Umidade relativa: 0% de densidade causadas pelas variações da
temperatura do liquido são poucas (por
Pela norma ISO 5024 (1976), as condições exemplo, amônia). Neste caso, deve-se
padrão (standard) são: medir a temperatura do liquido e
compensar segundo a formula:
Temperatura : 15,0 oC (59 oF, 288,2 K)
Pressão : 101, 3250 kPa (14,6959 psi) Vf = Vn /T
umidade relativa: 0%
Constante Universal: 8,3144 J/(g.mol.K) 5.4. Tomadas de Pressão e
Temperatura
Há autores que assumem a As tomadas da pressão e da
temperatura padrão (standard) igual a temperatura devem ser localizadas
15.56 oC (60 oF). Para líquidos, a corretamente para cada tipo de medidor de
temperatura padrão base é também igual a vazão, para minimizar o erro na medida
15,0 oC, na indústria; em laboratório é final.
comum usar a temperatura de 20,0 oC. A tomada da pressão é mais critica que
As condições de operação, de trabalho a da temperatura, pois há uma grande
ou reais são aquelas efetivamente variação da pressão local no medidor de
presentes no processo. vazão. Na prática, há uma pequena
Por exemplo, seja a vazão volumétrica diferença entre a pressão a montante
de ar igual a 100 m3/h, nas condições (maior) e a jusante (menor) do medidor,
reais de 30 oC e 2,0 kgf/cm2A. Esta vazão quando o medidor provoca uma perda de
pode ser expressa como: carga. É comum se tomar a pressão a
montante do medidor. Qualquer que seja a
100 m3/h real, (30 oC e 2,0 kgf/cm2) localização, a pressão deve corresponder
180 Nm3/h, (0 oC e 1,0 kgf/cm2 A) a vazão não perturbada, em pontos sem
190 Sm3/h, (15,0 oC e 1,0 kgf/cm2 flutuações ou pulsações. Alguns medidores
Absoluta) de vazão já possuem a tomada de pressão
no seu corpo. No sistema com placa de
Em inglês, as unidades e abreviações orifício, é comum se usar a mesma tomada
comuns são: a montante da placa usada medir a
ACFM (actual cubic foot/minute) e pressão diferencial. Nos programas de
SCFM (standard cubic foot/minute). computador de cálculo de placa, o menu
apresenta as opções de tomadas a
montante ou a jusante da placa.
Propriedades do Ar nas Condições Padrão: A tomada de temperatura é menos
critica, desde que há pouca variação da
Compressibilidade (Z) 0,999 582 4 temperatura ao longo do medidor de
Densidade 1,225 42 kg/m3 vazão. As tomadas de temperatura estão
Peso molecular 28,962 4 tipicamente localizadas a cerca de 10
diâmetros depois do medidor, para não
causar turbulência na entrada do medidor.
Deve-se destacar que os sensores de
vazão e de temperatura são tem
necessidades opostas, quanto ao local de
montagem: os sensores de vazão
requerem local tranqüilo, sem distúrbios;
os de temperatura devem ser usados em
local com turbulência, para homogeneizar
a temperatura.
2.3.8
Na implementação da compensação da unidades de engenharia. Este fator de
pressão e temperatura na medição de multiplicação do totalizador depende da
vazão, é interessante investigar se já vazão máxima e da velocidade de
existem medições da pressão e da contagem desejada pelo operador.
temperatura do processo, a jusante ou a O contador só pode ter mostrador
montante do medidor de vazão, pois se digital. Em alguns contadores, os dígitos
elas já existirem em locais corretos, estas podem ser mostrados analogicamente,
medições podem ser usadas para a como os indicadores de consumo de
compensação, sem necessidade de energia elétrica caseiros.
instrumentos adicionais. O totalizador pode receber sinais analógicos ou
digitais. Quando o sinal de entrada é analógico, o
totalizador o converte, internamente, em pulsos e os
conta na saída. Quando o sinal de entrada já é em
multiplicador
- divisor
extrator raiz
quadrada
pulsos, o totalizador os escalona e os conta. Quando
controlador
os pulsos já são escalonados, o totalizador os conta
x/÷ √ de vazão diretamente. Pulso escalonado é aquele que já
possui uma relação definida com a unidade de
PT FY FY FIC engenharia de vazão, volume ou massa.
Há uma certa confusão entre o
si sin integrador e o contador. O integrador pode
nal al receber sinais analógicos e os integra. Na
FT operação de integração, o sinal analógico
é convertido para pulsos que são
TT finalmente contados. Todo integrador de
vazão possui um contador; ou seja, o
contador é o display do integrador. O
contador é também chamado de
FCV acumulador.
FE Os contadores podem ser
eletromecânicos ou eletrônicos. Os
contadores eletromecânicos custam mais
Fig. .3.3. Malha de compensação e linearização de
caro e requerem maior energia de
medição de gás com placa de orifício
alimentação, porem, quando há falta da
tensão de alimentação, o ultimo valor
totalizado permanece indicado. Os
contadores puramente eletrônicos são
6. Totalização da Vazão mais econômicos, requerem menor nível
de tensão de alimentação e consomem
O totalizador de vazão é um
muito menos energia. Porem, na falta da
instrumento completo que detecta, totaliza
tensão de alimentação eles perdem a
e indica, através de um contador digital, a
indicação. Para solucionar este problema,
quantidade total do produto, que passa por
são utilizados contadores eletrônicos
um ponto, durante um determinado
alimentados com bateria com vida útil de 5
intervalo de tempo.
a 10 anos. Deste modo, quando há perda
O totalizador de vazão é também
da alimentação principal, o contador não
chamado de integrador, de FQ, de
zera o valor totalizado.
quantificador e, erradamente, de contador.
O contador é apenas o display ou o
readout do totalizador.
Os totalizadores são calibrados para
fornecer a leitura direta, em unidades de
volume ou de massa do produto. Ele pode
possuir uma constante de multiplicação,
que é o numero que deve multiplicar pela
indicação para se ter o valor totalizado em
2.3.9
7. Serviços associados
O computador analógico é
especificado, escalonado, montado e
mantido para desempenhar a função
desejada.
A especificação do computador
analógico é simples e envolve:
1. a escolha da função a ser
executada,
2. a determinação dos sinais de
(a) Pneumático entrada e de saída,
3. o fornecimento da alimentação
compatível com os sinais
manipulados,
4. a identificação na malha..
O escalonamento (scaling) do
computador analógico é a adequação do
instrumento à função matemática
requerida. Escalonar o somador universal
é ajustar os ganhos e polarizações dos
(b) Eletrônico
sinais de entrada para ele fazer a soma
Fig. 3..4. Totalizador de vazão especifica do processo. O escalonamento
depende da função matemática, dos
dados do processo, dos sinais
FI manipulados e dos circuitos internos do
instrumento. A partir da equação genérica
do processo, desenvolve-se a equação
normalizada e chega-se a equação da
FT FQ 0 1 3 5 0 tensão. A partir da equação da tensão se
constrói a tabela de ajuste, atribuindo
valores notáveis para as entradas e
determinando teoricamente os valores da
saída. Fisicamente, ajustando-se os
ganhos e as polarizações do computador,
obtém-se as saídas teóricas.
Os limitadores de sinais e de alarme
FE possuem ajustes que possibilitam a
determinação do valor de acionamento.
Fig. 3..5. Indicação e totalização de vazão A montagem dos computadores deve
ser feita de conformidade com a literatura
do fabricante e com os diagramas de
Há contador com predeterminador: há um ligação do projeto. As ligações da entrada
contador normal e um contador onde se podem determinar a função
estabelece o valor determinado. Quando o desempenhada pelo computador.
contador atinge o valor pré-ajustado, ele Realimentações, curto circuitos e ligações
para de contar e o processo é adequadas do mesmo instrumento podem
interrompido. determinar funções totalmente diferentes
do multiplicador/divisor.
!"
"
2.3.10
Indicador
2.4
Indicador
como PG (pressure gauge). O elemento
1. Conceito sensor do indicador de pressão pode ser o
tubo Bourdon, o helicoidal, o fole, a espiral,
O indicador é o instrumento que sente o strain gauge . As escalas possuem
a variável do processo e apresenta o seu unidades de kgf/cm2, Pa (pascal) ou psig.
valor instantâneo. É freqüentemente O indicador de temperatura é também
chamado de medidor, receptor, repetidor, chamado de termômetro. Na prática, se
gauge, mas estes termos são chama de termômetro apenas o indicador
desaconselháveis por serem ambíguos e local de temperatura. Em algumas
imprecisos. Indicador específico de convenções se simboliza o indicador local
pressão é chamado de manômetro; de de temperatura como TG (temperature
temperatura é chamado de termômetro e o gauge). O elemento sensor do indicador de
de vazão, rotâmetro. Estes nomes também temperatura pode ser o bimetal, o
não são recomendados, embora sejam enchimento termal, a resistência elétrica e
muito usados. O recomendado é chamar o termopar. As escalas possuem unidades
respectivamente de indicador de pressão, de oC e K.
de temperatura e de vazão. O indicador de vazão é também
O indicador sente a variável a ser chamado de rotâmetro. Na prática, se
medida através do elemento primário e chama de rotâmetro apenas o indicador de
mostra o seu valor através do conjunto vazão de área variável. O símbolo FG
escala + ponteiro ou de dígitos. significa visor de vazão (flow glass) e é
O tag de um indicador da variável X é usado em sistemas onde se quer verificar
XI; de um indicador selecionável XJI. a presença da vazão e não
O indicador pode ser estudado necessariamente o seu valor, como na
considerando os seguintes parâmetros medição de nível com borbulhamento de
1. a variável medida gás inerte. O elemento sensor de vazão
2. o local de montagem mais usado é a placa de orifício; quando a
3. o formato exterior escala do indicador é raiz quadrática, pois
4. natureza do sinal a pressão diferencial gerada pela placa é
5. o tipo de indicação proporcional ao quadrado da vazão. Os
outros indicadores da vazão estão
2. Variável Medida associados à turbina, ao tubo medidor
magnético e ao medidor com
Dependendo da variável a ser indicada, deslocamento positivo . As escalas
há diferenças básicas no elemento sensor, possuem unidades de volume/tempo ou
nas unidades da escala e pode haver massa/tempo. Adicionalmente, a vazão
nomes específicos para o indicador. pode ser totalizada e o valor final é
O indicador de pressão é também indicado através de dígitos do contador.
chamado de manômetro. Na prática, se Não existe contador analógico para a
chama de manômetro apenas o indicador totalização da vazão.
local de pressão. Em algumas convenções
se simboliza o indicador local de pressão
2.4.1
Indicador
2.4.2
Indicador
2.4.3
Indicador
2.4.4
Indicador
2.4.5
2.5
Registrador
é do formato circular. O registrador circular
1. Introdução geralmente é montado no campo, próximo
ao processo e ligado diretamente ao
O registrador é o instrumento que elementos primário, não necessitando do
sente uma ou muitas variáveis do uso do transmissor. O gráfico possui o
processo e imprime o seu valor no gráfico, diâmetro externo típico de 12" e com
de modo contínuo ou descontinuo, mas rotação de 24 horas ou de 7 dias.
permanente. Ele fornece o comportamento Diariamente ou semanalmente o operador
histórico da variável. O registro é feito deve trocar o gráfico.
através de pena com tintas em gráfico O registrador montado no painel possui
móvel. O gráfico é também chamado de o gráfico em tira. Embora o tamanho físico
carta (influencia do inglês, chart). do registrador de painel (largura de 4")
O tag de um registrador da variável X seja menor que o circular de campo (12"
é XR; de um registrador multivariável UR e de diâmetro) e ocupe um terço do espaço,
de um registrador selecionável XJR. a área útil de registro no gráfico de tira é a
O registrador é diferente do mesma que a do circular (4").
instrumento chamado impressora. A Normalmente o percurso da pena é no
impressora imprime apenas os valores sentido horizontal, mas existe registrador
indicados, quando acionada ou cuja pena tem uma excursão vertical. O
programada. O registrador imprime os gráfico do registrador de painel pode ser
valores de modo automático e contínuo. do tipo rolo (duração de 30 dias) ou
Atualmente, há outros mecanismos sanfonado (duração de 16 dias).
mais eficientes e de maior capacidade Na parte superior do registrador está
para o armazenamento das informações, colocada a escala, que preferivelmente
tais como os disquetes e as fitas deve ser igual a do gráfico. Quando
magnéticas dos computadores digitais. houver mais de um registro, o registrador
O registrador pode ser estudado continua com uma única escala e o gráfico
considerando os seguintes parâmetros: possui várias escalas em gomos
1. a topografia diferentes. A função da escala do
2. acionamento do gráfico registrador é a de dar a ordem de
3. a pena e grandeza do registro e geralmente é de 0
4. o gráfico. a 100, linear, indicando percentagem.
Para fins de leitura e de Calibração, o que
2. Topografia deve ser lido é a posição da pena em
relação ao gráfico.
Por topografia deve-se entender a O registrador pode possuir as unidades
forma e o local de montagem do de controle. Tem-se assim o instrumento
registrador. Em função do formato, os registrador-controlador. Ele possui um
registradores são divididos em circulares e único elemento receptor, que está
em tira. acoplado mecanicamente ao sistema de
O registrador circular possui gráfico
circular e sua caixa não necessariamente
2.5.1
Registrador
4. Penas
O registrador contínuo possui de 1 a 4
penas de registro. Quando o registrador
possui mais de uma pena, os tamanhos e
os modelos destas penas são diferentes,
para que não haja interferência mútua dos
registros. Isto deve ser considerado ao se
especificar as penas de reposição
especificar a posição da pena em questão
externa, intermediária, interna, primeira,
segunda.
Fig. 5. 1. Registrador de vazão e pressão (Foxboro)
O registrador multiponto possui uma
única pena ou dispositivo impressor
associado a um sistema de seleção de
3. Acionamento do Gráfico entradas. Há um sistema de varredura das
entradas, de modo que todas as leituras
A pena do registrador só se move
são lidas e registradas, uma de cada vez,
numa direção e sua posição depende do
consecutivamente e numa ordem bem
valor da variável registrada. para haver um
estabelecida. Para identificar a entrada ou
registro contínuo, o gráfico deve se mover
a variável registrada, usam-se cores de
em relação a pena. O acionamento do
tintas diferentes ou então o próprio
gráfico é conseguido por um motor que
dispositivo impressor possui diferentes
move engrenagens, que por sua vez
marcas de identificação.
movem o gráfico, desenrolando-o ou
desdobrando-o de um lado e enrolando-o
do outro lado.
O motor de acionamento do gráfico
pode ser elétrico, mecânico ou
pneumático.
No painel e em áreas seguras usam-se
motores elétricos com tensão de
alimentação de 24 V ca, 110 V ca ou 220
V ca. Quando o registrador é montado no
campo, em área classificada ou em local
sem energia elétrica, o acionamento do
motor deve ser através de mola mecânica; Fig. 5. 2. Registrador de painel (Foxboro)
a corda deste acionamento pode durar
cerca de uma semana. Alternativamente o
registrador com acionamento elétrico pode Há ainda os registradores de tendência
ser montado em área classificada, porém, ou trend recorder. São registradores que
deve ter a classificação elétrica compatível possuem 4 penas registradoras e recebem
com o grau de perigo do local. na entrada até 20 sinais diferentes e
O gráfico pode ser acionado e movido independentes para serem registrados.
em diferentes velocidades. A velocidade Um sistema adequado de seleção escolhe
mais comum para o registrador retangular 4 entradas particulares e as registra
de painel é de 20 mm/hora, considerada simultaneamente. Este tipo de registrador
lenta. Em partida de unidades, em faz o registro contínuo de multipontos e é
laboratórios, em plantas piloto, em muito útil em partidas de unidades ou
testes, quando se está interessado na
2.5.2
Registrador
2.5.3
Registrador
2.5.4
Registrador
2.5.5
2.6
Computador de Vazão
que pode ser montado em painel da sala
1. Conceito de controle ou diretamente no campo,
onde é alojado em caixa para uso
O computador de vazão é projetado industrial, com classificação mecânica do
para a solução instantânea e contínua das invólucro à prova de tempo e, quando
equações de vazão dos elementos requerido, com classificação elétrica da
geradores de pressão diferencial (placa, caixa à prova de explosão ou à prova de
venturi, bocal) e dos medidores lineares de chama.
vazão (turbina, medidor magnético, vortex). O computador é programado e as
O computador de vazão recebe sinais constantes são entradas através de um
analógicos proporcionais à pressão teclado, colocado na frente ou no lado do
diferencial, temperatura, pressão estática, instrumento.
densidade, viscosidade e pulsos Os computadores de vazão sofreram
proporcionais à vazão e os utiliza para uma grande evolução, desde o seu
computar, totalizar e indicar a vazão lançamento no mercado, no inicio dos anos
volumétrica compensada ou não- 1960. Eles foram originalmente projetados
compensada e a vazão mássica. para manipular as equações da AGA
(American Gás Association) para vazão
mássica de gás e foram construídos em
torno de multiplicadores, divisores e
extratores de raiz quadrada. Atualmente,
os computadores são principalmente
dispositivos digitais que podem ser
classificados em dois tipos
1. programável, que faz quase
qualquer cálculo desejado que está
programado nele e
2. pré-programado ou dedicado, que
manipula apenas uma aplicação
Fig. 6.1. Aplicação típica de computador de vazão selecionada.
2. Programáveis
A vazão instantânea e a sua totalização
são indicadas nos painéis frontais do As unidades programáveis são os
computador de vazão, na forma de computadores de vazão mais avançados
indicadores digitais, contadores do mercado. Eles custam mais, quando
eletromecânicos ou eletrônicos. O comparados com os computadores
computador provê ainda saídas analógicas dedicados. Dependendo da programação,
e contatos de reles para fins de controle e eles calculam a vazão de gases ou líquidos
monitoração da vazão. usando as equações da AGA, API
O computador de vazão é um (American Petroleum Institute e outras
instrumento a base de microprocessador
2.6.1
relações. Eles também fazem cálculos de 4. Aplicações Clássicas
vazão volumétrica. A compensação, de
massa , molar e media, energia, BTU,
eficiência, trabalham com níveis de tanque, 4.1. Vazão de liquido
manipulam vazões em canais abertos,
Quando usado com a placa de orifício, o
executam o algoritmo de controle PID,
computador recebe o sinal analógico de 4
fazem cálculos de transferência de
a 20 mA cc do transmissor de vazão d/p
custódia e muitas outras coisas.
cell, proporcional ao quadrado da vazão
medida, lineariza-o, extraindo a raiz
quadrada e o escalona em unidade de
engenharia.
Como os líquidos com composição
constante são considerados não
compressíveis, não se é necessária a
compensação da pressão e da
temperatura e a vazão é proporcional à
raiz quadrada da pressão diferencial, ∆P.
Q = C ∆P
2.6.2
4.2. Vazão de gás com compensação correta e aplica o fator de escalonamento
certo. Quando a vazão sobe, o
Como os gases são compressíveis, é
chaveamento para o transmissor de 200"
necessário fazer a compensação da
ocorre em 98% da faixa do transmissor de
pressão estática e da temperatura do 30"; quando a vazão desce, o
processo. Nesta aplicação, o computador
chaveamento para o transmissor de 20" se
recebe três sinais analógicos
dá em 96% desta faixa. Esta diferença de
o sinal de 4 a 20 mA cc do transmissor
chaveamento é para evitar a oscilação
de vazão, proporcional ao quadrado da
contínua entre os dois transmissores,
vazão medida,
quando a vazão estiver marginalmente
o sinal de 4 a 20 mA cc do transmissor
próxima do fundo de escala do transmissor
de pressão, proporcional à pressão
de 20".
absoluta estática do processo. Mesmo que
seja usado o valor da pressão absoluta,
normalmente se usa um transmissor de
FQI
pressão manométrica e acrescenta-se 1
kgf/cm2 de polarização.
o sinal de 4 a 20 mA cc do transmissor
de temperatura, proporcional à FY
temperatura absoluta do processo. 2
Opcionalmente, pode-se recebe o sinal de
resistência de um RTD ou a militensão de
um termopar. Também deve ser usado o
valor da temperatura absoluta, em K; basta
somar 273,2 à escala Celsius. FT1-
opcionalmente, pode receber o sinal de 1 FT2- TT
PT
4 a 20 mA cc de um transmissor de 1
densidade, para corrigir a densidade do TW+TE
FE
gás.
O computador executa a seguinte
equação: Fig. 6.4. Sistema com uma placa e dois
transmissores de vazão
∆p × p
Q=C 4.5. Vazão de massa de gás
T×G
Qualquer gás pode ser medido em
Se a densidade relativa do gás é termos de sua massa ou peso, usando-se
aproximadamente constante com o tempo, a entrada de um medidor de densidade do
um fator médio 1/G pode entrar como parte gás, corrigindo-se a compressibilidade e a
da constante C composição do gás.
2.6.3
5. Seleção do Computador Interfaces de comunicação definir os
tipos de interfaces para Controlador Lógico
Quando selecionando um computador Programável, para Sistemas Digitais de
de vazão, deve-se primeiro decidir o que o Controle Distribuído, para impressoras .
computador vai fazer, se é necessário um Aplicações definir as equações
instrumento de precisão ou um sistema de matemáticas a serem executadas como da
controle, lembrando-se que o controle AGA-3, AGA-5, AGA-7, ANSI/API 2530,
preciso começa com uma medição precisa ANSI/API 2540, NX-19, ISO 5167, NIST
e de alta resolução. A resolução do 1045 e equações de vapor ASME 9.2.
computador de vazão é dada pelo número Software entrada da configuração
de bits de seu conversor A/D, por exemplo simples de somente alguns parâmetros. As
um computador com conversor de 18 bits modificações podem ser feitas pelo usuário
possui resolução de 0,01%. Porém, ou apenas pelo fabricante.
quando se considera a precisão, deve-se Serviço no campo partida do sistema,
tomar o elo mais fraco do sistema, o reparo no campo e disponibilidade de
elemento sensor de vazão. A precisão do peças de reposição.
sistema nunca ficará melhor que a do
sensor do sistema, mesmo com conversor 6. Planímetro
A/D de 18 bits.
Também deve se considerar a Muitas indústrias armazenam os
necessidade da compensação de pressão, gráficos com os registros permanentes dos
temperatura, densidade e/ou viscosidade e valores instantâneos da vazão para a
quais os sensores e transmissores usados observação visual das vazões instantâneas
para as medições destas variáveis. e das suas tendências, para fins de
As questões que devem ser cobrança e para levantamento de
consideradas acerca do computador de balanços. A totalização da vazão pode ser
vazão são obtida ou por cálculos manuais ou através
Desempenho da medição resolução, do planímetro.
capacidade de linearização, indicação da
vazão instantânea, totalização, alarme, 6.1. Histórico
intertravamento, pré-determinação.
O planímetro é um instrumento de
Condições ambientais e local de
precisão usado para a avaliação rápida e
montagem sala de controle, que é um
exata de áreas planas de qualquer formato
ambiente excelente ou no campo, que
ou contorno. Na medição de vazão, o
requer caixa à prova de tempo e se for
planímetro é usado especialmente para
área classificada, requer uma classificação
totalizar a vazão, a partir de registros da
elétrica especial.
vazão instantânea, da pressão estática e
Quantidade de malhas manipuladas
da temperatura em gráficos circulares ou
possibilidade de se usar um computador
de tira. A integração pode ser feita por um
de vazão com canal dual.
planímetro de mesa operado
Tipos de sinais de entrada e saída
manualmente, automaticamente ou por um
analógicos eletrônicos de 4 a 20 mA cc e
sistema incluindo um computador pessoal.
pneumáticos de 3 a 15 psig, sinal de
O primeiro planímetro foi desenvolvido
resistência elétrica (RTD) e militensão de
pelo matemático suíço James Laffon, em
termopar, militensão de tubo magnético de
1854. Ele chamou-o de "Integrador
vazão, ou sinal de freqüência (turbina,
Scheiben". Trabalhando de modo
vortex, deslocamento positivo, ultra-
independente, o professor austríaco A.
sônico). Possibilidade de saída analógica
Miller Hauenfels inventou o planímetro
para uso em outro equipamento.
polar, em 1855.
