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2012 1

Revisão 1 – Inclusão do Capítulo 1 e troca dos números dos demais. 16/07/2012


Revisão 3 – Pequena inserção na página 27 e ajustes. 05/08/2012
Revisão 4 – Inserção na página 10 – Chrestus – Correção na tabela: –Roma + Jerusalém. 05/09/2012
Revisão 5 – Preliminarmente - O deus Sol. 08/09/2012
Revisão 6 – Sobre os essênios, o Mestre da justiça e detalhes.
Revisão 7 – Revisão geral para melhorar a compreensão dos textos 06/10/2012
Revisão 8 – Revisão geral correções e inserções elucidativas 29/08/2013

A VERDADEIRA HISTÓRIA DE JESUS CRISTO


Este livro endossa, reforça e complementa o anterior “Sinto muito, mas Jesus Cristo não existiu”,
também de minha autoria, escrito em 2003.

Preâmbulo

Olá. Você interessou-se em ler esse livro aqui. É um sinal que quer saber
a verdade que existe por trás da estória de Jesus Cristo. Muita gente não quer
saber. Para esses basta a fé. Acreditam por acreditar, e não interessa mais
nada.
Pra mim, como escritor, o que não me interessa é a vida dessa gente
enganada, que quer continuar sendo enganada. Todos receberam lavagem
cerebral, muitos desde criança, e são condicionados a não duvidar, não
questionar e não querer saber. Apenas acreditar, acreditar e acreditar... Pois
que continuem assim.
Essa obra é justamente para vocês que querem saber a verdade, não para
esses outros que já se perderam na fé cega.

Uma questão de suma importância, que muitos amigos têm me


perguntado, com muita propriedade, é: como surgiu o cristianismo, como
começou essa história de Jesus Cristo e seus apóstolos? Confesso que sempre
foi difícil desembolar esse emaranhado formado propositalmente pela Igreja
Católica, justamente para que ninguém possa provar a mentira que eles
contam.
Repare: A estória de Jesus (o conto sobre ele) ocorre nas pequenas
províncias romanas, com população irrisória, sem cultura alguma, suponho
que composta somente por analfabetos, que faziam dos ouvidos e da boca a
sua comunicação. Não havia escolas nessas vilas: Jerusalém, Jericó, Betânia,
Belém; Geraza, Cafarnaum, Gadara, Tiberíades, Betsaida, Corazim e Canaã,
além de Nazaré que nem existia e regiões desconhecidas do Egito.
Claro, isso facilita dizer que ninguém soube, ninguém viu. Quem viu,
não sabia escrever etc., como os religiosos dão como desculpa. Por isso
também, ninguém sabe quando nasceu, se foi no meio do caminho, numa
gruta ou estalagem, ninguém sabe onde, nem onde viveu da infância até a
2
idade adulta, nem o que fez na vida, nem que aparência tinha, ninguém
conheceu seus pais José e Maria, a história nada sabe sobre eles, ou seus
avós, tios, primos, sobrinhos, amigos, inimigos, nada! E argumentam que
Jesus era uma pessoa sem importância cuja vida não interessaria a nenhum
escritor, pintor ou escultor. Tudo bem... No entanto, a Bíblia está repleta de
detalhes e até dos diálogos de Jesus com o povo e autoridades romanas, com
todas as palavras ditas e as respostas dadas a ele. Como conseguiram isso, só
por mágica mesmo, ou invenção. Morreu e o corpo sumiu. Estratificou-se.
Por isso, nem ossos tem. Excelente desculpa para dar sumiço em quem não
existiu. Repararam? Pista nenhuma! Referência nenhuma! Só na Bíblia...
Mas a gente chega lá...

Vou citar nessa obra, excertos de sites religiosos, pois que essas são as
informações que existem em abundância. Embora distorcidas, elas dão
ótimas pistas da verdade, e provém de pesquisas anteriores muitas
cuidadosamente elaboradas. Cito informações colhidas diretamente de quem
participou da busca, pesquisou e traduziu os Manuscritos encontrados nas
cavernas de Qumran, no Mar Morto, John Allegro. Cito também em boa
quantidade a obra de Yakov Lentsman, escritor russo do “A Origem do
Cristianismo”, que por sua vez vai buscar preciosas informações de outros
autores históricos, alguns desconhecidos entre nós, povo humilde (nós), mas
bem conhecidos da elite histórica, que trazem preciosas informações ou
opiniões coerentes de escritores materialistas, e ainda, das escolas teológicas
de Tubingen e Mística, da Alemanha de tempos idos, 1800, por aí. Faço um
resumo da minha opinião a respeito, extraída e avaliada criteriosa e
inteligentemente dessa parafernália de informações. É como, pacientemente,
montar um quebra cabeças, criterioso e corajoso, porque é o meu nome que
está em jogo, para a posteridade. Quero ser lembrado, não como um mero
palpiteiro, mas alguém que chegou o mais próximo da verdade,
extremamente escondida, distorcida e camuflada pela Igreja e suas
“falsificações piedosas”.
A Igreja deu sumiço em todos os documentos existentes, da própria
estória popular a respeito de Jesus, impedindo que se confrontasse com as
estórias canônicas. Milhares de documentos foram queimados e a quantidade
de falsificados é enorme. Lembrem-se: A Igreja Cristã dominou desde o
povo até os imperadores, durante séculos. Fazia o que queria nos tempos
idos. E queria ganhar muito dinheiro!... Era a Igreja Vencedora. Até que,
com a modernidade, tiveram que destruir as suas próprias falsificações,
quando começaram a ser questionadas.
3
Carbono 14, comparativo de Hegel, exames grafotécnicos,
microscópicos e outros. Hoje, até a diferença química entre duas tintas é
descoberta. Aí, começaram a copiar tudo, manuscritamente, e sumir com os
originais. Quem copiava? Os padres da Igreja. Isso mesmo. Eles mesmos
reescreviam os textos, inserindo o que queriam. Fizeram isso por muitos
séculos, tranquilamente. Somente no Século XVIII começaram os
estudiosos, a levantar as primeiras dúvidas, sobre a autenticidade e a
historicidade dos Evangelhos que eles escreveram.
Por sorte, alguma coisa foi encontrada escondida, intocada, em
Alexandria e Israel (Qumran), entre 1945 e 1947, o que ajudou a montar o
quebra-cabeças da verdade.

Então, nós vamos juntos aqui, passo a passo, levantar também essa
questão e encontrar a verdadeira história de Jesus Cristo. Homem ou mito?!

Confrontando com os contos Bíblicos do Novo Testamento, nessa obra


eu analiso pelos fatos, pelos nomes, narrativas, comparações e depoimentos
históricos encontrados. Eu vivo de informações, e elas têm que ser boas;
Assim como, analiso pela ausência histórica de fatos reais, que
respaldariam a vida de Jesus Cristo e assim, servem como prova da sua
inexistência;
Eu demonstro que, o conto sobre Jesus, foi criado em meados do 2º
Século da nossa era, segundo o calendário criado pelas autoridades cristãs
daquela época, por Papas e Bispos, a partir das estórias de mitos anteriores,
inclusive o deus Cristo, espiritual, mitológico, existente a partir do final do
Século I. Esse vai ser novidade pra você;
E ainda explico como falsificações, de todo tipo, servem ainda hoje, para
tentar demonstrar que Jesus Cristo tenha existido, mesmo que, de forma
apenas mitológica.
Aqui, você só vai ler História. Esse é o meu compromisso.

Segue abaixo uma tabela do conteúdo desse livro. Não é um índice, mas
quase. Serve para você acompanhar cronologicamente os fatos aqui descritos
e para eu mesmo entender e desenrolar esse emaranhado de informações.
Acompanhe com atenção e não atropele, buscando informações fora do
contexto. Cada coisa no seu tempo. Assim, você entende melhor, pois foi
assim que eu mesmo entendi melhor e pude confirmar o meu entendimento.

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5
Um esclarecimento: Os textos de terceiros que eu copio e colo aqui, não
são revisados, justamente para manter a autenticidade. Da mesma forma há
traduções eletrônicas cujos resultados não são muito bons, mas se eu
interferir, posso até mudar o sentido que o autor pretendia. Por isso, mexo o
mínimo possível e quantas vezes entre [chaves]. Ok?

Preliminarmente: O DEUS SOL.

É muito importante você saber sobre isso. Fundamental. Do contrário


não teria posto aqui, pra fazer você perder tempo.

http://ricardomonteiro.org/?p=146 Ilustrado
Excertos do magistral site de Ricardo Monteiro com suas explicações
comparativas entre o deus Sol e todos os demais deuses conhecidos, que
basearam as suas estórias neste, tal como:
Horus do Egito, Mithra da Pérsia, Attis da Phirgia, Khrishna de
Hindostan, Dionísio da Grécia, Buddha Sakia da Índia, Salivahna das
Bermudas, Odin de Scandinavians, Crite da Chaldea, Bali do Afghanistan,
Indra do Tibet, Jao do Nepal, Wittoba do Bilingonese, Atys da Phrygia,
Xamolxis do Thrace, Zoar do Bonzes, Adad da Assyria, Alcides de Thebes,
Baddru do Japão, Thor do Gauls, Hil e Feta de Mandaites, Fohi e Tien da
China, Adonis da Grécia, Prometheus do Caucasus e Jesus Cristo de Roma.
São conhecidos como deuses solares.

Mas o que tem a ver o deus Sol e todos esses deuses com a estória de
Jesus Cristo? Você já vai começar a sentir...

Vejamos por exemplo Hórus: Ele é o Deus Sol do Egito por volta de
3000 a.C. Ele é o Sol, antropomorfizado, e a sua vida é uma série de mitos
alegóricos que envolvem o movimento do Sol no céu. Dos antigos
hieróglifos Egípcios, se soube muito sobre este Messias Solar.
Por exemplo, Hórus:
* Hórus nasceu no dia 25 de Dezembro da virgem Isis-Meri.
* Seu nascimento foi acompanhado por uma estrela a Leste, que por sua
vez, foi seguida por 3 Reis em busca do Salvador recém-nascido.
* Aos 12 anos, era uma criança prodígio, e aos 30 anos foi batizado por
Anup e que assim, começou seu reinado.
* Hórus tinha 12 discípulos e viajou com eles.
6
* Fez milagres tais como curar os enfermos e andar sobre as águas.
* Também era conhecido por vários nomes como “A verdade”, “A Luz”,
“Filho Adorado de Deus”, “Bom Pastor”, “Cordeiro de Deus”, entre muitos
outros.
* Depois de traído por Tifão, Hórus foi crucificado, enterrado e
ressuscitou 3 dias depois.

Sentiu?
Comparativamente,
Jesus Cristo nasceu no dia 25 de Dezembro da virgem Maria, em Belém,
e foi anunciado por uma estrela ao Leste, que seria seguida por 3 magos para
encontrar e adorar o Salvador recém-nascido.
Como uma criança prodígio, tornou-se pregador aos 12 anos, e aos 30
foi batizado por João Batista, e assim começou seu reinado. Jesus teve 12
discípulos com quem viajou praticando milagres tais como curar enfermos,
andar sobre as águas, ressuscitar os mortos, e foi também conhecido como o
“Reis dos Reis”, “Filho de Deus”, a “Luz do Mundo”, “Alfa e Ômega”,
“Cordeiro de Deus” e muitos outros.
Depois de traído pelo seu discípulos Judas e vendido por 30 pratas, é
crucificado, colocado num túmulo e 3 dias depois ressuscita.
São contos mitológicos semelhantes? Sim!... E são igualmente
semelhantes à mitologia do deus Sol. Essa é a relação entre todos eles.

E o que tem o Sol a ver com isso? O Sol é deus?

Bem, o Sol “nasce e morre” todo dia, mas em determinadas épocas no


ano, apreciado do hemisfério Norte, de onde as lendas surgiram, fica mais
evidente a “morte e o renascimento” anual do sol, os Solstícios
(do latim sol +sistere, que não se mexe), quando ocorre o dia ou a noite mais
longas do ano. Próximo ao dia 25 de Dezembro, Solstício de inverno, quando
o Sol parece não se mexer mais no horizonte, até o Solstício de verão, em
junho, os dias tornam-se mais curtos e frios.
Na perspectiva de quem está no hemisfério Norte, o Sol parece se mover
para o sul aparentando ficar pequeno e fraco, o encurtar dos dias e o fim das
colheitas, conforme se aproxima o Solstício de Inverno simbolizando a
morte, para os mais antigos. Era a morte do Sol.
Pelo 22 º dia de Dezembro, o falecimento do Sol estava completamente
realizado. O Sol, tendo-se movido continuamente para o sul durante 6 meses,
faz com que atinja o seu ponto mais baixo no horizonte. Aqui ocorre algo
7
curioso. O Sol deixa, aparentemente, de se movimentar para o Sul, fica
parado por 3 dias. (22, 23, 24) no horizonte, e começa a se movimentar para
o Norte.
Durante estes 3 dias de pausa, o Sol reside nas redondezas das
constelações de Alpha Crucis, mais conhecida aqui como Cruzeiro do Sul. E
assim se diz que o Sol morreu na Cruz (foi crucificado). Depois deste
período, no dia 25 de Dezembro, o Sol move-se 1 grau, desta vez para o
norte, e revive, renasce, ressurge, ressuscita, (de ressurreição) perspectivando
dias maiores, calor, e a Primavera. Daí a data simbólica do nascimento da
maioria dos deuses solares, 25 de dezembro.
Esta é a razão também, pela qual Jesus nas primeiras representações era
sempre mostrado com sua cabeça na cruz, pois Jesus é o Sol, Filho de Deus,
a Luz do Mundo, o Salvador a erguer-se, que “renascerá”, assim como o Sol
faz todas as manhãs, a Glória de Deus que defende contra as Forças das
Trevas, assim como “renasce” a cada manhã, e que pode ser “visto através
das nuvens”, “Lá em cima no Céu”, com a sua “Coroa de Espinhos” ou raios
de Sol.
O Sol esteve morto por 3 dias, apenas para ressuscitar ou nascer uma vez
mais. Esta é a razão pela qual Jesus e muitos outros Deuses Solares partilham
a ideia da crucificação, morte de 3 dias e o conceito de ressurreição.
É o período de transição do Sol antes de mudar na direção contrária no
Hemisfério Norte, trazendo a Primavera e assim a Salvação das colheitas e
da vida.
Todavia, eles não celebram a ressurreição do Sol até o equinócio da
Primavera ou Páscoa. Isto é por que no Equinócio da Primavera, o Sol
domina oficialmente o Mal, as Trevas, assim como o período diurno se torna
maior que o noturno, e o revitalizar da vida na Primavera emerge.

No seu nascimento ou renascimento, o que acontece?


A estrela no Leste é Sírius, a estrela mais brilhante no céu noturno, que
no dia 24 de Dezembro, se alinha com as 3 estrelas mais brilhantes no
cinturão de Órion.
Estas 3 estrelas são chamadas hoje, como também eram chamadas
antigamente: “3 Reis” ou as “3 Marias” (mais conhecidas assim, no Brasil),
tecnicamente, chama-se o “Cinturão de Órion”.
Os 3 Reis e a estrela mais brilhante, Sírius, todas alinhadas entre si,
apontam para o local do nascer do Sol no horizonte, no dia 25 de Dezembro.
Esta é a razão pela qual os Três Reis “seguem” a estrela a Leste, para
“localizar” o “nascer” do Sol. [Ver ilustração no site]
8
A Virgem Maria é a constelação de Virgo em latim, que significa
Virgem. Virgo também é referido como a “Casa do Pão”, e a representação
de Virgo é uma virgem segurando um feixe de espigas de trigo. Esta “casa
do pão” e seu símbolo das espigas de trigo representam Agosto e Setembro,
época das colheitas. Por sua vez, Bethlehem ou Belém, é a tradução literal de
“A casa do Pão”. Bethlehem é também a referência à constelação de Virgem,
um lugar do céu, onde o Sol nasceu, não na Terra.

Agora, provavelmente, a analogia mais óbvia de todas neste simbolismo


astrológico, são os 12 discípulos de Jesus. Eles são simplesmente as 12
constelações do Zodíaco, com que Jesus, sendo o Sol, viaja. De fato, o
número 12 está sempre presente ao longo da Bíblia.
No mapa do Zodíaco, o elemento figurativo da vida é o Sol, como se
conhece na astrologia de hoje, e isto não era apenas uma mera representação
artística ou ferramenta para seguir os movimentos do Sol. Era também um
símbolo espiritual Pagão, uma logo grafia similar a isto.
Isto não é um símbolo do Cristianismo. É uma adaptação Pagã da Cruz
do Zodíaco com seus doze símbolos (constelações).
Agora você pode entender por que todos esses deuses têm a mesma
história entre si e a coincidência (que não é coincidência), com a de Jesus,
porque esta foi apenas copiada dessas outras. Sinto muito. Eu sei que você
ficou chocado com essa informação e já quer ir embora. Desculpe... Não
feche o livro ainda não. Eu insisto: pode continuar lendo. Você precisa ter
certeza absoluta de tudo isso. Tem mais detalhes importantes no contexto.

1 - VAMOS COMEÇAR COM ESSE AQUI:

(Revista Veja, Edição 2069)

http://veja.abril.com.br/160708/p_100.shtml

Cristo antes de Cristo? Seriam os evangelhos apenas coleções de lendas


e mitos de antigas religiões?

Com o título "COMO CRISTO, MAS ANTES DELE", e o subtítulo


"Uma lápide de pedra indica que a idéia de um messias sofredor que
ressuscitou ao terceiro dia já existia no judaísmo", a revista Veja, edição
2069, de 16 de julho de 2008, relata que uma lápide de pedra, de menos de
9
um metro de altura, com 87 linhas de texto em hebraico, e adquirida há uma
década pelo suiço David Joselsohn, continha inscrições que, segundo os
peritos, referia-se a um messias sofredor que morreria assassinado pelo
exército de um rei judeu e ressuscitaria no terceiro dia após a sua morte,
semelhantemente ao que teria acontecido com o Cristo dos Evangelhos. O
curioso é que essa lápide "é anterior em provavelmente várias décadas ao
nascimento de Jesus."
Eis o texto completo:

COMO CRISTO, MAS ANTES DELE

Uma lápide de pedra indica que a idéia de um messias sofredor


que ressuscitou ao terceiro dia já existia no judaísmo
Ecce Homo, de Juan Macip, conhecido como Juan de Juanes (1510-
1579): a redenção pelo martírio
É o sonho dourado de todo colecionador: descobrir que o objeto
comprado meio que por acaso possui, na verdade, valor incalculável. Essa é
a constatação a que vários estudiosos estão chegando a respeito de uma
lápide de pedra de menos de 1 metro de altura, com 87 linhas de texto em
hebraico, que o suíço David Jeselsohn adquiriu há cerca de uma década. Por
muito tempo, a peça passou despercebida. Há alguns anos, a pesquisadora
israelense Ada Yardeni a examinou e ficou boquiaberta: de acordo com ela, a
lápide seria um equivalente em pedra de um dos manuscritos do Mar Morto,
cujas ligações com as origens do cristianismo são até hoje, sessenta anos
após sua descoberta, objeto de acalorados debates. O texto pintado na lápide
(e não gravado, como seria habitual) está apagado em partes, e um fragmento
se perdeu. Mas, conforme os vários estudiosos que analisaram o artefato
desde o ano passado, o texto fala de um messias sofredor, e acredita-se que
faça alusões também à sua ressurreição no terceiro dia após a morte.
Exatamente como teria acontecido com Cristo, segundo os Evangelhos. Só
que a lápide é anterior em provavelmente várias décadas ao nascimento de
Jesus – daí a comoção que vem causando entre arqueólogos e pesquisadores
bíblicos.

Não é, claro, que a comunidade científica acredite estar diante de uma


"profecia". O texto vem se juntar com grande peso às evidências cada vez
mais numerosas, e polêmicas, de que o surgimento de Cristo na Palestina de
2.000 anos atrás não foi um evento isolado e anômalo, mas estaria ligado de
10
forma estreita à mística judaica do período e à atmosfera política de uma
nação sob ocupação romana. Um dos mais ardorosos defensores dessa tese é
Israel Kohl, professor de estudos bíblicos da Universidade Hebraica de
Jerusalém. Segundo Kohl, o messias específico a que a lápide (que vem
sendo denominada "Revelação de Gabriel", já que o arcanjo seria seu orador)
se refere, seria um homem chamado Simão, assassinado pelo exército do rei
judeu (e colaborador romano) Herodes. O texto menciona o sofrimento como
etapa necessária para a redenção – da mesma forma como os cristãos crêem
que Cristo salva a humanidade do pecado com seu martírio. Na tradição
judaica clássica, o messias tem, ao contrário, uma imagem triunfal.

Dominic Buettner/The New York Times

Jeselsohn, com a lápide: objeto sem preço, adquirido ao acaso.

A parte mais controvertida da lápide é o ponto em que aparece a frase


"em três dias". Ada Yardeni e seu co-pesquisador, Binyamin Elitzur,
consideram ilegível o trecho que se segue a ela; Kohl, especializado na
linguagem da Bíblia e do Talmude, argumenta que ela forma o complemento
"você viverá". Ou seja, ressuscitará. Vistas sob essa perspectiva, as várias
profecias que Jesus fez sobre sua própria morte ganhariam um outro matiz –
seriam não mais vaticínios sem um precedente histórico e cultural, mas
noções já fincadas nas crenças de seu tempo e lugar. A lápide, é evidente,
deve ensejar décadas de discussão. Mas sua autenticidade vem sendo dada
como genuína – e esse já é um ponto fundamental.
............................

11
Continuando, com texto de Ivo S. G. Reis:

Reflexões sobre o Cristo crucificado e "salvador" da humanidade:


Em várias outras matérias que publiquei, tanto no blog " Debata,
Desvende e Divulgue! ", como em vários outros blogs, fóruns e sites onde
participo como administrador, moderador ou colaborador, tenho alertado
sobre a grande e real possibilidade - que defendo, até prova em contrário -
de que os Evangelhos, sejam uma coleção de lendas e mitos de antigos povos
e religiões, em alguns séculos e até mais de um milênio, anteriores ao Cristo
bíblico. Segundo elas, teriam existido 16 (dezesseis) Cristos, antes do Cristo
dos Evangelhos, com histórias de vida com inúmeros pontos em comuns, em
quase todas elas: "a vinda do messias salvador, nascido de uma virgem", "a
semelhança entre os nomes Cristo, Chrestus, Iesus, Ieoshua, Jeseus, Hesus e
outros", "os nomes da mãe de Jesus (todos assemelhados a Maria)", " o
nascimento e a visão dos 3 reis magos", "a perseguição real e a fuga dos
pais para evitar a morte da criança", "os princípios de justiça, bondade e
tolerância pregados", "as curas milagrosas", "os doze apóstolos", "a
santidade, como filho de deus", "a condenação, a morte na cruz e a
ressureição" "as 3 entidades em uma", "a pomba, o espírito santo e o
sagrado coração de Jesus".
Segundo Kersey Graves (1875), em seu livro The Word's Sixteen
Curcified Saviors (OS DEZESSEIS SALVADORES CRUCIFICADOS),
seriam estes os principais crucificados, com histórias semelhantes a do
Jesus dos Evangelhos:

1- KHRISNA (Índia, 1200 a.C),


2- BUDA SAKYAMUNI (600 a.C),
3- THAMUZ (Síria, 1160 a.C.),
4- WITTOBA (Índia, 522 a.C.),
5- IAO (Nepal, 622 a.C) ,
6- HESUS, O DRUIDA CELTA (834 a.C.),
7- QUETZALCÓATL (México, cultura asteca e maia, 587 a.C.),
8- QUIRINUS (Roma, 506 a.c),
9- AESCHYLUS, PROMETEU CRUCIFICADO (Grécia, 547 a.C.),
10- THULIS (Egito, 1700 a.C.),
11- INDRA (Tibet, 725 a.C.),
12- ALCESTUS (Grécia, 600 a.C),
13- ATYS (Frígia, 1170 a.C),
14- CRITES (Caldéia, 1200 a.C.),
12
15- BALI DE ORISSA (Leste da ìndia, 725 a.C.),
16- MITRA (Pérsia, 600 a.C). [dizem 1400 a.C]

[Ele esqueceu de HORUS (Egito , 3000 a.C), que fez sozinho, tudo isso
que os outros fizeram e DIONÍSIO (Grécia, 500 a.C), Nasceu de uma
virgem; transformou água em vinho; Após a morte, ressuscitou; Era
chamado de “Filho pródigo de Deus. E tem outros].

