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Trabalho

De
CDPEF
Plano de Aula
Artes
Alunos: Camila, Lara, Daniel, Miguel, Maria Clara, Maria Eduarda, Vitória
E Aline
Turma: CN 2003 Professora: Fabiana
Valor 4 pontos
Observando e Desenhando
Disciplina: Artes
Objetivo(s):
 Ampliar o repertório de imagens e técnicas artísticas dos estudantes.
 Exercitar a prática do desenho de observação.
 Sensibilizar o olhar dos alunos, estimulando-os a perceber a variedade de cores,
formas e texturas que nos rodeiam.

Conteúdo(s):
 Desenho de observação.
 Composição em desenho.
 Finalização com materiais diversos.

Ano(s):
4º ano – Ensino Fundamental

Material necessário:
Caderno de desenho ou folhas avulsas que possam compor um caderno, folhas de maior
gramatura, materiais diversos para finalização: lápis de cor, canetas hidrográficas, tintas de
diversas cores, giz pastel, entre outros.

Desenvolvimento:
 1ª etapa:
Para iniciar o trabalho, solicite que a turma produza um desenho de memória de elementos da
natureza – árvore e flores, por exemplo. Esse desenho, que pode ser feito em um caderno de
registro, deve ser datado como o primeiro da série. O objetivo é que o estudante veja como é
o seu desenho de memória. Em geral, eles são bem parecidos entre si.
Normalmente, surgem falas como: “Mas eu não sei desenhar nem uma árvore!”. Desafie os
alunos a tentar. Faça isso por meio do incentivo verbal, usando expressões afirmativas – “Eu
sei que você consegue”. “Faça de seu jeito”. “Desenhe aquilo que vê”. – e desenhando junto.
Os estudantes ficam muito entusiasmados quando o professor se arrisca a desenhar e
percebem que não há uma forma apenas de fazê-lo.

 2ª etapa:
Convide a turma a sair ao ar livre. Pode ser na própria escola, nos arredores ou num passeio a
um ponto turístico da cidade. Escolha um tema específico: texturas das árvores, formato das
folhas e copas, tons e cores das árvores, texturas e padrões de animais etc. Estimule o olhar de
todos, proponha que percebam as diferenças entre essas árvores, observem se as folhas são
todas iguais, olhem o formato da copa da árvore e tentem desenhar seu contorno no ar, com
os dedos.
O objetivo aqui é sensibilizar os estudantes para a variedade da natureza. Eles vão
compreender que cada elemento tem seu formato e nem todas as árvores são iguais. As
descobertas ao ar livre são muito estimulantes e a reação é de surpresa. O corpo reage a esses
estímulos. Em geral, os alunos se mostram investigadores minuciosos.
 3ª etapa:
Em seguida, com caderno de registro em mãos (ou papel e prancheta) é hora de escolher um
lugar confortável, um ângulo interessante e sentar-se para desenhar. Oriente cada um a
manter-se sempre no mesmo local até terminar o desenho começado. Se possível, sem mexer
muito a cabeça para que o ângulo de visão não se altere. Os estudantes vão descobrir as
formas que veem e buscar representá-las.
No início, é comum que tentam desenhar todas as folhas. Estimule-os a observar o contorno
das copas das árvores, os vazios entre as folhas que deixam ver outras árvores ou o céu, o
formato dos galhos e das folhas para que comecem a buscar formas diferentes de representar.
Alguns alunos produzem vários desenhos rápidos de pontos de vista diferentes, outros
desenham de forma mais lenta e detalhada. É importante respeitar essas diferenças.

Após a primeira sessão estimule, os estudantes a compartilhar os desenhos feitos, deixando


algum tempo para que comentem de forma geral como foi, os desafios enfrentados e qual
desenho mais gostaram. A turma nesse momento se encontra na fala dos amigos e pode
descobrir muitas formas de representar uma mesma árvore.
Há casos em que alguns insistem em desenhar sem olhar. Se isso ocorrer, intervenha
incentivando o olhar, iniciando um traçado para que ele continue. Incentive o desenho com os
dedos, no contorno que é visto, isso ajuda os alunos a encontrarem formas para desenhar.
Outra opção é propor desenho de um elemento, uma folha ou um conjunto delas mais
próximo ao estudante.