Comunicações definir a metodologia de
Os fabricantes mais conhecidos são:
contatos de entrada/saída, sinais
LASICO (Los Angeles Scientific Instrument
analógicos, sinais de pulso, portas de
Co.), Flow Measurement (Tulsa, OK), UGC
comunicação, por exemplo serial RS 232
Industries e Ott.
C, RS 422 .
2.6.4
Há três métodos básicos para medir as pedaço do mesmo material de tamanho
áreas planas de registros de vazões conhecido.
instantâneas: Este método é lento, destrutivo e
1. cálculo matemático, impreciso. Pequenas variações na
2. método do corte e peso e umidade do ar ambiente pode alterar
3. método do planímetro. significativamente o peso do material,
provocando grandes erros. Uma balança
de precisão é tão cara e difícil de ser
obtida quanto um planímetro.
2.6.5
6.5. Gráficos Circulares Uniformes 6.6. Seleção e Especificação do
Os gráficos uniformes são divididos em Planímetro
segmentos iguais, entre o raio interno e o A seleção e especificação do
externo. Ao longo de um arco sobre o qual planímetro incluem:
a pena registrou, os gráficos podem ser 1. formato e tamanho do gráfico,
marcados em percentagem do fundo de circular de 10", circular de 12", tira de
escala ou em unidades das variáveis 4" tipo rolo, tira de 4" tipo sanfona.
medidas, como oC, psia, m3/h.) 2. relação matemática da saída com
relação a vazão: linear, quadrática.
3. tipo do totalizador/contador,
mecânico ou eletrônico, com ou sem
escalonador.
2.6.6
Controlador
2.7
Controlador
1. Conceito 2.1. Medição
O principal componente da malha de No controlador a realimentação
controle é o controlador, que pode ser negativa, a variável controlada sempre
considerado um amplificador ou um deve ser medida. O controlador pode estar
computador. ligado diretamente ao processo, quando
O controlador automático é o possui um elemento sensor determinado
instrumento que recebe dois sinais a pela variável medida. O controlador de
medição da variável e o ponto de ajuste, painel recebe o sinal padrão proporcional a
compara-os e gera automaticamente um medição do transmissor e deve possuir
sinal de saída para atuar a válvula, de circuitos de entrada que condicionam o
modo a diminuir ou eliminar a diferença sinal de medição. O controlador
entre a medição e o ponto de ajuste. O pneumático possui o fole receptor de 3 a
controlador detecta os erros infinitésimas 15 psig e o controlador eletrônico possui o
entre o valor da variável de processo e o circuito receptor, que pode ser a ponte de
ponto de ajuste e responde, Wheatstone, o galvanômetro, o circuito
instantaneamente, de acordo com os potenciométrico. A medição é indicada na
modos de controle e seus ajustes. O sinal escala principal do controlador.
de saída é a função matemática canônica
do erro entre a medição e o valor ajustado, 2.2. Ponto de Ajuste
que inclui as três ações de controle
Quanto ao ponto de ajuste, há três
proporcional, integral e derivativa. A
combinação dessas três ações e os seus modelos de controladores
ajuste adequados são suficientes para o 1. com o ponto de ajuste manual,
2. com o ponto de ajuste remoto,
controle satisfatório e aceitável da maioria
absoluta das aplicações práticas. 3. com o ponto de ajuste manual ou
remoto.
O controlador com o ponto de ajuste
2. Componentes Básicos manual possui um botão na parte frontal,
Para executar estas tarefas, o facilmente acessível ao operador de
controlador deve possuir os seguintes processo, para que ele possa estabelecer
blocos funcionais manualmente o valor do ponto de
1. a medição, referência. Quando o operador aciona o
2. o ponto de ajuste botão, ele posiciona o ponteiro do ponto de
2. a comparação ajuste na escala e gera um sinal de mesma
3. a geração do sinal de saída natureza que o sinal da medição.
4. a atuação manual opcional
5. a fonte de alimentação
6. as escalas de indicação
2.7.1
Controlador
2.7.2
Controlador
2.7.3
Controlador
2.7.4
Controlador
3. Especificação do
Controlador
As dificuldades de controle do processo
variam muito e por isso são disponíveis
controladores comerciais de vários tipos e
LC
modos de controle.
Existem características padronizadas e
existem aquelas especiais, fornecidas
100% a ão
0
saída somente quando explicitamente solicitado.
15 psi
3
Não especificar todas as necessidades
requeridas implica em se ter um controle
Fig. 7. 5. Ação direta do controlador de processo insatisfatório e até impossível.
Especificar o equipamento com
características extras que não terão
Tanque utilidade é, no mínimo, um desperdício de
Tanque cheio é seguro. Falta de ar, dinheiro.
válvula fecha, tanque fica cheio, que é a Constitui também uma inutilidade a
condição segura. especificação do instrumento com
características especiais, sem entende-las
Atuador da válvula (Falha Fechada) e sem ajusta-lo de modo apropriado.
Ação do atuador: ar para abrir.
Com 20 kPa (3 psi) válvula fechada; 3.1. Controlador Liga-Desliga
com 100 psi (15 psi), válvula aberta. Em
caso de falha, válvula fica fechada. O controlador liga-desliga é instável,
por construção, pois não possui o circuito
Controlador de realimentação negativa para diminuir
Ação direta (inc/inc) seu ganho, que é, infinito. A sua
Quando nível aumenta, controlador construção é a mais simples e o
atua na válvula para abrir mais, fazendo controlador pneumático consiste de
nível diminuir 1. fole de medição
Quando válvula abre mais, saída 2. fole de ponto de ajuste
aumenta. 3. conjunto bico-palheta
Ação direta porque aumento do nível Como não se precisa estabilizar o
produz aumento da saída do controlador. sistema, não se usa o fole de
Esta é a configuração preferida para a realimentação negativa. O controlador liga-
condição de tanque cheio seguro. Outra desliga pode ser obtido a partir do
configuração possível, mas que apresenta controlador proporcional, retirando-se o
o inconveniente de demorar a encher o conjunto fole de realimentação
tanque, quando ele estiver vazio e proporcional e a mola.
necessitar ir para a posição segura de A saída do controlador pneumático liga-
cheio, é: desliga é igual a 0 psig ou 20 psig, que é o
1. Tanque cheio seguro valor da alimentação.
2. Ação do atuador: ar para fechar O controlador liga-desliga pode sofrer
3. Controlador atuando na válvula pequenas modificações que melhoram o
de entrada do tanque desempenho do circuito convencional.
4. Ação do controlador: inversa.
3.2. Controlador de Intervalo
Diferencial
O controlador de intervalo diferencial é
análogo ao liga-desliga, porém, em vez de
ter um único ponto de referência, possui
dois pontos de atuação um para ligar o
2.7.5
Controlador
2.7.6
Controlador
2.7.7
Controlador
2.7.8
Controlador
2.7.9
Controlador
2.7.10
Controlador
2.7.11
Controlador
2.7.12
Controlador
2.7.13
Controlador
2.7.14
Controlador
aquecimento, a manutenção da
temperatura em um patamar durante um
determinado tempo e o abaixamento em
vários degraus.
Outras propriedades
Os controladores single loop possuem
ainda capacidade de auto/manual, ponto
de ajuste múltiplo, autodiagnose e
memória. São construídos de
conformidade com normas para ser
facilmente incorporado e acionado por Fig. 7. 12. Controladores single loop (Foxboro)
sistemas SDCD.
As aplicações típicas do single loop são
em plantas pequenas e médias que não Suas especificações funcionais são:
podem ou não querem operar, em futuro 1. sinais de entrada proporcionais,
próximo, em ambiente com controle digital qualquer combinação não excedendo
distribuído. Mesmo em sistemas de SDCD, 4 analógicas (4 a 20 mA, 1 a 5 V,
há malhas críticas que, por motivo de voltagem de termopar ou resistência
segurança, são controladas por de RTD) e 2 entradas de freqüência.
controladores single loop. Todos os sinais de entrada são
convertidos e podem ser
4.3. Controladores comerciais caracterizados em uma variedade de
cálculos.
Controlador Foxboro 2. cada controlador possui duas
funções de controle independentes
O controlador single station Foxboro inclui:
que podem ser configuradas como
1. display analógico fluorescente para
um único controladores, dois
mostrar através de barra de gráfico o
controladores em cascata ou em
valor da variável, do ponto de ajuste
seleção automática. Os algoritmos
e da saída do controlador
padrão para cada controlador são P,
2. display digital para indicar através de
dígitos os valores e unidades de I, PD, PI, PID e controle EXACT
3. duas saídas analógicas não isolados
engenharia
3. display alfanumérico para indicar tag
e duas saídas discretas
4. outras funções de controle como
da malha selecionada
4. painel da estação de trabalho, para
caracterização, linearizadores, portas
indicar status de operação lógicas, condicionadores de sinal
5. alarmes
(computador ou local), status do
6. computações matemáticas
ponto de ajuste (remoto, local ou
7. alimentação do transmissor de
relação), status da saída (automático
ou manual) e status de alarme campo
8. memória para armazenar todos os
(ligado ou desligado)
5. teclado com 8 teclas para
parâmetros de configuração e
configuração e operação para operação
9. filtros de entrada (Butterworth)
selecionar, configurar e sintonizar o
10. distribuição de sinais (até 30
controlador
sinais para roteamento interno)
2.7.15
Controlador
2.7.16
Controlador
2.7.17
Controlador
2.7.18
Controlador
2.7.19
Controlador
2.7.20
Válvula de Controle
2.8
Válvula de Controle
2.8.1
Válvula de Controle
2.8.2
Válvula de Controle
2.8.3
Válvula de Controle
5. Castelo
O castelo (bonnet) liga o corpo da
válvula ao atuador. A haste da válvula se
movimenta através do engaxetamento do
castelo. Há três tipos básicos de castelo:
aparafusado, união e flangeado.
O engaxetamento no castelo para
alojar e guiar a haste com o plug, deve ser Fig. 8. 6. Atuador pneumático da válvula
de tal modo que não haja vazamento do A atuação manual pode ser local ou
interior da válvula para fora e nem muito remota. A atuação local pode ser feita
atrito que dificulte o funcionamento ou diretamente por volante, engrenagem,
provoque histerese. Para facilitar a corrente mecânica ou alavanca. A atuação
lubrificação do movimento da haste e manual remota pode ser feita pela geração
2.8.4
Válvula de Controle
2.8.5
Válvula de Controle
2.8.6
Válvula de Controle
2.8.7
Válvula de Controle
2.8.8
Válvula de Controle
2.8.9
Válvula de Controle
2.8.10
Válvula de Controle
2.8.11
Válvula de Controle
2.8.12
Válvula de Controle
9.2. Desempenho
O bom desempenho da válvula de
controle significa que a válvula
1. é estável em toda a faixa de
operação do processo,
2. não opera próxima de seu
fechamento ou de sua abertura total,
3. é suficientemente rápida para corrigir
os distúrbios e as variações de carga
do processo,
Fig. 8. 12. Característica e
4. não requer a modificação da sintonia
rangeabilidade
do controlador depois de cada
variação de carga do processo.
Para se conseguir este bom
A rangeabilidade da válvula está
desempenho da válvula, deve-se
associada diretamente à característica da
considerar os fatores que afetam seu
válvula. A válvula com característica
desempenho, tais como característica,
inerente de abertura rápida está
rangeabilidade inerente e instalada, ganho,
praticamente aberta a 40%, pois ela só
queda de pressão provocada, vazamento
fornece controle estável entre 10 e 40% e
quando fechada, características do fluido e
sua rangeabilidade é de 4:1. A válvula de
resposta do atuador.
abertura rápida tem uma ganho variável,
muito grande em vazão pequena e
9.3. Rangeabilidade
praticamente zero em vazão alta. Ela é
Um fator de mérito muito importante no instável em vazão baixa e inoperante em
estudo da válvula de controle é a sua alta vazão.
rangeabilidade. Por definição, a
2.8.13
Válvula de Controle
2.8.14
Válvula de Controle
2.8.15
Válvula de Controle
ou seja, estar do lado mais "seguro". Uma vena contracta. Assim que o gás atinge a
combinação destes vários "fatores de velocidade do som, na vazão crítica, a
segurança" pode resultar em uma válvula variação na pressão à jusante não afeta a
super dimensionada e incapaz de executar vazão, somente variação na pressão a
o controle desejado. montante afeta a vazão.
Aqui serão apresentadas as equações
de cálculo da Masoneilan e da Fisher 11.4. Queda de Pressão na Válvula
Controls para mostrar as diferenças em
Deve-se entender que a válvula de
suas equações e seus métodos.
controle manipula a vazão absorvendo
A maior diferença ocorre nas equações
uma queda de pressão do sistema. Esta
de dimensionamento de fluidos
queda de pressão é uma perda econômica
compressíveis (gás, vapor ou vapor
para a operação do processo, desde que a
d'água)
pressão é fornecida por uma bomba ou
compressor. Assim, a economia deve ditar
11.2. Válvulas para Líquidos
o dimensionamento da válvula, com
A equação básica para dimensionar pequena perda de pressão. A queda de
uma válvula de controle para serviço em pressão projetada afeta o desempenho da
líquido é a mesma para todos os válvula.
fabricantes. Em um sistema de redução de pressão,
é fácil conhecer precisamente a queda de
∆P pressão através da válvula. Isto também
Q = C v f ( x) ocorre em um sistema de nível de um
ρ
líquido, onde o líquido passando de um
vaso para outro, em uma pressão
onde constante e baixa. Porém, na maioria das
Q = vazão volumétrica aplicações de controle, a queda de
∆P = queda de pressão através da pressão através da válvula deve ser
válvula ou escolhida arbitrariamente.
∆P = P1 - P2 O dimensionamento da válvula de
P1 = pressão a montante (antes da controle é difícil, porque as
válvula) recomendações publicadas são ambíguas,
P2 = pressão a jusante (depois da conflitantes ou não satisfazem os objetivos
válvula) do sistema. Não há regra numérica
ρ = densidade relativa do líquido específica para determinar a queda de
Há outras considerações e correções pressão através da válvula de controle.
devidas à viscosidade, flacheamento e Luyben recomenda que a válvula esteja
cavitação, na escolha da válvula para a 50% de abertura, nas condições normais
serviço em líquido. de operação; Moore recomenda que o Cv
necessário não exceda 90% do Cv
11.3. Válvulas para Gases instalado e que a válvula provoque 33% da
queda de pressão total, na condição
O gás é mais difícil de ser manipulado
nominal de operação. Outros autores
que o líquido, por ser compressível. As
sugerem 5 a 10%. Quanto menor a
diferenças entre os fabricantes são
percentagem, maior é a válvula. Quanto
encontradas nas equações de
maior a válvula, maior é o custo inicial da
dimensionamento para fluidos
instalação mas menor é o custo do
compressíveis. Estas diferenças são
bombeamento.
devidas ao modo que se expressa ou se
Uma boa regra de trabalho considera
considera o fenômeno da vazão crítica.
um terço da queda de pressão do sistema
A vazão crítica é a condição que existe
total (filtros, trocadores de calor, bocais,
quando a vazão não é mais função da raiz
medidores de vazão, restrições de orifício,
quadrada da diferença de pressão através
conexões e a tubulação com atrito) é
da válvula, mas apenas função da pressão
absorvido pela válvula de controle.
à montante. Este fenômeno ocorre quando
o fluido atinge a velocidade do som na
2.8.16
Válvula de Controle
2.8.17
Válvula de Controle
2.8.18
Válvula de Controle
2.8.19
Válvula de Controle
influenciada por estes fatores, Para serviço em alta pressão e/ou alta
principalmente quando se tem corpos e temperatura, deve-se considerar os vários
revestimentos de plástico. tipos de aços, ligas de níquel, ligas de
O controle de vazão em alta pressão titânio e outros materiais de alta
geralmente requer o uso de válvula esfera resistência. Para serviço em vapor d'água,
ou globo, eventualmente válvula gaveta. considerar o aço carbono, bronze e metais
Em aplicações de alta temperatura, similares. Em todos os casos de condições
deve-se cuidar para que a expansão termal severas de uso, deve-se consultar a
não cause deformação nas partes literatura dos fabricantes para determinar a
molhadas da válvula. conveniência de uma determinada válvula.
2.8.20
Válvula de Controle
2.8.21
Válvula de Controle
Desvantagens
As numerosas vantagens da válvula
gaveta não a tornam a válvula universal.
Fig. 8. 15. Válvula gaveta em angulo Ela possui as seguintes limitações e
inconvenientes
1. A abertura entre a gaveta e o corpo
da válvula, durante a subida ou
A válvula gaveta cunha sólida flexível descida, provoca distúrbios na vazão
se tornou mais popular que a sólida plana, do fluido, resultando em vibração
dominando o mercado. Ela possui melhor indesejável e causando desgaste ou
desempenho de selagem, requer menor erosão da gaveta.
torque operacional e apresentar menor 2. A turbulência do fluido pode também
desgaste no material da sede. O único ser causada pelo movimento de
fator negativo é sua construção mecânica subida ou descida da gaveta. A
que não fornece alívio de pressão para o válvula gaveta é vulnerável à
corpo da válvula. Recomenda-se vibração, quando praticamente
especificar um furo de vent no lado a aberta e é sujeita ao desgaste da
montante da cunha, para evitar pressão sede e do disco.
elevada na cavidade do corpo. 3. O ganho da válvula é muito grande,
quando ela está próxima de sua
Vantagens abertura total. Isto significa que a
1. Na posição totalmente aberta, a operação da válvula é instável na
gaveta ou o disco fica fora da área de operação próxima de sua abertura
vazão do fluido, provocando pequena total.
2.8.22
Válvula de Controle
2.8.23
Válvula de Controle
2.8.24
Válvula de Controle
2.8.25
Válvula de Controle
Vantagens
As válvulas globo são, geralmente,
mais rápidas para abrir ou fechar que a Fig. 8. 26. Válvula globo Y
2.8.26
Válvula de Controle
2.8.27
Válvula de Controle
2.8.28
Válvula de Controle
2.8.29
Válvula de Controle
Uma vazão pulsante pode fazer a gravidade ou pela ação de uma mola e
válvula de retenção com portinhola oscilar pela pressão da vazão.
continuamente, danificando a sede, a A válvula de retenção tipo
portinhola ou ambas. Este problema pode levantamento pode ser usada em ambas
ocorrer também quando a força da as posições, horizontal e vertical. Ela
velocidade do fluido não é suficiente para possui alta resistência à vazão e é usada
manter a posição da portinhola estável. principalmente em tubulações de 1 1/2" ou
A válvula de retenção é geralmente menores.
fechada pela pressão da vazão reversa e o Em geral, a válvula de retenção lift
pelo peso do disco. Se o disco pode ser requer queda de pressão relativamente
fechado logo antes do inicio da vazão alta. Elas possuem uma construção interna
reversa, o martelo d'água pode ser evitado. semelhante à da válvula globo. Suas
Porém, a maioria das válvulas de retenção características de operação são mudança
precisa da ajuda da vazão reversa para freqüente do sentido da vazão e prevenção
fechar o disco. A massa e a velocidade do de vazão inversa. Elas são usadas com
fluido da vazão reversa causam grande válvulas globo ou de ângulo.
martelo d'água contra a sede do corpo da
válvula. Podem ser usadas molas para 15.3. Válvulas de Retenção Esfera
proteger contra o martelo d'água, porém a
Esta válvula de retenção é similar à
adição da mola requer mais pressão para
válvula lift, exceto que o disco é substituído
abrir o disco e aumenta a resistência do
por uma esfera, que pode girar livremente.
fluido e a queda de pressão.
Elas são limitadas a serviço de fluidos
Semelhante às válvulas de controle, as
viscosos e são disponíveis apenas em
de retenção são disponíveis em diferentes
pequenos diâmetros.
materiais, como bronze, ferro fundido, aço
carbono, aço inoxidável, aços especiais .
As conexões podem ser rosqueadas,
15.4. Válvulas de Retenção
flangeadas, soldadas e tipo wafer. As Borboleta
modernas válvulas são disponíveis com As válvulas de retenção tipo borboleta
corpo no estilo wafer; elas possuem tem uma geometria similar à válvula de
extremidades planas e sem flanges e são controle, de modo que elas podem ser
instaladas entre flanges da tubulação. usadas em conjunto. As características de
operação da válvula de retenção borboleta
são resistência mínima à vazão, mudança
freqüente de sentido e uso em linhas
equipadas com válvulas de controle
borboleta. Elas podem ser usadas na
posição vertical ou horizontal, com a vazão
vertical subindo ou descendo.
2.8.30
Válvula de Controle
16.3. Sobrepressão
Os sistemas de alívio de pressão
fornecem os meios de proteção de pessoal
e equipamento de operação anormal do
2.8.31
Válvula de Controle
2.8.32
Válvula de Controle
2.8.33
Válvula de Controle
2.8.34
Válvula de Controle
2.8.35
Válvula de Controle
aberta ou fechada e é contra esta força Ambos os plugs são montados em uma
que a solenóide deve mover o plug para a única haste. A pressão da linha do lado da
posição oposta. A operação não depende entrada da válvula é introduzida debaixo
da pressão ou vazão da linha. do plug inferior e acima do plug superior. A
A válvula operada com piloto interno é força para baixo no plug superior é maior
equipada com um pequeno orifício piloto, do que a força para cima do plug inferior.
utilizando a pressão da linha para sua Esta pequena diferença de força, mais a
operação. Quando a solenóide é força exercida por uma mola, mantém os
energizada, ela abre o orifício piloto e alivia plugs inferior e superior em suas sedes.
a pressão do tipo do diafragma ou plug da Quando a solenóide é energizada, os plugs
válvula para a saída da válvula. Isto resulta são levantados, abrindo a válvula. Por
em um desequilibro de pressão através do causa da força que age para cima no plug
plug ou diafragma, que abre o orifício inferior, a solenóide deve apenas superar
principal. Quando a solenóide é estas pequenas diferenças e a força da
desenergizada, o orifício piloto é fechado e mola.
toda a pressão da linha é aplicada ao topo As válvulas solenóides são também
do disco, fornecendo uma força de assento disponíveis em configurações de várias
que fecha totalmente. vias. As válvulas com duas vias são as
convencionais, tendo uma conexão de
entrada e outra de saída. A válvula abre ou
fecha, dependendo da solenóide
energizada ou desenergizada.
As válvulas solenóides de três vias tem
três conexões com a tubulação e dois
orifícios. Um orifício está sempre aberto e
outro sempre fechado. Estas válvulas são
usadas comumente para alternadamente
aplicar pressão para e aliviar pressão de
uma válvula. Elas servem também para
convergir ou divergir a vazão nas
conexões.
As válvulas solenóides com quatro vias
são usadas para operar cilindros de ação
dupla. Estas válvulas possuem quatro
conexões uma pressão, dois cilindros e
uma exaustão. Em uma posição da
válvula, a pressão é aplicada a um cilindro,
a outra é ligada a exaustão. Na outra
Fig. 8. 35. Operação da válvula solenóide posição, a pressão e a exaustão estão
invertidas.