Além desses 16 casos clássicos, cita-se também os de Devatat (do Sião)


e Apolônio de Thiana (Capadócia), aos quais, agora, vem se acrescentar o
de Simão ou "Revelação de Gabriel" [da lápide acima], porquanto o arcanjo
seria seu orador. A história definitiva sobre este último caso ainda está por
ser escrita, mas tudo indica que será "mais um".
De tudo que foi visto, é lícito pressupor-se que se essas histórias do
messias salvador crucificado eram tão presentes nos povos antigos e se os
judeus da época cristã nelas acreditavam e precisavam de um personagem
central para o cristianismo, nada os impediria de adaptá-la para os seus
propósitos e incluí-la nos evangelhos, como se verdadeira fosse. Esta é a
hipótese mais provável. Coincidências, ao longo dos tempos, de mortais
comuns que supunham ser o messias e tentavam viver a história mítica,
sempre existiram e existem até hoje. Como os Evangelhos são desprovidos
de autenticidade histórica, vários judeus e outros personagens poderiam ter
tentado fazer-se passar pelo personagem mítico, antes e até depois de sua
suposta existência.

Agora vou falar só um pouquinho de Chrestus – O Mestre da Justiça,


mito dos judeus essênios 300/ 400 anos a/C, até ~50 anos d/C.
Esse Mestre [de nome Tiago] foi um líder judeu que dirigia
espiritualmente os essênios, um ser vivente que, morreu em 88 a.C.
crucificado por Alexandre Nannaeuse, [há controvérsias] e deixou os
essênios com a expectativa da sua ressurreição, transformado
mitologicamente num Messias, ainda esperado e cultuado com intensidade
pelos cristãos judeus essênios (“cristão judeu”, citado por John M. Allegro).
Repare: Um ser existente, crucificado, deu origem a um ser mitológico, ou
serviu de inspiração a esse salvador, com as mesmíssimas características da
estória de Jesus Cristo, conforme encontrado nos manuscritos de Habacuc,
cavernas de Qunram – Mar Morto. Tinha uma missão messiânica ordenada
por deus, desde antes do seu nascimento, com uma sabedoria pré-existente,
13
até a sua morte numa cruz (ou árvore), semelhante ao que conta o Talmud.
“O Mestre da Justiça seria filho de deus, a emanação da palavra de deus.
Através do seu testemunho terreno, o Mestre poderia inspirar os seus filhos
a seguirem o caminho. Pelo seu sofrimento e fé no Mestre da Justiça, eles
são salvos da casa do julgamento” (Manuscrito de Habacuc). “A cruz não
era então um símbolo de vergonha ou humilhação para o crente. Era sim o
símbolo glorioso do amor de deus, que mostrava que ele não poupava o seu
próprio filho para aqueles que nele acreditavam se pudessem salvar”.
John Marco Allegro (1923 - 1988) foi um arqueólogo e estudioso dos
manuscritos do Mar Morto. Ele estudou línguas semíticas na Universidade
de Manchester e dialetos hebraicos na Universidade de Oxford. Participou
das pesquisas e traduções dos escritos essênios e a partir deles a conclusão de
que o Jesus Cristo é um mito. Escreveu O MITO CRISTÃO E OS
MANUSCRITOS DO MAR MORTO – 218 pg. Referindo-se ao movimento
essênio, escreveu: "O que este não pode fornecer, nem nunca forneceu, foi
um Josué/Jesus histórico, habitante da Palestina no Século I, ...... que a
imaginação popular retirou dos Evangelhos". "por trás do Jesus da tradição
religiosa ocidental existiu um século antes, um essênio histórico, Mestre da
Justiça"... "o personagem real por trás de Jesus de Nazaré no Novo
Testamento". " Na verdade temos de lembrar que a história contada nos
Evangelhos é quase ficção pura".
Conclusão: O Mestre da Justiça nada mais era que o próprio Jesus –
Messias, filho de deus – esperado, voltaria – então, aproveitando a estória
pronta, o Jesus Cristo foi criado posteriormente pelos padres católicos, lá por
meados do Século II, um mito idêntico ao Chrestus dos Essênios.
Os Essênios como a maioria dos povos místicos dos Séculos próximos à
mudança de era, tanto a/C, como d/C, prestavam atenção aos sinais do fim
tempos, nas palavras dos seus mestres profetas que prenunciariam o Juízo
Final e a chegada do Reino de Deus. Acreditavam na salvação das suas
almas pela fé num Messias, filho de um deus, enviado por este, e um
chamamento especial para a fundação do novo reino, com o perdão dos seus
pecados. Assim, os Messias se sucediam entre as diversas culturas e em
especialmente entre os essênios, que buscavam no sacrifício das suas vidas,
essa maior aproximação com deus. O seu mestre reunia todos os bens da
comunidade e os afastava deles, para que não fossem tentados pelos bens
materiais. Vez em quando, alguns invasores vizinhos matavam muitos e
usurpavam os tesouros escondidos pelos Mestres que eram poupados. Daí,
levanto uma ponta de desconfiança, segundo a malícia do século XXI, que

14
esses “Mestres” se assemelhavam aos Bispos e Papas de hoje. Você sabe
como... $$$
Sempre que eu citar que o cristianismo veio dos essênios, lembre-se
disso que eu escrevi aqui.

Bem... Isso tudo foi ANTES. Agora vamos entrar na história do Século I

2 - O FANTÁSTICO PRIMEIRO SÉCULO.

O conto mitológico de Jesus, segundo a Bíblia, confunde-se exatamente


com a história de Roma, da Palestina, a história do povo, e da vida existente
em suas províncias, estendendo-se até o Egito (Alexandria), que por algum
tempo foi dominado e governado pelos romanos.

Ano 1 (Veja o mapa que eu disponibilizei)

Vamos começar pelo ano 753 do Calendário Romano, sob o império de


Augusto, que foi iniciado na fundação dessa cidade, que passou a ser o ano
01 do calendário adotado pelos cristãos, 600 anos depois, e vamos referirmo-
nos a este, principalmente, somente por ser o nosso calendário atual aqui no
Brasil, um país sob forte influência cristã. Lá na Índia já é outra coisa... Na
China, no Japão, em Israel, nos países islâmicos, e os que não cristãos, são
outros calendários. Mas vamos usar o nosso, pra não fazer confusão.

Havia nessa época, em Roma, uma grande religiosidade entre os povos,


que se originavam das várias províncias conquistadas pelos romanos, e, as
religiões, penetravam a cidade na sua multiplicidade. Roma, como a Grécia,
acabava de sair de uma forte mitologia, de deuses, reconhecidos hoje como
falidos: Júpiter, Apolo, Marte, Vênus, Juno etc., que justificara toda a vida
dos romanos até então.

Dentre essas religiões existentes, dezenas, além das judaicas, e as


cultuadas aos deuses imperadores, destaco o Mitraísmo, criado em 1400 a/C,
inspirado pelo deus Sol dos antigos persas, um deus com muitas qualidades,
há de se imaginar, semelhantes às que atribuíram a Jesus posteriormente.
Essa religião era fortemente praticada nas cidades e arredores. Em Roma, no
início deste 1º século, mesma época do mito Jesus, havia mais de 700
templos dedicados a Mitra e muitos outros mais, em cidades próximas como
na cidade de Óstia. Entretanto, o mitraísmo só foi oficialmente aceito no
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Império a partir do segundo século. Alcançou sua maior popularidade no
Século III e acabou em 390, por imposição do mesmo Império que o
reconhecera, e que agora adotava o cristianismo.

Ano 8

Havia também em Roma, nesse mesmo início de século, um indivíduo


cuja história de vida é clara, mas foi criado sobre ele, tanto misticismo, que
acabou virando mitologia: Apolônio de Tyana (ou Tianá).
Nascido entre 1 e 10 d.C. em Tyana, na Capadócia, Turquia, ou Ásia
Menor como era conhecida à época, Apolônio teve pais aristocratas e viveu
entre sacerdotes, líderes e imperadores, questionando-lhes a ética e a
desonestidade. No Egeu, aos dezesseis anos instruiu-se nos mistérios de
Pitágoras. Deixou o Egeu dez anos depois e dirigiu-se à Índia, quando no
caminho, provavelmente entre 41 e 54 d.C. na Pérsia, conheceu seu discípulo
Damis (“Vamos juntos” – dissera Damis - “Tu seguirás a Deus e eu a Ti”).
Passou pela Babilônia, Tróia, Chipre e Grécia, onde se iniciou nos mistérios
de Elêusis. Em 66 d.C., já em Roma, tentou introduzir, junto com o Papa
Lino, reformas religiosas, mas fugiu de lá devido às perseguições de Nero.
Viajou para a Espanha, África do Norte e Alexandria, no Egito, onde
também pregava religião e citava profecias judaicas.
Apolônio de Tyana viveu na mesma época de Jesus. Ficou famoso e
reconhecido historicamente, como o maior filósofo do mundo greco-romano,
não apenas durante o século I, mas até o século V. Seu busto encontra-se
hoje no Royal Bourbon Museu em Nápoles, Itália. O Imperador romano
Caracalla (211-217) construiu uma capela em sua homenagem, e o
Imperador seguinte, Severo, colocou a estátua de Apolônio em sua
residência, entre seus objetos religiosos. Quando o Imperador Aureliano
(270-275) estava sitiando Tyana, teve uma visão de Apolônio e suspendeu o
sítio, salvando assim muitas vidas (dizem). Posteriormente Aureliano
dedicou-lhe um templo. A vida e os ensinamentos de um homem como
Apolônio podem ter influenciado os princípios da Igreja Cristã e até mesmo
o teor dos Evangelhos.
Hoje em dia, quase um ilustre desconhecido, foi apagado pelos
católicos, não há como avaliar sua influência na história bíblica e sua
biografia não registra qualquer encontro com Jesus, nem uma citação ao
menos, nem a qualquer de seus discípulos ou a cristãos que pudessem ter
existido na época. Teria morrido com 80 ou 100 anos.
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Diz a mitologia de Apolônio, que este fazia milagres, semelhantes aos
de Jesus e levitava (pairava no ar). Perseguido, acusado, preso e acorrentado
pelo Imperador Domiciano, em 93 d.C., soltou a sua perna do corpo e a
recolocou de volta, livre das correntes, e disse a seu discípulo: ”Estás vendo
a liberdade que tenho, portanto peço-te que não desanimes”. No seu
julgamento não lhe foi permitido defesa, e disse a Domiciano: “Nem mesmo
tua lança mortal pode matar-me, pois não sou mortal”, e desapareceu do
tribunal. Em 96 d.C., em Éfeso, teve uma visão do assassinato de Domiciano,
após o que encaminhou seu discípulo de volta a Roma e desapareceu
misteriosamente.
Apolônio e Jesus, ambos filósofos viajados, duas vidas de muita
semelhança, existentes na mesma época e local, mas uma largamente
comprovada e outra nem resquícios deixou? Não se conhece nenhuma
estátua antiga de Jesus, ou templos que se lhe tivessem sido dedicados, nesse
mesmo período do 1º Século, ou mesmo pessoas, documentos ou fatos
históricos, que lhe tivessem feito qualquer referência. Só a Bíblia escrita a
partir do ano 150, versa sobre Jesus Cristo. Muito estranho isso...

Você leitor, pode admitir tudo! Menos que dezenas de escritores que
viveram nessa mesma época e lugar que o hipotético Jesus, não o tenham
conhecido e escrito alguma coisa, qualquer coisa, sobre ele, nem um desenho
rupestre, por mais insignificante que fosse, e não era! Isso não bate de jeito
nenhum! Aqui eu reclamo pela sua inteligência e raciocínio. Afinal, no conto
sobre ele, a Bíblia garantia que não era uma pessoa qualquer, comum, um ser
vulgar que passasse despercebido, pois ele, teve contato com multidões, com
líderes romanos, imperadores, prefeitos, houve perseguição, desde o seu
nascimento, discussões com os sacerdotes romanos, milagres incríveis,
julgamento, crucificação, morte agonizante, covarde, e depois de tudo isso o
cara ainda aparece vivo, de novo, e ninguém soube?... Ninguém viu? Meu
amigo... Não dá. Pense nisso direitinho...
E não foi só um escritor ou dois!... Veja mais esses aqui:

Ano 12

Paterculus (19 a.C – 31 d.C). Historiador romano - O autor não


apresenta uma visão histórica real, embora geralmente de confiança em suas
declarações de fatos individuais acontecidos em Roma. Ele pode ser
considerado como um cronista da corte, em vez de um historiador. Sua
cronologia é inconsistente. Em César, Augusto e acima de tudo, em seu
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patrono Tibério, ele despeja elogios ou bajulação. Vivia em Roma e nos seus
50 anos de vida, nunca mencionou “cristãos” em seus textos e muito menos
Jesus Cristo ou seus milagres. Um comentariozinho, nada!

Fedro (Macedônia) (15 a.C. – 50 d.C). Fabulista romano nascido na


Macedônia, Grécia. Autor de cinco livros de fábulas em verso. Viveu na
época de Jesus, poderia ter cruzado com ele no caminho, mas não escreveu
nenhum versinho, conto ou referência sobre ele. Nenhuma fábula?

Columella (Lucius Moderatus) (04 d.C – 70 d.C). Embora um


fazendeiro, na capital do império fez parte dos mais altos círculos sociais
pelo seu gosto pela intelectualidade e de sua atividade como dono de terras e
produtor, escreveu obras sobre agronomia e agricultura. Era um jovem ainda,
quando viveu na mesma época de Jesus, poderia ter esbarrado nele no
caminho, frequentou a sociedade romana, mas não se interessou pelas
“obras” de Jesus que cultivava almas. Não citou nenhum das suas frases
ilustrativas, comparativas ou filosóficas! Do filho de deus?! Nada?

Ano 15

Da mesma forma, Públio Valério Máximo - (1º Sec. a.C. - 1º Sec. d.C.),
foi um escritor romano. Viveu em Roma, na mesma época de Jesus.
Sua obra capital são os nove livros Factorum dictorum memorabilium
("Fatos e ditos memoráveis"), dedicados ao imperador Tibério. Foi escrito
em Roma no ano 31, e o seu fim era elogiar uma série estabelecida de
virtudes romanas por meio de anedotas e relatos tradicionais ou extraídos de
historiadores e filósofos. Esta compilação de anedotas serviu aos oradores
para extrair narrações morais com o fim de ilustrar os seus discursos.
Nunca citou os dotes morais de Jesus Cristo, nem as memoráveis cartas
de Paulo, Lucas, Marcos ou Mateus, nunca citou a existência de cristãos,
nem como piada. É possível isso?! Afinal, Roma não era uma metrópole!
Todo mundo se conhecia ali! Já havia a escrita! Tudo era divulgado.
Você não acha estranho? Acontecer tudo aquilo que conta a Bíblia com
tantos detalhes, bem ali, e Valério Máximo não tomar conhecimento?

Ano 18

Em 4 a/C nasceu na Espanha Lucius Annaeus Sêneca, tendo viajado


ainda moço para Roma e falecido lá em 65 – Era um religioso, historiador e
18
filósofo romano – O trabalho de Sêneca foi principalmente pesquisas teóricas
dos fenômenos naturais. Em seus escritos anuncia a idéia do Deus absoluto e
todo poderoso e a necessidade da resignação perante os golpes do destino
pela vontade do Altíssimo. Engels chamava Sêneca de “tio do cristianismo”.
Os padres da igreja, Tertuliano e S. Jerônimo, consideravam Sêneca como
um deles. Entretanto não se encontra nos seus escritos qualquer referência a
Jesus Cristo, aos cristãos, ou mortos saindo dos sepulcros. As cartas que teria
trocado com Paulo se revelaram uma fraude, mais tarde, porque Paulo
também não existiu. Não citou, em seus livros, nenhum fenômeno de
escuridão ou eclipse, havido no início do Século I, quando Jesus teria sido
morto como atesta a Bíblia. É realmente, uma questão sem resposta, como
alguém, do porte de Sêneca, com o conhecimento teológico e intimidade que
tinha com a cidade romana e suas províncias, deixou passar em branco a
estória contada na Bíblia. Isso é uma aberração! A única conclusão a que
chego é que: Não havia nenhum cristianismo nessa época, e muito menos
houve algum Jesus Cristo, ou ele teria sido mencionado. Você não pode
desconsiderar isso. Até aqui eu já matei a charada, mas vamos adiante.

Anos 20

Ainda no regime do Império de Tibério, Herodes Antipas, governador da


Bitínia, no ano 27, mandou decapitar João Batista, um pregador messiânico
nascido em 2 a/C, depois de deixá-lo 10 meses na masmorra, desde o 6º mês
do ano 26, porque esse metera-se no seu casamento com Herodias, dizem
uns, ou porque ele era um líder temerário, pregando coisas dissociadas do
império, dizem outros. O escritor Flávio Josefo, que nasceu em 37 e escreveu
sobre ele 60 anos depois, limitou-se a contar, sobre sua prisão, confirmando
sua existência. João Batista liderava naquela cidade, um grupo de seguidores
conhecidos como Mandeus. Eram Gnósticos (suficientemente documentados
na história), que ainda hoje existem, e são 100.000, a maioria no Iraque. A
base do seu culto ainda é o batismo. Josefo escreveu sobre J. Batista, mas
não escreveu sobre o filho de deus que ele batizou. Faz sentido isso pra
você? A falsificação que existe nas cópias do seu livro, e fala sobre Jesus, foi
inserida antes dele contar sobre J. Batista! Como é que pode?
Herodes Antipas, em nenhum momento de sua vida, citou a existência
de Jesus, que por ali deveria andar. Ninguém jamais escreveu ou referiu-se a
um batismo de Jesus Cristo por João Batista, nem o próprio João Batista e
nem o Flávio Josefo que escreveu sobre João, o que eu acho muito estranho,
mesmo porque há uma incrível defasagem de datas. Batista morreu em 27,
19
não poderia ter batizado Jesus no ano 30. Pois é, mas eles já inventaram um
erro na Bíblia sobre as datas... Na “palavra de deus”? hehehe...
É claro que existe o “Testimonium Flavianum”, uma tremenda
falsificação que eu analisei no outro livro sobre Jesus. Mais adiante escrevo
de novo sobre isso, pode deixar...

Ano 25

Teve grande importância no Século I, durante o império de Tibério que


foi do ano 14 ao 37, o culto a deusa Isis da mitologia egípcia, que já vinha
desde 2.500 a/C espalhando-se pelo mundo greco-romano. Tinha igualmente
sua família de deuses milagreiros: Geb, Nut, Osíris, Seth e Hórus, todos
devidamente adorados, e desfilavam em procissões pelas ruas de Roma,
coincidentemente, na mesma época que dizem ter nascido Jesus. Juntos, Isis
e Osíris simbolizavam a realeza do Egito. Hórus fez milagres muito
semelhantes aqueles que imputam a Jesus, e suas trajetórias de vida têm
incríveis semelhanças: (Com o deus Sol também)
Hórus nasceu dia 25 de dezembro;
Nasceu de uma “virgem”, a deusa Ísis-Meri com o deus Osíris;
Nascimento acompanhado por uma estrela a Leste;
Estrela seguida por 3 magos;
Aos 12 anos, era uma criança prodígio;
Batizado aos 30 anos;
Começou seu ministério aos 30;
Tinha 12 discípulos e viajou com eles;
Operou milagres e andou sobre as águas;
Era “chamado” de Filho de Deus, Luz do Mundo, A Verdade, Filho
adorado de Deus, Bom Pastor, Cordeiro de Deus, etc.
Foi traído, crucificado, enterrado e ressuscitou 3 dias depois.
São coincidências muito intrigantes com o cristianismo, que sugerem
uma bela imitação, portanto, uma invenção, criada a partir desses e outros
fatos anteriores. Invenção não gera seres vivos, de pouca importância
histórica, como eles tentam explicar por aí, gera mentiras. Do nada! Eu
também já passei por isso. Achava que Jesus tinha sido um homem qualquer,
mais um fanático esperto e milagreiro. Mas e agora? Como é que fica?
Hoje a Arqueologia encontrou vestígios dos templos e pirâmides de Isis,
em todas as partes de Roma, durante a dinastia Julio-Claudiana que imperou
até o ano 68. Entretanto, durante esse período, não houve qualquer menção
ao filho de deus ressuscitado, nem a nenhum Jesus Cristo de carne e osso,
20
mesmos citações rudimentares, objetos ou interações com os romanos,
embora toda a mitologia bíblica faça referência a ele, justamente nessa época
e nesse local. Eu não quero que você pense que Roma estava ali disponível e
de repente apareceu um Jesus Cristo. Pelo contrário, fervilhava de deuses e
crendices das mais absurdas e fantásticas, menos o cristianismo, porque lá
não existia, ninguém sabia, ninguém ouviu falar, não existe na História desse
período.

Para não variar, muitas falsificações cristãs ocorreram nessa época, ou


seja, posteriores a essa época, mas referida a ela, porque, quando a estória
pegou força, nada havia para dar credibilidade ao Jesus Cristo.
Existe ainda hoje, uma carta de um tal Publius Lêntulus, descrevendo a
pessoa de Jesus, loiro de olhos azuis (rs), que rola por aí na boca de pastores,
e documentos católicos deste hipotético presidente da Judéia, ou suposto
senador romano vivido na Galiléia, enviada a Tibério, que a própria
Enciclopédia Católica considera uma figura fictícia. No entanto, essa carta é
divulgada entre os cristãos como se fosse verídica, criando falsas
expectativas entre eles. Enganar o povo dessa forma é uma sujeira! Coisa
podre mesmo!... Mas que remédio? Eles precisam sobreviver! E enriquecer!
Outra farsa semelhante, uma Carta de Pôncio Pilatos para Tibério César,
também falando da aparência de Jesus. Eles dizem que é um reimpresso
cujas cópias estão na Biblioteca Congregacional em Washington. Pode até
ser, mas trata-se com certeza, de um texto apócrifo dentre tantos outros,
redigido possivelmente no século III. No caso, sem autoria e sem validade
histórica como todas essas outras cartas: de Pilatos a César, de Pilatos a
Herodes, de Herodes a Pilatos, De Lentulus a Octávio, todas falando sobre
Jesus sua aparência e moral. Isso é tudo o que temos no período do
Imperador Tibério, até o ano 37. Nada sobre Jesus Cristo, mas um monte de
falsificações, falsificações e mais falsificações, (confira, por favor)
distorções e apelações para atestar a existência de quem não existiu. Por que
tantas falsificações? Nada teriam, realmente, que documentasse a vida de
Jesus? Será possível?! Nem uma cartinha autêntica?! Não... Não tinham.

