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Lacan e Lévi-Strauss
ou o retorno a Freud
(1951–1957)
Tradução de
Clóvis Marques
Revisão técnica de
João Rocha
1ª edição
Rio de Janeiro
2018
Introdução 13
O jovem Lacan 13
Os desvios de Freud 17
O retorno a Freud 21
Nosso método 23
A excomunhão 25
A cisão de 1953 27
Lacan e Lévi-Strauss 29
Situação de nossas pesquisas 31
Conclusão 335
A doxa: seus ideais e o recalque de Lévi-Strauss 335
O ponto de vista de Louis Althusser 344
O essencial: o ponto de vista de Lacan 353
Obrigado a Lévi-Strauss 356
Posfácio 365
A descompletude do mundo 365
A falta no Outro 367
Lacan, crítico de Lévi-Strauss 370
O excomungado sublime 371
Bibliografia 379
O jovem Lacan
13
14
15
16
Os desvios de Freud
17
18
19
20
O retorno a Freud
21
22
Nosso método
23
24
A excomunhão
25
26
A cisão de 1953
27
28
Lacan e Lévi-Strauss
29
Certamente.
Seja como for, se essa presença do etnólogo no semi-
nário foi única, o lugar ocupado por suas pesquisas foi
fundamental para o psicanalista a partir de 1949, e não
podemos entender o primeiro retorno a Freud de Lacan –
o da década de 1950 – sem ler por cima dos seus ombros
os grandes textos de Lévi-Strauss, que lhe forneceram
o seu estilo de leitor dos textos freudianos, vale dizer, o
estilo do seu retorno a Freud, ou, finalmente, o estilo do
retorno do desejo do próprio Freud, no ponto de crise
mais agudo do campo psicanalítico (teórica e institucio-
nal), cuja metamorfose foi iniciada por Lacan.
Numa segunda parte, veremos de que maneira, para
além (e antes) do primeiro seminário de 1953, ou seja,
no nebuloso campo de textos e artigos que acompanham
o seminário de Lacan (“Intervenção sobre a transferên-
cia”, 23 “O mito individual do neurótico”, 24 “O Discurso
de Roma”25 etc.), a obra de Lévi-Strauss infiltrava as
pesquisas lacanianas, especialmente a que dizia respeito
à teoria do sujeito do inconsciente, mas também sua relei-
tura clínica dos grandes casos paradigmáticos da clínica
freudiana (Dora, o Homem dos Ratos etc.).
Numa terceira parte, veremos como Lacan conclui
sua visita aos pacientes de Freud e fornece um esclare-
cimento estruturalista das psicoses (L III) e da fobia (L
IV), esclarecimento impensável sem o seu contato com
os textos lévi-straussianos e sem a invenção da teoria do
Nome-do-Pai, grande parte da qual, na nossa opinião,
ele deve ao etnólogo, e à qual ainda será necessário voltar
para que fique claro seu alcance clínico.
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Notas
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