2.8.36
Válvula de Controle
A válvula redutora de pressão serve para diminuir a 18.4. Seleção da Válvula Redutora de
pressão a jusante para um nível determinado dentro Pressão
dos limites impostos pelo tipo de válvula usado.
Basicamente há dois tipos de A determinação da melhor válvula
redutoras: redutora depende da a aplicação. Devem
1. operada diretamente, em que a válvula ser conhecidas as respostas das seguintes
principal é operada pela ação perguntas
combinada de uma mola e da pressão 1. Quais são as pressões máxima e
de saída, que é aplicada ao lado inferior mínima a montante?
do diafragma. É válvula redutora mais A pressão a montante (upstream) é
simples e pode operar apenas em também referida como pressão de entrada
variações limitadas de vazão. A pressão ou suprimento.
reduzida é dependente da pressão de 2. Qual a pressão a jusante a ser
entrada. mantida constante ou qual a faixa
2. operada por piloto, em que a válvula ajustável da pressão reduzida
principal é aberta por meio de um desejada?
pistão, que é atuado pela pressão de A pressão a jusante (downstream) é a
uma válvula piloto. Esta válvula é pressão na saída da válvula, ou pressão
internamente balanceada e controla a de descarga ou pressão reduzida. O seu
pressão reduzida de modo preciso, valor é determinado pelo processo.
mesmo que haja variação na pressão Quando a pressão regulada é fixa, o
de entrada. Ela manipula variações dimensionamento da válvula se baseia na
grandes de vazão. pressão diferencial estabelecida pela
mínima pressão de entrada. Se a pressão
18.2. Precisão da Regulação regulada é ajustável, a válvula é
dimensionada de acordo com a mínima
Há uma relação definida entre a pressão diferencial disponível.
precisão da regulação e a capacidade da 3. Quais as vazões mínima, máxima e
válvula redutora ou reguladora. A válvula media que passam pela válvula
redutora com mola deve ser ajustada redutora?
enquanto passa uma vazão mínima. A Não escolha o tamanho da válvula
pressão reduzida obtida, quando se redutora apenas fazendo-o igual ao
aumenta lentamente a vazão, até chegar à diâmetro da tubulação. Cada fabricante
capacidade especificada, é uma medida da possui sua tabela de capacidade própria.
precisão da regulação. Uma válvula 4. Deve haver vedação total?
redutora ajustada para entregar 600 kPa Uma válvula de vedação fecha
(100 psig) de pressão, na vazão mínima, totalmente, impedindo a vazão do fluido
possui precisão de regulação de 99%, se para a saída. Somente válvulas de sede
ela entrega 598 kPa na capacidade simples podem prover vedação total.
especificada. Nunca usar válvula de sede dupla para
reduzir pressão e simultaneamente vedar.
18.3. Sensibilidade 5. Qual deve ser o tipo de conexão?
A sensibilidade de uma válvula redutora Esta resposta é determinada pela boa
de pressão usa a resposta das variações prática de tubulação e as condições reais
da pressão e a mantém constante a de instalação. Se a válvula é rosqueada, é
despeito das variações de carga. recomendado o uso de uniões em ambas
Sensibilidade é diferente de precisão de as extremidades da válvula.
regulação. Para se obter a maior
sensibilidade, as válvulas redutoras devem
2.8.37
Válvula de Controle
2.8.38
2.9
Balança Industrial
kilograma, simbolizada como kg e que vale
1. Conceito de pesagem 2,204 6 libras. A unidade SI de força é o
newton, simbolizada como N. 1 newton é a
força necessária para acelerar 1 kg em 1
1.1. Introdução m/s2.
Freqüentemente se encontram os
O provérbio, A Pound’s a Pound, the
termos força e peso. Qual é a relação
World Around, enquanto difícil de ser
fundamental entre ambos? Para entender
verdade atualmente, de qualquer modo dá
isso, deve-se considerar a lei de Newton
uma indicação clara da fé da humanidade
da gravitação universal, que estabelece
colocada no processo de pesar.
No sentido atual, pesar um objeto é que todos os objetos materiais atraem
todos os outros objetos materiais. Assim,
medir a força da gravidade sobre a massa
tudo sobre ou próximo à superfície da
do objeto no determinado local em que ele
Terra é atraído em direção ao centro da
está colocado. Assim, se é estabelecido
Terra. Por convenção, esta força de
um padrão de massa e é escolhido um
atração é chamada de peso do objeto.
determinado local, pode-se comparar
Porém, se é reconhecido que a atração
objetos com o padrão escolhido e
da gravidade varia de um lugar para outro
estabelecer uma relação entre eles e
na superfície da Terra, no máximo de
arbitrariamente chamar esta relação de
peso. ±0,55%, pode-se facilmente ver que para
É verdade, então, que para se ter um forçar um peso ser igual, deve-se assumir
sistema consensado de pesagem para fins condições padrão de gravidade. Nos
de comércio e controle de processo, para Brasil, tem sido feito e foi estabelecido
todos os locais através de todo o mundo, é como 9,800 m/s2 (32,15 ft/s2). Todos os
necessário concordar sobre um padrão de padrões de calibração usados no Brasil e
massa e sobre um padrão de aceleração todas as expressões de peso são
devido à força da gravidade. Isto foi feito baseados na prática e condições
através da convenção de vários paises estabelecidas pelo Instituto Nacional de
(Tratado do Metro, 1875). O sistema de Metrologia e Qualidade (INMETRO).
medição de massa é baseado em um Assim, pode-se usar os termos força e
cilindro de liga platina-irídio, com diâmetro peso indistintamente, desde que se aceite
e altura de 39 mm, mantido no Bureau que o valor padrão para a gravidade
Internacional de Pesos e Medidas, em assumido nesta discussão seja igual a
Sèvres, França. Este protótipo físico de 9,800 m/s2.
massa é chamado de Kilograme des
Archives. 1.3. Considerações históricas
Embora a descoberta do princípio da
1.2. Massa, Força e Peso alavanca como meio de pesagem seja
A unidade de massa no Sistema atribuído a Arquimedes (287-212 A.C.), é
Internacional de Unidades (SI) é o fato que a balança com barra de aço
comum foi usado no Oriente e Índia muitos
2.9.1
Balança Industrial
2.9.2
Balança Industrial
2.9.3
Balança Industrial
strain gauges a fio. Usando folhas em vez gauge é relativamente pequeno e uma
de fio, melhora-se a dissipação de calor, função da tensão de excitação. Um valor
diminuir os efeitos de deslizamento e comum de 2 a 3 mV por volt de excitação.
permite maior liberdade de projeto A tensão de excitação pode ser alternada
adaptando formatos e tamanhos para ou continua e é usualmente na faixa de 5 a
geometrias complexas de transdutores. 20 V, com valor típico de 12 V.
Cristal piezoelétrico
Outro sensor elétrico de pressão,
pouco usado em balanças eletrônicas (por
causa da natureza estática da pesagem), é
o cristal piezoelétrico. O cristal
piezoelétrico tem a característica de gerar
uma tensão quando deformados
elasticamente por pressão ou força
aplicada em torno de algum eixo particular.
Fig. 2.10.11. Strain gauge ou célula de carga A pressão agindo no sensor gera um sinal
elétrico transitório proporcional à força e
portanto à deformação ocorrida no cristal.
Como o cristal pode também ser
3. Variações de Projeto deformado pela aceleração, deve haver um
compensador de aceleração.
O componente mais crítico em qualquer
O cristal piezoelétrico não pode medir
célula de carga é o elemento mola. De
pressão estática por mais de alguns
modo simplificado, a função do elemento
poucos segundos, mas é capaz de medir
mola é o de servir como a reação para a
fenômenos dinâmicos como choque,
carga aplicada e, fazendo isso, para
vibração ou pressões associadas com
focalizar o efeito da carga em um campo
explosão, pulsação ou condições
de tensão mecânica isolado,
dinâmicas em motores, máquinas rotativas
preferivelmente uniforme onde os sensores
e compressores.
possam ser colocados para medir a carga.
Os elementos de mola da célula podem ser
3.2. Desempenho da célula
divididos em três tipos:
1. bending (Bending, Beam) Como resultado do aumento da
2. stress direta (coluna) experiência e um alargamento do
3. cisalhamento. conhecimento empírico, é prático
considerar o uso de células de carga a
3.1. Sensores strain gauge em instalações requerendo
imprecisões de ±0,03% a ±0,25% do fundo
Strain gauge de escala.
Os transdutores modernos a strain Os sistemas de compensação de
gauge geralmente empregam 4 grades de temperatura para desvio de zero e de span
strain gauge eletricamente ligados para são uma parte intrínseca de células de
formar um circuito de medição do tipo carga de alta qualidade. De qualquer
Ponte de Wheatstone. Todas as células de modo, para operações fora dos limites de
carga a strain gauge são compensados temperatura normal, geralmente de –20 a
para os efeitos da temperatura sobre 70 oC, é necessário o uso de fatores de
desvio de zero e de span. Isto é correção.
conseguindo fazendo os fios do strain Pode-se também prover meios de
gauges de ligas de materiais insensíveis à controlar a temperatura em volta das
temperatura e introduzindo resistores células de carga. A célula de carga deve
convenientes de compensação no circuito ser protegida contra cargas angulares e
da ponte. Um circuito típico de strain gauge não axiais. Qualquer força que não seja
é mostrado no diagrama simplificado da perpendicular ou axial tende a fazer
Fig. 7.24i. O sinal de saída de um strain encurvamento da coluna suporte. Na
2.9.4
Balança Industrial
medida em que o strain gauge não pode O custo relativamente alto das células
discriminar entre cargas axiais e de de carga a semicondutor e a grande
curvatura, pode aparecer erro de medição. redução de custo nos circuitos integrados
Quando as células de carga são montadas lineares tem limitado o uso de células de
debaixo de tanques, caixa ou containers carga a semicondutor em sistemas de
que são sujeitos a excessivo pesagem a baixo custo. O custo do
encurvamento, expansão ou contração, amplificador linear necessário para
devem ser tomados cuidados especiais de aumentar os sinais de células de carga
montagem, para isolar a célula de carga de metálicas é menor que o custo das células
forcas externas laterais indesejáveis. de carga a semicondutor.
As células de carga são projetadas
para operar dentro de capacidades
especificadas. Carga excessiva pode Tab. 1. Características de desempenho de
resultar em perda de exatidão ou mesmo Células de Carga a Semicondutor e Metálicas
falha. Em geral, a célula de carga não Característica Semicondutor Metálico
pode ser sujeita a mais que 125% de sua
capacidade nominal. Isto inclui cargas de Saída (em 15 V) 1,0 V 30 mV
impacto ou choque, bem como carga Linearidade 0,25% 0,05%
estática. Histerese 0,02% 0,02%
Efeito da ±0,25%/40 oC ±0,15%/40 oC
temperatura no zero
3.3. Strain gauge a semicondutor Efeito da ±0,5%/40 oC ±0,08%/40 oC
A característica piezorresistiva dos temperatura na saída
materiais semicondutores de Ge e Si foram Índice de preço 1,3 1,0
descobertas na década de 1950, por
cientistas do Laboratório Bell. Foi
descoberto que a resistência terminal 3.4. Linearização da Célula
destes dispositivos é altamente sensível à Células de carga a strain gauge tipo
tensão mecânica ou stress aplicada. De coluna em capacidades acima de 4 500 kg
fato, seus fatores de gauge (variação sofrem de uma não linearidade
unitária da resistência dividida pela tensão característica de cerca de ±0,15% da
unitária) são mais de 50 vezes maiores do capacidade nominal. A não linearidade
que seus fios metálicos ou strain gauge inerente destes sensores resulta das não
folheado. linearidades elétricas da ponte causadas
Enquanto possuem altíssima pelo fato que todas os strain gauges não
sensitividade à tensão mecânica, quando estão sujeitos à igual tensão mecânica.
comparados com strain gauges metálicos, Pode haver também não linearidade
os strain gauges a semicondutor também devida á variação da área transversal da
exibem grande não linearidade, grande coluna com o aumento da carga. A não
sensibilidade aos efeitos de temperatura e linearidade da célula de carga tipo coluna
grande resistência terminal. Mesmo assim, característica é parabólica e tende a ser
os strain gauges a semicondutor são compensada quase perfeitamente pela
usados em equipamentos de medição de utilização de um elemento de
força onde se quer alto nível de sinal de compensação de strain gauge a
saída e baixo custo do sistema. semicondutor. A Fig. 7.24 r mostra um
As configurações com células de carga strain gauge incorporado em série com os
a semicondutor fornecem unidades com terminais de excitação do circuito ponte
saídas nominais da ordem de 1,0, quando das células. Da curva da tensão de saída
a tensão de excitação é de 15 volts. Por versus carga aplicada, uma célula de carga
causa de seu alto nível de saída, as tipo coluna não compensada exibe uma
células a semicondutor são usadas em característica côncava quando comprimida.
sistemas de pesagem simples, onde as O strain gauge de linearização sente a
vezes nem é necessário o uso de tensão mecânica na coluna induzida pela
amplificador entre o sensor e o indicador. carga compressiva aplicada e, devido à
sua característica piezoelétrica, sua
2.9.5
Balança Industrial
2.9.6
Balança Industrial
2.9.7
Balança Industrial
2.9.8
Balança Industrial
2.9.9
Balança Industrial
2.9.10
Balança Industrial
2.9.11
2.10
Especificação de Instrumentos
estreita é um atributo com um parâmetro
1. Informação do Produto mensurável, que é a largura da faixa de
passagem.
Os fabricantes de instrumentos As propriedades do instrumento são
geralmente possuem definições para as descritas com adjetivos e não com
especificações de seus produtos e como números. Os termos são vagos e
elas devem ser apresentadas. Muita coisa promocionais, como
está mudando nos anos 90, principalmente 1. qualidade superior,
por causa das exigências e da certificação 2. alta precisão,
das normas da série ISO 9000. 3. instalação simples.
A informação do produto é um termo 4. Cápsula possui pequeno volume
genérico para qualquer atributo usado para
descrever um produto e suas capacidades. 1.2. Especificação
É o termo mais geral usado para discutir a
propriedade de um produto. A especificação é uma descrição
A informação inclui os dados que são quantitativa das características requeridas
registrados, publicados, organizados, de um equipamento, máquina, instrumento,
relacionados ou interpretados dentro de estrutura, produto ou processo. Enquanto a
um sistema de referência de modo que propriedade diz que o instrumento tem alta
tenham significado. As informações de um precisão, a especificação diz que a
instrumento possui a seguinte hierarquia precisão é de ±0,1% do valor medido,
de termos: incluindo linearidade, repetitividade,
1. propriedades (features) reprodutibilidade e histerese.
2. especificações Em engenharia, as especificações são
3. características uma lista organizada de exigências básicas
para materiais de construção, composições
1.1. Propriedade (feature) de produto, dimensões ou condições de
teste ou um número de normas publicadas
Propriedade é um atributo do produto por organizações (como ASME, API, ISA,
oferecida como uma atração especial. As ISO, ASTM) e muitas companhias
propriedades descrevem ou melhoram a possuem suas próprias especificações. Em
utilidade do produto para o usuário. Uma inglês, é chamada abreviadamente de
propriedade não é necessariamente specs.
mensurável, mas ela pode ter um As especificações descrevem
parâmetro associado mensurável. formalmente o desempenho do produto.
Se uma propriedade com um parâmetro Uma especificação é um valor numérico ou
mensurável é de interesse do usuário, uma uma faixa de valores que limita o
especificação do produto descreve e desempenho de um parâmetro do produto.
quantifica esta propriedade. Por exemplo, A garantia do produto cobre o desempenho
uma interface I/O de um medidor é uma dos parâmetros descritos pelas
propriedade e não é mensurável, mas o especificações. Os produtos satisfazem
filtro de banda de passagem de resolução
2.10.12
Especificação de Instrumentos
2.10.13
Especificação de Instrumentos
2.10.14
Especificação de Instrumentos
controle e 140 kPa para a alimentação. hardware entre si para executar uma
Assim, um transmissor pneumático do determinação função do circuito.
fabricante F1 pode ser ligado à entrada do
controlador do fabricante F2, cuja saída vai Intercambiabilidade
para a válvula do fabricante F3. É a habilidade de substituir
componentes, peças ou equipamentos de
um fabricante por outros sem perder a
função ou a adequação ao uso, sem
necessidade de reconfiguração. Por
exemplo, dois transmissores pneumáticos
de mesma variável de processo, calibrados
na mesma faixa, são intercambiáveis entre
si, mesmo que sejam de fabricantes
diferentes. Um transmissor digital
inteligente da Rosemount, com protocolo
de comunicação HART não é
intercambiável com um transmissor
inteligente que não suporte este protocolo.
Também se entende efeito da
intercambiabilidade como a variação na
função do instrumento que aparece
quando se troca o sensor do instrumento.
Fig. 1.4.1. Instrumento configurável Por exemplo, seja tolerância de um sensor
(MTL) é de ±1 oC em alguma temperatura,
espera-se uma variação de 0 a 2 oC
quando o sensor for substituído por outro
Configurabilidade tendo a mesma tolerância.
A configurabilidade do sistema é a
qualidade de se alterar o arranjo dos seus Interoperabilidade
componentes, pela adição ou retirada de Interoperabilidade é a habilidade de
equipamentos auxiliares. Instrumento substituir componentes, peças ou
configurável é aquele cuja função é equipamentos de um fabricante por outros
determinada pela configuração ou sem perder a função ou a adequação ao
programação, que pode ser física uso, com necessidade de reconfiguração.
(hardware) ou lógica (software). A Por exemplo, dois transmissores
configuração lógica pode também ser inteligentes de fabricantes diferentes, mas
chamada de programação. ambos com protocolo HART são
A configuração física é feita através de interoperáveis, pois podem ser substituídos
mudanças de fiação (hardwire) entre entre si, porém, há necessidade de
instrumentos entre si, entre instrumentos e pequenos ajustes na reconfiguração.
equipamentos de entrada e saída, ou
alteração de posição de jumpers e chaves Seletividade
thumbwheel no circuito do instrumento ou Seletividade é a habilidade de um
em sua parte frontal. A configuração lógica medidor responder somente às alterações
ou por programação é feita através de da variável que ele mede e ser imune às
computadores pessoais ou de terminais outras alterações e influências.
dedicados proprietários portáteis (hand Uma medição pode ser alterada por
held) ou de mesa. Os transmissores modificação ou por influência.
inteligentes podem ser configurados Os erros sistemáticos de influência ou
através de terminais portáteis ou interferência são causados pelos efeitos
microcomputadores e os controladores externos ao instrumento, tais como as
lógicos programáveis através de terminais variações ambientais de temperatura,
de mesa ou microcomputadores. pressão barométrica e umidade. Os erros
Para um sistema de computador, de influência são reversíveis e podem ser
configurar é relacionar os elementos do
2.10.15
Especificação de Instrumentos
2.10.16
Especificação de Instrumentos
2.10.17
Especificação de Instrumentos
2.10.18
Especificação de Instrumentos
Tab. 5.1. Proteção do equipamento contra ingresso de corpos sólidos e líquidos, IEC IP
2.10.19
Especificação de Instrumentos
5.20
Especificação de Instrumentos
5.21
Especificação de Instrumentos
5.22
Especificação de Instrumentos
5.23
Especificação de Instrumentos
5.24
Especificação de Instrumentos
Número de componentes da malha Para evitar este tipo de falha, os dois canais
A confiabilidade é melhorada pela devem ser separados um do outro.
redução de número de elos na corrente de
instrumentos. Quanto menos instrumentos
tiver a malha, mais confiável ela é, pois cada
LSH LT
instrumento individual tem algum risco de 66 66
falha e contribui para o risco da falha da
malha.
LIC
A precisão da malha de instrumentos 66
Tanque
também depende da quantidade de Trip da
instrumentos componentes. Quanto mais bomba
instrumentos tiver a malha, maior é o erro
total resultante, qualquer que seja o
algoritmo de cálculo. O melhor projeto de
malha de instrumentos é aquele que usa o Bomba (a) Menos
mínimo número de instrumentos para
executar a tarefa requerida. Seja o mais
simples possível (em inglês: KISS: Keep it LSH
simple, stupid!) 67
Confiabilidade e redundância LC LT
Deve-se ter redundância quando a falha 67 67
Tanque
da instrumentação na planta resulta em um
risco inaceitável de perigo físico ou perda Trip da
bomba
momentânea. Redundância significa
fornecer um segundo elemento alternativo
para executar uma função, quando o Bomba (b) Mais
primeiro falha. A redundância pode ser
aplicada a qualquer tipo de equipamento:
sensor, controlador, computador, fonte de
alimentação, trocador de calor, sistema Fig. 1.4.7 Evitando transbordamento do tanque
completo, tubulação, cabos de comunicação.
Para uma redundância ser totalmente
efetiva, cada canal deve operar totalmente Outro modo de aumentar a confiabilidade
independente do outro. Isto significa que da planta é pela diversidade. Diversidade é
nenhuma simples má operação, como quando se tem dois canais fazendo a
abertura ou fechamento incorreto de uma mesma coisa, mas de modos diferentes. É
chave e nenhuma simples falha, como a improvável que os diferentes canais sofram
falha de uma fonte de alimentação, possa o mesmo tipo de falha. Por exemplo, a
derrubar os dois canais. Quando dois medição redundante de nível através de
controladores são alimentados por uma deslocador e de dispositivo a pressão
única linha elétrica, eles não são totalmente diferencial: os dois sistemas são construídos
independentes pois a falta de energia diferentemente e tem princípios de
desliga os dois controladores. funcionamento fisicamente diferentes.
A falha de uma fonte de alimentação Um bom princípio de projeto para seguir
comum é um exemplo de falha de modo em todas as plantas é separar a função
comum. A falha de modo comum pode normal de controle da função de segurança.
também ser causada pela queda de um Separar significa ter diferentes sensores e
único objeto em cima de dois controladores transmissores. A Fig.4.7(a) mostra como
redundantes, que desliga os dois canais. devem ser o sistema de controle e
segurança de nível de um tanque. O controle
5.25
Especificação de Instrumentos
5.26
Especificação de Instrumentos
5.27
Especificação de Instrumentos
5.28
Especificação de Instrumentos
5.29
Especificação de Instrumentos
centenas de metros, tipicamente 300 metros. sinal - e pode alterar sua informação. Em
As soluções, imperfeitas, para se aumentar sistema pneumáticos, os ruídos são
as distancia ou diminuir os atrasos na vibrações de estruturas mecânicas,
transmissão pneumática, envolvem o uso de vibrações ou pulsações de fluidos, tais como
tubulações de cobre em vez de plástico, ar comprimido, água, vapor, líquido de
tubulações com maiores diâmetros, uso de 4 processo. Essas turbulências dos fluidos
tubos em vez de 2, uso de posicionadores podem ocorrer quando há restrições nas
na válvula de controle e uso de linhas, provocadas por válvulas de controle,
amplificadores pneumáticos (booster). placas de orifício para medição de vazão,
A característica dinâmica dos reduções de pressão, curvas, cotovelos ou
equipamentos e atualmente a base da conexões de tubulações. Para se eliminar
aplicação de microprocessadores no essas turbulências e ruídos, são usados o
controle de processo. As constantes de amortecimento mecânico, conseguido pelo
tempo dos processos industriais são tão uso de fluidos de enchimentos de
maiores que as constantes de tempo dos diafragmas mais viscosos e os retificadores
equipamentos eletrônicos, que um único de vazão. A colocação de suportes e a
controlador analógico pode controlar melhor ancoragem das tubulações também
simultaneamente todas as malhas da planta, elimina ou diminui os ruídos e perturbações.
desde que haja um conveniente sistema de Finalmente, o dimensionamento correto de
interface processo-controlador. Na prática, válvulas de controle, reduções e placas de
essa interface existe e consiste num sistema orifício evita o aparecimento de cavitações,
de multiplexagem e conversões analógico- 'flacheamento" de gases e vibrações.
digital e digital-analógico. Em sistema eletrônico, os ruídos são
Embora a resposta dinâmica dos captados das linhas de energia, motores e
instrumentos eletrônicos seja rápida que a transformadores, que criam campos
dos pneumáticos, a dinâmica do processo a eletromagnéticos intensos. É o chamado
ser controlado é determinante. Quando as ruído de 60 Hz. Esse ruído é facilmente
constantes de tempo da maioria das malhas evitado pela separação física das linhas de
do processo são grandes (processos lentos), energia das linhas de instrumentação.