Anos 30

Vivia também em Roma, um Historiador, Teólogo, Filósofo grego de


origem judaica, Philo-Judaeus 15 a.C. – 50 d.C., conhecido como Filon de
Alexandria. pertencia a família de sacerdotes. Escrevia sobre a síntese do
judaísmo e da filosofia helenística (grega). Apologista religioso, quase um
21
fanático, escrevia sobre Deus, estudava os textos bíblicos (Bíblia hebraica ou
Torá) exegeticamente e via neles muito mais do que os significados textuais.
Buscava nas palavras, a autenticidade da mensagem divina. Através dessa
interpretação ele via na Bíblia (VT) a doutrina da existência de Deus. “As
palavras são somente um instrumento para se tentar conhecer Deus que por
princípio não pode ser expresso por palavras”- dizia. Pontos de vista de
Filon coincidentes com os do cristianismo, serviram de ponto de partida para
a ideologia cristã. Ele conhecia bem Jerusalém porque sua família morava lá.
Escreveu muita coisa sobre história e religião judaica do ponto de vista grego
e ensinou alguns conceitos que também aparecem no evangelho de João e
nas epístolas de Paulo. Philo também ensinou sobre Deus ser um espírito,
sobre a Trindade, sobre virgens que dão à luz, judeus que pecam e irão para
o inferno, pagãos que aceitam a Deus e irão para o céu e um Deus que é
amor e perdoa. Entretanto, Philo, um judeu que viveu na vizinha Alexandria
na mesma época da hipotética existência de Jesus, quase com a mesma idade,
certamente saberia da história do filho de deus crucificado, porém nunca
mencionou alguém com este nome nem nenhum milagreiro que tenha
morrido e depois ressuscitado em Jerusalém, sem falar em eclipses,
terremotos e santos judeus saindo dos túmulos e andando pela cidade. Por
que não? Era o seu trabalho! Faleceu quando o cristianismo deveria estar
latente na região. “O completo silêncio de Philo é ensurdecedor!”- dizem. A
única explicação possível é que o cristianismo, não existia nessa época. E
nesse caso, a história de Jesus é mentira! Certo? Você está de acordo com a
minha conclusão, ou existe outra? Se você tiver dúvidas, vá procurar se
certificar. Mas, pelo amor de deus: Não é na Bíblia nem perguntando ao
pastor!... É nos documentos da HISTÓRIA. Mesmo assim há mentiras e
falsificações. Existe muito interesse sujo acobertando a verdade. Desde
galinhas, ovos e pés de couve no Interior, a bilhões de dólares nas
metrópolis!
Nota: A Wikpédia na Internet ajuda, você pode consultar porque
pretende ser verdadeira, mas não garante. Portanto, pesquise!

Anos 40

Vivia nos bastidores romanos um escritor chamado Quinto Cúrcio.


Quinto que viveu presumivelmente sob o reinado do Imperador Claudius (10
A.c – 54 d.C), entre Nero e Vespasiano, se dedicou muito à história de
Alexandre o Grande. Vivia por lá. Nos seus primeiros livros preservados,
22
narrava os fatos detalhados sobre as campanhas de Alexandre contra o rei
persa Dario III. Acredito que se interessaria, mesmo que em separado, ou até
daria preferência à história de Jesus Cristo, um milagreiro, filho de deus, que
ressuscitava gente, teria morrido tragicamente em Roma e ressuscitado,
segundo seus seguidores, mas estranhamente, nada escreveu sobre Jesus de
Nazaré que teria vivido na mesma época, e no mesmo lugar que ele. Bem...
Vamos dizer que ele não teve interesse nessa coisa de morrer e ressuscitar.
Devia ser comum, na época, pessoas morrerem e depois saírem andando por
aí... Por isso preferiu Alexandre o Grande.

Anos 50

Mais um escritor, Caio Plínio Segundo, conhecido como “Plínio o


velho” – (23 a 79 d/C) – que era um Naturalista romano, autor clássico no
ano de 77 escreveu "Naturalis Historia", um vasto compêndio das ciências
antigas, curiosas e existentes, distribuído em 37 (trinta e sete) volumes,
dedicado (oferecido) a Tito Flávio, futuro imperador de Roma.
Como um cientista envolvido em eventos sísmicos naturais, certamente
teria registrado a conhecida escuridão ocorrida durante a crucificação de
Jesus, como vemos em Thallus, a menos que não tivesse ocorrido. Assim
como estranhamente, nada citou sobre os santos que saíram dos sepulcros e
andaram pela cidade conforme consta das escrituras sagradas, e nem mesmo
o próprio filho de deus, não mereceu a sua referência. Acho que, para ele, se
fosse um fato verídico, teria sido um milagre, o tipo de evento que Plínio não
iria desprezar - pois ele era um cético e racionalista da mais alta ordem.

A partir do ano 37, quando entramos no Império de Calígula, sobrinho


de Tibério, de natureza extravagante e cruel, ficou tanto demente já no seu
final, quando acabou assassinado. Foi nessa época que Pilatos suicidou-se.
Posteriormente seguiram-se Cláudio e Nero até o ano 68.
Viviam e passavam por Roma, os judeus cristãos essênios,
extremamente politizados, que há muito não gostavam dos romanos (F.
Josefo) e causavam arruaças na cidade.
Essênios esconderam seus textos escritos em papiros e cobre, em
cavernas, durante a destruição de Jerusalém, que iriam ser descobertos
muitos séculos depois. Seus documentos foram redigidos desde 3 séculos a/C
até o ano 68, em Hebreu, Aramaico e Grego.

http://www.misteriosantigos.com/essenios.htm
23
(site cristão bem distorcido, eu aproveitei essa referência)

"A mais espantosa revelação dos documentos essênios até agora


publicada foi a de que os essênios possuíam, muitos anos antes de Cristo,
práticas e terminologias que sempre foram consideradas exclusivas dos
cristãos. Os essênios tinham a prática do batismo, e compartilhavam um
repasto litúrgico de pão e vinho presidido por um sacerdote. Acreditavam na
redenção e na imortalidade da alma etc., o mesmo do cristianismo.

Muitas frases, símbolos e preceitos semelhantes aos da literatura


essênia são usados no Novo Testamento, particularmente no Evangelho de
João e nas Epístolas de Paulo. O uso do batismo por João Batista levou
alguns eruditos a acreditar que ele era essênio ou fortemente influenciado
por essa seita, tal a similaridade. [Uma desculpa esfarrapada, para as cópias
que fizeram dos textos essênios].
Todos esses documentos foram preservados por quase dois mil anos e
são considerados o achado do século, principalmente porque a Bíblia, [VT],
até então conhecida, data de uma tradução grega, feita pelo menos mil anos
depois desta de Qumran” [a Torá] – G. Lankester Harding – [Não confunda
com o Novo Testamento, porque eles confundem de propósito].

No final da década de 1940, a descoberta de centenas de manuscritos


atribuídos aos essênios, em cavernas na região do mar Morto, despertou a
esperança de que o material pudesse confirmar finalmente a ligação entre
esta seita e os primeiros cristãos. (?!) [Eles mesmos se iludem com isso].
Após décadas de trabalho e controvérsias, a tradução integral dos
manuscritos do mar Morto foi completada em 2002, mas não havia nenhuma
referência direta a Jesus, João Batista, apóstolos ou aos primeiros cristãos.
Os essênios provavelmente foram exterminados pelos romanos, ou obrigados
a deixar suas comunidades e fugir para salvar suas vidas, por volta do ano 68
e largaram seus escritos para trás”.

Os líderes religiosos insistem, dissimuladamente, que os achados de


Qumran têm alguma coisa a ver com Jesus Cristo. Os seus seguidores
cristãos, não têm culpa de serem enganados o tempo todo, e fica mesmo
difícil mostrar a verdade, porque já agora há um descaramento nessas
informações mentirosas. Sim, As descobertas do Mar Morto, têm a ver com a
Bíblia, mas o Velho Testamento! Não os contos sobre Jesus. Que horror!

24
Saulo e os Essénios, a Influência Essénia no Cristianismo
(Site cristão, Rosacruz, não se esqueça) – Trecho.

‘Quando se fala dos essénios, é já um lugar comum realçar a influência


que exerceram no cristianismo nascente. De fato, a possibilidade de
comparação entre termos [frases] cristãos e essênios é quase infinita. Há
mais do que uma simples comunhão de espírito entre o essenismo e o
cristianismo’
[Eles estão dizendo! Não eu. Ficou claro que os cristãos copiaram deles]

http://apocrifos.vilabol.uol.com.br/primitivo.html

“As epístolas de Paulo tem as maiores semelhanças entre os essênios e


o cristianismo primitivo: Os filhos das trevas e os filhos da luz. A refeição
comunal comum a Qumran e ao primeiros cristãos; parecem influências
vindas de Paulo”. [Ou as epístolas de Paulo foram criadas pelos essênios?!]

Diante de tantas similaridades entre os textos dos essênios e o NT da


Bíblia, descambaram os cristãos dizendo que Jesus foi um essênio, ou que
Jesus viveu entre os essênios. Chega a doer... Que Jesus foi influenciado
pelos essênios, ou que João Batista foi um essênio, até mesmo que Paulo
influenciou os essênios, como você leu acima. A única consideração que eles
não quiseram nem pensar, é que A Bíblia de Jesus e as cartas de Paulo,
foram copiadas ou inspiradas quase que totalmente, nos textos essênios! Eu,
entretanto, vejo isso claramente, principalmente porque os essênios existiram
antes! Como os judeus cristãos essênios esperavam a vinda do Mestre da
Justiça Chrestus, com história já pronta, os católicos apenas aproveitaram a
dica e copiaram tudo, pois trata-se dos mesmos textos, as mesmas ladainhas,
os mesmos personagens, as mesmas palavras, inclusive Paulo e um dos
Evangelhos, João, tudo igual, a mesma coisa. Aproveitaram até o nome
Cristo que era Chrestus, (nomes iguais em Hebraico). Verdade seja dita, os
essênios também copiaram de outros anteriores, e isso tudo veio desde o
deus Sol dos Sumérios.

Estes judeus essênios foram citados literalmente, por diversos autores,


entre eles, Flávio Josefo e Suetônio. Os essênios tinham um líder espiritual
mitológico chamado Chrestus – O Mestre da Justiça – que de fato não
existia, mas era o Messias esperado, que ainda voltaria. A escrita hebraica
comum na região, não possui as vogais, de tal forma que “Chrestus” escreve-
25
se assim: KRST. Foi fácil para os falsários e impostores católicos dizer que
tratava-se de Christós, (Cristo) porque a palavra em hebraico é exatamente
igual: KRST.
Existe, entretanto, sutis diferenças que podem ser apreciadas, para
definir de quem se está falando:

Os judeus cristãos do Mestre da Justiça eram politizados e arruaceiros,


os cristãos de Jesus, eram sossegados e humildes (viviam escondidos), e só
foram encontradas citações a respeito deles, bem depois da metade do Século
II.

Quando Suetônio, em “Vida dos Doze Césares”, diz que o imperador


Cláudio "expulsou os judeus de Roma, tornados sob o impulso de Chrestos,
uma causa de desordem"; e, na vida de Nero, que sucedeu a Cláudio,
acrescenta: "Os cristãos, espécie de gente dada a uma superstição nova e
perigosa, foram destinados ao suplício"... (O trecho em negrito é uma
inserção falsa)

Sem dúvida alguma se tratava dos judeus essênios nos dois casos. Por
que cristãos, nem existiam nessa data, mas judeus cristãos. Mesmo assim,
nunca foram desordeiros nem perigosos. Que suplício? Quem foi supliciado?
Chrestus? Cristãos só foram supliciados lá pelo Século II e III. Confira na
História! Isso faz parte da História! As falsificações também!...

O APOCALIPSE – Escrito em 68.

Com relação ao Apocalipse (dito de João) tenho a seguinte observação a


fazer:
O Apocalipse foi copiado dos essênios, não sei se todo ou em grande
parte. Isso foi verificado nas descobertas do Mar Morto, nas cavernas de
Qumran, e já era de muitos anos, antes da estória de Jesus Cristo. Por tal
razão, e por evidente que é, não falava de nenhum Jesus. Claro e óbvio.
Até o final do Século III esse livro foi considerado Apócrifo pela Igreja,
e não fazia parte do Cânone Cristão. Mas, em 325, no Concílio de Nicéia, foi
determinado quais livros seriam canonizados ou não, e o Apocalipse entrou
nessa coleção. Preste atenção.
Entretanto, em 363, o Novo Testamento é oficialmente reconhecido
como canônico, com exceção do Apocalipse que foi retirado do grupo.

26
Não demorou, em 397, o Concílio de Cartago decide a reincorporarão
do Apocalipse. Dessa vez, para sempre.

Vou fazer uma pergunta: Se o Apocalipse, um livro histórico, escrito em


68, citasse Jesus ou Jesus Cristo, teria ficado de fora da Bíblia?
Claro que não!... Impossível!... E ele já estava lá.
A Igreja andava desesperada atrás de evidências que pudessem justificar
a existência de Jesus Cristo. Por que dispensariam o Apocalipse citando
Jesus? Mas dispensaram...
Sabe por que o Apocalipse foi dispensado? Porque não citava nrnhum
Jesus! Essa também é uma conclusão óbvia! Claro! Aí, comprometia! Fazia,
justamente, o efeito inverso, PORQUE PELA SUA ÉPOCA DEVERIA
CITAR! Seria obrigatório citar! E NÃO CITAVA! Mas o Apocalipse de
hoje, cita Jesus por diversas vezes!... Você desconfia do quê? Como você
explica isso? Por que tiraram essa obra preciosa? E como apareceu depois?
Eu explico: O Apocalipse, originalmente copiado dos essênios, não
citava Jesus. Colocaram no Cânone porque fazia parte da cultura terrorista do
medo, e se arrependeram depois. Era um bom livro, servia aos seus
propósitos maléficos, mas iria comprometer a Igreja, porque em 68, falava
apenas de um Cordeiro de deus, com sete chifres e sete olhos, mas não falava
sobre Jesus Cristo. Nem cristãos, nem Cristo pelo menos! Por isso, foi
retirado. Ora, se o Jesus Cristo já existia desde o ano 1, não teria cabimento
eles em 68, ainda usarem o termo Cordeiro de Deus, cheio de chifres e olhos!
O Apocalipse já estaria inserido desde o início da confecção da Bíblia em
150, como o livro mais antigo que citou Jesus! Seria até o primeiro! O mais
importante! Mas só resolveram colocar depois de 325 anos! E depois de
muita discussão. Como pode ser isso? Por que foi assim? Aí, ... 38 anos
depois, RETIRARAM! 34 anos depois colocaram de novo! E fizeram a
manobra milagrosa, de Jesus aparecer no Apocalipse, recolocaram de volta,
dessa vez para sempre. Mas... Mas... Você precisa concluir...
A verdade é que, o Apocalipse, escrito (melhor dizendo, copiado dos
essênios) em 68, não falava de Jesus Cristo. Enntennndeu??? Nem Jesus,
nem Cristo. Porque, Jesus Cristo, nem como mito divino existia nessa
época!... Quer prova maior? Essa é uma prova de peso, de que não existia
Jesus nenhum em 68, ou seja, se não existia em 68, é porque não existiu
nunca! Uma prova que apenas exige o seu raciocínio, a sua capacidade de
analisar e tirar conclusões. Sua inteligência!

Anos 70
27
Aqui, mais alguns escritores que viveram no Século I e escreveram no
final deste e início do II, não se deram o trabalho de escrever nada sobre
Cristo (nem estou dizendo Jesus Cristo, mas apenas Cristo). Quero com isso
demonstrar que a crença em Cristo, mesmo o reconhecidamente deus
mitológico, não despertava a atenção desses escritores, e você há de convir
que a maioria tivesse alguma religião.

Publius Papinius Statius (45 - 96). Foi mais um. Romano, poeta do
Século I (Era a Prata da literatura latina). Além de sua poesia em latim, que
incluem um poema épico, a Tebaida , uma coleção de poesias ocasionais, o
Silvae , e o épico inacabado, o Achilleid. Era romano, vivia em Roma, palco
da aventura cristã, mas ninguém jamais comentou o assunto por lá. Por isso,
nada escreveu sobre Jesus. Nem em latim, nem em grego, nem em chinês,
nem em português.

Plutarco de Queroneia (46 - 126). Filósofo e biógrafo grego, nascido em


Queronéia. Escreveu “Moralia”, sobre moral e ética. Embora tenha passado a
maior parte da vida em sua cidade natal, onde ocupou altos cargos públicos e
dirigiu uma célebre escola, estudou matemática e filosofia em Atenas, viajou
pela Grécia e passou por Alexandria, morou em Roma (de 75 a 95), onde
lecionou filosofia durante o reinado do Imperador Domiciano (81a 96).
Nunca deu uma aula sobre Jesus, nem filosofou sobre seus milagres porque
desconhecia totalmente o assunto. É possível você viver no Rio de Janeiro
por 30 anos e desconhecer a estátua do Cristo? Ou a estátua não existia
ainda! Ia ser confeccionada e você não ia adivinhar, não e?

Caio Valério Flaco (Nasceu em data desconhecida, morreu em 90).


Poeta da Roma Antiga (Final Século I). Foi um romano que floresceu na
"Era de Prata", sob os imperadores Vespasiano e Tito e escreveu uma
Argonautica Latina que deve muito a Apolônio de Rhodes épico mais
famoso ". Não fez qualquer menção a cristãos, Jesus, Cristo, ou Jesus Cristo.
Dá pra desconfiar de alguma coisa? Isso já no final do 1º século!...

Anos 90

Flavio Josefo, conhecido historiador judaico nasceu em 37, escreveu


também próximo ao ano 90 e esses escritos constituem uma fonte preciosa
para o estudo da história da Palestina no primeiro século da nossa era.
28
Forneceu importantes informações sobre os essênios e outras seitas da
Judéia. Escreveu sobre João Batista e Pilatos, mas silenciou totalmente sobre
os cristãos e nunca mencionou Jesus em suas obras.
Os cristãos, que hoje dão ouvidos aos seus líderes mentirosos ou
ignorantes, afirmam e insistem muito, em duas falsificações grosseiras
criadas no livro “Antiguidades Judaicas”, já derrubadas pela ciência, pela
história e por mim. Uma interpolação de oito linhas apenas (imaginem) bem
ao estilo de Lucas, contando a vida e morte de Jesus, escrito lá pelo ano 93.
Claro que a Igreja Católica sumiu com o original. Acontece que, sumido o
original, os católicos passaram a validar as cópias manuscritas, que jamais
poderiam ter a mesma autenticidade, principalmente estando nas mãos de
padres copistas. Daí, os textos se multiplicaram em formatos diversos a partir
deste. Uns com 6 linhas outros com 10 linhas, quase todas as palavras e
termos são diferentes, uns melosos e outros formais. Uma salada só, que
justifica aquele ditado: “Quem conta um conto, aumenta um ponto”.

Claríssimo e evidente, entretanto, são os trechos originais de Josefo:


antes e depois da falsificação, que não se harmonizam com o falsificado
entre eles, porque se referem: o posterior, ao anterior exatamente, e nessa, os
falsários católicos se atrapalharam:
Veja o que diz o reinicio do texto após a falsificação:

“Também, nesse mesmo tempo, outra calamidade triste pôs os judeus


em desordem”

Assim eu pergunto: Essa “outra calamidade” refere-se obviamente, ao


texto anterior, onde uma calamidade teria ocorrido, certo? Ou teria sido a
vida de Jesus essa calamidade anterior? Pense bem. Jesus foi uma
calamidade?
Refere-se ao avanço dos soldados de Pilatos sobre os judeus
desarmados, quando mataram muitos, como encontrado no texto anterior à
falsificação? Ou a crucificação de Jesus seria isso uma calamidade?
Onde está a calamidade referida no texto posterior? Na vida de Jesus, ou
na morte covarde dos judeus desarmados?
Não seria mais lógico falar sobre Jesus junto das páginas e páginas da
história de João Batista, que o batizou? Ou, no mínimo, depois dela? Por que
foi colocada antes dos textos sobre João Batista? Oito linhas?
Com essa simples análise, você pode garantir a verdade. Consulte o livro
“Sinto muito mas Jesus Cristo não existiu” e obtenha mais detalhes ainda.
29
Além disso, tendo Josefo nascido depois da hipotética morte de Jesus,
bem pra lá, nada testemunhou de fato. Supondo-se que o texto seja
verdadeiro, resta saber quem teria contado sobre Jesus a Josefo? Um ateu, eu
garanto que não foi. Cristãos, não existiam nessa época. Vale isso como
prova da existência do “mestre”, ou prova de uma falsificação grosseira
posterior?

Observe ainda que Orígenes, cognominado Orígenes de Alexandria ou o


Cristão, nasceu no Egito, ano 185, foi um teólogo, filósofo e um dos Padres
gregos.
Em sua famosa obra apologética “Contra Celso” (próximo ao ano 248),
Orígenes refuta as críticas deste filósofo pagão (Celso), que havia escrito
uma obra anti-cristã. Falou a respeito da referência de Josefo a Tiago como
irmão de Jesus (já falsificado) no mesmo Antigüidades Judaicas, mas não
mencionou o Testimonium Flavianum, nesse mesmo livro, porque esse
trecho foi inserido depois do outro. Orígenes, criticando, escreveu que Josefo
“não considerava Jesus como sendo o Cristo” e “não diz nada dos feitos
maravilhosos de nosso Senhor”. Isso em 248! Caramba! Em 248! Portando,
houve uma interpolação posterior a essa data, no original, que,
posteriormente, foi examinado e declarado falso. Assim, a Igreja achou
melhor, depois de tirar uma cópia manuscrita, sumir com ele. Que valor tem
essa cópia hoje para nós? Nenhum! Nada! Você não pode estar discordando
de mim. Eu colhi os dados, nomes e épocas, de fontes seguras, e estou
colocando as conclusões aqui pra você. Você pode raciocinar também...

Veja essa outra aqui


De 26 a 36 Pôncio Pilatos foi prefeito pouco expressivo e muito
controvertido da Judéia, uma província romana, criticado por Filon de
Alexandria pelas mortes incontáveis e contínuas. Certamente, Pilatos era um
matador. Segundo contam Filon e Flávio Josefo, seu relacionamento com os
judeus não era bom. Na opinião de Josefo, os anos em que Pilatos esteve
como prefeito foram anos turbulentos na Palestina, e Filon escreve que o
governador caracterizava-se pela "sua venalidade, sua violência, seus roubos,
seus assaltos, sua conduta abusiva, as freqüentes execuções de prisioneiros
que não tinham sido julgados, e uma ferocidade sem limites" Em 35, Pilatos
trucidou um grande numero de samaritanos, os quais, consequentemente,
protestaram ao seu superior, Vitélio, legado provincial da Siria, o qual
destituiu Pilatos e o enviou a Roma a desculpar-se com o Imperador,
segundo Flávio Josefo que dele contou muitos detalhes. Flavio Josefo
30
escreve sobre um episódio no qual Pilatos teria entrado em Jerusalém
portando a efígie do imperador (romano) e causando grande tumulto entre os
judeus. E no mesmo livro, Josefo ainda fala de outro feito, segundo o qual
Pilatos teria pego tesouros do Templo Sagrado para financiar um aqueduto.
Óbvio que tendo nascido em 37, Flávio Josefo apenas arregimentou
informações para conseguir esses detalhes sobre Pilatos e os redigiu próximo
ao ano 90. Pilatos não foi o mesmo que mandou matar Jesus?
Curiosamente, nos escritos de Filon e Josefo, não consta a história de
Jesus sendo julgado por Pilatos, ou nenhuma outra referência feita a
interação de ambos, o que acredito teria sido de suma importância nos meios
sociais e populares romanos, muito mais do que os fatos por eles narrados, se
tivessem acontecido. Já imaginou? Pilatos manda matar o filho de deus e o
cara ressuscita três dias depois?! É um acinte! Ia deixar ficar por isso
mesmo?
Eusébio de Cesaréia, em sua História Eclesiástica, afirma que Pilatos
caiu em desgraça junto ao imperador Calígula e cometeu suicídio por volta
do ano 37 d.C. Nada escreveu sobre o julgamento nem a morte de Jesus.

Dizem os cristãos que a arqueologia confirma os textos evangélicos.


Nada de espantoso nisso. A mitologia de Jesus Cristo foi montada sobre um
lugar histórico e existente Roma! Alexandria! Palestina! Por que inventariam
um Jesus em Marte ou na Groenlândia? O filme foi nas cidades existiam,
claro! O resto também, os imperadores, também, mas Jesus, não. O “mestre”
foi inserido neste exato lugar, com todas as suas características, hoje
arqueológicas!
Ainda assim, para sustentar as profecias do VT que diziam Jesus seria
um nazareno, tiveram que achar uma cidade de Nazaré e aí a coisa
complicou, porque nenhuma cidade existia com esse nome. Precisaram fazer
uma Nazaré às pressas, e hoje, já é uma imensa cidade. Agora encontraram
ruínas nas imediações de Nazaré, que remontam ao 1º século. Considere-se,
entretanto, duas coisas: A Nazaré real, pode ter sido construída no 2º ou 3º
século, quando perceberam a incoerência, e hoje, já são ruínas. Autores
antigos, como Josefo, nunca mencionaram tal cidade. E lá não consta
nenhuma encosta habitável, que justificasse a estória bíblica de arremessar
Jesus pelo barranco. Como entender isso? A "Enciclopédia Bíblica", uma
obra escrita por teólogos, e talvez a maior obra de referência bíblica no
idioma Inglês, assume: "Não podemos nos aventurar a afirmar
categoricamente que havia uma cidade de Nazaré no tempo de Jesus.", mas

31
ela foi mencionada na Bíblia, como tantas outras que serviram de pano de
fundo a essa mitologia. Nada de novo.

