Você está na página 1de 290

Câmara Municipal

de Juiz de Fora/MG
Assistente Legislativo I

Língua Portuguesa
1. Leitura, compreensão e interpretação de textos. 2. Conhecimentos linguísticos gerais e específicos relativos
à leitura e produção de textos. ..........................................................................................................................................1
3. Conhecimento gramatical de acordo com o padrão culto da língua. .....................................................................2
4. Estrutura fonética: encontros vocálicos e consonantais, dígrafo, divisão silábica, ortografia, acentuação
tônica e gráfica. ....................................................................................................................................................................4
5. Classes de palavras: classificação, flexões nominais e verbais, emprego. .......................................................... 12
6. Teoria geral da frase e sua análise: orações, períodos e funções sintáticas. ..................................................... 38
7. Sintaxe de concordância: concordância nominal e verbal (casos gerais e particulares). ............................... 49
8. Crase. .............................................................................................................................................................................. 52
9. Colocação de pronomes: próclise, mesóclise e ênclise. ......................................................................................... 55
10. Pontuação: emprego dos sinais de pontuação. ..................................................................................................... 56

Noções de Legislação Municipal


Estatuto dos Servidores Públicos da administração direta do Município de Juiz de Fora, de suas autarquias e
fundações públicas (Lei Municipal n. 8.710/1995) .......................................................................................................1
Lei Orgânica do Município de Juiz de Fora e suas alterações .................................................................................... 21
Regimento Interno da Câmara Municipal de Juiz de Fora (Resolução nº. 1.270/2012) ..................................... 37

Matemática
1. Conjunto dos números naturais: a numeração decimal; operações e resoluções de problemas. .....................1
2. Múltiplos e divisores de um número natural: divisibilidade; máximo divisor comum; mínimo múltiplo
comum. ..................................................................................................................................................................................2
3. Números fracionários: operações com números fracionários; resoluções de problemas. 4. Frações e
números decimais: Operações com números decimais. ...............................................................................................5
5. Sistema Métrico Decimal: Perímetro de figuras planas. Áreas de figuras planas (triângulos, quadriláteros,
círculos e polígonos regulares) .........................................................................................................................................8
6. Conjunto dos números inteiros relativos: Operações e resoluções de problemas. .......................................... 11
7. Conjunto dos números racionais: Resolução de equações do 1º grau. Resolução de problemas. ................. 14
8. Razão e proporção. Propriedades das proporções. Divisão proporcional. Média aritmética simples e
ponderada. Regra de três simples. Regra de três composta. .................................................................................... 18
9. Porcentagem, juros simples e montante. ................................................................................................................. 28
10. Conjunto dos números reais: Operações com polinômios. Produtos notáveis. Fatoração. Sistemas de
equações do 1º grau com duas incógnitas. Equações do 2º grau. Resolução de problemas. .............................. 32
11. Relações métricas e trigonométricas nos triângulos retângulos: aplicação do teorema de Pitágoras. ...... 42
12. Funções: Função do 1º grau. Função quadrática. Função exponencial. Função logarítmica. ....................... 44
13. Análise Combinatória Simples. ................................................................................................................................ 53
14. Geometria sólida: prismas e pirâmides, cilindros e cones, esfera - áreas e volumes. ................................... 56

Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
Raciocínio Lógico
1. Noções básicas de lógica: 1.1 conectivos, tautologia e contradições, implicações e equivalências, afirmações
e negações, argumento, silogismo, validade de argumento. 1.2 Compreensão e elaboração da estrutura lógica
de situações-problema por meio de raciocínio dedutivo. ............................................................................................1
1.3 Compreensão do processo lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma válida, a
conclusões determinadas. ............................................................................................................................................... 19
2. Raciocínio matemático: utilizar o raciocínio matemático para resolver situações e problemas que envolvam
os seguintes conteúdos: 2.1 conjuntos numéricos racionais e reais - operações, propriedades, problemas
envolvendo as quatro operações nas formas fracionária e decimal; números e grandezas proporcionais; razão
e proporção; divisão proporcional; regra de três simples e composta; porcentagem. ........................................ 42
2.2 Expressões algébricas: equações de primeiro e segundo graus, sistemas de equações lineares. ............... 46
2.3 Sequências, Progressão aritmética e Progressão Geométrica. .......................................................................... 49
2.4 Conceito de Função: Função Polinomial, Exponencial e Logarítmica. .............................................................. 52
2.5 Geometria Plana: Polígonos regulares, circunferência e círculo; cálculo de áreas e perímetros. ............... 52

Noções de Informática
1. Sistema Operacional Windows 7. .................................................................................................................................1
2. Microsoft Word 2010: Edição e formatação de textos. .............................................................................................8
3. Microsoft Excel 2010: Elaboração, cálculos e manipulação de tabelas e gráficos. ........................................... 15
4. Internet Explorer 11 e Microsoft Outlook 2010: Navegação na Internet e Correio Eletrônico. .................... 23

Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina,
assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira
pública.

O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada,
porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios
que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação.

Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da
apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites
governamentais.

Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos
concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista
que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos
em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos
gratuitamente o conteúdo na versão digital para nossos clientes.

Caso haja dúvidas quanto ao conteúdo desta apostila, o adquirente deve acessar o site
www.apostilasopcao.com.br, e enviar sua dúvida, que será respondida o mais breve possível, assim como
para consultar alterações legislativas e possíveis erratas.

Também ficam à disposição do adquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial,
para eventuais consultas.

Eventuais reclamações deverão ser encaminhadas por escrito, respeitando os prazos instituídos no
Código de Defesa do Consumidor.

É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código
Penal.

Apostilas Opção, a opção certa para a sua realização.

Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
LÍNGUA PORTUGUESA

Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Compreender significa
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está
escrito.
1. Leitura, compreensão e - o texto diz que...
interpretação de textos. 2. - é sugerido pelo autor que...
Conhecimentos linguísticos - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
- o narrador afirma...
gerais e específicos relativos à Erros de interpretação
leitura e produção de textos. É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de
erros de interpretação. Os mais frequentes são:
Interpretação de texto
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público,
não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer
a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece
pela imaginação.
porque lhes faltam informações específicas a respeito desta
tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos.
b) Redução
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um
momento de responder às questões relacionadas a textos.
aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas
que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema
entre si, formando um todo significativo capaz de produzir
desenvolvido.
interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar).
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em
c) Contradição
cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato,
com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente,
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação
errando a questão.
dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as
frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor
original e analisada separadamente, poderá ter um significado
e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de
diferente daquele inicial.
concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências
diz e nada mais.
diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse
tipo de recurso denomina-se intertexto.
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma
relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome
fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem
oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer
ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.
e o que já foi dito.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia
1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais
e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome
de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste
oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu
caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes
o tempo).
relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de
de adequação ao antecedente.
diferenças entre as situações do texto.
Os pronomes relativos são muito importantes na
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma
interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
realidade, opinando a respeito.
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias
um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber:
em um só parágrafo.
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras.
depende das condições da frase.
qual (neutro) idem ao anterior.
Condições básicas para interpretar
quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o
Fazem-se necessários:
objeto possuído.
a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros
como (modo)
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
onde (lugar)
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
quando (tempo)
texto) e semântico;
quanto (montante)
Observação – na semântica (significado das palavras)
incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação,
Exemplo:
sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre
Falou tudo QUANTO queria (correto)
outros.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
c) Capacidade de observação e de síntese e
aparecer o demonstrativo O ).
d) Capacidade de raciocínio.
Dicas para melhorar a interpretação de textos
Interpretar X compreender
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
Interpretar significa
leitura;
- explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
- Através do texto, infere-se que...
menos duas vezes;

Língua Portuguesa 1
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
- Inferir; devido à falta de regulamentação.
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; (B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; incentivado em várias cidades.
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor (C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela
compreensão; maioria dos moradores.
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada (D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os
questão; demais meios de transporte.
- O autor defende ideias e você deve percebê-las; (E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
arriscada e pouco salutar.
Questões
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos
O uso da bicicleta no Brasil objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil ciclista.
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta mais seguro do que dirigir um carro.
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa no Brasil.
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que (D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de
oferecem mais vantagens. locomoção se consolidou no Brasil.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas (E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais dar prioridade ao pedestre.
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e 03. Considere o cartum de Evandro Alves.
prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta Afogado no Trânsito
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha;
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
claro, nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão (B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
espalhadas em pontos estratégicos. (C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção (D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não (E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte,
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de Respostas
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, 1. (B) / 2. (A) / 3. (D)
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes,
discussões e acidentes que poderiam ser evitados. 3. Conhecimento gramatical de
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A acordo com o padrão culto da
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão língua.
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos Norma Culta e Língua-Padrão
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de De acordo com M. T. Piacentini, mesmo que não se mencione
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender terminologia específica, é evidente que se lida no dia-a-dia com
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para níveis diferentes de fala e escrita. É também verdade que as
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, pessoas querem “falar e escrever melhor”, querem dominar a
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com língua dita culta, a correta, a ideal, não importa o nome que se
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos lhe dê.
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. O padrão de língua ideal a que as pessoas querem chegar é
aquele convencionalmente utilizado nas instâncias públicas de
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) uso da linguagem, como livros, revistas, documentos, jornais,
textos científicos e publicações oficiais; em suma, é a que circula
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de nos meios de comunicação, no âmbito oficial, nas esferas de
locomoção nas metrópoles brasileiras pesquisa e trabalhos acadêmicos.
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra

Língua Portuguesa 2
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Não obstante, os linguistas entendem haver uma língua – Acho que já lhe conheço, rapaz.
circulante que é correta mas diferente da língua ideal e
imaginária, fixada nas fórmulas e sistematizações da gramática. Então, se os falantes cultos, aquelas pessoas que têm acesso
Eles fazem, pois, uma distinção entre o real e o ideal: a língua às regras padronizadas, incutidas no processo de escolarização,
concreta com todas suas variedades de um lado, e de outro um se exprimem desse modo, essa é a norma culta. Já as formas
padrão ou modelo abstrato do que é “bom” e “correto”, o que propugnadas pela gramática tradicional e que provavelmente só
conformaria, no seu entender, uma língua artificial, situada num se encontrariam na escrita (conta-me como foi /enganaram-te /
nível hipotético. explica-me uma coisa / pois os encontrei / conheço-a há tempos
Para os cientistas da língua, portanto, fica claro que há / acho que já o conheço) configuram a norma-padrão ou língua-
dois estratos diferenciados: um praticamente intangível, padrão.
representado nas normas preconizadas pela gramática Se para os cientistas da língua, portanto, existe uma
tradicional, que comporta as irregularidades e excrescências da polarização entre a norma-padrão (também denominada
língua, e outro concreto, o utilizado pelos falantes cultos, qual “norma canônica” por alguns linguistas) e o conjunto das
seja, a “linguagem concretamente empregada pelos cidadãos variedades existentes no Brasil, aí incluída a norma culta, no
que pertencem aos segmentos mais favorecidos da nossa senso comum não se faz distinção entre padrão e culta. Para os
população”, segundo Marcos Bagno. leigos, a população em geral, toda forma elevada de linguagem,
Convém esclarecer que para a ciência sociolinguística que se aproxime dos padrões de prestígio social, configura a
somente a pessoa que tiver formação universitária completa norma culta.
será caracterizada como falante culto(urbano).
Sendo assim, como são presumivelmente cultos os sujeitos Norma culta, norma padrão e norma popular
que produzem os jornais, a documentação oficial, os trabalhos
científicos, só pode ser culta a sua linguagem, mesmo que a A Norma é um uso linguístico concreto e corresponde ao
língua que tais pessoas falam e os textos que produzem nem dialeto social praticado pela classe de prestígio, representando
sempre se coadunem com as regras rígidas impostas pela a atitude que o falante assume em face da norma objetiva. A
gramática normativa, divulgada na escola e em outras instâncias normatização não existe por razões apenas linguísticas, mas
(de repressão linguística) como o vestibular. também culturais, econômicas, sociais, ou seja, a Norma na
Isso é o que pensam os linguistas. E o povo – saberá ele fazer língua origina-se de fatores que envolvem diferenças de classes,
a distinção entre as duas modalidades e os dois termos que as poder, acesso a educação escrita, e não da qualidade da forma
descrevem? da língua. Há um conceito amplo e um conceito estreito de
Para os linguistas, a língua-padrão se estriba nas normas Norma. No primeiro caso, ela é entendida como um fator de
e convenções agregadas num corpo chamado de gramática coesão social. No segundo, corresponde concretamente aos
tradicional e que tem a veleidade de servir de modelo de usos e aspirações da classe social de prestígio. Num sentido
correção para toda e qualquer forma de expressão linguística. amplo, a norma corresponde à necessidade que um grupo
Querer que todos falem e escrevam da mesma forma e de social experimenta de defender seu veículo de comunicação das
acordo com padrões gramaticais rígidos é esquecer-se que não alterações que poderiam advir no momento do seu aprendizado.
pode haver homogeneidade quando o mundo real apresenta Num sentido restrito, a Norma corresponde aos usos e atitudes
uma heterogeneidade de comportamentos linguísticos, todos de determinado seguimento da sociedade, precisamente aquele
igualmente corretos (não se pode associar “correto” somente a que desfruta de prestígio dentro da Nação, em virtude de razões
culto). políticas, econômicas e culturais. Segundo Lucchesi considera-
Em suma: há uma realidade heterogênea que, por abrigar se que a realidade linguística brasileira deve ser entendida como
diferenças de uso que refletem a dinâmica social, exclui a um contínuo de normas, dentro do quadro de bipolarização do
possibilidade de imposição ou adoção como única de uma Português do Brasil.
língua-modelo baseada na gramática tradicional, a qual, por sua A existência da civilização dá-se com o surgimento da
vez, está ancorada nos grandes escritores da língua, sobretudo escrita. Suas regras são pautadas a partir da Norma Culta. Sendo
os clássicos , sendo pois conservadora. E justamente por se valer esta importante nos documentos formais que exigem a correta
de escritores é que as prescrições gramaticais se impõem mais expressão do Português para que não haja mal entendido algum.
na escrita do que na fala. Ela nada mais é do que a modalidade linguística escolhida pela
“ A cultura escrita, associada ao poder social , desencadeou elite de uma sociedade como modelo de comunicação escrita e
também, ao longo da história, um processo fortemente unificador verbal.
(que vai alcançar basicamente as atividades verbais escritas), A Norma Culta é uma expressão empregada pelos linguistas
que visou e visa uma relativa estabilização linguística, buscando brasileiros para designar o conjunto de variantes linguísticas
neutralizar a variação e controlar a mudança. Ao resultado desse efetivamente faladas, na vida cotidiana pelos falantes cultos,
processo, a esta norma estabilizada, costumamos dar o nome de sendo assim classificando os cidadãos nascidos e criados em
norma-padrão ou língua-padrão” (Faraco, Carlos Alberto). zonas urbanas e com grau de instrução superior completo.
Aryon Rodrigues entra na discussão: “Frequentemente o “Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras
padrão ideal é uma regra de comportamento para a qual tendem dos grandes escritores, em cuja linguagem a classe ilustrada põe
os membros da sociedade, mas que nem todos cumprem, ou não o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso
cumprem integralmente”. Mais adiante, ao se referir à escola, ele idiomático e consagrou”. (ROCHA LIMA).
professa que nem mesmo os professores de Língua Portuguesa Dentre as características que são pertinentes à Norma Culta
escapam a esse destino: “Comumente, entretanto, o mesmo podemos citar que é: a variante de maior prestígio social na
professor que ensina essa gramática não consegue observá-la comunidade, sendo realizada com certa uniformidade pelos
em sua própria fala nem mesmo na comunicação dentro de seu membros do grupo social de padrão cultural mais elevado;
grupo profissional ”. cumpre o papel de impedir a fragmentação dialetal; ensinada
Vamos ilustrar os argumentos acima expostos. Não há pela escola; usada na escrita em gêneros discursivos em que há
brasileiro – nem mesmo professores de português – que não fale maior formalidade aproximando-a dos padrões da prescrição da
assim: gramática tradicional; a mais empregada na literatura e também
– Me conta como foi o fim de semana… pelas pessoas cultas em diferentes situações de formalidade;
– Te enganaram, com certeza! indicada precisamente nas marcas de gênero, número e pessoa;
– Me explica uma coisa: você largou o emprego ou foi usada em todas as pessoas verbais, com exceção, talvez, da 2ª
mandado embora? do plural, sendo utilizada principalmente na linguagem dos
sermões; empregada em todos os modos verbais em relação
Ou mesmo assim: verbal de tempos e modos; possuindo uma enorme riqueza
– Tive que levar os gatos, pois encontrei eles bem de construção sintática, além de uma maior utilização da
machucados. voz passiva; grande o emprego de preposições nas regências
– Conheço ela há muito tempo – é ótima menina. aproveitando a organização gramatical cuidada da frase.

Língua Portuguesa 3
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
De modo geral, um falante culto, em situação comunicativa Fonte:https://centraldefavoritos.wordpress.
formal, buscará seguir as regras da norma explícita de sua com/2011/07/22/norma-padrao-e-nao-padrao/(Adaptado)
língua e ainda procurará seguir, no que diz respeito ao léxico,
um repertório que, se não for erudito, também não será vulgar. 4. Estrutura fonética: encontros
Isso configura o que se entende por norma culta. A Norma
vocálicos e consonantais,
Padrão está vinculada a uma língua modelo. Segue prescrições
representadas na gramática, mas é marcada pela língua dígrafo, divisão silábica,
produzida em certo momento da história e em uma determinada ortografia, acentuação tônica e
sociedade. Como a língua está em constante mudança, diferentes gráfica.
formas de linguagem que hoje não são consideradas pela Norma
Padrão, com o tempo podem vir a se legitimar.
Dentro da Norma Padrão define-se um modelo de língua Letra e fonema
idealizada prescrito pelas gramáticas normativas, como sendo
uma receita que nenhum usuário da língua emprega na fala e Fonema é som da fala. Letra é o sinal gráfico que representa
raramente utiliza na escrita. Sendo também uma referência o som da fala.
para os falantes da Norma Culta, mas não passam de um ideal O sistema fonético do português falado no Brasil registra um
a ser alcançado, pois é um padrão extremamente enriquecido número aproximado de 33 fonemas. Já o alfabeto português é
de língua. Assim, as gramáticas tradicionais descrevem a Norma constituído de 26 letras.
Padrão, não refletindo o uso que se faz realmente do Português O número de fonemas nem sempre é igual ao número de
no Brasil. letra em uma palavra:
Marcos Bagno propõe, como alternativa, uma triangulação: Duas letras podem representar um só fonema - carroça;
onde a Norma Popular teria menos prestígio opondo-se à Norma assalto; chave...
Culta mais prestigiada, e a Norma Padrão se eleva sobre as duas A letra x pode representar dois fonemas ao mesmo tempo -
anteriores servindo como um ideal imaginário e inatingível. fixo (/k//s/); táxi (/k//s/)
A Norma Padrão subdivide-se em: Formal e Coloquial. A Há letras que não representam fonemas, mas são apenas
Padrão Formal é o modelo culto utilizado na escrita, que segue símbolo de nasalidade - canto [cãto], santo [sãto]; falam [falã]
rigidamente as regras gramaticais.
Essa linguagem é mais elaborada, tanto porque o falante Observação:
tem mais tempo para se pronunciar de forma refletida como A letra H não corresponde a nenhum som. É apenas um
porque é supervalorizada na nossa cultura. É a história do vale o símbolo de aspiração, que permanece em nosso alfabeto por
que está escrito. Já a Padrão Coloquial é a versão oral da língua força da etimologia e da tradição.
culta e, por ser mais livre e espontânea, tem um pouco mais de
liberdade e está menos presa à rigidez das regras gramaticais. DÍGRAFO
Entretanto, a margem de afastamento dessas regras é estreita e, Dígrafo - é o conjunto de duas letras que representam um só
embora exista, a permissividade com relação às transgressões é fonema. São dígrafos:
pequena. ch - chave, achar
Assim, na linguagem coloquial, admitem-se sem grandes lh - lhama, telha
traumas, construções como: ainda não vi ele; me passe o nh - ninho, menininho
arroz e não te falei que você iria conseguir?. Inadmissíveis na rr - terra, carro
língua escrita. O falante culto, de modo geral, tem consciência ss - isso, pássaro
dessa distinção e ao mesmo tempo em que usa naturalmente gu - guincho, joguinho
as construções acima na comunicação oral, evita-as na escrita. qu - quiabo, aquilo
Contudo, como se disse, não são muitos os desvios admitidos sc - nascer, descer
e muitas formas peculiares da Norma Popular são condenadas sç - cresça, desça
mesmo na linguagem oral. A Norma Popular é aquela linguagem xc - excelente, excêntrico
que não é formal, ou seja, não segue padrões rígidos, é a
linguagem popular, falada no cotidiano. Também são dígrafos os grupos que servem para representar
O nível popular está associado à simplicidade da utilização as vogais nasais. São eles:
linguística em termos lexicais, fonéticos, sintáticos e semânticos. am - campo
Esta decorrerá da espontaneidade própria do discurso oral e da an - anta
natural economia linguística. É utilizado em contextos informais. em - embora
Dentre as características da Norma Popular podemos en - tentar
destacar: economia nas marcas de gênero, número e pessoa; im - importar
redução das pessoas gramaticais do verbo; mistura da 2ª com in - findo
a 3ª pessoa do singular; uso intenso da expressão a gente em om - bomba
lugar de eu e nós; redução dos tempos da conjugação verbal e de on - desponta
certas pessoas, como a perda quase total do futuro do presente um - atum
e do pretérito-mais-que-perfeito no indicativo; do presente do un - profundo
subjuntivo; do infinitivo pessoal; falta de correlação verbal entre
os tempos; redução do processo subordinativo em benefício da Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um
frase simples e da coordenação; maior emprego da voz ativa elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que representa
em lugar da passiva; predomínio das regências verbais diretas; o fonema. Nem sempre o número de fonemas de uma palavra
simplificação gramatical da frase; emprego dos pronomes corresponde ao número de letras que usamos para escrevê-la.
pessoais retos como objetos. Na palavra chuva, por exemplo, temos quatro fonemas, isto é,
Na visão de Preti, os falantes cultos “até em situação de quatro unidades sonoras [xuva] e cinco letras.
gravação consciente revelaram uma linguagem que, em geral, Certos fonemas podem ser representados por diferentes
também pertence a falantes comuns”. Sendo mais espontânea e letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser representado por: s
criativa, a Norma Popular se afigura mais expressiva e dinâmica. (pensar) – ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc (nascer) – xc
Temos, assim, alguns exemplos: estou preocupado (Norma (excelente) – c (cinto) – sç (desço)
Culta); to preocupado (Norma Popular); to grilado (gíria, limite Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fonema,
da Norma Popular). como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois sons,
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro letras e
conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, cinco fonemas.
expressividade e enorme criatividade para viver, necessitando Em certas palavras, algumas letras não representam nenhum
conhecer a língua culta para conviver. fonema, como a letra h, por exemplo, em palavras como hora,

Língua Portuguesa 4
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
hoje, etc., ou como as letras m e n quando são usadas apenas o obstáculo é parcial.
para indicar a nasalização de uma vogal, como em canto, tinta, * fricativas: quando a corrente expiratória passa por uma
etc. estreita fenda, o que produz um ruído comparável a um fricção.
/F/-/S/-/X/-/N/-/Z/-/J/
Classificação dos Fonemas * laterais: quando a ponta ou dorso da língua se apóia
Vogais: são fonemas que saem livremente pelo canal bucal. no palato (céu da boca), saindo a corrente de ar pelas fendas
(a, e, i, o, u) laterais da boca. / L / - / LH /
Consoantes: são fonemas produzidos com obstáculos à * vibrantes: quando a ponta mantém com os alvéolos contato
passagem da corrente expiratória (b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, intermitente, o que acarreta um movimento vibratório rápido,
r, s, t, v, x, w, y, z). abrindo e fechando a passagem à corrente expiratória. / R / - /
RR /
Semivogais: são as vogais I ou U, quando acompanhadas de
outra vogal na mesma sílaba, formando, assim, um ditongo ou 2. Quanto ao ponto de articulação:
tritongo. * bilabiais: quando há contato dos lábios.
Exemplo: CASEIRO * labiodentais: quando há contato da ponta da língua com a
arcada dentária superior.
Sílaba: fonema ou grupo de fonemas emitidos de uma só vez. * alveolares: quando há contato da ponta da língua com os
Exemplo: Acaso (a - ca - so). alvéolos dos dentes superiores.
* palatais: quando há contato do dorso da língua com o
ENCONTROS VOCÁLICOS palato duro, ou céu da boca.
Ditongo: é o encontro de uma vogal e de uma semivogal ou * velares: quando há contato da parte posterior da língua
vice-versa na mesma sílaba. com o palato mole, o véu palatino.
Os ditongos podem ser: orais ou nasais, crescentes ou
decrescentes. 3.Quanto ao papel das cordas vocais:
Ditongos orais: quando a vogal e a semivogal são orais. * surdas:quando são produzidas sem vibração as cordas
Exemplo: pai - fui - partiu vocais. / P / - / T / - / K / - / F / - / S / - / X /
Ditongos nasais: quando a vogal e a semivogal são nasais. * sonoras: quando são produzidas por vibração das cordas
Exemplo: mãe - muito - quando vocais. (/ B / - / D / - / G / - / V / - / Z / - / J / - / L /- / LH / - /
Ditongos crescentes: quando constituído por uma R / - / RR / - / M / - / N / - / NH /)
semivogal e uma vogal na mesma sílaba, isto é, quando a
semivogal antecede a vogal. Exemplo: lírio - história 4.Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal:
Ditongos decrescentes: quando formados por uma vogal e * nasais: quando a corrente expiratória se desenvolve pela
uma semivogal, isto é, a vogal antecede a semivogal. Exemplo: boca e pelo nariz, em virtude do abaixamento do véu palatino. /
pai - mau M / - / N / - / NH /
Tritongos: é o encontro de uma vogal entre duas semivogais *orais: quando a corrente expiratória sai exclusivamente
na mesma sílaba. pela boca.
Tritongos orais: quais - averiguei - enxaguei
Tritongos nasais: enxáguam - saguão - deságuem ENCONTRO CONSONANTAL
Hiatos: é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes: É o encontro de duas ou mais consoantes na mesma sílaba
Exemplo: vôo (vô - o) - saúde (sa - ú - de) ou em sílabas diferentes Exemplo: su-bli-me

CLASSIFICAÇÃO DAS VOGAIS DÍGRAFO OU DIGRAMA


1. Quanto a zona de articulação É o grupo de duas letras que representam um só fonema. Os
* anteriores ou palatais: quando à língua se eleva dígrafos podem ser consonantais ou vocálicos.
gradualmente para a frente. (/ É / - / Ê / - / I /) Dígrafos consonantais: CH, LH, NH, RR, SS, SC, SÇ. XC, XS,
*média: quando o fonema vocálico é emitido coma língua QU, GU.
baixa, quase em repouso. (/ A /) Dígrafos vocálicos: AM ou AN, EM ou EN, IM ou IN, OM ou
*posteriores ou velares: quando a língua se eleva para trás. ON, UM ou UN.
(/ Õ / - / Ô / - / U /)
LETRAS (DIACRÍTICA E ETIMOLÓGICA)
2. Quanto à intensidade Diacrítica: é a segunda letra de dígrafo. Exemplo: chave -
* átonas - são aquelas que se pronunciam com menor campo
intensidade ( casa, rosa, Pelé). Etimológica: é o h sem valor fonético . Exemplo: hoje - haver.
* tônicas - são as que se pronunciam com maior intensidade,
isto é, onde cai o acento tônico (casa, rosa , Pelé). CONTAGEM DE FONEMAS
1.dígrafo: vale 1 fonema
3. Quanto ao Timbre 2.x - ks: vale 2 fonemas
*abertas: maior abertura do tubo vocal. (pá, pé, pó) 3.letra etimológica: não valem fonema algum
*fechadas: menor abertura do tubo vocal. (vê, vinda, avô, 4.Exemplos: (chave -> 5 letras e 4 fonemas) (fixo -> 4 letras e
mundo) 5 fonemas) (hoje -> 4 letras e 3 fonemas).

4. Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal: as vogais Fonte: http://www.mundovestibular.com.br/articles/2445/1/


podem ser orais e nasais CLASSIFICACAO-DOS-FONEMAS/Paacutegina1.html
* orais: são aquelas cuja ressonância se dá na boca: ( par, fé,
negro, vida, voto, povo, tudo) Questões
* nasais: são aquelas cuja ressonância se dá no nariz (lã,
pente - cinco - conto - mundo) 01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as
letras que a compõem é:
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSOANTES
1.Quanto ao modo de articulação: (A) importância
* oclusivas: quando a corrente expiratória encontra um (B) milhares
obstáculo total (oclusão), que impede a saída do ar, explodindo (C) sequer
subitamente. / P / - / T / - / K / - / B / - / D / - / G / (D) técnica
* constritivas: quando há um estreitamento do canal bucal, (E) adolescente
saindo a corrente de ar apertada ou constrita, ou melhor, quando

Língua Portuguesa 5
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não um, Divisão Silábica
mas dois fonemas? Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as
(A) exemplo seguintes normas:
(B) complexo - Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce,
(C) próximos a-ve-ri-guou;
(D) executivo - Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos: cha-
(E) luxo ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa;
- Não se separam os encontros consonantais que iniciam
03. Marque a opção que apresenta uma palavra classificada sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co;
como trissílaba. - Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-
(A) Alimentação el, sa-ú-de;
(B) Carentes - Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. Exemplos:
(C) Instrumento car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te;
(D) Fome - Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas,
(E) Repetência excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r.
Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car.
04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos
apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, hiato, Acento Tônico
ditongo. Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-
(A) jamais / Deus / luar / daí se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do que as
(B) joias / fluir / jesuíta / fogaréu demais.
(C) ódio / saguão / leal / poeira calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.
(D) quais / fugiu / caiu / história faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.
05. Os vocabulários passarinho e querida possuem: Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras,
(A) 6 e 8 fonemas respectivamente; em meio à sílabas de menor intensidade, é um dos elementos
(B)10 e 7 fonemas respectivamente; que dão melodia à frase.
(C) 9 e 6 fonemas respectivamente;  
(D) 8 e 6 fonemas respectivamente; Classificação da sílaba quanto à intensidade
(E) 7 e 6 fonemas respectivamente. -Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade.
- Átona:  é a sílaba pronunciada com menor intensidade.
- Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre,
Respostas principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à
tônica da palavra primitiva. 
01. (D) (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas
demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7 Classificação das palavras quanto à posição da sílaba
fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas / 11 tônica
letras). De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos
da língua portuguesa que contêm  duas ou mais sílabas são
02. (B) (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/). classificados em:
- Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Exemplos:
03. (B) avó, urubu, parabéns
(A) Alimentação = a-li-men-ta-ção - polissílaba - Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima.
(B) Carentes = ca-ren-tes - trissílaba Exemplos: dócil, suavemente, banana
(C) Instrumento = ins-tru-men-to - polissílaba - Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a
(D) Fome = fo-me - dissílaba antepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo
(E) Repetência = re-pe-tên-cia – polissílaba
Saiba que:
04. (B) (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu). - São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel,
novel, ruim, sutil, transistor, ureter.
05. (D) - São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago,
Divisão Silábica boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano,
filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico,
Sílaba inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia
(alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia,
A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido (a).
pronunciados separadamente: a - mor. A cada um desses grupos - São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro,
pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano,
Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não trânsfuga.
existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em  - As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla
cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/
de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil,
palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e zângão/zangão.
e o) podem representar semivogais. Questões:
 
Classificação das palavras quanto ao número de sílabas 01-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta:
- Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: mãe, A) gra-tui-to;
flor, lá, meu; B) ad-vo-ga-do;
- Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, C) tran-si-tó-ri-o;
trans-por; D) psi-co-lo-gi-a;
- Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró- E) in-ter-stí-cio.
xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir;
- Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exemplos: 02-Assinale o item em que a separação silábica é incorreta:
a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin- A) psi-có-ti-co;
go-lo-gis-ta. B) per-mis-si-vi-da-de;

Língua Portuguesa 6
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
C) as-sem-ble-ia; 3) Após a sílaba inicial “me-”.
D) ob-ten-ção; Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão
E) fa-mí-li-a. Exceção: mecha

03-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as sílabas 4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras
corretamente separadas: inglesas aportuguesadas.
A) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção; Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu
B) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal;
C) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia; 5) Nas seguintes palavras:
D) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car; bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar,
E) mis-té-ri-o, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel. rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale,
xingar, etc.
Respostas
01-E / 02-C / 03-E Emprega-se o dígrafo Ch:
1) Nos seguintes vocábulos:
Ortografia bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão,
chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha,
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto
a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia
fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem
compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A da palavra. Veja os exemplos:
forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos gesso: Origina-se do grego gypsos
que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é jipe: Origina-se do inglês jeep.
oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e
consultar o dicionário sempre que houver dúvida. Emprega-se o G:
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem
O Alfabeto Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada Exceção: pajem
letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio
a A (á) b B (bê) Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio
c C (cê) d D (dê)
e E (é) f F (efe) 3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g
g G (gê ou guê) h H (agá) Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem),
i I (i) j J (jota) vertiginoso (de vertigem)
k K (cá) l L (ele)
m M (eme) n N (ene) 4) Nos seguintes vocábulos:
o O (ó) p P (pê) algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete,
q Q (quê) r R (erre) hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.
s S (esse) t T (tê)
u U (u) v V (vê) Emprega-se o J:
w W (dáblio) x X (xis) 1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear
y Y (ípsilon) z Z (zê) Exemplos:
arranjar: arranjo, arranje, arranjem
Observação: emprega-se também o ç, que representa o despejar: despejo, despeje, despejem
fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras. gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando
enferrujar: enferruje, enferrujem
Emprego das letras K, W e Y viajar: viajo, viaje, viajem
Utilizam-se nos seguintes casos:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus 2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica
derivados. Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor,
taylorista. 3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j
b) Em topônimos originários de outras línguas e seus Exemplos:
derivados. laranja- laranjeira loja- lojista lisonja -
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. lisonjeador nojo- nojeira
cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como jeito- ajeitar
unidades de medida de curso internacional.
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km 4) Nos seguintes vocábulos:
(quilômetro), Watt. berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje,
traje, pegajento
Emprego de X e Ch
Emprega-se o X: Emprego das Letras S e Z
1) Após um ditongo. Emprega-se o S:
Exemplos: caixa, frouxo, peixe 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no
Exceção: recauchutar e seus derivados radical

2) Após a sílaba inicial “en”. Exemplos:


Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca análise- analisar catálise- catalisador
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo casa- casinha, casebre liso- alisar
“en-”
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), 2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) ou origem

Língua Portuguesa 7
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos: Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs
burguês- burguesa inglês- inglesa Existem diversas formas para a representação do fonema /S/.
chinês- chinesa milanês- milanesa Observe:

3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa Emprega-se o S:


Exemplos: Nos substantivos derivados de verbos terminados em
catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa “andir”,”ender”, “verter” e “pelir”
palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa Exemplos:
expandir- expansão pretender- pretensão verter-
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa versão expelir- expulsão
Exemplos: estender- extensão suspender- suspensão
catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, converter - conversão repelir- repulsão
metamorfose, virose
Emprega-se Ç:
5) Após ditongos Nos substantivos derivados dos verbos “ter” e “torcer”
Exemplos: Exemplos:
coisa, pouso, lousa, náusea ater- atenção torcer- torção
deter- detenção distorcer-distorção
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus manter- manutenção contorcer- contorção
derivados
Exemplos: Emprega-se o X:
pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos Em alguns casos, a letra X soa como Ss
quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos Exemplos:
repus, repusera, repusesse, repuséssemos auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto,
trouxe
7) Nos seguintes nomes próprios personativos:
Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Emprega-se Sc:
Teresa, Teresinha, Tomás Nos termos eruditos
Exemplos:
8) Nos seguintes vocábulos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente,
abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível,
decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc.
paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene,
raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc. Emprega-se Sç:
Na conjugação de alguns verbos
Emprega-se o Z: Exemplos:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no nascer- nasço, nasça
radical crescer- cresço, cresça
Exemplos: descer- desço, desça
deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar
raiz- enraizar cruz-cruzeiro Emprega-se Ss:
Nos substantivos derivados de verbos terminados em “gredir”,
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a “mitir”, “ceder” e “cutir”
partir de adjetivos Exemplos:
Exemplos: agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão
inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez discutir- discussão
rígido- rigidez progredir- progressão t r a n s m i t i r - t r a n s m i s s ã o
frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- exceder- excesso repercutir- repercussão
surdez
Emprega-se o Xc e o Xs:
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar
substantivos Em dígrafos que soam como Ss
Exemplos: Exemplos:
civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
colonizar- colonização realizar- realização
Observações sobre o uso da letra X
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita 1) O X pode representar os seguintes fonemas:
Exemplos: /ch/ - xarope, vexame
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita
/cs/ - axila, nexo
5) Nos seguintes vocábulos:
azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, /z/ - exame, exílio
cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
/ss/ - máximo, próximo
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no
contraste entre o S e o Z /s/ - texto, extenso
Exemplos:
cozer (cozinhar) e coser (costurar) 2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
prezar( ter em consideração) e presar (prender) Exemplos: excelente, excitar
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
Emprego das letras E e I
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i /
exemplos: pode não ser nítida. Observe:
exame exato exausto exemplo existir exótico
inexorável

Língua Portuguesa 8
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Emprega-se o E: Disse o Padre Antonio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.”
Exemplos:
magoar - magoe, magoes “Auriverde pendão de minha terra,
continuar- continue, continues Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que à luz do sol encerra
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior) As promessas divinas da Esperança…”
Exemplos: antebraço, antecipar (Castro Alves)

3) Nos seguintes vocábulos: Observações:


cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, - No início dos versos que não abrem período, é facultativo o
orquídea, etc. uso da letra maiúscula.

Emprega-se o I : Por Exemplo:


1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir “Aqui, sim, no meu cantinho,
Exemplos: vendo rir-me o candeeiro,
cair- cai gozo o bem de estar sozinho
doer- dói e esquecer o mundo inteiro.”
influir- influi
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra) se letra minúscula.
Exemplos: Por Exemplo:
Anticristo, antitetânico “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro,
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
3) Nos seguintes vocábulos:
aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, b) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
etc. Exemplos:
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
Emprego das letras O e U
Emprega-se o O/U: c) Nos topônimos, reais ou fictícios.
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de Exemplos:
algumas palavras. Veja os exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
comprimento (extensão) e cumprimento (saudação,
realização) d) Nos nomes mitológicos.
soar (emitir som) e suar (transpirar) Exemplos:
Dionísio, Netuno.
Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume,
moleque. e) Nos nomes de festas e festividades.
Exemplos:
Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua Natal, Páscoa, Ramadã.

Emprego da letra H f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.


Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Exemplos:
Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e ONU, Sr., V. Ex.ª.
da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta
forma devido a sua origem na forma latina hodie. g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos,
políticos ou nacionalistas.
Emprega-se o H: Exemplos:
1) Inicial, quando etimológico Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria,
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio União, etc.

2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula
Exemplos: flecha, telha, companhia quando são empregados em sentido geral ou indeterminado.
Exemplo:
3) Final e inicial, em certas interjeições Todos amam sua pátria.
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
elemento, se etimológico Exemplos:
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. Rua da Liberdade ou rua da Liberdade
Igreja do Rosário ou igreja do Rosário
Observações: Edifício Azevedo ou edifício Azevedo
1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note que
nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha 2) Utiliza-se inicial minúscula:
ele não é utilizado. a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes.
Exemplos:
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
letra “h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos
sempre são grafados com h. Veja: b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
herbívoro, hispânico, hibernal. Exemplos:
janeiro, julho, dezembro, etc.
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas segunda, sexta, domingo, etc.
1) Utiliza-se inicial maiúscula: primavera, verão, outono, inverno
a) No começo de um período, verso ou citação direta.
Exemplos: c) Nos pontos cardeais.

Língua Portuguesa 9
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Exemplos: Exemplos:
Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.
Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, Conjunção
A situação agravou-se
sudoeste. que indica
porque ninguém reclamou.
explicação ou
Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os causa
Ninguém mais o espera,
pontos cardeais são grafados com letra maiúscula. Porque porque ele sempre se atrasa.
Exemplos:
Nordeste (região do Brasil) Conjunção de
Exemplos:
Ocidente (europeu) Finalidade –
Oriente (asiático) equivale a “para
Não julgues porque não te
que”, “a fim de
julguem.
Lembre-se: que”.
Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-
Função de
se letra minúscula. Exemplos:
substantivo
– vem
Exemplo: Não é fácil encontrar o
acompanhado
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, Porquê porquê de toda confusão.
de artigo ou
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
pronome
Dê-me um porquê de sua
Emprego FACULTATIVO de letra minúscula: saída.
a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
Exemplos:
1. Por que (pergunta)
Crime e Castigo ou Crime e castigo
2. Porque (resposta)
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
3. Por quê (fim de frase: motivo)
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
4. O Porquê (substantivo)
b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em
Emprego de outras palavras
nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
Exemplos:
Senão: equivale a “caso contrário”, “a não ser”: Não fazia coisa
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
nenhuma senão criticar.
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Se não: equivale a “se por acaso não”, em orações adverbiais
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá
Santa Maria ou santa Maria.
desta situação crítica.
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e
Tampouco: advérbio, equivale a “também não”: Não
disciplinas.
compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa.
Exemplos:
Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão
Português ou português
pouco esta semana.
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas
modernas
Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios.
História do Brasil ou história do Brasil
Traz - do verbo trazer.
Arquitetura ou arquitetura
Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/
Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está
fono24.php
vultuosa e deformada.
Emprego do Porquê
Questões
Orações
Interrogativas Exemplo: 01. Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou
até sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
(pode ser Por que devemos nos ........................ praticar atividade física..........................benefícios
substituído por: preocupar com o meio para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas
Por por qual motivo, ambiente? terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para
Que por qual razão) .......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o
avanço da idade.
Exemplo: (Ciência Hoje, março de 2012)
Equivalendo
a “pelo qual” Os motivos por que não As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
respondeu são desconhecidos. respectivamente, com:
(A) porque … trás … previnir
Exemplos: (B) porque … traz … previnir
(C) porquê … tras … previnir
Você ainda tem coragem de (D) por que … traz … prevenir
Final de
Por perguntar por quê? (E) por quê … tráz … prevenir
frases e seguidos
Quê
de pontuação
Você não vai? Por quê? 02. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas
da frase abaixo: Não sei o _____ ela está com os olhos vermelhos,
Não sei por quê! talvez seja _____ chorou.
(A) porquê / porque;
(B) por que / porque;
(C) porque / por que;
(D) porquê / por quê;
(E) por que / por quê.

Língua Portuguesa 10
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
03. Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto. 
Ex.: herói – médico – céu(ditongos abertos)

acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e


“o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:
Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs

acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com


artigos e pronomes.
Ex.: à – às – àquelas – àqueles
Considerando a ortografia e a acentuação da norma- trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente
padrão da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras
respectivamente, preenchidas por: derivadas de nomes próprios estrangeiros.
(A) mal ... por que ... intuíto Ex.: mülleriano (de Müller)
(B) mau ... por que ... intuito
(C) mau ... porque ... intuíto til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais
(D) mal ... porque ... intuito nasais.
(E) mal ... por quê ... intuito Ex.: coração – melão – órgão – ímã
Respostas Regras fundamentais:
01. D/02. B/03. D
Palavras oxítonas:
Acentuação Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”,
“em”, seguidas ou não do plural(s):
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de
algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
procurando estabelecer uma relação de familiaridade e,
consequentemente, colocando-as em prática na linguagem Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos
escrita. ou não de “s”.
Ex.: pá – pé – dó – há
Regras básicas – Acentuação tônica
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas
A acentuação tônica implica na intensidade com que são de lo, la, los, las.
pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo
forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As
demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são Paroxítonas:
denominadas de átonas. Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas táxi – lápis – júri
como: - us, um, uns
vírus – álbuns – fórum
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a - l, n, r, x, ps
última sílaba. automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel - ã, ãs, ão, ãos
ímã – ímãs – órfão – órgãos
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se
evidencia na penúltima sílaba. - Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que
Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se ficará mais fácil a memorização!
evidencia na antepenúltima sílaba.
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus - ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”.
Como podemos observar, mediante todos os exemplos água – pônei – mágoa – jóquei
mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: Regras especiais:
são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados,
apresentam certa diferenciação quanto à intensidade. Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos),
que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos
observar no exemplo a seguir: Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”. acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento.
Ex.:
Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos;
os demais, como átonos (que, em, de). Antes Agora
assembléia assembleia
Os Acentos Gráficos idéia ideia
jibóia jiboia
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e apóia (verbo apoiar) apoia
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados

Língua Portuguesa 11
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
ou não de “s”, haverá acento: sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira
Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís pessoa do singular do presente do indicativo). Ex:

Observação importante: Ela pode fazer isso agora.


Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
quando vierem depois de ditongo: Ex.:
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
Antes Agora preposição por.
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura - Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”,
então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”;
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. nos outros casos, “por” preposição. Ex:
Ex.:
Faço isso por você.
Antes Agora Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
crêem creem
vôo voo Questões

- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, 01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento A) Tem a última sílaba como tônica.
como antes: CRER, DAR, LER e VER. B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
Repare: D) Não tem sílaba tônica.
1-) O menino crê em você
Os meninos creem em você. 02. Assinale a alternativa correta.
2-) Elza lê bem! A palavra faliu contém um:
Todas leem bem! A) hiato
3-) Espero que ele dê o recado à sala. B) dígrafo
Esperamos que os dados deem efeito! C) ditongo decrescente
4-) Rubens vê tudo! D) ditongo crescente
Eles veem tudo!
03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente,
- Cuidado! Há o verbo vir: aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo
Ele vem à tarde! mesmo motivo que:
Eles vêm à tarde! A) túnel
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando B) voluntário
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: C) até
D) insólito
Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz E) rótulos
Respostas
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem 1-B / 2-C / 3-B
seguidas do dígrafo nh:
ra-i-nha, ven-to-i-nha. 5. Classes de palavras:
classificação, flexões nominais e
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
precedidas de vogal idêntica: verbais, emprego.
xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba

As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com Classes de Palavras
“u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não
serão mais acentuadas. Ex.: Artigo

Antes Depois Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica


apazigúe (apaziguar) apazigue se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida.
argúi (arguir) argui Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do
plural de: Classificação dos Artigos

ele tem – eles têm Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira


ele vem – eles vêm (verbo vir) precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.

A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, Artigos Indefinidos:  determinam os substantivos
deter, abster.  de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu
ele contém – eles contêm matei um animal.
ele obtém – eles obtêm
ele retém – eles retêm Combinação dos Artigos
ele convém – eles convêm É muito presente a combinação dos artigos definidos e
indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes assumida por essas combinações:
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, Preposições Artigos
como: - o, os
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua a ao, aos

Língua Portuguesa 12
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
de do, dos
em no, nos Morfossintaxe
por (per) pelo, pelos
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações
a, as um, uns uma, umas com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa,
o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo
à, às - -
a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo
da, das dum, duns duma, dumas substantivo:
na, nas num, nuns numa, numas
A existência é uma poesia.
pela, pelas - - Uma existência é a poesia.

- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o Questões


artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida
por crase. 01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se A) Estes são os candidatos que lhe falei.
manifestam: B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.
“ambos”: E) Muito é a procura; pouca é a oferta.
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
02. Em qual dos casos o artigo denota familiaridade?
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do A) O Amazonas é um rio imenso.
artigo, outros não: B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto.
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... C) O Antônio comunicou-se com o João.
D) O professor João Ribeiro está doente.
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar E) Os Lusíadas são um poema épico
toda uma espécie:
O trabalho dignifica o homem. 03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está
substantivando uma palavra.
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves.
de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas.
O Pedro é o xodó da família. C) A navalha ia e vinha no couro esticado.
D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana.
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada.
plural, são determinados pelo uso do artigo:
Os Maias, os Incas, Os Astecas... Respostas
1-B / 2-C / 3-D
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para
conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o Substantivo
pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam
(qualquer classe) os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. -sentimentos: raiva, amor...
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de -estados: alegria, tristeza...
aproximação numérica: -qualidades: honestidade, sinceridade...
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. -ações: corrida, pescaria...

- O artigo também é usado para substantivar palavras Morfossintaxe do substantivo


oriundas de outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de tudo isso. Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto
cujo (e flexões). direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar
Este é o homem cujo amigo desapareceu. como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como
Este é o autor cuja obra conheço. núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo
do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas
de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que funções são desempenhadas por grupos de palavras. 
venham especificadas.
Eles estavam em casa. Classificação dos Substantivos
Eles estavam na casa dos amigos.
Os marinheiros permaneceram em terra. 1-  Substantivos Comuns e Próprios
Os marinheiros permanecem na terra dos anões. Observe a definição:

- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios,
com exceção de senhor(a), senhorita e dona. dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município
Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria. é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros).

- Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e
de revistas, jornais, obras literárias. edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada  cidade.

Língua Portuguesa 13
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum. Substantivo Simples: é aquele formado por um único
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma elemento.
mesma espécie de forma genérica. Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora:
cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos
(guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Estamos voando para Barcelona. Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais
elementos.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é  
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma Substantivos Primitivos e Derivados
particular. Meu limão meu limoeiro,
meu pé de jacarandá...
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de
2 - Substantivos Concretos e Abstratos nenhum outro dentro de língua portuguesa.
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma
LÂMPADA MALA outra palavra da própria língua portuguesa.
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
Os substantivos lâmpada e mala  designam seres com da palavra limão.
existência própria, que são independentes de outros seres. São Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra
assim, substantivos concretos. palavra.
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe,
independentemente de outros seres. Flexão dos substantivos
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo,
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo pode sofrer variações para indicar:
real e do mundo imaginário. Plural: meninos
Feminino: menina
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, Aumentativo: meninão
etc. Diminutivo: menininho
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc.
  Flexão de Gênero
Observe agora: Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa,
Beleza exposta há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
O substantivo beleza designa uma qualidade. O velho e o mar
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que Um Natal inesquecível
dependem de outros para se manifestar ou existir. Os reis da praia
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser  
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem
que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato. A história sem fim
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, Uma cidade sem passado
ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, As tartarugas ninjas
e sem os quais não podem existir.
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
(sentimento).  
Substantivos Biformes (= duas formas):  ao indicar nomes
3 - Substantivos Coletivos de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o
abelha, mais outra abelha. masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. – mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o
repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra feminino. Classificam-se em:
abelha... - Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos.
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular fêmea.
(enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas.
(abelhas). a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo,
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. o indivíduo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo - Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por
estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma meio do artigo.
espécie. o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Formação dos Substantivos Saiba que:
Substantivos Simples e Compostos - Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma,
são masculinos.
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero,
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou variam em seu significado.
radical. É um substantivo simples.

Língua Portuguesa 14
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o A distinção de gênero pode ser feita através da análise do
capital (dinheiro) e a capital (cidade) artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.
o colega - a colega
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes um jovem - uma jovem
a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a. artista famoso - artista famosa
aluno - aluna
- A palavra personagem é usada indistintamente nos dois
b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao gêneros.
masculino. a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
freguês - freguesa preferência pelo masculino:
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três carochinha.
formas: b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã a personagem.
- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma
personagem.
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana - Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte.
d) Substantivos terminados em -or:
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora Observe o gênero dos substantivos seguintes:
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
Masculinos
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: o tapa
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa o eclipse
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa o lança-perfume
o dó (pena)
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final o sanduíche
por -a: o clarinete
elefante - elefanta o champanha
o sósia
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e o maracajá
no feminino: o clã
bode – cabra boi - vaca o hosana
o herpes
h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, o pijama
isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
czar – czarina réu - ré Femininos
a dinamite
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes a áspide
a derme
- Epicenos: a hélice
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. a alcíone
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre a filoxera
porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar a clâmide
o masculino e o feminino. a omoplata
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para a cataplasma
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de a pane
epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade a mascote
de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. a gênese
A cobra macho picou o marinheiro. a entorse
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. a libido

Sobrecomuns: - São geralmente masculinos os substantivos de origem


grega terminados em -ma:
Entregue as crianças à natureza. o grama (peso)
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, o quilograma
quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem o plasma
um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que o apostema
se refere a palavra. Veja: o diagrama
A criança chorona chamava-se João. o epigrama
A criança chorona chamava-se Maria. o telefonema
Outros substantivos sobrecomuns: o estratagema
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa o dilema
criatura. o teorema
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O o apotegma
cônjuge de Marcela faleceu o trema
o eczema
Comuns de Dois Gêneros: o edema
o magma
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez Gênero dos Nomes de Cidades:
que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
da notícia informa-nos de que se trata de um homem. A histórica Ouro Preto.

Língua Portuguesa 15
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
A dinâmica São Paulo. pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no
A acolhedora Porto Alegre. plural).
Uma Londres imensa e triste. Exceção: cânon - cânones.

Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. b) Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em
“ns”.
Gênero e Significação: homem - homens.

Muitos substantivos têm uma significação no masculino e c) Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
outra no feminino. pelo acréscimo de “es”.
Observe: revólver – revólveres raiz - raízes
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se
de um bloco carnavalesco, manejando um bastão) no plural, trocando o “l” por “is”.
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis
proibição de trânsito) Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.

o cabeça (chefe) e) Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas


a cabeça (parte do corpo) maneiras:
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
o cisma (separação religiosa, dissidência) - Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
a cisma (ato de cismar, desconfiança) Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
o cinza (a cor cinzenta)
a cinza (resíduos de combustão) f) Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas
maneiras:
o capital (dinheiro) - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo
a capital (cidade) de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis:
o coma (perda dos sentidos) o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
a coma (cabeleira)
g) Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três
o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro) maneiras.
a coral (cobra venenosa) - substituindo o -ão por -ões: ação - ações
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães
o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e - substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
de outros sacramentos) h) Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o
a crisma (sacramento da confirmação) látex - os látex.

o cura (pároco) Plural dos Substantivos Compostos


a cura (ato de curar) A formação do plural dos substantivos compostos depende
da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam
o estepe (pneu sobressalente) o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que
a estepe (vasta planície de vegetação) são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos
simples:
o guia (pessoa que guia outras) aguardente e aguardentes girassol e girassóis
a guia (documento, pena grande das asas das aves) pontapé e pontapés malmequer e malmequeres

o grama (unidade de peso) O plural dos substantivos compostos cujos elementos são
a grama (relva) ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões.
Algumas orientações são dadas a seguir:
o caixa (funcionário da caixa)
a caixa (recipiente, setor de pagamentos) a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
o lente (professor) substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
a lente (vidro de aumento) adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
o moral (ânimo)
a moral (honestidade, bons costumes, ética) b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
formados de:
o nascente (lado onde nasce o Sol) verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
a nascente (a fonte) palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
falantes
Flexão de Número do Substantivo palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos

Em português, há dois números gramaticais: o singular, que c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
indica um ser ou um grupo de seres, e formados de:
o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
característica do plural é o “s” final. colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
Plural dos Substantivos Simples vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como determinante
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n” do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo
fazem o plural pelo acréscimo de “s”. anterior.

Língua Portuguesa 16
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
palavra-chave - palavras-chave Singular Plural Singular Plural
bomba-relógio - bombas-relógio
notícia-bomba - notícias-bomba corpo (ô) corpos (ó) osso (ô) ossos (ó)
homem-rã - homens-rã esforço esforços ovo ovos
fogo fogos poço poços
d) Permanecem invariáveis, quando formados de: forno fornos porto portos
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora fosso fossos posto postos
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas imposto impostos rogo rogos
olho olhos tijolo tijolos
e) Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos,
o bem-te-vi e os bem-te-vis esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
o bem-me-quer e os bem-me-queres Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
o joão-ninguém e os joões-ninguém. molho (ó) = feixe (molho de lenha).
Plural das Palavras Substantivadas Particularidades sobre o Número dos Substantivos
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes a) Há substantivos que só se usam no singular:
gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras. b) Outros só no plural:
O aluno errou na prova dos noves. as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos. (naipes de baralho), as fezes.
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não
variam no plural. c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular:
Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez. bem (virtude) e bens (riquezas)
honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem,
Plural dos Diminutivos títulos)
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com
acrescenta-se o sufixo diminutivo. sentido de plural:
pãe(s) + zinhos = pãezinhos Aqui morreu muito negro.
animai(s) + zinhos = animaizinhos Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
botõe(s) + zinhos = botõezinhos improvisadas.
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos Flexão de Grau do Substantivo
tren(s) + zinhos = trenzinhos Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as
colhere(s) + zinhas = colherezinhas variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
flore(s) + zinhas = florezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhas - Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado
papéi(s) + zinhos = papeizinhos normal. Por exemplo: casa
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos - Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser.
pé(s) + zitos = pezitos Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que
Plural dos Nomes Próprios Personativos indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre aumento. Por exemplo: casarão.
que a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados. - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser.
As Raquéis e Esteres. Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que
Plural dos Substantivos Estrangeiros indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos diminuição. Por exemplo: casinha.
como na língua original, acrescentando -se “s” (exceto quando
terminam em “s” ou “z”). Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php
os shows os shorts os jazz
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com Questões
as regras de nossa língua:
os clubes os chopes 01. A flexão de número do termo “preços-sombra” também
os jipes os esportes ocorre com o plural de
as toaletes os bibelôs (A) reco-reco.
os garçons os réquiens (B) guarda-costa.
(C) guarda-noturno.
Observe o exemplo: (D) célula-tronco.
Este jogador faz gols toda vez que joga. (E) sem-vergonha.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
02. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam
Plural com Mudança de Timbre flexionadas de acordo com a norma-padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
Certos substantivos formam o plural com mudança de (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
chamado metafonia (plural metafônico). (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.

Língua Portuguesa 17
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
Itália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-
portuguesa
03. Indique a alternativa em que a flexão do substantivo está
errada: Japão nipo- / Por exemplo: Associações nipo-
A) Catalães. brasileiras
B) Cidadãos.
Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
C) Vulcães.
D) Corrimões.
Flexão dos adjetivos
Respostas
1-D / 2-D / 3-C
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Adjetivo
Gênero dos Adjetivos
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem
característica do ser e se relaciona com o substantivo.
(masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos,
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos
classificam-se em: 
que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa
outra para o feminino.
bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,
Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
moça bondade, pessoa bondade. 
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
somente o último elemento.
Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-
Morfossintaxe do Adjetivo:
americana. 
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro
de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
Adjetivo Pátrio
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe
político-social.
alguns deles:
Estados e cidades brasileiros:
Número dos Adjetivos

Alagoas alagoano Plural dos adjetivos simples


Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com
Amapá amapaense
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos
Aracaju aracajuano ou aracajuense simples.
Por exemplo:
Amazonas amazonense ou baré
mau e maus
Belo Horizonte belo-horizontino feliz e felizes
ruim e ruins
Brasília brasiliense
boa e boas
Cabo Frio cabo-friense
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função
Campinas campineiro ou campinense
de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo,
Adjetivo Pátrio Composto  ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro originalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável.
Observe alguns exemplos: Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Veja outros exemplos:
África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Motos vinho (mas: motos verdes)
Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo: Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Competições teuto-inglesas Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
América américo- / Por exemplo: Companhia
américo-africana Adjetivo Composto
Bélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo- É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente,
franceses esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento
China sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam
na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que
Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano- formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado,
português todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a
Europa euro- / Por exemplo: Negociações euro- palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver
americanas qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se
ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto;
França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro
franco-italianas ficará invariável. Por exemplo:
Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos
Camisas rosa-claro.
Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo- Ternos rosa-claro.
portuguesas Olhos verde-claros.

Língua Portuguesa 18
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. sufixos.
Por exemplo:
Observe O secretário é inteligentíssimo.
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo
composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis. Observe alguns superlativos sintéticos: 
- O adjetivo composto pele-vermelha têm os dois elementos
flexionados.
benéfico beneficentíssimo
Grau do Adjetivo bom boníssimo ou ótimo

Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a comum comuníssimo


intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: cruel crudelíssimo
o comparativo e o superlativo.
difícil dificílimo
Comparativo doce dulcíssimo

Nesse grau, comparam-se a mesma característica fácil facílimo


atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características fiel fidelíssimo
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade,
de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser
abaixo: é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação
pode ser:
1) Sou tão alto como você.  = Comparativo de Igualdade De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
No comparativo de igualdade, o segundo termo da De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.
Note bem:
2) Sou  mais alto  (do) que  você.  = Comparativo de 1)  O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
Superioridade Analítico dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc.,
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois antepostos ao adjetivo.
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é 2)  O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas
analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”. formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem
vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo
3) O Sol é  maior (do) que  a Terra.  = Comparativo de latino +  um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo:
Superioridade Sintético fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.
A forma popular é constituída do radical do adjetivo
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo,
necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas
São eles: seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável
bom-melhor hiato i-í.
pequeno-menor
mau-pior Questões
alto-superior
grande-maior 01. Leia o texto a seguir.
baixo-inferior
Violência epidêmica
Observe que: 
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora
pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas sociais, é nos bairros pobres que ela adquire características
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas epidêmicas.
entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades
as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes
pequeno. centros urbanos e se dissemina pelo interior.
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de As estratégias que as sociedades adotam para combater a
dois elementos. violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas pouco no decorrer do século 20, ao contrário dos avanços
qualidades de um mesmo elemento. ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras
enfermidades.
4) Sou  menos alto  (do) que  você.  = Comparativo de A agressividade impulsiva é consequência de perturbações
Inferioridade nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências
Sou menos passivo (do) que tolerante. agressivas surgem em indivíduos com dificuldades adaptativas
que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de
Superlativo seus desejos.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que
O superlativo expressa qualidades num grau muito tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao
elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser desenvolvimento psicológico pleno.
absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: A revisão de estudos científicos permite identificar três
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um fatores principais na formação das personalidades com maior
ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se inclinação ao comportamento violento:
nas formas: 1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos,
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O 2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes
secretário é muito inteligente. transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não

Língua Portuguesa 19
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
lhes impuseram limites de disciplina. Grande parte dos pronomes não possuem significados
3) Associação com grupos de jovens portadores de fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de
comportamento antissocial. um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no
que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos
falta de acesso aos recursos materiais, à desigualdade social, e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal
esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar,
violência crescente nas cidades. indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a dessa característica, os pronomes apresentam uma forma
resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o específica para cada pessoa do discurso.
criminoso fica impedido de delinquir apenas enquanto estiver
preso. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao
mesmo tempo, na prisão, terá criado novas amizades e conexões Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
mais sólidas com o mundo do crime. [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda.
Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa, A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias continuarão [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
criminalidade e tratar os que ingressaram nela. variáveis  em gênero (masculino ou feminino) e em número
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através
Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os do pronome seja coerente em termos de gênero e número
policiais a executar sua função com dignidade, criar leis que (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando
acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e este se apresenta ausente no enunciado.
construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas Fala-se de Roberta. Ele  quer participar do desfile
preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão da nossa escola neste ano.
capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de integrá-los [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das adequada]
práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento [neste: pronome que determina “ano” = concordância
artístico. adequada]
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância
(Drauzio Varella. In Folha de S.Paulo, 9 mar.2002. Adaptado) inadequada]

Em – características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,


corresponde a – características de epidemias. demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo
em destaque corresponde, corretamente, à expressão indicada. Pronomes Pessoais
A) água fluvial – água da chuva.
B) produção aurífera – produção de ouro. São aqueles que substituem os substantivos, indicando
C) vida rupestre – vida do campo. diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
D) notícias brasileiras – notícias de Brasília. assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”,
E) costela bovina – costela de porco. “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”,
“eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de
02.Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto: quem fala.
A) azul-celeste Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções
B) azul-pavão que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
C) surda-muda oblíquo.
D) branco-gelo
Pronome Reto
03.Assinale a única alternativa em que os adjetivos não
estão no grau superlativo absoluto sintético: Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença,
A) Arquimilionário/ ultraconservador; exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
B) Supremo/ ínfimo; Nós lhe ofertamos flores.
C) Superamigo/ paupérrimo;
D) Muito amigo/ Bastante pobre Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
Respostas flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o
1-B / 2-C / 3-D quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
Pronome - 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele - 1ª pessoa do plural: nós
se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de - 2ª pessoa do plural: vós
alguma forma. - 3ª pessoa do plural: eles, elas
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome] Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita! ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”,
[referência ao nome] comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os
Essa moça morava nos meus sonhos! pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a
[qualificação do nome] na praça”, “Trouxeram-me até aqui”.

Língua Portuguesa 20
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome repõe + os = repõe-nos
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas retém + a: retém-na
verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do tem + as = tem-nas
verbo indicadas pelo pronome reto.
Fizemos boa viagem. (Nós) Pronome Oblíquo Tônico

Pronome Oblíquo Os pronomes oblíquos tônicos são sempre


precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou  de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
indireto) ou complemento nominal. O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim
configurado:
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca - 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
oração. - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico
Pronome Oblíquo Átono são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são - As preposições essenciais introduzem sempre pronomes
precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica  fraca. pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
Ele me deu um presente. contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os
pronomes costumam ser usados desta forma:
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado: Não há mais nada entre mim e ti.
- 1ª pessoa do singular (eu): me Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
- 2ª pessoa do singular (tu): te Não há nenhuma acusação contra mim.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe Não vá sem mim.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos Atenção:
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes Há construções em que a preposição, apesar de surgir
anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo
Observações: verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o reto.
pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar
diretamente uma preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
função de objeto indireto na oração. Não vá sem eu mandar.

Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos - A combinação da preposição “com” e alguns pronomes


diretos como objetos indiretos. originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
objetos diretos. frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de
companhia.
Saiba que: Ele carregava o documento consigo.
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se
com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com
mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no- nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados
la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou
nos exemplos que seguem: algum numeral.

Você terá de viajar com nós todos.


- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
vocês? Ele disse que iria com nós três.
- Sim, entreguei-to ainda há - Não, no-la contaram.
pouco. Pronome Reflexivo

No português do Brasil, essas combinações não são usadas; São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem
até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.  como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração.
Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo
Atenção: verbo.
Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z,
-s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo - 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
tempo que a terminação verbal é suprimida. Eu não me vanglorio disso.
Por exemplo: fiz + o = fi-lo Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
fazei + o = fazei-os
dizer + a = dizê-la - 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
Assim tu te prejudicas.
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume Conhece a ti mesmo.
as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
viram + o: viram-no - 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.

Língua Portuguesa 21
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Guilherme já se preparou. na terceira pessoa.
Ela deu a si um presente. Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
Antônio conversou consigo mesmo. cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus
- 1ª pessoa do plural (nós): nos. cabelos. (correto)
Lavamo-nos no rio. Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
cabelos. (correto)
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.
Vós vos beneficiastes com a esta conquista. Pronomes Possessivos

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Eles se conheceram. (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa
Elas deram a si um dia de folga. possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
A Segunda Pessoa Indireta
Observe o quadro:
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando
utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso Número Pessoa Pronome
interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na singular primeira meu(s), minha(s)
terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte: singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
Pronomes de Tratamento
plural primeira nosso(s), nossa(s)
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques plural segunda vosso(s), vossa(s)
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos plural terceira seu(s), sua(s)
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e
oficiais-generais Note que: A forma do possessivo depende da pessoa
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com
universidades o objeto possuído.
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores difícil.
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento Observações:
cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus 1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da
alteração fonética da palavra senhor.
Também são pronomes de tratamento o senhor, a - Muito obrigado, seu José.
senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados
no tratamento cerimonioso;  “você”  e  “vocês”, no tratamento 2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse.
familiar. Você e vocês são largamente empregados no português Podem ter outros empregos, como:
do Brasil; em algumas regiões, a forma  tu  é de uso frequente; a) indicar afetividade.
em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à - Não faça isso, minha filha.
linguagem litúrgica, ultraformal ou literária. b) indicar cálculo aproximado.
Ele já deve ter seus 40 anos.
Observações: c) atribuir valor indefinido ao substantivo.
a) Vossa Excelência X Sua Excelência:  os pronomes de Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
tratamento que possuem “Vossa (s)”  são empregados em
relação à pessoa com quem falamos. 3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
encontro. Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o 4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. concorda com o mais próximo.
Trouxe-me seus livros e anotações.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao 5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, átonos assumem valor de possessivo.
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
Pronomes Demonstrativos
b)  3ª pessoa:  embora os pronomes de tratamento dirijam-
se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto.
pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou
na 3ª pessoa. discurso.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas,
para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro
c) Uniformidade de Tratamento:  quando escrevemos ou está perto da pessoa que fala.
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do Compro esse carro (aí). O pronome  esse  indica que o carro
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que
por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não fala.
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo

Língua Portuguesa 22
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro Pronomes Indefinidos
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso,
  dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto indeterminada.
por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro plantadas.
localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação Não é difícil perceber que  “alguém”  indica uma pessoa
ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade. de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade não se quer revelar. 
destinatária).
Reafirmamos a disposição  desta  universidade em participar Classificam-se em:
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que
envia a mensagem). - Pronomes Indefinidos Substantivos:  assumem o lugar
do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São
No tempo: eles:  algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém,
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere outrem, quem, tudo.
ao ano presente. Algo o incomoda?
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a Quem avisa amigo é.
um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se - Pronomes Indefinidos Adjetivos:  qualificam um ser
referindo a um passado distante. expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
  aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou Cada povo tem seus costumes.
invariáveis, observe: Certas pessoas exercem várias profissões.

Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora
Invariáveis: isto, isso, aquilo. pronomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
- Também aparecem como pronomes demonstrativos: demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que
te indiquei.) Menos palavras e mais ações.
- mesmo(s), mesma(s): Alguns se contentam pouco.
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
- próprio(s), própria(s): Os pronomes indefinidos podem ser divididos
Os próprios alunos resolveram o problema. em variáveis e invariáveis. Observe:

- semelhante(s): Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto,


Não compre semelhante livro. outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária,
- tal, tais: tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns,
Tal era a solução para o problema. todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas,
nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
Note que: Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo,
cada.
a)  Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
construções redundantes, com finalidade expressiva, para São  locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um,
salientar algum termo anterior. Por exemplo: qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for,
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso. seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou
Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte! qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
b)  O pronome demonstrativo neutro  ou  pode representar Cada um escolheu o vinho desejado.
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que
aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto. Indefinidos Sistemáticos
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
c)  Para evitar a repetição de um verbo anteriormente Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, percebemos que existem alguns grupos que criam oposição
chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido
de). afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo;
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse. todo/tudo,  que indicam uma totalidade afirmativa, e  nenhum/
d)  Em frases como a seguinte,  este  se refere à pessoa nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro que se referem à pessoa, e  algo/nada, que se referem à coisa;
lugar. certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos; Essas oposições de sentido são muito importantes na
aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado] construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica. vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos
A menina foi a tal que ameaçou o professor? expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem
pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso, parte:
nisso, no, etc. Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo) prático.
Certas  pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
pessoas quaisquer.

Língua Portuguesa 23
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Pronomes Relativos g)  “Onde”, como pronome relativo, sempre possui
São aqueles que representam nomes já mencionados antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as A casa onde morava foi assaltada.
orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema  que  afirma a superioridade de um h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em
grupo racial sobre outros. que.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no
oração subordinada adjetiva). exterior.
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema” i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
é antecedente do pronome relativo que. - como (= pelo qual)
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome Não me parece correto o modo como você agiu semana
demonstrativo o, a, os, as. passada.
Não sei o que você está querendo dizer. - quando (= em que)
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
expresso.
Quem casa, quer casa. j)  Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
numa só frase.
Observe: O futebol é um esporte.
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, O povo gosta muito deste esporte.
cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas. O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
k)  Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
Note que: ocorrer a elipse do relativo “que”.
a)  O pronome  “que”  é o relativo de mais largo emprego, A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria,
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído (que) fumava.
por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for
um substantivo. Pronomes Interrogativos

O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).

b)  O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas
verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter preferes.
várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos
usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza passageiros desembarcaram.
ou depois de determinadas preposições:
Sobre os pronomes:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o
qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de
ambiguidade.) sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando
desempenha função de complemento. Vamos entender,
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que
dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.) função exerce. Observe as orações:
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
c) O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se 2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia ajudá-
refere a uma oração. lo.

Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
sua vocação natural. exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto.
Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo
d) O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, função de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo.
mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso,
das quais. o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a
segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
(antecedente) (consequente) Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do
pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo
e) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente “ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou
um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo: entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”)
estiver no infinitivo ou gerúndio.
Emprestei tantos quantos foram necessários. Eu desejo lhe perguntar algo.
(antecedente) Eu estou perguntando-lhe algo.

Ele fez tudo quanto havia falado. Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos:
(antecedente) os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente
dos segundos que são sempre precedidos de preposição.
f)  O pronome  “quem” se refere a pessoas e vem sempre - Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu
precedido de preposição. estava fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que
É um professor a quem muito devemos. eu estava fazendo.
(preposição)

Língua Portuguesa 24
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Questões (C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
01. Observe as sentenças abaixo. (E) I, II e III.
I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam.
II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamo- 03. Observe a charge a seguir.
nos inimigas desde aquele episódio.
III. A criança cuja a família não compareceu ficou inconsolável.

O pronome ‘cuja’ foi empregado de acordo com a norma


culta da língua portuguesa em:
(A) apenas uma das sentenças
(B) apenas duas das sentenças.
(C) nenhuma das sentenças.
(D) todas as sentenças.

02. Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou


que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com
amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer.
Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará
formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo
mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de Em relação à charge acima, assinale a afirmativa inadequada.
transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam (A) A fala do personagem é uma modificação intencional de
o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos uma fala de Cristo.
fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais (B) As duas ocorrências do pronome “eles” referem-se a
que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos pessoas distintas.
mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são (C) A crítica da charge se dirige às autoridades políticas no
mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem poder.
fora dela. (D) A posição dos braços do personagem na charge repete a
Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito de Cristo na cruz.
geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo (E) Os elementos imagísticos da charge estão distribuídos de
mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles forma equilibrada.
transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe Respostas
apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando 01. A\02. E\03. B
uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos,
inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das Verbo
redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às
informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com Verbo  é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,
ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
dizer “não” ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização ocorrência (nascer); desejo (querer).
do conceito de amizade. O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus
É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou possíveis significados. Observe que palavras como corrida,
diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns
assimétrica. E isso faz com que as redes de “seguidores” e verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as
“seguidos” de alguém possam se comunicar de maneira muito possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo
Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu Estrutura das Formas Verbais
que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si
independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas. apresentar os seguintes elementos:
No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e
começar a te seguir. Nós não nos conhecemos. a)  Radical:  é a parte invariável, que expressa o significado
Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu essencial do verbo. Por exemplo:
nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você.
Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a
pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r
si.
Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em: São três as conjugações:
<http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet- 1ª - Vogal Temática - A - (falar)
estamudando-amizade-619645.shtml>. 2ª - Vogal Temática - E - (vender)
3ª - Vogal Temática - I - (partir)
Considere as seguintes afirmações sobre a relação que se
estabelece entre algumas palavras do texto e os elementos a que c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o
se referem. tempo e o modo do verbo.
I. No segmento que nascem, a palavra que se refere a Por exemplo:
amizades. falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
II. O segmento elos fracos retoma o segmento uma forma falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
superficial de amizade.
III. Na frase Nós não nos conhecemos, o pronome Nós refere- d)  Desinência número-pessoal:  é o elemento que designa
se aos pronomes eu e você. a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou
plural).
Quais estão corretas? falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
(A) Apenas I. falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
(B) Apenas II.

Língua Portuguesa 25
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a pessoais na linguagem figurada:
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver Teu irmão amadureceu bastante.
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de
verbo: põe, pões, põem, etc. animais; eis alguns:
bramar: tigre
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas bramir: crocodilo
cacarejar: galinha
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos coaxar: sapo
verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com cricrilar: grilo
facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no
radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas Os principais verbos unipessoais são:
formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer,
na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos. ser (preciso, necessário, etc.).
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
Classificação dos Verbos bastante.)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
Classificam-se em: É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações conjunção que.
no radical.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
Por exemplo: canto     cantei      cantarei     cantava      cantasse fumar.)
b) Irregulares:  são aqueles cuja flexão provoca alterações Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia.
no radical ou nas desinências. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Por exemplo: faço     fiz      farei     fizesse Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais. - Pessoais:  não apresentam algumas flexões por motivos
morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do
Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
principais verbos impessoais são: provavelmente causaria problemas de interpretação em certos
a)  haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se contextos.
ou fazer (em orações temporais). verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é
o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo) popularização da informática, tem sido conjugado em todos os
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. tempos, modos e pessoas.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia. d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal- curtas (particípio irregular). Observe:
humorado”, usa-se o verbo  “amanhecer”  em sentido figurado.
Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, Infinitivo Particípio regular Particípio irregular
deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) Anexar Anexado Anexo
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
d) São impessoais, ainda:
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Envolver Envolvido Envolto
Ex.: Já passa das seis. Imprimir Imprimido Impresso
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de,
indicando suficiência. Ex.:  Matar Matado Morto
Basta de tolices. Chega de blasfêmias. Morrer Morrido Morto
3. os verbos  estar  e  ficar  em orações tais como  Está bem,
Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal,  sem referência Pegar Pegado Pego
a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, Soltar Soltado Solto
classificar o sujeito como  hipotético, tornando-se, tais verbos,
então, pessoais. e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser em sua conjugação.
possível”. Por exemplo: Por exemplo: 
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados? Ir Pôr Ser Saber
vou ponho sou sei
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se vais pus és sabes
apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. ides pôs fui soube
A fruta amadureceu. fui punha foste saiba
As frutas amadureceram.
foste seja

Língua Portuguesa 26
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
f) Auxiliares Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu
São aqueles que entram na formação dos tempos estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles
compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando estiveram.
acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele
                         estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão.
  Vou                       espantar           as          moscas. Futuro do Presente Composto: terei estado.
(verbo auxiliar)       (verbo principal no infinitivo) Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam.
Está                    chegando            a         hora     do    debate. Futuro do Pretérito Composto: teria estado.
(verbo auxiliar)      (verbo principal no gerúndio)                 
                    ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e
haver. Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que
nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam.
Conjugação dos Verbos Auxiliares Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se
ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles
SER - Modo Indicativo estivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado
Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são. Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres,
Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos, quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós
vós éreis, eles eram. estiverdes, quando eles estiverem.
Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós Futuro Composto: Tiver estado.
fomos, vós fostes, eles foram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho sido. Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós,
Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós estai vós, estejam eles.
fôramos, vós fôreis, eles foram. Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido. estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles.
Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria, Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele,
nós seríamos, vós seríeis, eles seriam. por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles.
Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos, Formas Nominais
vós sereis, eles serão. Infinitivo: estar
Futuro do Pretérito Composto: Teria sido. Gerúndio: estando
Particípio: estado
SER - Modo Subjuntivo
ESTAR - Formas Nominais
Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós
sejamos, que vós sejais, que eles sejam. Infinitivo Impessoal: estar
Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse, Infinitivo Pessoal: estar, estares, estar, estarmos, estardes,
se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem. estarem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido. Gerúndio: estando
Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele Particípio: estado
for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
Futuro Composto: tiver sido. HAVER - Modo Indicativo

SER - Modo Imperativo Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles
hão.
Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós
vós, sejam eles. havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele
nós, não sejais vós, não sejam eles. houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram.
Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por Pretérito Perfeito Composto: tenho havido.
sermos nós, por serdes vós, por serem eles. Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles
SER - Formas Nominais houveram.
Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido.
Formas Nominais Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele
Infinitivo: ser haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão.
Gerúndio: sendo Futuro do Presente Composto: terei havido.
Particípio: sido Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele
haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam.
Infinitivo Pessoal : ser eu, seres tu, ser ele, sermos Futuro do Pretérito Composto: teria havido.
nós, serdes vós, serem eles.
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo
ESTAR - Modo Indicativo Modo Subjuntivo
Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós
Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais, hajamos, que vós hajais, que eles hajam.
eles estão. Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se
Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles
estávamos, vós estáveis, eles estavam. houvessem.
Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido.
esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram. Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres,
Pretérito Perfeito Composto: tenho estado. quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós
houverdes, quando eles houverem.

Língua Portuguesa 27
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Futuro Composto: tiver havido. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e
respectivos pronomes): 
Modo Imperativo Eu me arrependo 
Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós, Tu te arrependes 
hajam eles. Ele se arrepende 
Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não Nós nos arrependemos 
hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles. Vós vos arrependeis 
Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver Eles se arrependem
ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.
 - 2. Acidentais:  são aqueles verbos transitivos diretos em que
HAVER - Formas Nominais a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito
Infinitivo Impessoal: haver, haveres, haver, havermos, faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos
haverdes, haverem. transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser
Infinitivo Pessoal: haver conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se
Gerúndio: havendo chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
Particípio: havido A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Maria
TER - Modo Indicativo penteou-me.
 
Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes, Observações:
eles têm. 1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes
Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
tínhamos, vós tínheis, eles tinham. sintática.
Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós 2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes
tivemos, vós tivestes, eles tiveram. oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais,
Pretérito Perfeito Composto: tenho tido. são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes,
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito,
ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram. exercem funções sintáticas.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido. Por exemplo:
Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto
teremos, vós tereis, eles terão. direto) - 1ª pessoa do singular
Futuro do Presente: terei tido.
Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria, Modos Verbais
nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
Futuro do Pretérito composto: teria tido. Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo modos: 
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo:
Modo Subjuntivo Eu sempre estudo.
Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por
nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham. exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por
tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem. exemplo: Estuda agora, menino.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver, Formas Nominais
quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
Futuro Composto: tiver tido. Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas
que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
Modo Imperativo advérbio), sendo por isso denominadas  formas nominais.
Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós, Observe: 
tende vós, tenham eles. - a) Infinitivo Impessoal:  exprime a significação do verbo
Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles. substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta)
Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
termos nós, por terdes vós, por terem eles. O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro.
os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma
pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais b) Infinitivo Pessoal:  é o infinitivo relacionado às três
acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não
sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja: apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal;
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os nas demais, flexiona- -se da seguinte maneira:
pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se,
ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos 2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita 1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.:termos (nós)
no radical do verbo. Por exemplo: 2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.:terdes (vós)
Arrependi-me de ter estado lá. 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.:terem (eles)
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem
um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, Por exemplo:
pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz- - c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou
se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva advérbio. Por exemplo: 
expressa pelo radical do próprio verbo.  

Língua Portuguesa 28
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que
advérbio) indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo) levará as encomendas.
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; - Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior
na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: ao momento atual mas já terminado antes de outro fato
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. futuro. Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. visitaremos.

- d) Particípio:  quando não é empregado na formação dos Presente do Indicativo


tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e 1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação / Desinência
grau. Por exemplo: pessoal
Terminados os exames, os candidatos saíram. CANTAR VENDER PARTIR
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma cantO vendO partO O
relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo cantaS vendeS parteS S
(adjetivo verbal). Por exemplo: canta vende parte -
Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
Tempos Verbais cantaM vendeM parteM M

Tomando-se como referência o momento em que se fala, Pretérito Perfeito do Indicativo


a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Veja: 1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação/Desinência
pessoal
1. Tempos do Indicativo CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
- Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo: cantaSTE vendeSTE partISTE STE
Eu estudo neste colégio. cantoU vendeU partiU U
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
momento anterior ao atual, mas que não foi completamente cantaSTES vendeSTES partISTES STES
terminado. Por exemplo: Ele estudava as lições quando foi cantaRAM vendeRAM partiRAM AM
interrompido.
- Pretérito Perfeito (simples)  -  Expressa um fato ocorrido Pretérito mais-que-perfeito
num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite. 1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. /Desin. Temp. /Desin. Pess.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve 1ª/2ª e 3ª conj.
início no passado e que pode se prolongar até o momento atual. CANTAR VENDER PARTIR - -
Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames. cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já tinha cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
(forma simples) cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve
ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. Pretérito Imperfeito do Indicativo
Por exemplo:  Ele estudará as lições amanhã.
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve 1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação
ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado CANTAR VENDER PARTIR
antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal, cantAVA vendIA partIA
os alunos já terão terminado o teste. cantAVAS vendIAS partAS
- Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode CantAVA vendIA partIA
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
- Futuro do Pretérito (composto)  -  Enuncia um fato que cantAVAM vendIAM partIAM
poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
passado. Por exemplo:  Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria Futuro do Presente do Indicativo
viajado nas férias.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
2. Tempos do Subjuntivo CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento cantar ás vender ás partir ás
atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame. cantar á vender á partir á
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas cantar emos vender emos partir emos
posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que cantar eis vender eis partir eis
ele vencesse o jogo. cantar ão vender ão partir ão

Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções Futuro do Pretérito do Indicativo
em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo: 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. CANTAR VENDER PARTIR
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente cantarIA venderIA partirIA
terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha cantarIAS venderIAS partirIAS
estudado bastante, não passou no teste. cantarIA venderIA partirIA
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo: cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
Quando ele vier à loja, levará as encomendas. cantarIAM venderIAM partirIAM

Língua Portuguesa 29
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Presente do Subjuntivo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
Que eu cante ---
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a Que tu cantes Não cantes tu
desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do Que ele cante Não cante você
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou Que nós cantemos Não cantemos nós
pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação). Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles
1ª conj./2ª conj./3ª conju./Des.Temp./Des.temp./Des. pess
1ª conj. 2ª/3ª conj. Observações:
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø - No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa
cantES vendAS partAS E A S (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
cantE vendA partA E A Ø ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
cantEIS vendAIS partAIS E A IS - O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu),
cantEM vendAM partAM E A M sede (vós).

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Infinitivo Impessoal

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, CANTAR VENDER PARTIR
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse
tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número Infinitivo Pessoal
e pessoa correspondente.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
1ª conj. 2ª conj. 3ª conj. Des. temporal Desin. pessoal CANTAR VENDER PARTIR
1ª /2ª e 3ª conj. cantar vender partir
CANTAR VENDER PARTIR cantarES venderES partirES
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø cantar vender partir
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S cantarMOS venderMOS partirMOS
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø cantarDES venderDES partirDES
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíssemos SSE MOS cantarEM venderEM partirEM
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSE vendeSSEM partiSSEM SSE M Questões

Futuro do Subjuntivo 01. Considere o trecho a seguir. É comum que objetos


___ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência poderiam ser evitados se as pessoas ______ a atenção voltada
-STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo- para seus pertences, conservando-os junto ao corpo. Assinale a
se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa do texto.
correspondente. (A) sejam … mantesse
(B) sejam … mantivessem
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. / Des. temp. /Desin. pess. (C) sejam … mantém
1ª /2ª e 3ª conj. (D) seja … mantivessem
CANTAR VENDER PARTIR (E) seja … mantêm
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES 02. Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão
cantaR vendeR partiR R Ø apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS verbal em destaque expressa ação
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES (A) concluída.
cantaREM vendeREM PartiREM R EM (B) atemporal.
(C) contínua.
Imperativo (D) hipotética.
(E) futura.
Imperativo Afirmativo
03. (Escrevente TJ SP Vunesp) Sem querer estereotipar,
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente mas já estereotipando: trata--se de um ser cujas interações sociais
do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:  (A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela.
Pres. do Indicativo Imperativo Afirm. Pres. do Subjuntivo (C) adotar como referência de qualidade.
Eu canto --- Que eu cante (D) julgar de acordo com normas legais.
Tu cantas CantA tu Que tu cantes (E) classificar segundo ideias preconcebidas.
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos Respostas
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis 1-B / 2-C / 3-E
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
Advérbio
Imperativo Negativo
O  advérbio, assim como muitas outras palavras existentes
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo,
negação às formas do presente do subjuntivo. tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade,
contiguidade.

Língua Portuguesa 30
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no Há locuções adverbiais que possuem advérbios
sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias correspondentes.
em que esse processo se desenvolve.  Exemplo:
Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente.
O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de
caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são
é modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única
modifica o  adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios
exemplos: é a de grau:
Para quem se diz  distantemente alheio  a esse assunto,
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
você está até bem informado.
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo inconstitucionalissimamente, etc;
alheio, representando uma qualidade, característica. Diminutivo: diminui a intensidade.
Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar -
O artista canta muito mal. devagarinho, 

Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro Questões


advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos
verificar que se tratava de somente uma palavra funcionando 01. Leia os quadrinhos para responder a questão.
como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por
mais de uma palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar
tal função. Temos aí o que chamamos de locução adverbial,
representada por algumas expressões, tais como: às vezes, sem
dúvida, frente a frente, de modo algum, entre outras.

Mediante tais postulados, afirma-se que, dependendo das


circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classificam em
distintas categorias, uma vez expressas por:    
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às
claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado
a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam
em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente,
pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente,
bondosamente, generosamente
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de
muito, por completo.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim,
afinal, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes,
à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos,
em breve, hoje em dia (Leila Lauar Sarmento e Douglas Tufano. Português. Volume
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, Único)
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde,
longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, No primeiro e segundo quadrinhos, estão em destaque dois
alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, advérbios: AÍ e ainda.
à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, Considerando que advérbio é a palavra que modifica
ao lado, em volta um verbo, um outro advérbio ou um adjetivo, expressando
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de a circunstância em que determinado fato ocorre, assinale
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, circunstâncias expressas por eles.
provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe A) Lugar e negação.
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, B) Lugar e tempo.
efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, C) Modo e afirmação.
indubitavelmente D) Tempo e tempo.
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, E) Intensidade e dúvida.
simplesmente, só, unicamente
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também 02. Leia o texto a seguir.
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
de designação: Eis Impunidade é motor de nova onda de agressões
de interrogação: onde?(lugar), como?(modo),
quando?(tempo), por quê?(causa), quanto?(preço e intensidade), Repetidos episódios de violência têm sido noticiados nas
para quê?(finalidade) últimas semanas. Dois que chamam a atenção, pela banalidade
com que foram cometidos, estão gerando ainda uma série de
Locução adverbial  repercussões.
É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio. Em Natal, um garoto de 19 anos quebrou o braço da
Exemplo: estudante de direito R.D., 19, em plena balada, porque ela teria
Carlos saiu às pressas. (indicando modo) recusado um beijo. O suposto agressor já responde a uma ação
Maria saiu à tarde. (indicando tempo)

Língua Portuguesa 31
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
penal, por agressão, movida por sua ex-mulher. A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes
No mesmo final de semana, dois amigos que saíam de uma especulações cosmológicas da atualidade. Se as equações da
boate em São Paulo também foram atacados por dois jovens mecânica quântica indicam que existem universos paralelos,
que estavam na mesma balada, e um dos agredidos teve a perna isso basta para que acreditemos neles? Ou, no rastro de Eugene
fraturada. Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem Wigner, podemos nos perguntar por que a matemática é tão
sucesso, de duas garotas que eram amigas dos rapazes que eficaz para exprimir as leis da física.
saíam da boate. Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não Releia os trechos apresentados a seguir.
passou de um engano e que o rapaz teria fraturado a perna ao - Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras
cair no chão. podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números
Curiosamente, também é possível achar um blog que diz não encontravam muito espaço... (1.º parágrafo)
que R.D., em Natal, foi quem atacou o jovem e que seu braço se - Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
quebrou ao cair no chão. ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental...(3.º
Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos parágrafo)
felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão
ajudar a polícia na investigação. Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e
O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se respectivamente, circunstâncias de
quebrando por aí ao cair no chão, não é mesmo? As agressões A) afirmação e de intensidade.
devem ser rigorosamente apuradas e, se houver culpados, que B) modo e de tempo.
eles sejam julgados e condenados. C) modo e de lugar.
A impunidade é um dos motores da onda de violência que D) lugar e de tempo.
temos visto. O machismo e o preconceito são outros. O perfil E) intensidade e de negação.
impulsivo de alguns jovens (amplificado pela bebida e por
outras substâncias) completa o mecanismo que gera agressões. Respostas
Sem interferir nesses elementos, a situação não vai mudar. 1-B / 2-C / 3-B
Maior rigor da justiça, educação para a convivência com o outro,
aumento da tolerância à própria frustração e melhor controle Preposição
sobre os impulsos (é normal levar um “não”, gente!) são alguns
dos caminhos. Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar
(Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, 24.10.2011. Adaptado) termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente
há uma subordinação do segundo termo em relação ao
Assinale a alternativa cuja expressão em destaque apresenta primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
circunstância adverbial de modo. da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores
A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
uma série de repercussões.
B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em Tipos de Preposição
plena balada…
C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem 1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente
sucesso, de duas amigas… como preposições.
D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre,
de um engano... para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
quebrando por aí… 2. Preposições acidentais: palavras de outras classes
gramaticais que podem atuar como preposições.
03. Leia o texto a seguir. Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão,
visto.
Cultura matemática
Hélio Schwartsman 3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo
como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas.
SÃO PAULO – Saiu mais um estudo mostrando que o ensino Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de
de matemática no Brasil não anda bem. A pergunta é: podemos acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de,
viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por
tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não simpatizavam muito trás de.
com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas
quais os números não encontravam muito espaço, como direito, A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode
jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente. unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em
Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela
universitários, é considerado aceitável que um intelectual se
vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá Vale ressaltar que essa concordância não é característica da
da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou preposição, mas das palavras às quais ela se une.
dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão
recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na Esse processo de junção de uma preposição com outra
manga da camisa. palavra pode se dar a partir de dois processos:
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida 1. Combinação: A preposição não sofre alteração.
prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma preposição a + artigos definidos o, os
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental, mesmo a + o = ao
para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras preposição a + advérbio onde
técnicas. a + onde = aonde
Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as
armadilhas que uma taxa de juros pode esconder? Hoje, é difícil 2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.
até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas sem
assimilar toda a numeralha que idealmente as informa. Preposição + Artigos
Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito De + o(s) = do(s)
para compreender as novas pesquisas que trazem informações De + a(s) = da(s)
relevantes para nossa saúde e bem-estar. De + um = dum

Língua Portuguesa 32
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
De + uns = duns tratamento.
De + uma = duma Instrumento = Escreveu a lápis.
De + umas = dumas Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
Em + o(s) = no(s) Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
Em + a(s) = na(s) Companhia = Estarei com ele amanhã.
Em + um = num Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
Em + uma = numa Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
Em + uns = nuns Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
Em + umas = numas Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
A + à(s) = à(s) Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Por + o = pelo(s) Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
Por + a = pela(s)
Questões
Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s) 01. Leia o texto a seguir.
De + ela(s) = dela(s)
De + este(s) = deste(s) “Xadrez que liberta”: estratégia, concentração e reeducação
De + esta(s) = desta(s)
De + esse(s) = desse(s) João Carlos de Souza Luiz cumpre pena há três anos e dois
De + essa(s) = dessa(s) meses por assalto. Fransley Lapavani Silva está há sete anos
De + aquele(s) = daquele(s) preso por homicídio. Os dois têm 30 anos. Além dos muros,
De + aquela(s) = daquela(s) grades, cadeados e detectores de metal, eles têm outros pontos
De + isto = disto em comum: tabuleiros e peças de xadrez.
De + isso = disso O jogo, que eles aprenderam na cadeia, além de uma válvula
De + aquilo = daquilo de escape para as horas de tédio, tornou-se uma metáfora para o
De + aqui = daqui que pretendem fazer quando estiverem em liberdade.
De + aí = daí “Quando você vai jogar uma partida de xadrez, tem que pensar
De + ali = dali duas, três vezes antes. Se você movimenta uma peça errada,
De + outro = doutro(s) pode perder uma peça de muito valor ou tomar um xeque-mate,
De + outra = doutra(s) instantaneamente. Se eu for para a rua e movimentar a peça
Em + este(s) = neste(s) errada, eu posso perder uma peça muito importante na minha
Em + esta(s) = nesta(s) vida, como eu perdi três anos na cadeia. Mas, na rua, o problema
Em + esse(s) = nesse(s) maior é tomar o xeque-mate”, afirma João Carlos.
Em + aquele(s) = naquele(s) O xadrez faz parte da rotina de cerca de dois mil internos
Em + aquela(s) = naquela(s) em 22 unidades prisionais do Espírito Santo. É o projeto “Xadrez
Em + isto = nisto que liberta”. Duas vezes por semana, os presos podem praticar
Em + isso = nisso a atividade sob a orientação de servidores da Secretaria de
Em + aquilo = naquilo Estado da Justiça (Sejus). Na próxima sexta-feira, será realizado
A + aquele(s) = àquele(s) o primeiro torneio fora dos presídios desde que o projeto foi
A + aquela(s) = àquela(s) implantado. Vinte e oito internos de 14 unidades participam da
A + aquilo = àquilo disputa, inclusive João Carlos e Fransley, que diz que a vitória
não é o mais importante.
Dicas sobre preposição “Só de chegar até aqui já estou muito feliz, porque eu não
esperava. A vitória não é tudo. Eu espero alcançar outras coisas
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal devido ao xadrez, como ser olhado com outros olhos, como
oblíquo e artigo. Como distingui-los? estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido
ao bom comportamento”.
- Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo. Segundo a coordenadora do projeto, Francyany Cândido
Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular Venturin, o “Xadrez que liberta” tem provocado boas mudanças
e feminino. no comportamento dos presos. “Tem surtido um efeito positivo
A dona da casa não quis nos atender. por eles se tornarem uma referência positiva dentro da unidade,
Como posso fazer a Joana concordar comigo? já que cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e
pensam melhor nas suas ações, refletem antes de tomar uma
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois atitude”.
termos e estabelece relação de subordinação entre eles. Embora a Sejus não monitore os egressos que ganham a
Cheguei a sua casa ontem pela manhã. liberdade, para saber se mantêm o hábito do xadrez, João Carlos
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar já faz planos. “Eu incentivo não só os colegas, mas também
um tratamento adequado. minha família. Sou casado e tenho três filhos. Já passei para a
minha família: xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar”.
ou a função de um substantivo. “Medidas de promoção de educação e que possibilitem que o
Temos Maria como parte da família. / A temos como parte egresso saia melhor do que entrou são muito importantes. Nós
da família não temos pena de morte ou prisão perpétua no Brasil. O preso
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / tem data para entrar e data para sair, então ele tem que sair
Creio que a conhecemos melhor que ninguém. sem retornar para o crime”, analisa o presidente do Conselho
Estadual de Direitos Humanos, Bruno Alves de Souza Toledo.
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das (Disponível em: www.inapbrasil.com.br/en/noticias/xadrez-que-
preposições: liberta-estrategia-concentracao-e-reeducacao/6/noticias. Adaptado)
Destino = Irei para casa.
Modo = Chegou em casa aos gritos. No trecho –... xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo
Lugar = Vou ficar em casa; vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar.– o
Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência. termo em destaque expressa relação de
Tempo = A prova vai começar em dois minutos. A) espaço, como em – Nosso diretor foi até Brasília para falar
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral. do projeto “Xadrez que liberta”.
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o B) inclusão, como em – O xadrez mudou até o nosso modo

Língua Portuguesa 33
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
de falar. Classificação - Conjunções Coordenativas- Conjunções
C) finalidade, como em – Precisamos treinar até junho para Subordinativas
termos mais chances de vencer o torneio de xadrez.
D) movimento, como em – Só de chegar até aqui já estou Conjunções coordenativas
muito feliz, porque eu não esperava. Dividem-se em:
E) tempo, como em – Até o ano que vem, pretendo conseguir
a revisão da minha pena. - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma.
Ex. Gosto de cantar e de dançar.
02. Considere o trecho a seguir. Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também,
O metrô paulistano, ________quem a banda recebe apoio, não só...como também.
garante o espaço para ensaios e os equipamentos; e a estabilidade
no emprego, vantagem________ que muitos trabalhadores sonham, - ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição,
é o que leva os integrantes do grupo a permanecerem na de compensação.
instituição. Ex. Estudei, mas não entendi nada.
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo,
As preposições que preenchem o trecho, correta, todavia, no entanto, entretanto.
respectivamente e de acordo com a norma-padrão, são:
A) a ...com - ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
B) de ...com Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
C) de ...a Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...
D) com ...a quer, já...já.
E) para ...de
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações. Ex.
03. Assinale a alternativa cuja preposição em destaque Estudei muito, por isso mereço passar.
expressa ideia de finalidade. Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois
A) Além disso, aumenta a punição administrativa, de R$ (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
957,70 para R$ 1.915,40.
B) ... o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que - EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É
o bafômetro e o exame de sangue eram obrigatórios para melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
comprovar o crime. Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes
C) “... Ele é encaminhado para a delegacia para o perito fazer do verbo), porquanto.
o exame clínico”...
D) Já para o juiz criminal de São Paulo, Fábio Munhoz Conjunções subordinativas
Soares, um dos que devem julgar casos envolvendo pessoas - CAUSAIS
embriagadas ao volante, a mudança “é um avanço”. Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma
E) Para advogados, a lei aumenta o poder da autoridade vez que, como (= porque).
policial de dizer quem está embriagado... Ele não fez o trabalho porque não tem livro.

Respostas - COMPARATIVAS
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como,
1-B / 2-B / 3-B mais...do que, menos...do que.
Ela fala mais que um papagaio.
Conjunção
- CONCESSIVAS
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou Principais conjunções concessivas: embora, ainda que,
dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo: mesmo que, apesar de, se bem que.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”.
amiguinhas.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar
cansada)
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as Apesar de ter chovido fui ao cinema.
amiguinhas
- CONFORMATIVAS
Cada informação está estruturada em torno de um verbo: Principais conjunções conformativas: como, segundo,
segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: conforme, consoante
1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e  mostrou Cada um colhe conforme semeia.
3ª oração: quando viu as amiguinhas. Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a
terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As - CONSECUTIVAS
palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações. Expressam uma ideia de consequência.
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”,
Observe: Gosto de natação e de futebol. “tão”, “tamanho”).
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes Falou tanto que ficou rouco.
ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra “e” está
ligando termos de uma mesma oração. - FINAIS
Expressam ideia de finalidade, objetivo.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações Todos trabalham para que possam sobreviver.
ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque
(=para que),
Morfossintaxe da Conjunção
- PROPORCIONAIS
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto
propriamente uma função sintática: são conectivos. mais, ao passo que, à proporção que.
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.

Língua Portuguesa 34
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
- TEMPORAIS Considerando-se o contexto, é INCORRETO afirmar que o
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo elemento grifado pode ser substituído por:
que. A) Porém.
Quando eu sair, vou passar na locadora. B) Contudo.
C) Todavia.
Importante: D) Entretanto.
E) Conquanto.
Diferença entre orações causais e explicativas
02. Observando as ocorrências da palavra “como” em –
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA) Como fomos programados para ver o mundo como um lugar
e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos ameaçador… – é correto afirmar que se trata de conjunção
com a dúvida de como distinguir uma oração causal de uma (A) comparativa nas duas ocorrências.
explicativa. Veja os exemplos: (B) conformativa nas duas ocorrências.
(C) comparativa na primeira ocorrência.
1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser (D) causal na segunda ocorrência.
atropelado”: (E) causal na primeira ocorrência.
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa ou
uma explicação do fato expresso na oração anterior. 03. Leia o texto a seguir.
b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes
uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que Participação
vêm marcadas por vírgula.
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado. Num belo poema, intitulado “Traduzir-se”, Ferreira Gullar
b) Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração aborda o tema de uma divisão muito presente em cada um de
Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será nós: a que ocorre entre o nosso mundo interior e a nossa atuação
explicativa. junto aos outros, nosso papel na ordem coletiva. A divisão não é
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo) simples: costuma-se ver como antagônicas essas duas “partes”
de nós, nas quais nos dividimos. De fato, em quantos momentos
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade da nossa vida precisamos escolher entre o atendimento de um
porque não havia cemitério no local.” interesse pessoal e o cumprimento de um dever ético? Como poeta
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada e militante político, Ferreira Gullar deixou-se atrair tanto pela
(parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo expressão das paixões mais íntimas quanto pela atuação de um
verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê- convicto socialista. Em seu poema, o diálogo entre as duas partes
la é colocá-la no início do período, introduzida pela é desenvolvido de modo a nos fazer pensar que são incompatíveis.
conjunção como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os mortos Mas no último momento do poema deparamo-nos com esta
em outra cidade. estrofe:
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente “Traduzir uma parte na outra parte − que é uma questão de
dependentes uma da outra. vida ou morte − será arte?”

Questões O poeta levanta a possibilidade da “tradução” de uma parte


na outra, ou seja, da interação de ambas, numa espécie de
01. Leia o texto a seguir. espelhamento. Isso ocorreria quando o indivíduo conciliasse
A música alcançou uma onipresença avassaladora em nosso verdadeiramente a instância pessoal e os interesses de uma
mundo: milhões de horas de sua história estão disponíveis em comunidade; quando deixasse de haver contradição entre a razão
disco; rios de melodia digital correm na internet; aparelhos particular e a coletiva. Pergunta-se o poeta se não seria arte esse
de mp3 com 40 mil canções podem ser colocados no bolso. No tipo de integração. Realmente, com muita frequência a arte se
entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, ou mostra capaz de expressar tanto nossa subjetividade como nossa
até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós. identidade social.
Ela se tornou um meio radicalmente virtual, uma arte sem Nesse sentido, traduzir uma parte na outra parte significaria
rosto. Quando caminhamos pela cidade num dia comum, nossos vencer a parcialidade e chegar a uma autêntica participação,
ouvidos registram música em quase todos os momentos − pedaços de sentido altamente político. O poema de Gullar deixa-nos essa
de hip-hop vazando dos fones de ouvido de adolescentes no metrô, hipótese provocadora, formulada com um ar de convicção.
o sinal do celular de um advogado tocando a “Ode à alegria”, de (Belarmino Tavares, inédito)
Beethoven −, mas quase nada disso será resultado imediato de
um trabalho físico de mãos ou vozes humanas, como se dava no Os seguintes fatos, referidos no texto, travam entre si uma
passado. relação de causa e efeito:
Desde que Edison inventou o cilindro fonográfico, em1877, A) ser poeta e militante político / confronto entre
existe gente que avalia o que a gravação fez em favor e desfavor subjetividade e atuação social
da arte da música. Inevitavelmente, a conversa descambou para B) ser poeta e militante político / divisão permanente em
os extremos retóricos. No campo oposto ao dos que diziam que a cada um de nós
tecnologia acabaria com a música estão os utópicos, que alegam C) ser movido pelas paixões / esposar teses socialistas
que a tecnologia não aprisionou a música, mas libertou-a, levando D) fazer arte / obliterar uma questão de vida ou morte
a arte da elite às massas. Antes de Edison, diziam os utópicos, E) participar ativamente da política / formular hipóteses
as sinfonias de Beethoven só podiam ser ouvidas em salas de com ar de convicção
concerto selecionadas. Agora, as gravações levam a mensagem
de Beethoven aos confins do planeta, convocando a multidão Respostas
saudada na “Ode à alegria”: “Abracem-se, milhões!”. Glenn Gould,
depois de afastar-se das apresentações ao vivo em 1964, previu 1-E / 2-E / 3-A
que dentro de um século o concerto público desapareceria no éter
eletrônico, com grande efeito benéfico sobre a cultura musical. Interjeição
(Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Tradução Pedro Maia
Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2010, p. 76-77) Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,
sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o
No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que,
ou até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós. para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas

Língua Portuguesa 35
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
mais elaboradas. Observe o exemplo: - Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
Droga! Preste atenção quando eu estou falando! - Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
raiva se traduz numa palavra: Droga! - Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa!
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou
simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga! - Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!,
As sentenças da língua costumam se organizar de forma Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui - Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por - Desculpa: Perdão!
outro lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há uma - Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!,
ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - Eh!
locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma - Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!,
sentença. Ora!
Veja os exemplos: - Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!,
Bravo! Bis! Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz!
bravo  e  bis: interjeição / sentença (sugestão): «Foi muito - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!,
bom! Repitam!» Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
ai: interjeição / sentença (sugestão): “Isso está doendo!” ou - Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
“Estou com dor!” Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me,
Deus!
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que - Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as - Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro,
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é,
um estado da alma decorrente de uma situação particular, um
não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes,
momento ou um contexto específico. Exemplos:
nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que
Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
não se trata de um processo natural dessa classe de palavra,
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
O significado das interjeições está vinculado à maneira
como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita Locução Interjetiva
o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de
enunciação. Exemplos: Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma
Psiu! expressão com sentido de interjeição. Por exemplo
contexto:  alguém pronunciando essa expressão na rua; Ora bolas!
significado da interjeição (sugestão):  “Estou te chamando! Ei, Quem me dera!
espere!” Virgem Maria!
Psiu! Meu Deus!
contexto: alguém pronunciando essa expressão em um Ai de mim!
hospital; significado da interjeição (sugestão):  “Por favor, faça Valha-me Deus!
silêncio!” Graças a Deus!
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! Alto lá!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia Muito bem!
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
puxa: interjeição; tom da fala: decepção Observações:

As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: 1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por
a)  Sintetizar uma frase  exclamativa, exprimindo alegria, exemplo:
tristeza, dor, etc. Ué! = Eu não esperava por essa!
Você faz o que no Brasil? Perdão! = Peço-lhe que me desculpe.
Eu? Eu negocio com madeiras.
Ah, deve ser muito interessante. 2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu
b) Sintetizar uma frase apelativa tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais
Cuidado! Saia da minha frente. podem aparecer como interjeições.
As interjeições podem ser formadas por: Viva! Basta! (Verbos)
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. Fora! Francamente! (Advérbios)
b) palavras: Oba!, Olá!, Claro!
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora 3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase”
bolas! porque sozinha pode constituir uma mensagem.
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes Socorro!
da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que Ajudem-me! 
uma interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo: Silêncio!
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade) Fique quieto!
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas,
Classificação das Interjeições
que exprimem ruídos e vozes.
Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof!
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
Atenção!, Olha!, Alerta!
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc.
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fazemos

Língua Portuguesa 36
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
depois do “ó” vocativo. diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc.
Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número:
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!» (Olavo Bilac)  milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.
Oh! a jornada negra!» (Olavo Bilac)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas primeiro segundo milésimo
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no primeira segunda milésima
diminutivo ou no superlativo. primeiros segundos milésimos
Calminha! Adeusinho! Obrigadinho! primeiras segundas milésimas
Interjeições, leitura e produção de textos
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam
Usadas com muita frequência na língua falada informal, em funções substantivas:
quando empregadas na língua escrita, as interjeições costumam Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção.
conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante flexionam-se em gênero e número:
- como a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou Teve de tomar doses triplas do medicamento.
dócil, até mesmo a origem geográfica. É nos textos narrativos - Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número.
particularmente nos diálogos - que comumente se faz uso Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças
das interjeições com o objetivo de caracterizar personagens partes
e, também, graças à sua natureza sintética, agilizar as falas. Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma
Natureza sintética e conteúdo mais emocional do que dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
racional fazem das interjeições presença constante nos textos É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos
publicitários. numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/ É o que ocorre em frases como:
morf89.php “Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
Numeral O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda
divisão de futebol)
Numeral é a palavra que indica os seres em termos
numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa Emprego dos Numerais
em determinada sequência.
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. *Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”] que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a
Eu quero café duplo, e você? partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do
[duplo: numeral = atributo numérico de “café”] substantivo:
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! Ordinais Cardinais
[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
“fila”] D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata
de numerais, mas sim de algarismos. *Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a até nono e o cardinal de dez em diante:
ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par,
ambos(as), novena. *Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um
e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente
Classificação dos Numerais empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez
referência.
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico: Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância
um, dois, cem mil, etc. da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada: comunitárias de seu bairro.
primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática.
dos seres: meio, terço, dois quintos, etc. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
dobro, triplo, quíntuplo, etc. um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
Leitura dos Numerais três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
Separando os números em centenas, de trás para frente, cinco quinto quíntuplo quinto
obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no seis sexto sêxtuplo sexto
início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos sete sétimo sétuplo sétimo
usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”. oito oitavo óctuplo oitavo
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte nove nono nônuplo nono
e seis. dez décimo décuplo décimo
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
Flexão dos numerais treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, quinze décimo quinto - quinze avos
dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em dezesseis décimo sexto - dezesseis avos

Língua Portuguesa 37
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
dezessete décimo sétimo - dezessete avos Frase: é todo enunciado capaz de transmitir, a quem nos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos ouve ou lê, tudo o que pensamos, queremos ou sentimos. Pode
dezenove décimo nono - dezenove avos revestir as mais variadas formas, desde a simples palavra até
vinte vigésimo - vinte avos o período mais complexo, elaborado segundo os padrões
trinta trigésimo - trinta avos sintáticos do idioma. São exemplos de frases:
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos Socorro!
sessenta sexagésimo - sessenta avos Muito obrigado!
setenta septuagésimo - setenta avos Que horror!
oitenta octogésimo - oitenta avos Sentinela, alerta!
noventa nonagésimo - noventa avos Cada um por si e Deus por todos.
cem centésimo cêntuplo centésimo Grande nau, grande tormenta.
duzentos ducentésimo - ducentésimo Por que agridem a natureza?
trezentos trecentésimo - trecentésimo “Tudo seco em redor.” (Graciliano Ramos)
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo “Boa tarde, mãe Margarida!” (Graciliano Ramos)
quinhentos quingentésimo - quingentésimo “Fumaça nas chaminés, o céu tranquilo, limpo o terreiro.”
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo (Adonias Filho)
setecentos septingentésimo - septingentésimo “As luzes da cidade estavam amortecidas.” (Érico Veríssimo)
oitocentos octingentésimo - octingentésimo “Tropas do exército regular do Sul, ajustadas pelos
novecentos nongentésimo seus aliados brancos de além mar, tinham sido levadas em
ou noningentésimo - nongentésimo helicópteros para o lugar onde se presumia estivesse o inimigo,
mil milésimo - milésimo mas este se havia sumido por completo.” (Érico Veríssimo)
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo As frases são proferidas com entoação e pausas especiais,
indicadas na escrita pelos sinais de pontuação. Muitas frases,
Questões principalmente as que se desviam do esquema sujeito +
predicado, só podem ser entendidas dentro do contexto (=
01.Na frase “Nessa carteira só há duas notas de cinco reais” o escrito em que figuram) e na situação (= o ambiente, as
temos exemplos de numerais: circunstâncias) em que o falante se encontra. Chamam-se frases
A) ordinais; nominais as que se apresentam sem o verbo. Exemplo: Tudo
B) cardinais; parado e morto.
C) fracionários;
D) romanos; Quanto ao sentido, as frases podem ser:
E) Nenhuma das alternativas.
Declarativas: aquela através da qual se enuncia algo,
02.Aponte a alternativa em que os numerais estão bem de forma afirmativa ou negativa. Encerram a declaração ou
empregados. enunciação de um juízo acerca de alguém ou de alguma coisa:
A) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro. Paulo parece inteligente. (afirmativa)
B) Após o parágrafo nono virá o parágrafo décimo. Nunca te esquecerei. (negativa)
C) Depois do capítulo sexto, li o capitulo décimo primeiro. Neli não quis montar o cavalo velho, de pêlo ruço. (negativa)
D) Antes do artigo dez vem o artigo nono.
E) O artigo vigésimo segundo foi revogado. Interrogativas: aquela da qual se pergunta algo, direta
(com ponto de interrogação) ou indiretamente (sem ponto de
03. Os ordinais referentes aos números 80, 300, 700 e 90 interrogação). São uma pergunta, uma interrogação:
são, respectivamente Por que chegaste tão tarde?
A) octagésimo, trecentésimo, septingentésirno, Gostaria de saber que horas são.
nongentésimo “Por que faço eu sempre o que não queria” (Fernando Pessoa)
B) octogésimo, trecentésimo, septingentésimo, nonagésimo
C) octingentésimo, tricentésimo, septuagésimo, nonagésimo Imperativas: aquela através da qual expressamos uma
D) octogésimo, tricentésimo, septuagésimo, nongentésimo ordem, pedido ou súplica, de forma afirmativa ou negativa.
Contêm uma ordem, proibição, exortação ou pedido:
Respostas “Cale-se! Respeite este templo.” (afirmativa)
1-B / 2-D / 3-B Não cometa imprudências. (negativa)
“Não me leves para o mar.” (negativa)
6. Teoria geral da frase e sua
análise: orações, períodos e Exclamativas: aquela através da qual externamos uma
admiração. Traduzem admiração, surpresa, arrependimento,
funções sintáticas. etc.:
Como eles são audaciosos!
Não voltaram mais!
Análise Sintática
Optativas: É aquela através da qual se exprime um desejo:
A Análise Sintática examina a estrutura do período, divide Bons ventos o levem!
e classifica as orações que o constituem e reconhece a função Oxalá não sejam vãos tantos sacrifícios!
sintática dos termos de cada oração. “E queira Deus que te não enganes, menino!” (Carlos de Laet)
Daremos uma ideia do que seja frase, oração, período, termo,
função sintática e núcleo de um termo da oração. Imprecativas: Encerram uma imprecação (praga, maldição):
As palavras, tanto na expressão escrita como na oral, são “Esta luz me falte, se eu minto, senhor!” (Camilo Castelo
reunidas e ordenadas em frases. Pela frase é que se alcança Branco)
o objetivo do discurso, ou seja, da atividade linguística: a “Não encontres amor nas mulheres!” (Gonçalves Dias)
comunicação com o ouvinte ou o leitor. “Maldito seja quem arme ciladas no seu caminho!”
Frase, Oração e Período são fatores constituintes de (Domingos Carvalho da Silva)
qualquer texto escrito em prosa, pois o mesmo compõe-se de Como se vê dos exemplos citados, os diversos tipos de frase
uma sequência lógica de ideias, todas organizadas e dispostas podem encerrar uma afirmação ou uma negação. No primeiro
em parágrafos minuciosamente construídos. caso, a frase é afirmativa, no segundo, negativa. O que caracteriza

Língua Portuguesa 38
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
e distingue esses diferentes tipos de frase é a entoação, ora encerra uma frase (ou segmento de frase), várias frases ou um
ascendente ora descendente. período, completando um pensamento e concluindo o enunciado
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns
integralmente captados se atentarmos para o contexto em que casos, através de reticências.
são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes
explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase “Que educação!”, elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são orações,
usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de não podem ser analisadas sintaticamente frases como:
pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do
que aparentemente diz. Socorro!
A entoação é um elemento muito importante da frase falada, Com licença!
pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo Que rapaz impertinente!
de como é dita, uma frase simples como «É ela.» pode indicar Muito riso, pouco siso.
constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc.
A mesma frase pode assumir sentidos diferentes, conforme o Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como
tom com que a proferimos. Observe: partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos
Olavo esteve aqui. ou as unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração
Olavo esteve aqui? desempenha uma função sintática. Geralmente apresentam dois
Olavo esteve aqui?! grupos de palavras: um grupo sobre o qual se declara alguma
Olavo esteve aqui! coisa (o sujeito), e um grupo que apresenta uma declaração (o
predicado), e, excepcionalmente, só o predicado. Exemplo:
Questões
A menina banhou-se na cachoeira.
01. Marque apenas as frases nominais: A menina – sujeito
(A) Que voz estranha! banhou-se na cachoeira – predicado
(B) A lanterna produzia boa claridade. Choveu durante a noite. (a oração toda predicado)
(C) As risadas não eram normais.
(D) Luisinho, não! O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em
número e pessoa. É normalmente o «ser de quem se declara
02. Classifique as frases em declarativa, interrogativa, algo», «o tema do que se vai comunicar».
exclamativa, optativa ou imperativa. O predicado é a parte da oração que contém “a informação
(A) Você está bem? nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito,
(B) Não olhe; não olhe, Luisinho! constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
(C) Que alívio!
(D) Tomara que Luisinho não fique impressionado! Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se declara
(E) Você se machucou? algo, o sujeito, é “O amor”. A declaração referente a “o amor”, ou
(F) A luz jorrou na caverna. seja, o predicado, é «é eterno».
(G) Agora suma, seu monstro!
(H) O túnel ficava cada vez mais escuro. Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é “Os rapazes”,
que identificamos por ser o termo que concorda em número e
03. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga o pessoa com o verbo “jogam”. O predicado é “jogam futebol”.
modelo:
Luisinho ficou pra trás. (declarativa) Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um
Lusinho, fique para trás. (imperativa) substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essência de
  sua significação. Nos exemplos seguintes, as palavras amigo e
(A) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos. revestiu são o núcleo do sujeito e do predicado, respectivamente:
(B) Luisinho procurou os fósforos no bolso. “O amigo retardatário do presidente prepara-se para
(C) Os meninos olharam à sua volta. desembarcar.” (Aníbal Machado)
A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas.
04. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm verbos.
Assinale, pois, as frases verbais: Os termos da oração da língua portuguesa são classificados
(A) Deus te guarde! em três grandes níveis:
(B) As risadas não eram normais. - Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado.
(C) Que ideia absurda!
(D) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos. - Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e
(E) Tão preta como o túnel! Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e Agente
(F) Quem bom! da Passiva).
(G) As ovelhas são mansas e pacientes.
(H) Que espírito irônico e livre! - Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal,
Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.
Respostas
01. “a” e “d” Termos Essenciais da Oração: São dois os termos essenciais
(ou fundamentais) da oração: sujeito e predicado. Exemplos:
02. a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d)
optativa; e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h)
declarativa Sujeito Predicado
Pobreza não é vileza.
03. a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho,
procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta! Os sertanistas capturavam os índios.
Um vento áspero sacudia as árvores.
04. a = guarde / b = eram / d = quebrou / g = são
Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica
Oração uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao
fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico
Oração: é todo enunciado linguístico dotado de sentido, do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico
porém há, necessariamente, a presença do verbo. A oração (o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de uma

Língua Portuguesa 39
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu O sujeito pode ser:
papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância
com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, Simples: quando tem um só núcleo: As rosas têm espinhos;
o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o “Um bando de galinhas-d’angola atravessa a rua em fila indiana.”
núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas: Composto: quando tem mais de um núcleo: “O burro e o
- estabelecer concordância com o núcleo do predicado; cavalo nadavam ao lado da canoa.”
- apresentar-se como elemento determinante em relação ao Expresso: quando está explícito, enunciado: Eu viajarei
predicado; amanhã.
- constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo Oculto (ou elíptico): quando está implícito, isto é, quando
ou, ainda, qualquer palavra substantivada. não está expresso, mas se deduz do contexto: Viajarei amanhã.
(sujeito: eu, que se deduz da desinência do verbo); “Um soldado
Exemplo: saltou para a calçada e aproximou-se.” (o sujeito, soldado, está
expresso na primeira oração e elíptico na segunda: e (ele)
A padaria está fechada hoje. aproximou-se.); Crianças, guardem os brinquedos. (sujeito:
está fechada hoje: predicado nominal vocês)
fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado Agente: se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa: O Nilo
a padaria: sujeito fertiliza o Egito.
padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular Paciente: quando sofre ou recebe os efeitos da ação expressa
pelo verbo passivo: O criminoso é atormentado pelo remorso;
No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante, Muitos sertanistas foram mortos pelos índios; Construíram-se
ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição açudes. (= Açudes foram construídos.)
de determinante do sujeito em relação ao predicado adquire Agente e Paciente: quando o sujeito realiza a ação expressa
sentido com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos
sentença sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado. dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho; Regina
Exemplo: trancou-se no quarto.
Indeterminado: quando não se indica o agente da ação
As formigas invadiram minha casa. verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem atropelou
as formigas: sujeito = termo determinante a senhora? Não se diz, não se sabe quem a atropelou.); Come-se
invadiram minha casa: predicado = termo determinado bem naquele restaurante.
Há formigas na minha casa.
há formigas na minha casa: predicado = termo determinado Observações:
sujeito: inexistente - Não confundir sujeito indeterminado com sujeito oculto.
- Sujeito formado por pronome indefinido não é
O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma indeterminado, mas expresso: Alguém me ensinará o caminho.
nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse Ninguém lhe telefonou.
nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas, o - Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o
sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu, verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente
tu, ele, etc.). Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa, já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com
sua representação pode ser feita através de um substantivo, de admiração; “Bateram palmas no portãozinho da frente.”; “De
um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras, qualquer modo, foi uma judiação matarem a moça.”
cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo. - Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo
Exemplos: ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se. O
Eu acompanho você até o guichê. pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito.
eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa Pode ser omitido junto de infinitivos.
Vocês disseram alguma coisa? Aqui vive-se bem.
vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa Devagar se vai ao longe.
Marcos tem um fã-clube no seu bairro. Quando se é jovem, a memória é mais vivaz.
Marcos: sujeito = substantivo próprio Trata-se de fenômenos que nem a ciência sabe explicar.
Ninguém entra na sala agora.
ninguém: sujeito = pronome substantivo - Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se o
O andar deve ser uma atividade diária. verbo no infinitivo impessoal: Era penoso carregar aqueles
o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração fardos enormes; É triste assistir a estas cenas repulsivas.

Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a
de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa
oração substantiva subjetiva: língua.
Exemplos:
É difícil optar por esse ou aquele doce... É fácil este problema!
É difícil: oração principal Vão-se os anéis, fiquem os dedos.
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva “Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores.”
(José de Alencar)
O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou
por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos: Sem Sujeito: constituem a enunciação pura e absoluta de um
fato, através do predicado; o conteúdo verbal não é atribuído a
O sino era grande. nenhum ser. São construídas com os verbos impessoais, na 3ª
Ela tem uma educação fina. pessoa do singular: Havia ratos no porão; Choveu durante o jogo.
Vossa Excelência agiu com imparcialidade. Observação: São verbos impessoais: Haver (nos sentidos
Isto não me agrada. de existir, acontecer, realizar-se, decorrer), Fazer, passar, ser
e estar, com referência ao tempo e Chover, ventar, nevar, gear,
O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um relampejar, amanhecer, anoitecer e outros que exprimem
substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer fenômenos meteorológicos.
palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas, etc.).
Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma Predicado: assim como o sujeito, o predicado é um
voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar) segmento extraído da estrutura interna das orações ou das
frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Nesse

Língua Portuguesa 40
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
sentido, o predicado é sintaticamente o segmento linguístico “A cidade parecia mais alegre; o povo, mais contente.” (Povina
que estabelece concordância com outro termo essencial Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente)
da oração, o sujeito, sendo este o termo determinante (ou
subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal). Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o verbo
Não se trata, portanto, de definir o predicado como “aquilo forma o predicado.
que se diz do sujeito” como fazem certas gramáticas da língua Há verbos que, por natureza, tem sentido completo,
portuguesa, mas sim estabelecer a importância do fenômeno podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos
da concordância entre esses dois termos essenciais da oração. de predicação completa denominados intransitivos. Exemplo:
Então têm por características básicas: apresentar-se como
elemento determinado em relação ao sujeito; apontar um As flores murcharam.
atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito. Os animais correm.
As folhas caem.
Exemplo:
Outros verbos há, pelo contrário, que para integrarem
Carolina conhece os índios da Amazônia. o predicado necessitam de outros termos: são os verbos de
sujeito: Carolina = termo determinante predicação incompleta, denominados transitivos. Exemplos:
predicado: conhece os índios da Amazônia = termo
determinado João puxou a rede.
“Não invejo os ricos, nem aspiro à riqueza.” (Oto Lara
Nesse exemplo podemos observar que a concordância é Resende)
estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos “Não simpatizava com as pessoas investidas no poder.”
essenciais. No exemplo, entre “Carolina” e “conhece”. Isso se dá (Camilo Castelo Branco)
porque a concordância é centrada nas palavras que são núcleos,
isto é, que são responsáveis pela principal informação naquele Observe que, sem os seus complementos, os verbos puxou,
segmento. No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um invejo, aspiro, etc., não transmitiriam informações completas:
nome, quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da puxou o quê? Não invejo a quem? Não aspiro a quê?
oração, ou um verbo (ou locução verbal). No primeiro caso, Os verbos de predicação completa denominam-se
temos um predicado nominal (seu núcleo significativo é um intransitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os
nome, substantivo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos,
um verbo de ligação) e no segundo um predicado verbal (seu transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos
núcleo é um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou (bitransitivos).
termos acessórios). Quando, num mesmo segmento o nome e o Além dos verbos transitivos e intransitivos, quem encerram
verbo são de igual importância, ambos constituem o núcleo do uma noção definida, um conteúdo significativo, existem os de
predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal (tem ligação, verbos que entram na formação do predicado nominal,
dois núcleos significativos: um verbo e um nome). Exemplos: relacionando o predicativo com o sujeito.
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em:
Minha empregada é desastrada. Intransitivos: são os que não precisam de complemento,
predicado: é desastrada pois têm sentido completo.
núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito “Três contos bastavam, insistiu ele.” (Machado de Assis)
tipo de predicado: nominal “Os guerreiros Tabajaras dormem.” (José de Alencar)
“A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.”
O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo (Marquês de Maricá)
do sujeito, porque atribui ao sujeito uma qualidade ou
característica. Os verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc.) Observações: Os verbos intransitivos podem vir
funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado. acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um
predicativo (qualidade, características): Fui cedo; Passeamos
A empreiteira demoliu nosso antigo prédio. pela cidade; Cheguei atrasado; Entrei em casa aborrecido.
predicado: demoliu nosso antigo prédio As orações formadas com verbos intransitivos não podem
núcleo do predicado: demoliu = nova informação sobre o “transitar” (= passar) para a voz passiva. Verbos intransitivos
sujeito passam, ocasionalmente, a transitivos quando construídos com
tipo de predicado: verbal o objeto direto ou indireto.
- “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nascimento)
Os manifestantes desciam a rua desesperados. - “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís Jardim)
predicado: desciam a rua desesperados - “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves Dias)
núcleos do predicado: desciam = nova informação sobre o - “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo
sujeito; desesperados = atributo do sujeito que já morreu...” (Ciro dos Anjos)
tipo de predicado: verbo-nominal
Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer,
Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar,
responsável também por definir os tipos de elementos que chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc.
aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho basta
para compor o predicado (verbo intransitivo). Em outros casos Transitivos Diretos: são os que pedem um objeto direto, isto
é necessário um complemento que, juntamente com o verbo, é, um complemento sem preposição. Pertencem a esse grupo:
constituem a nova informação sobre o sujeito. De qualquer julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, designar, considerar,
forma, esses complementos do verbo não interferem na tipologia declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos:
do predicado. Comprei um terreno e construí a casa.
Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo, “Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de
quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por Maricá)
estar expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos: “Então, solenemente Maria acendia a lâmpada de sábado.”
(Guedes de Amorim)
“A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes
inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo é Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os
depois de algozes) que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o
“Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da complemento acompanhado de predicativo. Exemplos:
Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe) Consideramos o caso extraordinário.

Língua Portuguesa 41
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Inês trazia as mãos sempre limpas. Os verbos, relativamente à predicação, não têm classificação
O povo chamava-os de anarquistas. fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que apresentam
Julgo Marcelo incapaz disso. na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora a outro. Exemplos:
O homem anda. (intransitivo)
Observações: Os verbos transitivos diretos, em geral, podem O homem anda triste. (de ligação)
ser usados também na voz passiva; Outra característica desses
verbos é a de poderem receber como objeto direto, os pronomes O cego não vê. (intransitivo)
o, a, os, as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as; Os O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto)
verbos transitivos diretos podem ser construídos acidentalmente
com preposição, a qual lhes acrescenta novo matiz semântico: Não dei com a chave do enigma. (transitivo indireto)
arrancar da espada; puxar da faca; pegar de uma ferramenta; Os pais dão conselhos aos filhos. (transitivo direto e indireto)
tomar do lápis; cumprir com o dever; Alguns verbos transitivos
diretos: abençoar, achar, colher, avisar, abraçar, comprar, Predicativo: Há o predicativo do sujeito e o predicativo do
castigar, contrariar, convidar, desculpar, dizer, estimar, elogiar, objeto.
entristecer, encontrar, ferir, imitar, levar, perseguir, prejudicar,
receber, saldar, socorrer, ter, unir, ver, etc. Predicativo do Sujeito: é o termo que exprime um atributo,
um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um
Transitivos Indiretos: são os que reclamam um verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos:
complemento regido de preposição, chamado objeto indireto. A bandeira é o símbolo da Pátria.
Exemplos: A mesa era de mármore.
“Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma
adolescente.” (Ciro dos Anjos) Além desse tipo de predicativo, outro existe que entra na
“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e constituição do predicado verbo-nominal. Exemplos:
neutros.” (Érico Veríssimo) O trem chegou atrasado. (=O trem chegou e estava
“Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.” (José atrasado.)
Américo) O menino abriu a porta ansioso.
“Do que eu mais gostava era do tempo do retiro espiritual.” Todos partiram alegres.
(José Geraldo Vieira)
Observações: O predicativo subjetivo às vezes está
Observações: Entre os verbos transitivos indiretos importa preposicionado; Pode o predicativo preceder o sujeito e até
distinguir os que se constroem com os pronomes objetivos lhe, mesmo ao verbo: São horríveis essas coisas!; Que linda
lhes. Em geral são verbos que exigem a preposição a: agradar-lhe, estava Amélia!; Completamente feliz ninguém é.; Raros são os
agradeço-lhe, apraz-lhe, bate-lhe, desagrada-lhe, desobedecem- verdadeiros líderes.; Quem são esses homens?; Lentos e tristes,
lhe, etc. Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir os retirantes iam passando.; Novo ainda, eu não entendia certas
os que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas coisas.; Onde está a criança que fui?
lhe, lhes, construindo-se com os pronomes retos precedidos de Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto de
preposição: aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele, um verbo transitivo. Exemplos:
depender dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc. O juiz declarou o réu inocente.
Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam O povo elegeu-o deputado.
a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e
pouco mais, usados também como transitivos diretos: João Observações: O predicativo objetivo, como vemos dos
paga (perdoa, obedece) o médico. O médico é pago (perdoado, exemplos acima, às vezes vem regido de preposição. Esta, em
obedecido) por João. Há verbos transitivos indiretos, como certos casos, é facultativa; O predicativo objetivo geralmente
atirar, investir, contentar-se, etc., que admitem mais de uma se refere ao objeto direto. Excepcionalmente, pode referir-se
preposição, sem mudança de sentido. Outros mudam de sentido ao objeto indireto do verbo chamar. Chamavam-lhe poeta;
com a troca da preposição, como nestes exemplos: Trate de sua Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O advogado
vida. (tratar=cuidar). É desagradável tratar com gente grosseira. considerava indiscutíveis os direitos da herdeira.; Julgo
(tratar=lidar). Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., inoportuna essa viagem.; “E até embriagado o vi muitas
variam de significação conforme sejam usados como transitivos vezes.”; “Tinha estendida a seus pés uma planta rústica da
diretos ou indiretos. cidade.”; “Sentia ainda muito abertos os ferimentos que aquele
Transitivos Diretos e Indiretos: são os que se usam com choque com o mundo me causara.”
dois objetos: um direto, outro indireto, concomitantemente.
Exemplos: Termos Integrantes da Oração
No inverno, Dona Cléia dava roupas aos pobres.
A empresa fornece comida aos trabalhadores. Chamam-se termos integrantes da oração os que completam
Oferecemos flores à noiva. a significação transitiva dos verbos e nomes. Integram (inteiram,
Ceda o lugar aos mais velhos. completam) o sentido da oração, sendo por isso indispensável à
compreensão do enunciado. São os seguintes:
De Ligação: Os que ligam ao sujeito uma palavra ou - Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto);
expressão chamada predicativo. Esses verbos, entram na - Complemento Nominal;
formação do predicado nominal. Exemplos: - Agente da Passiva.
A Terra é móvel.
A água está fria. Objeto Direto: é o complemento dos verbos de predicação
O moço anda (=está) triste. incompleta, não regido, normalmente, de preposição. Exemplos:
A Lua parecia um disco. As plantas purificaram o ar.
“Nunca mais ele arpoara um peixe-boi.” (Ferreira Castro)
Observações: Os verbos de ligação não servem apenas de Procurei o livro, mas não o encontrei.
anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais Ninguém me visitou.
se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por
exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto O objeto direto tem as seguintes características:
transitório: Ele é doente. (aspecto permanente); Ele está doente. - Completa a significação dos verbos transitivos diretos;
(aspecto transitório). Muito desses verbos passam à categoria - Normalmente, não vem regido de preposição;
dos intransitivos em frases como: Era =existia) uma vez uma - Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um
princesa.; Eu não estava em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com verbo ativo: Caim matou Abel.
dificuldades.; Parece que vai chover.

Língua Portuguesa 42
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi morto Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a
por Caim. preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativa; A substituição
O objeto direto pode ser constituído: do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono,
- Por um substantivo ou expressão substantivada: O lavrador quando possível, se faz com as formas o(s), a(s) e não lhe,
cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável. lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo (convencê-
- Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos: lo); O objeto direto preposicionado, é obvio, só ocorre com
Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se ao verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três as razões
espelho.; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a ou finalidades do emprego do objeto direto preposicionado:
tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.; a clareza da frase; a harmonia da frase; a ênfase ou a força da
“Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar expressão.
quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.”
- Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na Objeto Direto Pleonástico: Quando queremos dar destaque
loja.; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto de ou ênfase à ideia contida no objeto direto, colocamo-lo no
plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas do início da frase e depois o repetimos ou reforçamos por meio do
livro, ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem percebido nos pronome oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal
meus escritos?” chama-se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos:
O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas da camisa.
Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos, dando- O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem.
se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da mesma “Seus cavalos, ela os montava em pelo.” (Jorge Amado)
esfera semântica:
“Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.” Objeto Indireto: É o complemento verbal regido de
(Vivaldo Coaraci) preposição necessária e sem valor circunstancial. Representa,
“Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere à ação verbal:
Machado) “Nunca desobedeci a meu pai”. O objeto indireto completa a
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Machado significação dos verbos:
de Assis)
Em tais construções é de rigor que o objeto venha - Transitivos Indiretos: Assisti ao jogo; Assistimos à missa e
acompanhado de um adjunto. à festa; Aludiu ao fato; Aspiro a uma vida calma.
- Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou passiva):
Objeto Direto Preposicionado: Há casos em que o objeto Dou graças a Deus; Ceda o lugar aos mais velhos; Dedicou sua
direto, isto é, o complemento de verbos transitivos diretos, vem vida aos doentes e aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a
precedido de preposição, geralmente a preposição a. Isto ocorre verdade ao moço.)
principalmente:
- Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico: O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras
Deste modo, prejudicas a ti e a ela.; “Mas dona Carolina amava categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente
mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta;
hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ricardina lastimava o Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe
seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós”. convém; A proposta pareceu-lhe aceitável.
- Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro
Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a todos; Observações: Há verbos que podem construir-se com dois
deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo desenvolvimento objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a
das suas graças.”; “Agora sabia que podia manobrar com ele, com Deus por nós.; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para
aquele homem a quem na realidade também temia, como todos ti a meu senhor um rico presente; Não confundir o objeto direto
ali”. com o complemento nominal nem com o adjunto adverbial; Em
- Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando frases como “Para mim tudo eram alegrias”, “Para ele nada é
que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo impossível”, os pronomes em destaque podem ser considerados
construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado.; adjuntos adverbiais.
“Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como a
um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro? O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa
- Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza e a ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes objetivos
eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos outros.”; “As indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Exemplos:
companheiras convidavam-se umas às outras.”; “Era o abraço de Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. (=Isto
duas criaturas que só tinham uma à outra”. pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); Peço-
- Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas, vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a preposição é
principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da expressa, como característica do objeto indireto: Recorro a
eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a Deus sobre Deus.; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com pouco.; Ele
todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.; Conto com
estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”. você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti agradou ao
- Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de que mais
direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; Ao gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a conhece.; Os
médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este confrade obstáculos contra os quais luto são muitos.; As pessoas com
conheço desde os seus mais tenros anos”. quem conto são poucas.
- Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro
caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é
ambos...”. representado pelos substantivos (ou expressões substantivas)
- Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes a ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são: a,
pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a com, contra, de, em, para e por.
outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes também aos
outros.; A quantos a vida ilude!. Objeto Indireto Pleonástico: à semelhança do objeto direto,
- Em certas construções enfáticas, como puxar (ou arrancar) o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado, por ênfase.
da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, atirar com os Exemplos: “A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa
livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas de aço fino...”; a mim o destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões,
“Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou incapazes de se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância.”
da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser.”; “Imagina-se
a consternação de Itaguaí, quando soube do caso.”

Língua Portuguesa 43
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Complemento Nominal: é o termo complementar reclamado Observações: Não confundir o adjunto adnominal formado
pela significação transitiva, incompleta, de certos substantivos, por locução adjetiva com complemento nominal. Este representa
adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de preposição. o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a eleição do
Exemplos: A defesa da pátria; Assistência às aulas; “O ódio ao presidente, aviso de perigo, declaração de guerra, empréstimo
mal é amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.”; de dinheiro, plantio de árvores, colheita de trigo, destruidor
“Ah, não fosse ele surdo à minha voz!” de matas, descoberta de petróleo, amor ao próximo, etc. O
adjunto adnominal formado por locução adjetiva representa
Observações: O complemento nominal representa o o agente da ação, ou a origem, pertença, qualidade de alguém
recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um ou de alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo,
nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de declaração do ministro, empréstimo do banco, a casa do
assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor fazendeiro, folhas de árvores, farinha de trigo, beleza das
de músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas matas, cheiro de petróleo, amor de mãe.
no objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de
complementar verbos, complementa nomes (substantivos, Adjunto adverbial: É o termo que exprime uma circunstância
adjetivos) e alguns advérbios em –mente. Os nomes que (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica
requerem complemento nominal correspondem, geralmente, a o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Exemplo: “Meninas
verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o próximo; numa tarde brincavam de roda na praça”. O adjunto adverbial
perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente aos pais, é expresso: Pelos advérbios: Cheguei cedo.; Ande devagar.;
obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à pátria; etc. Maria é mais alta.; Não durma ao volante.; Moramos aqui.;
Ele fala bem, fala corretamente.; Volte bem depressa.; Talvez
Agente da Passiva: é o complemento de um verbo na voz esteja enganado.; Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às
passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo vezes viajava de trem.; Compreendo sem esforço.; Saí com meu
passivo. Vem regido comumente pela preposição por, e menos pai.; Júlio reside em Niterói.; Errei por distração.; Escureceu
frequentemente pela preposição de: Alfredo é estimado pelos de repente.
colegas; A cidade estava cercada pelo exército romano; “Era
conhecida de todo mundo a fama de suas riquezas.” Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes
de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não
O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos ou dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No
pelos pronomes: domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De
As flores são umedecidas pelo orvalho. ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais classificam-se de
A carta foi cuidadosamente corrigida por mim. acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto adverbial
de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, companhia, meio,
O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na voz assunto, negação, etc. É importante saber distinguir adjunto
ativa: adverbial de adjunto adnominal, de objeto indireto e de
A rainha era chamada pela multidão. (voz passiva) complemento nominal: sair do mar (ad.adv.); água do mar (adj.
A multidão aclamava a rainha. (voz ativa) adn.); gosta do mar (obj.indir.); ter medo do mar (compl.nom.).
Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
Aposto: É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
Observações: desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos:
Frase de forma passiva analítica sem complemento agente D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio.
expresso, ao passar para a ativa, terá sujeito indeterminado “Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.”
e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi expulso da cidade. (Carlos Drummond de Andrade)
(Expulsaram-no da cidade.); As florestas são devastadas.
(Devastam as florestas.); Na passiva pronominal não se declara O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome
o agente: Nas ruas assobiavam-se as canções dele pelos substantivo:
pedestres. (errado); Nas ruas eram assobiadas as canções dele Foram os dois, ele e ela.
pelos pedestres. (certo); Assobiavam-se as canções dele nas Só não tenho um retrato: o de minha irmã.
ruas. (certo)
O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases
Termos Acessórios da Oração seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do
sujeito:
Termos acessórios são os que desempenham na oração Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas.
uma função secundária, qual seja a de caracterizar um ser, As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de
determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância. São cores.
três os termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto
adverbial e aposto. Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, na
escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo
Adjunto adnominal: É o termo que caracteriza ou determina pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos:
os substantivos. Exemplo: Meu irmão veste roupas vistosas. Minha irmã Beatriz; o escritor João Ribeiro; o romance Tóia;
(Meu determina o substantivo irmão: é um adjunto adnominal o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio Tiradentes, etc.
– vistosas caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto “Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?”
adnominal). (Graciliano Ramos)
O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos:
água fresca, terras férteis, animal feroz; Pelos artigos: o O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às
mundo, as ruas, um rapaz; Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, vezes, está elíptico. Exemplos:
este lugar, pouco sal, muitas rãs, país cuja história conheço, Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
que rua?; Pelos numerais: dois pés, quinto ano, capítulo sexto; Mensageira da ideia, a palavra é a mais bela expressão da
Pelas locuções ou expressões adjetivas que exprimem qualidade, alma humana.
posse, origem, fim ou outra especificação:
- presente de rei (=régio): qualidade O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos:
- livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de
- água da fonte, filho de fazendeiros: origem tempestade iminente.
- fio de aço, casa de madeira: matéria O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito.
- casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade
Um aposto pode referir-se a outro aposto:

Língua Portuguesa 44
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
“Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do Respostas
velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo) 01. D\02. C\03. D

O aposto pode vir precedido das expressões explicativas isto Período


é, a saber, ou da preposição acidental como:
Período: Toda frase com uma ou mais orações constitui um
Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Paraguai, período, que se encerra com ponto de exclamação, ponto de
não são banhados pelo mar. interrogação ou com reticências.
Este escritor, como romancista, nunca foi superado. O período é simples quando só traz uma oração, chamada
absoluta; o período é composto quando traz mais de uma
O aposto que se refere a objeto indireto, complemento oração. Exemplo: Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração
nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição: absoluta.); Quero que você aprenda. (Período composto.)

O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. Existe uma maneira prática de saber quantas orações há
“Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num
coisas.” (Raquel Jardim) período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as
De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo. locuções verbais nele existentes. Exemplos:
Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
Vocativo: (do latim vocare = chamar) é o termo (nome, título, Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal ou Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
a coisa personificada a que nos dirigimos: oração)
Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locuções
“Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria verbais, duas orações)
de Lourdes Teixeira)
“A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado de Há três tipos de período composto: por coordenação, por
Assis) subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo
“Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela) tempo (também chamada de misto).