é compatível e aceitável o uso de Quando isso não é suficiente, usam-se fios
instrumentos pneumáticos, principalmente, blindados e trançados e bandejas metálicas.
para aplicações de montagem local. E, de qualquer modo, os ruídos
Em processos que envolvem grandes remanescentes são filtrados nas entradas
distancias, o atraso da transmissão pode ser dos instrumentos receptores de sinais.
um fator decisivo e a escolha deve recair na
instrumentação eletrônica.
As curvas de resposta em freqüência são
equivalente para ambos os sistemas, talvez
com pequena vantagem para o pneumático.
Tipicamente, ambos os sistemas respondem
até a freqüência de 10 Hz. A vantagem do
sistema eletrônico é a facilidade de variação
e ajuste dessa freqüência de corte, através
da substituição de capacitores, que já são
componentes naturais dos seus circuitos.
O ruído é um problema presente nos dois
sistemas, pneumáticos e eletrônico. O ruído
é uma interferência, de origem externa ou
interna, que aparece misturado ao sinal de
informação. O ruído é de mesma natureza
física do sinal - por isso que ele interfere no
5.30
Especificação de Instrumentos
5.31
Especificação de Instrumentos
Notas:
1. Embora o LCD (display de cristal líquido) não seja danificado em qualquer temperatura dentro dos Limites de
Armazenagem e Transporte, as atualizações ficam mais lentas e a facilidade de leitura piora em temperaturas
fora das Condições Normais de Operação
2. Com a tampa superior colocada e as entradas dos conduítes seladas.
3. Carga mínima de 200 é necessária para a comunicação apropriada (Ver figura).
4. Parte molhada do diafragma sensor em um plano vertical.
5. Ver exigências de fonte de alimentação e limites de carga
(Cfr. Foxboro, PSS 2A-1A1 C, p. 3)
5.32
Especificação de Instrumentos
4.33
Especificação de Instrumentos
4.34
Especificação de Instrumentos
4.35
Especificação de Instrumentos
4.36
Especificação de Instrumentos
4.37
Especificação de Instrumentos
∆qo
sensitividade =
∆qi
4.38
Especificação de Instrumentos
4.39
Especificação de Instrumentos
4.40
Especificação de Instrumentos
4.41
Especificação de Instrumentos
4.42
Especificação de Instrumentos
4.43
Especificação de Instrumentos
Health Act). Este ato define o local seguro explosivo. Em casos menos aparentes, um
para todos os americanos trabalharem processo pode falhar ou se romper, por
nele. O OSHA afeta todos profissionais causa de um instrumento mal especificado.
envolvidos em projeto. Os engenheiros, Essa ruptura pode desprender alguma
arquitetos e construtores de equipamentos coisa indesejável às pessoas ou aos
e prédios devem incluir em seus planos e equipamentos que estejam próximos, tais
projetos tudo que deva satisfazer as como pressão, vapor, gás tóxico, liquido
normas de segurança e saúde, a fim de corrosivo ou pó explosivo. Isso pode
evitar as penalidades pelo seu não provocar mortes, danos físicos, perda de
cumprimento. As penalidades podem ser materiais e de equipamentos.
as de refazer os projetos, alterar prédios e O instrumento, em virtude de sua
equipamentos já acabados, pagar pesadas natureza funcional, pode ser o elo mais
multas financeiras e até fechar plantas. O frágil em uma linha de processo, com
OSHA compreende sete grandes áreas: relação à capacidade de conter o processo
local do trabalho, maquina e rigoroso e resistir à corrosão.
equipamentos, materiais, empregados, A economia, embora menos visível, é
fontes de energia, processos e regras também fundamental. É quase impossível
administrativas. O OSHA incorpora as colocar em números o quanto custa a
normas existentes elaboradas por outras corrosão do instrumento. Porem, é fácil
organizações privadas ou governamentais, entender que ela custa a todos. A corrosão
como NFPA (National Fire Protection custa ao fabricante, em termos de
Association), ANSI (American National vantagem de competição, ela custa ao
Standards Institute) API (American usuário final em termos de manutenção,
Petroleum Institute), ASME (American paradas forçadas, mau funcionamento do
Society of Mechanical Engineers), ASTM instrumento e pobre eficiência do processo
(American Society for Testing and e finalmente, ela custa ao consumidor por
Materials), NEMA (National Electrical causa do maior custo final do produto.
Manufacturers Association), AEC (Atomic
Energy Commission) e outras. Classificação de Área
De um modo simplificado, o De um modo geral, diz-se que uma
instrumento é construído por um área industrial é perigosa quando nesse
fabricante, especificado por uma firma de local é processado, armazenado,
engenharia e aplicado pelo usuário final. transportado e manuseado material que
Quando se considera essa cadeia de possua vapor, gás ou pó flamável ou
eventos: fabricação, especificação e uso explosivo. Como isso é vago e pouco
do instrumento, há cuidados que devem operacional, classifica-se uma área
ser considerados para garantir a perigosa considerando todos os
integridade e funcionamento do parâmetros relacionados com o grau de
instrumento. Deve ser entendido e aceito perigo, atribuindo-lhe números e letras
que um instrumento, antes de relacionados com Classe, Grupo e Zona
desempenhar sua função desejada, deve (Divisão).
sobreviver. Nenhum amontoado de A Classe da área se relaciona com o
sofisticação na sua fabricação ou estado físico da substância: gás (I), pó (II)
especificação compensa a incapacidade e fibras (III).
do instrumento viver em um ambiente O Grupo é uma subdivisão da Classe.
hostil. Ele é mais especifico e agrupa os produtos
Há duas razões fundamentais para de mesma Classe, levando em
justificar a harmonia de cooperação na consideração as propriedades químicas
fabricação, especificação e uso do relacionadas com a segurança:
instrumento: segurança e economia. temperatura de auto-ignição, nível de
A segurança de um local pode ser energia necessário para a combustão,
comprometida com a simples presença de mínima corrente e tensão elétricas de
um instrumento. É o caso do uso de um ignição, velocidade de queima de chama,
instrumento elétrico de uso geral, em um facilidade de vazamento entre
local onde existe um gás flamável ou
4.44
Especificação de Instrumentos
4.45
Especificação de Instrumentos
4.46
Especificação de Instrumentos
4.47
Especificação de Instrumentos
4.48
Especificação de Instrumentos
4.49
Especificação de Instrumentos
IGNIÇÃO EVITADA
Imersão em óleo
Purga ou pressurização
Enchimento de areia
Controle da composição
Respiração restrita
Fig. 1.4.21. Classes de proteção
4.50
Especificação de Instrumentos
4.51
Especificação de Instrumentos
4.52
Especificação de Instrumentos
4.53
Especificação de Instrumentos
4.54
Especificação de Instrumentos
4.55
Especificação de Instrumentos
4.56
Especificação de Instrumentos
4.57
3
Variáveis
0. Introdução
1. Pressão
2. Temperatura
3. Vazão
4. Nível
5. pH
6. Condutividade
7. Cromatografia
1.58
3.0
Variáveis do Processo
Objetivos de Ensino
1. Conceituar quantidades físicas de quantidade, energia, propriedades, intensivas, extensivas,
variáveis, constantes, contínuas, discretas, mecânicas, elétricas, dependentes e
independentes.
2. Apresentar os conceitos e notação da função e da correlação. Mostrar a função linear.
3. Apresentar os conceitos básicos e as unidades das principais variáveis de processo,
como pressão, temperatura, vazão e nível.
4. Listar e descrever os principais mecanismos de medição, de natureza mecânica e
eletrônica, mostrando as vantagens e desvantagens para fins de seleção.
5. Descrever os cuidados para a instalação, interpretação dos dados coletados e a
necessidade de uso de acessórios.
3.0.1
Variáveis de Processo
3.0.2
Variáveis de Processo
3.0.3
Variáveis de Processo
3.0.4
Variáveis de Processo
3.0.5
Variáveis de Processo
3.0.6
Variáveis de Processo
3.0.7
Variáveis de Processo
3.0.8
3.1
Pressão
newton por metro quadrado é estranha
1. Conceitos Básicos mesmo para técnicos e engenheiros.
Assim que o pascal seja aceito e
entendido, fica fácil lidar com as pressões
1.1. Definição extremas de vácuo a altíssimas pressões.
Pressão é força por unidade de área. A
pressão é uma quantidade derivada da
força (massa vezes comprimento por
tempo ao quadrado) e da área A (m2)
(comprimento ao quadrado).
Dimensionalmente, tem-se
onde
[P] é a dimensão de pressão
[M] é a dimensão de massa
(a) Pressão em tanque
[T] é a dimensão de tempo
[L] é a dimensão de comprimento
A pressão do fluido é transmitida com F (N)
igual intensidade em todas as direções e A (m2)
age perpendicular a qualquer plano.
1.2. Unidades
A unidade SI para pressão é o pascal P (N/m2)
(Pa).
1 pascal é a pressão de uma força de 1
newton exercida numa superfície de 1 (b) Pressão em tubulação
metro quadrado. Fig. 1.1. Conceito de pressão
O pascal é uma unidade muito
pequena. Um pascal equivale à pressão
exercida por uma coluna d'água de altura A grande vantagem do uso do pascal,
de 0,1 mm. Ela equivale a pressão de uma no lugar do psi (lbf/in2), kgf/cm2 e mm de
cédula de dinheiro sobre uma superfície coluna liquida é que o pascal não depende
plana. Na prática, usa-se o kilopascal (kPa) da aceleração da gravidade do local e da
e o megapascal (MPa). densidade do liquido. A gravidade não está
A área que causou (e ainda causa) envolvida na definição de pascal. O pascal
mais confusão na mudança para unidades tem o mesmo valor em qualquer lugar da
SI foi a medição de pressão. A nova Terra, enquanto as unidades como psi,
unidade de pressão, pascal, definida como
3.1.1
Pressão
Pressão absoluta
Zero Absoluto
3.1.2
Pressão
3.1.3
Pressão
3.1.4
Pressão
3.1.5
Pressão
3.1.6
Pressão
3.1.7
Pressão
3.1.8
Pressão
3.1.9
Pressão
3.2. Pressostato
O pressostato é uma chave elétrica
acionada pela pressão, usado para
energizar ou desenergizar circuitos
elétricos, como uma função da relação
entre a pressão de processo e um valor
ajustado pré-determinado.
3.1.10
3.2
Temperatura
expandido ou contraído. Depois, aqueça
1. Conceitos Básicos os materiais em outra temperatura
determinada e repetível e coloque uma
nova marca, como antes. Agora, se iguais
1.1. Definições divisões são feitas entre estes dois pontos,
a leitura da temperatura determinada ao
A temperatura é uma quantidade de
longo da região calibrada deve ser igual,
base do SI, conceitualmente diferente na
mesmo se as divisões reais nos
natureza do comprimento, tempo e massa.
comprimentos dos materiais sejam
Quando dois corpos de mesmo
diferentes.
comprimento são combinados, tem-se o
Um aspecto interessante da medição
comprimento total igual ao dobro do
de temperatura é que a calibração é
original. O mesmo vale para dois
consistente através de diferentes tipos de
intervalos de tempo ou para duas massas.
fenômenos físicos. Assim, uma vez se
Assim, os padrões de massa,
tenha calibrado dois ou mais pontos
comprimento e tempo podem ser
determinados para temperaturas
indefinidamente divididos e multiplicados
específicas, os vários fenômenos físicos
para gerar tamanhos arbitrários. O
de expansão, resistência elétrica, força
comprimento, massa e tempo são
eletromotriz e outras propriedades físicas
grandezas extensivas. A temperatura é
termais, irá dar a mesma leitura da
uma grandeza intensiva. A combinação de
temperatura.
dois corpos à mesma temperatura resulta
A lei zero da termodinâmica estabelece
exatamente na mesma temperatura.
que dois corpos tendo a mesma
A maioria das grandezas mecânicas,
temperatura devem estar em equilíbrio
como massa, comprimento, volume e
termal. Quando há comunicação termal
peso, pode ser medida diretamente. A
entre eles, não há troca de coordenadas
temperatura é uma propriedade da energia
termodinâmicas entre eles. A mesma lei
e a energia não pode ser medida
ainda estabelece que dois corpos em
diretamente. A temperatura pode ser
equilíbrio termal com um terceiro corpo,
medida através dos efeitos da energia
estão em equilíbrio termal entre si. Por
calorífica em um corpo. Infelizmente estes
definição, os três corpos estão à mesma
efeitos são diferentes nos diferentes
temperatura. Assim, pode-se construir um
materiais. Por exemplo, a expansão termal
meio reprodutível de estabelecer uma
dos materiais depende do tipo do material.
faixa de temperaturas, onde temperaturas
Porém, é possível obter a mesma
desconhecidas de outros corpos podem
temperatura de dois materiais diferentes,
ser comparadas com o padrão, colocando-
se eles forem calibrados. Esta calibração
se qualquer tipo de termômetro
consiste em se tomar dois materiais
sucessivamente no padrão e nas
diferentes e aquecê-los a uma
temperaturas desconhecidas e permitindo
determinada temperatura, que possa ser
a ocorrência do equilíbrio em cada caso.
repetida. Coloca-se uma marca em algum
Isto é, o termômetro é calibrado contra um
material de referência que não tenha se
3.2.1
Temperatura
padrão e depois pode ser usado para ler kelvin, porem as escalas estão defasadas
temperaturas desconhecidas. Não se quer de 273,15. A temperatura Celsius (Tc)
dizer que todas estas técnicas de medição está relacionada com a temperatura kelvin
de temperatura sejam lineares mas que (Tk) pela equação:
conhecidas as variações, elas podem ser
consideradas e calibradas. Tc = Tk - 273,15
Escolhendo-se os meios de definir a
escala padrão de temperatura, pode-se A constante numérica na equação
empregar qualquer uma das muitas (273,15) representa o ponto tríplice da
propriedades físicas dos materiais que água 273,16 menos 0,01. O ponto de 0 oC
variam de modo reprodutível com a tem um desvio de 0,01 da escala Kelvin,
temperatura. Por exemplo, o comprimento ou seja, o ponto tríplice da água ocorre a
de uma barra metálica, a resistência 0,01 oC ou a 0,00 K.
elétrica de um fio fino, a militensão gerada Os intervalos de temperatura das duas
por uma junção com dois materiais escalas são iguais, isto é, 1 oC é
distintos, a temperatura de fusão do sólido exatamente igual a 1 K.
e de vaporização do liquido. O símbolo do grau Celsius é oC. A
letra maiúscula do grau Celsius é, às
1.2. Unidades vezes, questionada como uma violação da
lei de estilo para unidades com nomes de
A 9a CGPM (1948) escolheu o ponto
pessoas. A justificativa para usar letra
tríplice da água como ponto fixo de
maiúscula é que a unidade é o grau e
referência, em lugar do ponto de gelo
Celsius (C) é o modificador.
usado anteriormente, atribuindo-lhe a
A temperatura pode ser realizada
temperatura termodinâmica de 273,16 K.
através do uso de células de ponto tríplice
Foi escolhido o grau kelvin
da água, com precisão de 1 parte em 104.
(posteriormente passaria para kelvin)
Medições práticas tem precisão de 2
como unidade base SI de temperatura e
partes em 103. A escala e os pontos fixos
se permitiu o uso do grau Celsius (oC),
são definidos em convenções
escolhido entre as opções de grau
internacionais que ocorrem
centígrado, grau centesimal e grau Celsius
periodicamente.
para expressar intervalos e diferenças de
temperatura e também para indicar
1.3. Escalas
temperaturas em uso prático.
Em 1960, houve pequenas alterações Para definir numericamente uma
na escala Celsius, quando foram escala de temperatura, deve-se escolher
estabelecidos dois novos pontos de uma temperatura de referência e
referência: zero absoluto e ponto tríplice estabelecer uma regra para definir a
da água substituindo os pontos de diferença entre a referência e outras
congelamento e ebulição da água. temperaturas. As medições de massa,
A 13a CGPM (1967) adotou o kelvin no comprimento e tempo não requerem
lugar do grau kelvin e decidiu que o kelvin concordância universal de um ponto de
fosse usado para expressar intervalo e referência em que cada quantidade é
diferença de temperaturas. assumida ter um valor numérico particular.
Atualmente, kelvin é a unidade SI base Cada milímetro em um metro, por
da temperatura termodinâmica e o seu exemplo, é o mesmo que qualquer outro
símbolo é K. O correto é falar milímetro. Escalas de temperatura
simplesmente kelvin e não, grau kelvin. O baseadas em pontos notáveis de
kelvin é a fração de 1/273,16 da propriedades de substâncias dependem
temperatura termodinâmica do ponto da substância escolhida. Ou seja, a
tríplice da água. dilatação termal do cobre é diferente da
Na prática, usa-se o grau Celsius e o dilatação da prata. A dependência da
kelvin é limitado ao uso científico ou a resistência elétrica com a temperatura do
cálculos que envolvam a temperatura cobre é diferente da prata.
absoluta. Um grau Celsius é igual a um
3.2.2
Temperatura
3.2.3
Temperatura
Tab. 3.1 - Pontos Fixos da Escala Prática extremo inferior de 0,5 K, substituindo o
Internacional de Temperatura (1990) instrumento de interpolação a termopar
com uma resistência de platina especial e
atribuir valores com proximidade
Material Estado Temperatura
# termodinâmica para os pontos fixos.
O
C Atualmente o mínimo valor definido na
1 He Vapor -270,15 a EPIT é 13,81 K.
-268,15 A calibração de um dado instrumento
2 e-H2a Ponto triplob -259,346 7 medidor de temperatura é geralmente feita
3 e-H2 Vapor ~-256,16 submetendo-o a algum ponto fixo
4 e-H2 Vapor ~-252,85 estabelecido ou comparando suas leituras
5 Ne Ponto triplo -248,593 9 com outros padrões secundários mais
6 O2 Ponto triplo -218,791 6 precisos, que tenham sido rastreados com
7 Ar Ponto triplo -189,344 2 padrões primários. A calibração com outro
8 Hg Ponto triplo -38,834 4 instrumento padrão é feita através do
9 H20 Ponto triplo 0,01 seguinte procedimento:
10 Ga Fusão 27,764 6 1. colocam-se os sensores dos dois
11 In Fusão 156,598 5 instrumentos em contato íntimo,
12 Sn Fusão 231,928 ambos em um banho de temperatura,
13 Zn Fusão 419,527 2. varia a temperatura do banho na
14 Al Fusão 660,323 faixa desejada,
15 Ag Fusão 961,78 3. permite que haja equilíbrio em cada
16 Au Fusão 1064,18 ponto e
17 Cu Fusão 1084,62 4. determinam-se as correções
Notas: necessárias.
a
- eH2 hidrogênio em concentração de Termômetros com sensores de
equilíbrio das formas ortomolecular e resistência de platina e termopares
paramolecular, geralmente são usados como padrões
b
- Ponto triplo: temperatura em que as fases
secundários.
sólida, líquida e gasosa estão em equilíbrio.
3.2.4
Temperatura
3.2.5
Temperatura
100%
3.2.6
Temperatura
3.2.7
Temperatura
3.2.8
Temperatura
2.6. Termopar
Princípio de funcionamento
Os termopares transformam calor em
eletricidade. As duas extremidades de dois
fios de metais diferentes (e.g., ferro e
constantant), são trançadas juntas para
formar duas junções: uma de medição e
outra de referência. Um voltímetro ligado
em paralelo irá mostrar uma tensão
termelétrica gerada pelo calor. Esta tensão
Fig. 2.6. Transmissor com sensor de enchimento é função da
termal (Foxboro) 1. diferença de temperatura entre a
junção de medição e a junção de
referência, que é o princípio da
O enchimento da classe III é com gás, medição da temperatura.
geralmente o Nitrogênio. Baseia-se 2. tipo do termopar usado. Pesquisas
também na dilatação volumétrica do gás são desenvolvidas para se
de enchimento e portanto requer encontrar pares de metais que
compensação das variações da tenham a capacidade de gerar a
temperatura ambiente. Porém, na prática, máxima militensão quando
basta a compensação parcial da caixa submetidos a temperaturas
raramente se usa a compensação total. diferentes.
Os sistemas de enchimento termal 3. homogeneidade dos metais. As
possuem as seguintes vantagens instalações de termopar requerem
1. é um método simples e de uso calibrações e inspeções periódicas
comprovado, para verificação do estado dos fios
2. não requer nenhuma fonte de termopares. A degradação do
alimentação, a não ser que haja termopar introduz erros na
transmissão, medição.
3. possuem construção robusta e
Circuito de medição
insensível às vibrações e aos
choques mecânicos O circuito de medição completo deve
4. há uma boa seleção de faixas possuir os seguintes componentes básicos
calibradas e larguras de faixas de 1. o termopar, que está em contato
medição estreitas, com o processo. O ponto de junção
5. são mecânicos, portanto seguros dos dois metais distintos é
em qualquer atmosfera perigosa chamado de junta quente ou junta
As desvantagens são de medição.
1. tempo de resposta lento 2. a junta de referência ou junta fria
ou junta de compensação,
3.2.9
Temperatura
3.2.10
Temperatura
3.2.11
Temperatura
3.2.12
Temperatura
Notas:
1. Conforme Norma ISA MC 96.1, Temperature Measurement Thermocouples, 1975.
2. Cromel® e Alumel® são marcas registradas de Hoskins Co.
3. A militensão se refere à junção de referência a 0 oC.
3.2.13
Temperatura
Níquel
O níquel (Ni) é o segundo metal mais
utilizado para a medição de temperatura.
É também encontrado em forma quase
pura, entre 0 oC a 100 oC apresenta um
grande coeficiente termal. Porém, a sua
sensibilidade decresce bruscamente em
temperaturas acima de 300 oC. A sua
curva resistência x temperatura é não
linear.
temperatura e nos circuitos de
compensação de temperatura ambiente Cobre
das juntas de referência do termopar. O cobre (Cu) é outra resistência
Os tipos mais comuns de resistência utilizada, porém em menor freqüência que
metálica são a platina, níquel e cobre. as resistências de Platina e de Níquel.