Decimus Juvenalis (55-127). Poeta e retórico romano, autor das Sátiras.


Conhecido, em Inglês, como Juvenal, era um romano poeta ativo na segunda
metade do Século I e início do Século II, autor do “Sátiras”. Os detalhes da
vida do autor são claras, e há referências dentro do seu texto para pessoas
conhecidas do final do primeiro e início do segundo séculos. Nunca satirizou
nenhum Jesus, ou seus algozes.

Anos 100

Meu deus! Estamos já no 2º século e nada de Jesus Cristo!...

Díon Crisóstomo (40 d.C – 120 d.C). Foi um orador, escritor, filósofo e
historiador grego do Império Romano, que floresceu no Século I. São retidos
oitenta discursos seus. Seu nome vem do grego Chrysostomos, que
literalmente significa "boca de ouro". Nessa época Jesus já deveria ser
histórico. Não é todo dia que alguém morre, ressuscita e some, anda sobre as
águas, faz milagres e ressuscita pessoas, transforma-se em líder espiritual e
ninguém o conhece. Mas Dion nada ouviu a respeito, daí também não
discursou, não escreveu nem filosofou sobre o Mestre dos mestres. O que
você acha?

Essa aqui é fantástica!


Plínio, o moço (o jovem), em carta ao imperador Trajano pede instrução
a respeito dos cristãos, que se reuniam de manhã para cantar louvores a
Cristo (hábito essênio segundo J. Alegro).
"...os cristãos estavam habituados a se reunir em dia determinado,
antes do nascer do sol, e cantar um cântico a Cristo, que eles tinham como
Deus"

Reparem bem: “tinham como deus” Vamos grifar isso. Eu vou lembrar
isso mais adiante. Houve um deus chamado Cristo! Aconteceu em 112! Já
havia Cristãos nessa época, mas de um Cristo sem corpo, apenas o espírito, e
era tido como deus, de fato, como citou Plínio, no entanto, Jesus só foi
passado à categoria de deus, em 325, no Concílio de Nicéia, como você verá
adiante. Então, que deus é esse? Mesmo tendo essa justificativa que eu
apresento eu acho (acho) que esse trecho é uma inserção posterior de um
32
original que já não existe, no mesmo estilo das demais falsificações. Ainda
assim, vejamos:

Plínio o jovem, é tido pelos cristãos como um testemunho da


historicidade de Jesus Cristo, por causa dessa frase. Assim, eu trago aqui
para nossa análise, esse fato, o que ele dizia e achava a respeito dos cristãos,
desmentindo essa premissa.

Minha nota esclarecedora: Oriundo dos judeus essênios, cujo mito que
adoravam chamava-se Chrestus - o Mestre da Justiça - e de deuses antigos
como Krishna dos hindus, o termo “Cristo” e a crença nesse personagem,
divino, nasceu e desenvolveu-se mitologicamente. Esse Cristo era um ser
espiritual, adorado como deus, obviamente sem corpo ou matéria, assim
como referiam-se naquela época (ver Marcion adiante). O cristianismo dessa
época é identificado hoje como “cristianismo primitivo”, pois tratava-se de
outro personagem, que não o Jesus Cristo que conhecemos, mas apenas um
tipo de deus chamado Cristo.
Nada tinha a ver com Jesus Cristo, cujo nome foi criado a partir de um
prolongamento dessa crença dos cristãos primitivos, com o homem
crucificado.
Observe bem o termo “cristianismo primitivo”, que difere o deus
Cristo incorpóreo, do homem Jesus Cristo. Confira na Internet.

Excerto do site:
http://www.e-cristianismo.com.br/pt/cristologia/214-plinio-e-a-historicidade-
de-cristo (Um site cristão - dê um desconto)

“Dos dez livros de cartas que se conhecem de Plínio, é apenas no


décimo livro, mais precisamente na carta 96 é que encontramos algo sobre o
cristianismo primitivo e Cristo. Como supõe-se que essas cartas tenham
sido organizadas cronologicamente, essa declaração é normalmente definida
por volta do ano 112 dC”.

Lá pelo ano 200, segundo Tertuliano, um apologista cristão, esse deus


já fazia parte de uma trindade, porque separaram o Cristo (deus), criaram o
Jesus (filho) e o Espírito Santo como uma 3ª personalidade, o que também
não era novidade. Trindades já havia há séculos na mitologia antiga.
Reparem: Estamos já no segundo século e o que existia era uma
crença num Cristo criado e desenvolvido pelo misticismo do próprio povo,
33
como um deus (confirmando as palavras de Plínio: “adoravam como um
deus”). Havia uma intolerância do Império Romano nessa crença, que
contrariava os interesses dos imperadores que se achavam deuses e queriam
ser reverenciados com exclusividade.

Continuando com o site:

“Nessa carta ele [Plínio] fala sobre o rápido crescimento do


Cristianismo na província da Bitínia, seja nas regiões urbanas ou rurais. Ele
descreve a situação com templos romanos (pagãos) abandonados de tal
forma que o "negócio daqueles que vendiam forragens para os animais
sacrificados, fora afetado”. Ele também afirma ter interrogado aqueles que
haviam sido acusados de ser cristãos e sentenciados a morte por isso, para
verificar se insistiam em sua afirmação de serem de fato cristãos [rejeitavam
o deus imperador] como ele mesmo afirma, observe:”

Plínio (entre 97 e 109) escreve: - "Esta foi a regra que eu segui diante
dos que me foram deferidos como cristãos: perguntei a eles mesmos se eram
cristãos; aos que respondiam afirmativamente, repeti uma segunda e uma
terceira vez a pergunta, ameaçando-os com o suplício. Os que persistiram
mandei executá-los pois eu não duvidava que, seja qual for a culpa, a
teimosia e a obstinação inflexível deveriam ser punidas. Outros, cidadãos
romanos portadores da mesma loucura, pus no rol dos que devem ser
enviados a Roma"

“Nas colocações de Plínio sobre o cristianismo primitivo em termos


muito parecidos com os encontrados nos escritos de Tácito e Suetônio: para
ele o cristianismo também era uma "superstição" "contagiante" que tinha
condições de corromper o proceder romano [no qual só os imperadores eram
deuses]. A autenticidade das cartas de Plínio não são contestadas e, portanto,
nelas encontramos mais um relato histórico sobre a historicidade(*) de
Cristo.

(*) Espera aí!!! Reparem que, o site cristão do qual o texto foi
copiado, desconhece, ou tenta empurrar propositalmente essa distorção.
Historicidade do deus Cristo, seria o certo dizer (se é que deuses têm
História). Pois não se tratava de Jesus Cristo, mas de um deus Cristo (sem pé
nem cabeça literalmente). Essa é uma diferença que precisa ser considerada.

34
Esse Cristo de Plínio, não era Jesus Cristo, que ainda não existia nem como
lenda.
Por outro lado, se bem observado, a referência cabe perfeitamente a
Chrestus, mito essênio. Um dos dois casos parece se encaixar bem. Acredito
mesmo que durante vários decênios as crendices se entrelaçaram, morrendo
uma e despertando outra, desde que era tudo mitológico. Não havia deuses
de carne e osso. Ou era o mito Chestus ou o mito Cristo deus a quem faziam
referência. O mito Jesus Cristo só foi criado em 325.

(1) Cristo era adorado como Deus pelos antigos cristãos;


(2) Plínio se refere posteriormente em sua carta que os ensinos de
Cristo e seus seguidores eram excessivamente supersticiosos e contagiosos,
como termo reminiscência de ambos, Tácito e Suetônio;
(3) Os ensinos éticos de Cristo eram refletidos nos juramentos dos
cristãos de que jamais seriam culpados pelos pecados mencionados nessa
carta;
(4) Provavelmente encontramos uma referência a instituição de Cristo
da comunhão cristã celebrada na festa do amor, nas declarações de Plínio
sobre a reunião deles para compartilhar comida [Bem no estilo comunitário
do Mestre dos essênios]. A referência aqui alude a acusação por parte dos
não cristãos que os cristãos eram suspeitos de um ritual assassino e beber o
sangue durante esses encontros, o que confirma nosso ponto de vista que a
comunhão é o assunto a que Plínio se refere; [isso aí, não é coisa de Jesus]
(5) Há também uma possível referência ao Domingo (*2) na
declaração de Plínio que os cristãos se encontravam em um dia específico"

(*2) isso é invenção do site.

Assim explico que a referência de Plínio a Cristo, não comprova em


NADA, a existência de Jesus Cristo, que morreu na cruz, mas do mito
Chrestus dos essênios arruaceiros ou ao mito Cristo sem corpo. “Cristo não
veio em carne, apenas parecia que tinha um corpo real, uma espécie de
ilusão” – escreveu Marcion em 144

E que negócio é esse de deus? Jesus foi “elevado” à categoria de deus,


em 325, no Concílio de Nicéia! Portanto, aí, pode também também referir-se
aos cristãos judeus do Mestre essênio, arrematado por inserções falsas, ou ao
mito Cristo, um deus de caráter exclusivamente espiritual, dependendo da
data que se desenvolveu nessa época. Eu estou dizendo que esse Cristo
35
existiu!... Como um mito, proveniente de Chrestus o Mestre da Justiça, que
como ele não existia realmente. Era mitológico. Ainda viria! As pessoas
acreditavam mesmo nesses seres mitológicos tais como Horus, Isis, Mitra e
Chrestus e antes, uma tonelada deles que existiam naquela cidade. Daí,
nenhuma novidade, mas não vamos misturar com Jesus Cristo, o mito que
nasceu em Belém e foi crucificado como nos conta a Bíblia. Esse ainda
estava se iniciando no meio do povo. Estava se transformando, a partir dos
anteriores. O próprio nome Jesus (encontrado em personagens antigos) e os
apóstolos, ainda iriam se desenvolver a partir de datas próximas a 140, e o
Jesus Cristo, só após 325.

Os personagens adiante viveram em Roma e adjacências, até


Alexandria, no Século I. Estranhamente nenhuma referência fizeram sobre
Jesus Cristo, seus pais ou seus apóstolos. Muitos sequer citaram Cristo,
porque este não foi de grande importância no meio dos demais mitos: Isis e
Mitra.

Anos 110

Tácito o Pensador, foi um historiador romano, que viveu entre 55 d.C. -


120 d.C., nasceu e morreu no sul da França, mas viveu em Roma. Graças a
Tácito, muitas vidas ilustres se tornaram conhecidas. Seus dotes oratórios
como jurista foram várias vezes reconhecidos, mas foi como historiador que
Tácito alcançou a fama. Entre os anos 100 e 117, escreveu os "Anais", onde
relatou a história dos imperadores romanos desde Tibério até a morte de
Nero. Escreveu vários textos sobre cristãos, mas nunca citou Jesus ou Jesus
Cristo, nem soube se ele caminhou sobre as águas, sobre sua crucificação,
seu julgamento, morte, ressurreição, sumiço. Nada! A semelhança do que
fizeram no livro de Flávio Josefo, falsificaram dois pequenos parágrafos e
sumiram com o original. Mas vamos ver isso:

História Universal – Carl Grimberg – 1989 – Vol. 8


“Por isso, para desfazer a acusação (que recaía sobre ele) Nero
considerou culpados e infligiu refinados tormentos àqueles que se tornaram
detestados pelas suas abominações e a quem a plebe chamava cristãos. esse
termo vem de cristo, a quem no tempo de Tibério, o proconsul Poncio
Pilatos entregara ao suplício. Imediatamente reprimida, esta detestável
superstição ressurgiu, não só na Judéia, onde nascera o mal, mas também

36
em Roma, onde se refugia tudo quanto há de medonho e de vergonhoso no
mundo e encontra aí uma numerosa clientela.

Outra tradução:

"Para destruir o boato (que o acusava do incêndio de Roma), Nero supôs


culpados e infringiu tormentos requintadíssimos àqueles cujas abominações
os faziam detestar, e a quem a multidão chamava cristãos. Este nome lhes
vem de Cristo, que, sob o principado de Tibério, o procurador Pôncio
Pilatos entregara ao suplício. Reprimida incontinenti, essa detestável
superstição repontava de novo, não mais somente na Judéia, onde nascera
o mal, mas ainda em Roma, pra onde tudo quanto há de horroroso e de
vergonhoso no mundo aflui e acha numerosa clientela".

Mais outro texto do mesmo fato: Qual dos três é o ideal, ou original eu
não sei. Os outros são cópias ou traduções diferentes, mas em 117, já havia o
Cristo mitológico incorpóreo... Você já vai ter certeza disso. Prometo. Não se
tratava de Jesus Cristo, mas um deus Cristo, ou ainda de Chrestus dos
essênios.

Tácito escreveu: "Nero, sem armar grande ruído, submeteu a processos


e a penas extraordinárias aos que o vulgo chamava de cristãos, por causa do
ódio que sentiam por suas atrapalhadas. O autor fora Cristo, a quem no
reinado de Tibério, Pôncio Pilatos supliciara. Apenas reprimida essa
perniciosa superstição, fez novamente das suas, não só na Judéia, de onde
proviera todo o mal, senão na própria Roma, para onde de confluíram de
todos os pontos os sectários, fazendo. Pela confissão dos presos e pelo juízo
popular, viu-se tratar-se de incendiários professando um ódio mortal ao
Gênero humano".
Estava em pauta o ano 100. Apesar de já existir o mito do deus Cristo
(ainda no seu início), o trecho sublinhado é falso, porque esse Cristo teve
nada a ver com o Jesus Cristo que morreu na Cruz, nem foi supliciado
porque não tinha corpo. O termo “cristãos” é válido para a época.

De volta ao texto original, observe: “detestável superstição”? “nascera o


mal? “horroroso e vergonhoso”, “coisas audazes e vergonhosas”?
“Incendiários”? “detestável superstição”? “Ódio mortal ao gênero humano”?
- Quem? Cristãos de Jesus? O mestre do amor? Seria possível tratar-se de
Cristãos de Jesus? Pessoas pacíficas que viviam recolhidas e faziam seus
37
cultos com notável discrição, humildes que se entregavam para morrer pela
sua fé que apareceram depois do 2º século? – Os Cristão que referia-se
Tácito, eram os judeus essênios, que declaradamente não gostavam dos
romanos. E nenhum Chrestus foi supliciado, porque mitos não podem ser
supliciados. Então, o texto foi falsificado...
No caso, “Cristãos” e “Cristo” são distorções oriundas do nome do mito
Chrestus ou judeus cristãos, acrescentado de mais uma inserção falsa que cita
“Tibério”, “Pilatos” e “suplício”.

Continuando:
“Não há fontes mais antigas a respeito do maior movimento espiritual
do mundo, porque, durante muito tempo, os cristãos foram considerados
uma pequena seita religiosa sem impotância” – declara Grimberg –
“quando menciona estes crimes cometidos pelos cristãos, Tácito torna-se,
sem dúvida, intérprete de boatos que circulavam em Roma.”
Nenhuma estória há de um Messias milagroso, que foi julgado em
Roma, crucificado e ressurreto depois de 3 dias, nesse boato que Tácito
mencionou – Acrescento.

Continuando:

Perseguição sob Nero, 54-68

Minha nota de entrada: Cristãos de Jesus Cristo, só começaram a


aparecer na história, após meados do Século II, após a confecção da Bíblia
que difundiu a estória da cruz. Qualquer referência a Cristãos anterior a isso,
o refere-se aos cristãos do mito essênio Chrestus, ou mesmo Cristo (no caso
abaixo) ou ao deus Cristo sem corpo, apenas espiritual, que apareceu na
história já no final do Século I, início do II. Foi mencionado por Marcion em
144 e pelos gnósticos dessa época. Cristo ou Jesus, isoladamente, dá nome a
outros personagens que não bíblicos ou Messias, inclusive a alguns mártires
da cruz, como oriundos do deus Sol.
Adianto ainda que Jesus era uma qualificação, que poderia ser, como foi,
dado a Muitos mitos “filhos de deus” por aí. Flávio Josefo, John Allegro e
outros, citam Josué, filho de Moisés, como Jesus. Jesus Josué. Deixando esse
nome muito conhecido e utilizado nas estórias religiosas. Fato que provocou
o surgimento desse nome, no meio do povo do segundo século e seguintes.

38
Em Hebraico, Chrestus ou Christós, escreve-se: KRST. Daí a confusão
feita (propositalmente?!) pelo autor polonês, e Cristo é apenas um adjetivo
(ungido) que pode ser qualquer um.

Veja o texto (posterior ao ano 100).


“O primeiro caso documentado de perseguição aos cristãos pelo
Império Romano direciona-se a Nero. Em 64, houve um grande incêndio em
Roma, destruindo grandes partes da cidade e devastando economicamente a
população romana. Nero, cuja sanidade já há muito tempo havia sido posta
em questão, era o suspeito de ter intencionalmente ateado fogo. Em seus
Annales, Tácito afirma que "para se ver livre do boato, Nero prendeu os
culpados e infligiu as mais requintadas torturas em uma classe odiada por
suas abominações, chamada cristãos pelo populacho"
Ao associar os cristãos ao terrível incêndio, Nero aumentou ainda mais
a suspeita pública já existente e, pode-se dizer, exacerbou as hostilidades
contra eles por todo o Império Romano. As formas de execução utilizadas
pelos romanos incluíam crucificação e lançamento de cristãos para serem
devorados por leões e outras feras selvagens. Os Annales de Tácito
informam: "... uma grande multidão foi condenada não apenas pelo crime de
incêndio, mas por ódio contra a raça humana. [quem? Cristãos de Jesus?]
E, em suas mortes, eles foram feitos objetos de esporte, pois foram
amarrados nos esconderijos de bestas selvagens e feitos em pedaços por
cães, ou cravados em cruzes, ou incendiados, e, ao fim do dia, eram
queimados para servirem de luz noturna".

A diferença entre cristãos de Chrestus e de Jesus Cristo já foi explicada


anteriormente. O “Mestre Recto” (da Retidão, Justiça etc.) aparece na
história como mito, um futuro Messias que retornaria, depois de morto em 84
a.C. Salvo nas falsificações. Jesus Cristo não apareceu nem de um jeito nem
de outro. Então, não apareceu, até aqui, pelo menos...

Você deve ter reparado isso. A história de Roma (o que inclui suas
províncias) não admitiu a história do mito Jesus Cristo. Os fatos e
acontecimentos que fizeram a história romana são esses que estou
descrevendo. Posteriormente, os criadores de Jesus Cristo, retroagiram o
conto no tempo, a partir do ano 1, e mudaram até o calendário para dar mais
força, mas que, como azeite e água, absolutamente não se misturaram:
História romana, de todas as suas províncias e cidades conhecidas, é uma

39
coisa certa, comprovada e documentada. Conto sobre Jesus Cristo, uma
ficção que tentaram entranhar na história. (E conseguiram por muitos anos).
O que eu estou fazendo? Separando uma coisa da outra. Descolando um
pedaço de couro legítimo, de um papelão barato, que prensaram juntos, para
parecer uma coisa só. Você já vai chegar a Marcion de Sinope, no ano 144 e
entender esse Cristo sem carne.
Pra você saber, já em 110, havia, de fato, Cristãos e não eram de
Chrestus, muito menos de Jesus Cristo, mas era o cristianismo se formando e
o deus Cristo conhecido, era uma figura mística sem corpo e sem nome,
apenas um deus espiritual, conforme reconhecido dito por Plínio o Jovem.
Ver adiante. Esse Cristo, entretanto, não fora supliciado, por isso a
falsificação. Na época que Tácito fez referência, ainda eram os cristãos dos
essênios. Ele poderia muito bem ter feito confusão. Ok?

Favorino di Arles (80 – 160). Filósofo grego antigo, sofista, o sofista


chamado “segundo lugar”, que faziam parte do Dio de Prusa, Atticus
Herodes, Publius Aelius, Aristides e Luciano de Samosata suportados pelo
mesmo Imperador Adriano. Nunca ouviu falar de Jesus Cristo e, assim
também, não escreveu sobre ele.

Gnosticismo (excerto)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Gnosticismo

Os Gnósticos. [Primeiro Século] Do grego "Gnósis = Sabedoria,


Conhecimento" Conjunto de correntes filosófico-religiosas sincréticas que
chegaram a mimetizar-se [misturar-se, confundir-se] com o cristianismo nos
primeiros séculos de nossa era, vindo a ser declarado como um pensamento
herético após uma etapa em que conheceu prestígio entre os intelectuais
cristãos. Acreditavam que Deus Supremo é espírito absoluto e causa de todo
bem, enquanto a matéria é completamente má, criada por um ser inferior
que é Jeová. O propósito é então escapar deste corpo que aprisiona o
espírito. Afim de chegar a libertação, é necessário que venha um mensageiro
do reino espiritual. Cristo. Que já estava chegando...
A respeito da Pessoa de Cristo, havia dentro do gnosticismo, uma
variedade de idéias. Importa-nos aqui a compreensão docetista [dois
deuses]. Partindo do princípio filosófico de que a matéria é essencialmente
má, afirmavam que Cristo não tinha corpo real. Cristo, portanto, não era
matéria, possuía somente a natureza divina”. [O texto é deles mesmo. Isso
40
pertence ao 1º Século. Esse conceito traz a certeza de que nenhum cristo–
homem existiu, porque ninguém jamais o viu]

Anos 120

3 - SEM QUERER, JÁ ENTRAMOS NO 2º SÉCULO, SEM JESUS


CRISTO...

Viveu nessa época, Caio Suetônio Tranquilo. Foi um grande escritor


latino que nasceu em 69 da era cristã, em Roma e faleceu por volta de 141.
Sua participação na vida romana era notável. Escreveu um grande volume de
obras eruditas, nas quais descrevia os principais personagens da época.
Desde pequeno participava do cotidiano, estudou e aprendeu em escolas
romanas, e fatalmente teria ouvido muito falar de um tal Jesus Cristo que por
ali teria vivido e morrido. Escreveu sobre os Doze Césares tendo sido
contemporâneo na idade adulta apenas de Domiciano, o último de seus
biografados. Suetônio foi um grande estudioso dos costumes de sua gente e
de seu tempo. Em “A vida dos imperadores”, com a história de 11
imperadores, ele conta, em 120 d.C., sobre o imperador Cláudio, que:

“expulsou de Roma os judeus que, sob a influência de Chrestus,


(dos essênios) viviam causando tumultos”.
Ou
"expulsou os judeus de Roma, tornados sob o impulso de Chrestus,
uma causa de desordem"

Que bom que Suetônio falou de Chrestus literalmente, e seus


documentos não foram alterados nem confundidos propositalmente. Aí a
gente vê a diferença. Os judeus essênios de Chrestus, causavam tumultos,
desordens e não gostavam dos romanos.
Entretanto, Suetônio nunca citou nenhum Jesus no ano 120. Não falou
de cristãos, nem de crucificação, nem de milagres, nem de ressurreição de
ninguém, porque também nada ouviu de ninguém. Esse é um fato marcante
na história, pela omissão, pelo profundo silêncio de Suetônio, impossível de
se admitir, se a história fosse um fato verídico.