Observação: Profere-se o vocativo com entoação exclamativa. Período Composto por Coordenação – Orações
Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo inicial, os Coordenadas
pontos interrogativo e exclamativo indicam um chamado alto e
prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª pessoa do discurso, Considere, por exemplo, este período composto:
que pode ser uma pessoa, um animal, uma coisa real ou entidade Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos
abstrata personificada. Podemos antepor-lhe uma interjeição de de infância.
apelo (ó, olá, eh!): 1ª oração: Passeamos pela praia
2ª oração: brincamos
“Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Herculano) 3ª oração: recordamos os tempos de infância
“Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!” As três orações que compõem esse período têm sentido
(Graciliano Ramos) próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática:
“Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Camilo elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação de
Castelo Branco) sentido, mas, como já dissemos, uma não depende da outra
O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura da sintaticamente.
oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado. As orações independentes de um período são chamadas
de orações coordenadas (OC), e o período formado só de
Questões orações coordenadas é chamado de período composto por
coordenação.
01. O termo em destaque é adjunto adverbial de intensidade As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e
em: sindéticas.
(A) pode aprender e assimilar MUITA coisa
(B) enfrentamos MUITAS novidades - As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando
(C) precisa de um parceiro com MUITO caráter não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
(D) não gostam de mulheres MUITO inteligentes Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
(E) assumimos MUITO conflito e confusão OCA OCA OCA

02. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há “Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são Assis)
respectivamente: “A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.”
(A) sujeito – objeto direto; (Antônio Olavo Pereira)
(B) sujeito – aposto; “O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.”
(C) objeto direto – aposto; (Coelho Neto)
(D) objeto direto – objeto direto;
(E) objeto direto – complemento nominal. - As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm
introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
03. Assinale a alternativa em que o termo destacado é objeto O homem saiu do carro / e entrou na casa.
indireto. OCA OCS
(A) “Quem faz um poema abre uma janela.” (Mário Quintana)
(B) “Toda gente que eu conheço e que fala comigo / Nunca As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
teve um ato ridículo / Nunca sofreu enxovalho (...)” (Fernando acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas
Pessoa) que as introduzem. Pode ser:
(C) “Quando Ismália enlouqueceu / Pôs-se na torre a sonhar
/ Viu uma lua no céu, / Viu uma lua no mar.” (Alphonsus de - Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só...
Guimarães) mas também, não só... mas ainda.
(D) “Mas, quando responderam a Nhô Augusto: ‘– É a Saí da escola / e fui à lanchonete.
jagunçada de seu Joãozinho Bem-Bem, que está descendo para OCA OCS Aditiva
a Bahia.’ – ele, de alegre, não se pôde conter.” (Guimarães Rosa)

Língua Portuguesa 45
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção 02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar
que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de:
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva. (A) causa
(B) explicação
A doença vem a cavalo e volta a pé. (C) conclusão
As pessoas não se mexiam nem falavam. (D) proporção
“Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até (E) comparação
nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.”  
(Machado de Assis) 03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, sublinhada pode indicar uma ideia de:
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. (A) concessão
(B) oposição
Estudei bastante / mas não passei no teste. (C) condição
OCA OCS Adversativa (D) lugar
(E) consequência
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção Respostas
que expressa idéia de oposição à oração anterior, ou seja, por 01.
uma conjunção coordenativa adversativa. Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões surgiram.
Não durma sem cobertor, pois a noite está fria.
A espada vence, mas não convence. Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los.
“É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles)  
02. E\03. C
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto,
por isso, pois, logo. Período Composto por Subordinação

Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão. Observe os termos destacados em cada uma destas orações:
OCA OCS Conclusiva Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
Todos querem sua participação. (objeto direto)
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de
que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração causa)
anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.
Veja, agora, como podemos transformar esses termos em
Vives mentindo; logo, não mereces fé. orações com a mesma função sintática:
Ele é teu pai: respeita-lhe, pois, a vontade. Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada
com função de adjunto adnominal)
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou,ou... ou, Todos querem / que você participe. (oração subordinada
ora... ora, seja... seja, quer... quer. com função de objeto direto)
Não pude sair / porque estava chovendo. (oração
Seja mais educado / ou retire-se da reunião! subordinada com função de adjunto adverbial de causa)
OCA OCS Alternativa
Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto,
conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo
com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a
coordenativa alternativa. subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele
é classificado como período composto por subordinação. As
Venha agora ou perderá a vez. orações subordinadas são classificadas de acordo com a função
“Jacinta não vinha à sala, ou retirava-se logo.” (Machado de que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas.
Assis)
“Em aviação, tudo precisa ser bem feito ou custará preço Orações Subordinadas Adverbiais
muito caro.” (Renato Inácio da Silva)
“A louca ora o acariciava, ora o rasgava freneticamente.” As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aquelas
(Luís Jardim) que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal
(OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, que as introduz:
porque, pois, porquanto.
Vamos andar depressa / que estamos atrasados. - Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração
OCA OCS Explicativa principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que,
Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção visto que.
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação Não fui à escola / porque fiquei doente.
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa OP OSA Causal
explicativa.
O tambor soa porque é oco.
Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã. Como não me atendessem, repreendi-os severamente.
“A mim ninguém engana, que não nasci ontem.” (Érico Como ele estava armado, ninguém ousou reagir.
Veríssimo) “Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de
Sousa)
Questões
- Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a
01. Relacione as orações coordenadas por meio de ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se,
conjunções: contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.
(A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões surgiram. Irei à sua casa / se não chover.
(B) Não durma sem cobertor. A noite está fria. OP OSA Condicional
(C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los.
  

Língua Portuguesa 46
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos Ela é bonita / como a mãe.
ofensores. OP OSA Comparativa
Se o conhecesses, não o condenarias.
“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.”
Andrade) (Marquês de Maricá)
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.
tenha êxito. Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram.
- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. daquele olhar.
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais
que, mesmo que. Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
Ela saiu à noite / embora estivesse doente. claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está
OP OSA Concessiva subentendido o verbo ser (como a mãe é).
Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que - Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona
ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente. proporcionalmente ao que foi enunciado na principal.
Embora não possuísse informações seguras, ainda assim Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto
arriscou uma opinião. mais, quanto menos.
Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo quando Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
ou ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem. OSA Proporcional OP
Por mais que gritasse, não me ouviram.
À medida que se vive, mais se aprende.
- Conformativas: Expressam a conformidade de um fato À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo. O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. diminuindo.
OP OSA Conformativa
Orações Subordinadas Substantivas
O homem age conforme pensa.
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. que, num período, exercem funções sintáticas próprias de
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de informação. substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjunções
integrantes que e se. Elas podem ser:
- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao
que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É
que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que). aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
OP OSA Temporal O grupo quer / que você ajude.
OP OSS Objetiva Direta
Formiga, quando quer se perder, cria asas.
“Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O
esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti) mestre exigia a presença de todos.)
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês Mariana esperou que o marido voltasse.
de Maricá) Ninguém pode dizer: Desta água não beberei.
Enquanto foi rico, todos o procuravam. O fiscal verificou se tudo estava em ordem.
- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É
que, porque (=para que), que. aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração
Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar. principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto indireto)
OP OSA Final Necessito / de que você me ajude.
OP OSS Objetiva Indireta
“O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
(Marquês de Maricá) Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor. viagem.)
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que = Aconselha-o a que trabalhe mais.
para que) Daremos o prêmio a quem o merecer.
“Instara muito comigo não deixasse de frequentar as Lembre-se de que a vida é breve.
recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
para que não deixasse) - Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi Observe: É importante sua colaboração. (sujeito)
enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= É importante / que você colabore.
porque), pois que, visto que. OP OSS Subjetiva
A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
OP OSA Consecutiva A oração subjetiva geralmente vem:
- depois de um verbo de ligação + predicativo, em construções
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos. do tipo é bom, é útil, é certo, é conveniente, etc. Ex.: É certo que
“A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” (José ele voltará amanhã.
J. Veiga) - depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta-
De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais. se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade.
As notícias de casa eram boas, de maneira que pude - depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir,
prolongar minha viagem. ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e seguidos
das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos participem
- Comparativas: Expressam ideia de comparação com da reunião.
referência à oração principal. Conjunções: como, assim como,
tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é
menos ou mais). necessária.)

Língua Portuguesa 47
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Parece que a situação melhorou. Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica
Aconteceu que não o encontrei em casa. o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não
Importa que saibas isso bem. aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar.

- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: Pedra que rola não cria limo.
É aquela que exerce a função de complemento nominal de um Os animais que se alimentam de carne chamam-se
termo da oração principal. Observe: Estou convencido de sua carnívoros.
inocência. (complemento nominal) Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas
Estou convencido / de que ele é inocente. escreveram.
OP OSS Completiva Nominal “Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário
Mariano)
Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão - Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas
dele.) quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se
Estava ansioso por que voltasses. referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem
Sê grato a quem te ensina. restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo.” O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um
(Graciliano Ramos) novo livro.
OP OSA Explicativa OP
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela
que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal, Deus, que é nosso pai, nos salvará.
vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O importante é sua Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.
felicidade. (predicativo) Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.
O importante é / que você seja feliz. Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.
OP OSS Predicativa
Orações Reduzidas
Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.) Observe que as orações subordinadas eram sempre
Minha esperança era que ele desistisse. introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e
Meu maior desejo agora é que me deixem em paz. apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do
Não sou quem você pensa. subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há outras
que se apresentam com o verbo numa das formas nominais
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos:
que exerce a função de aposto de um termo da oração principal.
Observe: Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício - Ao entrar nas escola, encontrei o professor de inglês.
do país. (aposto) (infinitivo)
Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do - Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio)
país. - Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
OP OSS Apositiva (particípio)

Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das
coisa: a sua felicidade) formas nominais são chamadas de reduzidas.
Só lhe peço isto: honre o nosso nome. Para classificar a oração que está sob a forma reduzida,
“Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos
que virias a morrer...” (Osmã Lins) a conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum motivo passamos o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo,
oculto?” (Machado de Assis) conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma classificação
As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois- da oração desenvolvida.
pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à oração
principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho recuperasse a Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês.
saúde, tornou-se realidade. Quando entrei na escola, / encontrei o professor de inglês.
OSA Temporal
Observação: Além das conjunções integrantes que e se, Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal,
as orações substantivas podem ser introduzidas por outros reduzida de infinitivo.
conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
Não sei quando ele chegou. Precisando de ajuda, telefone-me.
Diga-me como resolver esse problema. Se precisar de ajuda, / telefone-me.
OSA Condicional
Orações Subordinadas Adjetivas Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial
condicional, reduzida de gerúndio.
As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem
a função de adjunto adnominal de algum termo da oração Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
principal. Observe como podemos transformar um adjunto Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o
adnominal em oração subordinada adjetiva: vestiário.
Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal) OSA Temporal
Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal,
adjetiva) reduzida de particípio.

As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas Observações:


por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, etc.) e podem - Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de
ser classificadas em: desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas
fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de
- Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa
quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que se cidade.
referem. Exemplo: - O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar. orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal.
OP OSA Restritiva Exemplos:

Língua Portuguesa 48
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Preciso terminar este exercício. (A) subordinada substantiva completiva nominal
Ele está jantando na sala. (B) subordinada substantiva objetiva indireta
Essa casa foi construída por meu pai. (C) subordinada substantiva predicativa
- Uma oração coordenada também pode vir sob a forma (D) subordinada substantiva subjetiva
reduzida. Exemplo: (E) subordinada substantiva objetiva direta  
O homem fechou a porta, saindo depressa de casa.
O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração Respostas
coordenada sindética aditiva) 01. B\02. A\03. D\04. E\05. B
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de
gerúndio. 7. Sintaxe de concordância:
Qual é a diferença entre as orações coordenadas explicativas concordância nominal e verbal
e as orações subordinadas causais, já que ambas podem ser
iniciadas por que e porque? Às vezes não é fácil estabelecer a (casos gerais e particulares).
diferença entre explicativas e causais, mas como o próprio nome
indica, as causais sempre trazem a causa de algo que se revela na
oração principal, que traz o efeito. Concordância Verbal
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre
a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, Ao falarmos sobre a  concordância verbal, estamos nos
imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal. referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo
Essa noção de causa e efeito não existe no período composto por e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes
coordenação. Exemplo: Rosa chorou porque levou uma surra. principais desse processo são representados pelo sujeito, que no
Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal, visto caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha
que a surra foi sem dúvida a causa do choro, que é efeito. a função de subordinado. 
Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-
período agora é composto por coordenação, pois a oração se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número
iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno
na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e efeito: o chegou
fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do
ter chorado. singular, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso
(ele).  Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto. atrasados.
OP OSA Comparativa OSA Condicional Temos aí o que podemos chamar de princípio básico.
Contudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência é
Questões eleger as principais ocorrências voltadas para os casos de sujeito
simples e para os de sujeito composto. Dessa forma, vejamos: 
01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que estava
para ser mãe”, a oração destacada é: Casos referentes a sujeito simples
(A) subordinada substantiva objetiva indireta
(B) subordinada substantiva completiva nominal 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o
(C) subordinada substantiva predicativa núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado. 
(D) coordenada sindética conclusiva
(E) coordenada sindética explicativa 2) Nos casos referentes a sujeito representado por
substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do
02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. singular:  A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na Observação:
realidade.” A oração sublinhada é: - No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal
(A) adverbial conformativa no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o
(B) adjetiva plural: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
(C) adverbial consecutiva Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
(D) adverbial proporcional
(E) adverbial causal 3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas,
representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de,
03.“Esses produtos podem ser encontrados nos uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode concordar
supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com características com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo
adaptadas às dificuldades para mastigar e para engolir dos que a segue: A  maioria  dos alunos  resolveu  ficar.   A maioria
mais velhos, e preparados para se encaixar em seus hábitos de dos alunos resolveram ficar.
consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter sua forma
verbal reduzida adequadamente desenvolvida em 4) No caso de o sujeito ser representado por expressões
(A) para se encaixarem. aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo
(B) para seu encaixotamento. concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de
(C) para que se encaixassem. vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas.
(D) para que se encaixem.
(E) para que se encaixariam. 5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão
“mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de
04. A palavra “se” é conjunção integrante (por introduzir um candidato se inscreveu no concurso de piadas.  
oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das Observação:
orações seguintes? - No caso da referida expressão aparecer repetida ou
(A) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão. associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo,
(B) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um
(C) O aluno fez-se passar por doutor. aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de
(D) Precisa-se de operários. doação de alimentos. 
(E) Não sei se o vinho está bom. Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades
de formatura. 
05. “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.” A
oração sublinhada é:

Língua Portuguesa 49
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este
que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um dos poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer
que atuaram na Copa América. no plural: Compareceram  ao evento  o pai e seus dois filhos.
Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
7) Em casos relativos à concordância com locuções
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular:
atermos a duas questões básicas: Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, mundo.
o verbo poderá com ele concordar, como poderá também
concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas
/ Alguns de nós o receberão. ou ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso permanecer no singular ou ir para o plural: Minha vitória,
no singular, o verbo permanecerá, também, no singular:  Algum minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço.
de nós o receberá.   / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de
meu esforço.
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome
“quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular Questões
ou poderá concordar com o antecedente desse pronome:   
Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / Fomos 01. A concordância realizou-se adequadamente em qual
nós quem contamos toda a verdade para ela. alternativa?
(A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior potência
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra econômica do planeta, mas há quem aposte que a China, em
“que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa breve, o ultrapassará.
palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. / (B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos
Em casa sou eu que decido tudo.    que chegarão atrasados, tenho certeza disso.
(C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode
10) No caso de o sujeito aparecer representado por comê-las sem receio!
expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o (D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na
numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem:    janela do hotel!
50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50%
do eleitorado apoiou a decisão. 02. “Se os cachorros correm livremente, por que eu não
Observações: posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos
porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos
a decisão da diretoria 50% dos funcionários.      de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular: de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos
1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.   sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os cotidianas com os outros.
50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.  Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato
de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna.
pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um
pessoa do singular ou do plural:  Vossas Majestades gostaram das universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela
homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite.   vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao
vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo alguma coisa que também quer se expressar.
próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos Os cachorros são uma constante fonte de diversão para
que os determinam: nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais.
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima
este permanece no singular, contanto que o predicativo também do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os
esteja no singular:  Memórias póstumas de Brás Cubas é uma cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma
criação de Machado de Assis.    coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que
permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência as sentem.
mundial. (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis,
aparece, o verbo permanece no singular:  Estados Unidos é uma 2005. p 250)
potência mundial. 
A frase em que se respeitam as normas de concordância
Casos referentes a sujeito composto verbal é:

1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas (A) Deve haver muitas razões pelas quais os cachorros nos
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando atraem.
relacionado a dois pressupostos básicos: (B) Várias razões haveriam pelas quais os cachorros nos
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as atraem.
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. (C) Caberiam notar as muitas razões pelas quais os cachorros
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá nos atraem.
flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. (D) Há de ser diversas as razões pelas quais os cachorros nos
Tu e ele são primos. atraem.
(E) Existe mesmo muitas razões pelas quais os cachorros
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto nos atraem.
ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois
filhos compareceram ao evento.  

Língua Portuguesa 50
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
03. Uma pergunta 05. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a
concordância verbal está correta em:
Frequentemente cabe aos detentores de cargos de (A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois
responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves acabou os créditos.
consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para (B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis
amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador que executa diversos serviços para os clientes.
e político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a (C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis para
decisão: - Quem sofrerá? os passageiros que chegavam à cidade.
Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a se (D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas
considerar. lembranças que seu tio lhe deixou.
(Salvador Nicola, inédito) (E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de táxi
para bater um papo com o motorista.
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no
singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: Respostas
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de 01. C\02. A\03. C\04. E\05. C
corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
(B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o Concordância Nominal
peso de suas mais graves decisões.
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos
tomar decisões sem medir suas consequências. demais termos da oração para que concordem em gênero e
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o
sobrevir consequências imprevistas e injustas. artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor
humana. Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome
concordam em gênero e número com o substantivo.
04. Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a - A pequena criança é uma gracinha.
constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua
fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra
(animal) é um fenômeno não tão comum no Universo. geral mostrada acima.
Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo
persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida a) Um adjetivo após vários substantivos
microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até 1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural
em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na ou concorda com o substantivo mais próximo.
Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
o que, se não permite estimar o número de civilizações - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
extra terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas
expectativas. 2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o
Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos - Ela tem pai e mãe louros.
complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? - Ela tem pai e mãe loura.
Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais
matemático do que biológico: complexidade engendra 3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente
complexidade, levando a uma corrida armamentista entre para o plural.
espécies cujo subproduto é a inteligência. - O homem e o menino estavam perdidos.
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e
coincidências que alguns animais transformaram a capacidade b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se 1 - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais
rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o próximo.
processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as Comi delicioso almoço e sobremesa.
chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. Provei deliciosa fruta e suco.
(Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
28/10/2012) concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
Estavam feridos o pai e os filhos.
A frase em que as regras de concordância estão plenamente Estava ferido o pai e os filhos.
respeitadas é:
(A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, c) Um substantivo e mais de um adjetivo
as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos 1- antecede todos os adjetivos com um artigo.
ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
(B) Cada um dos organismos simples que vivem na natureza 2- coloca o substantivo no plural.
sobrevivem de forma quase automática, sem se valerem de Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
criatividade e planejamento.
(C) Desde que observe cuidados básicos, como obter energia d) Pronomes de tratamento
por meio de alimentos, os organismos simples podem preservar 1 - sempre concordam com a 3ª pessoa.
a vida ao longo do tempo com relativa facilidade. Vossa Santidade esteve no Brasil.
(D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio de
dificuldades para obter a energia necessária a sua sobrevivência e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças. 1 - Concordam com o substantivo a que se referem.
(E) A maioria dos organismos mais complexos possui um As cartas estão anexas.
sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a A bebida está inclusa.
mudanças ambientais, como alterações na temperatura. Precisamos de nomes próprios.
Obrigado, disse o rapaz.

Língua Portuguesa 51
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) não pode prosperar.
1 - Após essas expressões o substantivo fica sempre no (E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D.
singular e o adjetivo no plural. João VI ter também elevado sua colônia americana à condição de
Renato advogou um e outro caso fáceis. Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil obter
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe. certa autonomia econômica.

g) É bom, é necessário, é proibido 02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de
1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier gênero, número ou pessoa):
precedido de artigo ou outro determinante. (A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a
Canja é bom. / A canja é boa. diferença.”
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. (B) Todos sabemos que a solução não é fácil.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada (C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às
é proibida. cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã.
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de
h) Muito, pouco, caro longe...
1- Como adjetivos: seguem a regra geral. (E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais
Comi muitas frutas durante a viagem. compreensivo.
Pouco arroz é suficiente para mim.
Os sapatos estavam caros. 03. A concordância nominal está INCORRETA em:
(A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o
2- Como advérbios: são invariáveis. envolvimento da empresa.
Comi muito durante a viagem. (B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. desnecessária.
Comprei caro os sapatos. (C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da empresa
e a campanha.
i) Mesmo, bastante (D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
1- Como advérbios: invariáveis desnecessárias.
Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. 04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos
parênteses.
2- Como pronomes: seguem a regra geral. (A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/
Seus argumentos foram bastantes para me convencer. necessária)
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. (B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas)
(C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/
j) Menos, alerta bastantes)
1- Em todas as ocasiões são invariáveis. (D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios)
Preciso de menos comida para perder peso. (E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino.
Estamos alerta para com suas chamadas. (meio/ meia)

k) Tal Qual 05. Quanto à concordância nominal, verifica-se ERRO em:


1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o (A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos.
consequente. (B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre o
As garotas são vaidosas tais qual a tia. assunto.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. (C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e
criança viciadas.
l) Possível (D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de
1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” parentes.
ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. Respostas
A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. 01. D\02. D\03. B
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da
cidade. 04. a) necessária b) alerta c) bastantes d) vazia e) meio

m) Meio 05. C
1- Como advérbio: invariável.
Estou meio (um pouco) insegura.
2- Como numeral: segue a regra geral. 8. Crase.
Comi meia (metade) laranja pela manhã.

n) Só Crase
1- apenas, somente (advérbio): invariável.
Só consegui comprar uma passagem. A palavra crase é de origem grega e significa «fusão»,
2- sozinho (adjetivo): variável. «mistura». Na língua portuguesa, é o nome que se dá à «junção»
Estiveram sós durante horas. de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da
preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos
Questões pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a
qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para
01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da
nominal: compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também,
(A) Será descontada em folha sua contribuição sindical. para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos
(B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam e nomes que exigem a preposição “a”. Aprender a usar a
encontros semanais com os diversos interessados no assunto. crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência
(C) Alguma solução é necessária, e logo! simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. 
(D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a
ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido

Língua Portuguesa 52
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Observe: 4-) em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de
Vou a + a igreja. que participam palavras femininas. Por exemplo:
Vou à igreja.
à tarde às ocultas às pressas à medida que
No exemplo acima, temos a ocorrência da à noite às claras às escondidas à força
preposição “a”, exigida pelo verbo  ir (ir a algum lugar) e a
ocorrência do artigo “a” que está determinando o substantivo à vontade à beça à larga à escuta
feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e às avessas à revelia à exceção de à imitação de
elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe
os outros exemplos: à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna. à proporção
à luz à sombra de à frente de
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer que
algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode à
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto semelhança às ordens à beira de
(referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição  “a”. de
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja
feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já Crase diante de Nomes de Lugar
especificados.
Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre: Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
1-) diante de substantivos masculinos: diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a
Andamos a cavalo. preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
Fomos a pé. a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo
regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”. A
2-) diante de  verbos no infinitivo: ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de
A criança começou a falar. lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase.
Ela não tem nada a dizer. Por exemplo:
Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a]
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos França.)
exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase. Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
3-) diante da maioria dos pronomes e das expressões de Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto
tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona: Alegre.) 
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários. - Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem. volto DE, crase PRA QUÊ?”
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes Vou à praia. = Volto da praia.
podem ser identificados pelo método: troque a palavra feminina
por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, - ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado,
ocorrerá crase. Por exemplo: ocorrerá crase. Veja:
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. =
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.) mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.) Irei à Salvador de Jorge Amado.
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio
Cláudio para sair mais cedo.) Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s),
Aquela (s), Aquilo
4-) diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo
Daqui a uma semana começa o campeonato. regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:

Casos em que a crase SEMPRE ocorre: Refiro-me a + aquele atentado.


Preposição Pronome
1-) diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. Refiro-me àquele atentado.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo
Sou grata à população. indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
Fumar é prejudicial à saúde. portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo:
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
Aluguei aquela casa.
2-) diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de”
(mesmo que a expressão moda de fique subentendida): O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.  preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. Veja outros exemplos:
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho. Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
3-) na indicação de horas: Não obedecerei àquele sujeito.
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas. Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais
Foram dormir à meia-noite. A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as
quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes

Língua Portuguesa 53
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
exigir a preposição  «a»,  haverá crase. É possível detectar a Observação: é facultativo o uso da crase diante de
ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição do pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do
termo regido feminino por um termo regido masculino.  artigo. Observe:
Por exemplo: Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. esperando por você.
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está
esperando por você.
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.
Veja outros exemplos: Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. frases abaixo das seguintes formas:
Várias alunas  às quais  ele fez perguntas não souberam
responder nenhuma das questões. Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
A sessão à qual assisti estava vazia. Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.

Crase com o Pronome Demonstrativo “a” 3-) depois da preposição até:


Fui até a praia. ou Fui até à praia.
A ocorrência da crase com o pronome Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta.
demonstrativo “a” também pode ser detectada através da A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou
substituição do termo regente feminino por um termo regido A palestra vai até às cinco horas da tarde.
masculino. 
Veja: Questões
Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país. 01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-
As orações são semelhantes às de antes. se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas
Os exemplos são semelhantes aos de antes. consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades
Suas perguntas são superiores às dele. e estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo
Seus argumentos são superiores aos dele. questões de saúde pública como programas de esclarecimento
Sua blusa é idêntica à de minha colega. e prevenção, de tratamento para dependentes e de reintegração
Seu casaco é idêntico ao de minha colega. desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico
ou clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa
A Palavra Distância própria família?

Se a palavra  distância  estiver especificada, determinada, a (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo,
crase deve ocorrer. 17.09.2012. Adaptado)
Por exemplo:
Sua casa fica  à  distância de 100 Km daqui. (A palavra está As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
determinada) respectivamente, com:
Todos devem ficar  à  distância de 50 metros do palco. (A (A) aos … à … a … a
palavra está especificada.) (B) aos … a … à … a
(C) a … a … à … à
Se a palavra  distância  não estiver especificada, a (D) à … à … à … à
crase não pode ocorrer.  (E) a … a … a … a
Por exemplo:
Os militares ficaram a distância. 02. Leia o texto a seguir.
Gostava de fotografar a distância. Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu
Ensinou a distância. ______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do
Dizem que aquele médico cura a distância. procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-
Reconheci o menino a distância. lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o
que fez.
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, (Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de
pode-se usar a crase. Janeiro: Globo, 1997, p. 6)
Veja:
Gostava de fotografar à distância. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
Ensinou à distância. ordem dada:
Dizem que aquele médico cura à distância. A) à – a – a
B) a – a – à
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA C) à – a – à
D) à – à – a
1-) diante de nomes próprios femininos: E) a – à – à
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes
próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe: 03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga. a) à - àqueles - a - há 
b) a - àqueles - a - há 
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo c) a - aqueles - à - a 
feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos d) à - àqueles - a - a 
escrever as frases abaixo das seguintes formas: e) a - aqueles - à - há

Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a 04. Leia o texto a seguir.


Roberto.
Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Comunicação
Roberto.
O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um autor
2-) diante de pronome possessivo feminino: ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma queda de

Língua Portuguesa 54
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
popularidade em termos de venda. Ou, quando teatrólogo, em 2. ênclise: pronome depois do verbo
termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw. E, entre nós, o 3. mesóclise: pronome no meio do verbo
suave fantasma de Cecília Meireles recém está se materializando,
tantos anos depois. Próclise
Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para
a solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e - Palavras com sentido negativo:
efervescente. Nada me faz querer sair dessa cama.
Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se. Sua Não se trata de nenhuma novidade.
comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por afinidades.
É como, na vida, se faz um amigo. - Advérbios:
E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada Nesta casa se fala alemão.
formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho − para que Naquele dia me falaram que a professora não veio.
sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente
reproduzidos uns dos outros. - Pronomes relativos:
Mas acontece que há também autores xerox, que nos invadem A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
com aqueles seus best-sellers... Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
Será tudo isto uma causa ou um efeito?
Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já foi - Pronomes indefinidos:
civilizado. Quem me disse isso?
Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
(Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1.
ed., 2005. p. 654) - Pronomes demonstrativos:
Isso me deixa muito feliz!
Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
festiva e efervescente.
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se o - Preposição seguida de gerúndio:
segmento grifado for substituído por: Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
A) leitura apressada e sem profundidade. indicado à pesquisa escolar.
B) cada um de nós neste formigueiro.
C) exemplo de obras publicadas recentemente. - Conjunção subordinativa:
D) uma comunicação festiva e virtual. Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
E) respeito de autores reconhecidos pelo público.
Ênclise
05. O Instituto Nacional de Administração Prisional
(INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não
ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará- aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A
lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em ênclise vai acontecer quando:
liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e uma
vida digna. - O verbo estiver no imperativo afirmativo:
(Disponível em: Amem-se uns aos outros.
www.metropolitana.com.br/blog/qual_e_a_importancia_da_ Sigam-me e não terão derrotas.
ressocializacao_de_presos. Acesso em: 18.08.2012. Adaptado)
- O verbo iniciar a oração:
Assinale a alternativa que preenche, correta e Diga-lhe que está tudo bem.
respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma- Chamaram-me para ser sócio.
padrão da língua portuguesa.
A) à … à … à - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição
B) a … a … à “a”:
C) a … à … à Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
D) à … à ... a Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
E) a … à … a
- O verbo estiver no gerúndio:
Respostas Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de
1-B / 2-A / 3-B / 4-A / 5-D despreocupada.
Despediu-se, beijando-me a face.
9. Colocação de pronomes:
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
próclise, mesóclise e ênclise. Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no
mesmo instante.
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
Colocação dos Pronomes Oblíquos Mesóclise
Átonos
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a futuro do presente ou no futuro do pretérito:
colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se
oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se realizará)
referem. Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
proposta a você)
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, Fontes:
lhes, nos e vos. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal.
oração em relação ao verbo: htm

1. próclise: pronome antes do verbo

Língua Portuguesa 55
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Questões - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.

01. Considerada a norma culta escrita, há correta substituição - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
de estrutura nominal por pronome em:
(A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço- 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
lhes antecipadamente.
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do Ponto e Vírgula ( ; )
verbo fabricar se extraiu-lhe. 1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
(C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. importância.
(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de -  “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
conhecê-las. a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)

02. Caso fosse necessário substituir o termo destacado em 2- Separa partes de frases que já estão separadas por
“Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo vírgulas.
com a norma-padrão, a nova redação deveria ser - Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio
(A) Basta apresenta-lo. e cobertor.
(B) Basta apresentar-lhe.
(C) Basta apresenta-lhe. 3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos,
(D) Basta apresentá-la. decreto de lei, etc.
(E) Basta apresentá-lo. - Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola;
03. Em qual período, o pronome átono que substitui o - Caminhada na praia;
sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a - Reunião com amigos.
norma-padrão?
(A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – Dois pontos
conhecia-o 1- Antes de uma citação
(B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
– tinha encontrado-o.
(C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no 2- Antes de um aposto
Museu – relatá-las-ão. - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde
(D) Quem explicou às crianças as histórias de seus e calor à noite.
antepassados? – explicou-lhes.
(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de 3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
um museu virtual – Lhes vinham perguntando. - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a
rotina de sempre.
04. De acordo com a norma-padrão e as questões gramaticais
que envolvem o trecho “Frustrei-me por não ver o Escola”, é 4- Em frases de estilo direto
correto afirmar que  Maria perguntou:
(A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que - Por que você não toma uma decisão?
acompanha.
(B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para antes Ponto de Exclamação
do verbo que acompanha. 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto,
(C) a ênclise em “Frustrei-me” é facultativa. súplica, etc.
(D) a inclusão do advérbio Não, no inı́cio da oração “Frustrei- - Sim! Claro que eu quero me casar com você!
me”, tornaria a próclise obrigatória.
(E) a ênclise em “Frustrei-me” é obrigatória. 2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto!
05. A substituição do elemento grifado pelo pronome - João! Há quanto tempo!
correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu Ponto de Interrogação
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
(D) que desviava a água = que lhe desviava Reticências
(E) supriam a necessidade = supriam-na 1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos...
Respostas
01. D/02. E/03. C/04. D/05. D 2- Indica interrupção violenta da frase.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
10. Pontuação: emprego dos
sinais de pontuação. 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Este mal... pega doutor?

4- Indica que o sentido vai além do que foi dito


Pontuação - Deixa, depois, o coração falar...
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem Vírgula
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar Não se usa vírgula
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais *separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se
funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua
portuguesa. diretamente entre si:

Ponto a) entre sujeito e predicado.


1- Indica o término do discurso ou de parte dele. Todos os alunos da sala    foram advertidos. 
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que Sujeito                            predicado
se encontra.

Língua Portuguesa 56
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
b) entre o verbo e seus objetos. “Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem
O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores.  ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho
             V.T.D.I.              O.D.                      O.I. oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
adnominal. C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
despertou reações entre os empresários. E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
adj. adnominal nome adj. adn. complemento nominal
03. Os sinais de pontuação estão empregados corretamente
Usa-se a vírgula: em:
A) Duas explicações, do treinamento para consultores
- Para marcar intercalação: iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a construção
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de
vem caindo de preço. vendas associadas aos dois temas.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão B) Duas explicações do treinamento para consultores
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos. iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das metas de
não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir vendas associadas aos dois temas.
mão dos lucros altos. C) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
- Para marcar inversão: de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas de
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): vendas associadas aos dois temas.
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas. D) Duas explicações do treinamento para consultores
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma. de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar das metas de
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio vendas associadas aos dois temas.
de 1982. E) Duas explicações, do treinamento para consultores
iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas, de
em enumeração): vendas associadas aos dois temas.
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. 04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da
revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à
- Para marcar elipse (omissão) do verbo: regência nominal e à pontuação.
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
- Para isolar: notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
outros.
- o aposto: (B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais
trânsito caótico. notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em
outros.
- o vocativo: (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente
Ora, Thiago, não diga bobagem. seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em
Questões outros.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente
01. Assinale a alternativa em que a pontuação está seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em
língua portuguesa. outros.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
ajudar a revelar quem era a sua dona. outros.
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou 05. Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse após o acréscimo das vírgulas.
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ou acione o código na internet.
ajudar a revelar quem era a sua dona. (B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora código foi acionado.
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados,
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a
ajudar a revelar quem era a sua dona. criança foi encontrada.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou às, areias do Guarujá.
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse (E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone
ajudar a revelar quem era a sua dona. de quem a encontrou e informar um ponto de referência

02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a Resposta


ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas 1-C 2-C 3-B 4-D 5-E
da frase abaixo:

Língua Portuguesa 57
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Anotações

Língua Portuguesa 58
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO
MUNICIPAL

Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

complexidade de suas atribuições, guardando correlação com


a finalidade do órgão ou entidade.
V - QUADRO é o conjunto de carreiras que indica a
quantidade e qualidade da força de trabalho necessária ao
desempenho das atividades normais e específicas da
administração direta, autárquica e fundacional do Município.

Art. 4º Do conteúdo das classes constará a descrição das


atribuições de acordo com o grau de complexidade e
Estatuto dos Servidores responsabilidade necessários para o desempenho, inclusive
Públicos da administração das funções de direção, chefia e assessoramento.
direta do Município de Juiz de
Art. 5º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo
Fora, de suas autarquias e os casos previstos em lei.
fundações públicas (Lei Art. 6º As diretrizes do sistema de carreiras, promoção e
Municipal n. 8.710/1995) seguridade social do serviço público municipal serão fixadas
em legislação específica.

TÍTULO II
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, SUBSTITUIÇÃO E
Estatuto dos Servidores Públicos da administração
MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL
direta do Município de Juiz de Fora, de suas autarquias e
Capítulo I
fundações públicas (Lei Municipal n. 8.710/1995) 1
DO PROVIMENTO
SEÇÃO I
LEI Nº 8710, DE 31 DE JULHO DE 1995
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 7º São requisitos básicos para investidura em cargo
DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA,
público municipal:
DE SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS.
I - nacionalidade brasileira ou equiparada;
II - idade mínima de 18 (dezoito) anos;
Capítulo I
III - quitação com as obrigações militares e eleitorais;
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
IV - nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
Capítulo I
V - gozar de aptidão física e mental compatíveis com o
DOS OBJETIVOS
exercício do cargo; constatadas por exame feito por médico ou
junta médica indicada pela Prefeitura;
Art. 1º Esta Lei institui o estatuto dos servidores públicos
VI - atender às demais exigências legais e regulamentares
da administração direta do Município de Juiz de Fora, de suas
para provimento, específicas em razão das atribuições do
autarquias e fundações públicas.
cargo.
Art. 2º Constitui objetivo fundamental desta lei assegurar
Art. 8º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado
aos servidores da administração direta, autárquica e
o direito de se inscreverem em concurso público para
fundacional do Município de Juiz de Fora, identidade de
provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com
critérios de recrutamento, de provimento, de
a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão
desenvolvimento na carreira, de retribuição, de auferimento
reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no
de vantagens e direitos, de submissão a deveres e atribuição
concurso, observado o disposto em regulamento.
de responsabilidades.
Art. 9º O provimento de cargos públicos far-se-á mediante
Capítulo II
ato de autoridade competente de cada Poder.
DOS CONCEITOS
Art. 10 - A investidura em cargo público ocorrerá com a
Art. 3º Para os efeitos desta Lei:
posse.
I - SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL é o ocupante de cargo
constante do Quadro Permanente da Prefeitura de Juiz de
Art. 11 - São formas de provimento de cargo público:
Fora, das autarquias ou das fundações integrantes da
I - nomeação;
administração municipal ou de emprego público, em razão do
II - promoção;
disposto no art. 244 desta lei.
III - readaptação;
II - CARGO é o conjunto de atribuições e responsabilidades
IV - reversão;
cometidas a um servidor, sob o regime jurídico definido nesta
V - aproveitamento;
lei.
VI - reintegração;
Parágrafo Único. Os cargos públicos municipais são criados
VII - recondução;
por lei, com denominação própria, número determinado e
vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em
SEÇÃO II
caráter efetivo ou em comissão.
DA NOMEAÇÃO
III - CLASSE é o agrupamento de cargos de idêntica
natureza, denominação e qualificação.
Art. 12 - A nomeação far-se-á:
IV - CARREIRA é o agrupamento de classes de cargos,
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de
dispostos de acordo com a natureza profissional e
provimento efetivo ou de carreira;

1Disponível em:
https://jflegis.pjf.mg.gov.br/c_norma.php?chave=0000022527. Com
atualizações até o Decreto 13.114 de novembro de 2017.

Noções de Legislação Municipal 1


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

II - em comissão, para cargos de confiança, de livre § 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para
provimento e exoneração. onde for designado o servidor compete dar-lhe exercício.
Parágrafo Único. Os cargos em comissão serão exercidos,
preferentemente, por servidores ocupantes de cargos de Art. 18 - O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do
carreira técnica ou profissional nos casos e condições exercício serão registrados no assentamento individual do
previstos em lei. servidor.
Parágrafo Único. Ao entrar em exercício, o servidor
Art. 13 - A nomeação para cargo de carreira ou cargo apresentará ao órgão competente os elementos necessários ao
isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação seu assentamento individual.
em concurso público de provas ou de provas e títulos,
obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. Art. 19 - O ocupante de cargo de provimento efetivo fica
Parágrafo Único. Os demais requisitos para o ingresso e o sujeito a jornada de trabalho estabelecida em regulamento,
desenvolvimento do servidor na carreira, mediante observado o limite máximo de 44 (quarenta e quatro) horas
progressão e acesso, serão estabelecidos pela lei que fixar as semanais.
diretrizes do sistema de carreira na administração pública Parágrafo Único. A jornada de trabalho dos servidores
municipal e seus regulamentos. públicos municipais será fixada em função dos seguintes
fatores:
SEÇÃO III I - permanência, para que haja a continuidade necessária
DO CONCURSO PÚBLICO na prestação do serviço;
II - generalidade, para que o serviço esteja à disposição de
Art. 14 - O concurso será de provas ou de provas e títulos, todos os cidadãos;
podendo ser realizado em mais de uma etapa, conforme III - eficiência, para que o serviço apresente condições
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de técnicas satisfatórias e modernas.
carreira.
§ 1º O candidato ao concurso público poderá ser Art. 20 - A pedido do servidor com mais de 2 (dois) anos de
submetido a exame psicotécnico que será eliminatório ou efetivo exercício, poderá ser autorizada a redução da carga
classificatório, conforme dispuser o edital. horária de trabalho, com redução proporcional da
§ 2º O exame psicotécnico será realizado por instituição remuneração, desde que o servidor comprove a existência de
especializada, com experiência comprovada na área. relevante interesse pessoal e a chefia imediata ateste que a
redução da carga horária não influirá de modo negativo na
Art. 15 - O concurso público terá validade de 2 (dois) anos, produtividade do setor.
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua
realização serão fixados em edital, que será publicado no
Órgão Oficial do Município e em jornal diário de grande SEÇÃO V
circulação. DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver
candidato aprovado em concurso anterior com prazo de Art. 21. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para
validade não expirado. cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório
por período de 03 (três) anos, durante o qual, trimestralmente,
SEÇÃO IV a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o
DA POSSE E DO EXERCÍCIO desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:
(Alterado pela LC 045/2016)
Art. 16 - A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo I - assiduidade;
termo, no qual o nomeado deverá declarar estar ciente das II - disciplina;
atribuições, dos deveres, das responsabilidades e dos direitos III - capacidade de iniciativa;
inerentes ao cargo ocupado. IV - produtividade;
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de 15 (quinze) dias V - responsabilidade.
contados da publicação do ato de provimento. Parágrafo Único. O regulamento disciplinará os
§ 2º Em se tratando de servidor em licença ou afastado por procedimentos da avaliação de desempenho.
qualquer outro motivo legal, o prazo será contado do término
do impedimento. Art. 22 - A qualquer tempo, no prazo do estágio probatório
§ 3º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de ou no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias antes do
bens e valores que constituem seu patrimônio privado a fim de término deste, o superior imediato do servidor encaminhará
ser arquivada no serviço de pessoal competente, e declaração ao Diretor do Departamento de Pessoal parecer fundamentado
quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função nas avaliações realizadas, concluindo pela dispensa ou
pública. recondução do servidor ao cargo anteriormente ocupado.
§ 4º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse § 1º À vista da informação referida neste artigo, o
não ocorrer nos prazos previstos nos parágrafos 1º e 2º deste Departamento de Pessoal emitirá, em 15 (quinze) dias,
artigo. parecer por escrito, concluindo a favor ou contra a
confirmação do servidor em estágio.
Art. 17 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições § 2º Desse parecer, se contrário à confirmação, dar-se-á
do cargo. vista ao servidor que no prazo de 15 (quinze) dias poderá
§ 1º É de 15 (quinze) dias o prazo para o servidor entrar apresentar defesa escrita.
em exercício, contados da data da posse. § 3º O parecer e a defesa serão julgados pelo Diretor do
§ 2º Será exonerado o servidor empossado que não entrar Departamento de Pessoal que, no prazo de 15 (quinze) dias a
em exercício no prazo previsto no parágrafo anterior, salvo contar da apresentação da defesa, concluirá pela aprovação ou
impedimento de saúde constatado por junta médica designada não do estágio probatório.
pela Prefeitura. § 4º No prazo de 5 (cinco) dias, o servidor será cientificado
do parecer referido no parágrafo anterior, podendo interpor

Noções de Legislação Municipal 2


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

recurso para o titular da unidade administrativa de sua Art. 29 - Não poderá reverter o aposentado que já tenha
lotação, no prazo de 5 (cinco) dias a contar da ciência daquele completado 70 (setenta) anos de idade.
parecer.
§ 5º O parecer que concluir pela desaprovação do servidor SEÇÃO IX
submetido a estágio probatório, fundamentará o ato de DA REINTEGRAÇÃO
exoneração ou de recondução ao cargo anteriormente
ocupado. Art. 30 - A reintegração é a reinvestidura do servidor
estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo
Art. 23 - A apuração dos requisitos de que trata o artigo 21 resultante de sua transformação, quando invalidada a sua
deverá processar-se de modo que a dispensa do servidor possa demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ser feita antes de findo o período de estágio. ressarcimento de todas as vantagens.
Parágrafo Único. Na hipótese de o cargo ter sido extinto ou
Art. 24 - O superior hierárquico do servidor submetido a encontrar-se provido, o servidor exercerá suas atribuições
estágio probatório que deixar de prestar a informação prevista como excedente, até a ocorrência de vaga.
no art. 22, cometerá infração disciplinar, ficando sujeito a
destituição de chefia. SEÇÃO X
DA RECONDUÇÃO
SEÇÃO VI
DA ESTABILIDADE Art. 31 - Recondução é o retorno do servidor estável ao
cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
Art. 25 - São estáveis, na forma do artigo 41 da Constituição I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro
Federal: cargo;
I - o servidor nomeado em virtude de concurso público, II - reintegração do anterior ocupante.
após dois anos de efetivo exercício; Parágrafo Único. Encontrando-se provido o cargo de
II - o servidor enquadrado no disposto no art. 19 do Ato das origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o
Disposições Transitórias da Constituição Federal. disposto no art. 35.
§ 1º O término do prazo de estágio probatório, sem
dispensa do servidor, importa declaração automática de sua SEÇÃO XI
estabilidade. DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
§ 2º A estabilidade diz respeito ao serviço público e não ao
cargo. Art. 32 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade,
§ 3º O servidor estável só perderá o cargo em virtude de o servidor estável será posto em disponibilidade remunerada,
sentença judicial transitada em julgado ou de processo proporcional ao seu tempo de serviço, até seu adequado
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla aproveitamento em outro cargo, por força do § 3º do art. 41,
defesa. da Constituição Federal, com a redação que lhe deu o art. 6º,
da Emenda da Constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998.
SEÇÃO VII § 1º - O valor dos proventos, integrado pelas vantagens
DA READAPTAÇÃO pecuniárias incorporadas, a que fizer jus o servidor, na data
fixada no Decreto de disponibilidade, fica estabelecido a razão
Art. 26 - Readaptação é a investidura do servidor em cargo 1/30 (um trinta avos) por ano de serviço, ou fração igual ou
de atribuições e responsabilidades compatíveis com a superior a 6 (seis) meses.
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou § 2º - A base de cálculo, para efeito de contribuições
mental, verificada em inspeção médica. (Regulamentado pelo previdenciárias, será a mesma adotada na fixação dos
Decreto nº 10163/2010) proventos, observados rateio e percentuais previstos no art.
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o 240, da LEI Nº 8.710, de 31 de julho de 1995, entre a
readaptando será aposentado. Administração e o servidor. (Redação dada pela Lei nº
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições 9630/1999)
afins, respeitada a habilitação exigida.
§ 3º A readaptação não importará, em hipótese alguma, em Art. 33 - A disponibilidade compulsória, sugerida pelo
redução ou aumento de vencimento. órgão interessado, dar-se-á por Decreto do Prefeito. (Redação
§ 4º O processo de readaptação será conduzido pela dada pela Lei nº 9630/1999)
Secretaria Municipal de Administração, através de seu
Departamento de Planejamento, Administração e Art. 34 - O servidor em disponibilidade poderá, a qualquer
Desenvolvimento de Recursos Humanos. (Redação acrescida tempo, ser aproveitado em cargo equivalente, quanto à
pela Lei nº 10113/2001) natureza e remuneração, ao anteriormente ocupado.

SEÇÃO VIII Art. 35 - O aproveitamento do servidor em disponibilidade


DA REVERSÃO será determinado pelo Prefeito, que fixará o prazo de até 30
(trinta) dias para posse do servidor no cargo.
Art. 27 - Reversão é o retorno à atividade de servidor § 1º O aproveitamento do servidor que se encontrar em
aposentado por invalidez, quando, por junta médica oficial, disponibilidade há mais de dois anos dependerá de
forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria. comprovação de capacidade física e mental, por junta médica
(Regulamentado pelo Decreto nº 9712/2008) oficial.
§ 2º Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a
Art. 28 - A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
resultante de sua transformação. legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.
Parágrafo Único. Encontrando-se provido o cargo, o § 3º Provada a incapacidade definitiva por inspeção
servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a médica, o servidor será aposentado.
ocorrência de vaga. § 4º O servidor em disponibilidade não poderá exercer
cargo, emprego ou função pública inacumulável.

Noções de Legislação Municipal 3


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Capítulo II II - de uma para outra unidade administrativa, autorizado


DA VACÂNCIA pelo Secretário Municipal de Administração;
III - da administração direta para as autarquias e fundações
Art. 36 - A vacância do cargo público decorrerá de: públicas e vice-versa, autorizado pelo Prefeito.
I - exoneração;
II - demissão; SEÇÃO II
III - promoção mediante seleção competitiva interna; DA REDISTRIBUIÇÃO
IV - readaptação;
V - aposentadoria; Art. 43 - Redistribuição é o deslocamento do servidor, com
VI - posse em outro cargo público inacumulável; e o respectivo cargo, para quadro de pessoal de outro órgão ou
VII - falecimento. entidade do mesmo Poder, sem prejuízo da sua remuneração,
observado sempre o interesse da administração.
Art. 37 - A exoneração do cargo efetivo dar-se-á a pedido § 1º A redistribuição dar-se-á para ajustamento de
do servidor ou de ofício. quadros de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos
Parágrafo Único. A exoneração do ofício será aplicada: casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou
I - quando o servidor não obtiver aprovação no estágio entidade.
probatório; e § 2º Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os
II - quando o servidor não entrar em exercício do cargo no servidores estáveis que não puderem ser redistribuídos, na
prazo estabelecido. forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade, até
seu aproveitamento na forma do art. 34.
Art. 38 - A exoneração de cargo em comissão ou a dispensa § 3º A redistribuição só poderá ser efetivada após
da função gratificada dar-se-á a pedido do ocupante ou de autorização do Prefeito e publicação no Órgão Oficial do
ofício. Município.

Capítulo III SEÇÃO III


DA SUBSTITUIÇÃO DA CESSÃO

Art. 39 - A substituição é o provimento temporário de Art. 44 - O servidor poderá ser cedido para ter exercício em
cargo em comissão ou função gratificada no impedimento do outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou
titular. do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:
§ 1º A substituição dar-se-á: I - para exercício de cargo em comissão ou função de
I - automaticamente, quando houver substituto indicado confiança;
em regulamento; II - em casos previstos em leis ou convênios específicos;
II - mediante designação obrigatória do substituto pelo § 1º Na hipótese do inciso I, o ônus da remuneração será
Prefeito, na hipótese de substituição por mais de 07 (sete) dias do órgão ou entidade cessionária.
e inexistência de substituto indicado em Regulamento. § 2º A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no
(Alterado pela LC 039/2015) Órgão Oficial do Município.
§ 2º No caso do inciso II do parágrafo anterior, caberá ao § 3º Mediante autorização expressa do Prefeito, o servidor
titular da unidade administrativa de lotação do servidor poderá ter exercício em outro órgão da Administração direta
substituído a indicação, ao Prefeito, do substituto. ou indireta para fim determinado e a prazo certo.
§ 3º A substituição de que trata o caput do presente artigo § 4º É expressamente vedada a cessão de servidor do
não será permitida quando o cargo de provimento em Quadro do Magistério Municipal a órgãos ou entidades
comissão for relativo ao grupo de Assistência, definido no art. assistenciais não integrantes da Administração Pública,
9º, inc. IV, da Lei nº 9.212, de 27 de janeiro de 1998. (Acrescido ressalvado o caso de entidades educacionais, assistenciais e
pela LC 039/2015) beneficientes, que obtenham parecer favorável emitido pela
Comissão Paritária, criada de acordo com o art. 105 da Lei nº
Art. 40. O substituto fará jus ao vencimento ou a verba 7565, de 21/07/89.
correspondente ao cargo em comissão ou função gratificada na
proporção dos dias de efetiva substituição, quando superior a TÍTULO III
07 (sete) dias, não sendo devido o pagamento da substituição DOS DIREITOS E VANTAGENS
na hipótese do servidor designado como substituto vir a se Capítulo I
afastar por qualquer motivo, durante o período da DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
substituição. (Alterado pela LC 039/2015)
Parágrafo Único. A remuneração do substituto é Art. 45 - Vencimento é a retribuição pecuniária pelo
inacumulável com o vencimento do cargo em comissão que exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
vier a substituir e a gratificação de função é inacumulável com
outra gratificação de função de que seja detentor. Art. 46 - Remuneração é a retribuição correspondente à
soma do vencimento do cargo efetivo com os adicionais e
Art. 41 - Não será considerada para qualquer efeito, a vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias
substituição que não tenha sido regularmente autorizada. estabelecidos em lei.
§ 1º A remuneração do servidor investido em função de
Capítulo IV direção, chefia, assessoramento ou cargo em comissão será
DA MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL paga na forma prevista na lei de diretrizes dos planos de
SEÇÃO I carreira.
DO REMANEJAMENTO § 2º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das
vantagens de caráter permanente, é irredutível.
Art. 42 - Remanejamento é o deslocamento do servidor, a § 3º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos
pedido ou de ofício, nas seguintes hipóteses: de atribuições iguais ou assemelhadas da administração
I - no âmbito da mesma unidade administrativa autorizado direta, autárquica ou fundacional ou entre servidores dos
pelo titular da mesma. Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de

Noções de Legislação Municipal 4


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

caráter individual e as relativas à natureza ou local de III - as definidas por sentença judiciais transitada em
trabalho. julgado.
Parágrafo Único. A concessão de ajuda de custo é
Art. 47 - Nenhum servidor público municipal, ativo ou incompatível com a concessão de diária e vice-versa.
inativo, poderá perceber, mensalmente, a título de
remuneração, importância superior à soma dos valores Art. 56 - Os recursos destinados ao pagamento de
percebidos como remuneração em espécie, a qualquer título, indenizações oriundos de sentenças judiciais, estarão
pelo Prefeito. previstos no orçamento para o exercício seguinte ao ano da
Parágrafo Único. Excluem-se do teto de remuneração as publicação da sentença.
vantagens previstas nos incisos IV a VIII do artigo 61.
SUBSEÇÃO I
Art. 48 - O servidor perderá: DA AJUDA DE CUSTO
I - a remuneração dos dias em que faltar ao serviço ou for
suspenso administrativamente; Art. 57 - Ao servidor designado para desenvolver atividade
II - 1/4 da remuneração diária, relativos a cada atraso, fora do Município, por período superior a 15 (quinze) dias,
ausência e saída antecipadas, iguais ou superiores a 15 será concedida ajuda de custo, destinada a compensar as
(quinze) e até 120 (cento e vinte) minutos. despesas com deslocamento, no valor de 1/30 (um trinta avos)
Parágrafo Único. Nos casos de quaisquer faltas serão da remuneração correspondente ao cargo ocupado, por dia de
computados, para efeito de desconto, os dias de repouso, deslocamento.
domingos e feriados intercalados. Parágrafo Único. Não se concederá ajuda de custo aos
servidores cedidos a qualquer entidade de direito público ou
Art. 49 - Salvo por imposição legal ou mandado judicial, privado.
nenhum outro desconto incidirá sobre a remuneração ou Art. 58 - O servidor devolverá a ajuda de custo, quando, por
provento. qualquer motivo, deixar de desenvolver ou interromper o
Parágrafo Único. Mediante autorização do servidor, e a desenvolvimento da atividade que justificou a concessão do
critério da Administração, poderá haver consignação em folha benefício.
de pagamento a favor de terceiros. Parágrafo Único. A restituição é de exclusiva
responsabilidade pessoal, e será proporcional aos dias de
Art. 50 - As reposições e indenizações ao erário seráo serviços não prestados.
descontadas em parcelas mensais não excedentes à décima SUBSEÇÃO II
parte da remuneração ou provento em valores atualizados, DAS DIÁRIAS
ressalvadas as hipóteses de dolo ou má-fé comprovados.
Art. 59 - O servidor que, a serviço, se afastar da sede em
Art. 51 - O servidor em débito com o erário, que tenha caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território
agido com dolo ou má-fé, ou que for demitido, exonerado, ou nacional, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas
que tiver a sua aposentadoria ou disponibilidade cassadas, de pousada, alimentação e locomoção urbana.
terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o débito. § 1º O valor das diárias será fixado por ato do Prefeito.
Parágrafo Único. A não quitação do débito no prazo § 2º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo
previsto implicará em sua inscrição em dívida ativa. devida na proporção de 40% (quarenta por cento) quando o
deslocamento não exigir pernoite fora do Município.
Art. 52 - O vencimento, a remuneração e o provento não § 3º Nos casos em que o deslocamento do Município sede
serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará
casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial. jus a diárias.

Capítulo II Art. 60 - O servidor que receber diárias e não se afastar do


DAS VANTAGENS Município, por qualquer motivo, ficará obrigado a restituí-las
integralmente, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
Art. 53 - Além do vencimento, poderão ser pagas ao Parágrafo Único. Na hipótese de o servidor retornar ao
servidor as seguintes vantagens: Município em prazo menor do que o previsto para o seu
I - indenizações; afastamento, restituirá as diárias, recebidas em excesso, no
II - gratificações; prazo previsto no "caput".
III - adicionais.
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou SEÇÃO II
provento para qualquer efeito. DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao
vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em Art. 61 - Além do vencimento e das vantagens previstas
lei. nesta Lei, poderão ser deferidos aos servidores as seguintes
gratificações e adicionais:
Art. 54 - As vantagens pecuniárias não serão computadas, I - gratificação de produtividade;
nem acumuladas, para efeito da concessão de qualquer outros II - gratificação por atividades na Zona Rural;
acréscimos pecuniários anteriores, sob o mesmo título ou III - gratificação natalina;
idêntico fundamento. IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres,
perigosas ou penosas; V - adicional pela prestação de serviço
SEÇÃO I extraordinário;
DAS INDENIZAÇÕES VI - adicional noturno;
VII - adicional de férias;
Art. 55 - Constituem indenizações ao servidor: VIII - adicional por atividade de Magistério em classe de
I - ajuda de custo; alunos especiais;
II - diárias; IX - gratificação por exercício de chefia;
X - função de direção ou assessoramento.

Noções de Legislação Municipal 5


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

XI - gratificação pelo exercício de atividade de instrutor de aos vencimentos da ativa ou aos proventos de aposentadoria e
treinamento. (Redação acrescida pela Lei nº 10113/2001) pensões. (Acrescido pela LC 018/2014).
XII - gratificação pelo exercício da atividade no Programa
Saúde da Família. (Redação acrescida pela Lei nº 10926/2005) SUBSEÇÃO I
XIII - Adicional de Responsabilidade Técnica (ADRT). DA GRATIFICAÇÃO DE PRODUTIVIDADE
(Acrescido pela LC 008/14).
XIV – (Revogado pela LC 046/2016) Art. 62 - Aos ocupantes dos cargos de fiscal constantes do
XV - Adicional de Participação em Equipe de Coleta de quadro permanente da administração direta, autárquica e
Resíduos (APCR) (Acrescido pela LC 015/2014). fundacional do Município, poderá ser concedida gratificação
XVI - verba de representação. (Acrescido pela Lei de produtividade fiscal, nos casos e segundo critérios
13.037/14). estabelecidos em legislação específica.
XVII - adicional por exercício de atividade de risco
permanente; (Acrescido pela LC 019/2014). SUBSEÇÃO II
XVIII - adicional de desempenho em atividades de DA GRATIFICAÇÃO POR ATIVIDADES NA ZONA RURAL
segurança pública e dedicação integral. (Acrescido pela LC
019/2014). Art. 63 - Aos ocupantes do Quadro do Magistério definido
XIX - Gratificação pelo desempenho de atividade de no art. 8º, da Lei nº 7565, de 21/07/89, é garantida uma
atendimento ao Público. (Acrescido pela LC 018/2014). gratificação de função de 50% (cinquenta por cento) do valor
XX - Gratificação pelo exercício de Plantão Médico (GPM) recebido pelo docente da zona urbana.
(Acrescido pela LC 046/2016) § 1º - O docente que exercer suas atividades na zona rural
XXI - Adicional de Participação em Equipe de Apoio de e urbana, terá a gratificação calculada proporcionalmente ao
Coleta de Resíduos (APAC). (Acrescido pela LC 026/2015) número de horas-aula relativas a zona rural. (Parágrafo Único
XXII - gratificação pelo exercício de atividade em Concurso transformado em § 1º pela Lei nº 9050/1997)
Público ou Seleção Pública. (Acrescido pela LC 043/2016) § 2º - Ao ocupante do Quadro do Magistério, que durante 7
XXIII - adicional por responsabilidade na rede de (sete) anos consecutivos ou não, fez jus à gratificação prevista
atendimento de consultas ambulatoriais ou especializadas no "caput", terá este benefício incorporado aos proventos de
(ARCA) (Acrescido pela LC 033/2015) sua aposentadoria. (Redação acrescida pela Lei nº
XXIV - Gratificação de Coordenação de Especialidades nos 9050/1997)
setores de Urgência e Emergência (GCE). (Acrescido pela LC
046/2016) Art. 64 - Ao profissional da saúde lotado na zona rural é
XXV - Gratificação pelo Exercício da Função Pública de garantida gratificação de função de 50% (cinquenta por cento)
Autoridade Sanitária em Vigilância Sanitária (GAS) (Acrescido do valor recebido pelo profissional lotado na zona urbana,
pela LC 048/2016) conforme o disposto em regulamento específico.
§ 1º - As normas para concessão da gratificação prevista no Parágrafo Único. O profissional de saúde que, durante sete
inciso XI e o seu valor serão regulamentados por ato do anos consecutivos ou não, tenha feito jus à percepção da
Prefeito. (Redação dada pela Lei nº 10926/2005) gratificação prevista no caput deste artigo, terá o valor
§ 2º - A gratificação a que se refere o inciso XII deste artigo respectivo incorporado aos proventos de sua aposentadoria.
corresponderá à aplicação do índice de 34% (trinta e quatro (Redação acrescida pela Lei nº 10994/2005)
por cento) sobre o vencimento do cargo do servidor. (Redação
acrescida pela Lei nº 10926/2005) SUBSEÇÃO III
§ 3º A gratificação prevista no inciso XII é incompatível DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
com o recebimento, em razão de vínculo com a Administração
Direta ou órgãos da Administração Indireta, de quaisquer Art. 65 - A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um
outros adicionais ou gratificações decorrentes de atividades doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês
no Programa Saúde da Família e daqueles previstos neste de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
artigo, exceto aqueles a que se referem os incisos II, III, IV, VII, Parágrafo Único. A fração igual ou superior a 15 (quinze)
IX e XI. (Alterado pela LC 014/2014). dias será considerada como mês integral.
§ 4º A gratificação de que trata o inciso XIX será paga,
exclusivamente, aos servidores públicos municipais que Art. 66 - A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês
estejam no exercício de atividades de atendimento ao público de dezembro de cada ano.
nos setores do Departamento de Atenção ao Cidadão, § 1º Por ocasião das férias ocorridas entre os meses de
independentemente do cargo ocupado e de sua lotação, no fevereiro e novembro, inclusive, será pago como adiantamento
valor mensal de R$292,05 (duzentos e noventa e dois reais e da gratificação, metade da remuneração recebida no mês
cinco centavos), proporcional aos dias trabalhados e anterior.
reajustável, anualmente, no mesmo percentual geral § 2º A importância que o servidor houver recebido a título
concedido aos servidores públicos municipais no momento da de adiantamento será deduzida do valor da gratificação
revisão anual. (Acrescido pela LC 018/2014). devida.
§ 5º A percepção da Gratificação de que trata o inciso XIX,
não se estenderá aos servidores que estejam no exercício de Art. 67 - O servidor exonerado ou demitido perceberá sua
cargo de provimento em comissão, cessando seu pagamento gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de
automaticamente com deslocamento do servidor para outros exercício, calculada sobre a remuneração do mês da
setores da Administração Direta ou Indireta do Município de exoneração.
Juiz de Fora, não servindo de base para apuração de qualquer
outra gratificação ou adicional, excetuando-se férias e Art. 68 - A gratificação natalina, não será considerada para
gratificação natalina. (Acrescido pela LC 018/2014). cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
§ 6º A Gratificação pelo desempenho de atividade de
atendimento ao Público não servirá de base para apuração de
contribuição previdenciária ao Regime Próprio de Previdência
do Município de Juiz de Fora - RPPS, não sendo incorporada

Noções de Legislação Municipal 6


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

SUBSEÇÃO IV § 2º O valor total mensal das horas-extras não pode


DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, exceder a 50% (cinquenta por cento) do vencimento do
PERICULOSIDADE E PENOSIDADE servidor.
§ 3º É vedada a prestação de mais de 50 (cinquenta) horas-
Art. 69 - Os servidores que trabalhem com habitualidade extras por mês.
em atividades penosas, em locais insalubres ou em contato § 4º Considera-se serviço extraordinário as horas
permanente com substâncias tóxicas, fazem jus a um adicional trabalhadas além da jornada normal do servidor.
sobre o menor vencimento fixado em lei municipal no valor de
10%, 20% e 40% conforme se classifiquem nos graus mínimo, Art. 77 - Somente será autorizada a prestação de serviço
médio e máximo. extraordinário para atendimento de situações excepcionais e
§ 1º Os servidores que trabalhem em contato permanente transitórias, por imperiosa necessidade, para execução de
com Raio X ou substâncias radioativas fazem jus a um tarefas cujo adiamento ou interrupção importe em prejuízo
adicional de 25 (vinte e cinco por cento) sobre o vencimento manifesto para o serviço.
do seu cargo efetivo.
§ 2º As atividades penosas referem-se àquelas exercidas Art. 78 - O serviço extraordinário somente será prestado
em regime de plantão nos serviços de saúde de urgência e mediante autorização do Secretário Municipal de
emergência, na forma prevista em legislação específica. Administração, por solicitação do titular da unidade
administrativa de lotação do servidor.
Art. 70 - Os servidores que trabalhem em contato Parágrafo Único. Excetuam-se do disposto no "caput", as
permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de situações de emergência.
risco acentuado fazem jus a um adicional de 30% (trinta por
cento) sobre o vencimento do cargo efetivo. Art. 79 - Não poderá receber adicional por serviço
extraordinário o ocupante de cargo em comissão ou função
Art. 71 - O servidor que fizer jus aos adicionais de gratificada.
insalubridade, periculosidade e penosidade deverá optar por
um deles. SUBSEÇÃO VI
DO ADICIONAL NOTURNO
Art. 72 - O direito ao adicional de insalubridade,
periculosidade ou penosidade cessa com a eliminação das Art. 80 - O serviço noturno, prestado em horário
condições ou dos riscos que deram causa à sua concessão, não compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5
se incorporando a remuneração. (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de
25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como
Art. 73 - Caberá às Comissões Técnicas de Controle das cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
Condições de Trabalho (CTCCT), nomeadas pelo Prefeito,
exercer permanente fiscalização da atividade de servidores SUBSEÇÃO VII
em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou DO ADICIONAL DE FÉRIAS
perigosos.
§ 1º A servidora gestante ou lactante será afastada, Art. 81 - Independentemente de solicitação, será pago ao
enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais servidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente
previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local a 1/3 (um terço) da remuneração que lhe for devida na data de
salubre e em serviço não penoso e não perigoso. início das mesmas.
§ 2º As Comissões Técnicas de Controle das Condições de
Trabalho (CTCCT) serão compostas por servidores indicados SUBSEÇÃO VIII
pelo Prefeito e representantes das entidades sindicais DO ADICIONAL POR ATIVIDADE EM CLASSE DE
representativas dos servidores. ALUNOS ESPECIAIS

Art. 74 - Na concessão dos adicionais de atividades Art. 82 - Será concedido um adicional de 20% (vinte por
penosas, de insalubridade e de periculosidade, serão cento) sobre o vencimento aos professores e especialistas da
observadas as situações estabelecidas em legislação educação da rede municipal de ensino que lecionarem em
específica. classes especiais de alunos portadores de deficiência mental,
auditiva e visual, avaliada por junta médica do Município
Art. 75º Os locais de trabalho e os servidores que operam observado o disposto em regulamento.
com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob Parágrafo Único. Não se consideram classes especiais as
controle permanente, de modo que as doses de radiação turmas formadas por alunos com problemas de aprendizagem,
ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na onde são desenvolvidos projetos de apoio ao processo de
legislação própria. ensino.
Parágrafo Único. Os servidores a que se refere este artigo
serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses. SUBSEÇÃO IX
Da Gratificação pelo Exercício de Atividade em
SUBSEÇÃO V Concurso Público ou Seleção Pública
DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO (Acrescida pela LC 043/2016)

Art. 76 - O serviço extraordinário terá remuneração Art. 82 - A. As normas para concessão da gratificação
superior em 50% (cinquenta por cento) à do serviço normal, prevista no inciso XXII, do art. 61 serão regulamentadas por
quando prestado em dias úteis e em 100% (cem por cento) Decreto do Executivo, no prazo de 30 (trinta) dias contados da
quando prestado em domingos e feriados. publicação da Lei que a institui, sendo o valor da gratificação
§ 1º A pedido do servidor, o pagamento das horas extras compreendido entre 12% (doze por cento) da Gratificação
pode ser substituído por concessão de folgas compensatórias pelo exercício da função de Supervisão I até 550% (quinhentos
das horas-extras trabalhadas. e cinquenta por cento) da Gratificação pelo exercício da função
de Supervisão II. (Acrescido pela LC 043/2016)

Noções de Legislação Municipal 7


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º A gratificação prevista no inciso XXII, do art. 61 desta § 1º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores
Lei não se incorpora ao vencimento ou provento do servidor integrantes do Quadro do Magistério, ressalvado o Secretário
para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de Escolar e o instrutor de Formação Profissional.
cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de § 2º No cálculo do abono pecuniário será considerado o
cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. valor do adicional de férias.
(Acrescido pela LC 043/2016)
§ 2º A gratificação prevista no inciso XXII, do art. 61 desta Art. 90 - Ao ocupante de cargo ou emprego de provimento
Lei somente será devida se a atividade for exercida fora do efetivo integrante do Quadro do Magistério Municipal, é
horário de trabalho do servidor.” (Acrescido pela LC assegurado o gozo de férias coletivas de 30 (trinta) dias, no
043/2016) mês de julho.
Parágrafo único. O fracionamento de férias
Capítulo III regulamentares de que trata o parágrafo único, do art. 84,
DAS FÉRIAS desta Lei, não se aplica aos servidores integrantes do Quadro
do Magistério. (Acrescido pela LC 045/2016)
Art. 83 - O servidor terá direito anualmente ao gozo de um
período de férias, sem prejuízo da remuneração, de acordo Capítulo IV
com a escala organizada pelo setor interessado, ressalvados os DAS LICENÇAS
casos de férias coletivas. SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 84 - Após cada 12 (doze) meses de efetivo exercício, o
servidor terá direito a férias, na seguinte proporção: Art. 91 - Conceder-se-á ao servidor as seguintes licenças:
I - 30 (trinta) dias consecutivos, quando não houver faltado I - por motivo de saúde;
ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II - por motivo de doença em pessoa da família;
II - 24 (vinte e quatro) dias consecutivos, quando houver III - por motivo de afastamento do cônjuge ou
tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; companheiro;
III - 18 (dezoito) dias consecutivos, quando houver tido de IV - para serviço militar;
15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; V - para atividade política;
IV - 12 (doze) dias consecutivos, quando houver tido de 24 VI - prêmio por assuidade;
(vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. VII - para tratar de interesse particulares;
Parágrafo único. A pedido do servidor, o período de VIII - para desempenho de mandato classista;
usufruição de férias regulamentares poderá ser fracionado em IX - para aperfeiçoamento profissional.
períodos equivalentes à metade dos dias a que fizer jus, § 1º A licença prevista no inciso I será precedida de exame
observado o disposto nos incisos I a IV deste artigo, desde que médico por junta médica oficial.
não comprometa a efetiva prestação de serviço do setor em § 2º O servidor não poderá permanecer em licença da
que estiver lotado, bem como a escala de férias previamente mesma espécie por período superior a 24 (vinte e quatro)
programada e que o mesmo goze o restante dos dias antes da meses, salvo nos casos dos incisos III, IV, V, VII, VIII e IX.
usufruição de novo período aquisitivo. (Acrescido pela LC (Alterado pela LC 045/2016)
045/2016) § 3º É vedado o exercício de qualquer atividade
remunerada durante o período de licença prevista no inciso I
Art. 85 - Não terá direito a férias o servidor que no curso deste artigo.
do período aquisitivo:
I - deixar o cargo e não for novamente nomeado dentro de Art. 92 - A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias
60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída; no término de outra da mesma espécie será considerada como
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de prorrogação.
vencimentos por mais de 180 (cento e oitenta) dias,
consecutivos ou não; SEÇÃO II
III - permanecer em gozo de licença médica por mais de 6 DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA
(seis) meses, embora descontínuos. FAMÍLIA

Art. 86 - As férias somente poderão ser interrrompidas por Art. 93 - Ao servidor com mais de 2 (dois) anos de efetivo
motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação exercício, poderá ser concedida por motivo de doença do
para júri, serviço militar ou eleitoral ou por motivo de superior cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente,
interesse público. descendente, enteado e colateral consanguíneo ou afim até o
primeiro grau civil, mediante comprovação por junta médica
Art. 87 - Ao servidor que for exonerado ou demitido, oficial.
qualquer que seja a causa, será devida a remuneração § 1º A licença somente será deferida se a assistência direta
correspondente ao período de férias cujo direito tenha do servidor for indispensável e não puder ser prestada
adquirido, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de simultaneamente com o exercício do cargo ou por outra
serviço. pessoa.
§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração
Art. 88 - É proibida a acumulação de férias, salvo por do cargo efetivo, até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não,
imperiosa necessidade de serviço e pelo máximo de 2 (dois) podendo ser prorrogada sem remuneração, mediante parecer
períodos, atestada a necessidade de ofício, pelo titular do de junta médica.
Órgão em que estiver lotado o servidor.
SEÇÃO III
Art. 89 - É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO
das férias em abono pecuniário, desde que o requeira com pelo CÔNJUGE OU COMPANHEIRO
menos 60 (sessenta) dias de antecedência do gozo das férias.
Art. 94 - Será concedida ao servidor licença sem
remuneração, pelo prazo de 2 (dois) anos, prorrogáveis se

Noções de Legislação Municipal 8


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

necessário, pelo mesmo tempo, ou superior, para acompanhar o disposto no Parágrafo único do art. 115. (Redação dada pela
cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto Lei nº 11144/2006)
do território nacional, para o exterior ou para o exercício de
mandato eletivo dos Poderes executivo e Legislativo. Art. 99 - O direito à licença-prêmio não tem prazo para ser
§ 1º Durante o período da licença de que trata o caput deste exercido.
artigo fica facultado ao servidor a manutenção da contribuição
previdenciária destinada ao Regime Próprio de Previdência do Art. 100 - A licença-prêmio poderá ser gozada
Município de Juiz de Fora - RPPS, desde que o mesmo realize o parceladamente em períodos mínimos de 1 (um) mês, de
pagamento das contribuições previdenciárias acordo com os interesses do serviço.
correspondentes ao somatório das parcelas definidas no art.
2º, caput e art. 4º, da Lei Municipal n. 11.036, de 06 de Art. 101 - O número de servidores em gozo simultâneo de
dezembro de 2005, até o dia 10 (dez) do mês subsequente ao licença-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da
de competência da mesma. (Acrescido pela LC 021/2014) lotação por setor, da respectiva unidade administrativa do
§ 2º A contribuição previdenciária prevista no parágrafo órgão ou entidade.
anterior destina-se, exclusivamente, à contagem de tempo de
contribuição, não sendo considerado o período a que ela Art. 102 - Após adquiridos 2 (dois) períodos de licença-
corresponde como tempo de efetivo exercício ou tempo no prêmio, o servidor poderá receber em pecúnia, o
cargo ou carreira. (Acrescido pela LC 021/2014) correspondente a 1 (um) mês de licença-prêmio.
§ 3º As contribuições previdenciárias previstas no § 1º § 1º Somente será permitido converter em pecúnia 1 (um)
deste artigo, quando não recolhidas dentro do prazo definido, mês por ano e sempre no mês de aniversário do servidor.
deverão ser corrigidas nos termos da Legislação Tributária § 2º O servidor que na data de publicação desta lei tenha
Municipal pertinente. (Acrescido pela LC 021/2014) saldo de férias-prêmio não gozadas, poderá converter em
pecúnia 1 (um) mês correspondente a cada 4 (quatro) meses
já adquiridos, observado o disposto no parágrafo anterior.