Quando comparada com o termopar, a
resistência detectora de temperatura de
Fig. 2.13. Curvas de resistência x temperatura . platina apresenta as seguintes vantagens
1. altíssima precisão. Provavelmente
a medição de temperatura através
Materiais da RTD da platina é a mais precisa em todo
Teoricamente, qualquer metal pode ser o campo da instrumentação.
usado como sensor de temperatura, 2. não apresenta polaridade (+) e (-).
porém, na prática industrial, são usados 3. apropriada para medição de
temperatura média enquanto o
3.2.14
Temperatura
3.2.15
Temperatura
Introdução
Os métodos convencionais de medição
de temperatura vistos até agora requerem
que o sensor seja levado ao contato físico
com o corpo cuja temperatura se quer
medir. Também, o sensor de temperatura
geralmente deve assumir a mesma
temperatura que a do corpo sendo
medida. Isto significa que o sensor deve
ser capaz de suportar esta temperatura,
que no caso de corpos muito quentes, é
um problema prático, pois o sensor pode
derreter na alta temperatura de medição.
Para corpos que estão se movendo, é
praticamente impossível usar um sensor
com contato. Mais ainda, quando se quer
determinar as variações de temperatura
sobre a superfície de um objeto, um
sensor fixo de contato não pode varrer
Fig. 2.16. Transmissor descartável de temperatura toda a superfície.
Os termômetros ou pirômetros de
Fig. 2.17. Transmissores com termopar ou radiação são medidores de temperatura
resistência detectora de temperatura
sem contato, muito usados
(Foxboro)
industrialmente. Eles são disponíveis com
vários tipos diferentes de sensores de
radiação e podem ter vários nomes
diferentes: pirômetro de radiação,
termômetro de radiação, pirômetro óptico
ou termômetro infravermelho. Como os
nomes não são padronizados e nem
rigorosos, sempre deve-se analisar o
principio de funcionamento do
equipamento e não confiar somente no
Fig. 2.18. Transmissor pneumático de temperatura
nome.
Definições
Absorbância (A)
Relação da energia radiante absorvida
por um corpo para a absorção
correspondente de um corpo negro, à
mesma temperatura. absorbância é igual à
emitância sobre corpos cuja temperatura
não esteja variando
A=1–R–T
onde
A é absorbância
R é refletância
T é transmitância
3.2.16
Temperatura
3.2.17
Temperatura
espectro total da radiação. Exemplo de corpo, que passa diretamente por ele sem
pirômetro de faixa estreita é o pirômetro ser absorvida. A transmitância é zero para
óptico. o corpo negro e aproximadamente 100%
para um material como o vidro na região
Pirômetro de faixa larga ou total visível do espectro.
Um pirômetro de radiação que mede a
temperatura como função da densidade de T=1–A–R
potência emitida pelo material de interesse
sobre uma larga faixa de comprimentos de onde
onda. T é transmitância
R é refletância
Pirômetro óptico A é absorbância
Também chamado de pirômetro de
brilho, usa uma faixa estreita de radiação Leis da Temperatura do Gás
dentro da faixa visível (0,4 a 0,7 mícrons)
para medir a temperatura pela Lei de Boyle
conformidade de cores ou outras técnicas.
Em uma dada quantidade de gás, o
Refletância ou refletividade (R) produto da pressão e volume permanece
A percentagem da radiação total constante, enquanto a temperatura se
incidindo sobre um corpo que está mantiver constante.
diretamente refletido sem entrada. A Lei de Charles
refletância é zero para um corpo negro e é
aproximadamente 100% (ou 1) para uma Em uma dada quantidade de gás, a
superfície altamente polida. relação da temperatura absoluta para o
volume permanece constante, enquanto a
R=1–A–T pressão se mantiver constante e a relação
onde da temperatura absoluta para a pressão
R é refletância permanece constante enquanto o volume
A é absorbância se mantiver constante.
T é transmitância Lei do Gás Ideal
Termopilha
Mede a radiação termal pela absorção pv p
=R=
para se tornar mais quente que seu T ρT
ambiente vizinho. É um grande número de
termopares arranjados como os pregos de onde
uma roda com a junta quente no centro. p é a pressão
Os termopares são ligados em série e a T é a temperatura absoluta
saída é baseada na diferença entre as v é o volume específico
juntas quente e fria. r é a densidade
R é a constante do gás
Transferência de calor
É a deslocamento da energia de calor Lei de Fourier da condução de calor
por um ou mais dos seguintes métodos:
Condução: por difusão através de dQ dT
material sólido ou através de fluidos = −kA
(líquidos ou gases) parados dt dx
Convecção: pelo movimento de um
fluido entre dois pontos onde
Radiação: por ondas eletromagnéticas Q é a quantidade de calor transferida
através de um corpo
Transmitância (T) t é o tempo
Transmitância é a percentagem da k é a condutividade termal do corpo
energia radiante total incidindo em um A é a área transversal do corpo
3.2.18
Temperatura
[
R t = Ro + Roα t − δ(0,01t − 1)(0,01t ) − β(0,01t − 1)(0,01t )3 ]
onde
Rt é a resistência na temperatura t, oC
R0 é a resistência em 0 oC (ponto de
gelo)
α, δ, β são constantes, onde os valores
típicos para a platina pura, livre de tensão
mecânica e em fio:
α = 0,003 925
δ = 1,49
β = 0,11 (se t é negativa)
β = 0 (se t é positiva)
Esta equação é usada ainda na
relação resistência x temperatura para
termômetros metálicos, principalmente de
platina.
3.2.19
Temperatura
onde
W 1 comprimento de onda na máxima
radiação, em mícrons
Cw é a constante de Wien, igual a 2897
mícrons x kelvin
T é a temperatura absoluta
Fig. 2.19. Radiação de um corpo negro como Baseando-se nas leis de Planck,
função da temperatura Stefan Boltzmann e Wien pode-se
construir termômetros através da medição
da radiação em específicos comprimentos
A Fig. 2.20 mostra a faixa de de onda (óptico e de faixa estreita) ou em
comprimento de onda sobre a qual 90% toda a radiação (total ou faixa larga).
da potência total é encontrada, para varias Variações na emissividade do material do
temperaturas. Note que temperaturas mais processo, radiação de outras fontes,
baixas requerem medições em perdas na radiação devidas à sujeira, pó,
comprimentos de onda maiores. fumaça, umidade ou absorção atmosférica
3.2.20
Temperatura
Objeto
q Leitura
B
Lente Detector A
Abertura cole term
Filtro
opci
R
TE
Fig. 2.21. Esquema do pirômetro de radiação P
Fig. 2.22. Emissão, reflexão e transmissão
Interessa apenas a energia situada
entre 0,3 a 20 mícrons. Isto compreende o
espectro visível (0,35 a 0,75 mícrons) e Mas, freqüentemente, A não está em
próximo ao infravermelho (0,7 a 2 uma temperatura uniforme, nem está
mícrons). A intensidade e distribuição completamente cercado por B. Mais ainda,
desta energia de uma substancia podem B pode estar mais frio que A ou ter uma
ser comparadas com as de um corpo alta refletância que o faz refletir fontes
negro que irradia sua energia em uma externas de energia radiante. Se qualquer
distribuição e intensidade teoricamente uma destas condições prevalecer, a
previsíveis. A área sob a curva representa medição da energia total irradiada por B
a quantidade total de potência irradiada não pode ser convertida exatamente em
em todos os comprimentos de onda. temperatura com a lei de Stefan-
O alvos real, porém, sempre se desvia Boltzmann.
do corpo negro ideal e algum grau. A Para melhor resultado, a emitância
relação da energia irradiada por um corpo deve ser alta e a refletância baixa. A
real para a energia de um corpo negro, transmitância da maioria dos objetos
sob condições similares, é chamado de sólidos (com exceção do vidro) está
emitância (E). Duas outras relações próxima de zero. Se o material do
características de alvos são a refletância processo não é sólido, o detector de
3.2.21
Temperatura
3.2.22
Temperatura
Tab. .3.5. Emissividades totais de vários produtos de fumaça, vapores e CO2 irá absorver
parte da energia radiante e causar uma
leitura a menor. O sistema óptico deve ser
Material Emissividade
mantido limpo, com a janela de visão
Alumínio protegida contra gases corrosivos.
Não oxidado 0,06 É necessária a compensação da
Oxidado 0,19 temperatura ambiente para o pirômetro de
Bronze (oxidado) 0,60 radiação total, feita por um detector a
Cobre calorizado 0,19 a 0,26 termopilha. Fio de níquel, tendo um
Aço calorizado 0,57 coeficiente termal oposto ao dos fios da
Carbono 0,79 termopilha, é geralmente usado.
Ferro fundido
Oxidado 0,78 Pirômetro de faixa estreita
Muito oxidado 0,95
Pirômetro de faixa estreita ou de
Cobre (oxidado) 0,60
passagem de única faixa, opera sobre
Ouro 0,03
uma faixa selecionada e estreita de do
Ferro
espectro de energia, centrada no ponto
Oxidado 0,89
desejado. Para a medição de alta
Enferrujado 0,65
temperatura de metais, a faixa seria muito
Chumbo (oxidado) 0,63
estreita no ponto de 0,65 mícron, o fim do
Monel (oxidado) 0,43
espectro visível (vermelho), onde a
Níquel
emissividade do metal é maior. Neste
Brilhante 0,12
ponto visível, o instrumento poderia ser
Oxidado 0,85
chamado de pirômetro de brilho.
Sílica 0,85
Para medir temperatura de gases,
Aço (oxidado) 0,79
pode-se escolher uma faixa em torno de
Tungstênio 0,07
4,3 mícrons para pegar CO2 .
Temperaturas de superfície de vidro
seriam medidas na faixa de comprimento
de onda de 5 a 7 mícrons.
Pirômetro de radiação total A emissividade sobre uma faixa
Os pirômetros de radiação total (faixa estreita de comprimento de onda varia
larga) tentam medir a máxima energia muito menos do que sobre o espectro
radiante possível que chega de um corpo total, porém o pirômetro de faixa estreita
quente. O mais simples dos três tipos sofre do problema de falta de sensitividade
(total, estreita, relação), ele praticamente por causa do menor nível de energia
não possui seletividade por algum disponível. Como a quantidade de energia
comprimento de onda específico, a não da radiação aumenta quando o
ser o corte inerente do sistema óptico e comprimento de onda se torna menor, as
depende da emitância total da superfície bandas mais estreitas são geralmente
sendo medida. usadas para detectar temperaturas mais
Há vários meios para diminuir o erro de elevadas, acima de 500 oC. Uma faixa
leitura, tais como: estreita é geralmente menor que 0,5 micro
1. fazer um controle rigoroso na de largura.
calibração do instrumento de leitura
2. ajustar o pirômetro através de outro Pirômetro de relação
termômetro de referência,
O pirômetro de relação ou de duas
assumido como correto e confiável
cores mede a energia que ele recebe de
3. conhecer a natureza do alvo e
duas faixas estreitas e divide uma pela
referir se à tabelas de
outra. Quando as duas faixas são
emissividades totais.
escolhidas de modo que há muito pouca
O caminho entre o pirômetro de
variação na emissividade de uma para
radiação total e o objeto cuja temperatura
outra, o fator de emissividade
quer se medir deve estar livre. A presença
praticamente se cancela. Assim, corpos
3.2.23
Temperatura
3.2.24
Temperatura
3.2.25
Temperatura
3.2.26
Temperatura
3.2.27
Temperatura
3.2.28
Temperatura
3.2.29
Temperatura
!
Fig. 2.31. Poço em tubulação
3.2.30
3.3
Vazão
1. Fundamentos Q = Cd 2 2gh
Q= v×A
v é a velocidade do fluido
A é a área da seção da tubulação
A vazão na tubulação é sempre a
mesma, qualquer que seja a obstrução Fig. 3.1. Vazão e pressão em uma restrição
ou o acidente na tubulação. Há também
uma relação matemática importante em 1.2. Unidades
vazão de fluido, que é equação da As unidades no Sistema Internacional
continuidade de Bernouille: são,
3.3.1
Vazão
3.3.2
Vazão
3.3.3
Vazão
3.3.4
Vazão
3.3.5
Vazão
3.3.6
Vazão
3.3.7
Vazão
3.3.8
Vazão
3.3.9
Vazão
3.3.10
Vazão
3.3.11
Vazão
3.3.12
Vazão
3.3.13
Vazão
3.3.14
Vazão
3.3.15
Vazão
3.3.16
Vazão
3.3.17
Vazão
3.3.18
Vazão
9.2. Construção
Embora a teoria basica do
funcionamento da turbina seja
extremamente simples, os detalhes de
Fig. 3.17. Medidor magnético microprocessado projeto e construção são muito
complexos. Devem ser considerados
vários fatores, tais como: angulo das
laminas, números de laminas, mancais
para o suporte do eixo de rotação,
3.3.19
Vazão
3.3.20
Vazão
3.3.21
Vazão
3.3.22
Vazão
3.3.23
Vazão
11.3. Calibração
O medidor Coriolis necessita da
calibração inicial para a determinação da
constante do instrumento e se mantém Fig. 3.24. Medidor Coriolis industrial
para qualquer fluido. A verificação ou a
recalibração é facilmente feita no campo,
pelo usuário. Para uma mola acionada Em um medidor tipo Coriolis, o fluxo
estaticamente, a calibração com um do fluido de entrada é dividido entre dois
único líquido, usando um fluido com tubos curvados, iguais e com diâmetros
única densidade, seria suficiente para menores que a tubulação do processo. A
determinar a constante do medidor para vazão segue as trajetórias curvas e
todas as variações de densidade, desde converge na saída do medidor. Estes
que a rigidez do sistema (constante de tubos estão vibrando em sua frequência
mola) seja corrida para as variações de natural, geralmente por um dispositivo
temperatura. As cargas não são magnético. Se, em vez de ser
aplicadas estaticamente mas são continuamente girado, o conduite vibra, a
aplicadas na frequência de acionamento. amplitude e a direção da velocidade
Uma função de transferência mecânica é angular se alternam. Isto cria uma força
introduzida em adição a função estática. de Coriolis alternada. Se os tubos
curvados são suficientemente elásticos,
11.4. Medidor Industrial as forças de Coriolis induzidas pela
vazão mássica produzem pequenas
Um objeto se movendo em um deformações elásticas nos tubos. Esta
sistema de coordenadas que gira com distorção pode ser medida e a vazão
uma velocidade angular, desenvolve uma mássica inferida dela.
força de Coriolis proporcional a sua Em sua forma mais simples, o
massa, a velocidade linear do objeto e a medidor de vazão Coriolis possui dois
velocidade angular do sistema. Esta força componentes básicos: o sensor e o
é perpendicular junto a velocidade linear transmissor eletrônico. O sensor é um
do objeto como a velocidade angular do conjunto de tubo (um ou dois) instalado
sistema de coordenadas. na tubulação do processo. O tubo
A Terra constitui o sistema rotatório. usualmente em forma de U é vibrado em
Por causa da força de Coriolis, um objeto uma pequena amplitude, na sua
lançado de uma torre alta atingirá a terra frequência natural, por meio de um sinal
um pouco a leste da vertical. Neste caso, da bobina acionadora. A velocidade
a velocidade angular está apontada para angular do tubo vibrante, em combinação
o norte e a velocidade linear está dirigida com a velocidade de massa do fluido
para baixo e a força de Coriolis está na vazante, faz o tubo inclinar. A quantidade
direção leste. Se o movimento do objeto de inclinação é medida através de
fosse impedido de cair em um longo tubo detetores de posição, colocados nas
vertical, esta componente da velocidade duas extremidades do tubo em U. Os
dirigida para leste faria o objeto exercer sinais gerados pelos detetores são
uma força contra a parede do tubo. Se o levados para um circuito eletrônico, que
líquido é bombeado através deste tubo, a condiciona, amplifica, padroniza e
força de Coriolis contra o tubo é transmite uma sinal de saída, típico de 4
3.3.24
Vazão
3.3.25
Vazão
Q
W=
c p (T2 − T1)
3.3.26
Vazão
Q = h A (Tparede - Tfluido)
onde
h é o coeficiente de transferência de
calor do filme, função da vazão laminar
Fig. 3.25. Medidor de vazão termal
ou turbulenta,
A é a área da tubulação, através da
qual passa o calor
Tparede é a temperatura da parede,
Tfluido é a temperatura do fluido.
O sensor da temperatura a jusante é
colocado próximo do aquecedor, de
modo que ele mede Tparede. O sensor
da temperatura a montante é localizado
3.3.27
Vazão
3.3.28
Vazão
montados com ângulo de 180 graus quando o trem está também parado ou
afastado do tubo. O raio faz a média do em movimento.
perfil da velocidade ao longo de sua Na aplicação industrial, quando um
trajetória e não cruza a área do tubo. Isto raio ultra-sônico é projetado em um fluido
torna o medidor dependente do perfil da não-homogêneo, alguma energia
velocidade, que, por este motivo, deve acústica é refletida de volta para o
ser estável. Trechos retos de tubulação elemento sensor. Como o fluido está em
são normalmente recomendados para movimento com relação ao elemento
eliminar a distorção e os redemoinhos. sensor e o som espalhado se move com
As bolhas de ar no fluido, ou os o fluido, o sinal recebido difere do sinal
redemoinhos e os distúrbios gerados por transmitido de um certo desvio de
acidentes antes do medidor podem frequência, referido como o desvio de
espalhar as ondas de ultra-som, frequência Doppler. Este desvio de
causando dificuldades na medição. As frequência é diretamente proporcional a
variações da temperatura do processo vazão.
podem alterar a velocidade do som no Estes medidores não são
fluido, piorando o desempenho do normalmente usados com fluidos limpos,
medidor. Há problemas com medições de porque uma quantidade mínima de
pequenas vazões, pois há muito pequena partículas ou bolhas de gás devem estar
diferença entre os tempos de no fluido. As bolhas de gás podem ser
transmissão a favor e contra a vazão do criadas no fluido para fins de medição. A
fluido. precisões geralmente variam de ± 2 a
±5% da vazão medida. Não há
13.3. Tipo Diferença de Frequência usualmente restrições para a vazão ou
No medidor a diferença de frequência, para os números de Reynolds, exceto
ajustam-se as frequências de dois que a vazão deve ser suficientemente
osciladores, uma em fAB e a outra em rápida para manter os sólidos em
fBA, onde se tem: suspensão.
Relação Matemática
1
fAB = Uma onda ultra-sônica é projetada em
t AB um ângulo através da parede da
tubulação no líquido, por um cristal
1 transmissor em um transdutor colocado
fBA = fora da tubulação. Parte da energia é
tBA
refletida pelas bolhas ou partículas no
líquido e retorna através das paredes
A relação entre a diferença das
para um cristal receptor. Desde que os
frequências e a velocidade da onda é
refletores estejam viajando na velocidade
dada por:
do fluido, a frequência da onda refletida é
girada de acordo com o princípio
∆f × L
V= Doppler. Combinando as leis de Snell e
2 cos θ de Doppler, tem-se a velocidade:
3.3.29
Vazão
3.3.30
Nível
3.4
Nível
A medição do nível pode ser contínua
1. Conceitos Básicos ou discreta. Principalmente, em aplicações
de intertravamento (chaves de nível), deve-
se usar medições discretas, que
1.1. Introdução geralmente são mais simples.
Enfim, a escolha do melhor sistema de
O nível em um tanque, vaso ou silo
medição de nível deve incluir, mas não se
pode ser detectado através de diferentes
limitar a:
técnicas. O objetivo deste trabalho é o de
1. custo de propriedade, que envolve
ajudar o leitor a estreitar e focalizar o
custo inicial, acessórios,
sistema mais adequado para sua
manutenção, calibração, operação
aplicação. A seleção do sensor de nível
e custo do processo parado por
deve considerar as características
causa do mau funcionamento do
desejáveis e irrelevantes, tais como
sistema
movimento (onda) no nível, possibilidade
2. precisão, que envolve linearidade,
de entupimento, influência de deposição e
rangeabilidade, repetitividade,
revestimento do sensor, necessidade de
histerese
purga, confiabilidade, precisão, exigência
3. faixa de medição, incluindo valor
de legislação ou de contrato.
mínimo, máximo e ponto de
Sob o ponto de vista de manutenção
trabalho
alguns sensores que não fazem contato
4. especificações de pressão e
físico com o fluido cujo nível é medido,
temperatura do processo
(como radar, ultra-sônico, laser ou
5. materiais de construção
capacitância) ou aqueles que podem ser
compatíveis com os produtos do
montados externamente (como radiação,
processo
microondas, célula de carga), são mais
vantajosos.
Além da manutenção, devem ser
1.2. Conceito
considerados outros fatores, tais como a O nível pode ser considerado a altura
influência das variações da temperatura , da coluna de líquido ou de sólido no
densidade, composição e umidade do interior de um tanque ou vaso. O nível não
fluido e a possibilidade de compensação. se aplica a gases em tanque de teto fixo,
Pode-se medir nível de líquido e sólido. pois o gás sempre ocupa todo o espaço
Porém, as características do material (pessoal de gasômetro pode ter aplicações
medido é fundamental, pois pode haver de medição de nível de gás – tem vaso de
sólidos em suspensão nos líquidos, teto flutuante). Em aplicações industriais,
espumas, gases entranhados. A pode se ter um vaso com dois líquidos não
granulação dos sólidos também é miscíveis e se quer medir a interface
importante na medição do nível. Materiais desses dois líquidos.
que são difíceis de manipular (corrosivos,
sujos, tóxicos) devem ser medidos através
de sensores sem contato.
3.4.1
Nível
3.4.2
Nível
3.4.3
Nível
3.4.4
Nível
3.4.5
Nível
3.4.6
Nível
3.4.7
Nível
3.4.8
Nível
3.4.9
Nível
3.4.10
Nível
3.4.11
Nível
pode ser usado para medir líquidos a uma balança capacitiva de equilíbrio, que
corrosivos. mede continuamente o peso aparente do
Como limitações tem-se: deslocador, que é o seu peso real
1. Uso restrito para tanque não modificado pela força de empuxo exercida
pressurizado pelo produto sobre o deslocador
2. Aplicação apenas para líquidos parcialmente imerso.
limpos, pois não se pode ter As variações de nível provocam
deposição ou incrustação de material alterações no peso aparente do
no deslocador (alterando seu peso). deslocador, que são detectadas pela
3. Dificuldades e restrições nos selos balança capacitiva de equilíbrio através do
4. Custo elevado, principalmente deslocamento das placas centrais.
quando o deslocador é de material Variando sua capacitância em relação às
especial. placas laterais ativas, através de um
A precisão do sistema de medição de circuito eletrônico com servomotor
nível com deslocador é tipicamente de reversível. Este servo motor está acoplado
±0,5% do fundo de escala. ao eixo sem fim que aciona a coroa
dentada e conseqüentemente, o tambor de
Deslocador móvel medição, de modo a fazer subir ou descer
É possível se medir nível com um o deslocador, até que seja obtida
deslocador móvel, em vez de fixo. Neste novamente a imersão correta.
sistema o deslocador tem o formato de A tensão mecânica do fio que sustenta
bóia e se move como se fosse uma bóia, o deslocador é igual à diferença entre o
acompanhando a superfície livre do peso do deslocador e o empuxo
líquido. Porém, o que faz ele se mover é correspondente ao volume do líquido
um sistema de servomecanismo acoplado deslocado pela parte submersa. Na
a ele. Quando o fio que aciona o balança de equilíbrio, as placas centrais
deslocador se parte, ele vai para o fundo são tensionadas por duas molas para
do vaso, pois ele é muito mais pesado que contrabalançar a tensão do fio e manter o
o líquido. Este sistema de medição de nível deslocador em equilíbrio. O peso do
foi desenvolvida pela Enraf. deslocador, mesmo quando totalmente
O medidor de nível utiliza como imerso mantém o cabo de medição sempre
elemento sensor um pequeno deslocador tensionado.
com densidade maior que a do líquido cujo O eixo do servomotor aciona o
nível é medido. O deslocador é suspenso indicador mecânico de nível integral e o
por um cabo flexível que se enrola em um codificador óptico utilizado para
tambor de medição com ranhuras. Na transmissão remota de nível e
condição de equilíbrio, o deslocador fica temperatura.
parcialmente imerso no líquido permitindo Completam o conjunto, quatro chaves
a sua aplicação em líquidos com de alarme de nível (opcionais) ajustáveis e
turbulência na superfície e com variações atuadas pelo servomotor, através de um
de densidade do produto. sistema de engrenagens.