41
Cristãos me pedem provas de que Jesus Cristo não existiu. A ausência
de provas do contrário é uma prova razoável, uma evidência melhor dizendo,
mas não se trata de um caso isolado. Mas a quantidade dessas evidências
tornam-se uma prova. Por exemplo: Você entrevista 20 turistas que vieram
ao Rio de Janeiro, com a seguinte pergunta:
- O Sr esteve no Rio de Janeiro e viu o monumento do Cristo Redentor?
O 1º a responder diz: Não!
Isso é prova de que não existe tal monumento? Claro que não!
O 2º diz: Não!
E agora? Está provado? Não ele pode não ter olhado pra cima também e
você ainda argumenta:
- Mas o Sr. Não olhou lá da praia de Botafogo?
–Sim!
-E não viu?
-Não!
-Perguntou por lá se alguém conhecia alguma coisa?
- Sim!
- E ninguém viu?
- Não
E agora? É uma prova? Não! – o cara pode estar maluco, o outro era
cego etc.
Então você continua perguntando aos demais e os 2º disseram a mesma
coisa: Não!
Você não acredita, porque vê a estátua lá, mas é obrigado a acreditar! O
doido pode ser você!... Então você começa a investigar e acaba concluindo
quer esses turistas estiveram no Rio de Janeiro em 1920. Naquela época não
havia ainda a estátua do Cristo!
Semelhante a isso, se 20 escritores que viveram em Roma não dizem
que viram o mito Jesus Cristo, é porque não viram de fato. Mas você está
vendo as pessoas falarem e mostrarem as pinturas e as estátuas... Então você
começa a investigar e conclui:
De fato, Jesus Cristo existiu sim, na imaginação deles! Mas só depois do
Século III. Antes, não...

Estou concluindo pra você o seguinte: Não houve um nascimento do


Cristianismo, mas uma contínua transformação entre as lendas e religiões
que a cada momento apareciam. Veio do deus Sol, dos antigos deuses
solares, pelo Jesus a/C, Jesus (nome grego de Josué), passou pelo judaísmo,
entrou pelos primeiros séculos da nossa era através de Chrestus, os judeus
42
cristãos essênios, que ainda endeusavam o Sol, esse monte de doutrinas e
seitas populares, misturado com Isis, Mitra e os deuses-imperadores, virou
Cristo deus sem corpo real, passou pelos Papas, pelos gnósticos, pelo
marcionismo, pelos apologistas e desaguou no Cânon católico, transformou-
se em Jesus Cristo e chegou até nós. Uma única fantasia. Sem nenhuma
diferença das estórias do Superman que, ainda bebê, veio de Kripton num
foguete e tornou-se o nosso super herói.
Eu queria saber mais, desse período obscuro, para reforçar esse
raciocínio. Vamos procurar?

Que Cristo era esse?

Repare bem: No ano 120, na cidade de Roma, Suetônio não ouviu falar
de nenhum Jesus Cristo!... Como admitir que tal pessoa, por mais simplória
que fosse, porém fazendo o que nos conta a Bíblia, não tivesse chamado a
atenção desse escritor? Numa época que a religião e as crendices eram
latentes na região. Por isso a conclusão: Ainda nessa época, o cristianismo de
Jesus Cristo, mesmo como mitologia, mesmo como deus sem corpo era
desconhecido.

W. Smith, cientista americano, demonstrou que muito antes do


aparecimento do cristianismo, o nome Jesus era apenas um epíteto
(qualificativo como grande, nobre) aplicado ao deus hebraico Iahvé e aqueles
que veneravam Iahvé-Jesus se auto denominavam Nazarenos, termo adotado
em função das profecias do Velho Testamento. O mito Jesus, no Evangelho é
interpretado por W. Smith como sendo uma pura alegoria.

Arthur Drews, é um dos mais conhecidos representantes da Escola


Mitológica e colocou ao alcance de todos, as idéias e os argumentos de W.
Smith, considerava que o cristianismo vinha do agnosticismo, doutrina
mística da gnose (conhecimento da pretensa essência divina) existente em
Roma. O gnosticismo difundiu-se nas regiões orientais do império romano
durante os três primeiros séculos da nossa era, entrelaçado ao cristianismo no
segundo século.

Pra não dizer que foi coincidência, ou discriminação ao cristianismo, a


história nos diz que nessa mesma época viveram:

Anos 130
43
Cláudio Ptolemeu (70-168). Cientista grego - Ptolemeu nasceu em
Pelusium, no Egito, e tornou-se um ilustre discípulo da escola de Alexandria.
Existem dúvidas sobre o ano em que ele nasceu, com a data variando desde o
ano 10, mas as melhores estimativas são que ele nasceu por volta do ano 70,
e floresceu durante os governos dos imperadores romanos Adriano e
Antonino Pio.
A sua obra mais conhecida é o Almagesto (que significa "O grande
tratado", é uma das mais importantes e influentes da Antiguidade Clássica,
são treze volumes com tabelas de observações de estrelas e planetas e com
um grande modelo geométrico do sistema solar, baseado na cosmologia
aristotélica. Nela está descrito todo o conhecimento astronómico babilónico e
grego e nela se basearam as astronomias árabes, indianas e europeias até o
aparecimento da teoria heliocêntrica de Copérnico.
Ptolemeu ignorava totalmente os contos bíblicos do Gênesis sobre a
Criação divina e, se houvesse um Jesus Cristo, filho de deus, teria falado
sobre ele ou algum fato científico ou astronômico, que tenha interligação
com Jesus, como estrelas, eclipses, ou uma ressurreição por exemplo. Mas
não o fez.

Os textos que se tornariam evangelhos canônicos posteriormente,


estavam entre aqueles, resultantes das crendices populares. Mitos, e mitos e
mais mitos povoavam a mente dos místicos desde os tempos dos deuses do
Olímpio.
O povo inventava, o povo copiava, distorcia, adaptava de acordo com os
seus interesses. Chegamos ao absurdo de existir em torno de 4.000
evangelhos, que pregavam novos deuses, dispensando os deuses
imperadores. Veja no final do livro, a quantidade de Apócrifos existentes.
Muitos falavam de Cristos, de Chrestus, de Jesuses, de Mestres,
Salvadores, Messias, contavam estórias mirabolantes, mágicas, místicas, que
transformavam homens em jumentos e vice versa, deuses que voavam,
levitavam, desapareciam, soltavam-se dos grilhões de ferro, curavam
enfermos, ressuscitavam gente, mulheres eram engravidadas por deuses e
continuavam virgens, seus filhos eram semi-deuses, etc. Cada congregação
religiosa de 20 pessoas, tinha seus livros mágicos e suas crenças
semelhantes, mas diferenciadas. Mitos tradicionais como Isis, Mitra, Horus,
Krishna, Moisés, Josué/Jesus, Isack, Jacó e família, e principalmente
Chrestus, o Mestre dos judeus essênios, influenciavam nos dogmas de cada

44
uma dessas congregações, em cada esquina. HÁ!... Esqueci os deuses
imperadores, que matavam quem não acreditasse neles...
A estória de Cristo dessa época (não confunda com Jesus Cristo), após
a destruição de Jerusalém e a expulsão dos judeus de Roma, até o início do
segundo século, veio a reboque das estórias de mitos seculares e milenares,
que nasceram de virgens, fizeram milagres aos montes, defendiam o povo
humilde e os escravos, andavam sobre as águas, nasceram em 25/12 do
calendário solar, foram perseguidos pelos reis, traídos, crucificados, mortos e
ressuscitados. Essas estórias eram pra lá de comuns. Reparem: Hórus
ressuscitou El-lazar-us (ou coisa assim) o que foi aproveitada na estória de
Jesus, quando ressuscitou Lázaro 3.000 anos depois. Não é coincidência. É
cópia mesmo. Nos mínimos detalhes. Todos esperavam um Salvador que
perdoasse os seus pecados e os levassem para um paraíso após a morte.
E esses escritos rolavam pelas províncias de Roma, inclusive naquelas
que a Bíblia diz que Jesus viveu.
A estória do deus Cristo, no meio do povo, fortaleceu-se e dispersou-se
em função do tipo da pregação, aquelas que todos gostariam de ouvir: Amor,
perdão dos pecados, liberdade, igualdade, fim da escravidão, vida eterna,
paraíso, que a diferenciava do deus mau do Torá judaico e “abaixo os
imperadores!” Aos poucos Cristo tomou “corpo”, sua estória já era
conhecida e aceita há 3.000 anos, então ele morreu na cruz como os outros,
simplesmente... Só isso... Na estorinha!...
O grande detalhe: Como essa estória era inventada, para ser
aperfeiçoada precisava ser discutida: O Cristo era visível ou invisível? Tinha
corpo ou não? Era preto ou branco? Sofreu ou não sofreu na cruz? Fizeram o
que com o corpo? Ou não havia corpo? Voltar aos céus de onde desceu era
uma opção. O povo idiota engolia tudo. Os eruditos é que davam mais
trabalho para aceitar. Dependia um pouco de lógica. De algum bom-senso. Já
que tinha alegoria demais!... Evangelhos demais! Mentiras demais!
Coloca-se a questão de saber por que razão foram compostas tantas
biografias diferentes de Jesus Cristo (apócrifos) e por que razão, textos
evangélicos tão divergentes, apesar disso, foram incluídos no Cânone. Ora,
os evangelhos não eram anais, não foram compostos para a posteridade, mas
para pregações locais, destinavam-se a auditórios diferentes. O Evangelho
segundo Mateus, por exemplo, visava necessidades de propaganda do
cristianismo entre os judeus, por isso tantas referências ao Antigo
Testamento acerca do Messias. Verdadeiramente, não existe um original
desses evangelhos, porque foram montados a partir de uma mistura de textos
populares. Nenhum deles veio do Hebraico, mas dali mesmo de Roma. (I.
45
Lentsman) Se você (tiver paciência de ler) alguns livros apócrifos, terá uma
idéia do que diziam (Veja no final).

Procurando desmontar o que os historiadores do cristianismo pretendem


que esses evangelhos tenham sido criados próximo à data dos fatos que
relatam, Daniel-Rops assinala que Strauss* estimava que não seriam
anteriores ao ano 150. Renan*, por seu lado estimava-os no ultimo quarto do
1º século. Hoje temos noções mais exatas dessa data, que se situa no início
do 2º Século.
(*) Teólogos da escola de Mitológica.

Alfred Loisy (ex-padre) escritor contemporâneo, afirma que os


Sinópticos datam da 1ª metade do Século II. Isso confere com os meus
estudos aqui. Outras opiniões de teólogos cristãos, eu vou dispensar porque
são suspeitas.
Também a ordem dos livros que compõem a Bíblia está alterada por
interesses obscuros.
F. Baur, fundador da Escola de Tubingem diz que o Apocalipse, foi o
primeiro a ser escrito, isso em 68, sendo, portanto, o mais antigo do Novo
Testamento.

I. Lentsman escreveu: “O historiador acadêmico Vipper, demonstra de


forma convincente, embora exagerando um tanto, que o texto dos
Evangelhos canônicos e a constituição da Igreja Cristã não podem ser
anteriores a meados do Século II e que nessa época a ideologia cristã
refletia já em grande medida a ideologia das classes dominantes da antiga
sociedade romana. A sua negação da existência do cristianismo durante a
segunda metade do Século I e a primeira metade do Século II, suscita, no
entanto, graves abjeções [distorções, vilezas] pelo fato de não ter em conta,
papiros e monumentos que datem precisamente da primeira metade do
Século II. Esse historiador [Vipper] não aceita a idéia de que o cristianismo,
no seu início, era a religião dos oprimidos. Considera que refletia, desde o
seu início, os interesses das classes dominantes, sem poder explicar como foi
possível a ideologia cristã aparecer de repente, quase completamente
elaborada. [Eu explico: Copiaram tudo dos essênios]
De entre os trabalhos mais recentes dos historiadores soviéticos do
cristianismo primitivo, um dos mais dignos de atenção é o artigo “Questões
essenciais das origens do cristianismo” publicado por S. Kovalev em 1958
no anuário do Museu de História da religião e do Ateísmo.
46
No segmento da descoberta dos manuscritos do Mar Morto, os
investigadores materialistas têm ultimamente discutido vivamente a questão
de saber onde nasceu geograficamente o cristianismo. A. Domini,
investigador italiano, declara nos seus textos, estar absolutamente
convencido de que esses documentos representam o elo que faltava na longa
cadeia de fatos que levou ao nascimento da religião cristã. P. Alfaric é
praticamente da mesma opinião. A Robertson, historiador materialista,
considera que a narrativa evangélica se inspira nas atividades de um
revolucionário palestino do mundo antigo, chamado Jesus.” (I. Lentsman).

O que se observa desse texto? Mesmo pesquisadores de todo o mundo


não chegaram a nenhum consenso. O início do cristianismo é um mistério.

Analisando esses diversos aspectos e contradições, concluí que:

1 – O cristianismo foi copiado de mitos anteriores. Quanto a isso, não


restam dúvidas. Influenciado por uma quantidade significativa de textos de
apologistas, que eram inseridos no texto inicial constantemente e alterações
que livravam sua estória de críticas racionais, feitas através dos séculos
seguintes.
2 – Os escritos dos essênios descobertos no Mar Morto deram, um
empurrão significativo na ideologia cristã. Muitos dos seus documentos eram
idênticos aos do cristianismo, porém escritos muito antes. Por sua vez, os
essênios copiaram também sua ideologia de mitos anteriores.
3 – Não houve um começo, um ponto de partida nem um local
específico. O cristianismo foi gerado de uma transformação e adaptação
paulatina de idéias, interesses e invenções: O Mestre da Justiça (início do
Século I), Cristo espiritual, último quarto do Século I e início do Século II,
Jesus ainda sem estória, filho de deus, parte da trindade, segunda metade do
século II e finalmente Jesus Cristo homem-deus que morreu na cruz (Século
IV em diante), até no Concílio de Nicéia (325) quando sacramentaram o
nome Jesus Cristo.
Você pode concluir diferente, mas eu faço isso com muito cuidado. Esse
raciocínio é baseado também na ausência total de menções entre os escritores
da época até o ano 138 dos nomes Cristo ou Jesus, embora Flávio Josefo em
90, mencione judeus cristãos, mas referindo-se aos essênios.

Cerdão (ou Cerdo) foi um gnóstico siríaco considerado herético pela


Igreja antiga por volta de 138 d.C., no tempo do Papa Higino.
47
Cerdão começou como um seguidor de Simão Mago. Ele ensinou na
mesma época que Valentim e foi um predecessor de Marcião. De acordo
com Ireneu, ele foi contemporâneo de Higino e morava em Roma como um
membro proeminente da comunidade cristão até sua expulsão.
Segundo Tertuliano, ele ensinava que havia dois deuses, um que
demandava obediência e outro que era bom e piedoso. De acordo com Cerdo,
o primeiro era o deus do Antigo Testamento, que criou o mundo. Ele
também dizia que o outro era superior a ele, mas só tinha se tornado
conhecido pela humanidade por causa de seu filho, Jesus. Como gnósticos
posteriores, ele também era docetista e também rejeitava a ressurreição dos
mortos (só a alma é que ressuscitaria). [Fatalmente, ninguém contou a ele
sobre Jesus ressurreto...]

Anos 140

Agora, aí vai o “Cheque Mate” – Marcion de Sinope.

Nesse espaço eu acentuo parte da história de Marcion. TEXTOS


RELIGIOSOS NÃO IMPORTAM, apenas o que eles dizem sobre esse
apologista e assim comprovam a sua existência e participação na história. Eu
só quero aqui, comprovar a existência, as atividades e a crença de Marcion,
descrita pelos próprios religiosos, pra não ficar dúvida.

Nasceu em Sinope [Turquia] um cidadão chamado Marcion, ou Marcião


(110-160). Esse personagem tem fundamental importância nessa história,
porque foi o precursor da Bíblia. Graças a militância meio atravessada dele,
os sacerdotes o perseguiam continuamente, mas Marcion foi um apologista
cristão e alguns dos conceitos dele iriam parar na futura Bíblia.
Tornou-se um Armador [fabricante de embarcações] era rico e de pouca
moral, que foi excomungado pelo seu próprio pai [Bispo], não se sabe ao
certo a razão. Lá pelos 30 anos, chegou a Roma e aos poucos, transformou-
se, tendo se tornado um dos principais apoiadores financeiros da Igreja de lá.
O que ele pregava? O cristianismo. Um cristianismo dele, personalizado, de
um cristo, mito que ninguém conhecia também. Era o fascínio da estória de
mitos anteriores, que funcionava no meio do povo, e claro eram devidamente
explorados. Existia a Igreja de Roma que não apoiou suas idéias e, através de
todos os apologistas existentes, foi muito criticado.

48
Nota: Tenho dúvidas cruéis se Marcion citava textualmente Jesus,
ou Cristo. Esse texto é de um site cristão e assim, é possível uma
distorção “piedosa”... Tudo indica que ele referia-se a “Cristo”, um
deus, usando esse nome, que mais adiante vai qualificar. Em minha
opinião, Marcion foi quem criou ou deu força ao deus Cristo porque
nunca ninguém falou antes sobre isso, e ainda debatia sobre ele. Pode
conferir.

Texto de site cristão:


“Ensinos de Marcion, conhecido como Marcionismo, diziam que Jesus
[Cristo] revelou ao mundo um deus até então desconhecido, que era
diferente do Deus da Bíblia Hebraica. De acordo com Marcion, o deus da
Bíblia hebraica era ciumento, irado e legalista. O mundo material que ele
criou era defeituoso, um lugar de sofrimento. Em vez disso, Jesus [ou
Cristo] foi enviado por um deus maior do que o Criador. Seu papel era o de
revelar o Deus transcendente da mente leve e pura, diferente em caráter do
Deus Criador da Bíblia Hebraica. Deus de Jesus [ou Cristo] era livre de
paixão e ira, totalmente benevolente, e Jesus [ou Cristo] foi enviado para
levar os crentes para fora de sujeição ao limitado, irado deus criador do
Antigo Testamento. [Tanto faz o nome, Cristo ou Jesus. Era um deus
semelhante ao do VT, isto é, sem corpo. Deuses não tem corpo, certo?]
Como pode o mesmo Deus ser responsável por ambos? Ou colocando
em outros termos: Como pode o enfurecido e vingativo Deus dos judeus, ser
o amoroso e piedoso o Deus de Jesus? Marcião sustentava que estes
atributos não poderiam pertencer a um Deus apenas, assim, acreditava em
dois deuses, e pregava isso”. [Acho que foi ele mesmo quem criou esse deus
Cristo].

“Marcion produziu o primeiro cânone cristão, ou uma lista dos livros


de uma “Bíblia” que ele considera autoritária. Sua lista, no entanto, era
muito menor do que o atualmente reconhecido como válido pela maioria dos
cristãos: ele incluiu apenas o Evangelho de Lucas, os Atos dos Apóstolos, e
dez das epístolas atribuídas a Paulo de Tarso. Estes livros, de acordo com
Marcion, foram os que continham os verdadeiros ensinamentos de Paulo.
Ele rejeitou completamente o Antigo Testamento, acreditando e ensinando,
que não deve fazer parte da Bíblia cristã e não tinha nenhum valor para os
cristãos.
O Marcionismo foi amplo e próspero, por centenas de anos, alguns
lugares conheciam apenas o cristianismo marcionita. O cristianismo
49
paulino, embora agressivo e mesmo com seus recursos de poder, não
poderia oprimi-lo.
Ele era conhecido por ter imposto uma moral severa em seus
seguidores, alguns dos quais sofreram nas perseguições posteriores.
Cânone proposto por Marcion foi um fator que despertou o movimento
cristão ortodoxo para formular um cânon das Escrituras com autoridade
própria, e que levou à atual cânon do Novo Testamento, ou seja, a própria
Bíblia.”
“Os evangelhos canônicos só teriam sido feitos para serem contrapostos
ao evangelho marcionita”. (I. Lentsman)

“Seus escritos foram perdidos ou destruídos pelo catolicismo, mas é


possível reconstruir e deduzir uma grande parte do que ele ensinou com
base no que outros escritores disseram a respeito dele, especialmente,
Tertuliano, uns 50 anos depois.”

Entretanto, Tertuliano não falou sobre nenhum Jesus. No máximo citou


Cristo, referindo-se ao deus do cristianismo primitivo, esse que Marcion
criou. Verdadeira salada...
Por tais razões, suspeito ainda, que Marcion não se referisse a Jesus,
textualmente, porém a um Cristo conhecido até então, mito proveniente de
Chrestus. As falsificações católicas mutilaram a verdadeira história, e fica a
dúvida. Vamos ver adiante. Vamos buscar a verdade:

Site cristão continuando:


“Em algum ponto, os escritos dos cristãos primitivos [fala-se também
em Messias primitivo] que foram coletados por Marcião, junto com seus
próprios escritos, foram todos destruídos. Uma igreja católica primitiva
dominante, os cristãos paulinos, assinaram uma campanha de longo prazo
contra estes cristãos primitivos [o próprio povo]. Tertuliano produziu cinco
volumes atacando o Marcionismo e os distribuiu através do Império
Romano. O enfoque racional, intelectual e honesto de Marcião ao Antigo
Testamento e a "salvação em graça" de Jesus [ou Cristo?] foi perdido,
queimado e oprimido pelo mais violentos e agressivos cristãos paulinos.”

Assim, devo admitir, com um caminhão de reservas (eu não acredito)


que no ano 144, encontramos a primeira referência a Jesus – sem o Cristo - e
alguns apóstolos, não todos. Não sei o quanto é verdadeiro, de falsificações
católicas (a fonte de informação é religiosa), mas aí está. A palavra Jesus tem
50
o mesmo tamanho de Cristo. Trocar deve ter sido fácil, mas escrever Jesus
Cristo, não dava o espaço. Teria a estória desse Cristo sido semelhante a de
Jesus Cristo?

“Foi devido à formação do primeiro cânon herético, elaborado por


Marcion, que os ortodoxos se reuniram para discutir religião e estabelecer
quais livros eram de fato “inspirados pelo Espírito Santo” – e assim nasceu
a Bíblia. Sim, foram necessários concílios, sínodos, debates, livros,
controvérsias e muita discussão sobre religião para que hoje a Igreja creia
no que crê” [“a palavra de deus”].

Vamos deixar claro com isso, que a Bíblia como conhecemos, ainda não
existia nesta data, e já estávamos na metade do Século II. Se não existia
Bíblia, não existia a estória de Jesus Cristo. É ou não é?! Ou um papelzinho
qualquer iria garantir isso? Com todos os diálogos detalhados?! Pô, meu
amigo!... Você tem que raciocinar!...
Hipoteticamente, se Marcion referiu-se a Jesus, realmente, é bom saber
que a literatura cristã primitiva, então, apresentava Jesus sob um aspecto de
divindade, não de um homem de carne e osso. Assim, de uma forma ou outra
o assunto Jesus Cristo é morto. Não era ainda o Jesus Cristo que conhecemos
hoje, homem que morreu na cruz. Era um deus Jesus ou Cristo. São eles que
estão dizendo isso... Resquícios dessa imagem seguiram através dos séculos,
sendo substituído aos poucos pelo termo Cristo (ou vice versa. Acho o
contrário. Versa vice). Rsrsrs...
Pode reparar que o falsificador aí, entrou pelo cano, porque quando
trocou “Cristo” por “Jesus”, criou um Jesus sem carne nem osso, sem corpo,
atributo que era exclusivo do Cristo-deus do cristianismo primitivo.
Eu tenho aqui, alguns textos cristãos que, já que não podem omitir,
tentam explicar Marcion na história do cristianismo:

Vejam o que diz este:


http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/estudos_show.asp?id=875
Portal cristão, Não se esqueça:

A ordem dos textos não foi respeitada, para facilitar a compreensão.


Faço inserções dentro de [chaves].

“O presente trabalho aborda um movimento herético nos idos do II


século d.C, [ano 144] tendo como seu líder e fundador Marcion ou em outra
51
grafia Marcião, o movimento ficou conhecido como Marcionismo e chegou a
ameaçar o Cristianismo ortodoxo, com a emancipação de suas idéias
contrárias a teologia cristã.
Marcion rejeitava peremptoriamente os escritos do Antigo Testamento,
dessa forma cria ele ser o instrumento usado por Deus [qual deus?] para
fazer uma verdadeira limpeza nos escritos do Novo Testamento, os quais
devido uma má interpretação da Igreja Antiga, estavam cheios de elementos
judaizantes, assim desenvolveu o que podemos chamar de o primeiro cânon
até hoje conhecido, o qual era composto de duas partes, que ele denominou
de: O evangelho, essencialmente composto das partes que ele considerava
como autenticas do Evangelho de Lucas e outra que ele chamou de O
apóstolo, continha 10 cartas do Apóstolo Paulo.
Pensando assim Marcion pôde se antecipar a Igreja Antiga no tocante a
criação do seu credo.