SEÇÃO VII
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES
SEÇÃO IV PARTICULARES
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR
Art. 103. A critério da Administração, poderá ser concedida
Art. 95 - Ao servidor convocado para o serviço militar será ao servidor efetivo, desde que não esteja em estágio
concedida licença, na forma e condições previstas na legislação probatório, licença para trato de assuntos particulares, pelo
específica. prazo de até 3 (três) anos consecutivos, sem remuneração
Parágrafo Único. Concluído o serviço militar, o servidor (Alterado pela Lei 12.677/2012)
terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o § 1º A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo,
exercício do cargo. a pedido do servidor ou no interesse da Administração.
§ 2º Não se concederá nova licença antes de decorridos 2
SEÇÃO V (dois) anos do término da anterior.
DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA § 3º Não se concederá a licença, antes de se completarem
3 (três) anos de exercício, contados da nomeação ou
Art. 96 - O servidor terá direito a licença para atividade transferência. (Alterado pela Lei 12.677/2012)
política, na forma e condições definidas na legislação eleitoral. § 4º Não se concederá licença quando a ausência do
servidor determinar a necessidade de admissão definitiva de
SEÇÃO VI substituto.
DA LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE § 5º O servidor aguardará em exercício a concessão da
licença, sob pena de demissão por abandono do cargo.
Art. 97 - Após cada quinquênio ininterrupto de exercício de § 6º Ao servidor em exercício de cargo em comissão ou de
cargo ou emprego integrante do quadro efetivo do serviço função gratificada não se concederá, nesta qualidade, licença
público municipal de Juiz de Fora, o servidor fará jus a 2 (dois) para tratar de interesse particular.
meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com a § 7º Interrompida a licença, no interesse do serviço, o
remuneração do cargo ou emprego efetivo. servidor terá até 30 (trinta) dias para reassumir o exercício
após divulgação pública do ato.
Art. 98 - Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, § 8º Durante o período da licença de que trata o caput deste
no período aquisitivo, afastar-se do serviço em virtude de: artigo, fica facultado ao servidor a manutenção do pagamento
I - penalidade disciplinar de suspensão por mais de 12 da contribuição previdenciária destinada ao Regime Próprio
(doze) dias, ininterruptos ou não; de Previdência do Município de Juiz de Fora - RPPS, desde que
II - faltas ao serviço em número superior a 25 (vinte e o mesmo realize o pagamento das contribuições
cinco); previdenciárias, correspondente ao somatório das parcelas
III - licença por motivo de doença em pessoa da família por definidas nos art. 2º, caput e art. 4º, da Lei Municipal n. 11.036,
mais de 90 (noventa) dias, consecutivos ou não; de 2005, até o dia 10 (dez) do mês subsequente ao de
IV - abono médico por prazo superior a 30 (trinta)dias; competência da mesma. (Acrescido pela LC 021/2014)
V - licença para tratamento de saúde por período superior § 9º A contribuição previdenciária prevista no parágrafo
a 90 (noventa) dias; anterior será computada, exclusivamente, para fins de
VI - condenação a pena privativa de liberdade por sentença contagem do tempo de contribuição, não sendo o período a ela
definitiva; correspondente considerado como tempo de efetivo exercício
VII - licença para acompanhar cônjuge ou companheiro. ou tempo no cargo ou carreira. (Acrescido pela LC 021/2014)
Parágrafo Único. Excetua-se do prazo previsto nos incisos § 10. As contribuições previdenciárias previstas no § 8º
IV e V, as licenças decorrentes de acidente em serviço, moléstia deste artigo, quando não recolhidas dentro do prazo ali
profissional ou doença grave, contagiosa incurável, conforme estabelecido, serão corrigidas conforme os critérios

Noções de Legislação Municipal 9


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

estabelecidos pela legislação tributária municipal pertinente. serviços ao Município por tempo igual ao período de
(Acrescido pela LC 021/2014) afastamento.
§ 1º O cumprimento do disposto neste artigo será objeto
SEÇÃO VIII de termo de compromisso a ser assinado pelo servidor
DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO beneficiado antes do início do gozo da licença.
CLASSISTA § 2º Descumprida a obrigação estatuída no "caput", será o
Município indenizado da quantidade total dispendida com o
Art. 104 - É assegurado ao servidor o direito à licença para pagamento da remuneração do servidor durante o período de
o desempenho de mandato classista em confederação, fruição da licença, com base na última remuneração paga.
federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato § 3º Não se concederá licença quando a ausência do
representativo de categoria ou entidade fiscalizadora da servidor determinar a necessidade de admissão definitiva de
profissão, observado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo. substituto.
§ 1º Somente poderão ser licenciados com o ônus da
remuneração do cargo efetivo para o Município, servidores Capítulo V
eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas DO AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO DE MANDATO
entidades até o máximo de 19 (dezenove) no serviço público ELETIVO
do município.
§ 2º Poderá ser autorizada a licença para desempenho de Art. 112 - Ao servidor investido em mandato eletivo
mandato classista de até mais 2 (dois) servidores por aplicam-se as seguintes disposições:
sindicato, com o ônus da remuneração e encargos, inclusive I - tratando-se de mandato federal estadual ou distrital,
previdenciários, exclusivamente para as entidades ficará afastado do cargo;
mencionadas no caput deste artigo. II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
§ 3º A distribuição das vagas para a licença de mandato cargo sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
classista, dentro dos limites estabelecidos nos parágrafos III - investido no mandato de vereador:
anteriores, é de responsabilidade das entidades a) havendo compatibilidade de horário perceberá as
representativas dos servidores municipais, observados vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do
acordos exclusivos. (Redação dada pela Lei nº 12393/2011) cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado
SEÇÃO IX do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
DA LICENÇA PARA APERFEIÇOAMENTO Parágrafo Único. No caso de afastamento do cargo, o
PROFISSIONAL servidor contribuirá para o Instituto de Previdência como se
em exercício estivesse.
Art. 105 - O servidor estável poderá obter licença
remunerada para fins de aperfeiçoamento profissional. Capítulo VI
DAS CONCESSÕES
Art. 106 - Constitui fundamento para concessão da licença
de que trata o artigo anterior: Art. 113. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor
I - frequência a cursos de extensão, especialização e pós- ausentar-se do serviço: (Artigo alterado pela LC 045/2016)
graduação, de interesse da área de atuação do servidor; I - por 09 (nove) dias consecutivos, contados da data da
II - participação em Seminários, Congressos e Conferências ocorrência, em razão de:
cujos temas se relacionem com as funções desempenhadas a) casamento;
pelo servidor. b) falecimento do cônjuge, companheiro, irmãos, pais,
madrasta ou padrasto, filhos, enteados ou menor sob guarda
Art. 107 - Para concessão de licença deverão ser ou tutela.
observados os seguintes requisitos: II - no dia do seu aniversário natalício.
I - incompatibilidade de desenvolvimento conjunto das § 1º O servidor comunicará a seu superior hierárquico,
atividades normais do servidor e daquelas relacionadas no com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas, sua intenção
artigo anterior; de usufruir do benefício estabelecido no inciso II.
II - disponibilidade orçamentária e financeira; § 2º Não haverá permutação de data, caso o aniversário
III - interesse administrativo. natalício do servidor coincida com domingo, sábado, feriado
ou ponto facultativo, salvo quando seu serviço ocorra naqueles
Art. 108 - A licença remunerada de que trata esta Seção dias, em razão de escala ou convocação para serviço
será cassada caso o servidor deixe de desenvolver a atividade extraordinário.
que justificou sua concessão, ressalvado o disposto no art. 109. § 3º Na hipótese de o servidor, por qualquer motivo, deixar
Parágrafo Único. Cabe ao servidor beneficiado a de utilizar, total ou parcialmente, os dias de afastamento
comprovação do efetivo desenvolvimento das atividades que previstos neste artigo, fica vedado ao mesmo, posteriormente,
justificaram a concessão da licença. ausentar-se do serviço pelo período correspondente.

Art. 109 - A licença remunerada poderá ser interrompida Capítulo VII


na hipótese de afastamento da atividade por motivo DO TEMPO DE SERVIÇO
justificado, entendendo-se como tal o que não determinar
desconto no vencimento. Art. 114 - A apuração do tempo de serviço será feita em
dias, que serão convertidos em anos, considerando o ano como
Art. 110 - Cessado o motivo da interrupção e persistindo as de trezentos e sessenta e cinco dias.
condições que justificaram a concessão da licença, é Parágrafo Único. Feita a conversão, os dias restantes, até
assegurado ao servidor o direito de retornar ao gozo da licença cento e oitenta e dois, não serão computados, arredondando-
interrompida. se para um ano quando excederem este número, para efeito de
aposentadoria.
Art. 111 - O servidor que tiver gozado a licença
remunerada de que trata esta Seção ficará obrigado a prestar

Noções de Legislação Municipal 10


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 115 - Além das ausências ao serviço previstas no art. Art. 120 - O prazo para interposição de pedido de
113 são considerados como de efetivo exercício os reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da
afastamentos em virtude de: publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
I - férias; recorrida.
II - abono médico, até 3 (três) dias no mês;
III - participação em programa de treinamento Art. 121 - O recurso poderá ser recebido com efeito
regulamentares instituído; suspensivo, a juízo da autoridade competente.
IV - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, Parágrafo Único. Em caso de provimento do pedido de
municipal ou do Distrito Federal; reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão
V - júri e outros serviços obrigatórios por lei; retroagirão à data do ato impugnado.
VI - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade; Art. 122 - O direito de requerer prescreve em 2 (dois) anos,
b) para tratamento da própria saúde até 180 (cento e quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria
oitenta) dias; ou disponibilidade, ou que afete interesse patrimonial e
c) para tratamento da própria saúde quando decorrente de créditos resultantes das relações de trabalho.
acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, Parágrafo Único. O prazo de prescrição será contado da
contagiosa ou incurável; data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência
d) para o desempenho de mandato classista; pelo interessado, quando o ato não for publicado.
e) prêmio por assiduidade;
f) por convocação para o serviço militar; Art. 123 - O pedido de reconsideração e o recurso,
g) por motivo de doença em pessoa da família com interrompem a prescrição.
remuneração;
h) para aperfeiçoamento profissional. Art. 124 - A prescrição é de ordem pública, não podendo
VII - participação em competição desportiva nacional, ou ser relevada pela administração.
convocação para integrar representação desportiva nacional,
no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica. Art. 125 - Para o exercício do direito de petição, é
Parágrafo Único. Consideram-se doenças graves, assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao
contagiosas ou incuráveis: tuberculose ativa, alienação mental, servidor ou a procurador por ele constituído.
esclerose múltipla, neoplasia, cegueira posterior ao ingresso
no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Art. 126 - A Administração deverá rever seus atos, a
Parkinson, paralisia irreversível incapacitante, qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados
avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Art. 127 - São fatais e improrrogáveis os prazos
Imunodeficiência Adquirida - AIDS, hepatite ou lesões estabelecidos neste capítulo.
traumáticas graves.
TÍTULO IV
Capítulo VIII DO REGIME DISCIPLINAR
DO DIREITO DE PETIÇÃO Capítulo I
DOS DEVERES
Art. 116 - É assegurado ao servidor o direito de requerer
aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse Art. 128 - São deveres do servidor:
legítimo. I - exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e
regulamentares inerentes ao cargo ou função;
Art. 117 - O requerimento dirigido à autoridade II - observar as normas legais e regulamentares;
competente para decidi-lo, será obrigatoriamente examinado III - cumprir as ordens superiores, exceto quando
pelo órgão de administração de pessoal que o encaminhará à manifestamente ilegais;
decisão final. IV - atender com presteza:
Parágrafo Único. O requerimento deverá ser sempre a) ao público em geral, prestando as informações
individual e obedecerá padrão oficial definido pela Secretaria requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
Municipal de Administração. b) à expedição de certidões requeridas para defesa de
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
Art. 118 - Cabe pedido de reconsideração à autoridade que c) às requisições para defesa da Fazenda Pública;
houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não V - levar ao conhecimento da autoridade superior as
podendo ser renovado. irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;
Parágrafo Único. O requerimento e o pedido de VI - zelar pela economia do material e pela conservação do
reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão patrimônio público;
ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro VII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
de 30 (trinta) dias. VIII - manter conduta compatível com a moralidade
administrativa;
Art. 119 - Caberá recurso: IX - ser assíduo e pontual ao serviço;
I - do indeferimento do pedido de reconsideração; X - tratar com urbanidade as pessoas;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente XI - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
interpostos. poder.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente Parágrafo Único. A representação de que trata o inciso
superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade
sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades. superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao
§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da representando ampla defesa.
autoridade a que estiver imediatamente subordinado o
requerente.

Noções de Legislação Municipal 11


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Capítulo II Art. 132 - O servidor Público vinculado ao regime desta Lei


DAS PROIBIÇÕES que cumular licitamente 02 (dois) cargos efetivos, quando
Art. 129 - Ao servidor é proibido e considerada como falta investido em cargo de provimento em comissão, ficará
grave: afastado de ambos os cargos efetivos, exceto quando existir a
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia compatibilidade de horários do cargo exercido com o disposto
autorização do chefe imediato; no art. 37, XVI, alíneas "a", "b" e "c" da Constituição Federal.
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, (Redação dada pela Lei nº 9085/1997)
qualquer documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos sem justificativa Art. 133 - Verificada em processo administrativo
expressa; acumulação proibida, o servidor optará por um dos cargos; se
IV - opor resistência injustificada ao andamento de não o fizer dentro de 15 (quinze) dias, será exonerado de
documento e processo ou execução de serviço; qualquer deles, a critério da Administração.
V - apresentar inassiduidade habitual; § 1º Provada a má-fé, o servidor será demitido de todos os
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora os casos cargos e restituirá o que tiver percebido indevidamente.
previstos em Lei, o desempenho de atribuição que seja de sua § 2º Se a acumulação proibida envolver cargo, função ou
responsabilidade ou de seu subordinado; emprego em outra entidade estatal ou paraestatal, será o
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem- servidor demitido do cargo municipal.
se a associação profissional ou sindical, ou a partido político.
VIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
outrem, em detrimento da dignidade de função pública; Capítulo IV
IX - participar de gerência ou administração de empresa DAS RESPONSABILIDADES
privada, de sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na
qualidade de acionista, cotista ou comanditário; Art. 134 - O servidor responde civil, penal e
X - integrar conselho de empresa fornecedora, ou que administrativamente pelo exercício irregular de suas
realize quaisquer modalidade de contrato com o Município; atribuições.
XI - atuar como despachante, procurador ou intermediário,
junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de Art. 135 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo
benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao
segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; erário ou a terceiros.
XII - praticar comércio de compra e venda de bens ou § 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao
serviços no recinto da repartição, ainda que fora do horário erário somente será liquidada na forma prevista no art. 51, na
normal de expediente; (Regulamentado pelo Decreto nº falta de outros bens que assegurem a execução do débito por
9820/2009) via judicial.
XIII - receber propina, comissão, presentes ou vantagem de § 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá
qualquer espécie, em razão de suas atribuições; o servidor perante a Fazenda Pública em ação regressiva.
XIV - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado § 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos
estrangeiro; sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor
XV - praticar usura sob qualquer de suas formas; da herança recebida.
XVI - proceder de forma desidiosa;
XVII - abandonar o cargo, caracterizando-se o abandono Art. 136 - A responsabilidade penal abrange os crimes e
pela ausência injustificada do servidor público ao serviço, por contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
mais de 30 (trinta) dias consecutivos;
XVIII - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição Art. 137 - A responsabilidade civil-administrativa resulta
em serviços ou atividades particulares; de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do
XIX - praticar jogos de azar; cargo ou função.
XX - apresentar embriaguez habitual ou em serviço;
XXI - exercer quaisquer atividades que sejam Art. 138 - As sanções civis, penais e administrativas
incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
horário de trabalho;
XXII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao Art. 139 - A responsabilidade administrativa do servidor
cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e será afastada no caso de absolvição criminal que negue a
transitórias. existência do fato ou a sua autoria.

Capítulo III Capítulo V


DA ACUMULAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 130 - Ressalvados os casos previstos na Constituição, Art. 140 - Considera-se infração disciplinar a conduta,
é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. dolosa ou culposa do servidor, que implique no
§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, descumprimento dos deveres e das proibições decorrentes do
empregos e funções em autarquias, fundações públicas, emprego que exerce.
empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do
Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios. Art. 141 - São penalidades disciplinares:
§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica I - advertência;
condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. II - suspensão;
III - demissão;
Art. 131 - O servidor não poderá exercer mais de um cargo IV - destituição de cargo em comissão;
em comissão, nem ser remunerado pela participação em órgão V - destituição de função gratificada.
de deliberação coletiva.
Art. 142 - Na aplicação das penalidades serão consideradas
a natureza e a gravidade de infração cometida, os danos que

Noções de Legislação Municipal 12


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

dela provierem para o serviço público, as circunstâncias Art. 152 - As penalidades disciplinares serão aplicadas:
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. I - pelo Prefeito, quando se tratar de destituição de cargo
em comissão ou de função gratificada, da demissão e cassação
Art. 143 - A advertência será aplicada por escrito, nos casos de aposentadoria ou disponibilidade de servidor;
de violação de proibição constante do art. 129, incisos I a VIII II - pelas autoridades administrativas de hierarquia
e de inobservância de dever funcional previsto em lei, imediatamente inferior àquela mencionada no inciso anterior,
regulamentação ou norma interna, que não justifique quando se tratar de suspensão.
imposição de penalidade mais grave.
Art. 153 - A ação disciplinar prescreverá:
Art. 144 - A suspensão será aplicada em caso de I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
reincidência das faltas punidas com advertência e de violação demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à destituição de cargo em comissão;
penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
(noventa) dias. III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
Parágrafo Único. Será punido com suspensão de até 15 § 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que
(quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a o fato se tornou conhecido.
ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade § 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez se às infrações disciplinares capituladas também como crime.
cumprida a determinação. § 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final
Art. 145 - A demissão será aplicada nos seguintes casos: proferida por autoridade competente.
I - crime contra a administração pública; § 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará
II - abandono de cargo; a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa; TÍTULO V
V - incontinência pública, devidamente comprovada, e DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
conduta escandalosa, na repartição; Capítulo I
VI - insubordinação grave em serviço; DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular
salvo em legítima defesa própria ou de outrem; Art. 154 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; no serviço público é obrigada a comunicar à Secretaria
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do Municipal de Administração, que determinará a instauração da
cargo; sindicância ou processo administrativo disciplinar,
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do Patrimônio assegurada ao acusado ampla defesa.
municipal;
XI - corrupção; Art. 155 - As denúncias sobre irregularidades serão objeto
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções de apuração, desde que contenham a identificação e o
públicas; endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito,
XIII - transgressão dos incisos X a XXII do art. 129. confirmada a autenticidade.
Parágrafo Único. Quando o fato narrado não configurar
Art. 146 - A destituição de cargo em comissão exercido por evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de arquivada, por falta de objeto.
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
Parágrafo Único. Constatada a hipótese de que trata este Capítulo II
artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 38, será DA SINDICÂNCIA
convertida em destituição de cargo em comissão.
Art. 156 - A apuração da denúncia de fato, cuja autoria não
Art. 147 - A demissão ou a destituição de cargo em seja conhecida, será efetuada mediante procedimento sumário
comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 145, de sindicância, conforme o disposto em regulamento.
implica na indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário, sem prejuízo da ação penal cabível. Art. 157 - Da sindicância poderá resultar:
I - arquivamento do processo;
Art. 148 - A demissão ou a destituição de cargo em II - instauração de processo disciplinar.
comissão por infringência dos incisos X e XIII do art. 145 Parágrafo Único. O prazo para conclusão da sindicância
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo não excederá 10 (dez) dias, podendo ser prorrogado por igual
público municipal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. período a critério da autoridade superior.
Parágrafo Único. Não poderá retomar ao serviço público Art. 158 - Sempre que o ilícito praticado pelo servidor
municipal o servidor que for demitido do cargo em comissão ensejar a imposição de penalidade, será obrigatória a
por infringência dos incisos I, IV, VIII, X e XI do art. 145. instauração de processo disciplinar.

Art. 149 - Configura abandono de cargo a ausência Capítulo III


intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
consecutivos.
Art. 159 - Como medida cautelar e a fim de que o servidor
Art. 150 - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao não venha a influir na apuração da irregularidade, a
serviço, sem causa justificada, por trinta dias, autoridade instauradora do processo disciplinar poderá
interpoladamente, durante o período de doze meses. determinar o seu afastamento do exercício do cargo pelo prazo
de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
Art. 151 - O ato de imposição da penalidade mencionará
sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

Noções de Legislação Municipal 13


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo,
findo o qual cessarão seus efeitos, ainda que não concluído o quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a
processo, sem prejuízo das sanções a que estiver sujeito. completa elucidação dos fatos.
§ 2º O servidor deverá ser notificado oficialmente da
prorrogação de que trata o parágrafo anterior. Art. 168 - É assegurado ao servidor o direito de
acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de
Capítulo IV procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas
DO PROCESSO DISCIPLINAR e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova
pericial.
Art. 160 - O processo disciplinar é o instrumento destinado § 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos
a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de
no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
atribuições do cargo em que se encontre investido. § 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a
comprovação do fato independer de conhecimento especial de
Art. 161 - O processo disciplinar será conduzido por perito.
comissão composta de 3 (três) servidores designados pelo
Prefeito, dos quais 2 (dois), necessariamente, efetivos. Art. 169 - As testemunhas serão intimadas a depor
(Redação dada pela Lei nº 10113/2001) mediante mandado expedido pelo presidente da comissão,
§ 1º A Comissão será presidida por Advogado e terá como devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser
secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a anexada aos autos.
indicação recair em um de seus membros. Parágrafo Único. Se a testemunha for servidor público, a
§ 2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou expedição de mandado será imediatamente comunicada ao
de inquérito cônjuge, companheiro ou parente do acusado, chefe do setor onde serve, com a indicação do dia e hora
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro marcados para inquirição.
grau.
Art. 170 - O depoimento será prestado oralmente e
Art. 162 - A Comissão exercerá suas atividades com reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por
independência e imparcialidade, assegurado o sigilo escrito.
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da § 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
Administração. § 2º Na hipótese de depoimento contraditório ou que se
Parágrafo Único. As reuniões e as audiências das comissões infirmem, proceder-se-á acareação entre os depoentes.
terão caráter reservado.
Art. 171 - Concluída a inquirição das testemunhas, a
Art. 163 - O processo disciplinar se desenvolve nas comissão promoverá o interrogatório do acusado.
seguintes fases: § 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será
I - instauração, com publicação do ato que constituir a ouvido separadamente, e sempre que divergirem as suas
comissão; declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, acareação entre eles.
defesa e relatório; § 2º O procurador do acusado poderá assistir ao
III - julgamento. interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas,
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas,
Art. 164 - O prazo para a conclusão do processo disciplinar facultando-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do
não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de presidente da comissão.
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua
prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o Art. 172 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental
exigirem. do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que
§ 1º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual
integral aos seus trabalhos, ficando seus membros participe pelo menos um médico psiquiatra.
dispensados do ponto, até a entrega do relatório final. Parágrafo Único. O incidente de sanidade mental será
§ 2º As reuniões serão registradas em atas que deverão processado em auto apartado e apenso ao processo principal,
detalhar as deliberações adotadas. após a expedição do laudo pericial.

SEÇÃO I Art. 173 - Tipificada a infração disciplinar, será formulada


DO INQUÉRITO a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele
imputados e das respectivas provas.
Art. 165 - O inquérito administrativo obedecerá ao § 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo
princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no
defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se lhe vista do processo.
direito. § 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum
e de 20 (vinte) dias.
Art. 166 - Os autos da sindicância integrarão o processo § 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro,
disciplinar, como peça informativa da instrução. para diligências reputadas indispensáveis.
Parágrafo Único. Na hipótese de o relatório da sindicância § 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na
concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data
autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao declarada, em termo próprio, pelo membro da Comissão que
Ministério Público, independentemente da imediata fez a citação, com a assinatura de 2 (duas) testemunhas.
instauração do processo disciplinar.
Art. 174 - O indiciado que mudar de residência fica
Art. 167 - Na fase do inquérito, a comissão promoverá a obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser
tomada de depoimentos, acareações, investigações e encontrado.

Noções de Legislação Municipal 14


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

para instauração da ação penal, ficando trasladado na


Art. 175 - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não repartição.
sabido, será citado por edital, publicado no Órgão Oficial do
Município e em jornal de grande circulação na localidade do Art. 184 - O servidor que responder a processo disciplinar
último domicílio conhecido, para apresentar defesa. só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado
Parágrafo Único. Na hipótese deste artigo, o prazo para voluntariamente, após conclusão do processo e o
defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação cumprimento da penalidade acaso aplicada.
do edital. Parágrafo Único. Ocorrida a exoneração de que trata inciso
I do art. 37, o ato será convertido em demissão, se for o caso.
Art. 176 - Considerar-se-á revel o indiciado que,
regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal. SEÇÃO III
§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do DA REVISÃO DO PROCESSO
processo e devolverá o prazo para a defesa.
§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade Art. 185 - O processo disciplinar poderá ser revisto,
instauradora do processo designará um servidor como qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem
defensor dativo, ocupante de cargo de nível igual ou superior fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a
ao do indiciado. inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento
Art. 177 - Apreciada a defesa, a comissão elaborará do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a
relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos revisão do processo.
autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a § 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão
sua convicção. será requerida pelo respectivo curador.
§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência
ou à responsabilidade do servidor. Art. 186 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao
§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a requerente.
comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar
transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou Art. 187 - A simples alegação de injustiça da penalidade
atenuantes. não constitui fundamento para a revisão, que requer
elementos novos ainda não apreciados no processo originário.
Art. 178 - O processo disciplinar, com o relatório da
comissão, será remetido ao Secretário Municipal de Art. 188 - O requerimento de revisão do processo será
Administração, que o encaminhará para julgamento do dirigido ao Secretário Municipal de Administração, que, se
Prefeito ou do titular da Unidade Administrativa, conforme o autorizar a revisão, providenciará a constituição de comissão,
disposto no art. 152. na forma do art. 161.
Parágrafo Único. O servidor será comunicado oficialmente
da conclusão do processo disciplinar. Art. 189 - A revisão correrá em apenso ao processo
originário.
SEÇÃO II Parágrafo Único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia
DO JULGAMENTO e hora para a produção de prova e inquirição das testemunhas
que arrolar.
Art. 179 - No prazo de 20 (vinte) dias, contados do
recebimento do processo, a autoridade proferirá a sua decisão. Art. 190 - A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para
Parágrafo Único. Havendo mais de um indiciado e a conclusão dos trabalhos.
diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade
competente para imposição de pena mais grave. Art. 191 - Aplicam-se aos trabalhos de comissão revisora,
no que couber, as normas e procedimentos próprios da
Art. 180 - O julgamento acatará o relatório da comissão comissão do processo disciplinar.
salvo quando contrário às provas dos autos.
Parágrafo Único. Quando o relatório da comissão Art. 192 - O julgamento caberá à autoridade que aplicou a
contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, penalidade, nos termos do art. 152.
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou Parágrafo Único. O prazo para julgamento será de 20
isentar o servidor de responsabilidade. (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso
do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.
Art. 181 - Verificada a existência de vício insanável, o
Prefeito declarará a nulidade total ou parcial do processo e Art. 193 - Julgada procedente a revisão, será declarada sem
ordenará a constituição outra comissão, para instauração de efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os
novo processo. direitos do servidor.
§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implicará Parágrafo Único. Da revisão do processo não poderá
nulidade do processo. resultar agravamento de penalidade.
§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de
que trata o art. 153, § 2º, será responsabilizada na forma do TÍTULO VI
Capítulo IV do Título IV. Capítulo Único
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL
Art. 182 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a INTERESSE PÚBLICO
autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
assentamentos individuais do servidor. Art. 194 - Para atender à necessidade temporária de
excepcional interesse público, poderão ser efetuadas
Art. 183 - Quando a infração estiver capitulada como crime, contratações de pessoal por tempo determinado, mediante
o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público contrato administrativo.

Noções de Legislação Municipal 15


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 195 - Consideram-se como de necessidade temporária Art. 196 - É vedado o desvio de função de pessoa
de excepcional interesse público as contratações que visam a: contratada na forma deste título, bem como sua recontratação
I – (Revogado pela Lei nº 11932/2009); acima dos prazos previstos, sob pena de nulidade do contrato
II - combater surtos epidêmicos; e responsabilidade administrativa e civil da autoridade
III - atender a situações de calamidade pública, assim contratante.
declarada por Decreto do Executivo Municipal, provocada por
fatores naturais e epidemiológicos que afetem gravemente a Art. 197 - Nas contratações por tempo determinado, serão
comunidade, ameaçando a integridade física ou mental dos observados os padrões de vencimentos dos planos de carreira
munícipes; do órgão ou entidade contratante, exceto na hipótese do inciso
IV - substituir professor, em decorrência de doença, V do art. 195, quando serão observados os valores do mercado
acidente, licenças, aposentadoria, exoneração ou demissão, de trabalho.
caso não seja possível a substituição por outro servidor do §1º. Fica autorizada, por necessidade do serviço, a
quadro, sem prejuízo do serviço público; (Redação dada pela contratação temporária por hora/aula, dos ocupantes de cargo
Lei nº 11932/2009) do regime de 20 horas semanais, com vencimentos e encargos
V - permitir a execução de serviço por profissional de proporcionais. (Renomeado pela LC 022/2015)
notória especialização; § 2º Fica autorizada, por necessidade do serviço, a
VI - atender a situações de urgência que possam contratação temporária de profissionais médicos plantonistas,
comprometer a prestação de serviços públicos essenciais, nas para o cumprimento de plantão de 12 (doze) horas semanais,
hipóteses previstas no art. 10 da Lei Federal nº 7783, de 28 de com remuneração e demais encargos proporcionais à jornada
junho de 1989. (Redação dada pela Lei nº 11932/2009) de trabalho. (Acrescido pela LC 022/2015)
VII - substituir servidores efetivos das classes de médico, § 3º Fica autorizada, por necessidade de serviço, a
cirurgião-dentista, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, contratação temporária de médicos, para cumprimento da
secretário escolar e coordenador pedagógico, em gozo de jornada de que trata o art. 1º, I, da Lei nº 12.325, de 2011, com
licenças previstas no art. 91 desta Lei. (Redação dada pela Lei vencimentos e remuneração proporcionais à referida jornada,
nº 10785/2004) bem como de Cirurgiões-Dentistas, para cumprimento da
VII - admitir professor visitante, inclusive estrangeiro. jornada prevista em Lei Complementar própria, também com
(Redação acrescida pela Lei nº 11932/2009) vencimentos e remuneração proporcionais à referida jornada.
IX - atender à urgente exigência do serviço público, em (Alterado pela LC 047/2016)
decorrência da insuficiência de pessoal aprovado em concurso
público, para evitar o colapso nas atividades afetas aos setores TÍTULO VII
de saúde, transporte, obras públicas, educação, meio DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
ambiente, assistência social, segurança pública e defesa civil,
devendo, nestes casos, ocorrer, paralelamente, a deflagração Art. 198 - O Dia do Servidor Público será comemorado a 28
de concurso público para o provimento de cargos públicos, (vinte e oito) de outubro e o Dia do Professor será
bem como a adoção de medidas necessárias para a conclusão comemorado no dia 15 (quinze) de outubro.
dos certames que estiverem em andamento; (Acrescido pela
LC 002/2013) Art. 199 - É assegurado aos servidores públicos e suas
X - substituir servidor efetivo afastado, impedido ou entidades, o direito de reuniões em locais de trabalho, após o
licenciado, por prazo superior a 30 (trinta) dias, quando o expediente, mediante solicitação ao superior imediato com
serviço público não puder ser desempenhado a contento com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.
o quadro remanescente, de acordo com a justificativa
previamente apresentada pelo titular da unidade Art. 200 - Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes
administrativa requisitante, em processo administrativo Executivo e Legislativo, os seguintes incentivos funcionais,
próprio, ficando a duração do contrato administrativo, nestes além daqueles já previstos nos respectivos planos de carreira:
casos, limitada ao período de afastamento, impedimento ou I - prêmios pela apresentação de ideias, inventos ou
licença, observado o prazo máximo de 12 (doze) meses para trabalhos que favoreçam o aumento de produtividade e a
um mesmo contrato.” (Acrescido pela LC 002/2013) redução dos custos operacionais;
§ 1º As contratações de que trata este artigo terão dotação II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito e
específica e obedecerão ao prazo de doze meses, exceto a elogio.
contratação de pessoal para atender especificamente a
Programas financiados pelos Governos Estadual e Federal, que Art. 201 - Os prazos previstos nesta Lei serão contados em
poderá ter o seu prazo vinculado ao tempo de vigência do dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do
Programa respectivo. (Redação dada pela Lei nº 12413/2011) vencimento sendo prorrogado, para o primeiro dia útil
§ 2º O prazo de que trata o parágrafo anterior é seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente.
improrrogável. (Redação dada pela Lei nº 10785/2004)
§ 3º O recrutamento será feito mediante processo seletivo Art. 202 - Os Órgãos da Administração Direta ou Indireta
simplificado, sujeito a ampla divulgação em jornal de grande constituirão Comissões Técnicas de Controle de Condições de
circulação, exceto nas hipóteses dos incisos III, V e VI. Trabalho (CTCCT), visando à proteção da vida, do meio
§ 4º Após os limites de prazo previstos para a contratação ambiente e das condições de trabalho dos servidores,
de que trata os incisos IV e V, só poderá haver nova conforme o disposto em regulamento.
contratação decorridos 30 (trinta) dias do término do contrato
e mediante justificativa publicada no Órgão Oficial do Art. 203 - Por motivo de crença religiosa ou de convicção
Município. filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de
§ 5º A contratação para atender às necessidades quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida
decorrentes de calamidade pública, de emergência ambiental funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.
e de urgência e emergências em saúde pública, prescindirá de
qualquer tipo de processo seletivo. (Acrescido pela Lei Art. 204 - Ao servidor público municipal é assegurado, nos
12.615/2012) termos da Constituição Federal, o direito à livre associação
sindical.

Noções de Legislação Municipal 16


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º Mediante solicitação, poderá ser descontado do Parágrafo Único. O recebimento indevido de benefícios
servidor, sem ônus para a entidade sindical a que foi filiado, o havidos por fraude, dolo ou má-fé implicará devolução ao
valor das mensalidades e contribuições definidas em Fundo do total auferido com juros e correção monetária, sem
assembleia geral da categoria. prejuízo da ação penal cabível.
§ 2º O valor descontado será repassado à entidade sindical
no prazo de 5 (cinco) dias contados da data em que for Art. 211 - Consideram-se dependentes do servidor:
efetuado o pagamento mensal ao servidor. a) o cônjuge;
§ 3º Fica assegurado o direito de inamovibilidade do b) o ex-cônjuge que receba pensão alimentícia;
dirigente sindical, até 1 (um) ano após o final do mandato, c) o companheiro ou companheira, que comprove união
exceto a pedido. estável com o associado como entidade familiar, a 5 (cinco)
anos;
TÍTULO VIII d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS do servidor;
e) a pessoa designada maior de 60 (sessenta) anos e a
Art. 205 - Enquanto não estiver em funcionamento o pessoa portadora de deficiência que viva sob dependência
Instituto de Previdência dos Servidores Municipais, econômica do servidor;
prevalecerão as normas dos artigos seguintes em relação ao f) os filhos ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade,
Regime de Previdência dos Servidores Municipais. ou, se inválido, enquanto durar a invalidez;
g) o menor sob guarda ou tutela por determinação judicial,
Art. 206 - A Lei que criar o Instituto de Previdência até 21 (vinte e um) anos de idade;
Municipal será precedida de estudo atuarial elaborado por h) o irmão órfão até 21 (vinte e um) anos e o inválido,
profissionais qualificados. enquanto durar a invalidez que comprovem dependência
econômica do servidor;
Art. 207 - Até a aprovação da Lei de que trata o art. 206, a i) a pessoa designada que viva na dependência econômica
carência para concessão da aposentadoria por tempo de do servidor, até 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto
serviço e por idade será de 5 (cinco) anos, a partir da data de durar a invalidez.
aprovação desta lei, observado o art. 208. Parágrafo Único. O registro dos dependentes ficará
subordinado à comprovação documental específica para cada
Art. 208 - Os servidores efetivos em exercício, cuja idade hipótese.
ou tempo de serviço faça com que tenham condições de se
aposentarem, integral ou proporcionalmente, no período de Art. 212 – (Revogado pela LC 039/2015)
carência, continuarão sujeitos ao Regime da Consolidação das
Leis do Trabalho. (Vide Leis nº 9830/2000 e nº 10963/2005) Art. 213 - O abono-família é devido ao servidor ativo ou
§ 1º Os servidores e beneficiários sujeitos ao previsto no inativo, por filho ou equiparado de qualquer condição, até
caput farão jus a complementação do valor dos seus proventos quatorze anos de idade ou inválido de qualquer idade, nos
de aposentadorias e demais benefícios recebidos do INSS, paga valores e condições estabelecidos na legislação federal
pela Prefeitura até o limite da remuneração do emprego que pertinente. (Redação dada pela Lei nº 10785/2004)
ocupava na data da aposentadoria e demais condições da Lei
que criar a Previdência. Art. 214 - Não se configura a dependência econômica
§ 2º Os valores da complementação serão corrigidos na quando o beneficiário do abono-família perceber rendimento
mesma data e percentuais aplicados aos vencimentos dos do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou
servidores da ativa. provento da aposentadoria, em valor igual ou superior ao
§ 3º O servidor que possuir 2 (dois) vínculos, que não salário mínimo.
tenha tempo necessário à aposentadoria em um deles, terá
este tempo calculado proporcionalmente para a Art. 215 - Quando pai e mãe forem servidores públicos e
complementação de que trata o § 1º. viverem em comum, o abono-família será pago a um deles;
§ 4º Aos atuais servidores integrantes dos Grupos de quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a
Direção Superior, Assessoramento e Execução Especial, não distribuição dos dependentes.
ocupantes de cargos ou empregos efetivos, não se aplicam as Parágrafo Único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto,
regras de concessão de aposentadoria e pensão estabelecidas a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos
por esta Lei. incapazes.

Art. 209 - Os servidores estatutários em exercício, regidos Art. 216 - O abono-família não servirá de base para
pela Lei nº 5.493, de 19 de outubro de 1978, passarão a qualquer contribuição, inclusive para o Fundo de Previdência
contribuir para o Fundo de Previdência Municipal conforme o Municipal previsto no § 3º do art. 240.
disposto no art. 240, dentro em 5 (cinco) anos, a contar da
entrada em vigor desta lei. Art. 217 - A licença para tratamento de saúde será
Parágrafo Único. Fica assegurado aos servidores concedida a pedido ou de ofício, em relação aos dias que
mencionados no caput a percepção integral da aposentadoria excederem a 3 (três), consecutivos ou alternados, no curso de
e pensão através do Fundo de Previdência Municipal. um mês.

Art. 210 - O servidor fará jus aos seguintes benefícios: Art. 218 - A licença somente será concedida à vista do
a) aposentadoria por invalidez; atestado passado e homologado pelo órgão de Saúde vinculado
b) (Revogada pela Lei nº 11036/2005) à Administração Municipal com competência para tal.
c) abono-família; § 1º - O servidor em licença médica poderá ser convocado,
d) licença para tratamento de saúde; a qualquer tempo, para submeter-se a inspeção por junta
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; médica oficial. (Redação acrescida pela Lei nº 10113/2001)
f) pensão vitalícia e temporária aos seus dependentes; § 2º - Se o servidor não atender, sem motivo justificado, a
g) (Revogada pela Lei nº 11036/2005) convocação, a licença médica será suspensa, até o seu
h) auxílio-reclusão.

Noções de Legislação Municipal 17


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

comparecimento. (Redação acrescida pela Lei nº VI - exoneração do servidor(a) beneficiado(a) decorrente


10113/2001) de inabilitação em estágio probatório. (Alterado pela LC
021/2014)
Art. 219 - Sempre que a doença em curso tornar impossível Art. 224. (Revogado pela Lei nº 11422/2007)
ou muito penosa a locomoção, caberá ao órgão de saúde
realizar a perícia médica na residência do servidor, ou, se for o Art. 225 - Pelo nascimento de filho, o servidor terá direito
caso, no estabelecimento hospitalar onde se encontrar à licença-paternidade de 05 (cinco) dias consecutivos, a partir
internado. da data de nascimento.

Art. 220 - A licença por mais de 30 (trinta) dias dependerá Art. 226 - Será licenciado, com remuneração integral, o
de inspeção por junta médica oficial. servidor acidentado em serviço.
Parágrafo Único. Findo o prazo da licença, o servidor será
submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao Art. 227 - Configura acidente em serviço o dano físico ou
serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria. mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou
imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.
Art. 221 - O servidor que apresente indícios de lesões Parágrafo Único. Equipara-se ao acidente em serviço:
orgânicas ou funcionais será encaminhado para exame I - o decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo
médico. servidor no exercício do cargo;
II - o sofrido no percurso da residência para o trabalho e
Art. 222 - Será concedida licença à servidora gestante por vice-versa.
180 (cento e oitenta dias) consecutivos, sem prejuízo da
remuneração. (Redação dada pela Lei nº 11422/2007) Art. 228 - O servidor acidentado em serviço que necessite
§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição
mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica. privada, à conta de recursos públicos.
§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início Parágrafo Único. O tratamento a que se refere o "caput"
a partir do parto. deverá ser recomendado por junta médica oficial, e sua
realização em instituição privada constitui medida de exceção,
Art. 223. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial somente admissível quando inexistirem meios e recursos
para fins de adoção de criança, serão concedidos 180 (cento e adequados em instituições públicas.
oitenta) dias de licença remunerada, contados a partir da data
de obtenção da adoção ou guarda judicial para fins de adoção, Art. 229 - A prova do acidente será feita em 48 (quarenta e
mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante oito) horas ou no prazo de até 10 (dez) dias, devidamente
ou guardiã. (Alterado pela LC 021/2014) justificados, quando as circunstâncias o exigirem.
§ 1º Durante o período da licença estabelecida no caput, a
remuneração será calculada, exclusivamente, com base no Art. 230 - Por morte do servidor efetivo, os dependentes
vencimento do cargo efetivo da beneficiada, acrescido das fazem jus a uma pensão mensal de valor correspondente a
vantagens suscetíveis de desconto previdenciário, percebidas totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido.
no mês anterior ao da concessão da licença. (Alterado pela LC
021/2014) Art. 231 - As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em
§ 2º Ao servidor que adotar ou obtiver guarda judicial para vitalícias e temporárias.
fins de adoção de criança será concedido o mesmo prazo de § 1º A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas
licença remunerada estabelecido no caput deste artigo, se for permanentes, que somente se extinguem ou revertem com a
ele o único responsável pela criança. (Alterado pela LC morte de seus beneficiários.
021/2014) § 2º A pensão temporária é composta de cota ou cotas que
§ 3º No caso de falecimento da servidora beneficiada pela podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, cessação
licença de que trata o caput deste artigo, e, sendo o cônjuge ou de invalidez ou maioridade do beneficiário.
companheiro também servidor público municipal, e, ainda, o
único responsável pela criança, será concedida licença Art. 232 - São beneficiários das pensões vitalícias os
remunerada pelo prazo restante, contado da data do dependentes nas letras "a", "b", "c", "d" e "e" do art. 211.
respectivo falecimento. (Alterado pela LC 021/2014)
§ 4º Fica vedada a compensação de dias de licença não Art. 233 - São beneficiários das pensões temporárias os
usufruídos. (Alterado pela LC 021/2014) dependentes mencionados nas letras "f", "g", "h" e "i" do art.
§ 5º Estando o servidor(a) afastado(a) por qualquer 211.
motivo, a concessão de licença estabelecida no caput deste
artigo, será concedida após o seu retorno, em período Art. 234 - No caso de falecimento do servidor regido por
proporcional aos dias restantes a que fizer jus. (Alterado pela este estatuto, a Prefeitura pagará ao conjunto dos seus
LC 021/2014) beneficiários inscritos uma pensão mensal correspondente à
§ 6º A licença remunerada decorrente de adoção ou totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido
obtenção de guarda judicial para fins de adoção de criança reajustável na mesma época e no mesmo percentual aplicável
cessará nos casos de: a tabela dos vencimentos dos servidores ativos.
I - falecimento ou abandono da criança;
II - demissão do servidor(a) beneficiado(a) decorrente de Art. 235 - (Revogado pela LC 039/2015)
decisão administrativa, após o devido processo disciplinar;
III - demissão do servidor(a) beneficiado(a) decorrente de Art. 236 - À família do servidor ativo é devido o auxílio
determinação judicial; reclusão, nos seguintes casos:
IV - aposentadoria voluntária, por invalidez ou I - dois terços da remuneração, quando afastado por
compulsória; motivo de prisão em flagrante ou preventiva, determinada
V - falecimento do servidor(a) beneficiado(a); e pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;

Noções de Legislação Municipal 18


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

II - metade da remuneração, durante o afastamento, em TÍTULO IX


virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que não DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
determine a perda do cargo.
§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor Art. 244 - Ficam submetidos ao Estatuto instituído por esta
terá direito à integralização da remuneração, desde que Lei, na qualidade de servidores públicos municipais, os
absolvido. servidores dos Poderes do Município, das Autarquias e de
§ 2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do Fundação Pública, regidos pela Lei nº 5.493, de 1º de outubro
dia imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade, de 1978 com as alterações posteriores pela Consolidação das
ainda que condicional. Leis do Trabalho aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, exceto o pessoal contratado por prazo
Art. 237 - O regulamento de benefícios da Previdência determinado.
Social será utilizado subsidiariamente para aplicação aos § 1º Ressalvado o disposto no art. 208 desta lei, são
servidores municipais em caso de lacuna ou omissão desta lei. considerados extintos os contratos individuais de trabalhos e
transformados em cargos os empregos públicos municipais
Art. 238 - Ao servidor aposentado e aos pensionistas é atualmente ocupados por servidores integrantes dos
devida gratificação natalina correspondente a 1/12 (um doze seguintes quadros permanentes:
avos) da remuneração a que fizerem jus no mês de dezembro, I - Quadro específico de provimento efetivo, constante do
por mês no respectivo ano. Anexo I da Lei nº 6.460, de 22 de dezembro de 1983, com as
Art. 239 - As condições e valores dos benefícios constantes alterações posteriores;
desta Lei, serão adaptados às mudanças que vierem a ser II - Quadro do Magistério Municipal constante dos Anexos
introduzidas na Constituição Federal e na legisiação federal I e II da Lei nº 7.565, de 21 de julho de 1989, com as alterações
pertinente. posteriores;
III - Quadro Permanente dos órgãos e entidades da
Art. 240 - A contribuição dos servidores e aposentados no administração indireta, incluídos no regime desta lei.
regime desta Lei a título de formação de Fundo de Previdência § 2º Os servidores que integram o atual quadro Específico
Municipal, variará de 9% (nove por cento) a 12% (doze por de Provimento em Comissão permanecem sujeitos ao previsto
cento), conforme as faixas da remuneração, calculada de nos artigos 12, 13, 14 e 15 da Lei nº 6.460, de 22 de dezembro
maneira cumulativa em cada remuneração: (Vide art. 8º da Lei de 1983 até a implantação da Lei que instituirá o Plano de
nº 11036/2005) Carreiras de que trata o art. 256 desta lei, exceto àqueles
sujeitos ao disposto no art. 208.

Art. 245 - A extinção dos contratos individuais de trabalho,


inclusive dos contratos suspensos, será formalizada pela
entidade contratante mediante anotação na respectiva
Carteira de Trabalho.
Parágrafo Único. Caberá à entidade contratante adotar
junto aos órgãos competentes, as providências necessárias
para a cessação do recolhimento dos encargos sociais e demais
obrigações ou formalidades decorrentes da extinção do
§ 1º O servidor que tiver dois vínculos, contribuirá sobre vínculo trabalhista.
cada vínculo em separado.
§ 2º Os valores das faixas de que trata o caput serão Art. 246 - É assegurada para todos os efeitos a contagem
corrigidos na mesma ocasião e percentuais aplicados aos de tempo de serviço público municipal prestado sob o regime
servidores ativos. trabalhista.
§ 3º Será descontado do servidor sujeito à
complementação prevista no § 1º do art. 208 o equivalente aos Art. 247 - Aos atuais servidores que estejam prestando
percentuais previstos no "caput", do valor da complementação serviços extraordinários há mais de 24 (vinte e quatro) meses
a título de formação do Fundo de Previdência Municipal. consecutivos, o Município se resguarda o direito de continuar
exigindo a sua prestação ou ao direito de suprimi-las mediante
Art. 241 - Enquanto não estiver constituído o Instituto, indenização.
caberá a Prefeitura: § 1º A indenização a que se refere o artigo será calculada
I - prover os recursos humanos e materiais para eficaz pela média aritmética do número das horas extraordinárias
administração dos benefícios. efetivamente trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses,
II - gerir os recursos financeiros, assegurando multiplicada pelo valor da hora-extra do dia da supressão,
rentabilidade mínima de 6% (seis por cento) ao ano, além da para cada ano ou fração superior a 6 (seis) meses de hora-
correção monetária dos recursos. extra prestada até o limite de 20 (vinte) anos.
Parágrafo Único. Caso os rendimentos sejam inferiores ao § 2º O valor da hora-extra não suprimida, integrará o
percentual fixado neste artigo, a Prefeitura reporá a diferença provento da aposentadoria ou da pensão, pela média do
com recursos orçamentários. número de horas-extras prestadas nos 12 (doze) últimos
meses desde que o servidor já esteja recebendo há mais de 5
Art. 242 - A Prefeitura, enquanto estiver administrando o (cinco) anos consecutivos na data da aposentadoria ou do
fundo decorrente das contribuições, será responsável por óbito.
suprir eventuais insuficiências financeiras necessárias ao § 3º É vedada a concessão de autorização para a prestação
pagamento dos benefícios. de serviços extraordinários ao servidor que tenha recebido ou
venha a receber o pagamento da indenização de que trata este
Art. 243 - Será criado Conselho Fiscal Provisório artigo.§ 3º - É vedada a concessão de autorização para a
constituído por 3 (três) representantes das entidades sindicais prestação de serviços extraordinários ao servidor que tenha
representativas dos servidores e 3 (três) indicados pelo recebido ou venha a receber o pagamento da indenização de
Prefeito Municipal, responsável pelo acompanhamento e que trata este artigo. (Redação acrescida pela Lei nº
fiscalização do disposto no art. 241. 10113/2001)

Noções de Legislação Municipal 19


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 248 - Ficam mantidas as pensões especiais e as que tenham instituído direitos e vantagens não previstas na
estatutárias concedidas até a vigência desta lei. presente lei, assegurados os direitos adquiridos.
§ 1º Ficam revogadas parcialmente as Leis nº 6460, de 23
Art. 249 - A gratificação de nível universitário e os de dezembro de 1983 e nº 7565, de 21 de julho de 1989,
quinquênios recebidos pelos atuais estatutários são extintos permanecendo em vigor apenas os artigos 4º, 5º, 7º a 11, 13 a
pela presente lei. 47, 53 a 63, 91 a 94, 102, 103, 105 a 110 e Anexo I, II e III da
§ 1º O valor nominal dos quinquênios completados ou que Lei nº 7.565, de 21 de julho de 1989 com as alterações
vierem a completar-se dentro de 30 (trinta) meses da posteriores; e os artigos 5º a 17, 22, 31, 33 a 39, 46 (caput e §
publicação desta lei, passará a constituir vantagem pessoal 1º), 52 e Anexos I, II e III da Lei nº 6.460, de 22 de dezembro
nominalmente identificável (VPNI-I). de 1983, com alterações posteriores e Lei nº 6844, de 12 de
§ 2º O valor nominal da gratificação de nível universitário dezembro de 1985.
dos atuais servidores estatutários passa a constituir vantagem §2º (Revogado pela Lei nº 9212/1998)
pessoal nominalmente identificável (VPNI-II), a partir da
publicação desta lei. Art. 256 - No prazo de 150 (cento e cinquenta) dias da
§ 3º O valor da VPNI-I e VPNI-II será reajustado pelo aprovação desta Lei, deverá ser enviado Projeto de Lei ao
mesmo índice que reajustar os vencimentos dos servidores Legislativo estabelecendo os planos de carreiras de que trata
públicos municipais. o art. 39 da Constituição Federal e o Instituto de Previdência
§ 4º Fica garantido aos atuais servidores estatutários o dos Servidores Municipais.
gozo de férias-prêmio na forma do art. 69 da Lei nº 5.493, de
19 de outubro de 1978, quando completados dentro em 2 Art. 257 - Fica estabelecido que as alterações após a
(dois) anos e 6 (seis) meses da publicação desta lei. publicação desta lei, deverão ser efetuadas, exclusivamente, na
§ 5º É assegurado aos atuais servidores estatutários o forma de emendas, alterando-se a redação de seus artigos.
direito de optar pela contagem em dobro, para efeito de
aposentadoria, do tempo correspondente às férias-prêmio de Art. 258 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
que trata o parágrafo anterior, contanto que o façam no prazo
de 60 (sessenta) dias a partir da entrada em vigor desta lei. Paço da Prefeitura de Juiz de Fora, 31 de julho de 1995.
§ 6º Os servidores estatutários que requererem sua
aposentadoria até 60 (sessenta) dias após a publicação da Questões
presente lei, farão jus ao recebimento em pecúnia das férias-
prêmio não gozadas, ressalvado o disposto no § 5º. 01. (Prefeitura de Juiz de Fora/MG – Auditor Fiscal –
AOCP/2016) Em relação às responsabilidades, o Estatuto dos
Art. 250 - O Vale-Transporte, destinado, à cobertura das Servidores Públicos da administração direta do Município de
despesas dos servidores no seu deslocamento diário, será Juiz de Fora determina que
concedido nos termos da Lei Federal nº 7418/85 alterada pela (A) ao servidor que incorrer em crime contra a
Lei Federal nº 7619/87. administração pública aplicar-se-á penalidade de suspensão.
§ 1º O servidor cujo vencimento não ultrapasse a 3 (três) (B) o servidor, que exercer irregularmente suas
salários mínimos ficará isento de qualquer desconto relativo atribuições, responderá exclusivamente nas esferas civil e
ao Vale Transporte, enquanto persistir esta situação. administrativa.
§ 2º O deslocamento diário do servidor correspondente à (C) as sanções civis, penais e administrativas são
soma dos trajetos residência-trabalho e trabalho-residência. independentes entre si, não podendo cumular-se.
(D) no caso de absolvição criminal do servidor, por
Art. 251 - Quando houver interesse recíproco da ausência de comprovação do fato ou de sua autoria, não será
Administração e do servidor, o Executivo poderá efetuar afastada a responsabilidade administrativa a ele inferida.
acordo para exoneração do servidor estável. (E) a responsabilidade penal abrange os crimes e
§ 1º O limite máximo da indenização será equivalente a um contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
vencimento base da classe do servidor, por ano de serviço,
além dos demais direitos a que o servidor fizer jus. 02. Sobre o Estatuto dos Servidores Públicos de Juiz de
§ 2º O Sindicato a que o servidor estiver filiado receberá Fora, analise o item abaixo e julgue certo ou errado:
comunicação prévia do Acordo e o homologará, sob pena de Carreira é o agrupamento de cargos de idêntica natureza,
sua nulidade. denominação e qualificação.
(....) Certo (....) Errado
Art. 252 - Os servidores estatutários do Município, em
exercício na data da promulgação desta lei, há pelo menos 12 03. De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos de
(doze) anos continuados, são considerados estáveis no serviço Juiz de Fora, ao entrar em exercício, o servidor nomeado para
público. cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório
por período de 02 (dois) anos, durante o qual,
Art. 253 - A critério exclusivo de sua Mesa Diretora, que trimestralmente, a sua aptidão e capacidade serão objeto de
para tanto formalizará o pedido, o chefe do Executivo poderá avaliação para o desempenho do cargo, além de seres
autorizar a transferência, em caráter definitivo, de todos os observados fatores determinados por lei.
servidores postos a disposição da Câmara Municipal. (....) Certo (....) Errado
04. Sobre o Estatuto dos Servidores Públicos de Juiz de
Art. 254 - No prazo de 90 (noventa) dias da publicação Fora, analise o item abaixo e julgue certo ou errado:
deverá ser publicado Ato, oficializando a lotação dos A reversão é a reinvestidura do servidor estável no cargo
servidores municipais. anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua
transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
Art. 255 - Ficam revogadas as disposições em contrário, administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as
especialmente as Leis nº 5493, 19 de outubro de 1978 e vantagens.
respectiva legislação complementar nº 8090, de 15 de (....) Certo (....) Errado
dezembro de 1981; 7632, de 30 de novembro de 1989 e outras

Noções de Legislação Municipal 20


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

05. De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos de Art. 3º A organização do Município observará os seguintes
Juiz de Fora, e recondução é o provimento temporário de cargo princípios e diretrizes:
em comissão ou função gratificada no impedimento do titular. I - a gestão democrática;
(....) Certo (....) Errado II - a soberania e a participação popular;
III - a transparência e o controle popular na gestão
Respostas pública;
IV - o respeito à autonomia e à independência de
01. Resposta: E. atuação das associações e movimentos sociais;
02. Resposta: Errado. V - a programação e o planejamento das ações públicas;
03. Resposta: Errado. VI - o exercício pleno da autonomia municipal;
04. Resposta: Errado. VII - a articulação e a cooperação com os demais entes
05. Resposta: Errado. federados;
VIII - a garantia de acesso a todos, de modo justo e igual,
sem distinção de origem, raça, sexo, cor, orientação sexual,
idade, condição econômica, religião, crença, pessoa com
deficiência ou qualquer outra discriminação aos bens, serviços
Lei Orgânica do Município e condições de vida indispensáveis a uma existência digna;
de Juiz de Fora e suas IX - a acolhida e o tratamento igual a todos os que, no
respeito da lei, afluem para o Município;
alterações X - a defesa e a preservação do território, dos recursos
naturais e do meio ambiente do Município;
XI - a preservação dos valores históricos e culturais da
população.
Lei Orgânica do Município de Juiz de Fora/MG2
Art. 4º Todo Poder do Município emana do povo, que o
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE JUIZ DE FORA - exerce diretamente ou por meio de seus representantes
Promulgada em 30 de abril de 2010 eleitos.
Parágrafo único. A soberania popular será exercida:
PREÂMBULO I - indiretamente, pelo Prefeito e pelos Vereadores
eleitos para a Câmara Municipal, por sufrágio universal e pelo
Nós, representantes do povo de Juiz de Fora, constituídos voto direto e secreto com igual valor para todos;
em Poder Legislativo Orgânico, reunidos no Palácio Barbosa II - diretamente, nos termos da lei, em especial,
Lima, sede da Câmara Municipal de Juiz de Fora, dispostos a mediante: a) iniciativa popular no processo legislativo;
assegurar à população do Município o gozo dos direitos b) plebiscito;
fundamentais da pessoa humana e o acesso à igualdade, à c) referendo;
justiça social, à cidadania, ao desenvolvimento e ao bem-estar, d) participação em decisão da Administração Pública;
numa sociedade solidária, democrática, policultural, e) ação fiscalizadora sobre a Administração Pública.
pluralista, sem preconceitos nem discriminação, no exercício
das atribuições que nos confere o art. 29 da Constituição da Seção II
República Federativa do Brasil e os arts. 165, § 1° e 172 da Da Competência do Município
Constituição do Estado de Minas Gerais, sob a proteção de
Deus, promulgamos a seguinte LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO Art. 5º O Município exerce, em seu território, competência
DE JUIZ DE FORA. privativa e comum, ou suplementar, a ele atribuída pela
Constituição da República e pela Constituição do Estado de
TÍTULO I Minas Gerais.
DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO I CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
Seção I
Das Disposições Gerais Art. 6º A Administração Municipal é constituída dos órgãos
integrados na estrutura administrativa do Poder Executivo e
Art. 1º O Município de Juiz de Fora, dotado de autonomia de entidades dotadas de personalidade jurídica próprias
política, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei criadas por lei.
Orgânica e demais leis que adotar, observados os princípios da
Constituição da República e da Constituição do Estado de Seção I
Minas Gerais. Da Transição Administrativa

Art. 2º São Poderes do Município o Legislativo e o Art. 7º Até trinta dias após as eleições municipais, o
Executivo, independentes e harmônicos entre si. Prefeito deverá preparar, para entrega ao sucessor, relatório
§ 1º São símbolos do Município a bandeira, o hino e o da situação da Administração Municipal, contendo, entre
brasão, definidos em lei. outras, informações atualizadas sobre:
§ 2º São bens do Município todas as coisas móveis e I - dívidas do Município, por credor, com as datas dos
imóveis, direitos e ações que a qualquer título lhe pertençam. respectivos vencimentos, inclusive das dívidas a longo prazo e
§ 3º A Sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria encargos decorrentes de operações de crédito, informando
de cidade. sobre a capacidade da Administração Municipal realizar
operações de crédito de qualquer natureza;

2Câmara Municipal de Juiz de Fora/MG. Disponível em:


http://www.camarajf.mg.gov.br/anexos/leiorganica.pdf. Com alterações até a
Emenda 7/2018.

Noções de Legislação Municipal 21


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

II - medidas necessárias à regularização das contas § 3º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão
municipais perante o Tribunal de Contas ou órgão equivalente punidos na forma da lei.
se for o caso;
III - prestações de contas de convênios celebrados com Seção III
organismos da União e do Estado; Dos Servidores Públicos
IV - situação dos contratos com concessionárias e
permissionárias de serviços públicos; Art. 12. Ficam submetidos ao Estatuto instituído pela Lei
V - estado dos contratos de obras e serviços em 8710, de 31 de julho de 1995, com suas alterações, bem como
execução ou apenas formalizados, informando sobre o que foi às demais leis aplicáveis, os servidores dos Poderes do
realizado e pago e o que há por executar e pagar, com os prazos Município, de suas Autarquias e Fundações Públicas.
respectivos;
VI - transferências a serem recebidas da União e do Art. 12 - A Fica proibida a nomeação ou designação para
Estado, por força de determinação constitucional ou de cargos de livre provimento e exoneração de direção e chefia,
convênios; na administração direta, autárquica e fundacional e do Poder
VII – projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em Legislativo, de quem seja inelegível em razão de atos ilícitos,
curso na Câmara Municipal, para permitir que a nova nos termos da Legislação Federal. (Incluído pela Emenda
administração decida quanto à conveniência de lhes dar 02/2011)
prosseguimento, acelerar seu andamento ou retirá-los;
VIII - situação dos servidores da Administração Art. 13. O piso salarial dos servidores públicos da
Municipal, discriminando valores, quantidade e órgãos de administração direta, autárquica, fundacional e do Poder
lotação e exercício. Legislativo não será inferior ao que determina a legislação
Parágrafo único. A atividade prevista neste artigo deverá federal para cada categoria.
ser executada sem comprometer o desenvolvimento normal
das demais ações administrativas e não eliminará a obrigação Art. 14. Os órgãos da Administração Pública direta e
de prestar ao sucessor, se solicitado, qualquer outra indireta e o Poder Legislativo publicarão, obrigatoriamente, no
informação. órgão competente de divulgação oficial, até o dia 30 de abril de
cada ano, seu quadro de cargos e funções, preenchidos e vagos,
Seção II referentes ao exercício anterior.
Do Patrimônio Público
Art. 15. O servidor público, legalmente responsável por
Art. 8º A aquisição de bens imóveis pelo Poder Público pessoa deficiente em tratamento especializado, deverá ter sua
Municipal, por compra ou permuta, dependerá sempre de jornada de trabalho reduzida, conforme dispuser a lei.
prévia avaliação e autorização legislativa.
Seção IV
Art. 9º A alienação dos bens públicos municipais, bem Das Obras e Serviços Municipais
como de suas Autarquias, Fundações Públicas e Empresas
Públicas, subordinada a existência de interesse público Art. 16. Cabe ao Município, na forma da lei, diretamente ou
devidamente justificada, será precedida de prévia avaliação sob o regime de concessão ou permissão, com observância ao
feita por perito habilitado de órgão competente do Município que preceituam as regras gerais de licitação, promover e
e obedecerá as normas gerais de licitações e contratos da executar as obras e serviços de interesse local que, por sua
Administração Pública. (Alterado pela Emenda 07/2018) natureza e extensão, não possam ser atendidas pela iniciativa
§ 1º A alienação de bens imóveis de que trata o caput deste privada.
artigo, submeter-se-á a justificativa, avaliação e autorização § 1º - Não poderão executar obras ou prestar serviços de
legislativa prévia, mediante aprovação de dois terços dos interesse local a órgãos e entidades da Administração Pública
membros da Câmara Municipal. as empresas terceirizadas, cujos diretores e sócios forem
§ 2° O Município, preferencialmente à venda ou doação de declarados inelegíveis por força de decisão judicial transitada
bens imóveis, outorgará concessão de direito real de uso em julgado ou proferida por órgão colegiado relativa a pelo
mediante prévia autorização legislativa e concorrência, menos uma das seguintes situações:
dispensada esta nas hipóteses previstas nas normas gerais de I - representação contra sua pessoa julgada procedente
licitações e contratos da Administração Pública e nos casos de pela Justiça Eleitoral, em processo de abuso do poder
destinação a entidades assistenciais ou de relevante interesse econômico ou público;
público, devidamente justificado. II - condenação por crimes contra a economia popular, a fé
pública, a administração pública ou patrimônio público;
Art. 10. Os projetos de lei sobre alienação de bens imóveis III - que não atenderem ao disposto na Lei Federal n.
do Município, bem como os referentes a empréstimos dos 12.440/2011 no que se refere comprovação de regularidade
mesmos, são de iniciativa do Prefeito. junto à justiça do Trabalho por CNDT-Certidão Negativa de
Débitos Trabalhistas. (Incluído pela Emenda 04/2012)
Art. 11. A lei estabelecerá princípios e normas para § 2º- Ficam as empresas a que se refere o § 1º obrigadas a
conservação e tombamento de bens de natureza material e apresentar ao órgão contratante da Administração Pública,
imaterial que constituem patrimônio histórico e cultural do antes de efetivada a contratação, declaração de que os seus
Município. diretores e sócios não incorrem nas proibições ali descritas.
§ 1º O Poder Público Municipal, com a colaboração da (Incluído pela Emenda 04/2012)
comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural e
histórico em seu território administrativo, por meio de Art. 17. As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixadas
inventários, registros, vigilância, tombamento, declaração de pelo Executivo, tendo em vista a justa remuneração e
interesse cultural, decretação de áreas de proteção ambiental, equidade.
desapropriação e outras formas de acautelamento e
preservação. Art. 18. A tarifa cobrada pelo órgão executor dos serviços
§ 2º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o de saneamento básico do Município, para as residências
conhecimento de bens e valores culturais. unifamiliares cujo consumo mensal de água tratada não for

Noções de Legislação Municipal 22


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

superior a 10 m³ por residência, não poderá ultrapassar II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos
sessenta por cento do valor cobrado pela tarifa de legislativos e administrativos da Câmara Municipal;
fornecimento de água mensalmente. III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
§ 1º A tarifa de esgoto cobrada pelo órgão executor dos IV - promulgar as resoluções;
serviços de saneamento básico no Município, para as V - promulgar as leis com sanção tácita ou cujo veto
residências unifamiliares cujo consumo mensal de água tenha sido rejeitado pelo Plenário, desde que não aceite esta
tratada for superior a 10 m³ até 20 m³ por residência, não decisão, em tempo hábil, pelo Prefeito;
poderá ultrapassar oitenta por cento do valor cobrado pela VI - fazer publicar os atos da Mesa, resoluções, decretos
tarifa de fornecimento de água mensalmente. legislativos e leis que vier a promulgar;
§ 2º A tarifa de esgoto cobrada pelo órgão executor dos VII - autorizar as despesas da Câmara Municipal;
serviços de saneamento básico no Município, para as VIII - solicitar, por decisão de dois terços dos membros da
residências unifamiliares cujo consumo mensal de água Câmara Municipal, a intervenção no Município nos casos
tratada for superior a 20 m³ por residência, não poderá admitidos pela Constituição da República e Constituição do
ultrapassar cem por cento do valor cobrado pela tarifa de Estado de Minas Gerais;
fornecimento de água mensalmente. IX - manter a ordem no recinto da Câmara Municipal,
§ 3º As demais categorias de unidades residenciais podendo solicitar a força necessária para este fim.
poderão beneficiar-se da redução estabelecida no caput e §1º
deste artigo, quando promoverem o tratamento primário de Art. 24. A Câmara Municipal, a requerimento de qualquer
seu afluente, conforme projeto aprovado pelo órgão executor Vereador, aprovado por maioria absoluta, poderá convocar o
dos serviços de saneamento básico no Município. Prefeito Municipal ou o Vice-Prefeito para prestar
§ 4º As categorias residenciais terão a tarifa de esgoto esclarecimentos sobre assunto previamente determinado, sob
cobrada proporcionalmente ao grau de poluição ou pena de infração político-administrativa o seu não
contaminação de seu afluente, segundo regulamentação do comparecimento sem justificação adequada.
órgão executor do serviço. Parágrafo único. A convocação de que trata este artigo
poderá ser requerida para participação em Reuniões
TÍTULO II Ordinárias, Extraordinárias e Audiências Públicas.
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I Art. 25. A Câmara Municipal poderá convocar, a
DO PODER LEGISLATIVO requerimento de qualquer Vereador, por maioria de seus
Seção I membros, Secretário Municipal, Diretor, Procurador Geral,
Da Câmara Municipal Presidente da Comissão Permanente de Licitação ou Agente
Público subordinado diretamente ao Prefeito, da
Art. 19. O número de Vereadores é proporcional à Administração Pública direta ou indireta para, pessoalmente,
população do Município, respeitando os limites estabelecidos prestar informações sobre assunto previamente determinado,
na Constituição da República e fixado pela Câmara Municipal, sendo que o não comparecimento será considerado desacato à
sendo vedada a alteração do número de Vereadores para a Câmara, importando em crime contra a administração pública,
mesma legislatura. nos termos da legislação federal. (Alterado pela Emenda
01/2011)
Art. 20. O Poder Legislativo do Município é exercido pela Parágrafo único. A convocação de que trata este artigo
Câmara Municipal composta de dezenove vereadores eleitos poderá ser requerida para participação em reuniões
como representantes do povo na forma da lei. ordinárias, extraordinárias e audiências públicas.