 4ª etapa:
Faça duas ou três sessões de desenho ao ar livre em dias diferentes e com temas variados para
que a classe reúna desenhos em seus cadernos de registro. Árvores e folhas, texturas de
troncos, flores diversas, paisagens naturais e construídas pelo homem etc.
Quando o estudante está ao ar livre, ele tem uma variada gama de possibilidades e graus de
dificuldade de desenho: o movimento de um rio, os diversos formatos de árvores, edifícios que
compõem a paisagem. Ressalte essas diferenças e estimule todos a representar aquilo que
veem à sua maneira.
Numa sequência de desenhos, proponha que alguns sejam feitos em um período de tempo
definido – de cinco a dez minutos – para estimular a captação mais geral das formas, sem
tantos detalhes. Sugira também algumas produções com mais tempo e mais detalhadas.

 5ª etapa:
Durante essas sessões, apresente reproduções de obras de arte que tratem da natureza em
épocas diferentes. O objetivo aqui é mostrar como os artistas representam os temas que a
classe está trabalhando. Escolha artistas que utilizam técnicas e formas de desenhar
diferentes, assim os alunos podem se identificar mais com um ou com outro e começar a
formar um repertório para suas criações.
Esse momento em que os artistas são apresentados à turma é uma oportunidade muito rica de
ressaltar que não há apenas uma forma de desenhar. Ao longo da História da Arte foram
muitas as estratégias usadas pelos pintores.
 6ª etapa:
Agora é hora de olhar os desenhos realizados e escolher aqueles que ficaram mais
interessantes. Os estudantes devem passar para uma folha de papel grossa o desenho
escolhido e finalizá-lo. Peça que usem tintas de pigmentos naturais. Usar folhas, cúrcuma e
urucum, cola com areia ou terra, carvão vegetal e folhas secas ou tinta guache nessa
finalização deixa o trabalho ainda mais rico.
Esse é o momento de a turma rever as produções e dar vasão a todos os estímulos que foram
recebidos durante o trabalho. Permita que cada um encontre sua forma de finalizar o desenho,
sugira materiais e dê o suporte para que consigam executar o que planejaram.

Pode ser organizada uma exposição com os trabalhos finalizados, o objetivo aqui é
compartilhar as descobertas da moçada e chamar a atenção do público ao que pode ser visto
com um olhar atento. Os desenhos podem ser acompanhados de pequenos registros escritos
das impressões pessoais.

Avaliação:
No decorrer da sequência, registre como cada um faz os desenhos, como usa o espaço do
papel, se consegue variar formas, se há mudança de uma série de desenhos para outra. Avalie
se o aluno consegue relacionar o que é visto, as imagens apreciadas e a representação no
papel. Veja se há experimentação. No momento que os estudantes preparam os trabalhos
para exposição, estimule-os a organizar o que foi produzido de acordo com a maneira como
observam os trabalhos: aqueles que mais gostaram, os mais marcantes, os que mais os
surpreenderam. Com base nessa organização, peça que escrevam uma auto avaliação do
trabalho como um todo e da experiência que viveram. Isso os ajuda a perceber sua produção
de forma mais inteira e o seu percurso de criação.

Referências bibliográficas: Iavelberg, Rosa. O Desenho Cultivado da Criança - Prática e


Formação de Educadores. Zouk. 2008 Edwards, Betty. Desenhando com o Artista Interior.
Editora Claridade. 2002

Créditos: Catarina Landim Cargo: Professora de Arte na Escola Coopep, em Piracicaba, a 164
quilômetros de São Paulo

Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/6684/observando-e-desenhando

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