Um circuito integrador com ajuste de Para a indicação remota do nível e
tempo permite a medição estável do nível, temperatura os medidores são equipados
mesmo com turbulência na superfície do opcionalmente com um transmissor
fluído, já que a ação do integrador integral. São disponíveis dois sistemas de
proporciona um nível de leitura médio e transmissão: um para a transmissão
preciso. Esta característica permite que individual ao indicador digital de nível e de
os medidores de nível possam operar temperatura instalado no pé do tanque via
com precisão em tanques com agitadores RS422 e outro de freqüência por PWM
e com altas vazões de bombeamento. (modulação de largura de pulso) onde
Utiliza-se o princípio de todos os medidores são ligados ao
servomecanismo para eliminar os efeitos receptor central seletivo.
de atrito mecânico que prejudicam a Outra opção dos medidores é o
sensibilidade e a precisão do sistema. O dispositivo de teste da repetitividade, que
eixo do tambor de medição está acoplado permite ao operador elevar o deslocador,
3.4.12
Nível
3.4.13
Nível
3.4.14
Nível
3.4.15
Nível
0 10 20 30 40 50 60 70
IDADE OPERADOR
Caminho da radiação
Fig. 4.17. Exposição à radiação como função do
tempo e segurança
3.4.16
Nível
3.4.17
Fig. 4.20. Transmissão de Cs 137 através de vários materiais
3.5.18
Nível
3.4.19
Medição contínua de nível
D
Há dois métodos para medir nível F
continuamente, através de fontes e
detectores fixos:
1. fonte de fita e detector de fita
2. fonte pontual e detector de fita F
O método usando fonte e detector,
ambos em fita, é mais caro, mais preciso e
mais conveniente para a maioria das
geometrias envolvidas. A fonte em fita
irradia um raio uniforme, longo, estreito na
direção do detector. Quando o nível
aumenta um pouquinho, há um pequeno Fig. 4.23. Detecção de nível com duas fontes
pontuais e um detector fita
aumento correspondente do detector. Esta
resposta incremental é uniforme e linear Vantagens e limitações
sobre toda a amplitude de faixa e por isso
A grande vantagem do sistema é a
o sinal produzido é linear com a variação
possibilidade de se medir nível de sólidos.
do nível, exceto para pequenas não
É um sistema extremamente simples,
linearidades próximas do 0 e do 100%.
porém não é muito usado porque existem
Esta medição é sensível às variações da
preconceitos e mal entendidos, tais como:
densidade do material medido. Material de
1. o custo do sistema é assumido ser
maior densidade causa maior atenuação.
muito alto. Isto não é verdade em si e a
simplicidade do sistema pode
compensar o custo.
Amplificador 2. o perigo de usar material radioativo é
Fonte grandemente exagerado. Quando se faz
fita um projeto correto e se entendem todos
os conceitos envolvidos, o sistema não
é mais perigoso que nenhum outro.
0,6 m Células 3. A principal desvantagem técnica é que a
max
fonte de radiação de reserva está se
desintegrando de modo idêntico a fonte
em uso.
3.5.20
Nível
As emissões são de baixa potência, varia entre 0 e mais do que 200 Hz,
tipicamente menores que 0,015 mW/cm2 quando a distância varia 0 e 60 m.
pois as aplicações industriais requerem Uma vantagem desta técnica é que a
geralmente faixas menores que 30 m, que informação da variável de processo está
é uma distância pequena para a técnica de no domínio da freqüência em vez do
radar. Nesta faixa de energia, não há domínio da amplitude modulada ou da
problema de saúde, segurança, licença ou diferença de tempo, o que permite uma
considerações de contaminação. Os conversão mais precisa. (Esta é a mesma
dispositivos envolvidos são os prosaicos vantagem do rádio FM sobre o rádio AM.)
transistores e diodos para gerar e detectar A maioria das fontes de ruído está no
as microondas. domínio da amplitude, de modo que o
O sensor radar é montado no topo do processamento do sinal FM pode ignorá-
vaso e é dirigido para baixo, perpendicular las e a precisão não é afetada.
à superfície do líquido. Isto faz o sinal ser
refletido da fonte para retornar diretamente
para o sensor. O caminho do sinal é
afetado pelo tamanho da antena. Sinal Sinal
F2 enviado
Freqüência
refletido
∆F
Tempo de
F1 propagação
T1 T2 Tempo
Fig. 4.26. Freqüência de varredura do radar
3.4.21
Nível
3.4.22
Nível
RMS = 0,74
VAL. MAX. = 30,474
S/N = 1,31
Fig. 4.30. Sinal marginal
RMS = 1,63
VAL. MAX. = 912,141 O limite máximo para o revestimento do
S/N = 12,02 sensor também depende da condutividade.
Fig. 4.28. Sinal forte Como o radar opera na banda X, estes
limites estão em torno de 2,5 cm para óleo,
parafina ou alcatrão (não condutores) ou
Quando o sinal se torna muito fraco, em torno de 0,3 cm para película
porém, o nível do sinal começa a se igualar condutiva.
à amplitude do ruído, que existe de modo
pequeno e constante. O radar ainda pega
3.4.23
Nível
3.4.24
Nível
3.4.25
Nível
de sinal para evitar leitura falsa causada Há sensores que operam somente em
por ruído. meio não compressível (líquido) e não
operam em espaço com vapor ou gás.
Chave de nível com amortecimento
A chave de nível com vibração
amortecida opera como chave com lamina
vibratória. Enquanto a chave está
envolvida por ar ou gás, ela vibra em sua
freqüência de ressonância mas é Transmissor Receptor
amortecida quando entra em contato com A
o líquido do processo. Alguns sistemas
incorporam um cristal piezoelétrico na B Transmissor
ponta vibratória. e Receptor
O sensor pode ser colocado no topo do
vaso ou em suas paredes laterais, sempre C Transmissor
internamente. O líquido deve ser limpo e e Receptor
não provocar deposição no sensor.
O sensor pode ser colocado do lado de
fora do tanque, sem contato direto com o
líquido do processo. Quando o fluido atinge Cristal
a altura do sensor, ele é também transmissor
amortecido e a chave é acionada. Esta
configuração serve para qualquer tipo de
Cristal
líquido. transmissor
3.4.26
Nível
3.4.27
Nível
3.4.28
3.5
pH
(cátions) migram para o eletrodo negativo
1. Introdução (catodo) e os íons negativos (ânions)
migram para o eletrodo positivo (anodo). A
A medição de pH tem uma grande
liberdade de migração dos íons é medida
variedade de aplicações industriais, como
como a condutividade da solução.
em refino de açúcar, polpa e papel,
Eletrólitos fortes, como ácidos e bases
alimentos, fertilizantes, processos de
fortes, são completamente dissociadas na
fermentação e tratamento d'água e de
solução. Eletrólitos fracos são dissociados
efluentes. Além das aplicações industriais,
apenas parcialmente.
pH é também um parâmetro importante na
No desenvolvimento da teoria da
vida diária. Os organismos vivos requerem
ionização, Arrhenius estabeleceu que a
um pH particular para sobreviver e crescer.
acidez de uma solução é devida à
Quando o pH do ambiente é alterado, o
concentração dos íons hidrogênio (H+)
crescimento e a sobrevivência podem ficar
produzidos pela ionização do ácido e não
comprometidos. Muitas plantas requerem
depende do ácido total presente. De modo
um solo ácido para melhor desempenho. O
análogo, a alcalinidade de uma solução é
milho, o trigo e os vegetais requerem
devida à concentração do íons hidroxila
condições de solo específicas para
(OH-). Quando em solução, um ácido forte
máxima produção. O pH do sangue
é ionizado para produzir íons de hidrogênio
humano é altamente critico; quando há
(prótons) e ânions. No caso de ácido
variação de uma unidade, a morte é
clorídrico, são produzidos prótons e íons
inevitável.
de cloro:
Embora um sistema de medição de pH
de processo seja relativamente simples, a
HCl = H+ + Cl-
teoria atrás de sua operação é complexa.
Mesmo assim, a medição de pH é uma das
No caso de uma base forte, como o
mais tradicionais da instrumentação e tem
hidróxido de sódio, são produzidos íons de
sido usada industrialmente por muitos
sódio e de hidroxila:
anos. Muitas reações do processo
dependem do pH, que deve ser controlado
NaOH = Na+ + OH-
rigorosamente para operação ótima do
processo. Em outros casos, certos valores
No caso de ácidos e bases fracas,
de pH são deletérios, resultando em
ocorre apenas uma ionização parcial,
corrosão do equipamento do processo.
porém se aplica a mesma regra. Por
exemplo, o ácido acético, fraco:
2. Base Teórica
Os compostos químicos estáveis são CH3COOH ⇔ H+ + CH3COO-
eletricamente neutros, mas quando em
solução aquosa, se dissociam para formar A força de um ácido depende do
íons positivos e negativos. Quando uma número de íons hidrogênio disponíveis;
tensão é aplicada através de eletrodos esta força é a atividade do íon hidrogênio.
imersos na solução, os íons positivos A força de uma base depende do número
3.5.1
pH
de íons hidroxila disponíveis; esta força é desenvolveu o conceito da escala de pH
a atividade do íon hidroxila. durante suas investigações sobre métodos
A água é um condutor elétrico pobre e de medição da concentração do íon
se ioniza somente em pequena extensão hidrogênio. O termo pH é uma medida da
para dar os íons hidrogênio e hidroxila: atividade dos íons de hidrogênio em uma
solução e é definida como o negativo do
H2O ⇔ H+ + OH- logaritmo na base 10 da atividade do íon
hidrogênio:
A constante de ionização (K) da água é
determinada pela razão do produto das pH = - log10[H+]
concentrações do íon para a concentração
da água não dissociada. Esta definição fornece a escala
conhecida de pH:
K=
[H ][OH ]
+ − O pH da água pura é 7. O pH de
[H2 O] soluções acidas é menor que 7 e de
soluções alcalinas é maior que 7.
O valor de K para a água a 25 oC é
1,8 x 10-16 mol/L. Como a água é pH [H+]
dissociada apenas em pequena extensão, 0 1,0
a concentração de água não dissociada 1 0,1
pode ser considerada como constante e 2 0,01
somente o numerador é considerado. 3 10-3
Assim, pode-se escrever: 4 10-4
5 10-5
Kw = [H+][OH-} = 1 x 10-14 mol/L, 6 10-6
a 25 oC 7 10-7
8 10-8
onde K é chamado de produto irônico da água. 9 10-9
Como há duas quantidades iguais de íons 10 10-10
presentes: 11 10-11
12 10-12
[H+] = [OH-} = 1 x 10-7 mol/L, a 25 oC 13 10-13
14 10-14
Mais precisamente, as atividades do
íon devem ser usadas em vez das Tab. 6.1. Valor e escala de pH
concentrações do íon:
A faixa normal de pH é entre 0 e 14,
aH+ = aOH- = 1 x 10-7 mol/L a 25 oC
porém podem existir valores fora desta
faixa. Por exemplo, uma solução 10N de
O produto das atividades dos íons é
um ácido forte (totalmente dissociado) terá
sempre igual a 10-14 mol/L a 25 oC. Se as
um pH de -1. Do mesmo modo, uma
atividades dos íons são iguais, a solução é
solução alcalina forte pode ter pH de +15.
neutra e ambas as atividades são iguais a
Uma solução 1N de um ácido contém 1
10-7 mol/L a 25 oC. Se um ácido é
g - equivalente do ácido por litro de
adicionado, a concentração do íon
solução, o equivalente sendo a quantidade
hidrogênio aumenta e a concentração de
de ácido que contém 1 mol (1 número de
hidroxila diminui. Se uma base é
Avogrado) de átomos de hidrogênio
adicionada, a concentração de hidroxila
ionizável.
aumenta e a concentração do íon
O termo pH é portanto um símbolo
hidrogênio diminui. Em qualquer caso, o
matemático conveniente, universalmente
produto irônico será sempre igual a 10-14
aceito para expressar a acidez ou
mol/L a 25 oC.
alcalinidade de soluções aquosas.
Para evitar a manipulação deste
número desajeitado, Sorensen
3.5.2
pH
3. Soluções Buffer (Tampão) preparação de soluções tampão confiáveis
em ±0,05 pH, que são usadas como
O pH é uma medida dos íons
padrão primário. Padrões de trabalho são
hidrogênio dissociados em uma solução e
assim preparadas e comparadas com os
não do ácido total presente. Um ácido forte
padrões primários do laboratório nacional.
pode ser considerado completamente
Padrões de trabalho possuem
ionizado na solução de modo que
confiabilidade de
quantidades equivalentes de um ácido
forte e de uma base forte reagem em ± 0,01 pH em uma faixa de temperatura de
solução para dar um sal neutro e a solução 0 a 60 oC.
tem um pH de 7.
Porém, se um ácido forte e uma base 4. Métodos de Medição de pH
fraca ou um ácido fraco e uma base forte Os métodos de medição de pH são de
reagem juntos para formar um sal, a dois tipos principais:
solução resultante não é neutra. 1. calorimétricos
Misturando um ácido e o sal de um ácido 2. potenciométrico
fraco ou uma base e o sal de uma base
fraca, a solução resultante manterá o pH Indicadores calorimétricos
aproximadamente constante, mesmo com Os métodos calorimétricos geralmente
a adição de grandes quantidades de ácido são de laboratório e envolvem a imersão
ou base. Esta solução é conhecida como de papel em soluções. A cor do papel
solução buffer ou tampão. depende do pH da solução. Por exemplo, o
Por exemplo, considere uma solução papel litmus fica vermelho quando imerso
aquosa contendo hidróxido de amônia e em uma solução acida e fica azul quando
nitrato de amônia. Os íons de amônia em uma solução alcalina. O papel de pH é
(NH4) são produzidos pelo sal e pela base: um indicador universal que pode assumir
diferentes cores em função do valor
NH4OH ⇔ NH4 + OH- numérico do pH. Há um disco colorido
padrão para fins de comparação.
NH4NO3 ⇔ NH4 + NO3-
Medidores potenciométrico
Isto resulta em um deslocamento no O método potenciométrico é o mais
equilíbrio de hidróxido de amônia para a preciso e usado, principalmente para
esquerda (efeito do íon comum), aplicações de medição em linha com o
removendo os íons hidroxila da solução e processo.
produzindo mais da base reserva O princípio da medição potenciométrica
(hidróxido de amônia). A adição de um de pH pode ser explicado pela lei de
pouco de ácido à solução resulta na Nernst. Nernst achou que ocorre uma
remoção de alguns íons hidroxila pela diferença de potencial entre um metal
combinação com os íons hidrogênio (eletrodo) e uma solução contendo íons do
produzidos pela dissociação do ácido. O mesmo metal, quando o metal é imerso na
equilíbrio da base reserva é deslocado solução. A diferença de potencial causada
para a direita produzindo mais íons pela troca de íons do metal entre o metal e
hidroxila para forma a perda ocasionada o liquido foi determinado por Nernst e
pela adição do ácido. A solução é portanto segue a equação:
resistente a variar a concentração do íon
hidroxila. Quanto mais concentrada for a RT
solução tampão, maior é sua capacidade E = E0 + × ln[Mn ]
para absorver ácido ou base sem variar nF
significativamente o valor do pH.
As soluções tampão fornecem soluções onde
padrão de referência com pH conhecido Eo é o potencial do eletrodo padrão
com exatidão, podendo ser usadas para R é a constante universal do gás
calibração e padronização de equipamento (8,314 J/mol.K)
de medição de pH. Os laboratórios de F é a constante de Faraday
Metrologia fornecem instruções para a (96,493 C/mol)
3.5.3
pH
n é a valência do metal aproximadamente 0,04 unidades de pH.
Mn é a concentração do íon metal Assim a atividade pode ser considerada
T é a temperatura absoluta, K como uma concentração efetiva. Desde
O potencial do eletrodo padrão é a que o sistema de eletrodos e o dispositivo
diferença de potencial entre o metal e uma de medição de pH são todos padronizados
solução com 1 mol de M por litro. com soluções tampão calibradas na escala
O gás hidrogênio se comporta como de atividade, os valores medidos serão
um metal e por isso a lei de Nernst pode valores de atividade. Os valores de pH
também ser aplicada ao eletrodo de medidos deste modo são chamados de
hidrogênio imerso na solução contendo valores operacionais de pH.
íons de hidrogênio. O eletrodo hidrogênio
normal pode ser feito revestindo um Eletrodo de Medição
eletrodo de platina com uma camada de O sistema de medição de pH com o
platina preta, mergulhando-o em uma eletrodo de vidro é atualmente aceito como
solução de atividade do íon hidrogênio o único exato, durável e universal. Ele data
unitária e passando um fluxo de gás de do inicio do século, quando foi descoberto
hidrogênio (99,8% de pureza) em uma que certos tipos de vidro geram uma
pressão atmosférica parcial através da diferença de potencial proporcional ao
solução e sobre o eletrodo. A presença do valor ácido da solução em que o vidro está
negro de platina resulta em um gás imerso. Posteriormente, foi estabelecido
hidrogênio sendo absorvido no eletrodo. que esta diferença de potencial, dentro de
Para o eletrodo de hidrogênio, a equação uma faixa fixa de pH, segue a lei de Nernst
de Nernst pode ser rescrita como: do mesmo modo que o eletrodo de
hidrogênio.
RT O principal componente do vidro de pH
E = E0 + × ln[H+ ] é o bióxido de silício (SiO2) com a adição
nF
de óxido de sódio (Na2O) e óxido de cálcio
(CaO), comumente chamado de vidro
Usando logaritmo decimal no lugar do
soda-lime. A membrana de vidro consiste
natural, inserindo valores numéricos para
de uma matriz de átomos de silício e
as constantes e assumindo uma
oxigênio, onde cada átomo de silício é
temperatura de 25 oC, a equação de
cercado por quatro átomos de oxigênio e
Nernst para o hidrogênio fica:
cada átomo de oxigênio por dois átomos
de silício. Os espaços dentro desta matriz
E = Eo + 0,0591 log[H+]
são tomados por cátions, balanceando as
cargas na membrana. A força da ligação
e usando a expressão de Sorensen para pH:
dos cátions varia com a matriz e o tipo de
E = Eo - 0,0591 pH a 25 oC.
vidro. Em níveis altos de pH e altas
concentrações do íon sódio, os eletrodos
Assim, para qualquer sistema de
construídos de soda-lime exibem o
eletrodo seguindo a equação de Nernst,
chamado erro do íon sódio com evidencia
uma unidade de pH é equivalente a 59,1
de um ataque na fronteira silício - oxigênio
mV a 25 oC.
na superfície do vidro e resultando na
Desde os trabalhos pioneiros de
diminuição na vida útil do eletrodo.
Arrhenius, Sorensen, Nernst e outros, o
Substituindo sódio por lítio e cálcio por
desenvolvimento neste campo tem levado
bário ou estrôncio, resulta em um erro do
ao potencial de um eletrodo sendo
íon sódio menor nos eletrodos de vidro.
expresso em termos de atividade e não de
concentração. O uso da atividade em vez
da concentração resulta em uma mudança
no potencial padrão equivalente em
3.5.4
pH
membrana de vidro e o liquido do processo
(que varia com o pH do liquido do
processo) é necessário usar outro eletrodo
de referência, para completar o circuito.
Eletrodo de Referência
A medição do potencial no liquido do
processo deve ser independente das
variações na composição da solução. Se
são usados eletrodos de platina ou
carbono, eles agem como eletrodos de
medição de redução-oxidação (redox) e
responderão aos agentes de oxidação ou
Medição Referência
redução no liquido do processo e, portanto,
Fig. 5.1. Eletrodos de pH
não irão dar um potencial relativo somente
ao pH. O eletrodo de referência fornece um
potencial relativo somente ao pH.
Uma característica comum de todo os
Nernst verificou que a combinação de
tipos de vidros sensíveis a pH é que a
um metal, um sal insolúvel deste metal e
água é absolvida na superfície, produzindo
uma solução de sal tem um potencial
a seguinte reação:
constante em uma dada temperatura.
Si-0-M + H2) --- SiOH + MOH Usando este sistema como eletrodo de
referência, é possível medir o potencial
onde M representa um metal. Esta reação resulta na dependente do pH do eletrodo de vidro
formação de uma camada de gel na superfície da muito exatamente.
membrana de vidro. A formação e manutenção da Um exemplo é o eletrodo prata/cloreto
camada de gel são essenciais para o funcionamento de prata. O elemento metal é prata
do eletrodo de vidro. Uma condição de equilíbrio é revestida com cloreto de prata e é imersa
estabelecida dentro de um ou dois dias, resultando em uma solução de cloreto de sódio. O
numa camada de gel com espessura de 10 a 40 nm. cloreto de sódio é saturado com cloreto de
O tamanho da espessura depende da composição, prata para evitar a dissolução do
espessura do vidro e temperatura da solução em revestimento de cloreto de prata. A solução
que o eletrodo é imerso. Geralmente, é saturada de cloreto de potássio, muitas
recomendado que todos eletrodos novos de vidro vezes chamada de ponte de sal está em
sejam condicionados, no mínimo, 24 horas antes do contato com o liquido do processo através
uso. de uma junção liquida.
O eletrodo de vidro consiste de uma Desde que a concentração de todos os
membrana com formato de bulbo de vidro componente do elemento metal para a
sensível ao pH soldado à haste de um tubo solução KCl é fixa, o potencial do metal
de vidro de alta resistência e não-sensível para a solução KCl é também fixa. O
ao pH. As variações na resposta do potencial total do eletrodo de referência é
eletrodo devidas à profundidade de assim essencialmente constante em uma
imersão são eliminadas, desde que a dada temperatura e virtualmente
resposta do pH é limitada à pequena área independe das variações de composição
da membrana especial de vidro. As do liquido do processo. O potencial do
superfícies interna e externa da membrana eletrodo prata/cloreto de prata é 0,222 V a
de vidro respondem às variações de pH e 25 oC, com relação ao eletrodo de
por isso o bulbo é cheio com uma solução hidrogênio normal.
buffer de composição conhecida e estável. Outro exemplo é o eletrodo de calomel.
A solução buffer forma um eletrodo de Este é provavelmente o eletrodo de
referência interno, que é usado para referência mais usado na medição de pH,
manter um potencial constante com desde que ele é fácil de construir, estável e
relação à superfície interna da membrana requer muito pouca manutenção. O
de vidro. Para medir a diferença de eletrodo consiste de um elemento de
potencial entre a superfície externa da platina em contato com mercúrio, cloreto
3.5.5
pH
de mercúrio (calomel) e solução de cloreto de temperatura associada com a medição
de potássio de concentração conhecida. de pH tem sido muito mal entendida. A
Usa-se solução de cloreto de potássio medição de pH depende da temperatura
normalmente saturada com 0,2444 V a 25 por dois motivos diferentes:
oC, nestas condições e com relação ao
eletrodo de hidrogênio normal. Para Efeito da temperatura na solução
medição de pH em temperaturas mais O pH da água pura é 7,00 somente a
elevadas, um eletrodo de referência 25 oC. Como um resultado das variações
alternativo é o eletrodo tamal, que consiste na ionização com a temperatura, a água
de amálgama de tálio em contato com pura tem um pH de 7,47 a O oC e 6,63 a
cloreto de tálio e solução de cloreto de 50 oC. Complicações adicionais ocorrem
potássio 3.3. molar. quando materiais iônicos dissolvidos (p.