Seção II Seção III


Do Funcionamento da Câmara Municipal Das Atribuições da Câmara Municipal

Art. 21. A Câmara reunir-se-á por doze períodos, Art. 26. Cabe à Câmara Municipal, com a devida sanção do
ordinariamente, durante o ano, respeitados os recessos Prefeito, legislar sobre quaisquer matérias de interesse e
ordinários. competência legal do Município, e especialmente sobre:
§ 1º A posse dos Vereadores ocorrerá em sessão solene e I - instituir os tributos de sua competência e aplicar
precederá a eleição dos componentes da Mesa. suas rendas;
§ 2º A Mesa da Câmara, eleita para um mandato de dois II - autorizar isenções e anistias fiscais e a remissão de
anos, compõe-se do Presidente, 1º Vice-Presidente, 2º Vice- dívidas;
Presidente, 1º Secretário e 2º Secretário, os quais se III - votar o plano plurianual, as diretrizes
substituirão nesta ordem, nos termos do que preceitua o orçamentárias e o orçamento municipal e também autorizar a
Regimento Interno, não podendo ser reeleitos para cargo abertura de créditos suplementares e especiais;
idêntico na mesma legislatura. IV - deliberar sobre obtenção e concessão de
§ 3º Os Vereadores prestarão compromisso e tomarão empréstimos e operações de crédito e também a forma e os
posse no dia primeiro de janeiro do primeiro ano de cada meios de pagamento;
legislatura apresentando sua declaração de bens e valores, que V - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
renovarão anualmente, e o diploma expedido pela Justiça VI - autorizar a concessão de serviços públicos;
Eleitoral. VII - autorizar a concessão de direito real de uso de bens
municipais;
Art. 22. À Mesa Diretora, órgão colegiado da Câmara VIII - autorizar a concessão administrativa de uso de bens
Municipal, dentre outras atribuições, compete tomar todas as municipais;
medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos. IX - autorizar a alienação de bens imóveis;
X - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando
Art. 23. Dentre outras atribuições, compete ao Presidente se tratar de doação sem encargos;
da Câmara: XI - criar, transformar e extinguir cargos, empregos e
I - representar a Câmara Municipal em juízo e fora funções públicas e fixar os respectivos vencimentos, inclusive
dele; os dos serviços da Câmara Municipal;

Noções de Legislação Municipal 23


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

XII - criar, estruturar e conferir atribuições aos Parágrafo único. Os Vereadores não serão obrigados a
auxiliares diretos do Prefeito e órgãos da Administração testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
pública; razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
XIII - revisar o plano diretor; confiarem ou deles receberem informações.
XIV - delimitar o perímetro urbano;
XV - autorizar a alteração da denominação de bens pró- Art. 29. É vedado ao Vereador:
prios, vias e logradouros públicos; I - desde a expedição do diploma:
XVI - estabelecer normas urbanísticas, particularmente a) firmar ou manter contrato com o Município, com suas
as relativas a zoneamento e loteamento; autarquias, fundações, empresas públicas, sociedade de
XVII - autorizar referendo e convocar plebiscito. economia mista ou com empresas concessionárias de serviço
público municipal, salvo quando o contrato obedecer a
Art. 27. Compete, privativamente, à Câmara Municipal, cláusulas uniformes;
exercer as seguintes atribuições, dentre outras: b) aceitar ou exercer cargo, emprego ou função, no
I - eleger sua Mesa; âmbito da Administração Pública direta ou indireta Municipal
II - elaborar o Regimento Interno; salvo mediante aprovação em concurso público, observado o
III - organizar os seus serviços administrativos, prover disposto nesta Lei Orgânica. II - desde a posse:
os cargos e designar as funções respectivas; a) ocupar cargo ou função declarado de livre nomeação
IV - propor a criação ou a extinção dos cargos e funções e exoneração na Administração Pública direta ou indireta dos
de seus serviços administrativos e a fixação e a alteração da entes da Federação, salvo se afastar-se do exercício da
respectiva remuneração; Vereança;
V - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos b) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou
Vereadores; municipal;
VI - autorizar o Prefeito ou o Vice-Prefeito, quando no c) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa
exercício do cargo, a ausentar-se do Município, por mais de dez que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica
dias consecutivos; ou do País, por mais de oito dias de direito público do Município ou nela exercer função
consecutivos, por necessidade de serviço; remunerada;
VII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando d) patrocinar causa junto ao Município em que seja
sobre o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado de interessada qualquer das entidades a que se refere a alínea “a”
Minas Gerais, no prazo máximo de noventa dias de seu do inciso I, deste artigo.
recebimento, observados os seguintes preceitos: Parágrafo único. Na hipótese do afastamento de que trata
a) o parecer prévio somente deixará de prevalecer por a alínea “a” do inciso II deste artigo, o Vereador poderá optar
decisão de dois terços dos membros da Câmara; pelo subsídio do mandato.
b) rejeitadas as contas, serão estas, imediatamente,
remetidas ao Ministério Público para fins de direito.
VIII - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Art. 30. Perderá o mandato o Vereador:
Vereadores, nos termos legais; I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas
IX - sustar os atos normativos do Poder Executivo que no artigo anterior;
exorbitem do poder regulamentar, nos termos da lei; II - que proceder de modo incompatível com a ética e
X - estabelecer e mudar, temporariamente, o local de com o decoro parlamentar;
suas reuniões; III - que deixar de comparecer, em cada sessão
XI - deliberar sobre o adiamento e a suspensão de suas legislativa anual, à terça parte das sessões ordinárias da
reuniões; Câmara, salvo doença comprovada, licença ou missão
XII - criar comissão parlamentar de inquérito sobre fato autorizada pela edilidade;
determinado e prazo certo, mediante requerimento da maioria IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
absoluta de seus membros, nos termos do Regimento Interno V - quando decretar a Justiça Eleitoral;
da Câmara Municipal; VI - que sofrer condenação criminal em sentença
XIII - conceder os títulos de cidadão honorário e de transitado em julgado;
cidadão benemérito ou conferir homenagem a pessoas que, VII - que se utilizar do mandato para a prática de atos de
reconhecidamente tenham prestado relevantes serviços ao corrupção ou de improbidade administrativa;
Município ou nele se destacado, pela atuação exemplar na vida VIII - que fixar residência fora do Município.
pública e particular, mediante proposta aprovada pelo voto de § 1º Além de outros casos definidos no Regimento Interno
dois terços dos membros da Câmara Municipal; da Câmara Municipal e em seu Código de Ética e de Decoro
XIV - solicitar a intervenção do Estado no Município Parlamentar, considerar-se-á incompatível com o decoro
mediante proposta aprovada pelo voto de dois terços dos parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas ao
membros da Câmara Municipal; Vereador ou a percepção de vantagens ilícitas ou imorais.
XV - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores nos § 2º Nos casos dos incisos I, II, VII e VIII, a perda do
termos desta Lei Orgânica; mandato será decidida pela Câmara Municipal, assegurada
XVI - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, ampla defesa e o contraditório, na forma de seu Código de Ética
incluídos os da Administração indireta; e de Decoro Parlamentar.
XVII - fixar os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos § 3º Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, a perda será
Secretários Municipais e dos Vereadores através de lei de sua declarada pela Mesa da Câmara Municipal, de ofício ou
iniciativa, observando-se o que dispõe a Constituição da mediante provocação de qualquer de seus membros ou de
República e a Constituição do Estado de Minas Gerais. partido político representado na Câmara Municipal,
assegurada ampla defesa e o contraditório.
Seção IV § 4º No caso do inciso VI, a perda será decidida, se culposo
Dos Vereadores o crime, na forma do § 2º e declarada, se doloso o crime, nos
termos do § 3º.
Art. 28. Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões, § 5º A renúncia de Vereador submetido a processo que vise
palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo,
do Município.

Noções de Legislação Municipal 24


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que Art. 36. São matérias de iniciativa privativa do Prefeito,
tratam os §§ 2º, 3º e 4º. além de outras previstas nesta Lei Orgânica:
§ 6º A renúncia só produzirá efeitos se a decisão final da I - criação, transformação, extinção de cargos, funções
Câmara Municipal não concluir pela perda do mandato e, em ou empregos públicos dos órgãos da administração direta,
caso contrário, será arquivada. autárquica e fundacional e a fixação ou alteração da respectiva
remuneração;
Art. 31. O Vereador poderá licenciar-se: II - servidores públicos, seu regime jurídico,
I - por motivo de doença; provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
II - para tratar, sem remuneração, de interesse III - criação, estruturação, atribuição e extinção das
particular, desde que o afastamento não ultrapasse cento e secretarias ou departamento equivalente, órgão autônomo e
vinte dias por sessão legislativa; entidade da administração pública indireta;
III - para desempenhar missões temporárias de IV - plano plurianual;
interesse do Município. V - diretrizes orçamentárias;
§ 1º Ao Vereador licenciado nos termos dos incisos I e III, VI - orçamento anual;
a Câmara Municipal poderá determinar o pagamento, no valor VII - autorização para abertura de crédito adicional ou
que estabelecer e na forma que especificar, de auxílio especial. concessão de auxílios, prêmios e subvenções.
§ 2º O auxílio de que trata o parágrafo anterior poderá ser Parágrafo único. Não será admitido aumento da despesa
fixado no curso da legislatura e não será computado para o prevista nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito,
efeito de cálculo da remuneração dos Vereadores. ressalvada a comprovação da existência de receita e no caso
§ 3º A licença para tratar de interesse particular não será do projeto da lei do orçamento anual.
inferior a trinta dias e o Vereador não poderá reassumir o
exercício do mandato antes do término da licença. Art. 37. Compete à Câmara Municipal, mediante iniciativa
privativa da Mesa, dispor sobre:
Art. 32. Suspende-se o exercício do mandato do Vereador: I - autorização para abertura de créditos
I - pela decretação judicial de prisão preventiva; suplementares ou especiais, através do aproveitamento total
II - pela prisão em flagrante delito; ou parcial das consignações orçamentárias da Câmara
III - pela imposição de prisão administrativa. Municipal;
II - organização dos seus serviços, criação,
Seção V transformação ou extinção de seus cargos e funções e fixação
Do Processo Legislativo ou alteração da respectiva remuneração.
Parágrafo único. Nos projetos de competência privativa da
Art. 33. O processo legislativo municipal compreende a Mesa da Câmara, não serão admitidas emendas que aumentem
elaboração de: a despesa prevista.
I - emenda à Lei Orgânica Municipal;
II - lei complementar; Art. 38. O Prefeito poderá solicitar urgência para
III - lei ordinária; apreciação de projetos de sua iniciativa.
IV - resolução; § 1º Solicitada a urgência, a Câmara Municipal deverá se
V - decreto legislativo. manifestar em quarenta e cinco dias sobre a proposição,
Parágrafo único. Enquanto não for editada lei contados da data em que for feita a solicitação.
complementar municipal dispondo sobre a elaboração, a § 2º Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior, sem
redação, a alteração e a consolidação das leis municipais, será deliberação pela Câmara Municipal, será a proposição incluída
adotada como diretriz, no que couber, a legislação federal na ordem do dia, sobrestando-se às demais proposições, para
sobre a matéria. que se ultime a votação.
§ 3º O prazo do § 1º não corre no período de recesso da
Art. 34. A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada Câmara Municipal e nem se aplica a projetos de lei orgânica e
mediante proposta: de lei complementar.
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara
Municipal; Art. 39. Aprovado o projeto de lei, será enviado ao Prefeito
II - do Prefeito Municipal; que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1° A proposta será votada em dois turnos com interstício § 1º O Prefeito, considerando o projeto, no todo ou em
mínimo de dez dias e aprovada por dois terços dos membros parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-
da Câmara Municipal. lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
§ 2° A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada contados da data do recebimento, devendo comunicar, no
pela Mesa da Câmara com o respectivo número de ordem. prazo de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara
§ 3º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada Municipal os motivos do veto.
ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova § 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de
proposta na mesma sessão legislativa. artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º Decorrido o prazo do §1º, o silêncio do Prefeito
Art. 35. A lei complementar disporá, dentre outras importará em sanção.
matérias previstas nesta Lei Orgânica, sobre: § 4º A apreciação do veto pelo plenário da Câmara
I - plano diretor; Municipal será dentro de trinta dias a contar de seu
II - código tributário; recebimento, em uma só discussão e votação, com parecer ou
III - código de obras; sem ele, considerando-se rejeitado pelo voto da maioria
IV - código de posturas; absoluta dos Vereadores.
V - estatuto dos servidores públicos; § 5º Rejeitado o veto, será o projeto enviado ao Prefeito
VI - parcelamento, ocupação e uso do solo; para a promulgação.
VII - código sanitário. § 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no §
Parágrafo único. A lei complementar será aprovada por 4º, o veto será colocado na ordem do dia da reunião imediata,
maioria absoluta. sobrestado às demais proposições, até a sua votação final,

Noções de Legislação Municipal 25


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

ressalvadas as matérias de que trata o art. 38 desta Lei mais de oito dias consecutivos, sem a devida licença da Câmara
Orgânica. Municipal.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito § 1º O Prefeito, regularmente licenciado, terá direito a
horas pelo Prefeito, nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente da perceber a remuneração, quando:
Câmara Municipal a promulgará e, se este não o fizer em igual I - na impossibilidade de exercer o cargo, por motivo
prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo. de doença, devidamente comprovada;
§ 8º O prazo do § 4º não corre no período de recesso da II - em gozo de férias;
Câmara Municipal. III - a serviço ou em missão de representação do
Município.
Art. 40. A matéria constante de projeto de lei rejeitado § 2º O Prefeito gozará férias anuais de trinta dias, sem
somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma prejuízo da remuneração, ficando a seu critério a época para
sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos usufruir o descanso.
membros da Câmara Municipal, ressalvadas as proposições de § 3º A remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito será
iniciativa do Prefeito. estipulada na forma do inciso XVII, do art. 27, desta Lei
Orgânica.
Art. 41. O projeto de lei de iniciativa popular de interesse Art. 45. Suspende-se o exercício do mandato do Prefeito:
específico do Município, da cidade ou de bairro, dar-se-á I - pela decretação judicial de prisão preventiva;
através de manifestação de, pelo menos, três por cento do II - pela prisão em flagrante delito;
eleitorado. III - pela imposição de prisão administrativa.

CAPÍTULO II Seção II
DO PODER EXECUTIVO Das Atribuições do Prefeito
Seção I
Do Prefeito e do Vice-Prefeito Art. 46. Ao Prefeito, como Chefe da Administração
Municipal, compete dar cumprimento às decisões da Câmara
Art. 42. O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Municipal, dirigir, fiscalizar, e defender os interesses do
Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais, Procurador Município, bem como adotar, de acordo com a lei, todas as
Geral ou Diretores Equivalentes. medidas administrativas de interesse público, sem exceder as
verbas orçamentárias.
Art. 43. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse em
sessão da Câmara Municipal, no dia 1º de janeiro do ano Art. 47. Compete ao Prefeito, entre outras atribuições:
subsequente ao dia da eleição, prestando o compromisso de I - dar iniciativa às proposições de projetos de lei, na
manter, defender e cumprir a Lei Orgânica Municipal, observar forma e casos previstos nesta Lei Orgânica;
as leis da União e do Estado, promover o bem geral dos II - representar o Município em juízo e fora dele;
munícipes e exercer o cargo sob a inspiração da democracia, III - sancionar, promulgar e fazer publicar leis
da legitimidade e da legalidade. aprovadas pela Câmara Municipal e expedir os regulamentos
§ 1º Se decorridos dez dias da data fixada para a posse, para sua fiel execução;
caso o Prefeito ou Vice-Prefeito, não tiver assumido o cargo, IV - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei
salvo motivo de força maior, este será declarado vago pela aprovados pela Câmara Municipal;
Câmara Municipal. V - declarar a necessidade ou a utilidade pública e
§ 2º O Prefeito será substituído, no caso de impedimento também o interesse social ou urbanístico, para fins de
ou ausência do Município e sucedido, no caso de vaga, pelo desapropriação, nos termos da lei federal;
Vice Prefeito ou, na ausência de ambos ou vacância de seus VI - expedir decretos, portarias e outros atos
cargos, pelo Presidente da Câmara Municipal. administrativos;
§ 3º O Vice-Prefeito não poderá se recusar a substituir o VII - permitir ou autorizar a execução de serviços
Prefeito, sob pena de extinção de seu mandato. públicos por terceiros;
§ 4º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe VIII - prover os cargos públicos e expedir os demais atos
forem conferidas por lei, auxiliará o Prefeito sempre que por referentes à situação funcional dos servidores;
ele for convocado para missões especiais. IX - enviar à Câmara Municipal os projetos de lei
§ 5º Na hipótese de vacância dos cargos de Prefeito e Vice relativos ao orçamento anual, às diretrizes orçamentárias e ao
Prefeito, serão obedecidas as seguintes regras: plano plurianual do Município nos prazos previstos nesta Lei
I - se a vacância ocorrer antes dos últimos quinze Orgânica;
meses de mandato será realizada eleição após noventa dias, X - encaminhar à Câmara Municipal até 31 de março de
contados a partir da abertura da última vaga; cada ano subsequente a prestação de contas e os balanços do
II - se a vacância ocorrer nos últimos quinze meses de exercício findo;
mandato assumirá o Presidente da Câmara e, no caso do XI - encaminhar aos órgãos competentes os planos de
impedimento deste, ou de sua renúncia da função de dirigente aplicação e as prestações de contas exigidas em lei;
do Poder Legislativo, aquele que a Câmara Municipal eleger XII - fazer publicar os atos oficiais;
dentre os seus membros; XIII - prestar à Câmara Municipal, no prazo de quinze
III - em qualquer dos casos, os substitutos completarão dias, as informações pela mesma solicitadas, bem como
o período dos seus antecessores. resposta aos requerimentos dela recebidos, salvo prorrogação
§ 6º No ato de posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito a seu pedido e por no máximo sessenta dias, em face da
apresentarão seus diplomas expedidos pela Justiça Eleitoral e complexidade da matéria ou da dificuldade de obtenção dos
farão declaração de bens, renovando-a anualmente, as quais dados pleiteados;
serão arquivadas na Câmara Municipal. XIV - prover os serviços e obras da Administração
Pública;
Art. 44. O Prefeito e o Vice-Prefeito, este quando no XV - superintender a arrecadação dos tributos, bem
exercício do cargo de Prefeito, não poderão se ausentar do como a guarda e aplicação de receita, autorizando as despesas
Município, por mais de dez dias consecutivos; ou do País, por e pagamento dentro das disponibilidades ou dos créditos
votados pela Câmara Municipal;

Noções de Legislação Municipal 26


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

XVI - colocar à disposição da Câmara Municipal, até o dia posse, em virtude de concurso público e observado o disposto
20 de cada mês, em duodécimos, independente de requisição, nesta Lei Orgânica.
os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias, § 1º É igualmente vedado ao Prefeito e ao Vice-Prefeito
aí compreendidos os créditos suplementares e especiais, desempenhar função de administração em qualquer empresa
mediante depósito em conta própria, vedada a retenção ou privada.
restrição ao repasse ou emprego dos recursos atribuídos ao § 2º A infringência ao disposto neste artigo importará em
Legislativo, sob pena de responsabilidade; perda do mandato.
XVII - aplicar multas previstas em leis e contratos, como
também revê-las quando impostas irregularmente; Art. 50. As incompatibilidades declaradas nos incisos e
XVIII - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou alíneas do art. 29 desta Lei Orgânica estendem-se no que
representações que lhe forem dirigidas; forem aplicáveis ao Prefeito e aos seus auxiliares diretos.
XIX - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas, as
vias e logradouros públicos, mediante denominação aprovada Art. 51. Será declarado vago pela Câmara Municipal o
pela Câmara Municipal; cargo de Prefeito quando:
XX - convocar extraordinariamente a Câmara Municipal, I - ocorrer falecimento, renúncia ou condenação por
quando o interesse da administração exigir; crime funcional ou eleitoral;
XXI - aprovar projetos de edificação e planos de II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela
loteamento, arruamento e zoneamento urbanos ou para fins Câmara Municipal, dentro do prazo previsto nesta Lei
urbanos; Orgânica;
XXII - apresentar, anualmente, à Câmara Municipal, III - infringir as normas dos artigos 49 e 50 desta Lei
relatório circunstanciado sobre o estado das obras e dos Orgânica;
serviços municipais, bem como o programa da administração IV - perder ou tiver suspensos os direitos políticos.
para o ano seguinte; § 1º São crimes de responsabilidade os atos do Prefeito que
XXIII - organizar serviços internos das repartições criadas atentem contra a Constituição da República, a Constituição do
por lei, sem exceder as verbas para tal destinadas; Estado de Minas Gerais, esta Lei Orgânica e, especialmente,
XXIV - contrair empréstimos e realizar operações de contra:
crédito, mediante prévia autorização da Câmara Municipal; I - a existência da União, do Estado e do Município;
XXV - providenciar sobre a administração dos bens do II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder
Município e sua alienação na forma da lei; Judiciário, do Ministério Público, dos Poderes Constitucionais
XXVI - organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços das Unidades da Federação;
relativos às terras do Município; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e
XXVII - desenvolver o sistema viário do Município; sociais;
XXVIII - conceder auxílios, prêmios e subvenções, IV - a segurança interna do País, do Estado e do
nos limites das respectivas verbas orçamentárias e do plano de Município;
distribuição, prévia e anualmente aprovado pela Câmara V - a probidade na administração;
Municipal; VI - a lei orçamentária;
XXIX - estabelecer a divisão administrativa do Município VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
de acordo com a lei; a) esses crimes são definidos em lei especial, que
XXX - solicitar o auxílio das autoridades policiais do estabelece normas de processo e julgamento;
Estado para garantia do cumprimento de seus atos; b) nos crimes de responsabilidade, assim como nos
XXXI - solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara comuns, o Prefeito será submetido a processo e julgamento
Municipal para ausentar-se do Município, por tempo superior perante o Tribunal de Justiça;
a dez dias consecutivos; ou do País, por mais de oito dias c) o Prefeito não pode, na vigência de seu mandato, ser
consecutivos; responsabilizado por ato estranho ao exercício de suas
XXXII - adotar providências para a conservação e funções.
salvaguarda do patrimônio municipal; § 2º São infrações político-administrativas do Prefeito,
XXXIII - publicar, até trinta dias após o sujeito ao julgamento pela Câmara Municipal e sancionadas
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da com a perda do mandato:
execução orçamentária; I - impedir o funcionamento regular da Câmara
XXXIV - publicar, até trinta dias após o Municipal;
encerramento de cada quadrimestre, relatório de gestão fiscal; II - impedir o exame de livros, folhas de pagamento e
XXXV - implementar políticas públicas para a prevenção, demais documentos que devam constar do arquivo da
conservação e salvaguarda de toda a biodiversidade existente Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços
no âmbito do Município de Juiz de Fora; municipais, por comissão de investigação da Câmara
XXXVI - dar cumprimento às decisões da Câmara. Municipal;
III - desatender, sem motivo justo, as convocações ou
Art. 48. O Prefeito poderá delegar, por decreto, a seus pedidos de informação da Câmara Municipal, quando feitos a
auxiliares diretos, as funções administrativas previstas nos tempo e em forma regular;
incisos VIII, XIV, XV, XVII, XVIII, XXI, XXIII, XXVI, XXVII, XXXIII IV - deixar de apresentar à Câmara Municipal, no devido
e XXXIV do artigo anterior. tempo, e em forma regular, a proposta orçamentária;
Parágrafo único. O Prefeito Municipal poderá delegar, por V - retardar ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos
decreto, aos seus auxiliares diretos a função de responder aos a esta formalidade;
requerimentos recebidos da Câmara Municipal, observado o VI - descumprir o orçamento aprovado para o exercício
prazo de que trata o inciso XIII do artigo anterior. financeiro;
VII - praticar ato administrativo contra expressa
Seção III disposição de lei, omitir-se ou negligenciar na defesa de bens,
Da Perda e Extinção do Mandato rendas, direitos ou interesses do Município, sujeitos à
administração da Prefeitura;
Art. 49. É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função
na Administração Pública direta ou indireta, ressalvada a

Noções de Legislação Municipal 27


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

VIII - ausentar-se do Município, por tempo superior ao processo, comunicando, em qualquer dos casos, o resultado à
permitido em lei, ou afastar-se da Prefeitura, sem autorização Justiça Eleitoral.
da Câmara Municipal; § 3º A renúncia do Prefeito submetido a processo que vise
IX - residir fora do Município; ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo,
X - proceder de modo incompatível com a dignidade e terá seus efeitos suspensos até a deliberação final da Câmara
o decoro do cargo. Municipal.
a) a denúncia, escrita e assinada, poderá ser feita por § 4º A renúncia só produzirá efeitos se a decisão final da
qualquer eleitor à Câmara Municipal com exposição de fatos e Câmara Municipal não concluir pela perda do mandato e, em
a indicação de provas; caso contrário, será arquivada.
b) se o denunciante for Vereador, ficará impedido de
integrar a comissão processante, podendo, todavia, praticar Seção IV
todos os atos de acusação e se for Presidente da Câmara Dos Auxiliares Diretos do Prefeito
Municipal, passará a Presidência ao seu substituto legal para
os atos do processo e só votará se necessário para completar o Art. 52. São auxiliares diretos do Prefeito os Secretários
quórum de julgamento. Será convocado o suplente do Municipais, o Procurador Geral do Município, o Presidente da
Vereador impedido de votar, o qual não poderá integrar a Comissão Permanente de Licitação ou Diretores Equivalentes.
comissão processante; § 1º Os cargos são de livre nomeação e exoneração.
c) nas infrações político-administrativas, o Prefeito § 2º A lei municipal estabelecerá as atribuições dos
será submetido a processo e julgamento perante a Câmara auxiliares diretos do Prefeito, definindo lhes a competência,
Municipal, se admitida a acusação por dois terços de seus deveres e responsabilidades.
membros; § 3º Os Secretários Municipais, o Procurador Geral do
d) de posse da denúncia, o Presidente da Câmara Município ou Diretores Equivalentes são solidariamente
Municipal na primeira reunião subsequente determinará sua responsáveis com o Prefeito pelos atos que assinarem,
leitura e constituirá a comissão processante, formada por ordenarem ou praticarem.
cinco Vereadores, sorteados entre os desimpedidos e § 4º Os auxiliares diretos do Prefeito farão declaração de
pertencentes a partidos diferentes, os quais elegerão desde bens no ato da posse e renová-lo-á anualmente ou quando de
logo o Presidente e o Relator; sua exoneração do cargo, a fim de ser arquivada na Câmara
e) a Comissão Processante, no prazo de quinze dias, Municipal.
emitirá parecer que será submetido ao Plenário, opinando § 5º Os auxiliares diretos do Prefeito descritos no caput
pelo prosseguimento ou o arquivamento da denúncia, deste artigo serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 21
podendo proceder às diligências que julgar necessárias; anos e no exercício dos direitos políticos.
f) aprovado o parecer favorável ao prosseguimento do
processo, o Presidente da comissão processante determinará, CAPÍTULO III
desde logo, a abertura de instrução, notificando o denunciado, DOS CONSELHOS MUNICIPAIS E DAS ASSOCIAÇÕES
com remessa de cópia da denúncia, dos documentos que a COMUNITÁRIAS
instruem e do parecer da comissão, informando-lhe o prazo de
quinze dias para o oferecimento da defesa e indicação dos Art. 53. Os Conselhos Municipais são órgãos de
meios de prova com que pretendia demonstrar a verdade do participação direta dos diversos segmentos da sociedade nos
alegado; assuntos públicos e, a eles compete propor, fiscalizar e
g) findo o prazo estipulado na alínea anterior, com ou deliberar matérias referentes a cada setor da Administração
sem defesa, a comissão processante determinará as diligências Pública Municipal, conforme lei.
requeridas ou que julgar convenientes e realizará as Parágrafo único. A lei definirá as atribuições, composição,
audiências necessárias para a tomada do depoimento das deveres e responsabilidades dos Conselhos, nos quais se
testemunhas de ambas as partes, podendo ouvir o denunciante assegurará a participação das entidades representativas da
ou o denunciado, que poderão assistir pessoalmente ou por sociedade civil.
procurador, a todas as reuniões e diligências da comissão,
interrogando e contraditando as testemunhas, requerendo a Art. 54. As associações comunitárias de moradores devem
reinquirição ou acareação das pessoas e requerer diligências; ser reconhecidas pelo Poder Público Municipal como legítimas
h) após as diligências a comissão processante proferirá, representantes da população de um determinado bairro ou de
no prazo de quinze dias parecer final sobre a procedência ou um conjunto de bairros, quando se tratar de um fórum de
improcedência da acusação e solicitará ao Presidente da entidades de atuação regional.
Câmara Municipal a convocação da reunião para julgamento, Parágrafo único. Além de respeitar a autonomia e a
que se realizará após a distribuição do parecer; independência destas entidades e fóruns, o Poder Público
i) na reunião de julgamento, poderão se manifestar Municipal deve estimulá-los a atuarem como instâncias de
verbalmente, pelo tempo máximo de quinze minutos cada um, discussão e elaboração de políticas públicas, em âmbito local,
sendo que, ao final, o denunciado ou seu procurador terá o regional e municipal.
prazo máximo de duas horas para produzir sua defesa oral;
j) terminada a defesa, proceder-se-á a tantas votações CAPÍTULO IV
nominais quantas forem as infrações articuladas na denúncia; DA ÉTICA E TRANSPARÊNCIA NOS PODERES
l) considerar-se-á afastado, definitivamente do cargo, o MUNICIPAIS
denunciado que for declarado, pelo voto de dois terços dos
membros da Câmara Municipal, incurso em qualquer das Art. 55. Com o propósito de conferir ética e rigor às
infrações especificadas na denúncia; atividades e funções desempenhadas pelos Poderes
m) concluído o julgamento, o Presidente da Câmara Legislativo e Executivo Municipais, os mesmos ficarão
Municipal proclamará imediatamente o resultado e fará lavrar incumbidos de criar mecanismos, através dos meios de
ata que consigne a votação nominal sobre cada infração e, se comunicação e na forma da lei, de divulgar informações
houver condenação, expedirá o competente decreto legislativo relacionadas com a arrecadação e gastos com todos os
de cassação do mandato do Prefeito ou, se o resultado da recursos públicos, assim como das licitações, contratos e
votação for absolutório, determinará o arquivamento do convênios por eles estabelecidos.

Noções de Legislação Municipal 28


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único. A transparência será assegurada também § 3º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as
mediante incentivo à participação popular e a realização de metas e prioridades da Administração Pública, incluindo as
audiências públicas no âmbito do Poder Legislativo. despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá
Art. 56. Os Poderes Legislativo e Executivo, no âmbito de sobre as alterações na legislação tributária.
suas competências, criarão ouvidorias com o propósito de § 4º A lei orçamentária anual compreenderá:
permitir o controle social e dar maior transparência às suas I - o orçamento fiscal referente aos Poderes Legislativo
ações. e Executivo, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou mantidas
TÍTULO III pelo Município;
DAS FINANÇAS PÚBLICAS II - o orçamento de investimento das empresas em que
CAPÍTULO I o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
DA TRIBUTAÇÃO capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo
Art. 57. Compete ao Município instituir os seguintes todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração
tributos: direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
I - imposto sobre a propriedade predial e territorial ou mantidos pelo município.
urbana; § 5º Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às
II - imposto sobre serviços de qualquer natureza, não diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
compreendidos, no inciso II, do art. 155, da Constituição da adicionais, bem como suas emendas, serão apreciados pela
República, definidos em lei complementar; Câmara Municipal, na forma do seu Regimento Interno.
III - imposto sobre transmissão de bens inter-vivos, a
qualquer título, por ato oneroso: Art. 59. O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara
a) de bens imóveis por natureza ou cessão física; Municipal para propor modificações nos projetos a que se
b) de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia; refere este capítulo, enquanto não iniciar a votação, na
c) de cessão de direitos à aquisição de imóvel; IV - taxas: Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira,
a) em razão do exercício do poder de polícia; da parte cuja alteração é proposta.
b) pela utilização efetiva ou potencial de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, ou Art. 60. Os projetos de lei do plano plurianual, das
postos à sua disposição. diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, serão
V - contribuição de melhoria, decorrente de obra pública. enviados pelo Prefeito à Câmara Municipal, nos seguintes
§ 1º O imposto previsto no inciso I será progressivo, na prazos:
forma a ser estabelecida em lei, de modo a assegurar o I - o plano plurianual até o dia 30 de junho do primeiro
cumprimento da função social da propriedade. ano do mandato do Prefeito e devolvido para a sanção até o dia
§ 2º Em relação ao imposto previsto no inciso II, cabe à lei 30 de setembro do mesmo ano;
tributária: II - o de diretrizes orçamentárias até o dia 30 de junho
I - fixar as suas alíquotas máximas; e devolvido para sanção até o dia 30 de setembro de cada ano;
II - excluir da sua incidência exportações e serviços III - o do orçamento anual até o dia 15 de outubro de
para o exterior. cada ano e devolvido para sanção até o encerramento da
§ 3º O imposto previsto no inciso III não incide sobre a sessão legislativa.
transmissão de bens e direitos incorporados ao patrimônio de
pessoas jurídicas em realização de capital, nem sobre a Art. 61. A prestação de contas do exercício anterior será
transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, encaminhada pelo Prefeito à Câmara Municipal até 31 de
incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, março.
nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a Parágrafo único. As contas apresentadas pelo Prefeito
compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens ficarão disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo
imóveis ou arrendamento mercantil. Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua
§ 4º As taxas não poderão ter base de cálculo própria dos elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e
impostos, nem será graduada em função do valor financeiro ou instituições da sociedade.
econômico do bem, direito ou interesse do contribuinte.
TÍTULO IV
CAPÍTULO II DA SOCIEDADE
DOS ORÇAMENTOS CAPÍTULO I
DO URBANISMO
Art. 58. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão Seção I
com observância dos preceitos correspondentes da Do Meio Ambiente
Constituição da República e da Constituição do Estado de
Minas Gerais: Art. 62. Todos têm direito ao meio ambiente saudável e
I - o plano plurianual; ecologicamente equilibrado, como bem de uso comum do povo
II - as diretrizes orçamentárias; e essencial à adequada e sadia qualidade de vida, impondo-se
III - o orçamento anual. à coletividade e, em especial, ao Município o dever de defendê-
§ 1º As leis orçamentárias previstas neste artigo, além do lo e preservá-lo para o benefício das gerações atuais e futuras.
disposto nesta Lei Orgânica, obedecerão aos termos da Parágrafo único. Para assegurar efetividade do direito a
legislação federal, incluindo-se a participação popular através que se refere este artigo, impõe-se ao Município, através do
de audiências públicas. órgão específico da Administração Pública direta, subordinado
§ 2º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá as diretamente ao Prefeito, na forma da lei:
diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as I - definir a política ambiental para o Município;
despesas de capital e outras dela decorrentes e para as II - promover a educação ambiental multidisciplinar
relativas aos programas de duração continuada em em todos os níveis de ensino e disseminar a conscientização
consonância com o plano diretor. pública para a conservação ambiental;

Noções de Legislação Municipal 29


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

III - proteger a fauna e a flora; IV - eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos


IV - controlar a produção, comercialização e emprego de serviços de transporte urbano;
técnicas, métodos, substâncias e equipamentos que importem V - transparência e participação social no
em risco de vida; planejamento, controle e avaliação da política de mobilidade
V - promover a cooperação mútua com entidades e urbana;
órgãos públicos e privados visando à pesquisa, ao VI - segurança nos deslocamentos das pessoas;
planejamento e à execução de projetos ambientais; VII - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes
VI - manter articulação permanente com os demais do uso dos diferentes meios e serviços;
municípios de sua região e com o Estado visando à VIII - equidade no uso do espaço público de circulação,
racionalização da utilização dos recursos hídricos e das bacias vias e logradouros;
hidrográficas, respeitadas as diretrizes estabelecidas pela IX - compatibilização entre transportes urbanos e uso e
União; ocupação do solo.
VII - implantar programas de reflorestamento de
encostas como forma de controle das ocupações desordenadas Art. 68. O transporte é um direito fundamental do cidadão,
e preservação do meio ambiente; sendo de competência do Município organizar e prestar
VIII - aplicar as penalidades cabíveis, inclusive a cassação diretamente, ou sob regime de concessão ou permissão, os
do alvará de funcionamento, nos casos em que se verificar serviços de transporte coletivo urbano, tendo como alvos:
reincidência na violação das normas ambientais em vigor, I - priorização do transporte coletivo e criação dos
independente de outras sanções, a serem regulamentadas corredores de tráfego independentes;
através de lei; II - sinalização adequada e pavimentação de nível
IX - garantir o amplo acesso dos interessados às superior por onde circulem coletivos;
informações básicas sobre o meio ambiente e sobre as fontes III - construção de abrigos protetores para os usuários
e causas da poluição e da degradação ambiental, informando a de transporte coletivo, em todos os pontos dentro dos limites
população sobre os níveis de poluição e as situações de risco do Município;
de acidentes ecológicos no Município. IV - implantação, de forma gradativa, do uso de ônibus
aprovados por setores competentes, objetivando maior
Art. 63. Ficará a cargo do Poder Executivo a elaboração do conforto, segurança e condições de uso público em geral;
plano municipal de meio ambiente e recursos naturais, a ser V - incentivo de postos de venda de bilhetes e
aprovado pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio implantação gradativa de máquinas automáticas de
Ambiente, atendendo aos princípios estabelecidos na bilhetagem, visando à diminuição do tempo de embarque dos
Constituição da República, na Constituição do Estado de Minas usuários;
Gerais, no Estatuto da Cidade e nos preceitos contidos nesta VI - as empresas concessionárias de transporte coletivo do
Lei Orgânica. Município ficam obrigadas a disponibilizar veículos com um
tempo de vida útil de, no máximo, (cinco)anos nos trajetos com
Art. 64. A instalação de aterro sanitário, de aterro de destino aos distritos da zona rural de Juiz de Fora. (Aletrado
inertes e de unidade de transbordo dependerá de prévia pela Emenda 03/2012)
análise e aprovação do Conselho Municipal de Meio Ambiente, VII - manutenção da tarifa social, que cria subsídios
ouvida a sociedade civil e organizações de defesa do meio indiretos, gerando benefício maior;
ambiente, mediante realização de audiência pública na Câmara VIII - garantir percentual mínimo de cinco por cento de
Municipal. veículos adaptados aos portadores de necessidades especiais
na frota de táxi;
Art. 65. Somente será concedida a autorização para IX - manter os veículos do transporte coletivo em boas
instalação de qualquer empreendimento público ou privado condições de uso e no mesmo padrão, independente dos locais
com potencial impacto ambiental neste Município após a e regiões atendidas.
anuência do Conselho Municipal de Meio Ambiente, mesmo
para empreendimentos já licenciados por outros órgãos, com Art. 69. É assegurada a validade para bilhete de passagem
o propósito de assegurar a representatividade em assuntos e o vale transporte sem reajuste, mesmo após o aumento da
ambientais de impacto local. tarifa, em limites estabelecidos em lei.
Parágrafo único. Para a implantação da política ambiental,
a Administração Municipal deverá obter anuência do Conselho Art. 70. Compete ao Município, na forma da lei, planejar,
Municipal de Meio Ambiente. organizar, implantar, controlar, fiscalizar e regulamentar o
transporte público, no âmbito do Município, bem como
Seção II executá-lo, diretamente ou sob regime de concessão ou
Da Mobilidade Urbana permissão.
§ 1º A delegação para a prestação dos serviços de
Art. 66. A mobilidade urbana tem como princípio a transporte público urbano, individual ou coletivo, será
interação entre os deslocamentos de pessoas e bens com a outorgada através de licitação, nos termos da legislação em
cidade. vigor.
Parágrafo único. Os transportes urbanos do Município se § 2º A lei disporá sobre a organização e a prestação dos
subordinam aos princípios de preservação da vida, segurança, serviços de transportes públicos, respeitadas as
conforto das pessoas, defesa do meio ambiente e do interdependências com outros Municípios, o Estado e a União.
patrimônio arquitetônico e paisagístico. § 3º Os contratos previstos no §1º obedecerão a prazos
definidos por lei e devidamente justificados, vedada a criação
Art. 67. A política de mobilidade urbana deverá estar de reservas de mercado e de barreiras à entrada de novos
fundamentada nos seguintes princípios: operadores.
I - acessibilidade universal; § 4º Por lei será instituído qualquer subsídio ao custeio da
II - desenvolvimento sustentável do Município nas operação do transporte público coletivo, com base em critérios
dimensões socioeconômicas e ambientais; transparentes e objetivos de produtividade e eficiência,
III - equidade no acesso dos cidadãos ao transporte especificando, basicamente, o objetivo, a fonte, a periodicidade
público coletivo; e o beneficiário.

Noções de Legislação Municipal 30


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

§ 5º O Município não admitirá ameaça de interrupção ou Seção IV


deficiência grave na prestação do serviço por parte das Da Política Rural
empresas operadoras de transporte coletivo.
§ 6º O Município, para assegurar a continuidade do serviço Art. 77. O Município adotará programas de
ou para sanar deficiência grave em sua prestação, poderá desenvolvimento rural destinados a fomentar a produção
intervir na operação do serviço, assumindo-o total ou agropecuária, organizar o abastecimento alimentar, promover
parcialmente, mediante controle dos meios humanos e o bem estar do homem que vive do trabalho da terra e fixá-lo
materiais como pessoal, veículos, oficinas, garagens ou outros. no campo, compatibilizados com a política agrícola e com o
§ 7º Não será permitido o monopólio privado no plano de reforma agrária estabelecidos pela União.
transporte urbano.
Art. 78. O Município, em regime de coparticipação com a
Art. 71. Os custos das gratuidades concedidas no União e o Estado, dotará o meio rural de:
transporte coletivo urbano do Município não incidirão sobre a I - assistência técnica e extensão rural;
tarifa de passagem paga pelos usuários. II - infraestrutura de serviços sociais básicos nas áreas
de saúde, educação, saneamento, habitação, transporte,
Art. 72. Fica assegurado o passe livre nos coletivos às energia, comunicação, segurança e lazer.
pessoas com deficiência, de comprovada necessidade
financeira. Art. 79. O Município apoiará e estimulará:
Parágrafo único. O passe livre será extensivo ao I - o acesso dos produtores ao crédito e seguro rurais;
acompanhante nos casos de comprovada necessidade. II - a implantação de estruturas que facilitem a
armazenagem, a comercialização e a agroindústria, bem como
Art. 73. O Município implantará sistema de semáforos o artesanato rural;
sonorizados e placas em Braile, objetivando maior segurança III - os serviços de geração e difusão de conhecimentos
dos cidadãos com deficiência visual, em locais a serem e tecnologias;
definidos em lei. IV - a criação de instrumentos que facilitem a ação
fiscalizadora na proteção de lavouras, criações e meio
Art. 74 O Poder Executivo, sob nenhuma hipótese, poderá ambiente;
delegar a administração do Fundo Municipal de Transportes a V - a capacitação da mão de obra rural e a preservação
terceiros. dos recursos naturais;
VI - a construção de unidade de armazenamento
Seção III comunitário e de redes de apoio ao abastecimento municipal;
Do Saneamento Básico VII - a constituição e a expansão de cooperativas e outras
formas de associativismo e organização rural, sob a orientação
Art. 75. O Município, em consonância com a sua política das entidades sindicais;
urbana e com o seu plano diretor, se responsabilizará pela VIII - o plantio de espécies comercializáveis com o
remoção do saneamento básico em seu território. objetivo de suprir a demanda de produtos lenhosos.

Art. 76. Os serviços públicos de saneamento no Município Seção V


serão prestados com base nos seguintes princípios Da Política Urbana
fundamentais:
I - universalização do acesso; Art. 80. A política urbana, executada pelo Município,
II - integralidade, compreendida como conjunto de obedecerá aos preceitos da lei, objetivando a gestão
todas as atividades e componentes de cada um dos diversos democrática da cidade, o pleno desenvolvimento das funções
serviços de saneamento básico, propiciando à população o sociais da cidade e a garantia do bem-estar de seus habitantes.
acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando
a eficácia das ações e resultados; Art. 81. O planejamento e a urbanização das vias públicas,
III - articulação com as políticas de desenvolvimento dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser
urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para
erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e as pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida,
outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria conforme lei.
da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja
fator determinante; Art. 82. O Município, para operacionalizar sua política
IV - eficiência e sustentabilidade econômica das ações econômica e social, assentada na livre iniciativa e nos
de saneamento; superiores interesses da coletividade, tem como instrumento
V - transparência das ações, baseada em sistemas de básico o plano diretor.
informação, via internet, e processos decisórios
institucionalizados; Art. 83. O estabelecimento de diretrizes e normas relativas
VI - controle social, por meio de Conselho Municipal de ao desenvolvimento urbano deverá assegurar:
Saneamento; I - a urbanização, a regularização fundiária e a
VII - segurança, qualidade e regularidade dos serviços de titulação das áreas onde esteja situada a população favelada e
saneamento; de baixa renda;
VIII - planejamento municipal de saneamento II - a preservação das áreas de exploração agrícola e
participativo, com periodicidade quadrienal; pecuária e o estímulo a essas atividades primárias;
IX - integração das infraestruturas e serviços com a III - a preservação, a proteção e a recuperação do meio
gestão dos recursos hídricos; ambiente natural e cultural;
X - abastecimento de água, esgotamento sanitário, IV - a criação de áreas de especial interesse urbanístico,
limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, serviços de social, cultural, ambiental, turístico e de utilização pública;
drenagem e de manejo das águas pluviais realizados de formas V - a participação das entidades comunitárias no
adequadas à saúde pública, à proteção do meio ambiente, e do estudo, no encaminhamento e na solução dos problemas,
patrimônio público e privado. planos, programas e projetos.

Noções de Legislação Municipal 31


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

CAPÍTULO II
Art. 84. Para assegurar as funções sociais da cidade e da DA ORDEM SOCIAL E ECONÔMICA
propriedade, o Poder Público Municipal disporá dos seguintes Seção I
instrumentos: Da Educação
I - imposto progressivo cumulativo sobre a
propriedade territorial urbana não edificada, incidindo sobre Art. 89. A educação, direito de todos, dever do Poder
o número de lotes de um mesmo proprietário; Público e da família, será promovida e incentivada com a
II - taxas e tarifas diferenciadas em função de projetos colaboração da sociedade, com vistas ao pleno
de interesse social; desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
III - transferência do direito de construir; cidadania e sua qualificação para o trabalho.
IV - concessão de direito real de uso; § 1º O Município promoverá a educação infantil e o ensino
V - parcelamento, edificação ou utilização fundamental, em conformidade com a Lei Nacional de
compulsórios; Diretrizes e Bases de Educação, e complementarmente o
VI - desapropriação por interesse social ou utilidade ensino médio e supletivo.
pública; § 2º O Município oferecerá prioritariamente à população
VII - inventários, registros, vigilância e tombamento de de baixa renda, cursos preparatórios para concursos e
imóveis; vestibulares.
VIII - contribuição de melhoria; § 3º O Município envidará esforços no sentido de articular
IX - tributação dos vazios urbanos. com o Estado e União mecanismos que propiciem cooperação
técnica e financeira, de modo a que fique assegurado o
Art. 85. A implantação da infraestrutura básica e de atendimento qualitativo da demanda educacional a todos os
equipamentos urbanos e comunitários, destinados ao níveis.
atendimento da população de baixa renda, independerá de § 4º Compete ao Poder Executivo assegurar a participação
reconhecimento de seus logradouros, da regularização efetiva dos segmentos sociais envolvidos no processo
urbanística ou de registro das áreas e de suas edificações, educacional, devendo, para esse fim, instituir colegiados
ficando sujeita a critérios especiais de urbanização, previstos escolares em cada unidade educacional e eleição de direção
em lei. escolar.
Parágrafo único. Os logradouros públicos que já § 5º O Município aplicará, anualmente, na manutenção e
apresentarem moradias habitadas, ainda que localizados em desenvolvimento do ensino, recursos mínimos
áreas não regularizadas e não convenientemente urbanizadas, correspondentes a vinte e cinco por cento das receitas
receberão denominação oficial através de lei, levando-se em municipais nos termos do art. 212 da Constituição da
conta, preferencialmente, os nomes que a comunidade indicar, República.
os quais em nenhuma hipótese, poderão contemplar pessoas § 6º O escotismo deverá ser considerado como método
vivas. (Acrescido pela Emenda 06/2017) complementar da educação, merecendo o apoio dos órgãos do
município.
Art. 86. Incumbe à Administração Municipal promover e
executar programas de construção de moradias populares e Art. 90. A garantia da educação, pelo Poder Público
garantir, em nível compatível com a dignidade da pessoa Municipal, se dará mediante:
humana, condições habitacionais, saneamento básico e acesso I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito,
ao transporte. inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade
própria;
Seção VI II - progressiva extensão da gratuidade do ensino
Da Política Habitacional médio, quando houver sido atendida toda a demanda da
educação infantil e ensino fundamental;
Art. 87. O Município formulará e implantará a política III - apoio às entidades especializadas, públicas e
municipal de habitação com objetivos, diretrizes, metas e privadas, sem fins lucrativos, para atendimento à pessoa com
instrumentos de ações para promover o acesso à moradia necessidade especial;
digna e melhoria das condições urbanas, devendo ser criadas IV - cessão de servidores para atendimento às
ou reformuladas o conjunto de normas construtivas e fundações públicas e entidades filantrópicas e comunitárias,
urbanísticas e de procedimentos administrativos, visando sem fins lucrativos, de assistência ao menor carente e ao
incentivar e facilitar o funcionamento do setor habitacional. excepcional, como dispuser a lei;
Parágrafo único. Aprovada a política municipal de V - atendimento gratuito em creche e pré-escola à
habitação, com participação efetiva de toda a sociedade e criança de até cinco anos de idade, com recursos para sua
deliberação do Conselho Municipal de Habitação, deverão instalação, funcionamento e manutenção;
estar assegurados os recursos financeiros para a sua VI - oferta do ensino noturno regular adequado às
implantação no orçamento municipal, com a indicação das condições do educando;
fontes financeiras. VII - atendimento ao educando no ensino fundamental
através de programas suplementares de material didático-
Art. 88. Fica assegurado, através da Administração escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
Municipal, o direito das famílias de baixa renda à assistência VIII - supervisão e orientação educacional nas escolas
técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de públicas municipais exercidas por profissionais habilitados;
habitação de interesse social, como parte integrante do direito IX - passe escolar gratuito a aluno do sistema público
social à moradia digna, conforme lei. municipal que não conseguir matrícula em escola próxima à
sua residência.
§ 1º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder
Público, ou a sua oferta irregular, importa em
responsabilidade da autoridade competente.
§ 2º Compete ao Município, em colaboração com o Estado,
recensear os educandos de ensino fundamental e, mediante
instrumentos de controle, zelar pela frequência à escola.

Noções de Legislação Municipal 32


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

por cento das receitas municipais calculado nos termos do


Art. 91. O Município assegurará às pessoas com deficiência inciso III, do § 2°, do art. 198, da Constituição da República.
o direito à educação básica e profissionalizante gratuita sem § 2º Os recursos financeiros do Sistema Municipal de
limite de idade. Saúde serão administrados pelo Fundo Municipal de Saúde e
Parágrafo único. Os professores e especialistas de subordinados a fiscalização e controle do Conselho Municipal
educação da rede municipal de educação, que trabalharem de Saúde.
com classe de alunos com deficiência mental, auditiva e visual, § 3º A instalação de quaisquer novos serviços públicos ou
terão direito a um acréscimo de vinte por cento em sua privados de saúde deve ser discutida e aprovada no âmbito do
remuneração. Conselho Municipal de Saúde, bem como acesso a todas as
informações necessárias ao cumprimento do seu caráter
Seção II deliberativo, obedecidos os programas e normas
Da Saúde governamentais e constitucionais.

Art. 92. A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, Art. 96. O plano municipal de saúde será a base das
assegurada mediante políticas sociais, econômicas, ambientais atividades e programação do Sistema Único de Saúde
e outras que tenham por finalidade a eliminação do risco de Municipal e seu financiamento será previsto na lei
doença e de agravos e o acesso universal e igualitário às ações orçamentária anual do Município.
e serviços para sua promoção e recuperação, sem qualquer Parágrafo único. É vedada a aplicação de recursos
discriminação. financeiros de ações não previstas no plano municipal de
Parágrafo único. O direito à saúde implica em condições saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade
dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, pública na área da saúde.
educação, transporte, lazer, informação e participação.
Art. 97. O Município utilizará critérios de discriminação
Art. 93. As ações de saúde são de natureza pública, positiva na implementação de políticas públicas de saúde,
devendo sua execução ser feita, preferencialmente, através priorizando os grupos sociais, comunidades, familiares e
dos serviços oficiais e através de serviços de terceiros. pessoas mais vulneráveis ou expostas a situações de risco,
§ 1º As instituições privadas poderão participar do sistema através de implementação de ações de promoção, proteção e
de saúde do Município, segundo as diretrizes deste, mediante recuperação da saúde.
contrato de direito público, com preferência às entidades Parágrafo único. Esta priorização dar-se-á no plano
filantrópicas e sem fins lucrativos. municipal de saúde e na programação anual em saúde, sendo
§ 2º As instituições privadas de saúde a que se refere o que as leis orçamentárias deverão contemplar tais
parágrafo anterior, serão fiscalizadas pelo município nas prioridades.
questões de controle de qualidade, de informações e registros
de atendimentos, conforme os códigos sanitários e as normas Art. 98. Compete ao Município, no âmbito do Sistema Único
pertinentes. de Saúde, além de outras atribuições previstas na Legislação
§ 3º O Poder Público Municipal poderá intervir ou Federal:
desapropriar o serviço de natureza privada necessário ao I - o planejamento das ações de saúde a serem
alcance dos objetivos do sistema, em conformidade com a lei. introduzidas no plano municipal de saúde e no plano
plurianual, deverão ser elaboradas de quatro em quatro anos
Art. 94. As ações e serviços de saúde integram uma rede e revisadas quando da programação anual em saúde;
regionalizada e hierarquizada e constituem o Sistema II - a administração do fundo municipal de saúde e a
Municipal de Saúde, organizado de acordo com as seguintes elaboração de proposta orçamentária;
diretrizes: III - o controle da produção ou extração,
I - distritalização dos recursos, técnicas e práticas; armazenamento, transporte e distribuição de substâncias,
II - integralidade na prestação das ações de saúde produtos, máquinas e equipamentos que possam apresentar
adequadas às realidades epidemiológicas; riscos à saúde da população;
III - participação deliberativa de entidades IV - o planejamento e a execução de ações de vigilância
representativas e de prestadores de serviços na formulação, epidemiológica e sanitária, incluindo aquelas relativas à saúde
cogestão e controle da política municipal e das ações de saúde, dos trabalhadores e ao meio ambiente, em articulação com os
através do Conselho Municipal da Saúde; demais órgãos e entidades governamentais;
IV - o Município estimulará a participação popular e o V - a normatização complementar e a padronização dos
controle social no SUS, garantindo as condições materiais e procedimentos relativos à saúde, por meio de código sanitário
financeiras para o funcionamento regular dos Conselhos de municipal;
Saúde, Conferências de Saúde e as que possuam interface com VI - a formulação e implementação de política de
o setor de saúde; recursos humanos na esfera municipal, garantindo a educação
V - participação da ouvidoria municipal de saúde na continuada dos profissionais;
fiscalização e intermediação entre o gestor municipal de saúde VII - o controle dos serviços especializados em
e os usuários, prestadores de serviços e servidores públicos do segurança e medicina do trabalho;
setor; VIII - a execução, no âmbito do Município, dos programas
VI - organização das redes de atenção à saúde por ciclo e projetos estratégicos para enfrentar as prioridades
de vida ou grupos prioritários e da rede de urgência e nacionais, estaduais e municipais, assim como situações
emergência, sendo competência da Atenção Primária à Saúde emergenciais;
a coordenação das mesmas. IX - expandir, de forma gradativa e até atingir cem por
cento de cobertura, a rede de serviço da Atenção Primária à
Art. 95. O Sistema Municipal de Saúde será financiado com Saúde, aumentando sua capacidade resolutiva e garantindo
recursos da Seguridade Social, da União, do Estado e do aos munícipes o contato primário com o Sistema Único de
Município, além de outras fontes. Saúde.
§ 1º O Município aplicará, anualmente, em ações e serviços
públicos de saúde recursos mínimos correspondente a quinze

Noções de Legislação Municipal 33


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Seção III § 3º Para assegurar a efetividade do disposto neste artigo,


Da Assistência Social impõe-se ao Município, na forma da lei a definição de sua
Art. 99. A assistência social, direito do cidadão e dever do política de segurança alimentar e nutricional sustentável.
Estado, é política não contributiva e deverá ser realizada de
forma integrada às políticas setoriais, visando ao Art. 105. O Município, em consonância e de forma
enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao integrada às políticas federal e estadual, coordenará e se
provimento de condições para atender contingências sociais e responsabilizará pelas ações de segurança alimentar e
à universalização dos direitos sociais, sendo suas ações nutricional sustentável no âmbito do seu território.
organizadas em sistema descentralizado e participativo, tendo § 1º O Município articulará junto à União e ao Estado
como instância deliberativa, de caráter permanente e mecanismos que propiciem a cooperação técnica e financeira,
composição paritária entre governo e sociedade civil, o de forma a assegurar o atendimento à demanda da segurança
Conselho Municipal de Assistência Social, que estabelecerá as alimentar e nutricional sustentável.
diretrizes das políticas municipais de assistência social e os § 2º As ações municipais na área da segurança alimentar e
critérios relativos a aplicação dos recursos depositados no nutricional sustentável serão realizadas com recursos do
Fundo Municipal de Assistência Social. orçamento do Município, do Estado e da União e de outras
fontes, garantindo a participação da população na elaboração
Art. 100. O Poder Público Municipal fica obrigado a manter do orçamento por meio de organizações representativas, de
organismo executivo da política municipal de apoio à pessoa forma direta, na definição das prioridades de sua região,
com deficiência, garantindo-se o pleno direito à participação respeitadas as diretrizes e políticas definidas para o Município,
popular através de entidades representativas. aprovadas pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar.

Art. 101. O Poder Público Municipal garantirá o direito à Art. 106. O Município, mediante lei, criará e manterá órgão
informação e à comunicação aos cidadãos portadores de executivo de política municipal de segurança alimentar.
deficiência sensorial e de fala, através do código Braile, da Parágrafo único. O órgão executivo manterá sistema de
linguagem gestual e outros meios que lhes são apropriados. informação atualizado para uso dos interessados e fará
Art. 102. O Poder Executivo criará órgão, dentro da avaliações anuais da situação da segurança alimentar, bem
estrutura administrativa, voltado para a política de igualdade como garantirá a necessária intersetorialidade entre os órgãos
racial e do combate a diferença econômica entre as raças, municipais diretamente ligados a segurança alimentar e a
assim como a elaboração do plano municipal com este integração dos seus respectivos orçamentos.
objetivo, a ser aprovado pelo Conselho afim.
Seção V
Art. 103. O Município estabelecerá políticas públicas de Da Segurança Pública
apoio e fomento à economia solidária, voltadas para o direito
a uma vida digna, à erradicação da pobreza, à inclusão social, à Art. 107. A segurança pública, direito e responsabilidade
ampliação de oportunidades e à melhoria das condições de de todos, organiza-se de forma sistêmica visando:
trabalho e renda. I - proteger o cidadão, a sociedade e os bens públicos e
§ 1° O Poder Executivo prestará assessoria e assistência privados;
técnica, e estabelecerá convênio com cooperativa em processo II - emprestar auxílio à defesa civil, por meio de
de incubação. atividades de socorro e assistência, em casos de calamidade
§ 2° O Poder Executivo criará o Fundo de Fomento à pública, sinistros e outros flagelos;
Economia Popular e Solidária, assim como centros públicos de III - promover a integração social, através dos conselhos
economia solidária. de segurança pública, com a finalidade de prevenir a violência
e a criminalidade e orientar o egresso do sistema
Seção IV penitenciário, tendo por fim a sua reintegração na sociedade,
Da Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável dando-lhe o apoio necessário.

Art. 104. É dever do Município garantir e desenvolver o Seção VI


acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em Dos Direitos Humanos
quantidade suficiente, com dignidade e com base em práticas
alimentares saudáveis, que respeitem a diversidade cultural e Art. 108. É dever do Município apoiar e incentivar a defesa
que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis, e a promoção dos direitos humanos, na forma das normas
sem comprometer outras necessidades. legais e constitucionais, tratados e convenções internacionais.
§ 1º A segurança alimentar e nutricional sustentável tem
por objetivos: Art. 109. O Município criará, mediante lei, órgão executivo
I - a promoção da nutrição e do acesso à alimentação encarregado de promover os mecanismos necessários à
adequada; implementação da política de direitos humanos na cidade.
II - o fortalecimento da agricultura familiar sustentável;
III - a promoção da qualidade ambiental e a garantia de Seção VII
acesso à água; Da Cultura e do Patrimônio Histórico
IV - a promoção da geração de trabalho e renda;
V - a promoção da educação para o consumo e a Art. 110. O Município implantará o Sistema Municipal de
educação alimentar. Cultura, com a adoção do competente plano municipal, a ser
§ 2º O Município implantará o sistema municipal de aprovado por seu Conselho.
segurança alimentar e nutricional sustentável que deverá Parágrafo único. O Fundo Municipal de Cultura será gerido
contemplar: e controlado pelo órgão competente da administração, ouvido
I - Conselho Municipal de Segurança Alimentar; o Conselho Municipal de Cultura.
II - conferência municipal de segurança alimentar;
III - plano municipal de segurança alimentar; Art. 111. O Município garantirá a todos o pleno exercício
IV - órgãos municipais; dos direitos de acesso aos bens culturais, apoiando e
V - ações da sociedade civil.

Noções de Legislação Municipal 34


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

incentivando a valorização e a difusão das manifestações I - adotar, por meio de lei, o Plano Municipal de
culturais, mediante: Turismo como plano integrado e permanente de
I - criação e manutenção de núcleos culturais e de desenvolvimento sustentável do turismo em seu território;
espaços públicos equipados para formação e difusão artístico- II - desenvolver efetiva infraestrutura turística, que
cultural; de museus e arquivos públicos que integrem o corresponde à sinalização turística, serviço de informações ao
sistema de preservação da memória do município e de turista, adequação e manutenção dos atrativos turísticos e
bibliotecas públicas municipais; acessibilidade aos mesmos;
II - estímulo às atividades de caráter cultural e artístico; III - estimular e apoiar, institucionalmente, a produção
III - adoção de incentivos fiscais que estimulem as artesanal local, as feiras, exposições, eventos turísticos, bem
empresas privadas a investir na produção cultural e artística como elaborar o calendário de eventos turísticos;
do Município e na preservação do seu patrimônio histórico; IV - regulamentar o uso, ocupação e fruição de bens
IV - apoio técnico às entidades culturais na realização de naturais e culturais de interesse turístico; V - incentivar o
seus projetos; turismo social;
V - preservação da produção cultural juizforana em VI - promover a conscientização do público para a
livro, imagem e som, através do depósito legal de tais conservação e preservação dos recursos naturais, dos bens
produções em suas instituições culturais, na forma da lei, culturais e do turismo, sendo este considerado como atividade
resguardados os direitos autorais, conexos e de imagem. socioeconômica e fator de desenvolvimento;
Parágrafo único. Será estimulada a aquisição de bens VII - desenvolver programas e políticas direcionados à
culturais para garantir a sua permanência no Município. promoção interna e externa do município em favor do turismo;
VIII - incentivar a formação de pessoal especializado para
Seção VIII as atividades turísticas, nas áreas de informação, atendimento
Da Comunicação Social ou prestação de serviços;
IX - monitorar as ações definidas pelo Plano Municipal
Art. 112. A manifestação do pensamento, a criação, a de Turismo, por meio de levantamento de dados e pesquisas,
expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou que gerem indicadores do turismo;
veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto X - apoiar políticas e ações contra a exploração sexual
na Constituição da República, Constituição do Estado de Minas de crianças e adolescentes e contra o turismo sexual;
Gerais e nesta Lei Orgânica. XI - garantir a atuação do Conselho Municipal de
Turismo e Fundo Municipal de Turismo;
Seção IX XII - celebrar convênios com entidades públicas ou do
Do Desporto e do Lazer setor privado a fim de promover a recuperação e a
conservação de monumentos, logradouros de interesse
Art. 113. O Município garantirá, por intermédio de sua rede turístico, obras de arte e pontos turísticos.
de ensino e em colaboração com as entidades desportivas, a
promoção, o estímulo, a orientação e o apoio à prática e difusão Seção XI
da educação física e do desporto formal e não formal através Da Ciência, Tecnologia e Inovação
de:
I - manutenção, proteção e incentivo das Art. 116. O Município instituirá a política de ciência,
manifestações esportivas patrocinadas e apoiadas pelo tecnologia e inovação, para promover o desenvolvimento
Município; social, econômico, científico e tecnológico da sociedade, tendo
II - destinação de recursos públicos à promoção como base o estímulo aos estudos, pesquisas e outras
prioritária do desporto educacional; atividades nesse campo.
III - estímulo ao desenvolvimento das atividades de Parágrafo único. Ao Poder Executivo compete instituir e
recreação, desporto e lazer nas comunidades, através da manter um Fundo de Amparo à Pesquisa de Juiz de Fora, que
educação física escolar; terá como objetivo principal financiar a política de ciência,
tecnologia e inovação no território do Município.
IV - obrigatoriedade de reserva de áreas destinadas a
praças e campos de esporte nos projetos de urbanização e de Seção XII
unidades escolares e a de desenvolvimento de programas de Do Planejamento Estratégico Sustentável
construção de áreas para a prática de esporte e lazer
comunitário; Art. 117. O Município observará, como ferramenta de
V - adoção de incentivos fiscais que estimulem as gestão, o planejamento estratégico de Juiz de Fora a ser
empresas privadas a investir no desporto e lazer. regulamentado por lei específica.
Parágrafo único. O Poder Público Municipal garantirá ao
portador de deficiência atendimento especializado no que se Art. 118. O Município poderá participar da implantação do
refere à educação física e à prática de atividades desportivas, planejamento estratégico sustentável da zona da mata e
sobretudo no âmbito escolar. campos das vertentes, com o objetivo de promover o
desenvolvimento econômico e social da região, através do
Seção X estabelecimento de consórcio intermunicipal, tendo como
Do Turismo eixos: sustentabilidade econômica e dinamismo dos negócios,
informação e conhecimento, modernização da administração
Art. 114. O Município fomentará o turismo como forma de pública e sustentabilidade ambiental.
promoção e desenvolvimento econômico, social e cultural
sustentável, em colaboração com os segmentos do setor. Seção XIII
Da Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso
Art. 115. Cabe ao Município, obedecida à legislação federal
e estadual, definir a política municipal de turismo e as Art. 119. A família, base da sociedade, tem especial
diretrizes e ações devendo: proteção do Município na forma da Constituição da República
e da Constituição do Estado de Minas Gerais.

Noções de Legislação Municipal 35


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 120. É dever da família, da sociedade e do Poder XXI - criação do fundo de fomento a economia popular e
Público Municipal assegurar à criança e ao adolescente, com solidária;
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à XXII- criação de lei específica de planejamento estratégico.
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, Art. 5° O Poder Executivo disponibilizará em seu site
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, eletrônico todos os bens tombados, bem como os em processo
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. de tombamento no Município de Juiz de Fora.

Art. 121. A família, a sociedade e o Poder Público Municipal Art. 6° Os prazos previstos nesta Lei Orgânica serão
têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua computados excluindo o dia do começo e incluindo o do
participação na comunidade, defendendo-lhes o bem-estar e o vencimento.
direito a vida digna. § 1° Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia
útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que não
TÍTULO V houver expediente administrativo.
ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS § 2° Se o prazo for estabelecido em horas, contar-se-á de
minuto a minuto. Se houver início ou vencimento do prazo em
Art. 1º O Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores da feriado ou em dia em que não houver expediente
Câmara Municipal prestarão o compromisso de manter, administrativo, o prazo só terá início ou término à zero hora
defender e cumprir esta Lei Orgânica no ato e data de sua do dia útil seguinte, considerando o dia por inteiro.
promulgação.
Art. 7º Fica ratificado o Regimento Interno da Câmara
Art. 2º É vedada a utilização da Guarda Municipal na Municipal, no que não contrariar esta Lei Orgânica.
repressão de manifestações públicas, sendo autorizado o porte Parágrafo único. Após a entrada em vigor desta Lei
legal de arma de fogo aos seus componentes, observadas as Orgânica, a Câmara Municipal designará uma comissão de sete
disposições da Lei Federal nº 13.022, de 8 de agosto de 2014. membros para elaborar o Projeto de Resolução do novo
(Alterado pela Emenda 05/2017) Regimento Interno.

Art. 3° A Tribuna Livre é o canal político onde os munícipes Art. 8° Ficam asseguradas as gratuidades concedidas no
exercerão o direito de desempenhar atributos populares e transporte coletivo urbano do Município, previstas em
democráticos, norteando-se nos termos de lei própria. legislação municipal.
Parágrafo único. A licitação de concessão de serviço
Art. 4º A lei disporá, no prazo de trezentos e sessenta dias público de transporte coletivo urbano a ser realizada pelo
a contar da publicação desta Lei Orgânica, sobre: Município deverá conter a previsão das gratuidades
I- a criação do Código Sanitário do Município de Juiz de concedidas legalmente.
Fora;
II - a criação do Conselho Municipal sobre Políticas de Art. 9° A partir da promulgação desta Lei Orgânica as
Álcool e Drogas; gratuidades concedidas por lei no transporte coletivo urbano
III - a criação do Conselho Municipal de Defesa do do Município deverão indicar expressamente a fonte de
Contribuinte; custeio.
IV - a formulação e implantação da política municipal de
habitação; Art. 10 O Município assegurará no Programa de Saúde da
V - a elaboração do plano municipal de meio ambiente Família e Comunidade a inclusão do profissional em saúde
e recursos naturais; bucal.
VI - a criação de órgão voltado para a política de
igualdade racial e do combate a diferença econômica entre as Art. 11. Após a entrada em vigor da Lei Orgânica, serão
raças; elaborados exemplares em número suficiente a fim de destiná-
VII - a implantação do sistema municipal de segurança los para distribuição e conhecimento dos diversos segmentos
alimentar e nutricional sustentável; da sociedade.
VIII - a criação de órgão executivo encarregado de
promover os mecanismos necessários à implementação da Art. 12. A revisão geral desta Lei Orgânica será feita, no
política de direitos humanos no Município; mínimo, em cinco anos após a sua promulgação pela Câmara
IX - a implantação do sistema municipal de cultura; Municipal pelo voto de maioria absoluta da Câmara.
X - a política municipal de turismo, com a criação da
casa do turismo; Art. 13. Esta Lei Orgânica aprovada e assinada pelos
XI - a política de ciência, tecnologia e inovação; Vereadores integrantes da Câmara Municipal de Juiz de Fora,
XII - instituir o programa municipal de esterilização promulgada por sua Mesa Diretora, entra em vigor na data de
animal, visando o combate da proliferação de animais de rua; sua publicação.
XIII - serviço de verificação de óbitos;
XIV - fundo de amparo à pesquisa; Palácio Barbosa Lima, 30 de abril de 2010.
XV - criação das Ouvidorias do Legislativo e Executivo;
XVI - implantação da política ambiental nos termos desta Questões
Lei Orgânica;
XVII - implantação da política de mobilidade urbana nos 01. Em concordância com a Lei Orgânica do Município de
termos desta Lei Orgânica; Juiz de Fora, a aquisição de bens imóveis pelo Poder Público
XVIII - criação do Conselho Municipal de Saneamento; Municipal, por compra ou permuta, dependerá em alguns
XIX - implantação da política municipal de habitação; casos pré-determinados de prévia avaliação e autorização
XX - implantação dos serviços de assistência técnica e legislativa.
gratuita de engenharia para construção de habitação de (....) Certo (....) Errado
interesse social;

Noções de Legislação Municipal 36


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

02. Analise a Lei Orgânica do Município de Juiz de Fora, de 28 de outubro de 2003; 1.182, de 2 de dezembro de 2003;
julgue o item abaixo e marque certo ou errado: 1.187, de 29 de junho de 2004; 1.189, de 6 de julho de 2004;
À Mesa Diretora, órgão colegiado da Câmara Municipal, 1.190, de 8 de julho de 2004; 1.191, de 14 de janeiro de 2005;
dentre outras atribuições, compete tomar algumas das 1.203, de 25 de agosto de 2006; 1.210, de 24 de setembro de
medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos. 2008; 1.211, de 24 de outubro de 2008; 1.213, de 10 de
(....) Certo (....) Errado dezembro de 2008; 1.214, de 10 de dezembro de 2008; 1.216,
de 12 de dezembro de 2008; 1.220, de 22 de maio de 2009;
03. Referente a Lei Orgânica do Município de Juiz de Fora, 1.222, de 28 de maio de 2009; 1.223, de 2 de julho de 2009;
a prestação de contas do exercício anterior será encaminhada 1.224, de 2 de julho de 2009; 1.225, de 13 de julho de 2009;
pelo Prefeito à Câmara Municipal até 31 de março. 1.226, de 25 de agosto de 2009; 1.227, de 19 de outubro de
(....) Certo (....) Errado 2009; 1.229, de 7 de dezembro de 2009; 1.235, de 9 de julho
de 2010; 1.236, de 27 de agosto de 2010; 1.254, de 21 de
04. Analise a Lei Orgânica do Município de Juiz de Fora, dezembro de 2011; 1.260, de 13 de janeiro de 2012 e arts. 1°,
julgue o item abaixo e marque certo ou errado: 2°, 3° e 4° da Resolução nº 1.219, de 26 de março de 2009.
O Poder Público Municipal fica obrigado a manter
organismo executivo da política municipal de apoio à pessoa Palácio Barbosa Lima, 11 de dezembro de 2012.
com deficiência, garantindo-se o pleno direito à participação
popular através de entidades representativas. TÍTULO I
(....) Certo (....) Errado DA CÂMARA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
05. Em concordância com a Lei Orgânica do Município de DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Juiz de Fora, a família, base da sociedade, tem especial
proteção do Município na forma da Constituição da República Art. 1º A Câmara Municipal é o órgão legislativo do
e da Constituição do Estado de Minas Gerais. Município e compõe-se de Vereadores eleitos nas condições e
(....) Certo (....) Errado termos constitucionais e legais.
§ 1º A Câmara Municipal tem sua sede e recinto dos seus
Respostas trabalhos no Palácio Barbosa Lima e o seu Prédio Anexo
“Ignácio Halfeld”, situado na Rua Halfeld, n. 955, na cidade de
01. Resposta: Errado. Juiz de Fora.
02. Resposta: Errado. § 2º Na sede da Câmara Municipal não se realizarão atos
03. Resposta: Certo. estranhos à sua função e somente será cedido o Plenário para
04. Resposta: Certo. manifestações cívicas, culturais ou partidárias, de acordo com
05. Resposta: Certo. o disposto no art. 36 deste Regimento Interno.
§ 3º Na hipótese de calamidade pública ou de qualquer
outra ocorrência que impossibilite o seu funcionamento na
sede, a Câmara Municipal poderá reunir-se em outro local, por
Regimento Interno da deliberação da Mesa Diretora, submetendo-a ao conhecimento
Câmara Municipal de Juiz de do Plenário na primeira reunião realizada no novo local.
Fora (Resolução nº. § 4º Caberá ao Presidente da Câmara Municipal comunicar
às autoridades competentes o endereço provisório da sede da
1.270/2012) Câmara Municipal.

