Você está na página 1de 1

SAID, E. Humanismo e crítica democrática. Tradução Rosaura Eichenberg.

São
Paulo: Companhia das letras, 2007.

Said discute questões sobre o Humanismo enquanto grande grupo científico. O


autor trata de questões sobre a tradição, sobre o cânone e a existência de um centro
tradicional de ciência que busca afastar e criminalizar o que é novo. E o autor afirma que

São intermináveis os exemplos para essa regra geral, que dissipa completamente
a tese reacionária de que a veneração do tradicional ou canônico deve ser oposta
às inovações da arte e pensamento contemporâneos. Isso é muito diferente da
observação mais severa – e verdadeira – de Walter Benjamin de que todo
documento de civilização é também um documento de barbárie, uma noção que
me parece essencialmente uma verdade humanista trágica de grande relevância,
completamente sem efeito sobre os novos humanistas, para quem a cultura
aprovada é salutar de um modo não adulterado e, enfim, descomplicadamente
redentor.

É possível a convivência entre tradição e inovação, não em polos opostos de forma


dialética, mas de forma dialógica em que os dois polos convivem e interagem, alteram-se
mutuamente.

Você também pode gostar