Para prover continuidade elétrica ao ex., hidrazine e amônia) alteram o
eletrodo de referência deve haver uma equilíbrio de ionização e sua dependência
junção liquida onde a solução do sal e o da temperatura. Note que esta é uma
liquido do processo fiquem em contato. variação verdadeira do pH com a
Para uma operação satisfatória, deve temperatura e não é compensada pelos
haver uma vazão continua e muito instrumentos convencionais de pH. Desde
pequena da solução de sal através da que ela é uma propriedade da amostra em
junção. Este fluxo impede que o liquido do si (composição da amostra), ela pode
processo entre dentro do eletrodo e o variar de uma amostra para outra.
contamine.
Um dos problemas mais difíceis tem Efeito de Nersnt
sido o de projetar uma junção liquida A inclinação da curva da equação de
reprodutível com uma vazão muito Nernst, que descreve a saída de todos os
pequena, de modo que a reposição da eletrodos sensíveis ao íon, é expressa em
solução de sal seja pouco freqüente. Hoje, mV/pH e varia diretamente com a
são disponíveis vários tipos de junções temperatura absoluta, evidenciado pelo
diferentes, como cerâmica, capilar, plug de termo RT/F. Este efeito bem documentado
teflon e plug de madeira. Muitas vezes, o é manipulada por compensação manual ou
eletrólito está em forma de um gel, que flui automática em virtualmente todo
em uma vazão muito pequena no liquido instrumento de processo de pH. As várias
do processo (por exemplo, 0,01 media). Os linhas isotermais (pontos de mV contra pH
eletrodos de referência são também em uma dada temperatura) devem
disponíveis com uma junção dupla. Eles interceptar em algum ponto (S), chamado
são úteis para aplicações muito difíceis, de ponto isotermal. O ponto de intersecção
onde a contaminação constitui problema. depende do pH da solução buffer usada no
Alguns fabricantes também pode eletrodo de vidro, mas usualmente vale
fornecer sistemas combinados de 7,00. É fundamental que as linhas
eletrodos, consistindo do eletrodo de vidro isotermais se encontrem em um único
e eletrodo de referência montados juntos ponto. Somente se isso é conseguido,
em uma unidade. Embora este sistema normalmente requerendo um ponto projeto
seja conveniente e fácil de operar, ele tem e fabricação de eletrodos, é possível fazer
a desvantagem de não possibilitar uma uma compensação exata da temperatura
grande seleção de tipos de vidros dentro do amplificador de pH.
sensíveis a pH.
Compensação de Temperatura
Embora o pH seja um parâmetros
industriais mais medidos, a compensação
3.5.6
pH
#"E4 - diferença de potencial entre o
eletrólito e o conector do eletrodo
no eletrodo de referência.
#"E5 - diferença de potencial entre o
eletrólito no eletrodo de referência e
o liquido do processo, em sua
interface (através da junção liquida).
Et - E3
- +
E4 R3 Eletrólito
+
Eletrólito R4 - E2
Fig. 5.2. Compensação de temperatura (efeito - E5
+
+ R2 Membrana
Nernst)
Diafragma R5 + E1
R -
O efeito da temperatura da solução é uma Líquido
variação real na atividade do íon
hidrogênio. Em muitas aplicações, é
desejável a compensação para o
coeficiente de temperatura da solução,
principalmente em caldeiras. Muitas vezes,
é necessário fazer esta correlação para
levar contas as diferenças entre o
analisador do processo e as leituras de
laboratório. Vários métodos de
compensação do coeficiente de
temperatura da solução, manual e
automático, são feitos na indústria. O
advento do microprocessador na
instrumentação de pH facilitou e aumentou
a flexibilidade em manipular sinais de pH e
temperatura.
Fig. 5.3. Sistema tipico de medição de pH
5. Projeto do Sistema de Medição
O sistema de medição usando um
eletrodo de vidro e um de referência é
mostrado na figura, com seu circuito
equivalente. Os potenciais que afetam o
potencial final (Ef) entre os eletrodos são:
#"E1 - diferença de potencial entre a
superfície externa da membrana de
vidro e o liquido do processo.
#"E2 - diferença de potencial entre o
eletrólito no eletrodo de vidro e a
superfície interna da membrana de
vidro.
#"E3 - diferença de potencial entre a
conector do eletrodo e o eletrólito
no eletrodo de vidro.
3.5.7
pH
Esta a soma de todos este potenciais de sinal deve ter uma altíssima
que é medida pelo sistema, embora se impedância, no mínimo, 1000 vezes maior
queira medir somente a diferença de que a resistência da membrana. A isolação
potência entre a membrana de vidro de pH e blindagem dos cabos e conexões
e o liquido do processo (E1). Todos os também devem ter alta integridade. O
outros potenciais devem ser compensados, conversor de pH deve ser instalado
de modo que eles não influam na medição próximo do sistema de eletrodos e todas
de pH. as conexões devem ser mantidas secas
Se os sistemas de referência nos para evitar a diminuição na resistência de
eletrodos de vidro e de referência são isolação. A isolação no eletrodo de
iguais e estão à mesma temperatura, E3 é referência é menos critica; resistência de
igual e oposto a E4. Com a seleção correta 10 MW é satisfatória.
do eletrólito usado no eletrodo de Para conseguir exatidão de ±0,02 pH, o
referência e uma boa vazão através da limite de muitas soluções buffer, o
junção liquida, E5 pode ser desprezível, de conversor deve ser sensível a ±1,2 mV. A
modo que tudo se resume a corrente do circuito deve ser desprezível
durante a medição, senão haverá queda
Et = E1 + E2 de tensão através do sistema de eletrodo,
resultando em grande erro de medição.
Como E1 e E2 na malha de medição Por exemplo, seja um sistema de
são de sentidos contrários, medição de pH com resistência interna do
eletrodo de 500 M Ω (Re) e um potencial
Et = E2 - E1 real de 2,00 V. Se o circuito de medição
tiver uma resistência de 109 Ω (Rm), a
ou corrente através do circuito é dada por:
Et = 0,05916 (pHint - pHext) E
i= = 2,00/(5 x 108) + 109
(R e + R m )
O potencial RT/F.pHint pode ser
mantido constante enchendo o eletrodo
com uma solução buffer boa (pH constante = 1,33 x 10-9 A
e estável). Assim, a medição do potencial Deste modo, a queda de tensão
Ef depende somente da diferença de através do eletrodo de pH vale:
potencial entre o eletrodo de vidro e o
liquido do processo. iR = (1,33 x10-9)(5 x 108) = 0,665 V
Estas condições ideais não podem Esta queda de tensão está em
sempre ser conseguidas na pratica e pode oposição ao potencial da célula. Assim, o
existir uma pequena diferença de potencial circuito de medição verá somente 2,00 -
quando o eletrodo de vidro e o de 0,665 = 1,335 V, resultando em um erro de
referência estiverem ambos imersos em 33%. Em geral, é necessário reduzir este
um liquido com propriedades e pH para 0,1% ou menos, requerendo uma
semelhantes ao do eletrólito. Esta resistência do circuito de medição de, no
diferença de potencial é conhecida como o mínimo, 1012 Ω.
potencial assimétrico e pode ser causada
pelo fato de o potencial de difusão do
liquido (E5) não ser zero, a diferença E3 +
E4 não ser zero e pelas diferenças na
textura entre as superfícies interna e
externa da membrana de vidro. Porém, os
erros resultantes do potencial assimétrico
são compensados pelas calibrações com
soluções buffer.
A membrana de vidro sensível a pH tem
uma alta resistência elétrica; tipicamente
entre 25 a 500 MΩ e por isso o conversor
3.5.8
pH
6. Medição de Redox RT a
E = E0 + × ln ox
As medições de pH e redox são nF ared
discutidas juntas pois ambas envolvem
essencialmente o mesmo tipo de medição, onde
ou seja, a diferença de potencial entre um Eo é o potencial do eletrodo padrão
eletrodo de medição e um eletrodo de R é a constante universal do gás
referência, imersos na solução sob (8,314 J/mol.K)
medição. Os termos redox (redução- F é a constante de Faraday
oxidação) e ORP (óxido-redução potencial) (96,493 C/mol)
possuem o mesmo significado. n é o número de elétrons tomando
Diferente do eletrodo de pH e outros parte na reação do eletrodo
íons seletivos, que são muito específicos, aox e ared são as atividades das formas
os eletrodos de redox são elementos oxidada e reduzida, respectivamente
inertes que medem a relação das T é a temperatura absoluta, K
atividades das formas oxidadas e Substituindo os valores numéricos das
reduzidas de vários íons na solução. constantes, concentrações para atividades,
Quimicamente, o termo oxidação é logaritmo decimal pelo natural, e
definido como a reação de uma substancia assumindo a temperatura de 25 oC, a
com oxigênio. De um modo mais geral, a equação de Nernst fica:
oxidação se aplica a qualquer material que
perde um ou mais elétrons em uma reação 0,0591 [ox ]
química. Por definição, redução é o oposto E = E0 + × log
da oxidação e se aplica a qualquer material n [red]
que ganha um ou mais elétrons em uma
reação química. Muitos elementos podem A meia-célula redox pode ser
existir em dois ou mais estados de combinada com um eletrodo de referência
oxidação quando em solução, como o ferro padrão, como o de prata/cloreto de prata,
e o cromo. O ferro pode existir em solução calomel ou tamal e o potencial de óxido-
nos estados bivalentes (Fe2+) e trivalente redução pode ser medido com a mesma
(Fe3+); o cromo pode existir no estado precisão que o pH.
bivalente (Cr2+), trivalente (Cr3+) ou Seja a reação química da redução do
hexavalente (Cr6+). ferro férrico para ferroso pelo iodeto de
potássio:
Potencial de Óxido-Redução
Seja a redução de um íon metálico 2FeCl3 + 2KI = 2KCl + 2FeCl2 + I2
como no ferro:
Note que nesta reação há uma
Fe3+ + e = Fe2+ oxidação correspondente do íon iodeto
para iodo. As equações iônicas para esta
Os elétrons necessários para tal reação são:
redução podem ser fornecidos de um 2Fe3+ 2e $ 2Fe2+
eletrodo consistindo de um metal nobre,
como outro ou platina, imerso na solução 2I - 2e $ I2
sob medição, que é uma mistura de
substancias oxidadas e não-oxidadas (p. Este exemplo demonstra um princípio
ex., cloretos ferrosos e férricos). Se existir importante de reações de óxido-redução.
um equilíbrio de óxido-redução na solução, Quando há um excesso de oxidante (neste
o eletrodo metálico assume um potencial caso FeCl3), o potencial do eletrodo de
definido dependendo das concentrações referência de platina é totalmente
relativas (atividades) das formas oxidadas dependente das atividades das formas
e reduzidas. O potencial da meia célula de reduzidas e oxidadas do oxidante, ou
redox é dado pela equação de Nernst:
3.5.9
pH
E = E0 +
2,303RT [I2 ]
.log 2 − Eref
nF
[]
I−
2,303RT 1
E = E0 + .log 2 − Eref
nF
[]
I−
[ ][ ]
14
2,303RT Cr2 O27 − H+
E = E0 + .log
[ ]
2
nF Cr 3 +
3.5.10
pH
7. Analisadores de pH em Linha 5. Esterilização. As vezes é
necessário esterilizar os eletrodos
Enquanto os conceitos da medição
quando se mede o pH em
continua de pH seja relativamente simples,
processos com formação de
a aplicação pratica da técnica em uma bactérias. Pode ser aplicada
linha industrial do processo se complica.
esterilização química ou de vapor.
Novas tecnologias tem tornado a medição
6. Limpeza manual. Se for necessário
em linha cada vez mais confiável,
manipular periodicamente os
conveniente e exata. Os principais
eletrodos, pode-se limpa-los com
problemas que aparecem são os
ácido conveniente, enxágua-los
seguintes:
com água limpa. Este tratamento é
Contaminação do Eletrodo de Medição suficiente para a maioria das
aplicações.
A contaminação da membrana de vidro
É importante selecionar o eletrodo correto
é a causa mais comum de erro em
para qualquer aplicação particular, desde
qualquer sistema de medição de pH.
que alguns eletrodos não são podem ser
Quando o potencial medido é gerado sobre
limpos através destes métodos. A máxima
a superfície da membrana de vidro
pressão de operação do eletrodo de
sensível a pH, é de grande importância
referência é também importante.
que esta superfície permaneça sempre
Pequenas rachaduras na membrana de
limpa. Em certas aplicações industriais, a
vidro nem sempre são visíveis a olho nu.
contaminação não pode ser inteiramente
Elas podem ser causadas pelos choques
evitada sem limpezas periódicas. Podem
freqüentes sofridos pelos eletrodos e
ser usados vários métodos de limpeza,
provocam grandes erros de medição.
como:
Geralmente isso aparece quando se mede
1. Escova mecânica. Uma escova
ph 7 (i.e., entrada de 0 mV).
ativada por um mecanismo elétrico
passa periodicamente pela
membrana.
2. Limpeza ultra-sônica. Com este
método, o liquido em redor dos
eletrodos está vibrando, evitando e
removendo qualquer deposito
formado sobre os eletrodos. A
limpeza ideal depende da
freqüência de vibração e da
velocidade do liquido do processo
passando pelos eletrodos.
3. Limpeza química. As vezes, é
possível manter a superfície da Fig. 5.5. Eletrodos e montagem (Leeds &Nortrup)
membrana do eletrodo limpa,
injetando periodicamente um
limpador. O tipo, concentração e
freqüência do limpador dependerá Contaminação do Eletrodo de
da aplicação. Referência
4. Vazão. Uma redução na taxa de É igualmente importante manter a
deposição nos eletrodos pode ser junção do eletrodo de referência sempre
conseguida pelo aumento da vazão limpo, desde que a contaminação da junco
do liquido do processo através dos irá interromper o contato entre o sistema
eletrodos. Certas células de pH são de referência e o liquido do processo. Isto
projetadas para aumentar a vazão resulta na redução na velocidade de
que passa por elas. Este método é resposta e pode resultar em medição
conveniente quando os líquidos do instável ou falha completa.
processo contenham sólidos que se
depositam rapidamente.
3.5.11
pH
Entupimento ou contaminação do Transmissor de Dois Fios
eletrodo de referência podem ser evitados Uma inovação recente na medição
ou reduzidos através de: industrial de pH é o uso do transmissor de
1. escolha correta do tipo de junção pH a dois fios. Muitas vezes, este
para a aplicação transmissor é chamado incorretamente de
2. aumento da vazão do eletrólito conversor. O transmissor de pH está
3. limpeza ultra-sônica. acoplado ao sistema de eletrodos
(medição, referência e compensação
automática de temperatura) e gera na sua
saída um sinal padrão de corrente, típico
de 4 a 20 mA cc. O transmissor é chamado
de dois fios, porque o mesmo par de fios
que leva o sinal de transmissão de
corrente traz a tensão de alimentação.
Também são disponíveis transmissores
híbridos, que além do sinal padrão de 4 a
20 mA cc também tem um sinal digital de
comunicação, podendo se integrar a um
sistema digital de dados. Já se usa
Fig. 5.6. Sistemas de montagem da Beckman também a tecnologia de fibra óptica. O
acoplamento óptico garante uma isolação
completa entre os eletrodos, o pré-
amplificador e o monitor.
Envenenamento do Eletrodo de
Referência Fig. 5.8. Transmissor (com indicação) de pH
(Foxboro)
O envenenamento do eletrodo de
referência irá ocorrer quando a vazão do
eletrólito for insuficiente para evitar que o Os principais fabricantes americanos de
liquido do processo entre no eletrodo. sistemas de medição de pH são:
Qualquer variação na composição do Beckman, Fischer & Porter, Foxboro,
eletrólito na câmara de referência causa Great Lakes, Leeds and Northrup,
erro de medição. Isto pode ocorrer como Rosemount-Uniloc e Sesorex, Wallace &
um resultado de uma pressão de processo Tiernan. No Japão, a Yokogawa. Na
maior que a de projeto ou flutuações de Inglaterra, Kent e na Alemanha, Siemens
alta pressão. A melhor solução para este AG.
problema é usar eletrodo de referência
!
com junção dupla. Se a temperatura do
liquido do processo for muito menor que a
da solução saturada interna de KCl no "
eletrodo de referência, pode ocorrer a
cristalização do eletrólito, restringindo a
vazão do eletrólito e permitindo a
penetração do liquido do processo. ! Apostilas\Instrumentação 35pH 18 OUT 00 (Substitui e cancela 19 DEZ 98)
3.5.12
3.6
Condutividade
resultaram em leis. As mais importantes
1. Introdução dizem:
A quantidade de decomposição é
A medição da condutividade proporcional à quantidade de eletricidade
eletrolítica é uma das mais antigas e passando.
precisas das medições eletroquímicas e As quantidades das várias
é muito usada em uma grande variedade substâncias geradas nos eletrodos são
de aplicações industriais. proporcionais aos seus equivalentes
A condutividade eletrolítica de uma químicos.
solução é definida como sua habilidade Faraday introduziu os termos:
para passar uma corrente elétrica. Os eletrodo, anodo (eletrodo positivo),
condutores eletrolíticos mais comuns são catodo (eletrodo negativo) e íons
aqueles em que a condutância resulta da (partículas que se movem quando a
mistura de um solvente, que está corrente passa). O fato que os eletrólitos
usualmente em excesso (que pode ser obedecem estas leis clássicas é
um mau condutor) e o eletrólito. Em importante para a precisão da medidas
alguns casos, uma solução eletrolítica é feitas.
produzida quando duas substâncias, Arrhenius também contribuiu para a
podendo ambas terem baixa teoria, propondo a lei da dissociação
condutividade, em estado puro, são eletrolítica: um eletrólito em solução é
misturadas juntas. São exemplos de dissociado em íons que conduzem
soluções eletrolíticas: sal (bom condutor) eletricidade e que o grau de dissociação
em água (mau condutor), ácido em água pode ser determinado pela medição da
ou base em água condutância da solução.
A condutância expressa uma medição Estudos de Kohlrausch sobre a
da mobilidade ou velocidade dos íons em condutividade dos eletrólitos mostram
um eletrólito, sob um campo elétrico que a lei de Ohm é obedecida com
imposto. O valor da condutância depende grande precisão. Ele mostrou também
do número e portanto da concentração que a condutividade de soluções de sal
dos íons presentes. em água, se elas estão suficientemente
A condução elétrica na solução diluídas, é a soma das contribuições
eletrolítica ocorre como o resultado a separadas dos cátions e ânions. Estes
migração dos íons carregados estudos precisos constituem a base para
positivamente e negativamente para o os desenvolvimentos teóricos da
eletrodo da carga oposta. A dissociação eletrolítica que veio mais
condutividade de um eletrólito é assim a tarde. Embora tenha havido um grande
soma das contribuições feitas pelos progresso nas tecnologias envolvidas nas
ânions e cátions e está simplesmente medições e técnicas de refinamento, a
relacionada com as mobilidades destes teoria pouco mudou.
íons.
Os trabalhos clássicos de Faraday
sobre os mecanismos de eletrólise
3.6.1
Condutividade
3.7.2
Condutividade
3.7.3
Condutividade
5. Célula de Condutividade 1d θ
k= =
A célula é projetada e construída para Ra R
medir a resistência elétrica (ou seu
recíproco, condutância) em um elemento A relação d/a é uma constante
de volume do eletrólito e limitaras conhecida como constante da célula (θ),
contribuições interfaciais do eletrodo- cuja unidade é cm-1. Esta constante é
solução para esta medição. determinada experimentalmente, usando
A relação da geometria da célula para soluções padrão com concentrações
a condutância medida da solução é dada precisamente conhecidas de KCl, com
por: condutividades específicas denotadas
por k (Valores determinados pela norma
ASTM D1125-77).
a
L = ∑i zic iΓi Quando as dimensões da célula
d variam, a constante varia através da
relação de d para A. Para uma célula de
onde dimensões dadas e com uma constante
L é a condutância em siemens de célula de 1,00, condutância lida é
a é a área dos eletrodos em cm2 numericamente igual à condutividade da
d é a distância entre os eletrodos solução. Para soluções de baixa
ci é a concentração dos íons condutividade (0,05 a 200 µS/cm), os
participantes em equiv./cm3 eletrodos podem ser colocados mais
Γi é a condutividade equivalente do juntos, de modo que as constantes de
íon participante em S.cm2/equiv. célula valem 0,1 a 0,01. Isto tem o efeito
zi é a carga do íon participante. de aumentar a condutância lida entre os
eletrodos e produz um valor mais
3.7.4
Condutividade
3.7.5
Condutividade
Amplificador medidor
tensão alta Zin
Eletrodos medição
Fig. 6.5. Instrumento e célula de condutividade
sem eletrodos
Eletrodos acionamento
Fonte de
corrente
3.7.6
Condutividade
!"
3.7.7
Condutividade
Por exemplo, sódio é tipicamente mais condutivo que os minerais duros que
ele substitui, de modo que maior condutividade na saída indica operação
normal. Quando a relação de condutividade se aproxima de 1, os íons duros
estão quebrando e é necessário fazer a regeneração.
"
3.7.8
3.7
Cromatografia
Nada mais foi escutado acerca de
1. Introdução e Histórico cromatografia até uma técnica conhecida
como cromatografia de partição foi
A cromatografia é um processo físico introduzida por Martin e Synge em 1941,
pelo qual uma mistura de produtos usando uma fase líquida móvel. O método
químicos pode ser separada e se tornou foi mais desenvolvido por Martin e seus
rapidamente uma das técnicas analíticas colaboradores para uma forma especial de
mais bem sucedidas, tanto em laboratório técnica conhecida como cromatografia de
como em linha com processo. papel. Por esta contribuição muito útil no
O processo cromatográfico trabalha de campo da biologia e medicina, Martin e
um modo descontinuo, semelhante a uma Synge receberam o Prêmio Nobel em
destilação em batelada. Uma pequena 1952.
amostra é tomada e os componentes A possibilidade de usar uma fase móvel
individuais da mistura são retidos em uma gasosa em vez de um líquido foi
coluna em diferentes larguras, como se mencionado em 1941, por Martin e Synge,
eles tivessem sido destilados um a um. Por mas não havia seguimento desta sugestão.
causa de sua natureza, a separação Eventualmente, James e Margin
normalmente ocorre de 1 a 10 minutos. começaram a elabora-la em 1949 e os
Quando os componentes emergem do resultados foram apresentados no
processo, eles são individualmente Congresso de Química Analítica, em
medidos e relatados. Oxford, Inglaterra, em 1952. Uma das
Note que isto é um processo físico; características deste método foi as
nenhuma mudança química é envolvida. amostras muito pequenas usadas para os
Na pratica, usualmente se trata de gases cálculos.
dissolvidos em líquidos ou sendo atraídos A simplicidade e potência analítica do
para a superfície de materiais sólidos. método foram reconhecida imediatamente.