Art. 2º A Câmara Municipal de Juiz de Fora reunir-se-á,


ordinariamente, em 10 (dez) reuniões mensais, que terão seu
início às 17 h 30 min, sendo que as reuniões das sextas-feiras
Regimento Interno da Câmara Municipal de Juiz de terão início às 10 h 30 min, sempre na 2ª (segunda) quinzena
Fora/MG3 de cada mês, exceto nos meses de janeiro, julho e dezembro,
quando as reuniões serão na 1ª (primeira) quinzena.
RESOLUÇÃO Nº 1.270, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2012 § 1º Os períodos compreendidos entre 16 e 31 de janeiro e
entre 16 de julho e 15 de agosto de cada ano, são considerados
Dispõe sobre o Regimento Interno da Câmara Municipal. períodos de recesso.
A Câmara Municipal de Juiz de Fora aprova e promulga a § 2º As reuniões poderão ser antecipadas quando houver,
seguinte Resolução: na 2ª (segunda) quinzena, feriado que impossibilite a
realização das 10 (dez) Reuniões Ordinárias.
Art. 1° Fica aprovado o Regimento Interno da Câmara § 3º A abertura de cada período legislativo poderá se dar
Municipal de Juiz de Fora, que se promulga com a presente em um bairro ou distrito da cidade, exceto na primeira reunião
Resolução e da qual é parte integrante. de cada Legislatura.
§ 4º A reunião denominada Câmara Itinerante, nos termos
Art. 2° Esta Resolução entra em vigor 60 (sessenta) dias a do § 3º deste artigo terá início às 18 horas, observado o
contar de sua publicação. seguinte procedimento:
I - as reuniões deverão ter quatro edições anuais a
Art. 3° Revogadas as disposições em contrário, serem realizadas nos meses de abril, junho, agosto e outubro;
especialmente as Resoluções nº s 1.114, de 17 de maio de II - os locais de realização deverão contemplar
1999; 1.123, de 12 de janeiro de 2000; 1.142, de 25 de junho diferentes regiões administrativas do Município, consideradas
de 2001; 1.149, de 24 de setembro de 2001; 1.152, de 26 de as características de suas microrregiões, e respeitada a
novembro de 2001; 1.153, de 30 de novembro de 2001; 1.175, alternância de realização entre as regiões administrativas
de 24 de março de 2003; 1.180, de 29 de agosto de 2003; 1.181, municipais;

3Câmara Municipal de Juiz de Fora. Disponível em:


http://www.camarajf.mg.gov.br/regimento.php. Com alterações até a
Resolução 1320 de dezembro de 2017.

Noções de Legislação Municipal 37


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

III - o Centro de Atenção ao Cidadão ficará responsável do diploma expedido pela Justiça Eleitoral e declaração de
pela mobilização e capacitação dos moradores e de suas bens.
lideranças comunitárias, bem como da elaboração de relatório § 2º A relação dos Vereadores que apresentaram a
do diagnóstico social da região, como das atividades documentação mencionada no § 1º deste artigo deverá ser
preparatórias da Câmara Itinerante; apresentada na sessão de posse ao Vereador que a preside.
IV - as atividades da Escola de Cidadania do Legislativo § 3° No dia 1° de janeiro do primeiro ano de cada
Municipal, coordenadas pelo Centro de Atenção ao Cidadão, Legislatura, a Câmara Municipal reunir-se-á,
incluirão a elaboração de um documento contendo as independentemente de convocação, para dar posse aos
demandas e as propostas indicadas pelas lideranças Vereadores, eleger e dar posse à sua Mesa Diretora e dar posse
participantes, as quais poderão apresentar oralmente na ao Prefeito e ao Vice-Prefeito. (Alterado pela Resolução
Câmara Itinerante as demandas e as propostas contidas no 1311/2016)
documento elaborado, mediante inscrição prévia junto à § 4º A reunião será presidida pelo último Presidente da
Escola de Cidadania, para uso da palavra por 5 (cinco) Câmara Municipal, se reeleito Vereador, ou, na sua falta, pelo
minutos. (Alterado pela Resolução 1298/2015) Vereador mais idoso dos reeleitos da Legislatura anterior.
V - as Associações, Sociedades Pró-Melhoramento de § 5º Aberta a Reunião, o Presidente convidará um
Bairro, Conselhos e Entidades devidamente registradas, por Vereador, de partido diferente, para assumir a função de
seus representantes, mediante inscrição prévia no horário de Secretário.
17 h 30 min as 18 h 15 min, junto à Assessoria de Cerimonial e § 6º O Presidente, após convidar os Vereadores e presentes
Eventos Institucionais da Câmara Municipal, poderão usar a a que se ponham de pé, proferirá a seguinte afirmação:
palavra por: “Prometo cumprir a Constituição da República, a Constituição
a) 5 (cinco) minutos havendo até doze inscritos; do Estado de Minas Gerais, a Lei Orgânica do Município de Juiz
b) 3 (três) minutos havendo mais que doze inscritos. de Fora e o Regimento Interno da Câmara Municipal, respeitar
(Alterado pela Resolução 1298/2015) as leis, desempenhar com retidão o mandato que me foi
VI - o tempo regimental para uso da palavra pelos confiado e trabalhar pelo progresso do Município e pelo bem-
Vereadores será de 5 (cinco) minutos, mediante sua inscrição estar do povo”.
de próprio punho, em livro especial e sob a fiscalização do 1º § 7º Prestado o compromisso, o Presidente procederá à
Secretário, até 30 (trinta) minutos a partir do início da chamada nominal de cada Vereador, que declarará: “Assim o
reunião; prometo”.
VII - o tempo regimental para uso da palavra do § 8º O Vereador que não tomar posse na Reunião Solene
Representante do Poder Executivo é de 5 (cinco) minutos, prevista neste artigo, deverá fazê-lo no prazo de 15 (quinze)
prorrogável por 5 (cinco) minutos, salvo autorização do dias, salvo motivo de força maior, aceito pela Câmara
Plenário por prazo superior, mediante sua inscrição junto à Municipal.
Assessoria de Cerimonial da Câmara Municipal, até 30 (trinta) § 9º O compromisso mencionado no § 6º deste artigo será
minutos a partir do início da reunião; igualmente prestado em Reunião posterior, junto à
VIII - em caso de manifestação desrespeitosa ao Presidência, pelo Vereador que não o tiver feito na ocasião
Vereador, fica-lhe reservado o direito de resposta por 3 (três) própria, assim como pelo Suplente convocado na forma deste
minutos; Regimento Interno.
IX - no mês de novembro deverá ser realizada uma § 10. Findo o prazo previsto no § 8º deste artigo, não tendo
reunião especial, no Plenário da Câmara Municipal, devendo o Vereador faltoso à Reunião de Instalação e Posse, justificada
ser convidados todos os oradores das Câmaras Itinerantes, a sua ausência, deverá a Mesa Diretora convocar o respectivo
com o objetivo de informar-lhes os encaminhamentos de suas Suplente.
demandas e propostas apresentadas nas Câmaras Itinerantes § 11. A declaração de bens será entregue no prazo de que
realizadas no período legislativo. trata o §1º deste artigo, anualmente atualizada e na data em
que o Vereador deixar o exercício do mandato.
Art. 3º Os Vereadores da Câmara Municipal exercerão seus § 12. O Vereador, a seu critério, poderá entregar cópia da
mandatos por uma Legislatura, correspondendo cada ano a declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita
uma Sessão Legislativa. Federal, na conformidade da legislação do Imposto sobre a
§ 1º A Sessão Legislativa compreende o período de 1º de Renda e Proventos de Qualquer Natureza, com as necessárias
janeiro a 31 de dezembro de cada ano. atualizações, para suprir a exigência contida no §11 deste
§ 2º No primeiro ano da Legislatura, a Câmara Municipal artigo.
se instalará no dia 1º de janeiro, para posse dos Vereadores e Art. 6º Sob a Presidência do Vereador na direção dos
eleição da Mesa Diretora, na forma prevista neste Regimento trabalhos, nos termos do § 4º do art. 5º deste Regimento
Interno. Interno, e observando o disposto nos seus arts. 5º, 13 e 14,
seguir-se-á à eleição da Mesa Diretora, que dirigirá os
CAPÍTULO II trabalhos da Câmara Municipal, por duas Sessões Legislativas.
DAS FUNÇÕES DA CÂMARA § 1º Declarada eleita e empossada a Mesa Diretora, o
Presidente assumirá a direção dos trabalhos e dará posse ao
Art. 4º O Poder Legislativo local é exercido pela Câmara Prefeito e Vice-Prefeito.
Municipal, que tem função legislativa, fiscalizadora, § 2º Enquanto não for eleita a Mesa Diretora, pela
deliberativa, julgadora, político- parlamentar, administrativa e insuficiência do número de Vereadores presentes ou outro
de assessoramento. motivo, caberá ao Vereador citado no caput deste artigo, além
de dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, praticar os atos
Art. 5º A Câmara Municipal instalará a Legislatura em legais da administração da Câmara Municipal, tendo, inclusive,
Reunião Solene, independentemente do número de presenças, autonomia para convocar reuniões diárias até a eleição
podendo, esta, dar-se em outro prédio público diverso de sua definitiva da mesma.
sede.
§ 1º Para participar da reunião, os Vereadores eleitos
deverão entregar à Divisão de Expediente da Câmara
Municipal, até 10 (dez) dias antes da posse, cópia autenticada

Noções de Legislação Municipal 38


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

TÍTULO II Parágrafo único. Encerrada a votação será proclamado o


DA MESA DIRETORA resultado, não se admitindo o voto do Vereador que tenha
CAPÍTULO I dado entrada no Plenário, após o voto do último da lista geral.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 14. Na apuração, se ocorrer empate, considerar-se-á
Art. 7° A Mesa Diretora, eleita para um mandato de dois eleita a chapa onde estiver o candidato a Presidente mais
anos, compor-se-á dos cargos de Presidente, 1° Vice- idoso.
Presidente, 2° Vice-Presidente, 1° Secretário e 2° Secretário, os § 1º Não sendo possível, por motivo de força maior,
quais não poderão ser reeleitos para cargo idêntico na mesma efetivar-se ou completar-se a eleição da Mesa Diretora na
Legislatura. primeira Reunião convocada para esse fim, o Presidente
Parágrafo único. As atribuições e competência para convocará Reunião para o dia seguinte e, em caso de justo
substituir são as estabelecidas no Capítulo III do Título II deste motivo, para os dias subsequentes, até a plena consecução
Regimento Interno, considerada a ordem de composição. desse objetivo, que deverá dar-se em um prazo máximo de 10
(dez) dias.
Art. 8º O Vereador mais idoso entre os presentes assumirá § 2º Não se efetivando a eleição do Presidente da Câmara
a Presidência e abrirá a Reunião Plenária, se à hora regimental Municipal assumirá o exercício interino de Presidente o
não estiverem presentes os membros da Mesa Diretora. Vereador mais idoso, que deverá providenciar novas eleições
em um prazo máximo de 30 (trinta) dias, cabendo-lhe, ainda,
Art. 9º As funções dos membros da Mesa Diretora somente nomear o Secretário interino.
cessarão:
I - por morte; CAPÍTULO III
II - ao fim do mandato da Mesa Diretora; DAS ATRIBUIÇÕES DA MESA DIRETORA
III - pela renúncia apresentada por escrito, de acordo
com o art. 29 deste Regimento Interno; Art. 15. A Mesa Diretora é órgão colegiado e decidirá
IV- pela destituição do cargo; sempre pela maioria dos seus membros.
V - pela perda do mandato. § 1º Além das atribuições consignadas neste Regimento ou
dele implicitamente resultantes, compete à Mesa Diretora a
Art. 10. No caso de vacância de cargos da Mesa Diretora, direção dos trabalhos legislativos e dos serviços
ocorrida antes de cumprida a metade do mandato, será administrativos da Câmara Municipal e especialmente:
realizada eleição para preenchimento da vaga, dentro do prazo I - elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 15 de
de 30 (trinta) dias, a contar da vacância, em Reunião setembro, a proposta orçamentária da Câmara Municipal, a ser
convocada para este fim. incluída na proposta do Município;
Parágrafo único. Ocorrida a vacância após o cumprimento II - enviar ao Prefeito até o dia 20 (vinte) de cada mês,
da metade do mandato, proceder-se-á a substituição legal, com para fins de incorporação aos balancetes do Município, os
eleição para a vaga remanescente, dentro do prazo de 60 balancetes da execução orçamentária e financeira da Câmara
(sessenta) dias, a contar da vacância, em Reunião convocada Municipal relativos ao mês anterior;
para este fim. III - propor ao Plenário projetos que criem, alterem e
extingam cargos ou funções da Câmara Municipal, bem como a
Art. 11. O Presidente, o 1º Vice-Presidente e o 1º Secretário fixação da respectiva remuneração, observadas as
não poderão fazer parte de Comissão Permanente, Comissão determinações constitucionais e legais;
Parlamentar de Inquérito, Comissão Processante e Comissão IV - declarar a perda de mandato de Vereador, de ofício
de Ética e do Decoro Parlamentar. ou por provocação de qualquer dos membros da Câmara
Parágrafo único. Em Comissão Especial e em Comissão de Municipal, nos casos previstos na Lei Orgânica do Município e
Representação, a Mesa Diretora poderá ter representantes. nos termos do Código de Ética e Decoro Parlamentar;
V - expedir Resoluções;
CAPÍTULO II VI - autorizar a aplicação dos recursos públicos
DA ELEIÇÃO E POSSE DA MESA DIRETORA disponíveis e depositar, na conta da Câmara Municipal, o
resultado dessas aplicações.
Art. 12. A eleição para a renovação da Mesa Diretora da § 2º Compete, ainda, à Mesa Diretora: I - no Setor
Câmara Municipal realizar-se-á na primeira quinzena de Legislativo:
dezembro do segundo ano de mandato na Legislatura e os a) convocar Reuniões Extraordinárias;
eleitos assumirão automaticamente a direção dos trabalhos, a b) propor créditos e verbas necessárias ao
partir de 1º de janeiro. funcionamento da Câmara Municipal e dos seus serviços;
c) tomar as providências necessárias à regularidade
Art. 13. A eleição da Mesa Diretora ou para preenchimento dos trabalhos legislativos.
de qualquer vaga far-se-á por votação nominal e a descoberto, II - no Setor Administrativo:
por maioria absoluta de votos no primeiro escrutínio; não a) prestar contas ao Tribunal de Contas do Estado de
sendo alcançada a maioria exigida, far-se-á um segundo Minas Gerais;
escrutínio entre as duas chapas mais votadas, com quórum de b) superintender os serviços da Secretaria da Câmara
maioria simples de votos, observadas as seguintes exigências Municipal;
e formalidades: c) nomear, promover, transferir, comissionar, ceder,
I - presença da maioria dos Vereadores; exonerar, demitir e aposentar servidores, pô-los em
II - chamada dos Vereadores, que deverão proferir disponibilidade, bem como praticar em relação ao pessoal
nominalmente os seus votos; contratado os atos equivalentes;
III - no caso de haver uma ou mais chapas concorrentes, d) prover a polícia interna da Câmara Municipal;
seus registros serão feitos no início da reunião, devendo estar e) determinar a abertura de sindicância e processo
cada uma acompanhada das declarações de consentimento administrativo disciplinar;
dos seus respectivos integrantes, não podendo um mesmo f) autorizar despesas para as quais a lei não exija
Vereador integrar mais de uma chapa; licitação;
IV - um só ato de votação para todos os cargos.

Noções de Legislação Municipal 39


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

g) referendar ou não o que for arbitrado pelo XII - encaminhar Requerimentos e Pedidos de
Presidente, nos termos do art. 18, § 2º, inciso VIII deste Informação aos destinatários, no prazo máximo de 10 (dez)
Regimento Interno; dias úteis;
h) permitir que sejam divulgados, irradiados, XIII - responder aos requerimentos enviados à Mesa
fotografados, filmados ou televisionados os trabalhos da Diretora pelos Vereadores no prazo máximo de 10 (dez) dias
Câmara Municipal, no Plenário, sem ônus para os cofres úteis, prorrogável somente uma vez pelo mesmo período;
públicos; XIV - solicitar, por decisão de dois terços dos membros da
i) regulamentar a abertura e julgamento de licitações, Câmara Municipal, a intervenção no Município nos casos
nos termos legais; admitidos pela Constituição da República e Constituição do
j) administrar os bens móveis e imóveis do Município, Estado de Minas Gerais;
utilizados em seus serviços. XV - manter a ordem no recinto da Câmara Municipal,
podendo solicitar a força necessária para este fim.
Art. 16. Os membros da Mesa Diretora reunir-se-ão em § 1º Na direção dos trabalhos legislativos compete ao
Comissão, a fim de deliberar, por maioria de votos, sobre todos Presidente:
os assuntos da Câmara Municipal sujeitos ao seu exame, I - quanto às Reuniões:
assinando e dando ciência dos respectivos atos e decisões. a) abrir, presidir, suspender e encerrar as Reuniões;
§ 1º Os membros da Mesa Diretora poderão afastar-se b) convocar Reuniões Extraordinárias, Secretas e
temporariamente das funções, mediante requerimento Solenes, nos termos deste Regimento Interno;
despachado pelo Presidente da Câmara Municipal ou por c) manter a ordem dos trabalhos, cumprir e fazer
deliberação da Mesa Diretora, no caso de afastamento do cumprir o Regimento Interno;
Presidente. d) mandar proceder à chamada e à leitura das
§ 2º Os afastamentos de que trata o parágrafo anterior não correspondências e proposições;
poderão ser concedidos quando um membro da Mesa Diretora e) transmitir ao Plenário, a qualquer momento, as
já estiver licenciado ou afastado, salvo comprovado motivo de comunicações que julgar convenientes;
força maior. f) conceder ou negar a palavra aos Vereadores, nos
termos Regimentais;
Seção I g) interromper o orador que se desviar da questão em
Do Presidente da Câmara Municipal debate ou falar sem o respeito devido à Câmara Municipal ou
a qualquer de seus membros, advertindo-o, à ordem e, em caso
Art. 17. O Presidente é o representante da Câmara de insistência, casando-lhe a palavra, podendo, ainda,
Municipal, quando ela houver de se pronunciar coletivamente, suspender a Reunião, quando não atendido e as circunstâncias
o coordenador dos trabalhos e o mantenedor da ordem, nos o exigirem;
termos deste Regimento. h) chamar a atenção do orador quando se esgotar o
Parágrafo único. O Presidente, ao abrir a Reunião, tempo a que tem direito;
pronunciará o seguinte: “EM NOME DO POVO DE JUIZ DE FORA i) anunciar a Ordem do Dia e submeter à discussão e
E SUPLICANDO PROTEÇÃO DE DEUS, DOU POR ABERTOS OS votação a matéria dela constante;
TRABALHOS DESTA REUNIÃO”. j) anunciar o resultado das votações;
k) estabelecer o ponto da questão sobre o qual deva ser
Art. 18. Compete ao Presidente: feita a votação;
I - representar a Câmara Municipal em juízo e fora l) determinar, nos termos regimentais, de ofício ou a
dele; requerimento de qualquer Vereador, que se proceda à
II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos verificação de presenças;
legislativos e administrativos da Câmara Municipal; m) anotar em cada documento a decisão do Plenário;
III - interpretar, cumprir e fazer cumprir o Regimento n) resolver qualquer Questão de Ordem e, quando
Interno; omisso o Regimento Interno, estabelecer precedentes
IV - promulgar as Resoluções, os Decretos Legislativos, regimentais, que serão anotados para solução de casos
as Leis que receberem sanção tácita e aquelas cujo veto tenha análogos;
sido rejeitado pela Câmara Municipal e não tenham sido o) organizar a Ordem do Dia, atendendo a preceitos
promulgadas pelo Prefeito; legais e regimentais;
V - fazer publicar os atos da Mesa Diretora, as p) anunciar o término das Reuniões.
Resoluções, os Decretos Legislativos e as Leis por ele II - quanto às proposições:
promulgadas; a) receber as proposições apresentadas;
VI - declarar extinto o mandato do Prefeito, do Vice- b) distribuir proposições, processos e documentos às
Prefeito e dos Vereadores, nos casos previstos em normas comissões;
pertinentes; c) determinar, a requerimento do autor, a retirada de
VII - apresentar ao Plenário, até o dia 20 (vinte) de cada proposições, nos termos regimentais;
mês, o balancete da execução orçamentária e financeira da d) declarar prejudicada a proposição em face da
Câmara Municipal do mês anterior; rejeição ou aprovação de outra com o mesmo objetivo;
VIII - requisitar o numerário destinado às despesas da e) devolver ao autor, quando não atendidas as
Câmara Municipal; formalidades regimentais, proposição em que seja pretendido
IX - exercer, em substituição, a Chefia do Poder o reexame da matéria anteriormente rejeitada ou vetada e cujo
Executivo, nos casos previstos em Lei; veto tenha sido mantido;
X - designar a composição das comissões da Câmara f) não aceitar substitutivos ou emendas que não sejam
Municipal, nos termos regimentais, observadas as indicações pertinentes à proposição inicial;
partidárias; g) determinar o desarquivamento de proposição, nos
XI - prestar informações por escrito e expedir certidões termos regimentais;
requeridas para defesa de direitos e esclarecimentos de h) retirar da pauta da Ordem do Dia proposições em
situações de interesse pessoal; desacordo com exigências regimentais;
i) despachar requerimentos, verbais ou escritos,
processos e demais papéis submetidos à sua apreciação;

Noções de Legislação Municipal 40


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

j) observar e fazer observar os prazos regimentais; Art. 19. Para ausentar-se do Município por mais de 10
k) solicitar informações e colaborações técnicas para (dez) dias, o Presidente deverá, necessariamente, licenciar-se,
estudos de matéria sujeita à apreciação da Câmara Municipal; na forma regimental.
l) devolver proposição que contenha expressões
antirregimentais. Art. 20. Nos períodos de recesso da Câmara Municipal, a
III - Quanto às Comissões: licença do Presidente se efetivará mediante comunicação
a) nomear comissões temporárias, observadas as escrita ao seu substituto legal, observados os preceitos dos §§
indicações partidárias; 1º e 2º do art. 16 deste Regimento Interno.
b) designar substitutos para os membros das
comissões, em caso de vaga, falta, licença ou impedimento Art. 21. Para oferecer proposições ou tomar parte em
ocasional; qualquer discussão, o Presidente dos trabalhos deverá afastar-
c) declarar a destituição de membros das comissões se da Presidência.
quando deixarem de comparecer a 3 (três) reuniões
consecutivas ou 10 (dez) intercaladas, sem motivo justificado. Art. 22. O Presidente da Câmara Municipal, ou quem o
IV - quanto às Reuniões da Mesa Diretora: substituir, somente manifestará o seu voto nas seguintes
a) convocá-las e presidi-las; hipóteses:
b) tomar parte nas suas discussões e deliberações, com I - na eleição da Mesa Diretora;
direito a voto e assinar os respectivos atos e decisões; II - quando ocorrer empate em qualquer votação no
c) distribuir as matérias que dependerem de parecer da Plenário.
Mesa Diretora;
d) definir as decisões da Mesa Diretora, cuja execução Art. 23. Será sempre computada, para efeito de quórum, a
não for atribuída a outro de seus membros. presença do Presidente dos trabalhos.
V - quanto às Publicações:
a) publicar informações, notas e documentos que digam Art. 24. Quando o Presidente estiver com a palavra no
respeito às atividades da Câmara Municipal e devam ser exercício de suas funções, durante as Reuniões, não poderá ser
divulgadas; aparteado.
VI - quanto às Atividades e Relações Externas da Câmara
Municipal: Seção II
a) manter, em nome da Câmara Municipal, todos os Do Vice-Presidente
contatos de direito com o Prefeito e demais autoridades;
b) agir, judicialmente, em nome da Câmara Municipal ad Art. 25. Sempre que o Presidente não se achar no recinto à
referendum ou por deliberação do Plenário; hora regimental de início das reuniões, o membro da Mesa
c) convidar autoridades e outras personalidades Diretora, observada a ordem de composição, o substituirá no
ilustres a visitarem a Câmara Municipal; desempenho de suas funções, devolvendo-lhe o lugar à sua
d) determinar lugar reservado aos representantes presença.
credenciados da imprensa; § 1º Quando o Presidente deixar a Presidência durante a
e) zelar pelo prestígio da Câmara Municipal e pelos Reunião cabe a um membro da Mesa Diretora, observada a
direitos, garantias e respeito devidos aos seus membros. ordem de composição, substitui-lo, devolvendo-lhe o lugar à
§ 2º Compete, ainda, ao Presidente: sua presença.
I - dar posse aos Vereadores e Suplentes nos casos § 2º Os Vice-Presidentes, segundo a ordem de composição
previstos em Lei e neste Regimento Interno; da Mesa Diretora, substituirão o Presidente em sua ausência,
II - justificar a ausência do Vereador às Reuniões falta, impedimento ou licença, ficando, nas duas últimas
Ordinárias e Extraordinárias e às Reuniões das Comissões hipóteses, investidos na plenitude de suas funções.
Permanentes, quando motivada pelo desempenho de suas § 3º Ao 1º Vice-Presidente caberá, também, assinar, depois
funções em Comissões Temporárias e em caso de doença, luto, do Presidente, as Resoluções da Mesa Diretora e, no seu
casamento, paternidade, viagens administrativas ou de impedimento ou licença, ao 2 º Vice-Presidente.
representação, mediante requerimento do interessado;
III - executar as deliberações do Plenário; Seção III
IV - manter a correspondência oficial da Câmara Do Secretário
Municipal nos assuntos que lhe são afetos;
V - rubricar os livros destinados aos serviços da Art. 26. São atribuições do 1º Secretário:
Câmara Municipal; I - no Processo Legislativo:
VI - nomear e exonerar o Chefe e os Auxiliares do a) fazer a chamada dos Vereadores, obedecendo à
Gabinete da Presidência; ordem da lista nominal e na forma das normas regimentais, e
VII - autorizar a despesa da Câmara Municipal e o seu apurando as presenças, no caso de votação ou verificação de
pagamento, dentro dos limites do orçamento e observadas as quórum;
disposições legais, podendo, mediante Ato, delegar ao Diretor b) fazer a verificação de votação quando solicitado pela
Geral do Legislativo a competência para efetuar o pagamento Presidência;
das despesas de até R$ 6.000,00 (seis mil reais); c) acompanhar e supervisionar a redação da ata da
VIII - dar andamento legal aos recursos interpostos Reunião, proceder à sua leitura quando solicitado, e assiná-la
contra seus atos, de modo a garantir o direito das partes; depois do Presidente;
IX - providenciar a expedição, no prazo legal, das d) redigir a ata das Reuniões Secretas; II - na
certidões que lhe forem solicitadas, bem como atender às Administração da Câmara Municipal:
requisições judiciais; a) fiscalizar as despesas e fazer cumprir normas
X - despachar toda a matéria de expediente; regulamentares;
XI - dar conhecimento à Câmara Municipal, na última b) assinar, depois do Presidente e do 1º Vice-
reunião ordinária de cada ano, da resenha dos trabalhos Presidente, atos da Mesa Diretora;
realizados durante a Sessão Legislativa. c) determinar o apostilamento nos títulos dos
servidores;

Noções de Legislação Municipal 41


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

d) fazer as anotações devidas nos documentos sob sua § 2º A forma legal para deliberar é a Reunião regida pelos
guarda, autenticando-os quando necessário; dispositivos referentes à matéria, estatuídos em Lei ou neste
e) responsabilizar-se pelas proposições, documentos, Regimento Interno.
requerimentos, memoriais, convites, representações e outros § 3º O número é o quórum determinado em Lei ou mesmo
expedientes que lhe sejam encaminhados. neste Regimento, para a realização das Reuniões e para as
§1º Sempre que o 1º Secretário não se achar no recinto à deliberações.
hora regimental das reuniões, o 2º Secretário o substituirá no
desempenho de suas funções no processo legislativo, Art. 32. As deliberações do Plenário serão tomadas:
devolvendo-lhe o lugar à sua presença. I - por maioria simples de votos;
§ 2º No impedimento e licença do 1º Secretário nos atos da II - por maioria absoluta de votos;
Administração de que trata o inciso II deste artigo, o 2º III - por 2/3 (dois terços) dos votos da Câmara
Secretário o substituirá no desempenho de suas funções. Municipal.
§ 1º A maioria simples é a que representa maior resultado
CAPÍTULO IV de votação, dentre os presentes.
DAS CONTAS DA CÂMARA MUNICIPAL § 2º A maioria absoluta é a que representa mais da metade
dos Membros da Câmara Municipal.
Art. 27. As Contas Anuais da Câmara Municipal serão § 3º As deliberações do Plenário serão tomadas por
prestadas ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais no maioria simples de votos, com observância do art. 209,
prazo legal. ressalvado o disposto no artigo seguinte.
§1º As Contas de que trata o caput deste artigo ficarão
disponíveis, durante todo o exercício, no Poder Legislativo, Art. 33. O Plenário deliberará:
para consulta e apreciação dos cidadãos e instituições da I - por maioria absoluta, sobre:
sociedade. a) Regimento Interno da Câmara Municipal;
§ 2º As informações pormenorizadas sobre a execução b) eleição dos Membros da Mesa Diretora;
orçamentária e financeira da Câmara Municipal serão c) criação de Cargos no Quadro de Pessoal da Câmara
liberadas, ao pleno conhecimento e acompanhamento da Municipal;
sociedade, em tempo real, mediante meios eletrônicos de d) realização de Reunião Secreta;
acesso público. e) fixação do subsídio do Vereador;
f) cessão do Plenário da Câmara Municipal;
Art. 28. Os balancetes assinados pelo Presidente e o g) a criação de cargos, funções e empregos da
balanço anual, assinado pela Mesa Diretora, ficarão à Administração Direta, Autarquias, Fundações e demais órgãos
disposição, nos termos da Constituição da República. controlados pelo Poder Público;
h) nos casos previstos nos incisos I, II, III e IV, do art. 5°
CAPÍTULO V da Resolução
DA RENÚNCIA E DA DESTITUIÇÃO DA MESA n. 1.148, de 20 de setembro de 2001, alterada pela
DIRETORA Resolução n. 1.219, de 26 de março de 2009, que institui o
Código de Ética e Decoro Parlamentar.
Art. 29. A renúncia do Vereador ao cargo que ocupa na II - por maioria absoluta com a presença de 2/3 (dois
Mesa Diretora dar-se-á por comunicado escrito a ela dirigido e terços) de seus membros:
se efetivará, independentemente de deliberação do Plenário, a a) outorga de concessão, permissão ou autorização de
partir do momento em que for lida na primeira Reunião serviços públicos;
Plenária após recebimento do comunicado. b) outorga do direito real de concessão de uso de bens
Parágrafo único. Em caso de renúncia coletiva de toda a imóveis do Município;
Mesa Diretora, o comunicado, por escrito, será levado ao c) aquisição de bens imóveis pelo Município, com
conhecimento dos Vereadores em Reunião Plenária. encargos;
d) autorização para contratação de empréstimos,
Art. 30. Qualquer membro da Mesa Diretora poderá ser inclusive para as Autarquias, Fundações e demais órgãos
destituído do seu cargo administrativo, nos termos do Código controlados pelo Poder Público;
de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal, quando: e) matéria tributária;
I - faltoso, omisso ou comprovadamente ineficiente no f) Códigos de Obras e Edificações e outros códigos;
desempenho de suas atribuições; g) Estatuto dos Servidores Públicos Municipais e
II - infringir qualquer das proibições estabelecidas nos Regime Próprio de Previdência Municipal;
artigos da Lei Orgânica; h) Lei de Diretrizes Orçamentárias, Plano Plurianual e
III - exorbitar das atribuições a ele conferidas por este Lei Orçamentária Municipal;
Regimento Interno; i) alteração de denominação de próprios, vias e
IV - praticar atos contrários à ética e ao decoro logradouros públicos;
parlamentar. j) criação, organização e supressão de distritos e
subdistritos e divisão do território do Município em áreas
TÍTULO III administrativas;
DO PLENÁRIO k) incorporação ou desincorporação de áreas ao
CAPÍTULO I Município ou do Município, respectivamente;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES l) Plano Diretor do Município;
m) parcelamento, ocupação e uso do solo.
Art. 31. O Plenário é o órgão deliberativo e soberano da III - pelo voto favorável de 2/3 (dois terços) dos
Câmara Municipal, constituído pela Reunião dos Vereadores Membros da Câmara Municipal sobre:
em exercício, em local, forma e número estabelecidos neste a) os casos previstos nos incisos V e VI do art. 5° da
Regimento Interno. Resolução n. 1148, de 20 de setembro de 2001, alterada pela
§ 1º O local é o recinto de sua sede. Resolução n. 1219, de 26 de março de 2009, que institui o
Código de Ética e Decoro Parlamentar;

Noções de Legislação Municipal 42


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

b) concessão de Títulos Honoríficos ou qualquer IX - O partido político, entidade ou movimento


honraria ou homenagem; devidamente registrado que fizer uso da palavra só poderá
c) representação contra o Prefeito, o Vice-Prefeito, voltar à Tribuna Livre após 30 (trinta) dias, a contar da data de
Secretários Municipais e ocupantes de cargos da mesma sua atuação, limitado o seu uso por 3 (três) vezes ao ano.
natureza pela prática de crime contra a administração pública; (Alterado pela Resolução 1320/2017)
d) rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas X - o orador responderá, em todas as instâncias, pelos
sobre as Contas do Prefeito; conceitos que emitir na Tribuna Livre;
e) emendas à Lei Orgânica do Município; XI - o orador não poderá ofender a instituição Câmara
f) alienação de bens imóveis do Município; Municipal e nenhum de seus membros e perderá o direito de
g) realização de Plebiscito. voltar à Tribuna Livre, no caso de descumprimento deste
Parágrafo único. Nas deliberações do Plenário o voto será dispositivo;
público, sendo proibido o voto secreto. XII - o Presidente da Câmara poderá indeferir o uso da
Tribuna Livre, quando a matéria não disser respeito, direta ou
CAPÍTULO II indiretamente, ao Município;
DA UTILIZAÇÃO DO PLENÁRIO XIII - no caso de ausência da pessoa chamada, sua
inscrição ficará sem efeito e ela só poderá voltar a ocupar a
Art. 34. Durante as Reuniões estão autorizados a Tribuna Livre mediante nova inscrição, de acordo com o
permanecer no recinto do Plenário, servidores da Câmara disposto no inciso IX deste artigo;
Municipal restritos ao recinto, identificados por crachá, XIV - a exposição do orador poderá ser entregue à Mesa,
profissionais da Imprensa previamente credenciados pela por escrito, para efeito de encaminhamento a quem de direito,
Coordenadoria de Comunicação Social ou pelo Presidente. a critério do Presidente;
§ 1º Estão dispensadas de identificação por crachá XV - poderá fazer uso da palavra 1 (um) Vereador de
autoridades convidadas pelos membros da Mesa Diretora ou cada partido, após a exposição do orador inscrito, pelo prazo
pelos Vereadores para qualquer evento. de 5 (cinco) minutos improrrogáveis;
§ 2º A convite da Presidência, por iniciativa própria ou XVI - nas terças e quintas-feiras, havendo Tribuna Livre,
sugestão de qualquer Vereador, poderão assistir aos trabalhos, não haverá o Grande Expediente.
no recinto do Plenário, autoridades federais, estaduais e Parágrafo único. A Tribuna Livre poderá, mediante
municipais, personalidades homenageadas e representantes aprovação da maioria simples dos presentes, ser antecipada
da imprensa que terão lugar reservado para este fim. para ocorrer antes da Ordem do Dia e após a leitura das
§ 3º A saudação oficial ao visitante será feita, em nome da correspondências e expedientes, com a suspensão da reunião
Câmara, pelo Vereador que o Presidente designar para essa ordinária.
atribuição.
§ 4º Os visitantes poderão discursar para agradecer a Art. 36. É facultada a cessão do Plenário da Câmara
saudação que lhes for feita. Municipal para manifestações partidárias, cívicas e culturais,
Art. 35. A Tribuna Livre Vereador “Natanael Elói do observados os seguintes casos:
Amaral” poderá ser utilizada por representantes credenciados I - aos Partidos Políticos, quando de suas convenções
de partidos políticos, de entidades ou movimentos ou atividades afins;
devidamente registrados, observados os requisitos e II - ao Executivo Municipal;
condições estabelecidos nas disposições seguintes: III - para a realização de Congressos, Seminários ou
I - funcionamento às terças e quintas-feiras de cada Conclaves, cujo interesse público se configure;
período legislativo, nos dias em que ocorrer Reuniões IV - às Entidades, Associações e Sindicatos, desde que
Ordinárias, após a Ordem do Dia, com duração máxima de 20 oficialmente reconhecidos e sem fins lucrativos.
(vinte) minutos para os inscritos; § 1º Fica vedada a cessão da Câmara Municipal para
II - a inscrição dos interessados será feita em livro eventos que exijam procedimentos técnico-científicos,
próprio na Divisão de Expediente, no decorrer da semana incompatíveis com as dependências do Legislativo.
imediatamente anterior, observado o horário de § 2º Os casos de que tratam este artigo, obedecerão ao
funcionamento da Câmara Municipal; disposto na alínea “f” do inciso I, do art. 33, salvo em recesso
III - no ato da inscrição, o interessado deverá da Câmara Municipal e em período que não tiver reunião
mencionar, obrigatoriamente, o assunto a ser debatido; ordinária, hipóteses em que será de competência da Mesa
IV - caberá ao Presidente proceder à distribuição, a cada Diretora a cessão ou não do Plenário.
Vereador, da relação dos oradores inscritos, devidamente § 3º Apresentado o ofício à Mesa Diretora pelo interessado,
acompanhada da matéria a ser discutida, com antecedência de com antecedência mínima de 3 (três) dias, o pedido deverá ser
24 (vinte e quatro) horas; deliberado em regime de urgência.
V - o orador deverá usar a Tribuna Livre somente para § 4º Será de inteira responsabilidade da Entidade
abordar o assunto ao qual se inscreveu, sendo obrigatória a solicitante a guarda e conservação do recinto da Câmara
interferência do Presidente, no caso de desvio do assunto Municipal, inclusive quanto ao cumprimento do horário
registrado; estipulado, sendo que a Câmara Municipal designará
VI - o orador, decentemente trajado e sem nenhum responsável para fiscalizar o cumprimento das condições
indício de anormalidade deverá usar linguagem compatível estabelecidas neste Regimento Interno.
com a Câmara Municipal e sob a direção da Presidência da § 5º O responsável pela Entidade solicitante assinará
Mesa; termo de responsabilidade com relação ao Plenário e a todos
VII - é de 20 (vinte) minutos improrrogáveis o prazo do os seus equipamentos, não se eximindo de responsabilidade
orador ou oradores para tratar do mesmo assunto; civil.
VIII - serão aceitos até 2 (dois) oradores do mesmo § 6º Durante os períodos de Audiências Públicas, Reuniões
partido político, entidade ou movimento devidamente Ordinárias, Extraordinárias e Solenes, o Plenário da Câmara
registrado, por vez, obedecida, rigorosamente, a ordem de Municipal não poderá ser cedido.
inscrição, com o prazo de 10 (dez) minutos para cada um e,
havendo anuência dos oradores, esse prazo pode ser alterado,
observado o limite disposto no inciso VII deste artigo;

Noções de Legislação Municipal 43


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

CAPÍTULO III § 3º Verificadas as condições de existência de vaga ou


DOS LÍDERES E VICE-LÍDERES licença de Vereador, apresentado o diploma expedido pela
Justiça Eleitoral e declaração de bens, conforme as exigências
Art. 37. Líder é o porta-voz autorizado da maioria, da legais, não poderá o Presidente negar posse ao Vereador ou
minoria, dos representantes partidários e dos blocos Suplente, sob nenhuma alegação, salvo a existência de caso
parlamentares que participam da Câmara Municipal. comprovado de extinção de mandato.
§ 1º A indicação dos Líderes será feita ao Presidente da
Câmara Municipal, em documento subscrito pelos membros CAPÍTULO II
das representações majoritárias, das minoritárias, dos blocos DAS GARANTIAS E PRERROGATIVAS
parlamentares ou dos partidos políticos, após a instalação do
primeiro período legislativo anual. Art. 45. Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões,
§ 2º A maioria, minoria, representações partidárias e palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do
blocos parlamentares poderão, a qualquer tempo, modificar Município.
seus Líderes, devendo ser feita a respectiva comunicação ao § 1º Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar
Presidente da Câmara Municipal. sobre informações recebidas ou prestadas em razão do
§ 3º Os Líderes indicarão os respectivos Vice-Líderes, exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
dando conhecimento ao Presidente da Câmara Municipal confiaram ou delas receberam informações.
dessa designação. § 2º Poderá o Vereador, mediante licença da Câmara
§ 4º Ausente ou impedido o Líder, suas atribuições serão Municipal, desempenhar missões temporárias de caráter
exercidas pelos Vice-Líderes. cultural ou de interesse do Município.
§ 5º Enquanto não for feita a indicação considerar-se-á
Líder o Vereador mais idoso da bancada. Art. 46. No exercício de seu mandato, o Vereador terá livre
§ 6º Cada Vereador poderá participar de apenas um bloco acesso às repartições públicas municipais e às áreas sob
parlamentar. jurisdição municipal onde se registre conflito ou o interesse
público esteja ameaçado.
Art. 38. No início de cada Sessão Legislativa, o Prefeito Parágrafo único. O Vereador poderá diligenciar, inclusive
comunicará à Câmara Municipal, em ofício, o nome de seu com acesso a documentos, junto a órgãos da administração
Líder. pública direta e indireta, devendo ser atendido pelos
respectivos responsáveis, na forma da lei.
Art. 39. Os Líderes, além de outras atribuições que lhe são
conferidas neste Regimento Interno, devem indicar à Mesa os CAPÍTULO III
nomes dos Vereadores para comporem as diversas Comissões DOS IMPEDIMENTOS
da Câmara Municipal, dando, a cada um, o seu Suplente.
Art. 47. É vedado ao Vereador:
Art. 40. O Líder, em qualquer momento da Reunião, poderá I - desde a expedição do diploma:
fazer uso da palavra por 5 (cinco) minutos, prorrogáveis por a) firmar ou manter contrato com o Município, com suas
igual tempo, para responder a críticas que lhe forem dirigidas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedade de
ou ao partido a que pertença. economia mista ou com empresas concessionárias de serviço
Parágrafo único. O Líder do Prefeito, para responder a público municipal, salvo quando o contrato obedecer a
críticas que lhe forem dirigidas ou ao Prefeito, poderá fazer cláusulas uniformes;
uso da palavra pelo prazo disposto no caput deste artigo. b) aceitar ou exercer cargo, emprego ou função, no
âmbito da Administração Pública direta ou indireta municipal,
Art. 41. A Reunião de Líderes, para tratar de assunto de salvo mediante aprovação em concurso público, observado o
interesse geral realizar-se-á por proposta de qualquer deles. disposto na Lei Orgânica Municipal.
II - desde a posse:
Art. 42. A Reunião de Líderes com a Mesa Diretora, para a) ocupar cargo ou função declarado de livre nomeação
tratar de assunto de interesse geral, far-se-á por iniciativa do e exoneração na Administração Pública direta ou indireta dos
Presidente da Câmara Municipal. entes da Federação, salvo se afastar-se do exercício da
Vereança;
TÍTULO IV b) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou
DOS VEREADORES municipal;
CAPÍTULO I c) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica
de direito público do Município ou nela exercer função
Art. 43. Os Vereadores são agentes políticos, investidos do remunerada;
mandato legislativo municipal para uma Legislatura, pelo d) patrocinar causa junto ao Município em que seja
sistema partidário e de representação proporcional, por voto interessada qualquer das entidades a que se refere a alínea “a”
secreto e direto. do inciso I, deste artigo.
§1º Na hipótese do afastamento de que trata a alínea “a” do
Art. 44. Os Vereadores tomarão posse nos termos do art. 5º inciso II deste artigo, o Vereador poderá optar pelo subsídio do
deste Regimento Interno. mandato.
§1º Os Suplentes, quando convocados, deverão tomar § 2º O afastamento dar-se-á através de comunicação
posse no prazo de 15 (quinze) dias da data do recebimento da subscrita pelo Vereador e dirigida ao Presidente, que dela dará
convocação, apresentando cópia autenticada do diploma conhecimento ao Plenário na primeira Reunião Ordinária
expedido pela Justiça Eleitoral e declaração de bens. subsequente.
§ 2º Tendo prestado compromisso uma vez, fica o Suplente § 3º O Vereador que reassumir suas funções, deverá fazer
de Vereador dispensado de novo compromisso em comunicação escrita à Mesa Diretora.
convocações subsequentes, salvo a declaração de bens que
será sempre exigida.

Noções de Legislação Municipal 44


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

CAPÍTULO IV § 7º É facultado ao Vereador prorrogar o seu tempo de


DOS DEVERES DO VEREADOR licença, por meio de nova comunicação, nos termos dos §§ 1º
e 3º deste artigo.
Art. 48. São deveres do Vereador: § 8º A licença para tratamento de saúde terá a duração
I - comparecer no dia, hora e local designados para a igual ao período que consta no atestado médico, podendo ser
realização das Reuniões Ordinárias e Audiências Públicas da renovada quantas vezes for necessário.
Câmara Municipal, justificando-se à Mesa Diretora, por escrito,
no prazo de 3 (três) dias úteis, pelo não comparecimento; Art. 52. Efetivada a licença, o Presidente convocará o
II - não se eximir de trabalho algum, relativo ao respectivo Suplente, nos termos do art. 58 deste Regimento
desempenho do mandato, cumprindo os deveres e tarefas para Interno.
as quais for eleito ou oficialmente designado; Parágrafo único. Na falta do Suplente, o Presidente fará a
III - dar, nos prazos regimentais, informações, pareceres devida comunicação à Justiça Eleitoral.
ou votos de que for incumbido, comparecendo e tomando
parte das reuniões da Comissão a que pertencer; CAPÍTULO VI
IV - propor ou levar ao conhecimento da Câmara DA VACÂNCIA DO EXERCÍCIO DO MANDATO E DA
Municipal medida que julgar conveniente ao Município, à CONVOCAÇÃO DO SUPLENTE
segurança e ao bem-estar dos munícipes, denunciando a que
lhe pareça prejudicial ao interesse público; Art. 53. A vacância, na Câmara Municipal, verifica-se:
V - tratar respeitosamente a Mesa Diretora e os demais I - por morte;
membros da Câmara Municipal; II - por renúncia;
VI - comparecer às Reuniões Plenárias, apresentando- III - por perda ou extinção do mandato.
se de modo compatível aos usos e costumes parlamentares.
CAPÍTULO V Art. 54. Considera-se extinto o mandato nos seguintes
DAS FALTAS E LICENÇAS casos:
I - do Vereador que não prestar compromisso na forma
Art. 49. Será atribuída falta ao Vereador que não e no prazo previsto neste Regimento Interno;
comparecer às Reuniões Ordinárias, salvo motivo justo. II - do Suplente que, convocado, não entrar no exercício
§ 1º Para efeito de justificação das faltas, consideram-se do mandato nos termos deste Regimento Interno, salvo
motivos justos: doença, luto, gala, maternidade, paternidade, justificativa, que será submetida ao Plenário.
viagem administrativa ou viagem de representação, bem como Parágrafo único. A vacância, nos casos de renúncia, será
o desempenho de missões oficiais da Câmara Municipal. declarada pelo Presidente, em Plenário, durante a Reunião.
§ 2º A justificação das faltas far-se-á, de forma
fundamentada, por escrito ao Presidente da Câmara Municipal, Art. 55. A renúncia do mandato deve ser manifestada por
ou oral, no Plenário, constando em ata. escrito, ao Presidente da Câmara Municipal e tornar-se-á
efetiva e irretratável depois de lida na Reunião Plenária e
Art. 50. Ao Vereador que for atribuída falta por não publicada na imprensa oficial.
comparecimento à Reunião Ordinária da Câmara, sem
justificação, será descontado 1/30 (um trinta avos) de seu Art. 56. Perderá o mandato o Vereador:
subsídio mensal por cada ausência. I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas
Parágrafo único. O subsídio mensal para o cálculo do no art. 29 da Lei Orgânica Municipal;
desconto previsto no caput será sempre o do mês que o mesmo II - que proceder de modo incompatível com a ética e
for efetivado. com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão
Art. 51. O Vereador poderá licenciar-se: legislativa anual, à terça parte das sessões ordinárias, salvo
I - para tratar, sem remuneração, de interesse doença comprovada, licença ou missão autorizada pela
particular, por prazo nunca inferior a 30 (trinta) dias e que não Câmara Municipal;
ultrapasse 120 (cento e vinte) dias por sessão legislativa; IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
II - por motivo de doença e por maternidade; V - quando decretar a Justiça Eleitoral;
III - para desempenhar missões temporárias de VI - que sofrer condenação criminal em sentença
interesse do Município. transitado em julgado;
§ 1º A licença dar-se-á através de comunicação subscrita VII - que se utilizar do mandato para a prática de atos de
pelo Vereador e dirigida ao Presidente, que dela dará corrupção ou de improbidade administrativa;
conhecimento ao Plenário na primeira Reunião Ordinária VIII - que fixar residência fora do Município.
subsequente. § 1º Além de outros casos definidos neste Regimento
§ 2º No caso do inciso II, a comunicação de licença será Interno e em seu Código de Ética e de Decoro Parlamentar,
instruída com atestado médico. considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar o
§ 3º A licença efetivar-se-á a partir da leitura da abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a
comunicação em Plenário. percepção de vantagens ilícitas ou imorais.
§ 4º Durante o recesso parlamentar ou no período § 2º Nos casos dos incisos I, II, VII e VIII deste artigo, a
legislativo que não tenha Reunião Ordinária, a licença se dará perda do mandato será decidida pela Câmara Municipal,
a partir da ciência à Mesa Diretora. assegurada ampla defesa e o contraditório, na forma de seu
§ 5º No caso de licença de Vereador para tratamento de Código de Ética e de Decoro Parlamentar.
saúde, o respectivo Suplente só será convocado se a licença for § 3º Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, a perda será
superior a 30 (trinta) dias. declarada pela Mesa Diretora, de ofício ou mediante
§ 6º Caso Vereador esteja impossibilitado, física ou provocação de qualquer de seus membros ou de partido
mentalmente, de subscrever comunicação de licença para político representado na Câmara Municipal, assegurada ampla
tratamento de saúde, caberá ao Presidente da Câmara defesa e o contraditório.
Municipal declará-lo licenciado, mediante comunicado com § 4º No caso do inciso VI, a perda será decidida, se culposo
atestado médico. o crime, na forma do § 2º e declarada, se doloso o crime, nos
termos do § 3º deste artigo.

Noções de Legislação Municipal 45


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

§ 5º A renúncia de Vereador submetido a processo que vise temporário e destinados a proceder estudos, realizar
ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, investigações e representar a Câmara Municipal.
terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que
tratam os §§ 2º, 3º e 4º deste artigo. Art. 63. As Comissões da Câmara Municipal são:
§ 6º A renúncia só produzirá efeitos se a decisão final da I - permanentes, as que subsistem através da
Câmara Municipal não concluir pela perda do mandato e, em Legislatura;
caso contrário, será arquivada. II - temporárias, as que se extinguem com o término da
Legislatura ou antes dela, se atingido o fim para a qual foram
Art. 57. Suspende-se o exercício do mandato de Vereador: criadas.
I - pela decretação judicial de prisão preventiva; Parágrafo único. O Presidente, o 1º Vice-Presidente e o 1º
II - pela prisão em flagrante delito; Secretário não poderão fazer parte de Comissão Permanente,
III - pela imposição de prisão administrativa. Comissão Parlamentar de Inquérito, Comissão Processante e
Comissão de Ética e do Decoro Parlamentar, nos termos do
Seção I caput do art. 11 deste Regimento Interno.
Da Convocação de Suplente
Art. 64. A composição das Comissões Permanentes será
Art. 58. O Presidente convocará, no prazo de 48 (quarenta feita de comum acordo pelos Líderes, assegurando-se, tanto
e oito) horas, o Suplente de Vereador, nos casos de: quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou
I - ocorrência de vacância, impedimento e suspensão; dos blocos parlamentares.
II - investidura do titular em cargo ou função indicados § 1º Na constituição das Comissões Permanentes, para
na alínea “a” do inciso II do art. 47 deste Regimento Interno; efeito de composição, figurará sempre o nome do Vereador
III - licença conforme incisos I, II e III do art. 51 deste efetivo, ainda que licenciado.
Regimento Interno, estendendo-se a convocação por todo o § 2º Os membros de cada Comissão Permanente terão um
período de licença e suas prorrogações; mandato equivalente a uma Sessão Legislativa, permitida a
IV - licença para tratamento de saúde do titular, quando recondução.
superior a 30 (trinta) dias. § 3º Não poderão ser membros da Comissão de Ética e do
Decoro Parlamentar:
Art. 59. O Suplente de Vereador, quando convocado em I - o Presidente e o Vice-Presidente da Câmara
caráter de substituição, não poderá ser eleito para os cargos da Municipal;
Mesa Diretora da Câmara Municipal, nem de Presidente ou II - o 1º Secretário da Câmara Municipal;
Vice-Presidente de Comissão. III - o Vereador que:
a) tenha sido ou esteja sendo submetido a processo
CAPÍTULO VII DO SUBSÍDIO disciplinar em curso por ato atentatório ou incompatível com
a ética e o decoro parlamentar na mesma legislatura;
Art. 60. O subsídio dos Vereadores será fixado por lei de b) que tenha recebido, na mesma legislatura,
iniciativa da Mesa Diretora da Câmara Municipal na razão de, penalidade disciplinar de suspensão de prerrogativas
no máximo, 75% (setenta e cinco por cento) daquele regimentais ou de suspensão temporária do exercício do
estabelecido, em espécie, para os Deputados Estaduais, mandato.
observando-se o que dispõe a Constituição da República e a
Constituição do Estado de Minas Gerais. Art. 65. Após 5 (cinco) dias úteis do início de cada Sessão
Parágrafo único. O pagamento do subsídio corresponderá Legislativa, não havendo acordo, proceder-se-á à escolha dos
ao comparecimento efetivo do Vereador às reuniões e à membros das Comissões Permanentes através de eleição,
participação nas votações. votando cada Vereador em uma única chapa, em cada
escrutínio, considerando-se eleita a chapa mais votada.
Art. 61. O subsídio será: § 1º Proceder-se-á a tantos escrutínios quantos forem
I - integral, para o Vereador; necessários, para completar o preenchimento de todos os
a) no exercício do mandato; lugares de cada Comissão.
c) quando licenciado na forma do inciso II do art. 51 § 2º Havendo empate, considerar-se-á eleito o Vereador do
deste Regimento Interno ou se enquadrar na exceção do seu § partido que resguardar a proporção partidária ou de bloco
1º do art. 47; parlamentar.
d) suplente, quando convocado para o exercício do § 3º Se os empatados se encontrarem em igualdade de
mandato. condições, será considerado eleito o mais idoso.
§ 1º Ao Vereador licenciado, nos termos dos incisos II e III
do art. 51 do Regimento Interno, a Câmara Municipal poderá Art. 66. A votação para a constituição de cada uma das
determinar o pagamento, no valor que estabelecer e na forma Comissões Permanentes se fará mediante voto aberto,
que especificar, de auxílio especial. devendo cada Vereador anunciar a chapa de sua escolha.
§ 2º O não comparecimento do Vereador à Reunião
Ordinária implica na perda do direito à percepção do valor Art. 67. Haverá um suplente para os membros efetivos das
correspondente de seu subsídio mensal, nos termos do art. 50 Comissões Permanentes, no escrutínio indicado nos termos do
deste Regimento, salvo se o Presidente aceitar a justificativa art. 64 ou eleitos, conforme o disposto no art. 65 deste
da ausência, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 49 deste Regimento Interno.
Regimento Interno. § 1º O Suplente substituirá o membro efetivo em suas
faltas e impedimentos.
TÍTULO V § 2º Não havendo Suplente indicado, nos termos do art. 67
DAS COMISSÕES deste Regimento Interno, o Presidente designará o Suplente ad
CAPÍTULO I hoc.
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES § 3º A substituição ficará sem efeito tão logo reassuma o
exercício o Titular da Comissão Permanente.
Art. 62. Comissões são órgãos técnicos, constituídos pelos
membros da Câmara Municipal, em caráter permanente ou

Noções de Legislação Municipal 46


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 68. As Comissões da Câmara Municipal, Permanentes II - da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização
e Temporárias, compõem-se de 3 (três) membros, salvo a Financeira:
Comissão Parlamentar de Inquérito, a Comissão Processante e a) opinar sobre proposições relativas a:
a Comissão de Emenda à Lei Orgânica Municipal, que contarão 1 - matéria tributária, abertura de créditos,
com 5 (cinco) membros e aquelas cujo número esteja empréstimos públicos, dívida pública e outras que, direta ou
especificado em Lei, Resolução ou neste Regimento Interno. indiretamente, alterem a despesa ou a receita do Município ou
acarretem responsabilidade para o erário municipal;
CAPÍTULO II 2 - Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias,
DAS COMISSÕES PERMANENTES Orçamento Anual.
b) opinar sobre proposição de fixação e alteração da
Art. 69. Durante a Legislatura funcionarão as seguintes remuneração dos Servidores Públicos e subsídios de agentes
Comissões Permanentes: políticos;
I - Legislação, Justiça e Redação; c) opinar sobre o processo de tomada ou prestação de
II - Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira; Contas do Prefeito.
III - Educação, Cultura, Turismo, Esporte e Lazer; III - da Comissão de Educação, Cultura, Turismo, Esporte e
IV - Saúde Pública e Bem-Estar Social; (Inciso IV Lazer:
alterado pela Resolução nº 1.274, de 20/02/2013) a) opinar sobre proposições relativas a:
V - Urbanismo, Transporte, Trânsito, Meio-Ambiente e 1 - educação, ensino, convênios escolares, artes,
Acessibilidade; (Inciso V alterado pela Resolução nº 1.279, de patrimônio histórico, cultura e comunicação;
28/11/2013) 2 - atribuição e alteração de denominação de
VI - Abastecimento, Indústria, Comércio, Agropecuária e logradouro público;
Defesa do Consumidor; 3 - turismo, esportes e carnaval;
VII - Direitos Humanos e Cidadania; 4 - ciência e tecnologia.
VIII - Participação Popular e de Legislação Participativa; b) participar das conferências municipais de educação e de
IX - Direitos da Mulher; desporto e lazer.
X - Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude IV - da Comissão de Saúde Pública e Bem-Estar Social:
(Alterado pela Resolução 1316/2017) (Inciso IV alterado pela Resolução nº 1.274, de 20/02/2013)
XI - Defesa dos Direitos dos Idosos; a) opinar sobre proposições relativas a:
XII - Ética e do Decoro Parlamentar; 1 - higiene e saúde pública;
XIII - Segurança Pública. (Inciso XIII acrescido pela 2 - profilaxia sanitária, em todos os seus aspectos;
Resolução nº 1.274, de 20/02/2013) 3 - bem-estar social no Município;
XIV - Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência 4 - família;
(Acrescido pela Resolução 1292/2015) 5 - (excluído pela Resolução nº 1.274, de 20/02/2013)
XV - Defesa, Controle e Proteção dos Animais. (Acrescido b) (excluído pela Resolução nº 1.274, de 20/02/2013)
pela Resolução 1313/2017) c) (excluído pela Resolução nº 1.274, de 20/02/2013)
d) (excluído pela Resolução nº 1.274, de 20/02/2013)
Art. 70. Ao mesmo Vereador será permitido participar no e) (excluído pela Resolução nº 1.274, de 20/02/2013)
máximo de 3 (três) Comissões Permanentes, como membro V - da Comissão de Urbanismo, Transporte, Trânsito, Meio-
efetivo, podendo participar em outras como Suplente. Ambiente e Acessibilidade: (Inciso V alterado pela Resolução
nº 1.279, de 28/11/2013)
Seção I a) opinar sobre proposições relativas a:
Da Competência das Comissões Permanentes b) 1 - planos setoriais, regionais e locais;
2 - cadastro territorial do Município;
Art. 71. Compete às Comissões Permanentes, além das 3 - realização de obras e serviços públicos e seu uso e
atribuições definidas no art. 62: gozo;
I - apresentar proposições à Câmara Municipal; 4 - venda, hipoteca, permuta, cessão ou permissão de
II - discutir e dar parecer conclusivo pela maioria dos uso e outorga do direito real de concessão de uso de bens
seus membros, às proposições a elas submetidas; imóveis de propriedade do Município;
III - estudar proposições e outras matérias submetidas 5- serviços de utilidade pública, sejam ou não de
ao seu exame, dando-lhes parecer e oferecendo-lhes concessão, permissão ou autorização municipal;
substitutivos ou emendas, quando julgar oportuno; 6 - serviços públicos prestados no Município, por
IV - promover estudos, pesquisas e investigações sobre intermédio de autarquias ou órgãos paraestatais.
questões de interesse público relativos à sua competência; b) colaborar no planejamento urbano do Município e
V - promover audiências públicas com setores da fiscalizar a sua execução;
Sociedade Civil; c) acompanhar a execução dos serviços públicos de
VI - ater-se à matéria da Comissão. concessão, permissão ou autorização de competência da União
ou do Estado, que interessem ao Município;
Art. 72. É competência específica: d) opinar sobre todas as proposições relativas aos
I - da Comissão de Legislação, Justiça e Redação: sistemas viários, de circulação e de transportes;
a) opinar sobre o aspecto constitucional, legal e e) estudar, debater e pesquisar questões relacionadas
regimental das proposições, as quais não poderão tramitar na com a sua competência, incluídas as ligadas à poluição
Câmara Municipal sem seu parecer, salvo nos casos provocada por veículos automotores;
expressamente previstos neste Regimento Interno; f) receber reclamações e encaminhá-las aos órgãos
b) preparar a redação final das proposituras aprovadas; competentes;
c) desincumbir-se de outras atribuições que lhe confere g) estudar e promover debates e pesquisas sobre todas
o Regimento Interno; as formas de poluição;
d) solicitar assessoria da Câmara Municipal para a h) realizar estudos sobre preservação e ampliação das
redação definitiva das proposições sujeitas à votação final do áreas verdes do Município.
Plenário.

Noções de Legislação Municipal 47


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

i) propor e analisar normas, rotinas e instruções no que se refere à sua atividade profissional, dignidade e
referentes à acessibilidade; (Alínea “i” acrescida pela garantias individuais;
Resolução nº 1.279, de 28/11/2013) e) organizar as homenagens que a Câmara Municipal
j) efetuar levantamento de situação de obras, realizar por ocasião do Dia Internacional da Mulher.
edificações e urbanismo, referentes à acessibilidade em X - da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança,
edifícios de uso público e em logradouros públicos, quando Adolescente e Juventude: (Alterado pela Resolução
necessário; (Alínea “j” acrescida pela Resolução nº 1.279, de 1316/2017)
28/11/2013) a) opinar sobre proposições que versem, no todo ou em
k) apresentar ou analisar propostas de intervenção ou parte, sobre os Direitos da Criança, Adolescente e Juventude;
readequação nas vias públicas referentes à acessibilidade. b) realizar estudos sobre a eficácia das leis de proteção
(Alínea “k” acrescida pela Resolução nº 1.279, de 28/11/2013) integral à Criança, Adolescente e Juventude;
VI - da Comissão de Abastecimento, Indústria, Comércio, c) promover estudos para avaliação e melhoramento das
Agropecuária e Defesa do Consumidor: políticas de proteção à Criança Adolescente e Juventude no
a) opinar sobre proposições relativas a: âmbito do Município;
1 - economia urbana, produção agrícola, criação animal d) promover e participar de debates, palestras,
e pesca; conferências e congressos Regimento Interno da Câmara
2 - comércio, indústria, agropecuária e abastecimento; Municipal de Juiz de Fora acerca dos Direitos da Criança,
3 - opinar, ainda, sobre proposições relativas a Adolescente e Juventude;
produtos, serviços e, quando cabível, contratos. e) formular, receber, encaminhar e acompanhar junto às
b) emitir pareceres técnicos quanto aos assuntos autoridades competentes reclamações acerca de toda e
ligados ao consumidor e ao usuário; qualquer violação aos Direitos da Criança, Adolescente e
c) sugerir serviços técnicos de laboratórios de análises Juventude;
e de técnicos em assuntos pertinentes ao consumidor, quando f) emitir e/ou sugerir a confecção de pareceres técnicos
necessário; profissionais em assuntos pertinentes à Criança, Adolescente
d) informar aos consumidores e usuários e Juventude quando necessário;
individualmente e através de campanhas públicas; g) manter intercâmbio permanente e formas de ação
e) manter intercâmbio e formas de ação conjunta com conjunta com os órgãos e autoridades públicas e instituições
órgãos públicos e instituições particulares. privadas de forma a assegurar, com absoluta prioridade, a
f) acompanhar e propor ações que fomentem a qualificação efetivação das medidas de proteção à Criança, Adolescente e
e o aperfeiçoamento profissional a nível local; (Acrescido pela Juventude no âmbito do Município.
Resolução 1319/2017) XI - da Comissão de Defesa dos Direitos dos Idosos:
g) estimular as práticas de empreendedorismo no a) opinar sobre proposições que versem, no todo ou em
Município de Juiz de Fora. (Acrescido pela Resolução parte, sobre os Direitos dos Idosos;
1319/2017) b) apresentar proposições que versem sobre os Direitos
VII - da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania: dos Idosos;
a) opinar sobre proposições relativas a: c) realizar estudos sobre a eficácia das leis de proteção
1 - violência urbana e rural; integral aos idosos;
2 - direitos da criança e do adolescente; d) promover estudos para avaliação e melhoramento
3 - relações humanas; das políticas de proteção aos idosos no âmbito do Município;
4 - luta contra qualquer tipo de discriminação e e) promover e participar de debates, palestras,
racismo; conferências e congressos acerca dos Direitos dos Idosos;
5 - sistema penitenciário e egressos; f) formular, receber, encaminhar e acompanhar junto
6 - políticas sociais e públicas. às autoridades competentes reclamações acerca de toda e
VIII - da Comissão de Participação Popular e de qualquer violação aos Direitos dos Idosos;
Legislação Participativa: g) emitir e/ou sugerir a confecção de pareceres técnicos
a) solicitar a realização de Audiências Públicas sobre profissionais em assuntos pertinentes aos idosos, quando
assuntos de relevante interesse social; necessário;
b) apreciar a sugestão popular e Projeto de Lei Popular h) manter intercâmbio permanente e formas de ação
visando aprimorar os trabalhos legislativos; conjunta com os órgãos e autoridades públicas e instituições
c) promover estudos, pesquisas e debates sobre privadas de forma a assegurar, com absoluta prioridade, a
assunto de relevante interesse público; efetivação das medidas de proteção aos idosos.
d) apreciar as sugestões de iniciativa legislativa XII - Da Comissão de Ética e do Decoro Parlamentar:
apresentadas por associações e órgãos de classe, sindicatos e a) preservar a dignidade do mandato legislativo e zelar
entidades organizadas da sociedade civil, exceto partidos pela observância dos preceitos do Regimento Interno da
políticos; Câmara Municipal e do Código de Ética e Decoro Parlamentar;
e) emitir pareceres técnicos, exposições e propostas b) instaurar e controlar os prazos do processo
oriundas de entidades científicas e culturais e de qualquer das disciplinar por conduta atentatória à ética e ao decoro
entidades mencionadas na alínea d; parlamentar;
f) acompanhar a tramitação das proposições c) decidir recursos de sua competência;
originadas de proposta de ação legislativa, exercendo as d) responder às consultas sobre matérias de sua
prerrogativas de autor da proposição. competência;
IX - da Comissão dos Direitos da Mulher: e) desincumbir-se de outras atribuições que lhes
a) apresentar proposições que versem sobre os direitos confere o Regimento Interno e o Código de Ética e Decoro
da mulher; Parlamentar.
b) realizar estudos sobre a eficácia dos direitos da XIII - da Comissão de Segurança Pública:
mulher; a) opinar sobre proposições relativas à segurança
c) promover debates, palestras, conferências, pública;
congressos e conclaves sobre as relações de gênero; b) acompanhar e avaliar os serviços de segurança
d) opinar sobre proposição que diga respeito, no todo pública prestados à população;
ou em parte, à temática dos Direitos da Mulher, notadamente

Noções de Legislação Municipal 48


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

c) participar de conferências, seminários, reuniões e


debates municipais de segurança pública; Art. 74. O Presidente é substituído, em sua ausência, pelo
d) realizar estudos para melhoramento da segurança mais idoso dos membros presentes.
pública no Município;
e) sugerir, para os órgãos responsáveis, prioridades de Art. 75. Ao Presidente da Comissão compete:
ação na área de segurança nos assuntos e necessidades que I - dirigir as Reuniões da Comissão, nelas mantendo a
envolvam o Município. (Inciso XIII acrescido pela Resolução nº ordem;
1.274, de 20/02/2013) II - convocar Reunião de Comissão, de ofício ou a
XIV - da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Requerimento de um de seus membros;
Deficiência: (Acrescido pela Resolução 1292/2015). III - fazer ler a Ata da Reunião anterior, submetê-la à
a) opinar sobre proposições que versem, no todo ou em discussão e, depois de aprovada, assiná-la com os membros
parte, sobre os direitos da pessoa com deficiência; presentes;
b) realizar estudos sobre a eficácia das leis de proteção IV - dar conhecimento à Comissão de matéria recebida;
integral aos direitos da pessoa com deficiência; V - designar relator;
c) promover estudos para avaliação e melhoramento das VI - conceder a palavra ao membro da Comissão que a
políticas de proteção às pessoas com deficiência, no âmbito do solicitar;
Município; VII - interromper o orador que estiver falando sobre
d) promover e participar de debates, palestras, matéria vencida;
conferências e congressos acerca dos direitos da pessoa com VIII - submeter a matéria a votação e, ao seu término,
deficiência; proclamar o resultado;
e) formular, receber, encaminhar e acompanhar junto às IX - conceder vista de proposição a membro de
autoridades competentes reclamações acerca de toda e Comissão;
qualquer violação aos direitos da pessoa com deficiência; X - resolver as questões de ordem.
f) emitir e/ou sugerir a confecção de pareceres técnicos
profissionais em assuntos afetos à pessoa com deficiência, Art. 76. O Presidente pode atuar como relator e tem voto
quando necessário; nas deliberações da Comissão.
g) manter intercâmbio permanente e formas de ação § 1º Em caso de empate, repete-se a votação e, persistindo
conjunta com os órgãos e autoridades públicas e instituições o resultado, o Presidente decidirá pelo voto de qualidade.
privadas de forma a assegurar, com absoluta prioridade, a § 2º O autor da proposição não poderá ser designado seu
efetivação das medidas de proteção aos direitos da pessoa com Relator, nem emitir voto, nem presidir a Comissão, quando na
deficiência discussão e votação da matéria, sendo substituído pelo
XV - da Comissão de Defesa, Controle e Proteção dos Suplente.
Animais: (Acrescido pela Resolução 1313/2017)
a) assegurar o efetivo cumprimento das normas Art. 77. O Presidente, na falta ou impedimento de membro
constitucionais e/ou infraconstitucionais, bem como das da Comissão, solicitará ao Presidente da Câmara Municipal a
normas internacionais chanceladas pelo Governo Federal; designação de substituto para o faltoso ou impedido.
b) promover no âmbito legislativo a normatização, Parágrafo único. A substituição ficará sem efeito tão logo
estudos, pesquisas e a discussão das leis protetivas dos reassuma o exercício o Titular da Comissão.
animais e dos sistemas de garantia de direitos com o apoio dos
grupos e organizações voltadas ao bem-estar do animal; Seção III
c) propor encaminhamentos e medidas, formular e receber Dos Pareceres
representações que contenham denúncias de violação dos
direitos dos animais no âmbito do Município, apurar sua Art. 78. Parecer é o pronunciamento de Comissões sobre a
procedência e encaminhá-las às autoridades para matéria sujeita ao seu estudo.
providências; Parágrafo único. O Parecer não poderá ser manuscrito e
d) fiscalizar e implementar, no âmbito municipal, constará de 3 (três) partes:
programas governamentais ou não governamentais, e I - relatório com a exposição da matéria em exame;
defender políticas públicas relativos à proteção dos direitos II - conclusão do relator, tanto quanto possível
dos animais; sintética, com sua opinião sobre a conveniência da aprovação
e) emitir e/ou sugerir a confecção de pareceres técnicos ou rejeição total ou parcial da matéria e, quando for o caso,
profissionais e opinar sobre proposições e matérias atinentes oferecendo-lhe substitutivo ou emenda;
às questões relacionadas com os direitos e defesa dos animais; III - decisão da Comissão, com a assinatura dos
f) promover e participar de debates, palestras, membros que votaram a favor ou contra.
conferências e congressos relativos à proteção dos direitos dos
animais; Art. 79. O Parecer da Comissão versa exclusivamente sobre
g) manter intercâmbio permanente e formas de ação o mérito das matérias submetidas a seu exame, nos termos de
conjunta com os órgãos e autoridades públicas e instituições sua competência, salvo o da Comissão de Legislação, Justiça e
privadas de forma a assegurar, a efetivação das medidas de Redação, que deve limitar-se aos aspectos constitucional, legal
proteção dos direitos dos animais. e regimental das proposições.

