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Dival G. Costa*
Introdução
Esta posição sempre foi acatada e ratificada por praticamente todas as religiões, e até de
não religiosos, com reflexos, em graus variados, no modus vivendi de diferentes povos,
seitas e ritos na atualidade, formando uma carapaça na psique do macho, no sentido de
mascarar a sua pseudo-superioridade.
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram
uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para
apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no
chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros agrediam-
no.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das
bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que
o substituto fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o
surraram. Depois de algumas surras o novo integrante do grupo não mais subia a
escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto
participado, com entusiasmo, da surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o
fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo
tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.
Origem da Maçonaria
Em 1376, a Santa Arte e Associação dos Pedreiros (The Hole Craft and Fellowship of
Masons), corporação de pedreiros de Londres, fundada em 1220, passava a se
denominar Companhia dos Franco-Maçons. Cerca de 20 anos depois, entre 1390 e
1400, foi produzido o mais antigo documento histórico da Maçonaria, conhecido como
Poema Regius, ou Documento de Halliwell – “The Early History of Freemasonry in
England, publicado em 1840”.
A obra principal sobre o manuscrito Regius foi escrita por Knoop, Jones e Hamer,
embora outros autores, como Findel, Begemann, Gould, Speth, Baxter, Mazet, Crepin,
Fiorentino, Aston, Turner, etc. [Notas transcritas em (2)].
Essa Maçonaria Operativa era formada por Talhadores de Pedra e Assentadores de
Pedra com “Regulamentos para o exercício da profissão de Maçom” nos moldes de uma
guilda, com características próprias. Em 1717, foi criada a Grande Loja de Londres
(Maçonaria Especulativa).
É costume antigo, firme e inviolável, não admitir como Franco-Maçom os seus inimigos
naturais que são: os clérigos das religiões, os possuidores de títulos e privilégios das
castas da nobreza e os homens que têm convicções contrárias aos princípios da Franco-
Maçonaria salvo, nos casos de rebeldia franca destes contra a ideologia dos grupos
mencionados.
Maçonaria andrógina ou Lojas de Adoção são aquelas que admitem mulheres aos seus
trabalhos. Normalmente, são adotadas por uma Loja masculina ligada a alguma
Obediência legal, mas considerada irregular pela Grande Loja Unida da Inglaterra, pois,
desde que os ingleses inventaram a maçonaria obediencial e abriram franquia para o
resto do mundo, colocaram como um ponto de honra a não-iniciação de mulheres,
instituindo o Clube, essencialmente masculino. Os partidários da adoção reclamavam o
direito de as mulheres participarem das ocupações maçônicas. As Irmãs, entretanto,
estavam longe de participar em igualdade com os Irmãos; o próprio nome dado a essa
maçonaria feminina indicava já que seus membros formavam uma classe inferior na
sociedade secreta. As Irmãs não fundaram Lojas particulares e independentes a serem
administradas ou dirigidas por elas mesmas; pelo contrário: eram "adotadas" por Lojas
masculinas e convidadas nas assembléias por aqueles que tinham criado um ritual
especial para elas. A Loja de Adoção era essencialmente um anexo de uma Loja
masculina. As reuniões da Loja de Adoção eram, em geral, precedidas de uma sessão da
Loja masculina. As Irmãs deveriam estar a postos a fim de poder entrar na sala onde os
Irmãos estavam trabalhando previamente. Na verdade, a maçonaria feminina do século
XVIII nunca teve uma organização independente e jamais constituiu uma Obediência.
Forestier divide estas sociedades em três tipos: i) sociedades eróticas; ii) associações
parodiando as provas que a maçonaria impunha aos candidatos ou buscando fazer-lhe
concorrência; e, iii) sociedades que estabeleciam laços de afeição platônica entre os
membros pertencentes aos dois sexos. Entre as principais podem-se citar as seguintes:
Ordem da Liberdade, Ordem da Felicidade, Ordem dos Cavaleiros e Cavaleiras da
Âncora, Ordem dos Cavaleiros e das Ninfas das Rosas, Ordem das Rosas, Ordem dos
Mopses, etc.
Podem-se citar aqui dois fatos pitorescos ligados ao "grand monde": um bilhete,
endereçado em 1776 por Maria Antonieta, rainha de França, à princesa de Lamballe,
Grã-Mestra de uma Loja de Adoção, prova que esta ilustre maçona não conseguiu
observar a discrição recomendada às Irmãs, pois a rainha dizia: "Li, com grande
interesse o que se pratica nas lojas maçônicas que você presidiu no começo do ano e que
você tanto me divertiu, contando-me. Vê-se que nestas reuniões não se faz mais do que
belas canções e que se pratica o bem".
