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curso

HISTÓRIA DA ARTE
Módulo I – Idade Antiga ao Renascimento
As origens das tradições estéticas

3º Encontro
Arte na Mesopotâmia
539 a.C. Queda de Babilônia -
Invasão persa Ciro II
330 a.C. Conquista por Alexandre, o
Grande (Grécia)
Estrutura Social

Rei

Gov. Local
Sacerdotes Guerreiros Comerciantes
(Patesi)

Camponeses Artesãos

Escravos
Cultura

•Religião Politeísta
•Astrologia e Horóscopo (12 Signos)
•Matemática
•Semana de 7 dias
•Divisão do dia em 24 horas
•Divisão do Círculo em 360º
•Multiplicação
•Templos, Palácios e Zigurates
SUMÉRIOS 3500 a.C. – 1900 a.C.

Cidades-Estado : Ur, Uruk, Lagash, Nipur


Escrita : Cuneiforme
Os sumerianos foram responsáveis pela construção de um sistema de
canais, bem como pela limpeza e cultivo da terra. Edificaram vários
templos, dos quais restam hoje muitos tijolos, pórticos e colunas,
localizados nas ruínas das cidades de Ur, Shirpula, Erech e outras. A
Suméria é célebre por ter sido o local onde teve início o desenvolvimento
da escrita, que progrediu de um estágio inicial de proto-escrita, em
meados do IV milênio a.C., até a escrita em si, na forma do cuneiforme
sumério, no III milênio a.C. (período Jemdet Nasr).
Elmo de ouro de Meskalamdug de Ur (Original, 2600 a.C. descoberto no cemitério Real de Ur
(Museu Nacional do Iraque)
A Dama de Warka Museu
do Iraque Periodo de
Yemdet Nasr
Cabeça de touro dourada, decorando a parte
anterior de uma lira de Ur, 2.600 a 2.400
a.C., em ouro sobre madeira, com 29,5 cm.
de altura, conservada no Museu do Iraque,
em Bagdad
Carneiro de Ur. Ouro, prata e lápis-lazúli sobre betume. 47 cm de altura.
Meados do III milênio a. C. Londres. Museu Britânico
Placa de Urnanshe de lagash. Argila. 40 cm de altura.
Meados do III milênio a. C. Paris. Museu do Louvre.
Estandarte de Ur. Nácar, arenito e lápis-lazúli, 22 x 47 cm.
Meados do III milênio a. C. Museu Britânico.
Relevo
monumental
A história de Acádia, começou em cerca
de 2550 a.C, quando os povos acádicos
se fixaram na Mesopotâmia. Em c. 2334
a.C., o imperador Sargão I conquistou a
Suméria, anexando-a ao seu império e
acabando com as típicas cidades-
estados. Nesse período, sob os
acadianos, a arte da Suméria enfrentou
a nova missão de glorificar a pessoa do
soberano, tornando frequentes o
surgimento de estelas comemorativas,
objetos em pedras individuais utilizadas
para realização de esculturas em relevo
ou escrita de textos, normalmente
vinculando algum significado simbólico,
fosse este funerário, mágico-religioso,
territorial, político ou propagandístico.

Naram-Sin, de Susa, 2254-2218


a.C. - Paris – Museu do Louvre
Sob o reino de Gudea, governante
de Lagash, uma das cidades centrais
da Suméria, a arte conheceu um de
seus períodos mais ricos. Em Nipur,
construíram uma grande torre ao
seu deus principal El-lil - supõe-se
que sua memória tenha sido
preservada na lenda da Torre de
Babel. Por permanecer livre da
dominação de qualquer outro povo
Pieter Bruegel The Elder - óleo sobre durante muito tempo, sua
tela - 114 x 155 cm - 1563 - civilização e sua arte
(Kunsthistorisches Museum (Vienna,
desenvolveram-se ao longo de uma
Austria)
vasta temporada - mais ou menos
quatro vezes o espaço entre o
começo da era cristão e os dias
atuais.
Reconstituição do templo oval de Jafache, construído durante o reinado de Gilgamesh
datado de aproximadamente entre 2800-2500 a.C.
Zigurate
Zigurate Ur-Nammu 2124-2107aC
O Zigurate de Ur apresenta-se como o templo-torre mais bem preservado de todos aqueles
que foram construídos pelos mestres da civilização da Mesopotâmia. As suas ruínas
representam o Templo de Nanna erguido na cidade de Ur, por vontade do primeiro rei da
terceira dinastia, o governante Ur-Nammu, que reinou entre 2113 e 2095 a. C. e pelo seu
filho Shulgi, que lhe sucedeu no trono em 2095, e reinou até 2047 a. C..
Estatuária