Art. 80. Os membros das Comissões deverão emitir seu


Seção II juízo sobre a manifestação do relator mediante voto.
Dos Presidentes das Comissões §1º O voto pode ser favorável ou contrário e em separado.
§ 2º O voto do relator não acolhido pela maioria da
Art. 73. Nos 3 (três) dias úteis seguintes à sua constituição, Comissão constituirá “voto vencido”.
reunir-se-á a Comissão, sob a Presidência do mais idoso de § 3º O “voto em separado”, divergente ou não das
seus componentes, para eleger o Presidente, escolhido entre conclusões do relator, desde que acolhido pela maioria da
os membros efetivos. Comissão, passará a constituir seu relatório.
Parágrafo único. Até que se realize a eleição do Presidente, § 4º Caso o voto do relator seja vencido e não havendo voto
o cargo será exercido pelo Vereador mais idoso. em separado, o Presidente designará um dos membros da

Noções de Legislação Municipal 49


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Comissão que tenha votado contrariamente ao relator para §1º Havendo divergência entre os membros das
que redija, em 2 (dois) dias úteis, o voto vencedor. Comissões, os votos deverão ser lançados separadamente,
depois de fundamentados.
Art. 81. Os Pareceres aprovados pelas Comissões, bem § 2º O Vereador que estiver na Presidência das Comissões
como os votos em separado, deverão ser lidos pelo Secretário, de mérito, notificará ao Vereador, autor do Projeto, ou quando
nas Reuniões da Câmara Municipal. a autoria for do Executivo, ao Líder do Governo, da reunião em
que será analisada a propositura.
Art. 82. A simples aposição de assinatura no Relatório, pelo § 3º O autor do Projeto, notificado nos termos do §2º deste
membro da Comissão, sem qualquer outra observação, implica artigo, com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas, poderá
em total concordância do signatário à manifestação do Relator. expor o conteúdo do seu Projeto na reunião respectiva por até
30 (trinta) minutos.
Art. 83. A Requerimento de Vereador poderá ser § 4º Ao emitir seu parecer, o membro da Comissão, no
dispensado o Parecer de Comissão para proposições prazo regimental, poderá oferecer emenda, substitutivo,
apresentadas, exceto: requerer diligência, audiência pública ou sugerir quaisquer
I - Projeto de Lei, de Emenda à Lei Orgânica, de outras providências que julgar necessárias.
Resolução e de Decreto Legislativo; § 5º A emenda ou o substitutivo apresentado isoladamente
II - Representação; pelo membro da Comissão, será registrado na Ordem do Dia
III - proposição que envolva dúvida quanto ao seu como Expediente em Comissão.
aspecto legal; § 6º Será considerado Parecer, o pronunciamento da
IV - proposição que contenha medida manifestamente maioria da Comissão.
fora da rotina administrativa; § 7º A Comissão de Legislação, Justiça e Redação deverá, no
V - proposição que envolva aspecto político, a critério prazo regimental, exarar Parecer expressamente quanto à
da Mesa. legalidade e constitucionalidade ou não da matéria submetida
Parágrafo único. O deferimento da dispensa do Parecer ao seu exame, bem como o seu arquivamento, vedada a
implica na obrigação do requerente de fazer a sua leitura, simples liberação ao Plenário.
quando de sua discussão.
Art. 87. O trabalho das Comissões se dividirá em reuniões
Seção IV da Comissão de Legislação, Justiça e Redação e em reuniões
Das Reuniões das Comissões das Comissões de mérito.
Parágrafo único. A Presidência das reuniões será exercida
Art. 84. As Comissões Permanentes reunir-se-ão, pelos Presidentes das Comissões de mérito em sistema de
obrigatoriamente, na sede da Câmara Municipal, quando rodízio de periodicidade mensal.
convocadas pelos respectivos Presidentes, de ofício ou a
Requerimento da maioria dos seus membros efetivos. Art. 88. O Relator, designado pelo Presidente da Comissão,
§ 1º As Reuniões serão públicas, salvo casos especiais, tem 3 (três) dias úteis para emitir seu voto, cabendo a este
assim considerados por deliberação da maioria. substituí-lo, se exceder o prazo fixado.
§ 2º As Comissões serão secretariadas por Servidores da
Câmara Municipal, designados pela Diretoria do Legislativo. Art. 89. Cabe ao Presidente da Câmara Municipal advertir
a Comissão que ultrapassar o seu próprio prazo,
Art. 85. As Comissões reunir-se-ão com a presença da encaminhando a matéria à Comissão seguinte ou incluindo-a
maioria de seus membros, para estudar e emitir Pareceres na Ordem do Dia, decorridos 2 (dois) dias úteis da advertência
sobre os assuntos que lhes tenham sido submetidos, na forma feita.
deste Regimento, os quais deverão ser apreciados dentro do Parágrafo único. Se o término do prazo fixado no art. 85
prazo de 9 (nove) dias úteis, comum aos demais membros, ocorrer durante o período de recesso da Câmara Municipal, o
improrrogavelmente, contados da distribuição dos processos Presidente poderá deferir o pedido de prorrogação para
aos Presidentes. emissão de Parecer ou incluir a matéria na pauta da Ordem do
Parágrafo único. Na impossibilidade de a Comissão se Dia da primeira Reunião subsequente.
reunir, seu Presidente distribuirá as matérias aos respectivos
membros, cabendo-lhes, isoladamente, emitir seu Parecer no Art. 90. O projeto, com prazo de apreciação solicitado pelo
prazo improrrogável de 3 (três) dias úteis. Prefeito, será encaminhado à Comissão de Legislação, Justiça e
Redação e, se necessário, às demais Comissões Permanentes
Art. 86. A Presidência da Comissão de Legislação, Justiça e para exarar Parecer, no prazo não excedente a 6 (seis) dias
Redação notificará ao Vereador, autor do Projeto, ou quando a úteis a contar do seu recebimento por Comissão, observando-
autoria for do Executivo, ao Líder do Governo, da reunião em se a tramitação disposta neste Regimento Interno.
que será analisada a propositura.
I - na reunião da Comissão de Legislação, Justiça e Art. 91. É assegurado ao membro de Comissão o direito de
Redação poderá o autor proceder à sustentação oral quanto à requerer, por intermédio do Presidente da Câmara Municipal,
legalidade e a constitucionalidade do seu projeto por 15 informação ao Prefeito, bem como requisitar documento ou
minutos. cópia dele, sendo-lhe, ainda, facultado requerer o
II - na reunião da Comissão, qualquer Vereador comparecimento às reuniões da Comissão, de Técnico ou de
interessado poderá apresentar parecer referente aos aspectos Secretário Municipal.
constitucionais e legais da propositura, requerendo ao
Presidente da mesma a sua anexação aos autos do processo. Art. 92. Todo e qualquer processo ou expediente
III - qualquer Vereador membro da Comissão de encaminhado às Comissões da Câmara Municipal, terão prazos
Legislação, Justiça e Redação poderá requerer junto à determinados para sua devolução.
Assessoria Jurídica da Câmara Municipal, parecer quanto aos § 1º Para cumprimento do disposto neste artigo, sem
aspectos constitucionais e legais da propositura, fazendo-o embargo das disposições regimentais, a Comissão que
juntar aos autos. requerer parecer ou informações de órgãos internos ou
externos terá o prazo de 30 (trinta) dias, independentemente

Noções de Legislação Municipal 50


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

da resposta ao pedido de diligência, para a devolução da CAPÍTULO III


matéria para seu trâmite normal. DAS COMISSÕES TEMPORÁRIAS
§ 2º É vedado reiterar diligência, de que trata o § 1º deste Seção I
artigo, de mesma natureza e mesmo fim. Das Disposições Preliminares

Art. 93. O projeto em diligência terá o seu andamento Art. 101. As Comissões Temporárias são:
suspenso, podendo ser dispensada dessa formalidade, a I - Especial;
requerimento de Vereador, e aprovado pelo Plenário por II - Parlamentar de Inquérito;
maioria simples. III - de Representação;
Parágrafo único. Quando se tratar de projeto com prazo de IV - Processante;
apreciação solicitado pelo Prefeito, a diligência não suspende § 1º Na hipótese do inciso II, o primeiro signatário do
o prazo regimental nem o seu andamento. requerimento fará parte, obrigatoriamente, da Comissão.
§ 2º A Comissão Temporária será composta de 3 (três)
Art. 94. Opinando a Comissão de Legislação, Justiça e membros, salvo a Comissão Parlamentar de Inquérito, a
Redação, pela maioria dos seus membros, pelo arquivamento Comissão Processante e a Comissão de Emenda à Lei Orgânica,
ou inconstitucionalidade ou ilegalidade da proposição, essa que terão 5 (cinco) membros.
será incluída na Ordem do Dia, como preliminar, para § 3º A Comissão de Representação será composta com
apreciação do parecer, independentemente da manifestação qualquer número de membros.
de outras comissões. § 4º Ao Presidente da Câmara Municipal caberá indicar os
§ 1º Aprovado em preliminar o parecer da Comissão de Vereadores que comporão as Comissões Temporárias
Legislação, Justiça e Redação, pelo Plenário, considerar-se-á Especiais e de Representação, assegurando-se, tanto quanto
rejeitada a proposição. possível, a representação proporcional partidária.
§ 2º Rejeitado em preliminar o parecer da Comissão de § 5º Os membros das Comissões Parlamentar de Inquérito
Legislação, Justiça e Redação, pelo Plenário, a proposição e Processante serão indicados pelo Plenário por votação de
passará às demais Comissões a que for distribuído. maioria simples e à Mesa Diretora caberá a nomeação dos
mesmos em 24 horas.
Art. 95. Considerar-se-á rejeitado o Projeto ou a § 6º A Comissão que não se instalar e não iniciar seus
Representação que receber, quanto ao mérito, Parecer trabalhos em até 15 (quinze) dias úteis da sua constituição,
contrário das Comissões da Câmara Municipal a que for estará automaticamente extinta.
distribuído, determinando o Presidente da Câmara Municipal, § 7º A Comissão devidamente instalada poderá, a critério
de ofício, o seu arquivamento. de seus membros, desenvolver seus trabalhos no período de
recesso legislativo.
Art. 96. À Requerimento escrito e devidamente
fundamentado de qualquer Vereador, aprovado pela maioria Art. 102. A Comissão Temporária reunir-se-á, após
dos membros da Câmara Municipal, podem reunir-se para nomeada, para, sob a convocação e a Presidência do mais idoso
opinar sobre a matéria nele indicada, conjuntamente, duas ou de seus membros, eleger o seu Presidente e escolher o relator
mais Comissões Permanentes. da matéria que for objeto de sua constituição.

Art. 97. Quando duas ou mais Comissões Permanentes Seção II


apreciarem proposições ou qualquer matéria conjunta, a Da Comissão Especial
presidência dos trabalhos caberá ao mais idoso Presidente de
Comissão dentre os presentes, salvo se desta reunião conjunta Art. 103. A Comissão Especial é constituída para:
estiver participando a Comissão de Justiça, Legislação e I - emitir Parecer sobre:
Redação, hipótese em que a direção dos trabalhos caberá ao a) proposta de emenda à Lei Orgânica;
seu Presidente. b) veto a proposição de lei;
c) projeto de concessão de Título Honorífico de
Art. 98. À Reunião Conjunta das Comissões aplicar-se-ão as Diploma de Honra ao Mérito, Cidadania Honorária e
normas que disciplinam o funcionamento das Comissões, Benemérita.
facultando-se, neste caso, parecer conjunto. II - proceder a estudo sobre matéria determinada;
III - desincumbir-se de missão atribuída pelo Plenário,
Art. 99. O recesso legislativo da Câmara Municipal não cometida a outra comissão por este Regimento Interno.
suspende todos os prazos consignados nesta Seção.
Seção III
Art. 100. Das reuniões das Comissões lavrar-se-ão atas, Da Comissão Parlamentar de Inquérito
quando necessário, por decisão da maioria dos seus membros,
com o sumário do que houver ocorrido, delas devendo constar, Art. 104. A Câmara Municipal, a requerimento de 1/3 (um
obrigatoriamente: terço) de seus membros constituirá Comissão Parlamentar de
I - a hora e o local da reunião; Inquérito para apuração de fato determinado e por prazo
II - os nomes dos membros que compareceram e dos certo, a qual terá poderes de investigação próprios das
que não se fizeram presentes, tenham eles apresentado ou não autoridades judiciais, além de outros previstos em lei e neste
justificativa; Regimento Interno.
III - referências sucintas aos relatórios lidos e aos § 1º Considera-se fato determinado o acontecimento de
debates; relevante interesse para a vida pública e para a ordem
IV - relação da matéria distribuída e os nomes dos constitucional, legal, econômica e social do município, que
respectivos relatores, cujo ato poderá ocorrer fora das demanda investigação, elucidação e fiscalização e que estiver
reuniões. devidamente caracterizado no requerimento de constituição
Parágrafo único. Lida e aprovada, no início de cada reunião, da Comissão.
a ata anterior será assinada pelo Presidente da Comissão ou, § 2º Recebido o requerimento, o Presidente da Câmara
na sua ausência, pelos membros presentes. Municipal o despachará, observado o disposto no art. 108.

Noções de Legislação Municipal 51


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

§ 3º Nos termos estabelecidos no § 4º do art. 101 deste II - do Vereador, na hipótese de perda do mandato, nos
Regimento Interno a Comissão será nomeada pela Mesa termos do Código de Ética e Decoro Parlamentar.
Diretora.
§ 4º No prazo de 5 (cinco) dias, contados do recebimento CAPÍTULO IV
do requerimento e não havendo nomeação pela Mesa Diretora, DAS VAGAS NAS COMISSÕES
o Presidente procederá à designação da Comissão
Parlamentar de Inquérito, por indicação das lideranças. Art. 112. Dá-se vaga, na Comissão, nos casos do art. 53
deste Regimento Interno.
Art. 105. A Comissão Parlamentar de Inquérito poderá, no § 1º A renúncia tornar-se-á efetiva, desde que formalizada
exercício de suas atribuições, determinar diligências, convocar por escrito ao Presidente da Comissão e for por este
Secretário Municipal, tomar depoimento de autoridades, ouvir encaminhada ao Presidente da Câmara Municipal.
indiciados, inquirir testemunhas, requisitar informação, § 2º A perda do lugar ocorrerá quando o membro efetivo
documentos e serviços, inclusive policiais, e transportar-se aos da Comissão, no exercício do mandato, deixar de comparecer
lugares onde se fizer necessária a sua presença. a 3 (três) reuniões consecutivas ou a 10 (dez) alternadas, na
§ 1º Indiciados e testemunhas serão intimados na forma da Sessão Legislativa, sem motivo justificado.
legislação federal específica, que se aplica, subsidiariamente, a § 3º O Plenário da Câmara Municipal elegerá novo membro
todo o procedimento. para a Comissão, nos termos deste Regimento Interno.
§ 2º No caso de não comparecimento do indiciado ou da § 4º O membro eleito completará o mandato do sucedido.
testemunha, sem motivo justificado, a sua intimação poderá
ser requerida ao Juízo Criminal da localidade em que este TÍTULO VI
resida ou se encontre. DAS REUNIÕES
CAPÍTULO I
Art. 106. A Comissão Parlamentar de Inquérito DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
apresentará Relatório circunstanciado, com suas conclusões, e Seção I
encaminhará: Das Espécies de Reunião e de sua abertura
I - à Mesa Diretora da Câmara Municipal, para as
providências de sua competência ou de alçada do Plenário; Art. 113. As Reuniões da Câmara Municipal são:
II - ao Ministério Público ou à Procuradoria Geral do I - Preparatórias: as que precedem a instalação dos
Estado; trabalhos da Câmara Municipal, em cada Legislatura, ou a
III - ao Poder Executivo, para adotar as providências primeira Reunião Ordinária de cada período legislativo.
saneadoras de caráter disciplinar e administrativo, II - Ordinárias: as que se realizam durante qualquer
assinalando prazo hábil para seu cumprimento; Sessão Legislativa, nos dias úteis, proibida a realização de mais
IV - à Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização de uma por dia.
Financeira da Câmara Municipal e ao Tribunal de Contas do III - Extraordinárias: as que se realizam em qualquer
Estado de Minas Gerais, para as providências cabíveis; horário diferente dos fixados para as Ordinárias e poderão ser
V - à autoridade a qual esteja afeto o conhecimento da convocadas pela Mesa Diretora, pelo Presidente, pelo
matéria. Vereador presente em reunião, ouvido o Plenário, pela maioria
absoluta dos seus membros ou pelo Prefeito.
Art. 107. Ao Plenário será dada ciência do relatório IV - Solenes ou Especiais: as que se realizam para
circunstanciado da Comissão Parlamentar de Inquérito, com atividades definidas neste Regimento Interno, comemorações
as suas conclusões. ou homenagens, de qualquer espécie, e só poderão ser
realizadas ou prestadas pela Câmara Municipal, obedecidas as
Art. 108. Não será criada Comissão Parlamentar de normas definidas neste Regimento Interno.
Inquérito enquanto estiverem funcionando, V - Permanentes: as que mantêm a Câmara Municipal
concomitantemente, pelo menos 3 (três) Comissões em constante vigília, acompanhando a evolução dos
Parlamentares de Inquérito, salvo requerimento da maioria acontecimentos e pronta para, a qualquer momento, reunir-se
dos membros da Câmara Municipal. e adotar qualquer deliberação, assumindo as posições que o
interesse público exigir.
Seção IV VI - Audiências Públicas: as que se realizarão para tratar
Da Comissão de Representação de assuntos de relevante interesse público, instruir
proposições a serem desenvolvidas e/ ou em trâmite,
Art. 109. A Comissão de Representação tem por finalidade mediante requerimento fundamentado de Vereador, sujeito à
estar presente a atos, em nome da Câmara Municipal, bem aprovação do Plenário, e quando convocadas pela Presidência
como desincumbir-se de missão que lhe for atribuída pelo ou através de Pareceres formulados em Comissão.
Plenário. § 1º Não haverá convocação da Câmara Municipal para
realização de Reuniões Extraordinárias e Audiências Públicas
Art. 110. A Comissão de Representação será constituída de aos domingos, salvo em casos excepcionais, a requerimento de
ofício ou a requerimento. todas as lideranças, destinadas ao cumprimento de prazos ou
Parágrafo único. A Comissão de Representação que determinações constitucionais, ou matérias de relevante
implicar ônus para a Câmara Municipal somente poderá ser interesse público.
constituída se houver disponibilidade orçamentária. § 2º A Ordem do Dia das Reuniões Ordinárias e
Extraordinárias poderá ser prorrogada por solicitação de
Seção V Vereador, ouvido o Plenário, pelo prazo máximo de 2 (duas)
Da Comissão Processante horas.
§ 3º Antes de encerrada uma prorrogação, outra poderá
Art. 111. À Comissão Processante compete praticar os atos ser requerida, obedecidas as condições do § 2º deste artigo.
previstos na Lei Orgânica Municipal e neste Regimento § 4º As Reuniões da Câmara Municipal, com exceção das
Interno, quando do processo e julgamento: Audiências Públicas e das Solenes, só poderão ser abertas com
I - do Prefeito, do Vice-Prefeito e do Secretário a presença de, no mínimo, 1/3 (um terço) dos Vereadores
Municipal, nas infrações político-administrativas; integrantes da Câmara Municipal.

Noções de Legislação Municipal 52


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

§ 5º Será dada publicidade às Reuniões da Câmara feitas de próprio punho, em livro especial e sob a fiscalização
Municipal, facilitando-se o trabalho da imprensa, divulgando- do 1° Secretário, até trinta minutos a partir do início da
se a pauta e resumo dos trabalhos, sempre que possível. Reunião.

Seção II Seção III


Do Uso da Palavra Da Suspensão e do Encerramento da Reunião

Art. 114. Durante as Reuniões, o Vereador poderá falar Art. 117. A Reunião poderá ser suspensa:
para: I - para preservação da ordem;
I - versar assunto de sua livre escolha no Pequeno e II - para permitir, quando for o caso, que Comissão
Grande Expediente; possa apresentar Parecer escrito;
II - explicação pessoal; III - para recepcionar visitantes ilustres;
III - discutir matéria em debate; IV - por deliberação do Plenário;
IV – apartear; § 1º A suspensão da Reunião, no caso do inciso II deste
V - encaminhar votação; artigo, não poderá exceder a 15 (quinze) minutos e será
VI - declarar voto; mediante aprovação do Plenário.
VII - apresentar ou retirar proposição; § 2º O tempo de suspensão da Reunião não será
VIII - levantar Questão de Ordem. computado na sua duração.
§ 1º Nos incisos II, V, VI e VIII deste artigo, o Vereador
poderá, com autorização do Presidente, utilizar por uma vez a Art. 118. A Reunião será encerrada antes da hora
palavra pela Ordem, por um minuto, para cada assunto regimental, nos seguintes casos:
diferente do outro. I - por falta de quórum regimental para o
§2° No que preceitua a parte fi nal do inciso VII deste prosseguimento dos trabalhos;
artigo, o Vereador poderá fazê-lo da bancada. (Alterado pela II - em caráter excepcional, por motivo de luto nacional,
Resolução 1307/2016) pelo falecimento de autoridade ou alta personalidade, ou por
§ 3º Quando dois ou mais Vereadores pedirem a palavra grande calamidade pública, em qualquer fase dos trabalhos,
pela Ordem, terá preferência o Vereador que se encontrar em mediante deliberação do Plenário, em requerimento subscrito,
sua bancada. no mínimo, pela maioria dos Vereadores presentes;
III - tumulto grave.
Art. 115. O uso da palavra será regulado pelas normas
seguintes: CAPÍTULO II
I - qualquer Vereador, com exceção do Presidente, no DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS
exercício da Presidência, falará de pé e só quando enfermo
poderá obter permissão para falar sentado; Art. 119. As Reuniões Ordinárias compor-se-ão das
II - o orador deverá falar da Tribuna, a menos que o seguintes partes:
Presidente permita o contrário; I - Pequeno Expediente;
III - ao falar no Plenário, o Vereador deverá fazer uso do II - Ordem do Dia;
microfone; III - Grande Expediente;
IV - a nenhum Vereador será permitido falar sem pedir IV - Expediente Final.
a palavra e sem que o Presidente a conceda; Parágrafo único. A primeira Reunião Ordinária de cada
V - a não ser através de aparte, permitido pelo orador, período legislativo compor-se-á do Pequeno Expediente,
nenhum Vereador poderá interromper o orador que estiver na observando-se o disposto no § 4 º do art. 2º deste Regimento
Tribuna, assim considerado o Vereador ao qual o Presidente já Interno.
tenha dado a palavra;
VI - se o Vereador pretender falar sem que lhe tenha Art. 120. À hora de abertura das Reuniões, os membros da
sido dada a palavra ou permanecer na Tribuna além do tempo Mesa Diretora e os Vereadores ocuparão os seus lugares para
que lhe é concedido, o Presidente adverti-lo-á, convidando-o a a verificação de quórum necessário.
sentar-se; Parágrafo único. O Presidente declarará aberta a Reunião,
VII - se, apesar da advertência e do convite, o Vereador proferindo as palavras do parágrafo único do art. 17.
insistir em falar, o Presidente dará seu discurso por terminado
e serão desligados os microfones; Art. 121. As Reuniões Ordinárias da Câmara Municipal
VIII - se o Vereador ainda insistir, o Presidente convidá- serão abertas após a constatação, através de chamada, da
lo-á a retirar-se do recinto; necessária presença de quórum, e terão a duração de, no
IX - qualquer Vereador, ao falar, dirigirá a palavra ao máximo, 4 (quatro) horas, exceto quando autorizada pelo
Presidente ou aos Vereadores em geral; Plenário a prorrogação nos termos dos §§ 2º e 3º do art. 113
X - referindo-se em discurso a outro Vereador, o orador deste Regimento Interno.
deverá preceder seu nome com o tratamento de “Senhor” ou § 1º Inexistindo número legal na primeira chamada,
de “Vereador”; dando-lhe o tratamento de “Excelência”, de proceder-se-á, dentro de 15 (quinze) minutos, a nova
“Nobre Colega” ou de “Nobre Vereador”; chamada, computando-se esse tempo no prazo de duração da
XI - nenhum Vereador poderá referir-se a seus pares e, Reunião.
de modo geral, a qualquer representante do Poder Público, de § 2º Se persistir a falta de quórum, o Presidente declarará
forma descortês ou injuriosa; que não haverá Reunião Ordinária e indicará a Ordem do Dia
XII - o Vereador poderá usar recursos audiovisuais em seus da Reunião seguinte.
pronunciamentos, desde que comunique ao setor responsável
da Câmara até 1 (uma) hora antes da sessão em que pretende Art. 122. Não sendo realizada a Reunião por falta de
fazer uso destes recursos. (Alterado pela Resolução quórum inicial, o Presidente despachará o expediente,
1297/2015) independentemente da leitura.

Art. 116. As inscrições dos oradores para falar no Pequeno


Expediente, Audiência Pública ou Câmara Itinerante serão

Noções de Legislação Municipal 53


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Seção I I - Requerimentos;
Da Ordem dos Trabalhos II - Moções;
III - Representações;
Art. 123. Verificado o quórum legal e aberta a Reunião IV - Projetos de Decreto Legislativo;
Ordinária, os trabalhos obedecem à seguinte ordem: V - Projetos de Resolução;
I - Pequeno Expediente com duração máxima de 2 (duas) VI - Projetos de Lei;
horas, improrrogáveis, destinado à: VII - Projeto de Emenda à Lei Orgânica.
a) leitura da correspondência e comunicações já § 2º Os Requerimentos e Moções serão votados,
visadas pelo Presidente; imediatamente, após a sua apresentação ou após a discussão
b) expediente recebido do Prefeito; em avulso.
c) expediente apresentado pelos Vereadores; § 3º As Representações, quando subscritas por dois terços
d) pronunciamento dos Vereadores. dos membros da Câmara Municipal, serão consideradas
II - Ordem do Dia, com duração de 1 (uma) hora e 30 aprovadas, dispensando o encaminhamento às Comissões
(trinta) minutos, compreendendo: Técnicas.
a) leitura de pareceres, discussão e votação de Proposições § 4º As proposições referidas nos incisos IV, V, VI, VII e VIII
em pauta, preliminares, avulsos e vetos; deste artigo serão encaminhadas às Comissões Técnicas, para
III - Grande Expediente, com duração de 30 (trinta) receber parecer.
minutos improrrogáveis; § 5º As atas serão submetidas à apreciação e votação do
IV - Expediente Final, destinado ao encerramento da Plenário, após disponibilização na rede de computadores da
Reunião Ordinária, pelo Presidente. Câmara Municipal.

Art. 124. A presença dos Vereadores será registrada em Art. 130. Os Expedientes a serem apresentados pelos
expediente próprio, com suas assinaturas, e terá a Vereadores deverão ser encaminhados à Divisão de
autenticação a cargo do Presidente, sob a organização e Expediente até 1 (uma) hora antes do início da Reunião
arquivamento da Divisão de Registros dos Atos do Legislativo, Ordinária.
para os devidos efeitos.
Parágrafo único. Só será permitido o ingresso no Plenário, Art. 131. As inscrições dos oradores para falar no Pequeno
com trajes de acordo com as normas fixadas por este Expediente serão feitas de próprio punho, em livro especial e
Regimento Interno, exceto autoridades em visita à Câmara sob a fiscalização do 1° Secretário, até 30 (trinta) minutos a
Municipal, a critério da Mesa Diretora. partir do início da Reunião.
Parágrafo único. Ao Vereador inscrito será concedido um
Seção II prazo de 5 (cinco) minutos, prorrogável por igual tempo.
Dos Oradores Seção IV
Da Ordem do Dia
Art. 125. Os oradores farão suas inscrições, para assegurar
a prioridade, em livros próprios, da seguinte forma: Art. 132. Concluído o Pequeno Expediente, por falta de
I - das 8 às 14 horas, para o Grande Expediente, na oradores ou por ter sido esgotado o prazo a ele destinado,
Divisão de Documentação da Câmara Municipal; tratar-se-á de matéria destinada a Ordem do Dia com duração
II - a partir do início da reunião, para o Pequeno de 1 (uma) hora e 30 (trinta) minutos.
Expediente, na Mesa Diretora. § 1º É exigida a presença da maioria absoluta dos membros
§ 1º É vedado ao Vereador inscrever-se, de uma só vez, da Câmara Municipal, para que a Reunião Ordinária tenha
para mais de uma Reunião. prosseguimento.
§ 2º Só usarão da palavra, no Grande Expediente, os § 2º Não havendo quórum no início da Ordem do Dia, a
Vereadores devidamente inscritos nos livros próprios, cujas Reunião será suspensa pelo Presidente por 5 (cinco) minutos.
inscrições serão encerradas com o visto do Chefe da Divisão de § 3 Persistindo a falta de quórum no início da Ordem do Dia
Documentação da Câmara Municipal. ou em qualquer fase da mesma, o Presidente declarará
encerrada a Reunião.
Art. 126. É de 15 (quinze) minutos, prorrogáveis pelo § 4º Em cada discussão da proposição, o Vereador, na
Presidente, por mais quinze minutos, o tempo de que dispõe o Tribuna, não poderá discorrer mais de uma vez sobre a
orador para pronunciar o seu discurso, no Grande Expediente. matéria em debate, para o que terá o prazo de 10 (dez)
Parágrafo único. Havendo mais de um orador inscrito, o minutos improrrogáveis, exceto seu autor que poderá fazê-lo
tempo será dividido proporcionalmente. no prazo limite de 15 (quinze) minutos.
§ 5º O Vereador poderá discorrer sobre a matéria em
Seção III debate por mais de uma vez quando a proposição versar sobre
Do Pequeno Expediente Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias, Orçamento Anual
e Emenda à Lei Orgânica Municipal, observando-se os prazos
Art. 127. O Pequeno Expediente terá início com a presença dispostos no § 4º deste artigo.
de, no mínimo, 1/3 (um terço) dos Vereadores.
Art. 133. O Vereador poderá requerer a inclusão em pauta
Art. 128. Aberta a Reunião, as Atas das Reuniões Plenárias de qualquer proposição para a Reunião do dia seguinte.
serão apreciadas e votadas, observando-se o art. 136 deste § 1º O Requerimento será despachado ou votado somente
Regimento Interno. após a informação do Diretor Geral do Legislativo sobre o
andamento da proposição.
Art. 129. O Presidente determinará ao Secretário a leitura § 2º Se o pedido referir-se a proposição de autoria do
da matéria do Expediente, obedecendo à seguinte ordem: requerente, será despachado pelo Presidente, caso contrário
I - Correspondências diversas; será submetido a votos, sem discussão.
II - Expediente recebido do Prefeito;
III - Expediente apresentado pelos Vereadores. Art. 134. Proceder-se-á à chamada dos Vereadores:
§ 1º Na leitura das proposições será obedecida a seguinte I - na verificação de quórum;
ordem: II - na eleição da Mesa Diretora;

Noções de Legislação Municipal 54


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

III - na votação nominal. Art. 140. Não será considerado faltoso e sujeito a punições,
nos termos deste Regimento Interno e da Lei Orgânica
Art. 135. Encerrada a Ordem do Dia, seguir-se-á o Grande Municipal, o Vereador que faltar às Reuniões Ordinárias e
Expediente. Extraordinárias:
I - quando convocadas nos períodos de recesso da
Seção V Câmara Municipal;
Das Atas II - quando for autorizada sua ausência do Município,
por aprovação do Plenário;
Art. 136. De cada Reunião da Câmara Municipal lavrar-se- III - quando pedir e obtiver autorização do Plenário para
á ata dos trabalhos, contendo, resumidamente, os assuntos se ausentar por motivo justo;
tratados. IV - quando se ausentar do Plenário no momento da
§ 1º Ficarão disponibilizadas na rede de computadores da votação de qualquer matéria, com objetivo político ou de fazer
Câmara Municipal, as Atas de todas as Reuniões Plenárias. com que não haja quórum;
§ 2º As Atas serão colocadas em apreciação e votação 24 V - quando se ausentar do Plenário após a discussão e
(vinte e quatro) horas após a disponibilização de que trata o § votação da Ordem do Dia.
1º deste artigo, podendo ser retificadas conforme decisão do
Plenário, voltando à sua apreciação na Reunião seguinte. CAPÍTULO IV
§ 3º Aprovadas, as Atas estarão disponíveis via internet. DAS REUNIÕES SECRETAS
§ 4º No último dia da Reunião, ao fim de cada Legislatura,
o Presidente suspenderá os trabalhos até que seja redigida a Art. 141. A Reunião Secreta é convocada pelo Presidente
ata para ser apreciada e aprovada na mesma reunião. da Câmara Municipal, de ofício ou a Requerimento escrito e
§5º As atas serão assinadas, depois de aprovadas, pelo fundamentado, aprovado sem discussão, por maioria absoluta.
Presidente e pelo 1 º Secretário. § 1º Deliberada a realização da Reunião Secreta, o
Presidente fará sair da Sala do Plenário todas as pessoas
CAPÍTULO III estranhas, inclusive, os Servidores da Câmara Municipal.
DAS REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS § 2º Se houver a necessidade de a Reunião Secreta
interromper a Reunião Ordinária, será esta suspensa, para se
Art. 137. A Câmara Municipal reunir-se-á, tomarem as providências referidas no § 1º deste artigo.
extraordinariamente, quando convocada, com prévia § 3º Antes de encerrada a Reunião, resolverá a Câmara
declaração de motivos: Municipal se deverão ficar secretos, ou constar da ata pública
I - pelo Presidente; a matéria versada, os debates e as deliberações tomadas a
II - pelo Prefeito; respeito.
III - pela maioria absoluta dos membros da Câmara
Municipal. Art. 142. Ao Vereador é permitido reduzir por escrito seu
pronunciamento, que será arquivado com os documentos
Art. 138. A convocação das Reuniões Extraordinárias referentes à Reunião Secreta.
determinará dia, hora e a Ordem do Dia dos trabalhos, e será
divulgada em Reunião ou através de comunicação individual. CAPÍTULO V
§ 1º No caso do inciso I do art. 137 deste Regimento DAS REUNIÕES SOLENES
Interno, a primeira Reunião do período extraordinário será
marcada com antecedência de 3 (três) dias, pelo menos, Art. 143. As Reuniões Solenes são aquelas convocadas
observada a comunicação direta a todos os Vereadores, para um objetivo determinado e iniciadas com qualquer
devidamente comprovada, e, se necessário, publicação na número, por convocação do Presidente ou por deliberação da
imprensa oficial da Câmara Municipal. Câmara Municipal.
§ 2º Nos casos dos incisos II e III do art. 137 deste
Regimento Interno, o Presidente da Câmara Municipal Art. 144. Nas Reuniões Solenes de outorga de Título de
marcará a primeira reunião para, no mínimo, 3 (três) dias após Cidadania Honorária ou Título de Cidadania Benemérita,
o recebimento da convocação ou, no máximo, 15 (quinze) dias, deverá usar a palavra o autor da proposição, que falará em
procedendo de acordo com as normas do § 1º deste artigo; se nome da Câmara Municipal e será oferecida a palavra ao
assim não o fizer, a Reunião Extraordinária instalar-se-á homenageado para agradecer.
automaticamente, no primeiro dia útil que seguir ao prazo de
15 (quinze) dias, no horário regimental das Reuniões Art. 145. Nas demais solenidades poderá usar da palavra,
Ordinárias. além do autor do requerimento, um Vereador de cada Partido,
§ 3º Nas Reuniões Extraordinárias, a Câmara Municipal assegurando-se o tempo de 10 (dez) minutos para o primeiro
deliberará somente sobre a matéria para a qual foi convocada orador e de 5 (cinco) minutos para os seguintes, permitida a
e que constará de sua Ordem do Dia, inexistindo o Pequeno e o inscrição ou Questão de Ordem.
Grande Expediente. § 1º As lideranças indicarão os Vereadores que deverão
§ 4º As Reuniões Extraordinárias convocadas pela Mesa fazer uso da palavra.
Diretora ou a Requerimento de Vereador presente em § 2º Os casos omissos relacionados com as solenidades e
Reunião, independe de prévia convocação e exposição de homenagens, serão resolvidos pela Presidência.
motivos, ouvido o Plenário. § 3º Será permitida a realização de Reunião Solene seguida
§ 5° O Vereador poderá fazer uso da palavra no início da de recepção.
Reunião Extraordinária por 5 (cinco) minutos improrrogáveis,
para tratar de assuntos relevantes e urgentes. CAPÍTULO VI
DAS REUNIÕES ESPECIAIS
Art. 139. O horário das Reuniões Extraordinárias, durante
o recesso legislativo, deverá obedecer ao mesmo das Reuniões Art. 146. As Reuniões Especiais destinam-se:
Ordinárias. I - à realização de solenidades e outras atividades
decorrentes de Resolução e Requerimentos;

Noções de Legislação Municipal 55


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

II - à comemoração da data da fundação da cidade de Permanente afeta à matéria a ser discutida. (Art. 154 alterado
Juiz de Fora. pela Resolução nº 1.275, de 26.04.2013)
Parágrafo único. As Reuniões Especiais, realizadas sempre
após as Reuniões Ordinárias, serão abertas com a presença de, Art. 155. Aprovada a Audiência Pública, a Câmara
no mínimo, 1/3 (um terço) dos membros da Câmara Municipal Municipal convidará as autoridades, representantes de
e não terão tempo de duração determinado. entidades, representantes de todos os partidos políticos com
representatividade no Município e pessoas interessadas
Art. 147. As Reuniões Especiais serão convocadas pelo indicadas em Requerimento, cabendo ao Presidente a
Presidente, de ofício ou mediante requerimento subscrito, no expedição do convite.
mínimo, por 1/3 (um terço) dos Vereadores, deferido pelo § 1º Quando a matéria a ser discutida versar sobre temas
Presidente, e para o fim específico que lhe for destinado. polêmicos e/ ou controvertidos proceder-se-á ao convite de
segmentos diversos a fim de possibilitar a captação de uma
CAPÍTULO VII gama de opiniões o mais heterogênea possível.
DAS REUNIÕES PERMANENTES § 2º Os interessados, convidados ou convocados, mediante
a inscrição prévia até os primeiros 30 (trinta) minutos da
Art. 148. As Reuniões Permanentes são aquelas que se Audiência Pública, em registro próprio junto à Assessoria de
instalarão de acordo com o inciso V do art. 113 deste Cerimonial da Câmara Municipal, poderão usar a palavra por:
Regimento Interno. a) 5 (cinco) minutos havendo até doze inscritos;
b) 3 (três) minutos havendo mais que doze inscritos.
Art. 149. Excepcionalmente, poderá a Câmara Municipal § 3º Após a manifestação dos oradores inscritos, cada
declarar-se em Reunião Permanente, por deliberação da Mesa Vereador poderá fazer uso da palavra por 5 (cinco) minutos,
Diretora ou a Requerimento subscrito, no mínimo, pela estritamente dentro do tema objeto da exposição.
maioria absoluta dos Vereadores, deferido de imediato pelo § 4º As inscrições dos Vereadores para falar na Audiência
Presidente. Pública serão feitas de próprio punho, em livro especial e sob
a fiscalização do 1º Secretário, até 30 (trinta) minutos a partir
Art. 150. A Reunião Permanente, cuja instalação depende do início da reunião.
de prévia constatação de quórum de maioria absoluta dos § 5º O Orador ao expor sua opinião sobre o tema, não
Vereadores, não terá tempo determinado para encerramento, podendo ser aparteado, deve se ater ao tema da Audiência
que só se dará quando, a juízo da Câmara Municipal, tiverem Pública, sujeito a advertência e cassação da palavra, quando
cessado os motivos que a determinaram. divagar sobre tema diverso ou perturbar a ordem dos
trabalhos.
Art. 151. Não se realizará qualquer outra Reunião já
convocada ou não, enquanto a Câmara Municipal estiver em Art. 156. A Mesa Diretora da Câmara Municipal formalizará
Reunião Permanente, ressalvado o disposto no parágrafo um documento contendo todas as informações relevantes
único deste artigo. presentes em cada Audiência Pública.
Parágrafo único. Havendo matéria a ser apreciada pela §1º Entende-se por informações relevantes, todas as
Câmara Municipal, dentro de prazo pré-determinado, facultar- reclamações, sugestões e reivindicações apresentadas pelos
se-á a suspensão da Reunião Permanente e a instalação da Vereadores, membros do Poder Executivo, cidadãos presentes,
Reunião Extraordinária destinada exclusivamente a esse fim Associações de Moradores e Associações Civis Organizadas
específico, convocada pela Mesa Diretora ou a requerimento durante a realização da Audiência Pública.
subscrito, no mínimo, por 1/3 (um terço) dos Vereadores e § 2º A Mesa Diretora pode deliberar que o documento de
deferido de imediato. que trata o caput deste artigo seja elaborado pelo Centro de
Atenção Cidadão, que se baseará na Ata da Audiência Pública.
Art. 152. A instalação de Reunião Permanente durante o
transcorrer de qualquer Reunião implicará no imediato Art. 157. A Câmara Municipal no prazo de 15 (quinze) dias
encerramento desta última. úteis, a contar da realização da Audiência Pública, apresentará
à apreciação dos Vereadores o documento de que trata o art.
CAPÍTULO VIII 156 deste Regimento Interno, para ser encaminhado ao Poder
DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS Executivo Municipal, aos órgãos públicos ou empresas
privadas, citadas na Audiência Pública, nos termos
Art. 153. As Audiências Públicas são aquelas requeridas regimentais.
para um objetivo determinado e estão abertas à participação
popular, entidades representativas e equivalentes, Art. 158. Lavrar-se-ão atas das Audiências Públicas,
regularmente inscritas ou admitidas a participar pelo arquivando-se os pronunciamentos escritos e documentos
Presidente, mediante prévia e expressa manifestação. apresentados.
§ 1º No ato de convocação para as Audiências Públicas Parágrafo único. As Audiências Públicas serão
serão indicados o dia, hora e a matéria a ser discutida, transmitidas, obrigatoriamente, pelos meios e instrumentos
mediante divulgação na imprensa oficial, em reuniões ou de comunicação disponíveis pela Câmara Municipal.
comunicação individual.
§ 2º É vedado discutir-se nas Audiências Públicas matéria TÍTULO VII
diversa daquela para a qual fora feita a convocação. DAS PROPOSIÇÕES E DO PROCESSO LEGISLATIVO
CAPÍTULO I
Art. 154. As Audiências Públicas serão marcadas pelo DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Presidente da Câmara Municipal respeitando-se, tanto quanto
possível, a ordem de apresentação do Requerimento Art. 159. Proposição é toda matéria sujeita à deliberação
fundamentado do Vereador, aprovado em Plenário ou do da Câmara Municipal.
Parecer formulado em Comissão.
Parágrafo único. Na ausência do Presidente da Câmara Art. 160. São modalidades de proposições:
Municipal e dos demais membros da Mesa Diretora, a I - Requerimentos;
Audiência Pública será presidida pelo Presidente da Comissão II - Representações;

Noções de Legislação Municipal 56


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

III- Moções; § 2º Reconhecido o impedimento, serão considerados


IV - Projetos de Resolução; nulos todos os atos praticados pelo impedido, em relação à
V - Projetos de Decreto Legislativo; proposição.
VI - Projetos de Lei;
VII - Projetos de Emenda à Lei Orgânica; Art. 167. As proposições que não forem apreciadas até o
VIII - Substitutivos e Emendas; término da Legislatura serão arquivadas, salvo a Prestação de
IX - Veto à proposição de Lei; Contas do Prefeito, Veto à proposição de Lei, Projeto de Lei
X - Pedidos de Informação. com prazo fixado para apreciação e Projeto de Lei de autoria
do Vereador reeleito.
Art. 161. A Mesa Diretora só receberá proposição que for Parágrafo único. Qualquer Vereador poderá requerer o
lida em Plenário, a qual deverá ser redigida em termos claros, desarquivamento de proposições.
concisos e objetivos, em língua nacional e na ortografia oficial,
assinada por seu autor ou autores. (Artigo alterado pela Art. 168. A proposição desarquivada ficará sujeita a nova
Resolução 1315/2017) tramitação, desde a fase inicial, não prevalecendo pareceres,
§1º A proposição que tiver precedida de estudo, pesquisa, votos, emendas e substitutivos.
relatório, certidão, parecer, decisão e despacho deverá vir
acompanhada do respectivo texto. Art. 169. A matéria constante do Projeto de Lei rejeitado
§2º A proposição, assinada pelo Vereador, deverá ser ou com Veto mantido, somente poderá constituir objeto de
apresentada em via única, no prazo de que trata o art. 130 novo projeto, na mesma Sessão Legislativa, mediante proposta
deste Regimento Interno, para sua leitura em Plenário. da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal,
§3º Serão produzidos, assinados, apresentados, ressalvadas as proposições de iniciativa do Prefeito.
registrados, disponibilizados e armazenados em meio
eletrônico: Art. 170. Serão restituídas ao autor as proposições:
I - as proposições de que tratam os incisos I, III e X do art. I - manifestamente antirregimentais, ilegais ou
160 deste Regimento Interno a partir de 1° de agosto de 2017; inconstitucionais;
e II - quando, em se tratando de substitutivo ou emenda,
II - as demais proposições de autoria de Vereador a partir não guardem direta relação com a proposição a que se refere;
de 1º de janeiro de 2018. III - quando consubstanciem matéria anteriormente
rejeitada ou vetada e com veto mantido, salvo o disposto no
Art. 162. O logradouro, praça, próprio e qualquer outro art. 169 deste Regimento Interno.
bem público municipal não poderá ser designado com nome § 1º As razões de devolução ao autor de qualquer
de pessoa viva, devendo a proposição estar acompanhada de: proposição, nos termos deste artigo, deverão ser devidamente
I - certidão de óbito; fundamentadas pelo Presidente por escrito.
II - pesquisa realizada pela Prefeitura de Juiz de Fora, § 2º Não se conformando o autor da proposição com a
mediante consulta formalizada pelo Vereador sobre a decisão do Presidente de devolvê-la, poderá recorrer do ato ao
denominação de que trata o caput deste artigo. Plenário.
§1º Aplica-se este artigo para a proposição que visa a
alteração da denominação pública de que trata o seu caput. Art. 171. Considera-se autor da proposição seu primeiro
(Renumerado pela Resolução 1312/2016) signatário ou quando expressamente assim mencionar.
§ 2º Fica vedada a designação de nome a qualquer bem § 1º Quando a proposição for apresentada por uma
público, antes da aprovação do projeto de construção, da Comissão, considerar-se-á autora a Comissão se assinada por
alocação do recurso ou da ordem de serviço para início da obra todos os seus membros ou pela maioria.
pública (Acrescido pela Resolução 1312/2016) § 2º As assinaturas que se seguirem à do autor serão
consideradas de apoiamento, implicando a concordância dos
Art. 163. Nenhuma proposição poderá incluir matéria signatários com o mérito da proposição subscrita.
estranha ao seu objeto. § 3º O autor deve fundamentar a proposição por escrito ou
verbalmente.
Art. 164. Não será permitido ao Vereador apresentar
proposição que guarde identidade ou semelhança com outra CAPÍTULO II
em andamento na Câmara Municipal. DAS MODALIDADES DE PROPOSIÇÕES
Parágrafo único. Ocorrendo identidade ou semelhança de
proposições, serão obedecidas as seguintes regras: Art. 172. Requerimento é uma proposição de autoria do
I - ao processo da proposição que tem precedência Vereador ou de uma Comissão dirigida ao Presidente da
serão anexados, sem incorporação, os demais, se requerido Câmara Municipal, que verse sobre matéria de competência do
por escrito ao Presidente da Câmara Municipal; Poder Legislativo.
II - terá precedência a mais antiga sobre as mais § 1º Os Requerimentos, quanto à competência para decidi-
recentes proposições, desde que estejam em tramitação, los, são de 3 (três) espécies:
acompanhadas com a documentação exigida legalmente e I - sujeitos a despacho do Presidente da Câmara
atendidas as regras regimentais. Municipal;
II - sujeitos à deliberação do Plenário;
Art. 165. O Vereador membro de Comissão não emitirá III - sujeitos à deliberação de Comissão.
parecer em proposição de sua autoria.
Art. 173. É despachado de imediato pelo Presidente da
Art. 166. Não será permitido ao Vereador apresentar Câmara Municipal, nos termos regimentais:
proposições de interesse particular seu ou de seus I - Requerimento escrito que solicite:
ascendentes, descendentes ou parentes, por consanguinidade a) posse de Vereador;
ou afinidade, até o terceiro grau, nem sobre elas emitir voto. b) leitura de matéria sujeita a conhecimento do
§ 1º Qualquer Vereador poderá lembrar à Mesa, Plenário;
verbalmente ou por escrito, o impedimento do Vereador de se c) designação de substituto a membro de Comissão na
manifestar. ausência do Suplente;

Noções de Legislação Municipal 57


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

d) constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito, k) votação nominal;


na forma deste Regimento Interno; l) votação por sorteio;
e) convocação de Reunião Extraordinária, se assinada m) adiamento da votação para reunião seguinte.
pela maioria absoluta dos Vereadores ou requerida pelo n) inversão da Pauta dos Trabalhos;
Prefeito, nos termos deste Regimento Interno; o) pedido de discussão de Requerimento,
f) desarquivamento de proposição; Representação, Moção e Pedido de Informação em Avulso.
g) parecer ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Parágrafo único. A solicitação de adiamento de votação,
Gerais sobre matéria tributária, orçamentária e de relevante vista e sobrestamento poderá ser requerida pelo Vereador,
interesse municipal, se assinada por 1/3 (um terço) dos através da palavra pela ordem, na sua bancada, se não puder
Vereadores; usar novamente a palavra da Tribuna.
h) anexação de proposições idênticas ou semelhantes;
II - Requerimento verbal que solicite: Art. 175. Representação é toda manifestação da Câmara
a) palavra ou a desistência dela; Municipal dirigida às autoridades federais, estaduais e
b) permissão para falar sentado; autárquicas ou entidades legalmente reconhecidas e não
c) retificação da Ata; subordinadas ao Poder Executivo Municipal.
d) inserção de declaração de voto em Ata; Parágrafo único. A Representação estará sujeita a parecer
e) verificação de votação; da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, para posterior
f) retirada de outro Requerimento, pelo próprio autor, deliberação do Plenário, salvo se assinada por 2/3 (dois
antes das votações; terços) dos Vereadores, quando será considerada aprovada.
g) retirada pelo autor de proposição sem parecer ou
parecer contrário; Art. 176. Moção é qualquer proposição que expressa o
h) retirada pelo Líder do Prefeito de proposição de pensamento da Câmara Municipal, em face de acontecimento
iniciativa do Executivo, quando caberá ao Presidente atender submetido à sua apreciação.
ao pedido; Parágrafo único. Fica vedada a entrega de Moção na
i) discussão por partes; Câmara Municipal durante as reuniões ordinárias e
j) votação por partes ou no todo; extraordinárias, sábados, domingos e feriados.
k) prorrogação de prazo para se emitir parecer ou para
o orador concluir seu discurso; Art. 177. Os Projetos de Lei, de Resolução, de Decreto
l) interrupção de Reunião para receber personalidades Legislativo e de Emenda à Lei Orgânica deverão ser redigidos
de destaque; em artigos concisos, numerados e assinados por seu autor ou
m) destinação, da primeira parte da Reunião, para autores.
homenagem especial; Parágrafo único. Nenhum projeto poderá conter duas ou
n) observância de disposição regimental ou informação mais proposições independentes ou antagônicas.
sobre a ordem dos trabalhos.
Art. 178. A iniciativa do Projeto de Lei cabe:
Art. 174. Será submetido à votação: I - ao Prefeito;
I - Requerimento escrito que solicite: II - à Mesa da Câmara Municipal;
a) suspensão da reunião em regozijo ou pesar; III - ao Vereador;
b) alteração da ordem dos trabalhos da reunião, IV- às Comissões da Câmara Municipal;
estabelecida neste Regimento Interno; V - aos cidadãos, nos termos do art. 41 da Lei Orgânica
c) audiência de Comissão ou a reunião conjunta de Municipal.
Comissões para opinarem sobre determinada matéria;
d) providências junto aos órgãos da Administração Art. 179. A iniciativa de Projeto de Resolução cabe:
Pública e Pedidos de Informações ao Prefeito; I - ao Vereador, exceto no item II do art. 180 deste
e) informação dos Secretários Municipais, por Regimento Interno;
intermédio do Prefeito; II - à Mesa da Câmara Municipal;
f) constituição de Comissão Especial; III - às Comissões, exceto no item II do art. 180 deste
g) comparecimento à Câmara Municipal do Prefeito ou Regimento Interno.
de Secretário Municipal; Art. 180. O Projeto de Resolução destina-se a regular
h) deliberação sobre qualquer assunto não especificado matéria da exclusiva competência da Câmara Municipal, tais
expressamente neste Regimento Interno e que não se refira a como:
incidente sobrevindo no curso da discussão e votação; I - elaboração do Regimento Interno;
i) convocação de Reunião Solene ou Secreta. II - organização e regulamentação dos serviços
II - Requerimento verbal que solicite: administrativos;
a) retirada, pelo autor, de proposição com parecer III - aprovação das Contas do Prefeito;
favorável. IV - outros assuntos de âmbito interno.
b) encerramento da discussão; Parágrafo único. Aplicar-se-ão aos Projetos de Resolução
c) manifestação de pesar, aplauso, regozijo ou as disposições relativas aos Projetos de Lei.
congratulação;
d) prorrogação do horário da reunião; Art. 181. Recebido o Projeto, será enviado à Divisão de
e) inclusão, na Ordem do Dia, de proposição que não Documentação para numeração, autuação e remessa às
seja do requerente; Comissões competentes, a fim de emitirem parecer.
f) convocação de Reunião Extraordinária Parágrafo único. As proposições e pareceres serão
g) preferência na discussão ou votação de uma incluídos no sistema informatizado de Atos do Legislativo.
proposição sobre outra da mesma matéria;
h) concessão de vista por 24 (vinte e quatro) horas; Art. 182. Nenhum Projeto de Lei, de Resolução, de Decreto
i) concessão de sobrestamento por 2 (dois) dias úteis, Legislativo ou de Emenda à Lei Orgânica poderá ser incluído
uma única vez em cada discussão, exceto na discussão de na Ordem do Dia para a primeira discussão, sem que tenha
Redação Final; sido anunciado, por escrito, aos Vereadores na reunião
j) votação destacada de emenda, artigo ou parágrafo;

Noções de Legislação Municipal 58


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

anterior, salvo aprovação do Plenário para inclusão em prazo § 5º Rejeitado o veto, será o mesmo enviado ao Prefeito
inferior. para promulgação da Lei.
§ 6º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no §
Art. 183. Apresentado parecer pela Comissão competente, 4º deste artigo, o veto será colocado na Ordem do Dia da
será o projeto incluído na Ordem do Dia, para discussão e Reunião imediata, sobrestando as demais proposições até a
votação. sua votação final, ressalvadas as matérias sob-regime de
urgência.
Art. 184. Concluída a primeira discussão nos projetos que § 7º Se a Lei não for promulgada no prazo de 48 (quarenta
exigem duas, ou a segunda, nos que exigem três, se aprovado, e oito) horas pelo Prefeito, nos casos dos §§ 3º e 5º deste
será o mesmo encaminhado à Comissão de Legislação, Justiça artigo, o Presidente da Câmara Municipal a promulgará e, se
e Redação, para, com o seu parecer, voltar para a discussão este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-
final. lo.
Parágrafo único. Se concluída a discussão de que trata este § 8º O prazo do § 4º deste artigo não corre no período de
artigo, o projeto rejeitado na primeira discussão, que exige recesso da Câmara Municipal.
duas, ou na segunda, que exige três, será arquivado.
Art. 189. Entende-se por Avulso, o processo pelo qual o
Art. 185. Os projetos de Decreto Legislativo destinam-se a Vereador, através da palavra pela ordem, requer seja o
regular as seguintes matérias de exclusiva competência da Requerimento, a Representação, a Moção ou o Pedido de
Câmara Municipal, que têm efeito externo: Informação posto em votação na reunião seguinte, após
I - concessão de licença ao Prefeito e ao Vice-Prefeito discussão no Plenário pelos Vereadores.
para afastamento do cargo ou ausência do Município, nos § 1º Nos Requerimentos, Representações, Moções ou
termos da Lei Orgânica Municipal; Pedidos de Informação serão permitidas discussões em
II - formalização de resultado de plebiscito. Avulso, desde que as mesmas versem sobre matérias
administrativas do Executivo ou Legislativo Municipal.
Art. 186. Emenda é a proposição apresentada como § 2º Os pedidos em Avulso serão submetidos à aprovação
acessória de outra, podendo ser: do Plenário e constarão obrigatoriamente da Ordem do Dia da
I - Supressiva - a que manda cancelar parte da Reunião Ordinária seguinte, salvo quando ocorrer na última
proposição; reunião mensal, caso em que será nela discutido, ainda que,
II - Substitutiva - a apresentada como sucedânea de para tanto, seja necessária a sua prorrogação.
parte de uma proposição. § 3º A discussão e votação dos Avulsos não serão adiadas,
III - Aditiva - a que manda acrescentar algo à mesmo quando ausente o autor da proposição e o Vereador
proposição; que o houver solicitada.
IV - De Redação - a que altera somente a redação de
qualquer proposição. CAPÍTULO III
Parágrafo único. Tomará o nome de “Substitutivo”, a DA TRAMITAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES
alteração quando atingir a proposição no seu conjunto.
Art. 190. As proposições serão submetidas aos seguintes
Art. 187. O Substitutivo e as Emendas Substitutivas, regimes de tramitação:
Supressivas e de Redação têm preferência para votação sobre I - Urgência Especial, a requerimento do Vereador;
a proposição principal. II - Urgência, a requerimento do Prefeito;
§ 1º O Substitutivo oferecido por Comissão tem III - Ordinária, nos termos deste Regimento Interno.
preferência para a votação, sobre os de autoria dos
Vereadores. Art. 191. A Urgência Especial é a dispensa de exigências
§ 2º Havendo mais de um Substitutivo de Comissão, tem regimentais, salvo a de número legal e de parecer, para que
preferência na votação o oferecido pela Comissão cuja determinado projeto seja imediatamente considerado, a fim de
competência for específica para opinar sobre o mérito da evitar grave prejuízo ou perda de sua oportunidade.
proposição. § 1º O requerimento de Urgência Especial dependerá de
§ 3º O Líder do Prefeito poderá, com justificação, apresentação de pedido por escrito, devidamente justificado e
apresentar Substitutivo em Projeto de Lei de autoria do necessitará, para a sua aprovação, de quórum da maioria
Executivo. absoluta dos Vereadores.
§ 2º Não poderá ser concedida Urgência Especial para
Art. 188. Aprovado o Projeto de Lei, será este enviado ao qualquer projeto, com prejuízo de outra Urgência Especial já
Prefeito que, aquiescendo, o sancionará. votada, salvo nos casos de segurança e calamidade pública.
§ 1º O Prefeito, considerando o projeto, no todo ou em § 3º Concedida a Urgência Especial para proposição que
parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá- não conte com pareceres, o Presidente designará Relator
lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, Especial, devendo a reunião ser suspensa pelo prazo de 15
contados da data do recebimento, devendo comunicar, no (quinze) minutos para a elaboração do parecer escrito.
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara § 4º A matéria, submetida ao regime de Urgência Especial,
Municipal os motivos do veto. devidamente instruída, com os pareceres das Comissões ou o
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de Parecer do Relator Especial, entrará imediatamente em
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. discussão e votação.
§ 3º Decorrido o prazo do §1º deste artigo, o silêncio do
Prefeito importará em sanção. Art. 192. O Regime de Urgência implica na redução dos
§ 4º A apreciação do veto pelo Plenário da Câmara prazos regimentais e se aplica somente ao projeto de autoria
Municipal será dentro de 30(trinta) dias a contar do seu do Executivo, submetido ao prazo de 45 (quarenta e cinco)
recebimento, independente da leitura no Pequeno Expediente dias para apreciação.
da Reunião, em uma só discussão e votação, com parecer ou § 1º A solicitação do Prefeito para apreciação de projeto de
sem ele, considerando-se rejeitado pelo voto da maioria sua iniciativa deverá ser expressa, nos termos do art. 38 da Lei
absoluta dos Vereadores, permitida a votação por partes. Orgânica Municipal, a qual poderá ser feita com a remessa do
projeto e em qualquer fase de sua tramitação.

Noções de Legislação Municipal 59


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º A retirada, por escrito, da solicitação de urgência de Art. 195. Nenhum projeto será dado por definitivamente
que trata este artigo cabe somente ao Prefeito. aprovado, antes de passar por duas discussões e votações,
§ 3º O prazo do caput deste artigo não corre no período de além da redação final, quando for o caso.
recesso legislativo e nem se aplica a projeto de lei orgânica e § 1º Excetuam-se do disposto neste artigo as proposições
de lei complementar. sujeitas a votação em turno único, na forma deste Regimento
§ 4º O projeto submetido ao Regime de Urgência será Interno.
enviado às Comissões Permanentes, pelo Presidente, dentro § 2º Os substitutivos e emendas serão discutidos e votados
do prazo de 2 (dois) dias úteis da entrada na Divisão de juntamente com a proposição original e seu quórum aplicável.
Expediente da Câmara Municipal, independentemente da
leitura em Plenário. CAPÍTULO IV
§ 5º A Comissão Permanente terá prazo total de 6 (seis) DOS DEBATES E DELIBERAÇÕES
dias úteis para exarar seu parecer, a contar do recebimento da
matéria. Art. 196. Discussão é a fase pela qual passa a proposição
§ 6º Na impossibilidade de se reunir a Comissão, seu quando em debate no Plenário.
Presidente distribuirá as matérias aos respectivos membros, Parágrafo único. Será objeto de discussão apenas a
cabendo-lhes, isoladamente, cada membro emitir seu Parecer proposição constante da Ordem do Dia.
no prazo improrrogável de 2 (dois) dias úteis.
§ 7º O Presidente da Comissão Permanente terá o prazo de Art. 197. Anunciada a discussão de qualquer matéria,
até 1 (um) dia útil para designar Relator, a contar do procederá o Secretário à leitura dos pareceres, antes do
recebimento da proposição. debate.
§ 8º O Relator designado terá o prazo de 2 (dois) dias úteis
para apresentar parecer, findo o qual, sem que o mesmo tenha Art. 198. As proposições que não possam ser apreciadas no
sido apresentado, o Presidente da Comissão Permanente mesmo dia ficam transferidas para a Reunião seguinte, na qual
evocará o processo e emitirá parecer no prazo de até 1(um) têm preferência sobre as que forem apresentadas
dia útil do recebimento. posteriormente.
§ 9º Findo o prazo para a Comissão competente emitir o
seu parecer, o processo será enviado a outra Comissão Art. 199. A pauta dos trabalhos, supervisionada pelo
Permanente ou incluído na Ordem do Dia, sem o parecer da Presidente ou pelo Diretor Geral do Legislativo, para compor a
Comissão faltosa. Ordem do Dia, só poderá ser alterada, nos casos de urgência ou
§ 10. O Projeto de Lei sob regime de urgência volta à adiamento, mediante aprovação da maioria absoluta dos
Comissão de Legislação, Justiça e Redação quando receber Vereadores.
emenda na primeira discussão, a qual terá o prazo máximo de
3 (três) dias úteis, para emitir Parecer sobre as inovações Art. 200. Passarão por 3 (três) discussões os Projetos de
propostas. Lei, de Resolução e de Decreto Legislativo, sendo a terceira
§ 11. Incluído o Projeto na Ordem do Dia, sem parecer, o destinada apenas à redação do projeto, observadas as
Presidente da Câmara Municipal designará uma Comissão exceções contidas neste Regimento Interno.
Especial para, no prazo de até 1(um) dia útil, opinar sobre o § 1º Os projetos concedendo Título de Cidadania
Projeto e emendas, se houver, procedendo à leitura em Honorária e Benemérita, Diploma de Honra ao Mérito,
Plenário. designação de Utilidade Pública, denominações e alterações de
§ 12. Na falta de deliberação no prazo de que trata o caput logradouros públicos, próprios e vias, terão apenas 2 (duas)
deste artigo será a proposição incluída na primeira Ordem do discussões, sendo a segunda destinada à redação.
Dia da Reunião Ordinária subsequente, sobrestando-se as § 2º Serão submetidos a votação única, sem discussão, os
demais proposições, para que se ultime a votação. requerimentos, representações, pedido de informação e
moções, ressalvada a exceção do art. 189 deste Regimento
Art. 193. A tramitação ordinária aplica-se às proposições Interno.
que não estejam submetidas ao Regime de Urgência Especial § 3º Nenhum projeto poderá ter mais de uma discussão e
ou ao Regime de Urgência. votação na mesma reunião.

Art. 194. Os Projetos de Lei, Emendas à Lei Orgânica, Art. 201. A retirada do projeto poderá ser requerida pelo
Resoluções, Decretos Legislativos, Representações e autor, em primeira discussão nos projetos de duas discussões
Requerimentos sujeitos à deliberação de Comissão, e em primeira e segunda discussão, nos projetos de 3 (três)
apresentados no Pequeno Expediente, serão despachados pelo discussões.
Presidente às Comissões Permanentes.
§ 1º Instruídos preliminarmente, quando for o caso, com Art. 202. O Prefeito ou o seu Líder poderá solicitar a
parecer da Assessoria Jurídica, serão apreciados, em primeiro devolução do projeto de sua autoria, em qualquer fase de
lugar, pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação ou pela tramitação, cabendo ao Presidente atender ao pedido,
Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira, independentemente de discussão e votação, ainda que
considerada a competência regimental. contenha emendas ou pareceres favoráveis.
§ 2º Quando o projeto apresentado for de autoria de todas
as comissões competentes, a fala sobre a matéria nele Art. 203. Os projetos que versem sobre matéria de
consubstanciada independerá de informação da Assessoria Orçamento, Prestação de Contas, de Codificações e Posturas,
Técnico Legislativa, sendo considerado em condições de bem como os de Tramitação Especial ou em Regime de
figurar na Ordem do Dia. Urgência não poderão, mesmo despachados às Comissões, sair
§ 3º No transcorrer das discussões será admitida a da Casa para emissão de pareceres.
apresentação de substitutivos e emendas, desde que
assinados, no mínimo, por 1/3 (um terço) dos membros da Art. 204. O Vereador poderá solicitar vista de projeto ou de
Câmara Municipal. veto pelo prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, ouvido o
Plenário.
§ 1º A vista será concedida até o momento de se anunciar
a votação do projeto ou do veto.

Noções de Legislação Municipal 60


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º A vista não é cabível em Requerimento, Art. 210 - A. O painel eletrônico será usado na votação de
Representação, Pedido de Informação e Moção quando em proposições, salvo no processo de votação simbólico, quando
discussão, nos termos do processo disposto no art. 189 do seu uso se restringe à verificação de votação. (Acrescido pela
Regimento Interno. Resolução 1299/2015)
§3º A concessão de vista de que trata este artigo poderá ser
requerida por Vereador, individualmente, em cada discussão, Art. 210-B. O registro de presença constará no painel
exceto na discussão da Redação Final. eletrônico. (Acrescido pela Resolução 1299/2015)

Art. 205. Antes de encerrada a primeira discussão nos Art. 210-C. A verificação de quórum será feita pelo
projetos de duas discussões ou a segunda nos projetos de três Presidente da Câmara Municipal, de plano, por chamada ou
discussões, podem ser apresentados substitutivos e emendas por meio de sistema eletrônico. (Acrescido pela Resolução
que tenham relação com a matéria neles contida. 1299/2015)
§ 1º Ocorrendo a apresentação de emendas ou
substitutivos, quando da primeira discussão, o projeto terá Art. 211. Os processos de votação são:
suspensa sua votação, recebendo-se apenas, como objeto de I - Simbólico;
deliberação, as alterações propostas, que serão encaminhadas II - Nominal.
à Comissão de Legislação, Justiça e Redação para exarar
parecer no prazo de 3 (três) dias úteis, contado da entrega ao Art. 212. Adota-se o processo simbólico nas votações, salvo
Presidente da Comissão. exceções regimentais.
§ 2º Voltando o projeto, as emendas ou substitutivos com § 1º Na votação simbólica, o Presidente solicita aos
o parecer exarado, esses serão discutidos e dados à votação, Vereadores que ocupem os seus lugares no Plenário,
não sendo permitida a apresentação de novas emendas, salvo convidando a permanecerem sentados os que estiverem a
em segunda discussão. favor da matéria.
§ 2º Não cabe abstenção em votação simbólica.
Art. 206. Serão debatidos em segunda discussão, o projeto § 3º Inexistindo requerimento de verificação de votação, o
e os pareceres ou as emendas e os substitutivos apresentados, resultado proclamado torna-se definitivo.
salvo se a segunda discussão destinar-se apenas à redação.
Parágrafo único. Remetido o projeto à Comissão de
Legislação, Justiça e Redação, voltará ao Plenário para Art. 213. A votação será nominal, de acordo com a previsão
discussão quanto às emendas de simples redação, já não regimental ou quando requerida verbalmente por Vereador e
podendo mais ser rejeitado no mérito. aprovada pela maioria dos presentes. (Artigo alterado pela
Resolução 1299/2015)
Art. 207. Não havendo quem mais queira usar da palavra, §1º O Secretário fará a chamada nominal dos Vereadores
o Presidente da Câmara Municipal declarará encerrada a na ordem alfabética, salvo requerimento verbal por sorteio,
discussão e submeterá à votação o projeto, suas emendas ou aprovado pelo Plenário.
substitutivo, cada qual por sua vez, observado o disposto no §2° Os Vereadores manifestarão sua posição favorável ou
art. 187. contrária à aprovação da matéria, registrando “sim” ou “não”
pelo sistema eletrônico de votos e quando se absterem
Art. 208. Pelo prazo de 2 (dois) dias úteis, ouvido o deverão registrar “abstenção”.
Plenário, a discussão do projeto ou do veto poderá ser adiada §3° Ocorrendo falha no sistema do painel eletrônico na
por sobrestamento, por uma única vez, em cada discussão, votação nominal, adotar-se-á o seguinte:
exceto na discussão da Redação Final do projeto. I - os nomes dos Vereadores serão anunciados, em voz alta,
§ 1º A solicitação de sobrestamento só poderá ser pelo Secretário;
requerida pelo Vereador, através da palavra pela ordem, na II - os Vereadores, levantando-se de suas cadeiras,
bancada, se houver usado a palavra da Tribuna. responderão “a favor” ou “contra”, conforme aprovem ou
§ 2º A solicitação de sobrestamento de projeto, sob regime rejeitem a matéria em votação;
de urgência, ou do veto só será recebida se a sua aprovação não III - as abstenções serão também anotadas pelo Secretário.
importar na perda do prazo para apreciação da matéria. §4º Encerrada a votação, o Presidente da Câmara
Municipal proclamará o resultado, não admitindo o voto de
Seção I Vereador que tenha dado entrada no Plenário, após a chamada
Da Votação do último da lista geral.

Art. 209. As deliberações da Câmara Municipal serão Art. 214. As emendas e substitutivos, abrangendo os
tomadas por maioria de votos, presente mais da metade de Requerimentos incidentes, serão deliberados pela votação
seus membros, ressalvado o disposto no art. 33 deste aplicável à proposição principal.
Regimento Interno.
Art. 215. A falta de número para votação não prejudicará
Art. 210. A votação é o complemento da discussão. a discussão das matérias constantes na Ordem do Dia.
§ 1º A cada discussão seguir-se-á a votação.
§ 2º A votação só será interrompida: Art. 216. Qualquer que seja o método de votação, ao
I - por falta de quórum para funcionamento da Secretário compete apurar o resultado e ao Presidente
Reunião ou específico à votação da matéria; anunciá-lo.
II - pelo término do horário da Reunião ou de sua Art. 217. Anunciado o resultado da votação, poderá ser
prorrogação. concedida palavra ao Vereador que a solicitar, para declaração
§ 3º Cessada a interrupção, a votação terá prosseguimento. de voto, pelo tempo de 1 (um) minuto.
§ 4º Existindo matéria a ser votada e não havendo quórum,
o Presidente determinará a chamada dos Vereadores, fazendo Art. 218. Nenhum Vereador poderá protestar verbalmente
registrar-se na Ata o nome dos presentes. ou por escrito contra a decisão da Câmara Municipal, salvo em
grau de recurso, sendo-lhe facultado apenas inserir na Ata sua
declaração de voto.