A invenção da cromatografia é atribuída Por causa de sua promessa, a técnica
ao trabalho do bioquímico russo Tswett, recebeu muito atenção e seu
que estava interessado na substância de desenvolvimento foi muito rápido. Desde
cor verde encontrada nas plantas. Em 1952, o crescimento nos aspectos teóricos
1903 ele escreveu um relatório sobre a e práticos da técnica foram enormes. Não
separação de diferentes pigmentos da somente se verificou que era uma solução
planta que eram visíveis como faixas simples para muitas análises complexas de
coloridas quando uma solução de clorofila rotina de laboratório, mas era um método
era lavada por um solvente conveniente eficiente para ser usado em controle de
através de um tubo contendo um processo em linha.
adsorvente, como um pó de giz. Em um A cromatografia é hoje reconhecida
paper publicado em 1906, Tswett chamou como uma das mais importantes
esta técnica de cromatografia (literalmente, ferramentas analíticas, com a grande
escrevendo colorido). vantagem de fazer a separação e o cálculo
3.7.1
Cromatografia
4. Teoria Básica da
O trabalho pioneiro de Tswett é um Cromatografia
exemplo de cromatografia líquida-sólido.
Neste capitulo será visto principalmente A discussão a ser feita aqui será
a cromatografia gás-líquida, gás-sólido e simplificada porém é dado uma visão em o
líquido-líquido. A cromatografia líquido- que realmente ocorre dentro da coluna
líquido está atualmente no estagio de cromatográfica. Embora a cromatografia
desenvolvimento que a GLC esta nos anos gás-líquida seja considerada inicialmente,
1960. os princípios gerais se aplicam também
aos outros tipos.
3. Cromatografia Gás-Líquido Para entender a cromatografia gás-
líquido, deve-se saber como gases e
Os componentes básicos de um líquidos se interagem. Seja um copo de
cromatógrafo simples gás-líquido são água aquecido lentamente. Muito antes da
mostrados na Fig. 7.1. O gás portador, que água se evaporar, pequenas bolhas de ar
é normalmente nitrogênio, hélio ou aparecem e colam nas paredes do copo.
hidrogênio, flui continuamente através da Isto ilustra o fato básico de que os gases
coluna, onde ocorre a separação. As se dissolvem nos líquidos. Claramente, a
amostras, que podem ser gás (volume solubilidade do gás diminui quando a
típico de 0.5 mL) ou líquido (volume típico temperatura aumenta.
de 1 µL), são injetadas periodicamente no A pressão também tem efeito na
gás portador por uma válvula solubilidade do gás, como pode ser visto
especialmente projetada chamada de pela abertura de uma garrafa de
válvula de injeção da amostra. As champanhe ou uma lata de cerveja. Mais
amostras líquidas devem ser vaporizadas importante, a quantidade de gás carbônico
logo depois da injeção e passar através do dissolvido excede muito a quantidade de ar
sistema na fase de vapor. que pode ser dissolvido na água. Este
Após a separação, os componentes segundo fato importante, que gases
emergem da coluna e passam pelo diferentes se dissolvem em quantidades
detector que produz um sinal proporcional diferentes no mesmo líquido é a base
à concentração instantânea dos fundamental da cromatografia a gás.
componentes da amostra no gás portador.
3.7.2
Cromatografia
3.7.3
Cromatografia
3.7.4
Cromatografia
3.7.5
Cromatografia
3.7.6
Cromatografia
3.7.7
Cromatografia
3.7.8
Cromatografia
3.7.9
Cromatografia
3.7.10
Cromatografia
3.7.11
Cromatografia
Válvula Diafragma
Esta válvula, que não contem qualquer
superfície deslizante em contato com a
amostra, usa um enfoque totalmente
diferente; um exemplo é mostrado na Fig.
7.14. A válvula consiste de seis portas e
seis pistões (plungers) arranjados
circularmente. Os pistões são operados
em conjuntos alternados de três, em vista
de seu tamanho pequeno, produzindo uma
alta pressão de selagem no diafragma.
Durante a atuação da válvula, um
intertravamento mecânico garante a
abertura das passagens normalmente
fechadas. A operação da válvula é muito Fig. 7.13. Válvula tipo pistão
rápida e conveniente para GLC de alta
velocidade, por causa das pequenas
distâncias envolvidas. Os problemas
potenciais são o vazamento do diafragma
e a oclusão de pequenas quantidades de
amostras líquidas no material do diafragma
ou nos pontos onde o diafragma está
desgastado.
3.7.12
Cromatografia
3.7.13
Cromatografia
3.7.14
Cromatografia
requerem maior pressão do gás de arraste para a linha-base de regime depois que o
para conseguir a mesma vazão do gás de componente passou completamente.
arraste. Em GC de processo, as exigências
O objetivo do tratamento químico do para a estabilidade a longo prazo em um
suporte é melhorar sua inércia. Há dois ambiente hostil e sensitividade
tipos: generalizada para uma grande faixa de
1. lavagem a acido (AW) produtos químicos tem limitado a escolha
2. tratada com silicone (DMCS) dos detectores aos tipos de condutividade
termal (TCD), ionização de chama (FID) e
Coluna sólida ativa de chama fotométrica (FPD). Os
Estas colunas são cheias de um sólido detectores de fotoionização (PID) são
granulado com área de grande superfície. usados principalmente em monitoração
A separação ocorre como resultado das ambiental.
atrações variáveis das moléculas do gás Qualquer detector usado em um GC de
para a superfície do sólido (adsorção). As processo deve responder rapidamente e
colunas sólidas ativas são convenientes preferivelmente de modo linear às
para a separação de apenas alguns gases. variações na concentração dos
Elas tem a tendência de adsorverem componentes. A resposta não deve ser
permanentemente as moléculas mais muito sensível às variações nos
pesadas (principalmente água) e seu uso parâmetros de operação, como vazão do
tem diminuído em favor dos polímeros gás de arraste e temperatura. A calibração
porosos. em base semanal deve ser suficiente para
O único sólido ainda com uso regular é manter boa precisão. A resposta da linha-
o filtro molecular que é valioso por sua base deve ser estável durante uma analise
habilidade de separar oxigênio, argônio, e não deve variar fora dos limites do
nitrogênio, hidrogênio e metano. Para sistema de compensação elétrica por
proteger a coluna de moléculas longos períodos de tempo (meses). A
desativantes, usa-se uma pré-coluna, construção física deve ser simples, barata
usualmente de Poropak-T. e capaz de suportar vibração e longa
exposição ao ambiente industrial.
Enchimento sintético Instalado, deve estar de conformidade com
O mais popular destes novos as normas de segurança elétrica aplicáveis
desenvolvimentos é o Poropak, que ao local do usuário.
consiste de esferas de poliestireno. Suas
propriedades superam as fases sólidas e
líquidas ativas tornando o Poropak útil para
analise de gases permanentes e
hidrocarbonos leves. As novas colunas
devem ser condicionadas em 200 oC e em
baixa vazão do gás de arraste. Cada tipo
deve ser considerado individualmente cada
aplicação.
6.5. detectores
O detector responde aos componente
que saem das colunas e fornece um sinal
elétrica que pode ser processado para
produzir os dados da concentração dos
componentes. Na prática, todos detectores
em uso operam baseados em princípios
diferentes, isto é, mostram uma resposta
constante para o gás de arraste, geram um
sinal relativamente grande sempre que um
componente se separa da coluna e retorna
3.7.15
Cromatografia
3.7.16
Cromatografia
a variável medida. As vantagens são maior usando o hélio como arraste. Estas
vida útil e melhor tempo de resposta. configurações são muito mais econômicas
Na década de 1960, os termistores que as outras e por isso justificam a
pareciam ser uma promessa como a base continuação do uso do TCD.
para detectores pequenos e sensíveis na
GC. Porem, apareceram muitos problemas detector de Ionização de Chama (FID)
práticos: Diferente do TCD, o FID, desenvolvido
1. o termistor possui a maior por McWilliam e Dewar, é muito simples. O
sensitividade em baixas temperaturas, detector básico, mostrado na Fig. 7.17,
2. não é estável durante longos consiste de uma chama de hidrogênio em
períodos de tempo, principalmente com que o gás de arraste é alimentado e os
hidrogênio, componentes se separam da coluna. Na
3. possui uma característica não- alta temperatura da chama, os compostos
linear. contendo ligações carbono-hidrogênio se
Como resultado, o uso dos fios resistivos quebram em íons positivos e negativos.
predominou sobre o uso de termistores. Um potencial elétrico elevado é aplicado
Para aplicações de processo, são usados através da chama, causando os íons
metias resistentes à corrosão como platina, negativos descarregarem elétrons para a
níquel, platina-irídio, tungstênio-rênio. placa positivo, de onde eles fluem em torno
Outro enfoque foi revestir o elemento com do circuito para a placa negativa para
ouro, PTFE, vidro, para melhorar o tempo serem absorvidos pelos íons positivos.
de resposta. Esta vazão de elétrons constitui um a
Quando se analisam amostras com corrente elétrica proporcional à quantidade
cloro, acido clorídrico ou outros produtos de carbono na chama. A corrente é medida
corrosivos, é conveniente evitar que o por um circuito eletrônico e transmitida
material corrosivo entre no detector, pelo como um sinal de concentração do
chaveamento da coluna. Se os gases componente.
corrosivos devem ser medidos O detector FID é muito sensível e linear
diretamente, uma geometria de célula de ao longo de seis décadas de resposta. É
difusão reduz o contato direto com os possível conseguir uma faixa de medição
elementos termais e prolongam sua vida de 0-1 ppm para hidrocarbonos. Porem, o
útil. FID não responde a compostos que não
A configuração das vazões do gás de contenham carbono, nem responde aos
arraste através do TCD merece atenção oxidas e sulfetos de carbono. Esta falta de
especial. Os elementos de referencia resposta para moléculas inorgânicas tem
devem ser idênticos para os elementos de limitado a aplicação do FID.
medição e expostos exatamente nas
mesmas condições. TCDs para GLCs de
processo são usualmente do tipo com
quatro elementos. Pode-se usar
inteligentemente todos os quatro
elementos com o acesso separado de
cada um. Por exemplo, um detector com
oito portas pode ser usado para medir
hidrogênio em arraste de nitrogênio de um
lado e metano e bióxido de carbono em
arraste de hélio em outro lado.
Essencialmente isto mistura dois
detectores em um e permite o uso de único
circuito de processamento de sinal, Fig. 7.17. Detector de ionização de chama
evitando a resposta anormal para o Quando mais de um detector pode ser
usado, o FID é normalmente o melhor. Há
hidrogênio com o gás de arraste hélio. Um
enfoque semelhante pode ser usado para muitos casos onde, por falta de
medir oxigênio e hidrogênio em um lado e padronização, os usuários especificam o
FID para todas as aplicações, desde
bióxido de carbono no outro, ambos
3.7.17
Cromatografia
3.7.18
Cromatografia
3.7.19
Cromatografia
3.7.20
Cromatografia
2
T
número pratos (N) = 16 R
W
3.7.21
Cromatografia
onde
λ = densidade do enchimento da coluna
dp = tamanho médio da partícula de
enchimento
γ = fator de tortuosidade dos canais no
enchimento
Dg = difusão molecular da amostra na
fase gás
K = coeficiente de distribuição
K'= KFL/Fg
Fg = fração de volume do gás na Fig. 7.24. Representação gráfica da eq. Van
coluna Deemter
FL = fração de volume do líquido na
coluna
df = espessura media estatística do O termo B, que é dominante em baixas
filme do líquido estacionário vazões de gás de arraste, permite a
DL = difusão molecular da amostra na difusão das moléculas do componente na
fase líquida fase gasosa:
difusão da fase gasosa
B=
Esta equação pode ser expressa mais velocidade do gás
simplesmente,
Para manter este termo pequeno, deve
B se usar um gás com alta densidade, como
H = + Cu
u nitrogênio ou argônio, em vez de hélio ou
hidrogênio, mas a escolha deve ser
3.7.22
Cromatografia
3.7.23
Cromatografia
3.7.24
Cromatografia
eluído após igual tempo. Assim, o que todos os outros componentes foram
backflush deve ocorrer durante a primeira eluídos e a coluna está pronta para a
metade do ciclo (idealmente 30-40% do próxima analise. Este é um exemplo de
ciclo), nunca durante a ultima metade do alta queda de pressão no backflush.
ciclo. Obviamente, se isto fosse feito, os
componentes iriam permanecer na coluna
e iriam interferir com a próxima analise.
3.7.25
Cromatografia
mesmo comprimento. Sempre que isso pressão, coloca-se uma restrição após a
ocorrer, sempre haverá os seguintes coluna 1.
problemas.
1. O tempo é perdido no fim do ciclo
esperando para os picos de
backflush desaparecem antes que a
próxima injeção possa ser feita.
2. Os picos medidos podem ser
misturados com o pico de pressão
de backflush.
3.7.26
Cromatografia
3.7.27
Cromatografia
3.7.28
Cromatografia
8. Cromatografia Gasosa em
Linha
Este capítulo mostrou como a
cromatografia apareceu como uma técnica
Fig. 7.32. Sistema com 2 componentes e 2 cortes analítica, com sua teoria básica e com sua
aplicação útil em laboratório e em linha
com o processo industrial. Os
Regras Básicas para heartcut
componentes básicos do cromatógrafo a
Novamente, pode-se elaborar algumas gás de processo foram descritos bem
regras básicas para o sistemas heartcut, como as técnicas mais importantes da
baseadas na discussão anterior: engenharia da coluna.
1. Não perca tempo com uma coluna 1 O resto do capítulo é dirigido para a
excessivamente longa. Usualmente, discussão dos principais avanços em
cerca de 20 a 40% do comprimento tecnologia ocorridos recentemente e uma
da coluna 2 é suficiente. descrição de alguns equipamentos
2. Use o sistema para simples para a comercialmente disponíveis hoje para a
separação desejada. Use um análise cromatográfica em linha.
backflush com corte da cauda se
este sistema funcionar. 8.1. Avanços Recentes na
3. Use sempre um heartcut se a Tecnologia
concentração do componente
medido é menor que 1000 ppm.
Sistemas a computador
4. Quando houver muitas impurezas
na amostra, não use o mesmo Um dos avanços mais significativos na
enchimento nas colunas 1 e 2, a tecnologia atual foi o advento do
não ser que haja garantia de não microprocessador. Este dispositivo
interferência. produziu um efeito notável na
5. Não se preocupe com o controle do instrumentação em geral, resultando no
gás de arraste. O controle de desenvolvimento de sistemas digitais. A
pressão ou vazão funciona presença do microprocessador foi mais
igualmente bem para o sistema marcante no campo da instrumentação
heartcut. analítica, por causa da complexidade
6. Mantenha o sistema heartcut o mais inerente a este ramo da instrumentação.
simples possível. Não use cortes
3.7.29
Cromatografia
3.7.30
Cromatografia
3.7.31
Cromatografia
desde que a mudança das condições Deve-se enfatizar que há uma grande
atmosféricas e vazão sob gravidade para superposição entre as duas técnicas
sistemas com bombeamento e alta cromatográficas, desde que muitos
pressão constituía a principal diferença componentes podem ser separados e
entre as técnicas antiga e atual. Porém, a medidos por ambas as técnicas. Porem,
alta pressão não era a principal em vista do maior avanço na cromatografia
característica da nova técnica. O nome foi gasosa até o presente, ela é mais usada
mudado para cromatografia líquida de alto por causa de vários fatores, como:
desempenho por C. Horvath em 1970 e foi 1. menor custo efetivo,
quase imediatamente aceito 2. menor esforço operacional
internacionalmente para descrever a 3. menor esforço de manutenção.
cromatografia líquida moderna. Embora a experiência na cromatografia
Há basicamente 4 áreas onde o gasosa seja muito útil, ela não é suficiente
desempenho da cromatografia líquida para a manutenção da cromatografia
moderna é superior ao obtido nas líquida de processo. Alguma forma de
primeiras técnicas: treinamento especializado é essencial.
1. Velocidade. Separações que As principais limitações da
levavam de uma a duas horas, há 40 cromatografia gasosa são as seguintes:
anos atrás, agora levam minutos. 1. operação em temperatura abaixo de
2. Desempenho da coluna. A 175 oC, pois em temperaturas maiores a
cromatografia líquida atual é mais vida útil dos sistemas de injeção da
simples, mais precisa e reprodutível, amostra e do chaveamento das colunas e
principalmente por causa das melhorias a sensitividade do detector são reduzidas
na tecnologia da coluna. drasticamente;
3. Tamanho da amostra. Enquanto a 2. em altas temperaturas há problemas
tecnologia clássica envolvia técnicas de segurança da instalação quando usada
preparativas de laboratório, a HPLC é em áreas classificadas;
uma microtécnica que requer amostras 3. muitos produtos petroquímicos e
muito pequenas. hidrocarbonos que requerem alta
4. Base teórica. Enquanto a temperatura para análise por cromatografia
cromatografia líquida clássica era gasosa podem ser analisados por
essencialmente empírica por natureza, cromatografia líquida em temperaturas
o desenvolvimento da HPLC se baseia relativamente mais baixas.
em princípios teóricos que produzem 4. alguns produtos se decompõem ou
melhorias na técnica. se polimerizam quando aquecidos e por
isso não podem ser analisados em
9.2. Cromatografia Líquida x Gasosa cromatografia gasosa; eles podem ser
analisados sem problemas com
A cromatografia gasosa de processo foi
cromatografia líquida.
o primeiro instrumento para fornecer a
5. a cromatografia líquida pode medir a
capacidade de medir a composição de
distribuição da massa molecular de
produtos em linha com o processo por
polímeros, uma medição impossível em
separação e medição dos componentes
cromatografia gasosa.
individuais. A cromatografia líquida de
processo expande esta capacidade para
9.3. Cromatografia Laboratório x
incluir separações de componentes
consideradas impossíveis até então pela Processo
cromatografia gasosa ou outras técnicas A cromatografia líquida é atualmente
disponíveis. Assim, a cromatografia líquida uma técnica analítica internacionalmente
de processo pode ser considerada como reconhecida e poderosa para uso em
complementar e não competitiva com a laboratório. A cromatografia líquida em
gasosa, pois ela fornece uma capacidade processo ainda está nos primeiros estágios
adicional em áreas onde não se pode de desenvolvimento, análogo à gasosa nos
aplicar análise por cromatografia gasosa. anos 1960.
3.7.32
Cromatografia
3.7.33
Cromatografia
3.7.34
A
Unidades SI
conhecidos, aceitos e usados no mundo
1. Introdução inteiro.
O SI oferece várias vantagens nas
O SI é um sistema de unidades com as áreas de comércio, relações internacionais,
seguintes características desejáveis: ensino e trabalhos científicos. Atualmente,
1. Coerente, em que o produto ou o mais de 90% da população do mundo vive
quociente de quaisquer duas unidades é em países que usam correntemente ou
a unidade da quantidade resultante. Por estão em vias de mudar para o SI. Os
exemplo, o produto da força de 1 N pelo Estados Unidos, Inglaterra, Austrália, Nova
comprimento de 1 m é 1 J de trabalho. Zelândia, África do Sul adotaram o SI.
2. Decimal, onde os fatores envolvidos na Também o Japão e a China estão
conversão e criação de unidades sejam atualizando seus sistemas de medidas
somente potências de 10 para se conformar com o SI.
3. Único, onde há somente uma unidade A utilização do SI é recomendada pelo
para cada tipo de quantidade física, BIPM, ISO, OIML, CEI e por muitas outras
independente se ela é mecânica, organizações ligadas à normalização,
elétrica, química, ou termal. Joule é metrologia e instrumentação.
unidade de energia elétrica, mecânica, É uma obrigação de todo técnico
calorífica ou química. conhecer, entender, respeitar e usar o
4. Poucas (7) Unidades de base, SI corretamente.
separadas e independentes por
definição e realização. 2. Quantidades de Base do SI
5. Unidades com tamanhos razoáveis,
evitando-se a complicação do uso de As unidades SI são divididas em três classes:
prefixos de múltiplos e submúltiplos. 1. unidades de base
6. Completo e poder se expandir 2. unidades suplementares
indefinidamente, incluindo nomes e 3. unidades derivadas
símbolos de unidades de base e A Tab.1. mostra as sete grandezas de base, com
derivadas e prefixos necessários. nomes, unidades, símbolos de unidades e símbolos
7. Simples e preciso, de modo que da grandeza para fins de análise dimensional.
cientistas, engenheiros e leigos possam As grandezas de base eram
usá-lo e ter noção das ordens de anteriormente chamadas de grandezas
grandeza envolvidas. Não deve haver fundamentais. As sete unidades base
ambigüidade entre nomes de grandezas foram selecionadas pela CGPM ao longo
e de unidades. do tempo e para atender as necessidades
8. Não degradável, com as mesmas dos cientistas em suas áreas de trabalho.
unidades usadas ontem, hoje e
amanhã.
9. Universal, com símbolos, nomes e
único conjunto básico de padrões
A.1
Unidades SI
A.2
Unidades SI
A.3
Unidades SI
A.4
Unidades SI
A.5
B
Estilo e Escrita do SI
aceitos internacionalmente, depois
1. Introdução de muita discussão e pesquisa.
Serão apresentadas aqui as
O Sistema Internacional de Unidades regras básicas para se escrever as
(SI) possui uma linguagem internacional da unidades SI, definindo-se o tipo de
medição. O SI é uma versão moderna do letras, pontuação, separação silábica,
sistema métrico estabelecido por acordo agrupamento e seleção dos prefixos,
internacional. Ele fornece um sistema de uso de espaços, vírgulas, pontos ou
referência lógica e interligado para todas hífen em símbolos compostos.
as medições na ciência, indústria e Somente respeitando-se estes
comércio. Para ser usado sem princípios se garante o sucesso do SI
ambigüidade por todos os envolvidos, ele e se obtém um conjunto eficiente e
deve ter regras simples e claras de escrita. simples de unidades.
Parece que o SI é exageradamente No Brasil, estas recomendações
rigoroso e possui muitas regras estão contidas na Resolução 12
relacionadas com a sintaxe e a escrita dos (1988) do Conselho Nacional de
símbolos, quantidades e números. Esta Metrologia, Normalização e Qualidade
impressão é falsa, após uma análise. Para Industrial.
realizar o potencial e benefícios do SI, é
essencial evitar a falta de atenção na 2. Maiúsculas ou Minúsculas
escrita e no uso dos símbolos
recomendados.
Os principais pontos que devem 2.1. Nomes de Unidades
ser lembrados são:
Os nomes das unidades SI, incluindo
1. O SI usa somente um símbolo
os prefixos, devem ser em letras
para qualquer unidade e somente
minúsculas quando escritos por extenso,
uma unidade é tolerada para
exceto quando no início da frase. Os
qualquer quantidade, usando-se
nomes das unidades com nomes de gente
poucos nomes.
devem ser tratados como nomes comuns e
2. O SI é um sistema universal e os
também escritos em letra minúscula.
símbolos são usados exatamente
Quando o nome da unidade fizer parte de
da mesma forma em todas as
um título, escrever o nome das unidades SI
línguas, de modo análogo aos
do mesmo formato que o resto do título.
símbolos para os elementos e
Exemplos:
compostos químicos.
A corrente é de um ampère.
3. Para o sucesso do SI deve-se
A freqüência é de 60 hertz.
evitar a tentação de introduzir
A pressão é de 15,2 kilopascals.
novas mudanças, inventar
símbolos ou usar modificadores.
Os símbolos escolhidos foram
B.1
Estilo e Escrita do SI
B.2
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B.8
Estilo e Escrita do SI
B.9
C
Referências Bibliográficas
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tomaram emprestados e esqueceram de devolver, foram e são continuamente consultados para a
elaboração e atualização de seus trabalhos.)
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