O Marcionismo é aqui apresentado como movimento que muito


prejudicou a Igreja Antiga, com suas doutrinas errôneas e seu anti-
judaísmo, e ainda é analisado também o seu aspecto positivo, o que levou a
igreja de então a se mobilizar e a organizar o seu credo e fortalecer sua
unidade em torno de um chefe maior no caso o Papa, e ainda a agilizar o
processo de canonização das Sagradas Escrituras do Novo Testamento.

[Esse texto cristão, deixa claro, que até essa data, não havia nenhuma
Bíblia, mas como já eram conhecidos Cristo, Paulo e o Evangelho original de
Lucas, pressupõe-se que eram textos avulsos, entre os milhares existentes,
pertencentes a pequenas comunidades religiosas, que posteriormente foram,
uns canonizados, outros não].

O que sabemos a respeito de Marcion devemos principalmente aos seus


mais notórios oponentes como Tertuliano e Epifânio, sendo que o primeiro
escreveu uma obra em cinco volumes intitulado: contra Marcião. Pelo que
se sabe Marcion escreveu uma obra apologética sobre seus ensinamentos e
sua pessoa, no entanto esta obra “perdeu-se no tempo”. [A Igreja Católica
simplesmente queimou tudo]

Marcion morreu no ano 160 d.C, tendo o seu movimento seguido em


frente, persistindo sua igreja no Ocidente aí pelo século IV d.C, e no Oriente
até o século VII d.C, quando desapareceu completamente.

52
O que conhecemos como O evangelho de Marcion, é na verdade uma
forma modificada do Evangelho canônico de Lucas, adaptado a doutrina
marcionita, com a retirada do que ele não aceitava e inclusão do que ele
bem entendia e queria. Uma vez que Marcion negava completamente os
Apóstolos de Cristo [este site está escrevendo correto: Cristo e não Jesus],
chegando inclusive a chamá-los de pseudo-apóstolos, alegando que todos
foram infiéis, quando da prisão e morte de “Jesus”, não podia ele aceitar
em hipótese alguma os demais evangelho, até porque todos os Apóstolos
eram Judeus, por isso Deus levantou à Paulo que era o único e verdadeiro
apóstolo de Cristo [Cristo e não Jesus], para revelar a verdadeira essência
de Deus através dos seus escritos, no entanto a Igreja também havia
interpelado os escritos de Paulo e enxertado os elementos judaizantes, e
mais uma vez Marcion entra na história para promover a limpeza também
nas Epistolas Paulinas.

Isso eles escreveram:

Para Marcion, Cristo não veio em carne, apenas parecia que tinha um
corpo real, uma espécie de ilusão, aí podemos apreciar sua aproximação
com o gnosticismo, pregava que o casamento era corrupto e recomendava
uma vida asceta para os seus seguidores.

[De outro autor: Para ele, Cristo não veio em carne, visto que a carne é
imperfeita e suscetível ao perecimento; a sua aparência física aos olhos
humanos seria totalmente irreal].

Assim só aceitava a revelação de “Jesus” Cristo [pisou na bola... Eles


forçam e forçam, mas não adianta. Era só Cristo] como sendo um deus, o
Deus verdadeiro, pois sua mensagem é a do amor e misericórdia, enquanto
que a mensagem do Deus do Antigo Testamento era de crueldade.
O processo de canonização foi muito importante para a Igreja antiga,
uma vez que ela só possuía o VT herdado do judaísmo. Até aquela época,
[ano144] a Igreja ainda não tinha se preocupado em separar os livros
inspirados (canônicos) dos livros espúrios (apócrifos).
Além da mutilação das Escrituras, Marcion, equivocadamente(*)
invalidou as doutrinas da encarnação e ressurreição de Jesus, bem como o
seu sofrimento como homem diante da cruz, pois julgava que a fraqueza
da natureza humana, não se adequavam à natureza essencialmente
espiritual de Cristo.” [Destaque meu]
53
(*) Site cristão.

Acho que quem invalidou alguma coisa, foram os que falsificaram o


texto, trocando a palavra Cristo por Jesus, não é não? Os textos de Marcion
não têm dono, cada um escreve o que quer...

Note: Isso é grave! Isso é conclusivo. Irrefutável!... Marcion, um


cidadão histórico, vivo no ano 144, não citava Jesus ou Cristo, como
tendo existido, mas apenas como uma revelação, uma ilusão. Não veio
em carne, quer dizer, não tinha corpo palpável. Não poderia ter sido
ferido ou crucificado. Da mesma forma, não aceitava a estória da sua
crucificação, morte e ressurreição, pela mesma razão. Concordo que ele
não poderia ter testemunhado sobre o homem Jesus, de 144 anos antes,
mas não havia também fontes fidedignas que o testemunhassem. Do
contrário ele assumiria isso. Se a existência de Jesus Cristo tivesse sido
real, ninguém teria dúvidas a respeito nem inventariam deuses
diferentes. Insisto: Jesus Cristo não existiu. Não há alternativa. Estou
apresentando provas históricas, porque Marcion é histórico e o que ele
achava e escreveu, também! E está sendo dito por sites cristãos!

“O Marcionismo foi um movimento que forçou a Igreja Antiga a se


movimentar em sua defesa, a fim de colocar o verdadeiro Cristianismo de
volta ao seu devido lugar, [E por acaso existia algum?] essa seita herética,
trouxe ainda que indiretamente três grandes contribuições para a Igreja, a
saber apressou o processo de formação do cânon do Novo Testamento e
credo ortodoxo e a organização da Igreja.

O movimento marcionita ajudou indiretamente na formação desse


credo, pois a Igreja sentindo-se ameaça pelo movimento o combateu de
pronto, porém necessitava de uma formação sólida para que nenhum outro
movimento pudesse ameaçar novamente a sua fé, então foi confeccionado o
primeiro credo ortodoxo no ano de 150 d.C,

[Você está lendo um site cristão – Com tudo isso, Marcion nunca foi
citado na Bíblia]

O Processo de canonização foi muito importante para a Igreja Antiga,


uma vez que ela própria só tinha o Antigo Testamento legado do judaísmo,
54
ela precisava de sua própria literatura.(*) Não só o marcionismo como
também as perseguições promovidas pelo Império Romano ajudaram a
acelerar o processo de canonização das Escrituras do Novo Testamento, as
perseguições contribuíram porque muitos cristãos eram mortos por terem
rolos das Escrituras, e se eles morriam eram necessário que morressem por
algo que fosse divinamente sagrado, o que não era o caso, já que a própria
Igreja não tinha atentado para separar os livros inspirados dos livros
espúrios. Assim o movimento marcionita surge também com suas idéias
absurdas, ambas tiradas segundo o que Marcion bem quis e entendeu do
Evangelho de Lucas e de dez das cartas do Apóstolo Paulo, nesse sentido o
marcionismo contribuiu para acelerar a formação do cânon sagrado do
Novo Testamento.

(*) Você leu isso?!... Dito por um site cristão? Só tinha o Antigo
Testamento! Em 144! Nenhuma estória sobre Jesus contada pelos apóstolos
no início do Século I existia oficialmente... Nada! Engraçado como eles
entregam o ouro... O meu livro “Sinto muito, mas Jesus Cristo não existiu”
está repleto dessas pegadinhas que eu apliquei aos textos religiosos. Eles
mesmos vão dizendo tudo! Veja. Era assim:
“Finalmente foi descoberto a primeira prova fora da Bíblia da existência
de Jesus!...” – Escreviam em negrito!...
Bom... Já começaram dizendo que não há outras provas, certo? Se essa
foi a primeira!...
E qual era essa prova? Uma urna encontrada em Israel com inscrições
falsas sobre Jesus...
Então acabou. Não há prova nenhuma! Muito obrigado pela
informação!... rsrsrs...

Dizem as más línguas, ainda não sei baseadas em que, que o Evangelho
de Lucas foi criado por Marciom e Paulo também, um personagem criado
por ele. Eu conheço de Paulo, textos dos essênios encontrados nas cavernas
de Qumran. Alguém copiou. Não sei quem. Mas o tal deus Cristo é bem
possível ter sido criado por Marcion. Concluo também que se houvesse
histórias populares ou da Igreja, sobre um Cristo crucificado, não foram
aceitas por Marcion, pois o Cristo que ele “conhecia” era sem corpo. Se
fosse verdade a estória de Cristo, 144 anos depois, ninguém duvidaria ou
faria cogitações diferentes. Já estaria pra lá de documentada.

Continua o Site cristão:


55
“Marcião é às vezes chamado de o filósofo do Gnosticismo. Em alguns
aspectos essenciais, ele propôs idéias que se alinham bem com o pensamento
gnóstico. Assim como eles [os gnósticos], Marcião argumentava que Jesus
(?) era essencialmente um espírito aparecendo aos homens e não totalmente
humano”. (Wikipédia).
Quer dizer... Ele e os milhares de gnósticos escreveram isso sobre
Cristo!... O que você acha disso?

Naquela época tudo era mágico...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelho_de_Marci%C3%A3o

“Hipótese 1 - Marcião como um revisionista de Lucas:


Os Padres da Igreja escreveram, e a maioria dos estudiosos modernos
concorda, que Marcião editou Lucas para que se conformasse com a sua
teologia, o marcionismo. [Quer dizer, Lucas era um boneco sem
personalidade...] O autor do século II, Tertuliano, escreveu que “Marcião
...expurgou [do Evangelho de Lucas] todas as coisas que se opunham ao seu
ponto de vista... mas manteve todas as que estavam em acordo com a sua
opinião". Este ponto de vista é consistente com a forma como ele alterou
outros livros em seu reduzido cânon, como nas epístolas paulinas, e parece
provável, uma vez que o Evangelho de Lucas já estava completo no tempo de
Marcião, [mas não constava de nenhuma Bíblia ainda, nem era canonizado.
Não passava de um conto popular].
Neste seu evangelho, Marcião eliminou os dois primeiros capítulos
sobre a natividade de Jesus (*), começando já em Cafarnaum, e fez
modificações no resto conforme o marcionismo. As diferenças entre os textos
abaixo iluminam o ponto de vista marcionista de que, primeiro, Jesus não
seguiu os profetas e, segundo, que a terra é maligna.

(*) [Claro! Por que Marcion eliminou a natividade de Jesus? Porque não
concordava com a estória, porque sabia que era uma mentira muito forte e
fantasiosa, e resolveu suprimir].

Hipótese 2 - Marcião sendo anterior à Lucas


Em 1881, Charles B Waite sugeriu que o Evangelho de Marcião
poderia ter precedido o de Lucas. John Knox (não o famoso reformador

56
escocês John Knox), em Marcion and the New Testament, também defende
esta hipótese.
No livro de 2006, "Marcion and Luke-Acts: a defining struggle", Joseph
B. Tyson defende que não apenas Lucas, mas também os Atos dos Apóstolos
seriam uma resposta à Marcião ao invés de o Evangelho de Marcião ser
uma montagem sobre o de Lucas.
[De uma forma ou de outra era tudo recente. Nada vinha do início do 1º
Século, quando Jesus Cristo teria nascido]

Robert Hastings Nichols em seu livro “História da Igreja Cristã”, em


13ª edição no Brasil, justifica a necessidade da organização da Igreja
Católica a partir da “confusão nas massas a respeito das verdades cristãs”,
proporcionada pelo gnosticismo [= “conhecimento”].

Antes de concluir, leia, por favor, mais esses textos religiosos:

http://www.sophia.bem-vindo.net/tiki-index.php?page=Marcion

“Durante todo o segundo século, enquanto algumas comunidades


cristãs se estavam organizando em Igrejas e ajustando-se para se tornarem
parte da Grande Igreja, outras acompanhavam certos líderes que defendiam
pontos de vistas e crenças divergentes.

[Reparou? Os cristãos existiam assim, em comunidades independentes


entre outras diferentes. Nada tinham de alinhados com Jesus Cristo –
homem, ser vivo e existente - quando no, máximo, um mito, uma estória
contada que já veio de muito longe. Isso já aí pelo ano 130].

Já nos tempos de Paulo, [? Preciso saber que tempos foram esses, visto
que Paulo não existiu] os cristãos convertidos formavam seitas, cada uma
levando o nome de um mestre específico: "(...) cada um de vós diz: 'Eu sou
de Paulo!', ou 'Eu sou de Apolo!', ou "Eu sou de Cefas!', ou 'Eu sou de
Cristo!'" (1Cor 1,12). Nos tempos pós-apostólicos, [? Preciso saber que
tempos foram esses também, visto que apóstolos não existiram] as
divergências cresciam ainda mais. De fato, em algumas regiões devia ser
bem difícil determinar quem eram os verdadeiros descendentes dos
primeiros Mestres cristãos. [Esses mestres, seriam os apóstolos? Eles
ensinavam o quê? Você está lendo que havia uma salada de religiões?]

57
Um destes grupos divergentes era o dos marcionistas. A maior parte de
tudo o que se sabe a respeito de suas crenças vem dos escritos de Irineu de
Lião, que os atacou em seu livro Adversus Haereses.
Os marcionistas, ao contrário dos gnósticos, chegaram a formar uma
Igreja. Eles afirmavam que era uma Igreja universal, baseada na autêntica
instituição do Cristo.
Os marcionistas são mostrados frequentemente como uma seita
gnóstica mas, apesar de muitos dos seus princípios serem idênticos, o núcleo
de sua crença era bem diferente. A meta do gnosticismo era ensinar, àqueles
que conseguissem aprender, o verdadeiro “Conhecimento” que poderia
levá-los às suas origens. O cristianismo era considerado uma dentre outras
maneiras de fazer isso. Os marcionistas consideravam-se os únicos cristãos
verdadeiros, e sua finalidade era pregar o cristianismo puro, o único
caminho para alcançar a Salvação. [reparem que nessa época já havia
desvios de conceitos. Cada um puxava a brasa para a sua sardinha] Visavam
uma forma pura e ascética de cristianismo — uma reação contra as idéias
especulativas e "místicas" que, a seu ver, estavam sendo disseminadas por
toda parte. [E estavam mesmo!]
Marcion afirmava que somente Paulo conhecia e observava as
verdadeiras tradições de Cristo. [Como dizem que ele inventou Paulo...]

Nessa época, a "Grande Igreja", compreendendo aquelas Igrejas que


aceitavam a liderança de Roma [Há!... Bom... havia alguém dando as
cartas!...] e uma tradição apostólica comum, ainda carecia de um cânon
completamente estabelecido de escrituras, apesar de contar com sua coleção
de textos apostólicos, entre os quais incluíam-se as epístolas de Paulo, assim
como, é claro, os quatro Evangelhos. Seguindo o hábito desde os primeiros
tempos, as comunidades cristãs também liam extratos da Lei e dos Profetas.

[Estamos lendo um site cristão, não esqueçam]

Marcion devia ter um cânon estabelecido de escrituras. Em sua igreja,


lia-se o Evangelho da Verdade, as Epístolas de Paulo (excluindo-se as
cartas pastorais) e, dos quatro Evangelhos, uma versão editada de Lucas.
Em ICor 11, 23-26, Paulo mostra ter recebido uma narrativa da Ultima Ceia
de parte "do Senhor". A narrativa mais semelhante a esta encontra-se no
Evangelho de Lucas, o que convenceu Marcion de que aquele Evangelho
teria sido escrito por Paulo.

58
Qualquer coisa encontrada no Evangelho de Lucas ou nas cartas de
Paulo, que para eles fossem desvios de sua concepção dos ensinamentos
cristãos, atribuíram a falsificações introduzidas pelos judeus-cristãos e
pelos apóstolos que se opunham a Paulo. [e retiravam o trecho. Cortavam!
Cortavam a palavra de deus... Irônico...]

Esta ênfase num Deus misericordioso e cheio de amor, ao contrário de


um Deus de ira e justiça, era o elemento que atraía números cada vez
maiores de convertidos para junto dos marcionistas. As comunidades
marcionistas espalhavam-se com rapidez, especialmente na parte oriental do
Império Romano, onde igrejas marcionistas podiam ser encontradas durante
todo o segundo século e até o início do terceiro.

Apesar de algumas doutrinas marcionistas terem exercido uma certa


influência sobre os ensinamentos cristãos dos tempos posteriores, os
elementos que tornaram a heresia marcionista importante foram,
primordialmente, o elevado número de seus adeptos e o tamanho de sua
Igreja. De fato, durante o segundo século, não se podia saber qual das duas
acabaria se tornando a Igreja continuadora do cristianismo: a Grande
Igreja ou o marcionismo.

[Quer dizer que as doutrinas marcionistas influenciaram no texto da


palavra de deus?! É isso que eu estou lendo? Irônico... Dito pelos cristãos!]

A existência do marcionismo antecipou em muitos séculos, as grandes


perguntas relacionadas à moderna crítica Bíblica e ao Cânon. Ele antecipou
a oposição do racionalismo ao Antigo Testamento, às chamadas Epístolas
Pastorais e ao debate concernente ao Jesus Histórico.

Relativamente é pequeno o nosso conhecimento sobre Marcião, visto


que seus trabalhos foram destruídos, perdidos ou ambos. O que é conhecido
da sua vida, obra e teologia, são encontradas nas obras de seus opositores:
Justino, Ireneu, Epifanio e principalmente Tertuliano que escreveu uma
grande obra refutando as teses marcionitas, por volta de 207.
Irineu foi o primeiro a citar Mateus, Marcos, Lucas e João como
os únicos evangelhos verdadeiros”[em 207 ainda havia dúvidas a
respeito...].

Trecho de outro autor:


59
http://pt.eravo.com/Marci%C3%A3o_de_Sinope

“Mas Marcião também não aceitava os quatro evangelhos canônicos,


pois os considerava corruptos, cheios de falsificações. Na doutrina de
Marcião havia assim um Deus bom e um Deus mau .....cut..... O Cristo havia
sido enviado pelo Deus bom para libertar as almas do plano material. Foi o
primeiro a citar o nome do apóstolo Paulo em suas 140 cartas havendo
mesmo quem avance que este último teria sido forjado por Marcião ou ainda
que Marcião e o apóstolo Paulo seriam a mesma pessoa. Junto com
Valentim e Basilides, Marcião é considerado um dos grandes doutrinadores
gnósticos. Algumas idéias de Marcião reapareceram entre os bogomilos e os
cátaros nos séculos XII e XIII.” [informações sobre os Essênios já
encontraram esse personagem que escrevia cartas iguais às atribuídas a
Paulo. Não tenho mais detalhes anotados]

Eu sei que isso é uma salada de pepinos, mas é bom você saber que o
cristianismo não nasceu com uma criança chamada Jesus e foi se
desenvolvendo dentro de um lar divino, mas através de uma guerra de
interesses, crendices, ignorâncias e misticismos, genocídios, uma confusão
danada ampliada por falsificações e destruições, justamente para omitir a
grande verdade: É que é tudo mentira!

http://www.geocities.ws/marciorbj/Heresias.htm

“Juntamente com o desenvolvimento da doutrina teológica,


desenvolviam-se também as seitas, ou como lhes chamavam, as heresias na
igreja cristã. Os cristãos não só lutaram contra as perseguições , mas contra
as heresias e doutrinas corrompidas [eles dizem...]

Os Ebionitas (Século II) Do hebraico que significa "Pobre" eram


judeus-cristãos que insistiam na observância da lei e dos costumes judaicos.
Ebionismo é o nome de uma das ramificações do Cristianismo primitivo, que
pregava que Jesus de Nazaré não teria vindo abolir a Torá como prega a
doutrina paulina. Rejeitavam as cartas escritas por Paulo. Eram
considerados como apostatas pelos Judeus não convertidos. [Anote: Judeus–
cristãos]

Montanismo (entre 135 e 160) Mesma época do marcionismo. É uma


reação às inovações que foram introduzidas nas igrejas pelo gnosticismo e
60
paganismo em geral, às custas da fé e da moral. Foi organizado na Frígia
por Montano com Priscila e Maximinia (profetizas do movimento) em
resposta a uma iluminação do Paracletos, para proclamar o estabelecimento
do reino de Cristo e pregar contra o mundanismo das igrejas. Algumas das
doutrinas desenvolvidas (e pelas quais foram rejeitados) tornaram-se ensino
básico da Igreja católica dois séculos depois: exaltação da castidade e
viuvez; divisão dos pecados em mortal e venial, exaltação do martírio.

Policarpo (c. 75-c. 160), bispo de Esmirna, escreve aos filipenses:


“Qualquer que não confesse que Jesus Cristo veio em carne, é um anticristo.
E quem não confessa o testemunho da cruz, é do diabo”.”

Quer dizer... Tinha gente que negava esse Jesus Cristo de carne e osso.
Isso em 160, por aí... Se tivesse sido um fato real seria contestado? E esse
“Jesus Cristo” deve estar falsificado. O certo era Cristo que Marcion negava.
Na verdade, ninguém sabia nada, tinha certeza de nada... Porque era
mentira!

Anos 150

Os Apologistas cristãos:

“Através do pensamento dos apologistas, foi lançada a base para que se


pudesse precisar tematicamente os dogmas presentes na religião cristã, e,
consequentemente, para a formação de um vocabulário filosófico integrado
à investigação teológica. Desta forma, seus escritos influíram de maneira
determinante no pensamento teológico-filosófico, predominante durante
toda a Idade Média.”

Havia os apologistas cristãos como Aristides, Justino, Minucio


Félix, Quadrato, Arnóbio, Lactâncio, Ignacio de Loyola, Francisco de Sales,
Euzébio, Tertuliano, Tatiano, Atenágoras, Ireneu, e Marcion, O que faziam
esses apologistas? Escreviam sobre religião: Fé, Deus, moral, paraíso, alma,
demônio etc, Eram textos religiosos e muitos foram aproveitados na
confecção da Bíblia, mas nenhum deles citou Jesus antes de meados do
Século II. Era impossível que eles tivessem conhecimento do tal Messias e
não soubessem quem era nem nunca se interessaram em saber! Não viram,
não ouviram, mas estava lá! É assim?

61
Quando você sabe que nem os principais do início do Cristianismo,
não sabiam que era Jesus Cristo que morreu na cruz, fica alguma dúvida de
que essa estória foi apenas uma invenção posterior? Os meus livros são
assim, pra você raciocinar e concluir. Você não vai encontrar aqui algo como
“E aí, Jesus desceu da cruz e disse: Eu não existo. Sou uma mentira, e o
Alfredo está certo!” E nunca vai ouvir do Papa: “Todo o cristianismo é uma
mentira! Uma farsa para nos enriquecer!” Nem vai ouvir dos pastores
milionários dizer que “Foi tudo inventado!”... “Que estão arrependidos de
roubar os seus fiéis e que vão distribuir todas as suas fortunas entre os
pobres!”... – Não! Ninguém vai te dizer isso. Você tem que raciocinar diante
dos fatos que estão aí e tirar as suas conclusões como eu fiz. Então pense no
que você está lendo e, havendo dúvidas, vá buscar a verdade com as suas
pernas!...

Justino Mártir ou Justino de Nablus (100 - 165) foi um teólogo do século


II. Morreu aos 65 anos. Escreveu em 150, falou sobre Jesus, mas não citou
Paulo nem Atos dos Apóstolos.
Isso leva a crer que nesse ano, o nome Jesus já estava despontando, mas
a Bíblia ainda estava sendo construída. Concorda?

Iakov Lentsman escreveu:


“Justino, apologista que escreveu a partir do ano 150, ignora
completamente o livro “Atos dos Apóstolos”, embora fale de apóstolos, não
diz uma só palavra sobre Paulo, [Mateus, Marcos e Lucas, mas citava os
textos dos Evangelhos]* e nunca referiu-se ao termo Novo Testamento,
embora a partir de 115 o cristianismo esboçava os seus primeiros traços e o
mito Jesus começava a se formar.” (Iakov)

(*) Está vendo? Esse é o tempero da salada. Havia escritos avulsos,


populares, apócrifos, desprovidos de veracidade. Cada um dizia uma coisa,
cada um contava uma estória, que outro não conhecia. Justino, um apologista
cristão, não conhecia a Bíblia (leia-se a estória de Jesus Cristo), mas textos
esparsos, sem autores, que repetiam as mitologias existentes, anteriores,
esparsas e INVENTADAS .

