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Pneumotórax

❖ Definição: coleção de ar no espaço pleural

❖ Lesão pode ser: tecido pulmonar, traqueobrônquica ou da parede torácica

❖ Epidemio: ocorre mais no sexo masculino

❖ Fisiopatologia
❖ Diagnóstico
➢ Clínica: pulmão em colapso
▪ Dor torácica (75%-90% dos casos), dispneia (80%-100% dos casos),
diminuição dos MV e FTV (do lado afetado), timpanismo na área afetada,
cianose, turgência jugular e rebaixamento do nível de consciência
▪ Tosse em 25%-30% dos casos
➢ Imagem
▪ RX simples: em inspiração/expiração e Laurell
▪ TC: serve para diagnóstico diferencial (principalmente a diferenciação em ter
bolha e pneumotórax)
▪ USG
➢ Diagnóstico diferencial: lesões bolhosas, hérnia diafragmática, embolia
pulmonar, IAM, pneumonia, pleurite e neurite.

❖ Classificação:

➢ Primário
▪ Ruptura espontânea de bolhas subpleurais (idiopático)
▪ Relação homem : mulher  6:1
▪ Idade: 20 a 30 anos (raro acima dos 40 anos), em paciente previamente
saudável
▪ Acomete mais fumantes e pessoas do biótipo longilíneo
▪ Taxa de recorrência: 28% (6 meses a 3 anos)
▪ 80% dos casos são observados bolhas apicais na TC
➢ Secundário
▪ Relação homem : mulher  3:1
▪ Pneumopatias associadas: DPOC (taxa de recorrência é de 43%), TB, asma
brônquica, fibrose pulmonar difusa crônica, abcesso pulmonar, pneumonia,
CA brônquico, esclerodermia, granuloma eosinofílico, esclerose tuberosa,
AIDS e endometriose pleural (ocorre após coito em algumas mulheres).
▪ Taxa de recorrência 43%

❖ Pneumotórax traumático

➢ Causas mais frequentes de pneumotórax hipertensivo: aberto, fechado e


iatrogênico.

❖ Lesões torácicas potencialmente fatais – obstrução das vias aéreas

➢ Pneumotórax hipertensivo
▪ Lesão torácica
▪ Válvula unidirecional que permite a entrada de ar no espaço pleural na
inspiração e impede sua saída na expiração
▪ Pressão intrapleural > Pressão atmosférica
▪ Distúrbio respiratório
▪ Impedimento do retorno venoso – colapso circulatório – hipotensão – choque
▪ Quadro clínico: dispneia intensa, taquicardia, hipotensão, desvio da traqueia,
ausência de MV unilateral e distensão das veias do pescoço.

❖ OBS: Diferenciar do TAMPONAMENTO CARDÍACO


➢ Pneumotórax Hipertensivo = timpanismo à percussão + ausência de MV

➢ Pneumotórax aberto (ferida torácica)


➢ Hemotórax maciço
➢ Tórax instável
➢ Tamponamento cardíaco

❖ Pneumotórax iatrogênico

➢ Lesões por procedimento: punção aspirativa transparietal (24%), punção de veia


subclávia (22%), toracocentese (22%), biópsia pleural (8%) e ventilação mecânica
(7%)

❖ Pneumotórax no CTI

➢ SARA
➢ Ventilação mecânica incidência de 4-15%
➢ Procedimentos: toracocentese (54%), cateter venoso central (40%),
broncoscopia/biopsia transbrônquica (23%), pericardiocentese e traqueostomia
❖ Objetivos do tratamento do pneumotórax: evacuação do ar, re-expansão pulmonar e
prevenir recorrência

❖ Drenagem torácica – objetivos

➢ Restabelecimento da pressão negativa do espaço pleural


➢ Remoção do ar, líquidos, sólidos (fibrina) do espaço pleural e mediastino
resultantes de processos infecciosos, trauma procedimento cirúrgicos
➢ Re-expansão pulmonar
❖ Indicações para tratamento cirúrgico

➢ Fuga de ar persistente por mais de 5-7 dias


➢ Pneumotórax recorrente ipsilateral
➢ Pneumotórax contralateral
➢ Pneumotórax bilateral
➢ 1º episódio - pacientes de profissão de risco (aeroviários e mergulhadores)
➢ Pacientes com AIDS (pneumonia necrotizante)
➢ Pacientes com planos de estadia em lugares remotos

❖ Tratamento

❖ Complicações

➢ Falha no tratamento
➢ SARA (pleurodese com talco)
➢ Empiema pleural
➢ Infecção cutânea ou sistêmica
➢ Edema de re-expansão
➢ Hemorragia
➢ Longa permanência de drenagem/hospitalização

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