Estátua de diorite do
governador Gudea, de
Lagash (XXI aC)
Estátua de diorite do
governador Gudea, de
Lagash (XXI aC), modelo
trapezoidal – Paris - Louvre
Cabeça de bronze de um soberano acadiano encontrada em Nínive,
possivelmente o Rei Sargão (séc 17 aC) – Museu de Bagdá - Iraque
Deusa-mãe Ubaid-Ur 4000 aC –
Bagdá - Iraque
Estatueta pedra gessosa, encontrada no templo de Abu, Tell Asmar (antiga Eshunna) – III milênio
– Museu de Bagdá - Iraque
Cabeça de Touro – Suméria – 3000 aC
BABILÔNICOS 1900 a.C. – 1600 a.C.

Código de Hamurábi (282 artigos)


Monolito com código de Hamurábi – Susa – Irã – 1700 aC
Fragmento de pintura mural do palácio de Mari. Cerca de 1750 a.C., Museu do Louvre
Hamurábi ajoelhado, de Larsa. Bronze e
ouro. 20 cm de altura. Cerca de 1750 a.C.,
Museu do Louvre
Estátua de alabastro do intendente
Ebin-il, encontrada em Mari,
primeira metade do III milênio a.C.
Museu do Louvre
Representações dos símbolos
das principais divindades do
panteão mesopotâmico no
período cassita, no reverso de
um cudurru do reinado de Meli-
Shipak (1 186–1 172 a.C.),
representando uma procissão
de deuses músicos e animais;
Museu do Louvre
Baixo-relevo de um cudurru
do século XII a.C.
mostrando o rei Meli-
Shipak apresentando a sua
filha à deusa Nanaia;
Museu do Louvre
Porta dos Leões. Hatusa. (Esfinges, leões, lamassu)
Porta das Esfinges de Alaka Huyuk Capadócia
ASSÍRIOS 1200 a.C. – 612 a.C.

Agressivos e Militares
Destroem 10 tribos de Israel (722 aC)
Assurbanipal e Senaqueribe
Deusa de Ugarit
Marfim 13 cm Sec XIII
Paris Museu do
Louvre
Deus sentado de Ugarit
Bronze chapeado em ouro XIII
a C Museu de Damasco
Patera com cena de
caça. Idade do
Bronze, Séculos XV
e XIV a.C. Museu do
Louvre
Arte fenícia
A Civilização Fenícia
foi uma civilização da
Antiguidade cujo
epicentro se localizava
no norte da antiga
Canaã, ao longo das
regiões litorâneas dos
atuais Líbano, Síria e
norte de Israel.

Maioria do que se
conhece da arte fenícia
são o que
convencionou-se
chamar de artes
menores.

Leoa matando um homem


de Nimrud. Marfim, ouro e
pedras preciosas. 10 x 10
cm. Séc VIII a. C. Museu
Britanico.
Astarteia de Galera. Alabastro.
18,5 cm. Séc. VII a. C. Madrid.
Museu Arqueológico Nacional.
Baixo relevo com Ashurbanipal caçando um leão 645 – 635 a.C.
Ashurbanipal caçando um leão 645 – 635 a.C.
Leão – Relevo - Nínive
Assurnasirpal – Nimrud 883 – 859 a.C.
Gazelas – Nínive
Lamassu, Metropolitan 883 – 859 a.C.
CALDEUS 625 a.C. – 539 a.C.
O reinado de Nabucodonosor durou 42 anos (604 a.C. – 562 a.C.) e
tornou-se o período mais áureo da Babilônia, principalmente com a
construção das maravilhas arquitetônicas como a Torre de Babel e os
Jardins Suspensos. Mas também foi impulsionado por violentas
repressões contra os inimigos, como o “Cativeiro da Babilônia”, que
exigiu a deportação em massa dos judeus de Jerusalém para a
Mesopotâmia.