Estava longe ainda, muito longe do mito Jesus Cristo, mas o mito Cristo
sim, começou a ser traçado.
Se no Século I e até meados do século II, NADA existia sobre Jesus
Cristo, ninguém sequer ouviu falar, pessoas de total envolvimento com a
62
religião da época, como pode Jesus Cristo ter nascido, vivido, crucificado,
morrido e ressuscitado sem ninguém saber?!... Claro que a estorieta foi
composta a partir do século II, retroativa ao século I.
Na verdade, a estorieta, agora composta a partir do século II referia-se a
um Cristo diferente, um deus, não Jesus Cristo. É uma importante
observação porque vai demonstrar que Jesus Cristo não existia nem como
lenda, nessa época, que dirá tenha existido como gente.

E uma coisa fica clara: “Cristo” já existia como referência aos cristãos,
uma seita que se desenvolveu em Roma e adjacências, a partir do Messias
Chrestus que os judeus essênios esperavam, mas era um deus sem corpo,
nem um pouco semelhante ao Jesus Cristo que morreu na cruz.

Jesus Cristo ainda não nasceu nessa história aqui.

Acertadamente muitos escritores cristãos, citam apologistas e escritores


da igreja primitiva. E esses apenas relatam algumas coisa sobre Cristo. Nada
sobre Jesus Cristo, ou apenas Jesus.
Já expliquei que o nome Jesus (de Iahvé), existiu numa era pré-cristã,
como uma divindade, inspirados em mitos anteriores, mas foram sendo
superados pelo Cristo de Chrestus, não se tratando do personagem bíblico,
mas de um protótipo dele, assim como um revolucionário palestino do
mundo antigo chamado Jesus, que podem, no máximo, terem inspirado o
nome do mito que procuramos a origem. Lembram-se de Jazeu Krishna?
Mito Hindú de 3000 anos? Pois é... E de Josué Jesus? Filho de Moisés?
Dessa confusão de nomes, foram as estórias sendo adaptadas e contadas
pelo povo, durante séculos, aqui e ali, misturadas a outras religiões existentes
na época, e o cristianismo vulgar, era uma forma de dominação do povo,
como todas as religiões sempre foram. Hoje, poderíamos ser marcionitas!
Acreditando em dois deuses! Cada congregação, em cada localidade
diferente, compunha seu “evangelho”, baseado nessas mesmas lendas,
formando um emaranhado de literatura impossível de ser distinguida e
formar uma única linha de pensamento. Vide os evangelhos apócrifos, que
sobraram da destruição Católica. E os apócrifos que foram rejeitados pela
Igreja por desvirtuarem o conceito básico adotado.
Foi a partir dessa salada, que os evangelhos da Bíblia foram sendo
traçados, já no final do segundo Século.

63
“A solução do problema relativo às fontes do mito evangélico Jesus,
tornou-se ainda mais difícil, pelo fato de a maioria dos documentos
históricos que o poderiam esclarecer, terem sido destruídos pela igreja
triunfante, enquanto que, os que ainda são possíveis dispor foram retocados
ou simplesmente falsificados” (I.Lentsman).

É claro que nenhum cristão contemporâneo vai admitir isso, pois teria
que estudar todo esse material com uma mentalidade totalmente isenta, o que
é quase impossível. Isso só aconteceu com os padres Alfred Loisy, Bruno
Bauer, P. Alfaric e Albert Schweitzer, padres e famosos teólogos, que
resolveram perder tudo, passarem necessidades, mas divulgar a verdade. Não
podemos esquecer os nomes desses ex-religiosos, como uma homenagem à
moral deles e a Verdade.

Anos 200

Tertuliano (Quintus Septimius Florens Tertullianus), nasceu em 160 e


morreu em 220. Não viu nada, para afirmar coisa alguma, mas já no final do
século II, era admissível alguma referência a Cristo, “KRST” do cristianismo
primitivo, que significa ungido, não a Jesus Cristo, o personagem bíblico.
Entretanto, reparem:
Nessa mesma Apologia, Capítulo XXI, o próprio Tertuliano querendo se
sobrepor ao Marcionismo, confirma isso, quando diz o seguinte:

“Agora, tendo confirmado que nossa religião está fundamentada nas


escrituras dos hebreus, as mais antigas que existem, embora seja corrente e
nós admitimos inteiramente, que nossa religião date de um período
comparativamente recente - não anterior ao reino de Tibério, talvez,
devamos levantar a questão de suas bases, para não parecer que ocultamos
sua origem sob a sombra de uma ilustre religião [o Judaísmo], a qual
possui, sob todos os aspectos, indubitavelmente, a aceitação da lei.”

Tertuliano diz claramente que o Cristianismo não é anterior ao reinado


de Tibério, ano 14 a 37, ou seja, não conheceu a história de Jesus Cristo, não
reconheceu Jesus como nada! Reconheceu que o cristianismo nasceu depois
de Tibério ano 37, mas também não sabe como surgiu (a sua origem). Então,
Jesus Cristo não existiu para Tertuliano nem para ninguém! Isso ficou claro.
Sua citação sobre Cristo veio de Chrestus, o Mestre dos judeus essênios, um

64
mito que ainda viria, lentamente transformar-se no deus Cristo na boca do
cristianismo primitivo.
O que mais você quer para fechar o livro e ir embora? Mais provas?
Caramba!... Você é mais cético do que eu!...

“Cristo”(ungido) não é “Jesus Cristo”. Qualquer depoimento verdadeiro


sobre o divino mestre contemporâneo teria o seu nome completo. Prova de
que Jesus ainda não era conhecido como tal. Daí, conclui-se: qualquer
referência anterior ao ano 200 sobre o nome Jesus também é falsa. Certo?
Apesar do Jesus Josué, e outros que apareceram na história. Por isso
pergunto: Marcion, 60 anos antes, teria escrito “Jesus”, referindo-se ao Deus
Cristo? Ou falsificaram também?
Não é fácil, amigo... Não é fácil... Mas a gente vai matando a charada.

Vamos ver agora a saga de Tertuliano...


Tertuliano foi um prolífico autor das primeiras fases do Cristianismo.
Ele foi um primeiro autor cristão a produzir uma obra literária (corpus) em
latim. Ele também foi um notável apologista cristão e um polemista contra a
heresia, mas não se esqueçam. Seus escritos beiravam o final do Século II.
Embora conservador, ele organizou e avançou a nova teologia da Igreja
antiga. Ele é talvez mais famoso por ser o autor mais antigo cuja obra
sobreviveu a utilizar o termo "Trindade" (em latim: Trinitas) Pai, filho e
Espírito Santo, como na mitologia de Horus, por exemplo, e por nos dar a
mais antiga exposição formal ainda existente sobre a teologia trinitária.

Dizem que Tertuliano, no ano 197, escreveu em sua Apologia:

“Cap.5-§3 - Tibério, em cujos dias surgiu o nome Cristão no mundo,


tendo recebido informações da Palestina sobre os acontecimentos que
demonstraram claramente a verdade da divindade de Cristo, levou,
adequadamente, o assunto ante o Senado com sua própria decisão a favor
de Cristo.”

Duas coisas a considerar:


Primeira: Reparem bem: 60 anos após Marcion ter citado “Jesus”
(segundo o site de que copiei as informações) Tertuliano, ainda escrevia
“Cristo”, termo que vinha já desde o primeiro Século e era nitidamente
mitológico, como já expliquei em Plínio o moço. Tudo bem, isso é o de
menos.
65
Segunda: Mesmo considerando que Tertuliano tenha sido um apologista
cristão, esse texto é falso, no total ou em parte. Se em parte, os trechos
sublinhados foram os inseridos e alguma coisa foi suprimida.
Por que falso?
Na época de Tibério, 14 a 37, os cristãos existentes eram os de Chrestus
e se a referência fosse a esses, não se discutiria a divindade do seu lider,
porque o Mestre da Justiça era um Messias esperado. Não era um deus. Não
existia ainda.
Então, se o texto fala de divindade de Cristo, nesse período, está
falsificado em algum ponto, porque o deus Cristo só surgiu no final do 1º
Século e início do 2º.
Além do que Tertuliano refere-se a uma hipotética correspondência
entre Tibério e Pilatos, 170 anos depois do acontecido. Não foram palavras
dele. Na época de Tibério não existia nenhum deus Cristo!
Uma outra versão conhecida diz assim: “Portanto, naqueles dias em que
o nome cristão começou a se tornar conhecido no mundo, Tibério, tendo ele
mesmo recebido informações sobre a verdade da divindade de Cristo, trouxe
a questão perante o Senado, tendo já se decidido a favor de Cristo”.
O nome de Cristo mal começara a se tornar conhecido e já estava
confirmada a sua divindade? Só pelas informações de um correspondente?
Isso foi por providência de Tibério, porque Tertuliano, 170 anos depois,
só estava comentando o ocorrido. A opinião dele Tertuliano era bem
diferente: “A não ser que os deuses dêem satisfação aos homens, não lhe é
reconhecida a divindade”:

Outro detalhe que aumenta a hipótese da falsificação. É a interação com


os demais textos da Apologia de Tertuliano. Nesse caso o trecho todo.
Reparem, tem nada a ver:

O anterior:
Marco Emílio passou por essa experiência com relação a seu deus
Alburno. E assim, também, acontece em nosso caso, porque entre vós a
divindade é deificada por julgamento dos seres humanos. A não ser que os
deuses dêem satisfação aos homens, não lhe é reconhecida a divindade:
Deus deve ser propício ao homem.

A inserção falsa:
"Portanto, naqueles dias em que o nome cristão começou a se tornar
conhecido no mundo, Tibério, tendo ele mesmo recebido informações sobre
66
a verdade da divindade de Cristo, trouxe a questão perante o Senado, tendo
já se decidido a favor de Cristo. O Senado, por não haver dado ele próprio a
aprovação, rejeitou a proposta. César manteve sua opinião, fazendo
ameaças contra todos os acusadores dos cristãos"

O posterior:
Consultai vossas histórias. Verificareis que Nero foi o primeiro que
atacou com seu poder imperial a seita Cristã, fazendo isso, então,
principalmente em Roma. Mas nós nos gloriamos de termos nossa
condenação lavrada pela hostilidade de tal celerado porque quem quer que
saiba quem ele foi, sabe que nada a não ser uma coisa de especial valor
seria objeto da condenação de Nero.

Me diga: O que tem de relação entre os três textos. Nada! Nenhuma!


E a contradição entre o primeiro e o falsificado? Tertuliano ora diz uma
coisa e hora diz outra?

Portanto, naqueles dias... Que dias? Tá falando de quê? - Aliás, esse


chavão é o mesmo usado na falsificação de Flávio Josefo em Antiguidades
Judaicas... há há ha... Deve ter sido o mesmo falsário...
Tertuliano achava que “A não ser que os deuses dêem satisfação aos
homens, não lhe é reconhecida a divindade”
E em seguida já admite que Tibério estivesse a favor da divindade de
Cristo? Só porque havia informações? Mas é assim que se cria um deus?
A divindade ou a própria forma de existência de Cristo, começou a ser
discutida bem perto desses escritos de Tertuliano no ano 200. Então, houve
interpolação. Só pra dizer que na época de Tibério já havia o nome cristão
sendo divulgado? Uma droga isso...

Vamos entender: Havia Chrestus. Depois o Cristo confundido e oriundo


de Chrestus. Depois esse Cristo virou um deus, sem corpo, já sem relação
direta com o nome Chrestus. E assim perdurou por muitos anos. Da boca do
povo apareceu Jesus vindo de outros mitos. Finalmente em 325, no Concílio
de Nicéia, o Cristo ganhou um nome e foi transformado em Jesus Cristo,
com a estória do homem morto na Cruz e em seguida, de novo, transformado
em deus. Agora homem-deus, deus filho. Uma coisa é certa: De tudo isso,
posto, nunca existiu esse cidadão. Ok? Muita criatividade...

67
Em virtude das dificuldades de se chegar a uma conclusão objetiva a
respeito do início da história do cristianismo, importantes teólogos do Século
XX, teorizavam que os evangelhos haviam sido compostos a partir de outros
anteriores, que é a teoria que eu melhor aceito. As demais teorias não fazem
nenhum sentido. Ainda assim, nenhuma delas resolveu o lapso entre a vida
de Jesus no início do Século I, e o aparecimento dos seus evangelhos, após
meados do Século II. Não explicam como obtiveram essa estória com tantos
detalhes, como o Cristo deus, transformou-se no Jesus-deus, e daí no
Homem-deus, nem como surgiram do nada, os apóstolos, simples mortais,
sem qualquer resquício histórico. (sem pai nem mãe). Aliás, nem o pai nem a
mãe de Jesus têm história também. Dizem que são descendentes de Davi,
filho de Salomão. Você tem certeza de que esses caras (Davi e Salomão)
existiram? Porque não há provas! Certo? – Alfredo Bernacchi.

E aí? Voltamos à estaca zero? Não... Não bem assim. Longe de ser um
crime perfeito, os católicos deixaram ainda algumas evidências
comprometedoras. Apesar de terem destruído TUDO o que fosse capaz de
desmentir suas estórias, e terem forjado outras tantas a base de falsificações,
os Evangelhos escolhidos e adulterados deixaram muitas controvérsias. Os
livros apócrifos que foram escondidos, e em 1945 encontrados em
Alexandria no Egito, e nas cavernas de Qunram, no Mar Morto, em 1947,
onde foram encontrados incríveis textos dos essênios, do Mestre da Justiça,
Chrestus, comprometeram muito o Novo Testamento, porque textos
idênticos, escritos bem antes da nossa era sugerem uma cópia sem
precedentes, foram ainda somados ao silêncio de vários importantes
escritores dos primeiro e segundo séculos, que viveram no palco dos
hipotéticos acontecimentos.
Só nos resta agora saber pequenos detalhes do passo a passo do
cristianismo a partir do Século III.

4 - O INTRIGANTE TERCEIRO SÉCULO.

Já que entramos pelo ano 200, vamos tratar desse período.

Até o momento, pela história, Jesus Cristo não nasceu, certo?

Septímio Severo era mais um Imperador endeusado. Beligerante e


conquistador. Combatia a corrupção à espada, e executava mesmo, aqueles
senadores contrários a ele e mantinha os Bárbaros à distância. Era cheio de
68
moral e querido pelo povo, e não se meteu no assunto religioso. Entretanto,
Roma entraria em crise, começando pela econômica, que resultaria na sua
queda. A população caía drasticamente de 1.650.000 em 120, para 600.000
agora (ano 200). Todas as coisas ruins que sucediam, logo tentavam colocar
a culpa nos cristãos e esse foi o século das perseguições aos cristãos

http://blogdopcamaral.blogspot.com.br/2010/08/seitas-e-heresias-na-igreja-crista.html
(trecho repetido em vários sites)

“O Novacionismo (250), foi o montanismo reaparecendo numa outra


época, sem as reivindicações proféticas que desapareceram. Novaciano foi
condenado em 251 por um concílio romano que reunia 60 bispos. Após a
perseguição de Décio, quando muitos negaram a fé, Novaciano liderou os
que queriam muito rigor para os que “caíram” [na fé]. Este movimento
cismático encontrou muita recepção na África e na Ásia Menor, onde
absorveu o que restou dos montanistas. Sua doutrina era igual à das igrejas
católicas. Foi apenas a questão de disciplina que questionavam: condições
para ser membro da igreja e perdão de certos pecados específicos. Enquanto
Cipriano admitia a reconciliação dos caídos "após uma penitência severa e
prolongada: Novaciano considerava que "reconciliação alguma lhe pode ser
concedida" Para Novaciano a igreja se identificava com um pequeno grupo
de espirituais que estava em conflito obrigatório com a cidade terrena.
Crendo que as igrejas católicas eram apóstatas, os novacianos rejeitaram as
ordenanças delas. A crença na regeneração batismal era quase universal
nesta época. Os novacianos deram tanta importância à necessidade do
batismo ser ministrado por pessoa devidamente qualificada que rebatizavam
os que vieram das igrejas católicas. (Wikipédia)

Os Maniqueus (Século III) De origem persa, foram chamados por esse


nome, em razão de seu fundador Ter o nome de Mani. Acreditavam que o
universo compõe-se do reino das trevas e da luz e ambos lutam pelo domínio
do homem. Rejeitavam a Jesus [Seu conto de fadas], porém criam em um
"Cristo celestial".

[Viu bem? O nome Jesus já era ou estava sendo conhecido, quem sabe já
na estória da crucificação? Mas o nome Cristo e o seu conceito de divindade,
ainda era mais forte e preferido]

69
Por D. M. Murdock - Historiadora Científica americana no Campo
religioso. Traduzido para o português (desculpem a qualidade, mas é
tradução eletrônica)

“Em Falsificação no Cristianismo, Joseph Wheless indicou que "Os


evangelhos são todas falsificações sacerdotais feitas mais do que um século
após as suas datas fingidas."

“Aqueles que compuseram alguns dos evangelhos e das epístolas


"alternativas" que eram passadas ao redor durante os primeiros dois
séculos C.E., admitiram mesmo, que tinham falsificado os documentos. A
falsificação durante os primeiros séculos da existência da igreja era
incontestavelmente desenfreada, assim comum no fato que uma frase nova
foi inventada para descrevê-la: "fraude piedosa." Tal falsidade é confessada
repetidamente na Enciclopédia Católica. Alguns dos "grandes" pais da
igreja, tal como Eusebius, foram acusados por seus próprios pares, ser os
mentirosos inacreditáveis que escreviam regularmente suas próprias ficções
de o que "o Senhor" disse e fez durante "sua" alegada estada aqui na
Terra”.

Nota: Esse texto não é de site cristão. A conversa muda, reparou? É


preto no Branco! Sem sofismas.

“Poucas referências "históricas" à uma vida real de Jesus citadas em


cartas, podem ser demonstradas, por serem interpolações e falsificações.
Como Edouard Dujardin indica capaz, a literatura de Paulo "não refere a
Pilatos, ou aos romanos, ou a Caifás, ou ao Sinedriun, ou a Herodes, ou a
Judas, ou às mulheres sagradas, ou a nenhuma pessoa, da narração do
Evangelho da Paixão, e que também nunca faz-lhes nenhuma alusão; última,
que não menciona absolutamente nenhum dos eventos da Paixão,
diretamente ou por alusão." Dujardin disse também que as outras escritas
"cristãs" posteriores tal como o Apocalipse não mencionam nenhum detalhe
ou drama histórico” – [Claro! Vieram dos essênios com outra estória
diferente! Foram apenas copiados e deles, se apropriaram os cristãos.
Pelo pouco que eu sei, as epístolas paulinas já existiam entre os essênios,
e foram descobertos em Qunram. Possivelmente copiados e adaptados, não
tinham ligação alguma com os evangelhos de Cristo. Isso nos deixa mais
uma prova: Paulo é fictício também, deixando bem claro, mais um mito, não
existiu!... É o que afirmo há anos, baseado em outras evidências]
70
“Segundo Rev. Taylor, na obra Asian Research, o título "Cristo" em sua
forma judaica significando "ungido" ("Masiah") era usado por todos os reis
de Israel, também sendo "assim comumente suposto por todos os tipos de
impostores, escamoteadores, e pretendentes às comunicações naturais, que a
reivindicação a ele é no Evangelho próprio considerado como um indicação
de impostura." O nome "Jesus Cristo" não foi adotado formalmente em
sua forma atual até após o primeiro Conselho de Nicéia, isto é, em 325
d.C”.

Eu não estou dizendo? Tá aí!...

Então, está explicado porque até aqui não consegui, historicamente,


nenhuma referência a Jesus Cristo! Claro! Não tinha mesmo! Rsrsrs...
Ora... Cristo já vinha de Chrestus e de até antes do 1º Século entre os
judeus cristãos. Tenho a impressão que houve uma continuidade apenas, até
quando começaram os primeiros escritos sobre o salvador milagreiro, usando
para ele, o termo Cristo. Então, vamos procurar por Cristo com as
características do Bíblico Jesus Cristo.
Estamos no Século III.

Continuando com D.M. Murdock

“Na realidade, mesmo os nomes de lugar e as apelações de muitos outros


personagens no Novo Testamento podem ser revelados por serem traduções
judaicas dos textos egípcios.
Por exemplo, na fábula de "Lázaro" ("Lazarus") a múmia ressuscitada
dentre os mortos por Jesus, os copiadores cristãos não mudaram muito seu
nome, "El-Azar-us" sendo a múmia egípcia ressuscitada dentre os mortos
por Horus possivelmente 1.000 anos ou mais, antes da versão bíblica. Este
conto é alegoria para o sol que move-se através da "constelação da múmia,"
trazendo a luz e a vida a ela. Não é uma história verdadeira”.

“O Novo Testamento foi composto por Therapeutos?


Em 1829 Reverendo Taylor peritamente discutiu que, a história inteira
do Evangelho, estava já na existência por muito tempo antes que o começo
da Era Comum [de Cristo] e foi composto provavelmente pelos monges
egípcios chamados os "Therapeutos." Além disso, Wheless manifesta que se

71
pode encontrar muito da fábula de "Jesus Cristo" no livro de Enoch, que
precedeu o advento suposto do mestre judaico por centenas de anos”.

“Por uma série de circunstâncias, o judeu foi deixando, aos poucos, a


atividade de pastor, agricultor e mesmo de artífice, passando a dedicar-se
ao comércio nas cidades.
Destarte, chegando à Roma e à Alexandria, [Delta do Nilo - Egito]
encontrariam ali apenas a prática de uma religião de tradição oral,
portanto, terreno propício para a introdução de novas superstições
religiosas. Dessa conjuntura é que nasceu o cristianismo, o máximo de
mistificação religiosa de que se mostrou capaz a mente humana.
O judeu da diáspora [dispersão] conseguiu o seu objetivo. Com sua
grande habilidade, em pouco tempo o cristianismo caiu no gosto popular,
penetrando na casa do escravo e de seu senhor, invadindo [posteriormente]
inclusive os palácios imperiais.
Chrestus, o Messias dos essênios, [figura mítica] pelo qual parece terem
optado os judeus para a criação do cristianismo, daria origem ao nome de
Cristo, cristão e cristianismo. (La Sagesse)”

Assim eu penso explicar o início do cristianismo. Uma simples


continuação e gradual transformação ou adaptação patrocinada pelos
sacerdotes romanos. La Sagesse, parece seguir na mesma direção, ou eu na
dele, porque falamos coisas semelhantes, mas ele veio primeiro. Veja o que
ele diz:

“Tal ideal de vida conquistaria, como realmente aconteceu, o escravo, a


plebe, enfim, a gente humilde.
De tudo o que dissemos, depreende-se que, o cristianismo foi uma
religião criada pelos judeus, antes de tudo, como meio de sobrevivência e
enriquecimento” [assimilada pelos sacerdotes romanos, com os mesmos
objetivos].

E não se deve confundir com o cristianismo que provém do deus Cristo


criado pelos padres nos séculos seguintes, embora um tenha inspirado o
outro. Por que não? Porque vieram de princípios diferentes e inversos.
Assim, Cristo (Jesus) foi criado a partir do cristianismo de Chrestus,
existente entre o povo judeu, e não o cristianismo teve início em Jesus Cristo
no ano 1. Tanto é que os judeus, mesmo sendo bajulados como o “povo

72
escolhido”, nunca engoliram esse Cristo, pois sabiam muito bem do que se
tratava.

Tal fato, essa continuação espontânea, trouxe como conseqüência a não


identificação de uma data, época ou um século onde o cristianismo tenha se
iniciado. Porque o cristianismo não nasceu. Como uma pedra de gelo,
derrete-se e transforma-se em água, assim, aos poucos, em séculos de
convivência entrelaçada. E por isso, cada um diz uma coisa diferente.