O Irmão Bernadin dizia que o rito da adoção não tem história, pois esta "maçonaria
consistia somente em sessões de iniciação, em cerimônias ritualísticas, em bailes e em
divertimentos artísticos".
Um dos mais famosos casos de uma mulher iniciada na maçonaria é o de Elizabeth St.
Leger, filha de Lord Doneraile do Condado de Cork na Irlanda. Nasceu em 1693,
faleceu em 1773 e casou-se com Richard Aldworth de New Market em 1713. Lá pelo
ano de 1710, esta filha do Visconde de Doneraile, zeloso maçom que possuía uma loja
regular no seu castelo na qual freqüentavam os elementos de sua própria família e
irmãos da vizinhança e era devidamente registrada na Grande Loja da Irlanda. Ela
conseguiu abrir um buraco na parede e assistir não só à reunião da loja como a iniciação
do dia. Descoberta pelo cobridor externo que chamou os membros no interior da loja,
notou que tinha assistido a todos os trabalhos do dia. Após considerável discussão foi
aprovada a sua admissão na ordem, sendo iniciada e chegando a tornar-se Mestra da
loja. Segundo o historiador maçônico irlandês Milliken foi iniciada na loja nº 95 que até
hoje se reúne em Cork, contudo inexistem documentos de sua recepção na ordem.
Aparecem, contudo, registros de sua assinatura no Livro das Constituições Irlandesas
que veio à luz em 1744.
Pode-se citar mais um caso de espia através das paredes: o da senhora Harvard que foi,
posteriormente, proposta como membro honorário e iniciada na Loja Paládio nº 120 em
Hereford na Inglaterra em 1770. Esta loja ainda está no registro inglês.
O México também não fica atrás no tocante às questões da maçonaria feminina. Sua
história maçônica é quase tão conturbada quanto sua história política. Depois de muitas
brigas e conflitos foi, finalmente, fundada em 1890, a Grande Dieta Simbólica dos
Estados Mexicanos, uma obediência maçônica que teve como Grão-Mestre o general
Porfírio Diaz. Cinco anos mais tarde, o Grão-Mestre Canton foi acusado de estabelecer
lojas femininas e de ter conferido graus a sua mãe e a sua mulher!
III - A Co-Maçonaria
A Co-Maçonaria se distingue das Lojas de Adoção pelo fato de que ela não admite
dependência, aprovação ou adoção de uma loja masculina. É na opinião de suas adeptas
plenamente maçônica, fato não reconhecido por nenhuma obediência regular de
linhagem anglo-saxônica. A co-maçonaria tem mais prevalecido entre os maçons de
linhagem latina.
Em 1907, a Co-Maçonaria foi para os EEUU. Em 1918, de acordo com Neville Cryer, a
descendente direta de Elizabeth St. Leger Aldworth - Alicia St. Leger Aldworth -
juntou-se a essa nova obediência. Em 1922, segundo Arthur Edward Waite, autor da
"Nova Enciclopédia de Maçonaria", existiam mais de 450 lojas co-maçônicas.
Atualmente, encontram-se lojas co-maçônicas em mais de 50 países, incluindo-se aí, os
EEUU, Canadá, Grã-Bretanha, Austrália, Grécia, Holanda, Chile, Peru, México,
Bélgica, Venezuela e também Brasil.
Leis não-escritas:
A Tradição das Antigas Obrigações inglesas proibiam a admissão de mulheres não só na
maçonaria operativa como na Ordem dos Maçons Livres e Aceitos.
Tanto a Ordem de Mopses como a Maçonaria de Adoção eram mistas e atraíram nomes
ilustres da alta nobreza, tais como as duquesas de Bourbon e de Choiseul, a princesa de
Lamballe, amiga íntima de Maria Antonieta, o que dava a essas Lojas uma requintada
elegância a que não eram insensíveis os gigantes do pensamento moderno, tais como J.
J. Rousseau, d’Alembert, Cabanis, Voltaire, Diderot, Helvetius, etc. (5).
Em meados do Século XVIII Luisa de Kerruel fundava em França uma Loja do Rito
Escocês, destinada exclusivamente a mulheres. Outras Lojas femininas se lhe seguiram,
incluindo em Portugal. A grande Loja Feminina de Portugal está filiada ao CLIMAF,
Centro de Ligação Internacional das Maçonarias Femininas.