Em 539 a.C., os persas, liderados por Ciro, o Grande, invadiram o


território mesopotâmico e dominaram completamente a Babilônia,
pondo fim à hegemonia dos caldeus.

William Blake. Nabucodonozor.


c.1800
Arquitetura

Representação dos jardins suspensos da Babilônia, como imaginados pelo artista holandês
Martin Heemskerck no sec XV Também chamados de Jardins Suspensos de Semiramis, foram
construídos no séc VI a.C.
Porta de Ishtar - Babilônia
Leão, portas de Ishtar – Nabucodonozor II 604-562 aC
Ladrilho policromados
Leão calcando um homem, em Babilônia – c. 1000 aC
PERSAS 550 a.C. – 330 aC

Imperador persa
(558-528 a.C.)

O Império Aquemênida ou
Aqueménida, por vezes referido Rembrandt. Festa de
Belsazar. 1635-1638, National
como Primeiro Império Persa, Gallery
foi um império iraniano situado VT, em Daniel 5:1-31
no Sudoeste da Ásia, e fundado
no século VI a.C. por Ciro, o
Grande (Ciro II), que derrubou
a confederação médica.
Cilindro de Ciro II
Ciro II depois de sua conquista da Babilônia em 539 AC. Foi descoberto em
1879 e a ONU o traduziu em 1971 a todos seus idiomas oficiais.
Cilindro de Ciro, considerado a primeira declaração de direitos humanos, ao
permitir que os povos exilados na Babilônia regressassem à suas terras de
origem, Ciro II, o Grande, Rei persa
O túmulo de Ciro II é o
monumento de Ciro, o
Grande, a
aproximadamente 1 km
a sudoeste dos
palácios de Pasárgada.
De acordo com fontes
gregas, remonta a 559-
29 a.C.
Os persas acreditavam em
vários deuses, mas com o
tempo o Zoroastrismo
prevaleceria. O
zoroastrismo era uma
religião dualista, pois via a
representação do bem em
Ormuz e a representação
do mal em Arimã. Para eles,
quando os dois deuses se
enfrentarem haverá um Juízo
Final, onde todos os homens
serão julgados por seus atos.
Persépolis
Escadaria leste da Apadana
Escadaria sul da Apadana
Tumba Artaxerxes III
Porta de todas as Nações
Porta inacabada
Apadana
Palácio das 100 colunas
Tripylon
Tachara
Hadish
Reflexos na modernidade

O Art Déco é o termo atual para definir o estilo formalizado na Exposição Internacional de
Artes Decorativas e Industriais Modernas realizada em Paris em 1925, a partir de quando
se expande por cidades de todos os continentes urbanizados.
O estilo Art Déco, vertente decorativa do Modernismo, busca inspiração na arte
mesopotâmica e egipcía de antes de Cristo, na arte cretense, etrusca e greco-romana, na
arte dos índios americanos (maias, astecas e marajoaras), no gótico medieval etc.
Posteriormente, expressões estéticas do século XX foram incorporadas ao estilo, como
Cubismo, Construtivismo, Futurismo, Neo-plasticismo, Streamline etc.
A principal característica do estilo Art Déco é a explícita geometrização dos volumes e dos
temas decorativos, sejam figurativos ou abstratos.
Modernismo no Brasil
Antonio Garcia Moya – Semana de 22
Wilhelm Haarberg

Mãe e filho
Reflexões para próximo encontro

O que é um estilo?
Wladimir Wagner Rodrigues
wrodrigu@trf3.jus.br

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