De Yakov Lentsman:
“No seguimento das descobertas dos manuscritos do Mar Morto, os
investigadores materialistas, tem ultimamente discutido vivamente a questão
de saber onde nasceu geograficamente o cristianismo. Ambróglio Domini,
investigador italiano, declara nos seus textos estar absolutamente
convencido de que esses documentos representam o elo que faltava, na longa
cadeia de fatos que levou ao nascimento da religião cristã. [Concordo com
ele].
Prosper Alfaric, historiador especialista em cristianismo, é
praticamente da mesma opinião.
É bom que se saiba que a análise objetiva e livre de influências
religiosas, para tratar do cristianismo, como cita B. Lapicki, isso só foi
possível em cada época aos representantes dos meios mais avançados,
econômica, cultural e socialmente.
Somente no Século XVIII, historiadores começaram a lançar as bases
da crítica racionalista dos dogmas da Igreja, começaram a assinalar as
contradições dos Evangelhos e aplicar à literatura cristã primitiva, os
métodos de estudos científicos nos documentos históricos em geral. Foi
quando a burguesia tornou-se uma força reacionária e fixaram como
objetivo principal a tentativa de salvar, na medida do possível, o prestígio
decadente dos dogmas clericais, e não o estabelecimento da evolução
histórica cristã. No fundo, foram as primeiras tentativas de conhecer e
determinar o aparecimento do cristianismo.
As primeiras conclusões foram que os Evangelhos Canônicos foram
compostos no Século II e em ordem cronológica diversa a apresentada no
novo Testamento”.

A essa conclusão eu também já cheguei, e não foi tão difícil. E isso


demonstra, sem sombra de dúvidas, que o cristianismo não veio de nenhum
Jesus vivo, suas palavras, nem sua vida contada ou escrita pelos seus
73
apóstolos, pra lá de sepultados se tivessem existido, que pudessem assegurar
seus ensinamentos. A Igreja provém, ao contrário de uma infinidade de
comunidades de crentes, frequentemente em lutas umas com as outras.

Tomando de um lado, a ponta assinalada por Domini e Alfaric, e na


outra extremidade pela análise de B. Lapicki e A. Ranovitch, a criação do
cristianismo ficou restrita ao Século II, a partir de fatos colhidos em 1947
que se referiam ao Século I - (Mar Morto). Essa retroação da lenda é a base
da mentira do Cristianismo, porque tornam totalmente obscuros os fatos
ocorridos: Jesus teria nascido e vivido em províncias rudimentares de poucos
habitantes incultos ou nem existentes, e assim, ninguém sabe de nada, nem
pode dizer também que não aconteceu. Em compensação, também não há
fatos históricos que confirmem essa realidade.

“Quase todos os documentos existentes acerca da cristandade nascente,


estiveram por mais de 15 séculos nas mãos dos clérigos cristãos. Isso
explica porque há tão poucos textos da abundante literatura anticristã das
épocas antigas e explica também a existência de tantas falsificações e
interpolações nos textos cristãos daqueles tempos”. (I. Lentsman)

Essa é a principal causa da dificuldade de desvendar o enigma do início


do cristianismo. Claro, tudo proposital mesmo!...
Contra eles mesmos se voltaram as falsificações, porque agora, com a
evolução da ciência, as falsificações caíram em desuso. Imaginem toneladas
delas que eles retiratam de circulação, mas os ingênuos e crédulos, dentre os
próprios cristãos, que acreditam nessa estória, estão tentando achar provas da
existência de Cristo. É triste esse desengano. Dá até pena.
Já encontraram até parte do “Evangelho de Marcos” nas cavernas de
Qumran! Sabem o que? Um pedaço de papiro com três letras e um ponto!
Que colocados num super computador e mais não sei o que, confirma isso. É
o desespero.
Olhem essa daqui:

O papiro P52, escrito em grego epaleograficamente datado como tendo


sido escrito por volta do ano 125 d.C., é geralmente reconhecido como o
mais antigo documento sobre Jesus. Contém um fragmento de João 18:31-33
no recto (frente) e João 18:37-38no verso. (Wikipédia).

74
Pode até ser, porque no ano 125 possivelmente, havia escritos avulsos no
meio do povo, dentre aqueles 4 mil evangelhos que existiam antes da
confecção da Bíblia lá pelo ano 150. O nome “Jesus” até poderia estar aí,
mas não está. Isso eu já garantido. Por que garantem que era do Novo
Testamento? Porque tinha grafia igual? E daí? Não seria mais correto dizer:
“Semelhante ao NT?”

O Papiro bíblico Chester Beatty ou simplesmente Papiro Chester Beatty


refere-se a um grupo de papiros manuscritos de Textos bíblicos. Os
manuscritos estão no grego e são de origem cristã. Há onze manuscritos no
grupo, sete destes consistem em livros do Antigo Testamento, três são do
Novo Testamento. A maioria é datada do século III. Estão arquivados em
parte na Biblioteca de Chester Beatty e outra parte na Universidade de
Michigan. (Wikipédia)

No Século III tudo é possível, porque Jesus já tinha virado um mito


conhecido e a Bíblia já tinha sido iniciada.

75
Mas você vê a dificuldade de se encontrar a história do cristianismo?
Tem gente graúda na Igreja que acredita nisso!!! Muita ingenuidade. Vocês
já repararam no desespero deles de achar alguma coisa que comprove a
história falsa? Isso deixa a gente mais convicto ainda de que nada existe.

Havia também os Albingenses: Século X.- Outro autor


http://www.demiurgo.decifrado.oswnet.com/livro_deus_incoerente_essa_nao.pdf

“Os albigenses (cátaros) atribuiam o NT ao Deus benevolente, mas o


VT foi atribuído ao Deus malévolo. Nesse aspecto, os albingenses
resgataram uma parte dos conceitos dualistas de Platão e de Marcion,
dando novo fôlego à idéia de que há uma diferença entre o deus do VT e o
deus pai do NT.
Embora não haja confirmação total de suas “doutrinas secretas”,
alguns historiadores dizem que os cátaros afirmavam que o Cristo nascido
na visível e terrena Belém, bem como o que morreu crucificado em
Jerusalém, era um impostor e Maria Madalena era sua concubina! Para
eles, o Cristo verdadeiro nunca comeu, nem bebeu, nem adquiriu corpo
humano, nem ainda esteve neste mundo, exceto espiritualmente através da
pessoa de Paulo”.

Putzzz!... Essa salada tem até pimenta!... rsrsrs... Mais uma prova de que
nada foi verdade. Nem eles mesmos de nada sabiam, e aí, inventam!...

“A salvação, segundo a doutrina albigense era obtida mediante um


ritual às vésperas da morte, que incluía a recitação da oração do Pai-Nosso,
a imposição de mãos dos dirigentes do movimento e do evangelho de João
sobre a cabeça da pessoa que estava morrendo. Ao adotarem o NT como a
expressão única e legítima de sua fé, os albigenses passaram a representar
um desafio à Igreja Romana, que se apresentava como autoridade única,
através da sucessão papal.
A resposta da Igreja Romana ao desafio de sua autoridade exclusiva foi
uma perseguição de quarenta e cinco anos e a ocorrência de uma cruzada
albigense, onde ocorreu um verdadeiro massacre com cerca de hum milhão
de vítimas, o qual foi comandado por Simão de Monfort e apoiado pelo papa
Inocêncio III, o mesmo que instituiu a abominável Inquisição da Idade
Média” ASSASSINOS!!

76
Repararam? Era assim: Não estava de acordo com o Papa, falsificavam,
destruíam ou matavam (em nome de deus!)

LIVROS APÓCRIFOS:
Coloco aqui, para você ter uma simples idéia do que era a religião nos
primeiros séculos. Não precisa ler tudo, mas ter uma idéia do todo. Não são
os livros, mas comentários sobre eles.
Os livros a que me refiro abaixo são aqueles que não foram escolhidos
para o Cânone, ficaram em poder da Igreja e estão até hoje arquivados no
Vaticano.
Não são aqueles encontrados em Nag Hammadi em 1945 em muito
maior quantidade que eu mostro depois.

Wikipédia diz:
“Os Livros apócrifos, também conhecidos como Livros Pseudo-
canônicos, são os livros escritos por comunidades cristãs e pré-cristãs nos
quais os pastores e a primeira comunidade cristã não reconheceram a
Pessoa e os ensinamentos de Jesus Cristo neles e, portanto, não foram
incluídos no cânon bíblico.
Os apócrifos são cartas, coletâneas de frases, narrativas da criação e
profecias apocalípticas. Além dos que abordam a vida de Jesus ou de seus
seguidores, cerca de 50 outros contêm narrativas ligadas ao Antigo
Testamento.
Para alguns teólogos, e para a maioria dos historiadores, os livros do
novo testamento, assim como os textos apócrifos, datam de muito tempo
após a vida de Jesus, sendo alguns deles escritos mais de 200 anos após a
“morte e ressurreição”, não podendo ser considerados fidedignos, ou seja,
nem tudo o que neles fora escrito narra com precisão a verdade.
[Alguns] livros apócrifos foram retirados do Cânon Católico por
mostrarem um Cristo diferenciado dos Evangelhos e teologias escolhidos,
mostrando-o exclusivamente como Deus sem as limitações e sentimentos
humanos,(*) o que tornaria a passagem pela morte algo fácil, diminuindo
assim, o tamanho do Sacrifício realizado pelo Salvador; em outros,
entretanto, a imagem de Cristo é excessivamente mundana e em desacordo
com a imagem passada pelos quatro evangelhos oficiais.

77
(*) De fato ainda no início do Século II havia o Cristo apenas espiritual
(sem corpo) cultuado pelos cristãos primitivos. (De cristianismo primitivo,
antes de Jesus Cristo), e eu destaquei isso incessantemente.

Cristianismo ocidental
No cristianismo ocidental atual, existem vários livros considerados
apócrifos; nos sínodos realizados ao longo da história esses livros foram
banidos do cânon [de Livros Sagrados], outros obtiveram uma
reconsideração e retornaram à condição de Sagrados (Canônicos). Como
exemplo de canonicidade, temos a Bíblia (reunião de vários livros).

[É assim: Bota, tira, bota, tira... Parece aquela musiquinha dos escravos
de Jó. Bota, tira, bota, tira... E deus não se indigna com isso? É a sua palavra
que está em jogo!...]

Os livros Apócrifos são muito estudados atualmente pelos teólogos,


porque a sua narrativa ajuda a revelar fatos e curiosidades a respeito dos
primórdios do cristianismo.

O número dos livros apócrifos é maior que o da Bíblia canônica. É


possível contabilizar 113 deles, 52 em relação ao Antigo Testamento e 61 em
relação ao Novo. A tradição conservou outras listas dos livros apócrifos,
nas quais constam um número maior ou menor de livros.

Olhe a lista e imagine 4 mil desses, povoando a cabeça dos cristãos


primitivos... Coloquei aqui para você saber a quantidade que existe ainda
hoje. Foram escritos na mesma época dos textos canonizados, só que não
sofreram alterações. São mais autênticos que os originais...

O Evangelho da Infância Siríaco (ou Evangelho Árabe da Infância)


A História de José, o carpinteiro
A Vida de João Batista
O Evangelho Armênio da Infância de Jesus

Seitas judaico-cristãs durante o cristianismo primitivo ainda


mantinham uma forte relação com o Judaísmo, mantendo a Lei mosaica
e utilizavam evangelhos específicos:
Evangelho dos Hebreus
78
Evangelho dos Nazarenos
Evangelho dos Ebionitas (século II) é uma tentativa gnóstico-cristão
de perpetuar as práticas do Antigo Testamento.
Evangelho de Marcião
Evangelho de Mani, também chamado de Evangelho Vivo ou
Evangelho dos Vivos
Evangelho de Apeles
Evangelho de Bardesanes
Evangelho de Basilides
Evangelho de Cerinto
Evangelhos de ditos
Evangelho de Tomé (século I) é uma visão gnóstica dos supostos
milagres da infância de Jesus.
Evangelhos da Paixão
Outro conjunto de Evangelhos se focam especificamente na Paixão
(prisão, execução e ressurreição) de Jesus:
Declaração de José de Arimatéia
Evangelho de Pedro
Atos de Pilatos, também chamado de Evangelho de Nicodemos
Relato de Pilatos a Cláudio
Cura de Tibério
Descida de Cristo ao Inferno
Evangelho de Bartolomeu
Questões de Bartolomeu
Ressurreição de Jesus Cristo, que alega ser "de acordo com
Bartolomeu"
Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus

Os Apócrifos do Novo Testamento, também conhecidos como


"evangelhos apócrifos", são uma coletânea de textos anônimos, escritos
nos primeiros séculos do cristianismo, não reconhecidos pelo
cristianismo ortodoxo e que, por isso, não foram incluídos no Cânone do
Novo Testamento. Não existe um consenso entre todos os ramos da fé
cristã sobre o que deveria ser considerado canônico e o que deveria ser
apócrifo.
Evangelhos canônicos (foram parar na Bíblia por uma escolha
pessoal, e depois ajustados corretamente ao que eles queriam)
79
Evangelhos da Infância (São vários, hein!...)
Evangelhos Judaico-cristãos

Versões rivais dos evangelhos canônicos:


Evangelhos de ditos
Evangelhos da Paixão
Evangelhos Harmônicos
Textos gnósticos
Diálogos com Jesus
Textos sobre Jesus
Textos setianos sobre Jesus
Diagramas rituais
Atos Apócrifos
Epístolas
Apocalipses Apócrifos
Destino de Maria
Miscelânea
Fragmentos
Obras perdidas
Ortodoxia

Os principais evangelhos apócrifos e a razão de sua proibição pela


Igreja Católica
Apócrifo de Tiago, também chamado de "O livro secreto de Tiago"
Livro de Tomé Adversário
Diálogo do Salvador
Evangelho de Judas, também chamado de "Evangelho de Judas
Iscariotes"
Evangelho de Maria, também chamado de "Evangelho de Maria
Madalena"
Evangelho de Filipe
Evangelho Grego dos Egípcios, que é distinto do Evangelho Copta
dos Egípcios
Sophia de Jesus Cristo
Evangelho da Verdade
Apocalipse Gnóstico de Pedro, distinto do Apocalipse de Pedro)
Pistis Sophia
80
Segundo tratado do grande Sete
Apócrifo de João, também chamado de "Evangelho secreto de João"
Evangelho Copta dos Egípcios, distinto do Evangelho Grego dos
Egípcios
Apocalipse Copta de Paulo, distinto do Apocalipse de Paulo
Atos de André
Atos de André e Matias
Atos de Barnabé
Atos de João (150 - 160 d.C) descreve milagres, cita sermões e é
bastante ascético.
Atos de João o Teólogo
Atos dos mártires
Atos de Paulo (c.e 160 d.C) contém a estória de uma jovem em
Icônio que teria se convertido por Paulo e teria deixado o seu noivado.
Atos de Paulo e Tecla
Atos de Pedro (século II) queda da igreja de Roma devido às vilezas
de Simão Mago, fuga de Pedro de Roma, sua volta e crucificação de
cabeça para baixo.
Atos de Pedro e André
Atos de Pedro e Paulo
Atos de Pedro e os doze, gnóstico
Atos de Filipe
Atos de Pilatos
Atos de Tadeu
Atos de Tomé, gnóstico, (final do século II) descreve Tomé como
um missionário na Índia.
Atos de Xantipe, Polixena e Rebeca
Relatos de martírios:
Martírio de André
Martírio de Bartolomeu
Martírio de Mateus

Há também diversas epístolas não canônicas (ou "cartas") entre os


indivíduos ou para os cristãos em geral. Algumas delas foram
consideradas muito importantes pela igreja antiga:
Epístola de Barnabé
Epístolas de Clemente:
81
I Clemente
II Clemente
Epístola dos Coríntios a Paulo
Epístola de Inácio aos Esmirniotas
Epístola de Inácio aos Trálios
Epístola de Policarpo aos Filipenses
Epístola dos Apóstolos
Epístola a Diogneto
Epístola aos Laodicenses, que está em nome de Paulo, escrita para
materializar a epístola mencionada em Colossenses 4:16.
Correspondência entre Paulo e Sêneca
Terceira Epístola aos Coríntios, aceita no passado por algumas
Igrejas Ortodoxas Armênias
Correspondência entre Jesus e Abgar, rei de Edessa. Eusébio
traduziu para o siríaco.
Ditos de Jesus ao rei Abgar [Nunca existiram essas figuras...]
Epístola de Jesus ao rei Abgar (2 versões)
Epístola do rei Abgar a Jesus
Correspondências de Pôncio Pilatos:
Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos
Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes
Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador
Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos

Apocalipses Apócrifos:
Diversas obras estão estruturadas na forma de visões escatológicas,
discutindo o futuro, a vida após a morte ou ambos:

Apocalipse da Virgem
Apocalipse de Paulo, que é diferente do Apocalipse Copta de Paulo
Apocalipse de Pedro, que é diferente do Apocalipse Gnóstico de
Pedro, (c.e 150 d.C) contém visões do Senhor transfigurado.
Apocalipse de Pseudo-Metódio
Apocalipse de Tomé, também chamado de "Revelação de Tomé"
[Escrito no final do Século I não se refere a Jesus, como outros dos
Séculos II e III e IV].

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Apocalipse de Estevão, também chamado de "Revelação de
Estevão"
Consumação de Tomé
Primeiro Apocalipse de Tiago
Segundo Apocalipse de Tiago
Vingança do Salvador
Visão de Paulo
A Descida de Maria
Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria
Julgamento de Pôncio Pilatos - Livro de João, o Teólogo sobre a
Assunção da Virgem Maria
Caverna dos Tesouros, também chamado de "O Tesouro"
Constituições Apostólicas, regras da igreja que foram supostamente
deixadas pelos apóstolos
Cânones dos Apóstolos - último capítulo das Constituições
Apostólicas, que teve ampla circulação independente
Didaquê, possivelmente o primeiro catecismo escrito
Discurso de Domingo
Literatura Clementina
Livro de Nepos
Liturgia de São Tiago
Morte de Pôncio Pilatos [não pense que é real. É apenas uma fábula]
Natividade de Maria
Penitência de Orígenes
Prece do apóstolo Paulo
Retrato de Jesus
Retrato do Salvador
Sentenças de Sexto
Physiologus
O Evangelho desconhecido de Berlim, também chamado de
"Evangelho do Salvador"
O Fragmento Naasseno
O Fragmento Fayyum
O Evangelho secreto de Marcos
Os Evangelhos de Oxirrinco
O Evangelho de Egerton

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Evangelho de Eva, citado por Epifânio (Haer. xxvi. 2, 3). É possível
que este Evangelho seja o "Evangelho da Perfeição" ao qual ele alude
em xxvi. 2. A citação mostra que este evangelho eraa expressão
completa do panteísmo
Evangelho dos quatro reinos celestes
Evangelho de Matias, provavelmente diferente do Evangelho de
Mateus
Evangelho da Perfeição, utilizado pelos seguidores de Basilides e
outros gnósticos. Em Epifânio, Haer.xxvi. 2.
Evangelho dos Setenta
Evangelho de Tadeu, que pode ser o mesmo que o Evangelho de
Judas, numa confusão entre Judas Iscariotes e Judas Tadeu.
Evangelho dos Doze
Memoria Apostolorum
As Epístolas de Clemente: I Clemente e II Clemente
Pastor de Hermas (foi colocado e retirado do Canom)
Didaquê
Epístola de Barnabé
Apocalipse de Pedro
Proto-Evangelho de Tiago
Terceira Epístola aos Coríntios
Entre os historiados do Cristianismo primitivo, estes livros tem
valor incalculável, especialmente os que quase entraram no cânon final,
como o Pastor de Hermas.
A Igreja escolheu alguns apenas, porque havia muita contradição
entre suas histórias, principalmente quanto à personalidade do mito
Jesus.
Havia 4 mil desses livros, incluindo os encontrados escondidos em
Nag Hammadi no Egito que eu mostro a seguir:

Só uma coisa eu vou deixar bem clara:


TUDO O QUE ESTÁ ESCRITO NESSES LIVROS SÃO
ABSOLUTAS MENTIRAS. PURA ALEGORIA E FRUTO DA
IMAGINAÇÃO POPULAR. IGUAIS AOS LIVROS CANONIZADOS.

Lista completa de códices encontrados em Nag Hammadi


Referentes aos séculos da nova era, escritos a partir do Século II.
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Prece do apóstolo Paulo
Apócrifo de Tiago (também conhecido como o O livro secreto de
Tiago)
O Evangelho da Verdade
Tratado sobre a ressurreição
Tratado tripartite
Apócrifo de João (versão longa)
Evangelho de Tomé
Evangelho de Filipe
Hipóstase dos Arcontes
Sobre a origem do mundo
Exegese da alma
Livro de Tomé o Adversário
Apócrifo de João (versão curta)
Livro Sagrado do Grande Espírito Invisível, também conhecido por
"Evangelho copta dos egípcios"
Eugnostos, o abençoado (ou Primeira Epístola de Eugnostos)
Sophia de Jesus Cristo
Diálogo do Salvador
Apócrifo de João (versão curta)
Livro Sagrado do Grande Espírito Invisível, também conhecido por
"Evangelho copta dos egípcios"
Eugnostos, o abençoado (ou Primeira Epístola de Eugnostos)
Apocalipse Copta de Paulo
Primeiro Apocalipse de Tiago
Segundo Apocalipse de Tiago
Apocalipse de Adão
Atos de Pedro e os 12 apóstolos
O Trovão, Mente Perfeita
Ensinamentos Autorizados
O conceito de nosso grande poder
A República de Platão
Discurso sobre a Ogdóade e a Enéade (um tratado da Hermetica)
Prece de ação de graças (um tratado da Hermetica, com comentário
do escriba que o copiou)
Asclépio 21-29 (um tratado da Hermetica)
Paráfrase de Sem
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Segundo tratado do grande Sete
Apocalipse Gnóstico de Pedro
Ensinamentos de Silvano
As três estelas de Sete
Zostrianos
Carta de Pedro a Felipe
Melquisedeque (ou A Vinda do Filho de Deus Melquisedeque)
O Pensamento de Norea
Testemunho da verdade
Marsanes
Interpretação do conhecimento
Exposição Valentiana (Sobre a Unção, Sobre o Batismo (A e B) e
Sobre a Eucaristia (A e B))
Alógenes
Hypsiphrone
Sentenças de Sexto
O Evangelho da Verdade
Fragmentos
Protenóia trimórfica
Sobre a origem do mundo

O chamado "Codex XIII" não é na verdade um códice, mas de fato o


texto de Protenóia Trimórfica escrita em "oito folhas removidas de um
décimo-terceiro livro ainda na Antiguidade e enfiado dentro da capa do
sexto." Apenas umas poucas linhas do início de Sobre a origem do mundo
são distinguíveis no final da oitava página.
Muitos desses apócrifos são citados pelos cristãos para provar a
existência histórica de Jesus.
Difícil é provar a eles que nada disso tem qualquer valor.

Todos esses livros na minha concepção ateísta são apenas escritos


inúteis, fábulas religiosas, místicas e sem graça. São apenas divagações
mentais, como se escritos por loucos, sem nenhuma relação com qualquer
fato ou evento real. Já coloquei alguns pequenos trechos no livro: “Sinto
muito, mas Jesus Cristo não existiu”. Tente ler. Duvido! Vai dar sono nas
primeiras linhas.

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Existe, no entanto, uma razão pela qual estou mostrando isso aqui. Eles
são históricos, no sentido de mostrar o havia na cabeça daquela gente mística
para além do Século II, quando se formava o cristianismo.
Com eles, você terá também uma idéia do que existia antes, no Século I,
no período obscuro da história romana, aniquilada pela Igreja “vencedora”.
Era a mesma coisa, com outros personagens igualmente míticos.
Isso reforça a premissa de que o cristianismo não nasceu de um homem
crucificado, mas de um monte de crendices que se transformaram nos
primeiros séculos, até o que conhecemos hoje.

Vou ficar por aqui, porque não quero que você perca tempo lendo coisas
secundárias dessa estória. Tenho muitos detalhes ainda, mas o que eu já
mostrei e você me acompanhou, é
suficiente para tirar conclusão sólida com
uma mente inteligente. Se você está aqui
comigo, procurando saber a verdade,
claro que é inteligente. E raciocina. E
esse é o objetivo.

Se não for pedir muito, agradeceria


um e-mail com suas impressões pessoais
sobre esse trabalho.

Meu e-mail é
alfredobernacchi2@gmail.com

Grande abraço

Nota de rodapé: Se informações desse livro, em algum momento,


contrariarem informações anteriores (minhas) elas serão preteridas pelas que
estão aqui. Eu evoluo também...

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Aproveite e veja o gráfico que eu fiz para me orientar também:

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