Fundada em julho de 1961, por três Grandes Lojas da Alemanha, Holanda e Áustria às
quais adotaram o princípio básico de posição de igualdade entre homens e mulheres
dentro da Maçonaria. Essas três Grandes Lojas foram: Humanitas Freimaurerei für
Männer und Frauen in Deutschland; Nederlandse Grootloge der Gemengte
Vrijmetselarij NGGV; Österreichischer Universaler Freimaurerorden "HUMANITAS".
Ao contrário das Ordens Maçônicas tradicionais sujeitas aos dogmas da Grande Loja
Unida da Inglaterra, a GLADA repudia energicamente o Landmark nº 18, cujo texto,
datado 1723, literalmente proíbe o ingresso na Maçonaria "de escravos, mulheres e
aleijados".
Existem hoje na França cerca de dez Obediências maçônicas, que pertencem ao Grande
Oriente da França. Entretanto, a única Potência Francesa reconhecida pela Grande Loja
da Inglaterra é a Grande Loja Nacional Francesa, fundada em 1913 - masculina, - que
congrega apenas 8 mil membros. Todas as demais Potências são consideradas
irregulares.
É preciso considerar ainda o fato que os 92 mil maçons franceses (ditos irregulares), são
os mais ativos, os que mais participam dos eventos históricos do país, e os que
apresentam as mais importantes contribuições para a Paz Mundial - como a União
Européia, o Parlamento Europeu, a Corte Européia, e reerguimento da maçonaria nos
paises do leste europeu e nos que foram longamente dominados por ditaduras, a luta
pelo laicismo e a defesa dos direitos da mulher em todo o mundo.
Qualquer mulher maçom que se faça reconhecer como tal, às portas do Grande Oriente
da França, tem livre entrada no grande prédio da Rue Cadet nº. 15, em Paris.
Identificando se na rua como maçom, não somente na França, mas em qualquer lugar da
Europa, uma mulher receberá assistência fraternal, da mesma forma que qualquer
homem, e o Irmão que lhe prestar ajuda não terá qualquer expressão de estranheza,
dúvida ou desdém, como é tão comum na América Latina.
A Carbonária
3 – Apesar das mudanças ocorridas no mundo desde 1717, a Maçonaria Regular não
abdica de seus conceitos para acompanhar a evolução da sociedade e adaptar-se ao novo
mundo. Não passa de puro dogmatismo e é contrário a todos os ensinamentos de nossas
Iniciações. A petrificação é um dos sinais de estagnação e morte, mormente quando se
pretende lutar pelo progresso da Humanidade.
4 – Seria lógico, nos tempos atuais, seguir fielmente alguns conceitos bíblicos?
Exemplos:
Levítico 18: (19-22) – Não te chegarás à mulher, para lhe descobrir a nudez, durante a
sua menstruação; Nem te deitarás com a mulher de teu próximo, para te contaminares
com ela; Com homem não te deitarás, como se fosse mulher: é abominação.
Levítico 25:44 - estabelece que posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres,
desde que sejam de países vizinhos...
Êxodo 35:2 - estabelece que quem trabalha nos sábados deve receber a pena de morte.
8 – Nos Estados Unidos é editada, a cada ano, a “List of Lodge", contendo todas as
Lojas regulares - na visão norte-americana - do mundo. O que acontecerá quando algum
obreiro, de qualquer parte do mundo, chegar representando uma Loja, e se ela não
estiver na list of lodge? Ele poderá ir passear, porque não entrará em Loja nenhuma do
local. Quem deu tal poder à maçonaria norte-americana, de julgar quem é regular, ou
não? E quem o deu à Inglaterra, a não ser o fato dela ter criado a moderna maçonaria e
ter aberto franchising? Exigindo, dos franqueados, absoluta vassalagem? Por aí se pode
ver como são estranhos os conceitos de regularidade e de irregularidade, que só servem
para dividir, ainda mais, uma maçonaria, que, por definição, deveria ser unida. (13).
9 – Somente a profunda mudança interior de cada um é que fará finalmente com que o
mundo mude para melhor. Quanto mais pessoas se religarem a verdade mais íntima,
mais próxima a humanidade estará atingindo o ponto de equilíbrio. Religiões, seitas e
gurus funcionam muito bem para os que necessitam de regras ou se sentem mais
seguros pertencendo a um certo grupo.