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Argumentos Paleontológicos

Page historylast edited by Margarida Garcez 7 years, 9 months ago

Inicialmente, a implantação do evolucionismo foi possível devido aos inúmeros argumentos a


seu favor fornecidos. Parte desses argumentos provêm da Paleontologia, tal como
da Anatomia Comparada (Estruturas homólogas, Estruturas análogas e Estruturas vestigiais),
da Embriologia e da Biogeografia.

A Paleontologia é a ciência que estuda os fósseis.

Fig1- imagem ilustrativa da Paleontologia

http://www6.ufrgs.br/paleovert/images/paleo1.jpg

O registo fóssil permite documentar que os organismos que se conhecem hoje, não são tão
independentes uns dos outros quanto à sua origem

Tipos de fósseis:

Fósseis de formas extintas

Fósseis de transição ou formas sintéticas

Fósseis vivos

Fósseis de formas extintas

Fósseis que não têm representantes atuais, contrariando a imutabilidade das espécies. Isto
porque, este tipo de fósseis leva a admitir que a Terra, ao longo do tempo, foi habitada por
formas diferentes de seres vivos.

Fig2- imagem de um fóssil de um ser vivo já extinto (dinossauro)

http://nihilsubsolenovum.wordpress.com/2009/04/16/
Fósseis de transição ou formas sintéticas

Dentro deste tipo de fósseis existem os:

Fósseis de síntese ou intermédias

Fósseis que possuem características que correspondem, na actualidade, a dois grupos


diferentes de organismos.

Existe como exemplo os fósseis do Archeopterix (considerada a primeira ave, mas que ainda
apresenta escamas na cabeça, dentes, garras e cauda com ossos, apesar de já apresentar asas
e penas).

Fig3-Fóssil de Archeopterix Fig4- Imagem


ilustrativa de Archeopterix

/archaeopteryx-bird-family-
treehttp://www.guardian.co.uk/science/2011/oct/26 http://www.anyonefortee.com/Scoring/
Birds.html
Temos como outro exemplo as Pteridospérmicas, ou os “fetos com sementes”, plantas que
parecem ter sido uma primeira experiência no surgimento de sementes;

Fig5- Fóssil de Pteridospérmicas

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pteridospermatophyta

Fósseis de transição

Correspondem a formas de seres vivos que possuíam características intermédias de grupos


actualmente existentes. Sendo assim, é possível concluir que as espécies não são
independentes quanto à sua origem. Isto contraria as ideias fixistas.

Esta situação é ilustrada pelo fóssil Ichthyostega (considerado o primeiro anfíbio, ainda
apresenta escamas e barbatana caudal mas já tem uma caixa torácica bem desenvolvida e
membros pares), que

representa a passagem entre dois grupos actuais (peixes e anfíbios). O Basilosaurus é outro
fóssil de transição nos mamíferos aquáticos, um ascendente das baleias atuais mas que ainda
apresentava quatro membros desenvolvidos.
Fig6- Esquema ilustrativo de
fósseis de transição

http://www.simbiotica.org/argumentosevolucao.htm

As Séries filogenéticas ou ortogenéticas são conjuntos de fósseis de organismos pertencentes


a uma mesma linha evolutiva (geralmente géneros ou espécies). Revelam uma “tendência
evolutiva” constante numa dada direcção, ao longo de um prolongado período de tempo,
como no caso do cavalo ou do elefante. Estas séries apenas são aparentes à posterior.
Fig7- Imagem ilustrativa de uma série filogenética

http://www.simbiotica.org/argumentosevolucao.htm

A descoberta de séries completas de fósseis ilustram modificações graduais sofridas ao longo


do tempo, ajudando assim a construir as árvores filogenéticas.
As árvores filogenéticas são um diagrama com diferentes ramificações que representam a
origem de grupos de seres vivos a partir de ancestrais comuns. Cada uma das ramificações de
uma árvore filogenética representa o aparecimento de novas formas.

Fig8-Exemplo de uma árvore filogenética

http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore_filogen%C3%A9tica

Fósseis vivos

São seres vivos que ao longo do tempo, permaneceram inalterados, representando assim, um
grupo que viveu no seu tempo.

Os fixistas utilizaram os fósseis como argumentos fixistas.

Ginkgo biloba de origem chinesa, é uma árvore considerada um fóssil vivo.


Fig9-Imagem de Ginkgo biloba

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Gingko-Blaetter.jpg

Conclusão

Os argumentos paleontológicos são dos argumentos mais fortes que apoiam o evolucionismo,
a existência de fósseis de transição é um grande argumento, que permite demonstrar que os
organismos da atualidade não são totalmente independentes uns dos outros quanto à origem.
Além disso, os fósseis de formas extintas permitem pôr em causa a ideia de imutabilidade das
espécies.

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