Noções de Legislação Municipal 61


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

CAPÍTULO V
Art. 219. Logo que concluídas, as votações serão DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL
registradas em ata. Seção I
Dos Projetos de Lei do Plano Plurianual, Diretrizes
Art. 220. A votação poderá ser adiada uma única vez, a Orçamentárias e do Orçamento Anual
Requerimento do Vereador, até o momento em que for
anunciada, ouvido o Plenário, exceto na discussão da Redação Art. 227. O Projeto de que trata esta seção será
Final. encaminhado pelo Prefeito à Câmara Municipal, no prazo
§ 1º O adiamento será concedido para a Reunião seguinte. disposto na Lei Orgânica Municipal.
§ 2º Considerar-se-á prejudicado o Requerimento que, por § 1° Recebido o Projeto, independentemente da leitura em
esgotar-se o horário da Reunião ou por falta de quórum, deixar Plenário, será imediatamente enviado à Comissão de Finanças,
de ser apreciado. Orçamento e Fiscalização Financeira, a fim de exarar Parecer e
apresentar emendas no prazo de 20 (vinte) dias,
Art. 221. Proclamado o resultado da votação, será improrrogáveis.
permitido ao Vereador requerer a sua verificação. § 2° Uma cópia do Projeto será encaminhada, por meio
§ 1º Para verificação, na votação simbólica, o Presidente eletrônico, pela Divisão de Documentação da Câmara
convidará a permanecerem sentados os Vereadores que Municipal, aos Vereadores, supervisionada pela Diretoria
tenham votado a favor da matéria, levantando-se de suas Geral, para análise, dando-se lhes conhecimento.
cadeiras os Vereadores que votaram contra. § 3º Findo o prazo do §1º, o Projeto e Emenda
§ 2º A Mesa considerará prejudicado o Requerimento, apresentados pela Comissão de Finanças, Orçamento e
quando constatar, durante a verificação, o afastamento de Fiscalização Financeira serão incluídos na Ordem do Dia para
qualquer Vereador do Plenário. primeira discussão e votação.
§ 3º Será considerado presente o Vereador que requerer a § 4° No prazo de 5 (cinco) dias úteis, o Projeto, com as
verificação de voto ou de quórum, desde que haja votado no Emendas da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização
processo em verificação. Financeira, aprovadas e incorporadas ao seu texto, será
§ 4º Nenhuma votação admitirá mais de uma verificação. incluído na Ordem do Dia para segunda discussão e votação.
§ 5º O Requerimento de verificação é privativo do processo § 5° Havendo apresentação de emendas em segunda
simbólico. discussão, o Projeto e Emendas serão remetidos à Comissão de
§ 6º Nas votações nominais, as dúvidas quanto ao seu Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira, que emitirá
resultado poderão ser sanadas com as notas do Redator das Parecer sobre elas, dentro de 5 (cinco) dias úteis. Após este
Atas. procedimento o Projeto não poderá receber novas emendas,
retornando para discussão e votação.
Seção II § 6° Lavrado o Parecer, o Projeto será incluído na Ordem
Da Redação Final do Dia, para segunda discussão e votação.

Art. 222. Dar-se-á redação final ao Projeto de Lei, de Art. 228. Aprovado em segunda discussão e votação, o
Resolução, de Decreto Legislativo e de Emenda à Lei Orgânica. Projeto será enviado às Comissões de Finanças, Orçamento e
§ 1º A Comissão de Legislação, Justiça e Redação emitirá Fiscalização Financeira e de Legislação, Justiça e Redação para,
parecer, dando forma à matéria aprovada segundo a técnica em trabalho conjunto, apresentarem a redação final dentro de
legislativa, observadas as emendas aprovadas. 5 (cinco) dias úteis.
§ 2º A Comissão de Legislação, Justiça e Redação terá o Parágrafo único. Findo o prazo, o Projeto é incluído em
prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas para oferecer a pauta para apreciação da redação final.
redação final.
§ 3º Esgotado o prazo, o projeto será incluído na Ordem do Art. 229. Os Projetos de Lei do Plano Plurianual, Diretrizes
Dia. Orçamentárias e do Orçamento Anual têm preferência sobre
os demais, na discussão e votação.
Art. 223. A redação final, para ser discutida e votada, Parágrafo único. Estando os Projetos de Lei do Plano
independe dos interstícios constantes deste Regimento Plurianual, Diretrizes Orçamentárias ou do Orçamento Anual
Interno. na Ordem do Dia, em segunda discussão, a parte do Pequeno
Expediente é de apenas 30 (trinta) minutos improrrogáveis,
Art. 224. Será admitida Emenda de Redação, com a sendo a Ordem do Dia destinada exclusivamente à proposição
finalidade exclusiva de ordenar a matéria, corrigir a orçamentária respectiva.
linguagem, os enganos, as contradições ou para aclarar o seu
texto. Seção II
Do Julgamento de Contas Municipais
Art. 225. A discussão limitar-se-á aos termos da redação e
sobre a mesma o Vereador só poderá falar uma vez e por 5 Art. 230. Compete à Câmara Municipal tomar e julgar as
(cinco) minutos improrrogáveis. Contas do Prefeito, deliberando sobre o Parecer Prévio do
Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no prazo
Art. 226. Aprovada a redação final, a proposição será máximo de 90 (noventa) dias de seu recebimento, observados
encaminhada em autógrafo à sanção ou à promulgação sob a os seguintes preceitos:
forma de Resolução, Decreto Legislativo ou Emenda à Lei I - o Parecer Prévio somente deixará de prevalecer por
Orgânica. decisão de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara
Parágrafo único. O autógrafo reproduzirá a proposição de Municipal;
lei com a redação final aprovada em Plenário. II - o Presidente da Câmara Municipal, de posse do
Processo de Prestação de Contas, após receber o Parecer
Prévio do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais,
providenciará a distribuição aos Vereadores, no prazo de 10
(dez) dias, de cópias do Parecer Prévio, encaminhando o
Processo, em seguida, à Comissão de Finanças, Orçamento e

Noções de Legislação Municipal 62


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Fiscalização Financeira, que opinará, elaborando o respectivo I - retirar do Município qualquer porção de seu
Projeto de Resolução; território;
III - concluído o julgamento das Contas do Prefeito, o II - abolir a autonomia do Município;
Presidente da Câmara Municipal enviará ao Tribunal de III - alterar ou substituir os símbolos ou a denominação
Contas, no prazo de 30 (trinta) dias, cópia autenticada da do Município.
resolução votada, promulgada e publicada, bem como das atas
das sessões em que o pronunciamento da Câmara Municipal se Art. 234. A emenda à Lei Orgânica ao ser apresentada será
tiver verificado, com a relação nominal dos Vereadores distribuída à Comissão especialmente criada para a sua
presentes e o resultado numérico da votação; análise.
IV - rejeitadas as Contas Municipais, serão estas, Parágrafo único. Uma cópia será encaminhada a cada
imediatamente, remetidas ao Ministério Público para fins de Vereador.
direito.
Art. 235. A Comissão Especial terá o prazo de 15 (quinze)
Seção III dias úteis para emitir parecer.
Dos Títulos Honoríficos
Art. 236. Findo o prazo para a apresentação do parecer a
Art. 231. Os Projetos concedendo Títulos de Cidadania matéria será colocada na Ordem do Dia para a leitura deste.
Honorária, Benemérita e Diploma de Honra ao Mérito serão Parágrafo único. Não estando concluído o parecer no
apreciados por uma Comissão Especial de 3 (três) membros, prazo regimental, o Presidente nomeará um relator para
constituída na forma deste Regimento Interno. exarar parecer, no prazo de 5 (cinco) dias úteis à contar da
§ 1º A Comissão Especial terá o prazo de 9 (nove) dias úteis designação.
para apresentar seu parecer, dela não podendo fazer parte o
autor do projeto, nem o Presidente da Câmara Municipal. Art. 237. Estando a matéria em primeira discussão poderá
(Renumerado pela Resolução 1307/2016) ser oferecida emenda individual, retornando então para a
§2° Cabe aos membros da Comissão Especial, avaliação da Comissão Especial ou, no caso do parágrafo único
isoladamente, emitir seu Parecer no prazo improrrogável de 3 do art. 236 deste Regimento Interno, ao relator, para emissão
(três) dias úteis, na impossibilidade de a Comissão se reunir de novo parecer no prazo de 3 (três) dias úteis.
(Acrescido pela Resolução 1307/2016) Parágrafo único. Findo este prazo a matéria retornará a
Ordem do Dia não sendo mais possível a apresentação de
Art. 232. A entrega do Título será feita em Sessão Solene na emendas.
Câmara Municipal, em dias úteis, podendo, no entanto, em
casos excepcionais de doença, impedimento da presença do Art. 238. Aprovada em primeira discussão, a matéria terá
homenageado e a critério do Presidente, a entrega ser um interstício de 10 (dez) dias para a votação em segundo
realizada em outro local. turno.
§ 1º Cada Vereador poderá apresentar até quatro Parágrafo único. Em segunda discussão não poderá ser
proposições dispondo sobre Concessão de Título Honorífico apresentada nova emenda.
por Sessão Legislativa.
§ 2º Fica vedada a concessão e a entrega de Título Art. 239. A Emenda à Lei Orgânica Municipal será
Honorífico no período de 3(três) meses que antecedem o promulgada pela Mesa Diretora, com o respectivo número de
pleito eleitoral. ordem, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
§ 3º Fica vedada a entrega de Título Honorífico no período
de Reuniões Ordinárias, salvo no mês de dezembro. (Alterado Art. 240. A matéria constante de proposta de Emenda à Lei
pela Resolução 1289/2014). Orgânica Municipal rejeitada ou havida por prejudicada, não
§4° As sessões solenes de entrega de Título Honorífico pode ser objeto de nova proposta na mesma Sessão
ficam limitadas no primeiro semestre do final de legislatura a Legislativa.
três por semana e nos demais meses a duas por semana, salvo
no mês de dezembro (Alterado pela Resolução 1307/2016) Seção V
§ 5º A saudação oficial deverá ser proferida pelo próprio Da Propositura de Iniciativa Popular
Vereador proponente ou por outro designado pela Mesa
Diretora, na ausência ou impedimento do outorgante do Título Art. 241. Será assegurada tramitação especial à
Honorífico. propositura de iniciativa popular.

Seção IV Art. 242. Ressalvadas as competências previstas na Lei


Da Emenda à Lei Orgânica Municipal Orgânica Municipal, o direito de iniciativa popular será
exercido em qualquer matéria de interesse específico do
Art. 233. A Emenda à Lei Orgânica Municipal destina-se a Município, da cidade ou de bairros, incluindo:
modificar ou suprimir seus dispositivos ou a acrescentar-lhes I - matéria não regulada por lei;
novas disposições. II - matéria regulada por lei que se pretenda modificar
§ 1º A Emenda à Lei Orgânica Municipal poderá ser ou revogar;
apresentada: III - realização de consultas plebiscitárias à população;
I - por 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara IV - submissão a referendo popular de leis aprovadas.
Municipal;
II - pelo Prefeito. Art. 243. Considera-se exercida a iniciativa popular
§ 2º A Emenda à Lei Orgânica Municipal será discutida e quando:
votada em dois turnos, com intervalo de 10 (dez) dias, e I - o Projeto de Lei vier subscrito por eleitores
considerada aprovada se obtiver, em ambos, 2/3 (dois representando, no mínimo, 3% (três por cento) do eleitorado
terços) dos votos dos membros da Câmara Municipal. municipal;
§ 3º Não será objeto de deliberação a proposta de Emenda II - o requerimento para realização de plebiscito ou de
tendente a: referendo sobre lei vier subscrito por, pelo menos, 1% (um por
cento) do eleitorado municipal.

Noções de Legislação Municipal 63


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º A subscrição dos eleitores será feita em listas Audiência Pública, em registro próprio junto à Assessoria de
organizadas por, pelo menos, uma entidade legalmente Cerimonial da Câmara Municipal, poderão usar a palavra por:
constituída, com sede nesta cidade ou 15 (quinze) cidadãos a) 5 (cinco) minutos havendo até doze inscritos;
com domicílio eleitoral no Município, que se responsabilizarão b) 3 (três) minutos havendo mais que doze inscritos.
pela idoneidade das assinaturas. § 4º Após a manifestação dos oradores inscritos, cada
§ 2º As assinaturas ou impressão digital dos eleitores, com Vereador poderá fazer uso da palavra por 5 (cinco) minutos,
número de inscrição, zona e seção eleitoral, serão apostas em estritamente dentro do tema objeto da exposição.
formulários impressos, cada um contendo, em seu verso, o § 5º As inscrições dos Vereadores para falar na Audiência
texto completo da propositura apresentada e a indicação das Pública serão feitas de próprio punho, em livro especial e sob
entidades ou cidadãos responsáveis. a fiscalização do 1º Secretário, até 30 (trinta) minutos a partir
§ 3º Para os efeitos deste artigo, não serão computadas as do início da reunião.
subscrições: § 6º O Orador ao expor sua opinião sobre o tema, não
I - quando as zonas e seções eleitorais não constarem podendo ser aparteado, deve se ater ao tema da Audiência
ou não corresponderem ao Município de Juiz de Fora. Pública, sujeito à advertência e cassação da palavra, quando
II - quando aposta em formulários que não contenham divagar sobre tema diverso ou perturbar a ordem dos
o texto do projeto ou quando repetidas. trabalhos.

Art. 244. Terminada a subscrição, a propositura será Art. 247. O projeto e os pareceres, mesmo quando
protocolizada na Câmara Municipal, a partir da qual terá início contrários, serão encaminhados ao Plenário, com indicação
o processo legislativo próprio. dos votos recebidos nas Comissões, incluindo-se na Ordem do
§ 1º Após o protocolo, a Divisão de Documentação Dia da primeira reunião ordinária a ser realizada.
verificará se foram cumpridas as exigências regimentais, no Parágrafo único. Do resultado da deliberação em Plenário
prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, certificando o será dado conhecimento às entidades ou aos cidadãos
cumprimento. responsáveis pela propositura.
§ 2º Constatada a falta da entidade ou dos 15 (quinze)
cidadãos responsáveis ou a ausência do número legal de Seção VI
subscrições será ele devolvido aos seus promotores, os quais Da Participação da Sociedade Civil
poderão recorrer à Mesa Diretora, em 15 (quinze) dias úteis,
que decidirá em igual prazo, garantida, em qualquer hipótese, Art. 248. A participação da sociedade civil poderá, ainda,
a reapresentação do projeto após suprida a falta. ser exercida mediante o oferecimento de sugestões de
§ 3º Certificado o cumprimento, nos termos do §1º deste iniciativa, de pareceres técnicos, de exposições e propostas
artigo, suprida a omissão ou julgado procedente o recurso para oriundas de entidades científicas e culturais e de qualquer das
aceitação do projeto, será ele encaminhado, após despacho do entidades mencionadas na alínea “d” do inciso VIII do art. 72
Presidente da Câmara Municipal, às Comissões competentes deste Regimento Interno.
para emissão de parecer. § 1° As sugestões de iniciativa legislativa que receberem
§ 4º O prazo de cada Comissão competente é de 6 (seis) parecer favorável da Comissão de Participação Popular e de
dias úteis, improrrogáveis. Legislação Participativa serão transformadas em proposição
§ 5º Na impossibilidade de se reunir a Comissão, seu legislativa de sua iniciativa, que será encaminhada à Mesa
Presidente distribuirá a matéria aos respectivos membros, Diretora da Câmara Municipal para tramitação.
cabendo-lhes, isoladamente, emitir seu parecer no prazo § 2° A proposta de ação ou de iniciativa legislativa
improrrogável de 2 (dois) dias úteis. encaminhada à Comissão de Participação Popular e de
Legislação Participativa por entidade associativa da sociedade,
Art. 245. O Presidente das Comissões competentes para somente será recebida se instruída com cópia dos seguintes
emitir parecer poderá designar relator, o qual terá o prazo de documentos:
2 (dois) dias úteis improrrogáveis para manifestar-se, I - ato constitutivo da entidade e suas alterações;
cabendo a requisição do processo, pelo Presidente da II - ata de eleição da diretoria;
Comissão respectiva, em caso de inobservância do referido III - comprovante de registro, no órgão competente, dos
prazo. documentos referidos nos incisos I e II.
§ 3° As sugestões que receberem parecer contrário da
Art. 246. Para defesa oral da propositura, após Comissão de Participação Popular e de Legislação
apresentação do último parecer, será convocada pelo Participativa ou que não estiverem devidamente instruídas
Presidente da Câmara Municipal uma Audiência Pública, que com a documentação necessária, serão encaminhadas ao
será presidida pelo Presidente da Comissão de Justiça, arquivo.
Legislação e Redação e aberta com, pelo menos, um membro § 4° A Comissão de Participação Popular e de Legislação
de cada Comissão designada para emitir parecer. Participativa poderá solicitar informações e documentos
§ 1º A propositura e os pareceres deverão estar adicionais que julgar necessários à identificação da entidade e
disponíveis no Sistema de Acompanhamento Legislativo pelo à comprovação de seu funcionamento.
menos 3 (três) dias antes da Audiência Pública. § 5° Na hipótese de a ação decorrente da proposta
§ 2º Na Audiência Pública, abertos os trabalhos, será legislativa apresentada ser de competência de outro ente da
observada a seguinte ordem: Federação, a Comissão de Participação Popular e de Legislação
I - apresentação da propositura, sua justificativa e Participativa encaminhará, com a indicação de sua origem e
pareceres das Comissões competentes, bem como declaração autoria, ao respectivo Poder competente.
do número de eleitores que a subscrevem; § 6º Aplica-se na apreciação das sugestões pela Comissão
II - defesa oral da propositura pelo prazo de quinze de Participação Popular e de Legislação Participativa, o rito
minutos, prorrogáveis por mais quinze minutos; ordinário das proposições.
III - debate sobre a constitucionalidade e demais
aspectos da propositura.
§ 3º Os interessados, convidados ou convocados, mediante
a inscrição prévia até os primeiros 30 (trinta) minutos da

Noções de Legislação Municipal 64


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

CAPÍTULO VI § 3º A Mesa Diretora, ao fim da Legislatura, determinará a


DAS DISPOSIÇÕES GERAIS consolidação das modificações que tenham sido feitas no
Regimento Interno.
Art. 249. O Prefeito ou o Vice-Prefeito poderão
comparecer, sem direito a voto, às Reuniões da Câmara Art. 257. Não serão fornecidas aos Vereadores e servidores
Municipal. cópias ou fotocópias de quaisquer documentos estranhos aos
serviços ou processos da Câmara Municipal, salvo
Art. 250. O Prefeito ou o Vice-Prefeito a requerimento de determinação em contrário da Mesa, exarada em
qualquer Vereador, aprovado por maioria absoluta da Câmara requerimento escrito.
Municipal, poderão ser convidados a prestar esclarecimento
ao Poder Legislativo Municipal. Art. 258. Os prazos previstos neste Regimento Interno são
Parágrafo único. Aprovado o Requerimento de convite do contínuos, não se computando o dia do começo e incluindo-se
Prefeito ou do Vice-Prefeito, os Vereadores, até 72 (setenta e o do vencimento, somente se suspendendo por motivo de
duas) horas anteriores à data do comparecimento, poderão Recesso Legislativo.
encaminhar à Mesa Diretora os quesitos sobre os quais § 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia
pretendem esclarecimentos, sem prejuízo de perguntas útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que não
complementares e atinentes que julgarem necessárias. houver expediente administrativo.
§ 2º Se o prazo for estabelecido em horas, contar-se-á de
Art. 251. Os Auxiliares Diretos do Prefeito, definidos no art. minuto a minuto. Se houver início ou vencimento do prazo em
52 da Lei Orgânica Municipal, poderão ser convidados ou feriado ou em dia em que não houver expediente
convocados a prestarem esclarecimentos à Câmara Municipal administrativo, o prazo só terá início ou término à zero hora
ou a qualquer de suas Comissões, o que será feito através de do dia útil seguinte, considerando o dia por inteiro.
Requerimento aprovado pela maioria dos Vereadores
presentes. Art. 259. Nenhuma deliberação do Plenário, seja a que
título for e independentemente do quórum alcançado, poderá
Art. 252. O Auxiliar Direto do Prefeito de que trata o art. dispor de forma contrária a este Regimento Interno, salvo
251 deste Regimento Interno, a seu pedido, poderá alteração por Projeto de Resolução.
comparecer à Câmara Municipal ou a qualquer de suas Art. 260. À data de vigência deste Regimento Interno,
Comissões para expor assunto e discutir Projeto de Lei ou ficarão prejudicados quaisquer Projetos de Resolução em
Resolução, relacionado com o seu serviço administrativo. matéria regimental.
§ 1º Para receber esclarecimentos e informações do
Auxiliar Direto do Prefeito, a Câmara Municipal poderá Art. 261. Os casos omissos neste Regimento Interno serão
designar dia e hora ou interromper os seus trabalhos com resolvidos soberanamente pelo Plenário, observando-se os
aquiescência do Plenário. usos e praxes referentes ao Legislativo Municipal.
§ 2º Enquanto na Câmara Municipal, o Auxiliar Direto do
Prefeito fica sujeito às normas regimentais que regulam as Palácio Barbosa Lima, 11 de dezembro de 2012.
discussões.
Questões
Art. 253. Aprovado o Requerimento de convocação ou
convite do Auxiliar Direto do Prefeito, os Vereadores, até 72 01. Sobre o Regimento Interno da Câmara Municipal de
(setenta e duas) horas anteriores à data do comparecimento, Juiz de Fora, o Poder Legislativo local é exercido pela Câmara
poderão encaminhar à Mesa Diretora os quesitos sobre os Municipal, que tem função legislativa, fiscalizadora,
quais pretendem esclarecimentos, sem prejuízo de perguntas deliberativa, julgadora, político- parlamentar, administrativa e
complementares e atinentes que julgarem necessárias. de assessoramento.
Parágrafo único. Aprovado o Requerimento de convite ou (....) Certo (....) Errado
de convocação dos Auxiliares Diretos do Prefeito, observar-se-
á o parágrafo único do art. 250 deste Regimento Interno. 02. Analise a Resolução 1270/2012 e defina o item abaixo
como certo ou errado:
Art. 254. A correspondência da Câmara Municipal, dirigida Para ausentar-se do Município por mais de 05 (cinco) dias,
aos Poderes da União, do Estado, ao Prefeito Municipal e o Presidente deverá, necessariamente, licenciar-se, na forma
demais autoridades, é assinada pelo Presidente da Câmara regimental.
Municipal e efetivada por meio de ofícios. (....) Certo (....) Errado

Art. 255. As ordens do Presidente, relativamente ao 03. Em concordância com o Regimento Interno da Câmara
funcionamento dos serviços da Câmara Municipal serão Municipal de Juiz de Fora, o Relator, designado pelo Presidente
expedidas através de Portarias, Atos, Comunicados Internos da Comissão, tem 5 (cinco) dias úteis para emitir seu voto,
ou Ordens de Serviço. cabendo a este substituí-lo, se exceder o prazo fixado.
(....) Certo (....) Errado
Art. 256. O Regimento Interno só poderá ser revisado, em
sua totalidade, por Projeto de Resolução, se aprovado por 04. Sobre Resolução 1270/2012, proposição definida
maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal. poderá incluir matéria estranha ao seu objeto.
§ 1º O Presidente da Câmara Municipal designará uma (....) Certo (....) Errado
comissão especial de 7 (sete) membros para o estudo,
relatório e elaboração da Revisão do Regimento Interno. 05. De acordo com o Regimento Interno da Câmara
§ 2º O Projeto ficará na Divisão de Documentação durante Municipal de Juiz de Fora,
5 (cinco) dias úteis, após sua apresentação, para receber O Presidente das Comissões competentes para emitir
emendas e findo o prazo, será encaminhado à Comissão parecer poderá designar relator, o qual terá o prazo de 2 (dois)
Especial designada para seu parecer conclusivo. dias úteis improrrogáveis para manifestar-se, cabendo a
requisição do processo, pelo Presidente da Comissão
respectiva, em caso de inobservância do referido prazo.

Noções de Legislação Municipal 65


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(....) Certo (....) Errado

Respostas

01. Resposta: Certo.


02. Resposta: Errado.
03. Resposta: Errado.
04. Resposta: Errado.
05. Resposta: Certo.

Anotações

Noções de Legislação Municipal 66


Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
MATEMÁTICA

Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

- Vários números formam uma coleção de números


naturais consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro, o
terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro
e assim sucessivamente.
Exemplos:
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
b) 7, 8 e 9 são consecutivos.
1. Conjunto dos números O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
naturais: a numeração números naturais pares. P = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
decimal; operações e O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
números naturais ímpares. I = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}
resoluções de problemas.
Operações com Números Naturais
CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS - N As duas principais operações possíveis no conjunto dos
números naturais são: a adição e a multiplicação.
O conjunto dos números naturais é representado pela letra
maiúscula N e estes números são construídos com os - Adição de Números Naturais
algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos A primeira operação fundamental da Aritmética tem por
como algarismos indo-arábicos. Embora o zero não seja um finalidade reunir em um só número, todas as unidades de dois
número natural no sentido que tenha sido proveniente de ou mais números.
objetos de contagens naturais, iremos considerá-lo como um Exemplo:
número natural uma vez que ele tem as mesmas propriedades 5 + 4 = 9, onde 5 e 4 são as parcelas e 9 soma ou total
algébricas que estes números.
Na sequência consideraremos que os naturais têm início -Subtração de Números Naturais
com o número zero e escreveremos este conjunto como: N = { É usada quando precisamos tirar uma quantia de outra, é a
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} operação inversa da adição. A operação de subtração só é
válida nos naturais quando subtraímos o maior número do
As reticências (três pontos) indicam que este conjunto não menor, ou seja quando a-b tal que a≥ 𝑏.
tem fim. N é um conjunto com infinitos números. Exemplo:
254 – 193 = 61, onde 254 é o Minuendo, o 193
Subtraendo e 061 a diferença.

Obs.: o minuendo também é conhecido como aditivo e o


Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o
subtraendo como subtrativo.
conjunto será representado por:
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...}
- Multiplicação de Números Naturais
É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro
Subconjuntos notáveis em N:
número denominado multiplicando ou parcela, tantas vezes
1 – Números Naturais não nulos
quantas são as unidades do segundo número denominadas
N* ={1,2,3,4,...,n,...}; N* = N-{0}
multiplicador.
Exemplo:
2 – Números Naturais pares
2 x 5 = 10, onde 2 e 5 são os fatores e o 10 produto.
Np = {0,2,4,6,...,2n,...}; com n ∈ N
- 2 vezes 5 é somar o número 2 cinco vezes: 2 x 5 = 2 + 2 +
3 - Números Naturais ímpares
2 + 2 + 2 = 10. Podemos no lugar do “x” (vezes) utilizar o ponto
Ni = {1,3,5,7,...,2n+1,...} com n ∈ N
“. “, para indicar a multiplicação).
4 - Números primos
- Divisão de Números Naturais
P={2,3,5,7,11,13...}
Dados dois números naturais, às vezes necessitamos saber
quantas vezes o segundo está contido no primeiro. O primeiro
A construção dos Números Naturais
número que é o maior é denominado dividendo e o outro
- Todo número natural dado tem um sucessor (número que
número que é menor é o divisor. O resultado da divisão é
vem depois do número dado), considerando também o zero.
chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor pelo
quociente obteremos o dividendo.
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
antecessor (número que vem antes do número dado).
Exemplo:

Relações essenciais numa divisão de números


naturais:
- Se um número natural é sucessor de outro, então os dois - Em uma divisão exata de números naturais, o divisor
números juntos são chamados números consecutivos. deve ser menor do que o dividendo.
Exemplos: 35 : 7 = 5
a) 1 e 2 são números consecutivos. - Em uma divisão exata de números naturais, o
b) 7 e 8 são números consecutivos. dividendo é o produto do divisor pelo quociente.
35 = 5 x 7
Matemática 1
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

- A divisão de um número natural n por zero não é Débito: 27 + 33 + 42 + 25 = 127


possível pois, se admitíssemos que o quociente fosse q, então 120 – 127 = - 7
poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0 x q Ele tem um débito de R$ 7,00.
= 0 o que não é correto! Assim, a divisão de n por 0 não tem
sentido ou ainda é dita impossível. 02. Resposta: B.
2000 – 200 = 1800 – 35 = 1765
Propriedades da Adição e da Multiplicação dos O salário líquido de José é R$ 1.765,00.
números Naturais
Para todo a, b e c ∈ 𝑁 03. Resposta: E.
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c) D= dividendo
2) Comutativa da adição: a + b = b + a d= divisor
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a Q = quociente = 10
4) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c) R= resto = 0 (divisão exata)
5) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a Equacionando:
6) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a D = d.Q + R
7) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: D = d.10 + 0 → D = 10d
a.(b +c ) = ab + ac Pela nova divisão temos:
8) Distributiva da multiplicação relativamente à 𝑑 𝑑
5𝐷 = . 𝑄 → 5. (10𝑑) = . 𝑄 , isolando Q temos:
2 2
subtração: a .(b –c) = ab –ac
9) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de um 50𝑑 2
número natural por outro número natural, continua como 𝑄= → 𝑄 = 50𝑑. → 𝑄 = 50.2 → 𝑄 = 100
𝑑 𝑑
resultado um número natural.
2
Questões Referências
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e
01. A partir de 1º de março, uma cantina escolar adotou Funções
um sistema de recebimento por cartão eletrônico. Esse cartão
funciona como uma conta corrente: coloca-se crédito e vão
sendo debitados os gastos. É possível o saldo negativo. Enzo
toma lanche diariamente na cantina e sua mãe credita valores 2. Múltiplos e divisores de
no cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o seu um número natural:
consumo e os pagamentos na seguinte tabela: divisibilidade; máximo divisor
comum; mínimo múltiplo
comum.

MÚLTIPLOS E DIVISORES

Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30.


Podemos dizer então que:
“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5)
No final do mês, Enzo observou que tinha que multiplicado por 6 dá como resultado 30.”
(A) crédito de R$ 7,00. Um número natural a é divisível por um número natural b,
(B) débito de R$ 7,00. não-nulo, se existir um número natural c, tal que c . b = a.
(C) crédito de R$ 5,00.
(D) débito de R$ 5,00. Conjunto dos múltiplos de um número natural: É
(E) empatado suas despesas e seus créditos. obtido multiplicando-se esse número pela sucessão dos
números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...
02. José, funcionário público, recebe salário bruto de R$ Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo,
2.000,00. Em sua folha de pagamento vem o desconto de R$ multiplicamos por 7 cada um dos números da sucessão dos
200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato. Qual o salário líquido naturais:
de José? 7x0=0
(A) R$ 1800,00 7x1=7
(B) R$ 1765,00 7 x 2 = 14
(C) R$ 1675,00 7 x 3 = 21
(D) R$ 1665,00 ⋮

03. O quociente entre dois números naturais é 10. O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o
Multiplicando-se o dividendo por cinco e reduzindo-se o conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7, 14, 21, ...}.
divisor à metade, o quociente da nova divisão será:
(A) 2 Observações:
(B) 5 - Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
(C) 25 - Todo número natural é múltiplo de 1.
(D) 50 - Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos
(E) 100 múltiplos.
Respostas - O zero é múltiplo de qualquer número natural.
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números
01. Resposta: B. pares, e a fórmula geral desses números é 2k (k N). Os demais
Crédito: 40 + 30 + 35 + 15 = 120

Matemática 2
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10
números é 2k + 1 (k N). quando seu algarismo da unidade termina em zero.
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z. Exemplo:
563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
Critérios de divisibilidade
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11
número é ou não divisível por outro, sem efetuarmos a divisão. quando a diferença entre a soma dos algarismos de posição
ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um
Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando número divisível por 11 ou quando essas somas forem iguais.
termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando ele é par. Exemplo:
Exemplo: - 43813:
9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par. 1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos
algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 = 15.)
Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando 4 3 8 1 3
a soma dos valores absolutos de seus algarismos é divisível por 2º 4º  Algarismos de posição par.(Soma dos
3. algarismos de posição par:3 + 1 = 4)
Exemplo:
65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é 15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é
divisível por 3. divisível por 11.

Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12
seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.
por 4. Exemplo:
Exemplos: ) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 ( 7 + 8 + 3
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00. + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é
divisível por 4. Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15
quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.
Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando Exemplo:
termina em 0 ou 5. a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 ( 6 + 5 +
Exemplos: 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0.
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5. Fatoração numérica
Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores
Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando primos. Para decompormos um número natural em fatores
é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo. primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo,
Exemplos: após pegamos o quociente e dividimos o pelo seu menor
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4 divisor, e assim sucessivamente até obtermos o quociente 1. O
+ 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18). produto de todos os fatores primos representa o número
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8 fatorado.
+ 0 + 5 + 3 + 0 = 16). Exemplo:

Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando


o último algarismo do número, multiplicado por 2, subtraído
do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo
de 7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a
quantidade de algarismos a serem analisados quanto à
divisibilidade por 7. Divisores de um número natural
Exemplo: 41909 é divisível por 7 conforme podemos Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma
conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 = 413 fatorada:
→ 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7. 12 = 22 . 31
O número de divisores naturais é igual ao produto dos
Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
seus três últimos algarismos forem 000 ou formarem um Logo o número de divisores de 12 são:
número divisível por 8. 22 . 3⏟1 → (2 + 1) .(1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais

Exemplos: (2+1) (1+1)
a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos
algarismos são 000. Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos cada fator da decomposição e seu respectivo expoente natural
algarismos formam o número 24, que é divisível por 8. que varia de zero até o expoente com o qual o fator se
apresenta na decomposição do número natural.
Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando Exemplo:
a soma dos valores absolutos de seus algarismos formam um 12 = 22 . 31 → 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
número divisível por 9. 20 . 30=1
Exemplos: 20 . 31=3
a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 = 21 . 30=2
27 é divisível por 9. 21 . 31=2.3=6
b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 = 22 . 31=4.3=12
14 não é divisível por 9. 22 . 30=4
O conjunto de divisores de 12 são: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}

Matemática 3
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28 D+ (18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}.

Observação - o número 24 e os seus divisores naturais:


Para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, D+ (24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}.
basta multiplicarmos o resultado por 2 (dois divisores, um
negativo e o outro positivo). Podemos descrever, agora, os divisores comuns a 18 e 24:
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros. D+ (18) ∩ D+ (24) = {1, 2, 3, 6}.

Questões Observando os divisores comuns, podemos identificar o


maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja: MDC (18,
01. O número de divisores positivos do número 40 é: 24) = 6.
(A) 8
(B) 6 Outra técnica para o cálculo do MDC:
(C) 4 Decomposição em fatores primos
(D) 2 Para obtermos o MDC de dois ou mais números por esse
(E) 20 processo, procedemos da seguinte maneira:

02. O máximo divisor comum entre dois números naturais - Decompomos cada número dado em fatores primos.
é 4 e o produto dos mesmos 96. O número de divisores - O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada um
positivos do mínimo múltiplo comum desses números é: deles elevado ao seu menor expoente.
(A) 2 Exemplo:
(B) 4
(C) 6
(D) 8
(E) 10

03. Considere um número divisível por 6, composto por 3


algarismos distintos e pertencentes ao conjunto
MMC
A={3,4,5,6,7}.A quantidade de números que podem ser
formados sob tais condições é:
O mínimo múltiplo comum(MMC) de dois ou mais
(A) 6
números é o menor número positivo que é múltiplo comum de
(B) 7
todos os números dados. Consideremos:
(C) 9
- O número 6 e os seus múltiplos positivos:
(D) 8
M*+ (6) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...}
(E) 10
Respostas
- O número 8 e os seus múltiplos positivos:
M*+ (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, ...}
01. Resposta: A.
Vamos decompor o número 40 em fatores primos.
Podemos descrever, agora, os múltiplos positivos comuns:
40 = 23 . 51 ; pela regra temos que devemos adicionar 1 a
cada expoente: M*+ (6) M*+ (8) = {24, 48, 72, ...}
3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2 ; então pegamos os resultados e
multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores de 40. Observando os múltiplos comuns, podemos identificar o
mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja: MMC (6,
02. Resposta: D. 8) = 24
Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é:
MDC (A, B). MMC (A, B) = A.B, temos que MDC (A, B) = 4 e Outra técnica para o cálculo do MMC:
o produto entre eles 96, logo:
4 . MMC (A, B) = 96 → MMC (A, B) = 96/4 → MMC (A, B) = Decomposição isolada em fatores primos
24, fatorando o número 24 temos: Para obter o MMC de dois ou mais números por esse
24 = 23 .3 , para determinarmos o número de divisores, processo, procedemos da seguinte maneira:
pela regra, somamos 1 a cada expoente e multiplicamos o - Decompomos cada número dado em fatores primos.
resultado: - O MMC é o produto dos fatores comuns e não-comuns,
(3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8 cada um deles elevado ao seu maior expoente.
Exemplo:
03. Resposta: D.
Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao
mesmo tempo, e por isso deverá ser par também, e a soma dos
seus algarismos deve ser um múltiplo de 3.
Logo os finais devem ser 4 e 6:
354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8
números.
O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo:
MDC
MDC(A, B).MMC(A,B)= A.B
O máximo divisor comum(MDC) de dois ou mais números
é o maior número que é divisor comum de todos os números Questões
dados. Consideremos:
01. Um professor quer guardar 60 provas amarelas, 72
- o número 18 e os seus divisores naturais: provas verdes e 48 provas roxas, entre vários envelopes, de

Matemática 4
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

modo que cada envelope receba a mesma quantidade e o


menor número possível de cada prova. Qual a quantidade de
envelopes, que o professor precisará, para guardar as provas?
(A) 4;
(B) 6;
(C) 12;
(D) 15. Mmc(18,24)=72
Portanto, será 7,2 minutos
02. O policiamento em uma praça da cidade é realizado por 1 minuto---60s
um grupo de policiais, divididos da seguinte maneira: 0,2--------x
x = 12 segundos
Grupo Intervalo de passagem Portanto se encontrarão depois de 7 minutos e 12
segundos
Policiais a pé 40 em 40 minutos

Policiais de moto 60 em 60 minutos 3. Números fracionários:


operações com números
Policiais em viaturas 80 em 80 minutos fracionários; resoluções de
problemas. 4. Frações e
Toda vez que o grupo completo se encontra, troca números decimais: Operações
informações sobre as ocorrências. O tempo mínimo em com números decimais.
minutos, entre dois encontros desse grupo completo será:
(A) 160
(B) 200 NÚMEROS FRACIONÁRIOS
(C) 240
(D) 150 Quando um todo ou uma unidade é dividido em partes
(E) 180 iguais, uma dessas partes ou a reunião de várias formam o que
chamamos de uma fração do todo. Para se representar uma
03. Na linha 1 de um sistema de Metrô, os trens partem 2,4 fração são, portanto, necessários dois números inteiros:
em 2,4 minutos. Na linha 2 desse mesmo sistema, os trens a) O primeiro, para indicar em quantas partes iguais foi
partem de 1,8 em 1,8 minutos. Se dois trens partem, dividida a unidade (ou todo) e que dá nome a cada parte e, por
simultaneamente das linhas 1 e 2 às 13 horas, o próximo essa razão, chama-se denominador da fração;
horário desse dia em que partirão dois trens simultaneamente b) O segundo, que indica o número de partes que foram
dessas duas linhas será às 13 horas, reunidas ou tomadas da unidade e, por isso, chama-se
(A) 10 minutos e 48 segundos. numerador da fração. O numerador e o denominador
(B) 7 minutos e 12 segundos. constituem o que chamamos de termos da fração.
(C) 6 minutos e 30 segundos. Observe a figura abaixo:
(D) 7 minutos e 20 segundos.
(E) 6 minutos e 48 segundos.

Respostas

01. Resposta: D.
Fazendo o mdc entre os números teremos:
60 = 2².3.5
72 = 2³.3³
48 = 24.3
Mdc(60,72,48) = 2².3 = 12
60/12 = 5
72/12 = 6
48/12 = 4 A primeira nota dó é 14/14 ou 1 inteiro, pois representa a
Somando a quantidade de envelopes por provas teremos: fração cheia; a ré é 12/14 e assim sucessivamente.
5 + 6 + 4 = 15 envelopes ao todo.
Nomenclaturas das Frações
02. Resposta: C.
Devemos achar o mmc (40,60,80) Numerador → Indica
quantas partes
tomamos do total
que foi dividida a
unidade.

Denominador →
Indica quantas partes
𝑚𝑚𝑐(40,60,80) = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 5 = 240
iguais foi dividida a
03. Resposta: B. unidade.
Como os trens passam de 2,4 e 1,8 minutos, vamos achar o
mmc(18,24) e dividir por 10, assim acharemos os minutos

Matemática 5
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

No figura acima lê-se: três oitavos. -Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o
denominador são primos entre si.
-Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, Exemplo: 5/11 ; 17/29; 5/3
quartos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e décimos.
-Frações com denominadores potências de 10: Comparação e simplificação de frações
décimos, centésimos, milésimos, décimos de milésimos,
centésimos de milésimos etc. Comparação:
- Denominadores diferentes dos citados - Quando duas frações tem o mesmo denominador, a
anteriormente: Enuncia-se o numerador e, em seguida, o maior será aquela que possuir o maior numerador.
denominador seguido da palavra “avos”. Exemplo: 5/7 >3/7

Exemplos: - Quando os denominadores são diferentes, devemos


8 reduzi-lo ao mesmo denominador.
𝑙ê − 𝑠𝑒 ∶ 𝑜𝑖𝑡𝑜 𝑣𝑖𝑛𝑡𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑐𝑜 𝑎𝑣𝑜𝑠;
25 Exemplo: 7/6 e 3/7
1º - Fazer o mmc dos denominadores → mmc(6,7) = 42
2 7.7 3.6 49 18
𝑙ê − 𝑠𝑒 ∶ 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡é𝑠𝑖𝑚𝑜𝑠; 𝑒 → 𝑒
100 42 42 42 42
2º - Compararmos as frações:
Tipos de Frações 49/42 > 18/42.

- Frações Próprias: Numerador é menor que o Simplificação: É dividir os termos por um mesmo número
denominador. até obtermos termos menores que os iniciais. Com isso
1 5 3
Exemplos: ; ; ; … formamos frações equivalentes a primeira.
6 8 4
Exemplo:
4: 4 1
- Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao =
denominador. 8: 4 2
6 8 4
Exemplos: ; ; ; … Operações com frações
5 5 3

- Frações aparentes: Numerador é múltiplo do - Adição e Subtração


denominador. As mesmas pertencem também ao grupo das Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador
frações impróprias. e soma-se ou subtrai-se os numeradores.
6 8 4
Exemplos: ; ; ; …
1 4 2

- Frações particulares: Para formamos uma fração de


uma grandeza, dividimos esta pelo denominador e
multiplicamos pelo numerador.
Exemplos:
1 – Se o numerador é igual a zero, a fração é igual a zero:
0/7 = 0; 0/5=0
Com denominadores diferentes: Reduz-se ao mesmo
2- Se o denominador é 1, a fração é igual ao denominador:
denominador através do mmc entre os denominadores.
25/1 = 25; 325/1 = 325
O processo é valido tanto para adição quanto para
subtração.
- Quando o denominador é zero, a fração não tem sentido,
pois a divisão por zero é impossível.
- Quando o numerador e denominador são iguais, o
resultado da divisão é sempre 1.

- Números mistos: Números compostos de uma parte


inteira e outra fracionária. Podemos transformar uma fração
imprópria na forma mista e vice e versa.
Exemplos:

25 4
𝑨) =3 ⇒
7 7

4 25
𝑩) 3 = ⇒ Multiplicação e Divisão
7 7

- Multiplicação: É produto dos numerados dados e dos


denominadores dados.
- Frações equivalentes: Duas ou mais frações que Exemplo:
apresentam a mesma parte da unidade.
Exemplo:
4: 4 1 4: 2 2 2: 2 1
= ; 𝑜𝑢 = ; 𝑜𝑢 =
8: 4 2 8: 2 4 4: 2 2

4 2 1 Podemos ainda simplificar a fração resultante:


As frações , e são equivalentes.
8 4 2

Matemática 6
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

288: 2 144 - Colocamos os números um abaixo do outro, deixando


=
10: 2 5 vírgula embaixo de vírgula.
- Somamos ou subtraímos os números decimais como se
- Divisão: O quociente de uma fração é igual a primeira eles fossem números naturais.
fração multiplicados pelo inverso da segunda fração. - Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vírgula
Exemplo: dos números dados.

Exemplos:

Simplificando a fração resultante:


168: 8 21
=
24: 8 3
- Multiplicação
Na prática, a multiplicação de números decimais é obtida
NÚMEROS DECIMAIS
de acordo com as seguintes regras:
- Multiplicamos os números decimais como se eles fossem
O sistema de numeração decimal apresenta ordem
números naturais.
posicional: unidades, dezenas, centenas, etc.
- No resultado, colocamos tantas casas decimais quantas
Leitura e escrita dos números decimais forem as do primeiro fator somadas às dos outros fatores.

Exemplos: Exemplos:
1) 652,2 x 2,03
Disposição prática:

Lê-se: Quinhentos e setenta e nove mil, trezentos e


sessenta e oito inteiros e quatrocentos e treze milésimos. 2) 3,49 x 2,5
0,9 → nove décimos. Disposição prática:
5,6 → cinco inteiros e seis décimos.
472,1256 → quatrocentos e setenta e dois inteiros e mil,
duzentos, cinquenta e seis décimos-milésimos.

Transformação de frações ordinárias em decimais e


vice-versa

A quantidade de zeros corresponde ao números de casas


decimais após a vírgula e vice-versa (transformar para - Divisão
Na prática, a divisão entre números decimais é obtida de
fração).
acordo com as seguintes regras:
- Igualamos o número de casas decimais do dividendo e do
divisor.
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a divisão como se os
números fossem naturais.

Exemplos:
1) 24 : 0,5
Disposição prática:

Nesse caso, o resto da divisão é igual a zero. Assim sendo,


a divisão é chamada de divisão exata e o quociente é exato.

2) 31,775 : 15,5
Disposição prática:
Operações com números decimais

- Adição e Subtração
Na prática, a adição e a subtração de números decimais são
obtidas de acordo com a seguinte regra:
- Igualamos o número de casas decimais, acrescentando
zeros.

Matemática 7
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Acrescentamos ao divisor a quantidade de zeros para que 𝟐 𝟐


* Dona Amélia: .𝟏 =
𝟑 𝟑
ele fique igual ao dividendo, e assim sucessivamente até
chegarmos ao resto zero. 𝟑 𝟐
* 1º filho: . =𝟏
𝟐 𝟑
3) 0,14 : 28
𝟑 𝟑
Disposição prática: * 2º filho: .𝟏 =
𝟐 𝟐

𝟑 𝟑 𝟗
* 3º filho: . =
𝟐 𝟐 𝟒
4) 2 : 16 𝟑 𝟗 𝟐𝟕
Disposição prática: * 4º filho: . =
𝟐 𝟒 𝟖

𝟐 𝟑 𝟗 𝟐𝟕
+𝟏+ + +
𝟑 𝟐 𝟒 𝟖

𝟏𝟔 + 𝟐𝟒 + 𝟑𝟔 + 𝟓𝟒 + 𝟖𝟏 𝟐𝟏𝟏 𝟐𝟒 𝟏𝟗 𝟏𝟗
= =𝟖. + =𝟖+
𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒
Questões
Ou seja, eles comeram 8 tortas, mais 19/24 de uma torta.
01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica –
Por fim, a fração de uma torta que sobrou foi:
Matemática – GR Consultoria e Assessoria/2016) João
gastou R$ 23,00, equivalente a terça parte de 3/5 de sua 𝟐𝟒 𝟏𝟗 𝟓
mesada. Desse modo, a metade do valor da mesada de João é − =
𝟐𝟒 𝟐𝟒 𝟐𝟒
igual a:
(A) R$ 57,50; Referência
CABRAL, Luiz Claudio; NUNES, Mauro César – Matemática básica explicada
(B) R$ 115,00; passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
(C) R$ 172,50;
(D) R$ 68,50;

02. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista 5. Sistema Métrico Decimal:


Administrativo – Administração – AOCP) Uma revista Perímetro de figuras planas.
1
perdeu dos seus 200.000 leitores.
5
Áreas de figuras planas
Quantos leitores essa revista perdeu? (triângulos, quadriláteros,
(A) 40.000.
(B) 50.000.
círculos e polígonos
(C) 75.000. regulares)
(D) 95.000.
(E) 100.000.
SISTEMA MÉTRICO DECIMAL E NÃO DECIMAL
03. (METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC)
Dona Amélia e seus quatro filhos foram a uma doceria comer Sistema de Medidas Decimais
tortas. Dona Amélia comeu 2 / 3 de uma torta. O 1º filho comeu Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de
3 / 2 do que sua mãe havia comido. O 2º filho comeu 3 / 2 do medida que mantém algumas relações entre si. O sistema
que o 1º filho havia comido. O 3º filho comeu 3 / 2 do que o 2º métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo
filho havia comido e o 4º filho comeu 3 / 2 do que o 3º filho todo. Na tabela seguinte, listamos as unidades de medida de
havia comido. Eles compraram a menor quantidade de tortas comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o
inteiras necessárias para atender a todos. Assim, é possível metro, porque dele derivam as demais.
calcular corretamente que a fração de uma torta que sobrou
foi
(A) 5 / 6.
(B) 5 / 9.
(C) 7 / 8.
(D) 2 / 3.
(E) 5 / 24.
Respostas Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm
uma função. Servem para que o sistema tenha um padrão: cada
01. Resposta: A. unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte.
Vamos chamar de x a mesada. Por isso, o sistema é chamado decimal.
Como ele gastou a terça parte 1/3 de 3/5 da mesada que
equivale a 23,00. Podemos escrever da seguinte maneira: E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na
1 3 𝑥 prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome popular
. 𝑥 = = 23 → 𝑥 = 23.5 → 𝑥 = 115 de litro.
3 5 5
As unidades de área do sistema métrico correspondem às
Logo a metade de 115 = 115/2 = 57,50 unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro
02. Resposta: A. quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o
1
. 200000 = 40000 quilômetro quadrado, o metro quadrado e o hectômetro
5
quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o
03. Resposta: E. nome de hectare (há): 1 hm2 = 1 há.
Vamos chamar a quantidade de tortas de (x). Assim: No caso das unidades de área, o padrão muda: uma
unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como

Matemática 8
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

nos comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema Temos que:


continua decimal, porque 100 = 102. 1 kg = 1l = 1 dm3
Existem outras unidades de medida mas que não 1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
pertencem ao sistema métrico decimal. Vejamos as relações 1 m3 = 1000 l
entre algumas essas unidades e as do sistema métrico
decimal (valores aproximados): Questões
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros 3
01. O suco existente em uma jarra preenchia da sua
4
1 légua = 5 555 metros
capacidade total. Após o consumo de 495 mL, a quantidade de
1 pé = 30 centímetros 1
suco restante na jarra passou a preencher da sua capacidade
5
total. Em seguida, foi adicionada certa quantidade de suco na
jarra, que ficou completamente cheia. Nessas condições, é
correto afirmar que a quantidade de suco adicionada foi igual,
em mililitros, a
(A) 580.
(B) 720.
(C) 900.
A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento (D) 660.
acrescidas de quadrado. (E) 840.
Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a
lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc. 02. Em uma casa há um filtro de barro que contém, no
Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o início da manhã, 4 litros de água. Desse filtro foram retirados
centímetro cúbico(cm3). 800 mL para o preparo da comida e meio litro para consumo
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade próprio. No início da tarde, foram colocados 700 mL de água
vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, dentro desse filtro e, até o final do dia, mais 1,2 litros foram
o sistema continua sendo decimal. utilizados para consumo próprio. Em relação à quantidade de
água que havia no filtro no início da manhã, pode-se concluir
que a água que restou dentro dele, no final do dia, corresponde
a uma porcentagem de
(A) 60%.
(B) 55%.
(C) 50%.
(D) 45%.
(E) 40%.
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o
volume da água que enche um tanque é de 7.000 litros, 03. Admita que cada pessoa use, semanalmente, 4 bolsas
dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade plásticas para embrulhar suas compras, e que cada bolsa é
fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a composta de 3 g de plástico. Em um país com 200 milhões de
1 dm3. pessoas, quanto plástico será utilizado pela população em um
Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte. ano, para embrulhar suas compras? Dado: admita que o ano é
formado por 52 semanas. Indique o valor mais próximo do
obtido.
(A) 108 toneladas
(B) 107 toneladas
(C) 106 toneladas
(D) 105 toneladas
(E) 104 toneladas
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de Respostas
medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g).
01. Resposta: B.
Unidades de Massa e suas Transformações Vamos chamar de x a capacidade total da jarra. Assim:
3 1
. 𝑥 − 495 = . 𝑥
4 5

3 1
.𝑥 − . 𝑥 = 495
4 5
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama
e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). 5.3.𝑥 − 4.𝑥=20.495
Medidas Especiais: 20
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg 15x – 4x = 9900
1 Quilate = 0,2 g 11x = 9900
x = 9900 / 11
Relações entre unidades: x = 900 mL (capacidade total)
Como havia 1/5 do total (1/5 . 900 = 180 mL), a quantidade
adicionada foi de 900 – 180 = 720 mL

02. Resposta: B.
4 litros = 4000 ml; 1,2 litros = 1200 ml; meio litro = 500
ml
4000 – 800 – 500 + 700 – 1200 = 2200 ml (final do dia)

Matemática 9
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Utilizaremos uma regra de três simples:


ml %
4000 ------- 100
2200 ------- x
4000.x = 2200 . 100 x = 220000 / 4000 = 55%

03. Resposta: D. Então teremos novos valores para fazermos nossa


4 . 3 . 200000000 . 52 = 1,248 . 1011 g = 1,248 . 105 t subtração, 20 + 60 = 80:

MEDIDAS DE TEMPO

Não Decimais
Logo o valor encontrado é de 50 min.
Medidas de Tempo (Hora) e suas Transformações
Questões

01. Joana levou 3 horas e 53 minutos para resolver uma


prova de concurso, já Ana levou 2 horas e 25 minutos para
resolver a mesma prova. Comparando o tempo das duas
candidatas, qual foi a diferença encontrada?
Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede (A) 67 minutos.
intervalos de tempo, é o mais conhecido. A unidade utilizada (B) 75 minutos.
como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo. (C) 88 minutos.
(D) 91 minutos.
1h → 60 minutos → 3 600 segundos (E) 94 minutos.

Para passar de uma unidade para a menor seguinte, 02. A tabela a seguir mostra o tempo, aproximado, que um
multiplica-se por 60. professor leva para elaborar cada questão de matemática.
Questão (dificuldade) Tempo (minutos)
Exemplo:
0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos, quantos Fácil 8
minutos indica 0,3 horas?
Média 10

Efetuando temos: 0,3 . 60 = 1. x → x = 18 minutos. Difícil 15


Concluímos que 0,3horas = 18 minutos.
Muito difícil 20
- Adição e Subtração de Medida de tempo
Ao adicionarmos ou subtrairmos medidas de tempo,
precisamos estar atentos as unidades. Vejamos os exemplos: O gráfico a seguir mostra o número de questões de
matemática que ele elaborou.
A) 1 h 50 min + 30 min

Observe que ao somar 50 + 30, obtemos 80 minutos, como


sabemos que 1 hora tem 60 minutos, temos, então
acrescentamos a hora +1, e subtraímos 80 – 60 = 20 minutos,
é o que resta nos minutos:

O tempo, aproximado, gasto na elaboração dessas questões


foi
(A) 4h e 48min.
(B) 5h e 12min.
(C) 5h e 28min.
(D) 5h e 42min.
(E) 6h e 08min.
Logo o valor encontrado é de 2 h 20 min.
03. Para obter um bom acabamento, um pintor precisa dar
B) 2 h 20 min – 1 h 30 min
duas demãos de tinta em cada parede que pinta. Sr. Luís utiliza
uma tinta de secagem rápida, que permite que a segunda
demão seja aplicada 50 minutos após a primeira. Ao terminar
a aplicação da primeira demão nas paredes de uma sala, Sr.
Observe que não podemos subtrair 20 min de 30 min, Luís pensou: “a segunda demão poderá ser aplicada a partir
então devemos passar uma hora (+1) dos 2 para a coluna das 15h 40min.”
minutos.
Se a aplicação da primeira demão demorou 2 horas e 15
minutos, que horas eram quando Sr. Luís iniciou o serviço?

Matemática 10
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(A) 12h 25 min


(B) 12h 35 min
(C) 12h 45 min
(D) 13h 15 min
(E) 13h 25 min
Respostas
Exemplo:
01. Resposta: C. Um carro se desloca de Florianópolis – SC a Curitiba – PR.
Sabendo que a distância entre as duas cidades é de 300 km e
que o percurso iniciou as 7 horas e terminou ao meio dia,
calcule a velocidade média do carro durante a viagem, em m/s.
A velocidade média é dada por:
Como 1h tem 60 minutos.
∆𝑆 ∆𝑆𝑓 − ∆𝑆𝑖
Então a diferença entre as duas é de 60+28=88 minutos. 𝑉𝑚 = =
∆𝑡 ∆𝑡𝑓 − ∆𝑡𝑖
02. Resposta: D.
T = 8 . 4 + 10 . 6 + 15 . 10 + 20 . 5 = Ou seja, a variação da distância ΔS (final menos inicial)
= 32 + 60 + 150 + 100 = 342 min dividido por Δt, variação do tempo (final menos inicial).
Fazendo: 342 / 60 = 5 h, com 42 min (resto) Montando de acordo com as informações do enunciado
temos:
03. Resposta: B. ΔS = 300 Km
15 h 40 – 2 h 15 – 50 min = 12 h 35min Δt = 12 – 7 = 5 horas de percurso.
Então:
Medidas de Ângulos e suas Transformações 300
𝑉𝑚 = = 60𝑘𝑚/ℎ
5

Transformando para m/s teremos apenas que dividir por


3,6:
60 : 3,6 = 16,67 m/s

6. Conjunto dos números


inteiros relativos: Operações e
Para medir ângulos, também temos um sistema não resoluções de problemas.
decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia,
na cartografia e na navegação são necessárias medidas
inferiores a 1º. Temos, então:
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS – Z
1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)
1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”) Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião
do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...}, o
Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este
mesmos do sistema de tempo – hora, minuto e segundo. Há conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen = número em
uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que os alemão).
indicam são diferentes:

1h 32min 24s é um intervalo de tempo ou um instante


do dia.
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto –


segundo são similares a cálculos no sistema grau – minuto –
segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas N ᑕ Z – O conjunto dos números Naturais está contido no
distintas. Conjunto do números Interios.

UNIDADES DE MEDIDA – VELOCIDADE O conjunto dos números inteiros possui alguns


subconjuntos notáveis:
A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o
deslocamento de um corpo em determinado tempo. Pode - O conjunto dos números inteiros não nulos:
ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...};
se desloca. Z* = Z – {0}
Segundo o S.I (Sistema Internacional de medidas) as
unidades mais utilizadas para se medir a velocidade é Km/h - O conjunto dos números inteiros não negativos:
(Quilômetro por hora) e o m/s (metro por segundo). Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N
Quando ouvimos que carro se desloca a uma velocidade de
20 km/h, isto significa que ele percorre 20 km em 1 hora. - O conjunto dos números inteiros positivos:
Muitas questões pedem para que passemos de km/h para Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}
m/s, para efetuarmos essa transformação, basta utilizarmos o
que segue na figura abaixo: - O conjunto dos números inteiros não positivos:

Matemática 11
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0} (+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
- O conjunto dos números inteiros negativos: (–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3
Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1}
Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do segundo.
distância ou afastamento desse número até o zero, na reta
numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. Fique Atento: todos parênteses, colchetes, chaves,
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0 números, ..., entre outros, precedidos de sinal negativo, tem o
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7 seu sinal invertido, ou seja, é dado o seu oposto.
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é Multiplicação de Números Inteiros
sempre positivo. A multiplicação funciona como uma forma simplificada de
uma adição quando os números são repetidos. Poderíamos
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhando
opostos um do outro quando apresentam soma zero; assim, os repetidamente alguma quantidade, como por exemplo, ganhar
pontos que os representam distam igualmente da origem. 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar 30 objetos
Exemplo: O oposto do número 3 é -3, e o oposto de -3 é 3, e está repetição pode ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ...
pois 3 + (-3) = (-3) + 3 = 0 + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é – a, e Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2
vice-versa; particularmente o oposto de zero é o próprio zero. + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2)
+ (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Observamos que a multiplicação é um caso particular da
adição onde os valores são repetidos.
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser
indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre
as letras.

Divisão de Números Inteiros


Adição de Números Inteiros - Divisão exata de números inteiros.
Para melhor entendimento desta operação, associaremos Veja o cálculo:
aos números inteiros positivos a ideia de ganhar e aos (– 20): (+ 5) = q  (+ 5) . q = (– 20)  q = (– 4)
números inteiros negativos a ideia de perder. Logo: (– 20): (+ 5) = - 4
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7) Considerando os exemplos dados, concluímos que, para
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3) efetuar a divisão exata de um número inteiro por outro
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do
mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser dividendo pelo módulo do divisor.
dispensado. Exemplo: (+7): (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não
podem ser realizadas em Z, pois o resultado não é um número
Subtração de Números Inteiros inteiro.
A subtração é empregada quando: - No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade; associativa e não tem a propriedade da existência do elemento
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma neutro.
delas tem a mais que a outra; - Não existe divisão por zero.
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a - Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de
uma delas para atingir a outra. zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por
zero é igual a zero.
A subtração é a operação inversa da adição. Exemplo: 0: (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0
Observe que em uma subtração o sinal do resultado é
sempre do maior número!!! Regra de Sinais da Multiplicação e Divisão:
4+5=9 → Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre
4 – 5 = -1 positivo.
→ Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre
Considere as seguintes situações: negativo.
1 - Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou
de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da temperatura? Potenciação de Números Inteiros
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – A potência an do número inteiro a, é definida como um
(+3) = +3 produto de n fatores iguais. O número a é denominado a base
e o número n é o expoente.an = a x a x a x a x ... x a , a é
2 - Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o multiplicado por a n vezes
dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de 3 graus.
Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) =
+3

Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6)


– (+3) é o mesmo que (+6) + (–3). Exemplos:
Temos: 33 = (3) x (3) x (3) = 27

Matemática 12
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125 (1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
(-7)² = (-7) x (-7) = 49 inteiro negativo.
(+9)² = (+9) x (+9) = 81 (2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de
qualquer número inteiro.
- Toda potência de base positiva é um número inteiro
positivo. Propriedades da Adição e da Multiplicação dos
Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9 números Inteiros
Para todo a, b e c ∈ 𝑍
- Toda potência de base negativa e expoente par é um 1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
número inteiro positivo. 2) Comutativa da adição: a + b = b +a
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64 3) Elemento neutro da adição : a + 0 = a
4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um 5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
número inteiro negativo. 6) Comutativa da multiplicação : a.b = b.a
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125 7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição:
Propriedades da Potenciação: a.(b +c ) = ab + ac
9) Distributiva da multiplicação relativamente à
1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva- subtração: a .(b –c) = ab –ac
se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (– 10) Elemento inverso da multiplicação: Para todo inteiro z
7)9 diferente de zero, existe um inverso
z –1 = 1/z em Z, tal que, z x z–1 = z x (1/z) = 1
2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva- 11) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de
se a base e subtraem-se os expoentes. (-13)8 : (-13)6 = (-13)8 – um número natural por outro número natural, continua como
6 = (-13)2 resultado um número natural.

3) Potência de Potência: Conserva-se a base e Questões


multiplicam-se os expoentes. [(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-8)10
01. Para zelar pelos jovens internados e orientá-los a
4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-8)1 = respeito do uso adequado dos materiais em geral e dos
-8 e (+70)1 = +70 recursos utilizados em atividades educativas, bem como da
preservação predial, realizou-se uma dinâmica elencando
5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: “atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no entendimento
É igual a 1. dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um classificasse
Exemplo: (+3)0 = 1 e (–53)0 = 1 suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4)
pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa. Se
Radiciação de Números Inteiros um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é a anotadas, o total de pontos atribuídos foi
operação que resulta em outro número inteiro não negativo b (A) 50.
que elevado à potência n fornece o número a. O número n é o (B) 45.
índice da raiz enquanto que o número a é o radicando (que fica (C) 42.
sob o sinal do radical). (D) 36.
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a é a (E) 32.
operação que resulta em outro número inteiro não negativo
que elevado ao quadrado coincide com o número a. 02. Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
Atenção: Não existe a raiz quadrada de um número Verificou o preço de alguns produtos:
inteiro negativo no conjunto dos números inteiros. TV: R$ 562,00
DVD: R$ 399,00
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais Micro-ondas: R$ 429,00
didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimento Geladeira: R$ 1.213,00
de: Na aquisição dos produtos, conforme as condições
mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco
9 = ± 3, mas isto está errado. O certo é: 9 = +3 recebido será de:
(A) R$ 84,00
Observamos que não existe um número inteiro não (B) R$ 74,00
negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um (C) R$ 36,00
número negativo. (D) R$ 26,00
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a (E) R$ 16,00
operação que resulta em outro número inteiro que elevado ao
cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos 03. Multiplicando-se o maior número inteiro menor do que
cálculos somente aos números não negativos. 8 pelo menor número inteiro maior do que - 8, o resultado
Exemplos: encontrado será
3 (A) - 72
(a) 8 = 2, pois 2³ = 8. (B) - 63
(C) - 56
(b)
3
8 = –2, pois (–2)³ = -8. (D) - 49
(E) – 42
Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o
produto de números inteiros, concluímos que:

Matemática 13
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Respostas Nessa divisão podem ocorrer dois casos:


1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um
01. Resposta: A. número finito de algarismos. Decimais Exatos:
50-20=30 atitudes negativas 2
20.4=80 = 0,4
30.(-1)=-30 5
80-30=50 1
= 0,25
4
02. Resposta: D.
Geladeira + Micro-ondas + DVD = 1213 + 429 + 399 = 2041
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
Geladeira + Micro-ondas + TV = 1213 + 429 + 562 = 2204,
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se
extrapola o orçamento
periodicamente Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
Geladeira + TV + DVD = 1213 + 562 + 399 = 2174, é a maior
quantidade gasta possível dentro do orçamento. 1
= 0,333...
Troco:2200 – 2174 = 26 reais 3
1
03. Resposta: D. = 0,04545...
Maior inteiro menor que 8 é o 7 22
Menor inteiro maior que - 8 é o - 7.
Portanto: 7(- 7) = - 49 Existem frações muito simples que são representadas por
formas decimais infinitas, com uma característica especial:
Referências existe um período.
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e
Funções

7. Conjunto dos números


racionais: Resolução de Aproveitando o exemplo acima temos 0,333... = 3. 1/101
equações do 1º grau. + 3 . 1/102 + 3 . 1/103 + 3 . 1/104 ...
Resolução de problemas.
Representação Fracionária dos Números Decimais
Trata-se do problema inverso: estando o número racional
escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo na forma de
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q fração. Temos dois casos:
1º) Transformamos o número em uma fração cujo
m numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador
Um número racional é o que pode ser escrito na forma é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas
n forem as casas decimais do número decimal dado:
, onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser
diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar 9
0,9 =
a divisão de m por n. 10
Como podemos observar, números racionais podem ser 5 1
obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão 0,005 = =
pela qual, o conjunto de todos os números racionais é 1000 200
denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na literatura a
notação: 2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para
m tanto, vamos apresentar o procedimento através de alguns
Q={ : m e n em Z, n diferente de zero} exemplos:
n Exemplos:

1) Seja a dízima 0, 333....


Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo
3) → então vamos colocar um 9 no denominador e repetir no
numerador o período.

No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:


- Q* = conjunto dos racionais não nulos;
- Q+ = conjunto dos racionais não negativos; 3
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração .
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos; 9
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos; 2) Seja a dízima 5, 1717....
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos. O período que se repete é o 17, logo dois noves no
denominador (99). Observe também que o 5 é a parte inteira,
Representação Decimal das Frações logo ele vem na frente:
p
Tomemos um número racional , tal que p não seja 17
5 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜
q 99
512
múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efetuar → (5.99 + 17) = 512, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
a divisão do numerador pelo denominador. 99

Matemática 14
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

512 Representação geométrica dos Números Racionais


Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração .
99
Neste caso para transformarmos uma dízima
periódica simples em fração basta utilizarmos o dígito 9
no denominador para cada quantos dígitos tiver o período Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem
da dízima. infinitos números racionais.

3) Seja a dízima 1, 23434... Soma (Adição) de Números Racionais


O número 234 é a junção do ante período com o período. Como todo número racional é uma fração ou pode ser
Neste caso temos um dízima periódica é composta, pois existe escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre os
uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso a c
temos um ante período (2) e o período (34). Ao subtrairmos números racionais e , da mesma forma que a soma de
deste número o ante período(234-2), obtemos 232, o b d
numerador. O denominador é formado por tantos dígitos 9 – frações, através de:
que correspondem ao período, neste caso 99(dois noves) – e a c ad  bc
+ =
pelo dígito 0 – que correspondem a tantos dígitos tiverem o b d bd
ante período, neste caso 0(um zero).
Subtração de Números Racionais
A subtração de dois números racionais p e q é a própria
operação de adição do número p com o oposto de q, isto é: p –
q = p + (–q)
a c ad  bc
- =
b d bd
232
1 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 − 𝑎
990 Multiplicação (Produto) de Números Racionais
1222 Como todo número racional é uma fração ou pode ser
→ (1.990 + 232) = 1222, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
990 escrito na forma de uma fração, definimos o produto de dois
a c
611 números racionais e , da mesma forma que o produto
Simplificando por 2, obtemos x = , a fração geratriz b d
495 de frações, através de:
da dízima 1, 23434... a c ac
x =
Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que b d bd
representa esse número ao ponto de abscissa zero. O produto dos números racionais a/b e c/d também pode
ser indicado por a/b × c/d, a/b.c/d . Para realizar a
multiplicação de números racionais, devemos obedecer à
mesma regra de sinais que vale em toda a Matemática:

Propriedades da Adição e Multiplicação de Números


Racionais
1) Fechamento: O conjunto Q é fechado para a operação de
adição e multiplicação, isto é, a soma e a multiplicação de dois
Exemplos: números racionais ainda é um número racional.
3 3 2) Associativa da adição: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c
3 3
1) Módulo de – é . Indica-se  = )=(a+b)+c
2 2 2 2 3) Comutativa da adição: Para todos a, b em Q: a + b = b + a
4) Elemento neutro da adição: Existe 0 em Q, que
adicionado a todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q +
3 3 3 3
. Indica-se 
0=q
2) Módulo de + é =
2 2 2 2 5) Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, tal
que q + (–q) = 0
6) Associativa da multiplicação: Para todos a, b, c em Q: a ×
3 3 (b×c)=(a×b)×c
Números Opostos: Dizemos que – e são números
2 2 7) Comutativa da multiplicação: Para todos a, b em Q: a × b
racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto do =b×a
8) Elemento neutro da multiplicação: Existe 1 em Q, que
3 3 multiplicado por todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é:
outro. As distâncias dos pontos – e ao ponto zero da
2 2 q×1=q
reta são iguais. a
9) Elemento inverso da multiplicação: Para todo q =
Inverso de um Número Racional b
em Q, q diferente de zero, existe :
𝒏 b a b
𝒂 −𝒏 𝒃 q-1 = em Q: q × q-1 = 1 x =1
( ) ,𝒂 ≠ 𝟎 = ( ) ,𝒃 ≠ 𝟎
𝒃 𝒂 a b a
10) Distributiva da multiplicação: Para todos a, b, c em Q: a
×(b+c)=(a×b)+(a×c)

Matemática 15
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Divisão (Quociente) de Números Racionais 3 3 3 3 3


5 2 . . . . 5 2 3
A divisão de dois números racionais p e q é a própria 3 3 3 3
  :   2 2 2 2 2     
operação de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto 2 2 3 3 2 2
.
é: p ÷ q = p × q-1 2 2
𝒂 𝒄 𝒂 𝒅
: = .
𝒃 𝒅 𝒃 𝒄 8) Potência de Potência. Para reduzir uma potência de
potência a uma potência de um só expoente, conservamos a
Potenciação de Números Racionais base e multiplicamos os expoentes.
A potência qn do número racional q é um produto de n 3
fatores iguais. O número q é denominado a base e o número n  1  2   1  2  1  2  1  2  1  2 2 2  1  3 2  1  6
      .  .        
é o expoente.
 2    2   2   2   2  2 2
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)
3
 1  2  1
3.2
1
6
Exemplos: ou         
2
3
2 2 2 8  2   2 2
a)   =  . . =
5  5   5   5  125 Radiciação de Números Racionais
Se um número representa um produto de dois ou mais
 1
3
 1  1  1 fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do número.
b)    =   .   .   =  1 Exemplos:
 2  2  2  2 8
1 1 1 1 1
2

1) Representa o produto . ou   .Logo,


Propriedades da Potenciação: 9 3 3 3 3
1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1. 1
0 é a raiz quadrada de .
 2 9
  =1
 5 1 1
Indica-se =
2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base. 9 3
1
 9 9 2) 0,216 Representa o produto 0,6. 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo,
  = 
 4 4 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se
3
0,216 = 0,6.
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o
3) Toda potência com expoente negativo de um número
número zero ou um número racional positivo. Logo, os
racional diferente de zero é igual a outra potência que tem a
números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q.
base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao
oposto do expoente anterior. 100
O número 
não tem raiz quadrada em Q, pois tanto
2 2 9
 3  5 25
  =   = 10 10 100
 5  3 9  como  , quando elevados ao quadrado, dão
3 3 9
.
4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no
da base.
conjunto dos números racionais se ele for um quadrado
2
3
2 2 2 8 perfeito.
  =  . .  =
2
3 3 3 3 27 O número não tem raiz quadrada em Q, pois não existe
3
5) Toda potência com expoente par é um número positivo. 2
número racional que elevado ao quadrado dê .
 1
2
 1  1 1 3
  =   .   = Questões
 5  5   5  25
01. Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua
6) Produto de potências de mesma base. Para reduzir um portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática
produto de potências de mesma base a uma só potência, como favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo
conservamos a base e somamos os expoentes. assim, qual fração representa os alunos que têm ciências como
2 3 disciplina favorita?
2 2
  .  = (A) 1/4
5 5 (B) 3/10
23 5 (C) 2/9
 2 2 2 2 2  2 2 (D) 4/5
 . . . .       (E) 3/2
 5 5 5 5 5  5 5
02. Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em cada
7) Quociente de potências de mesma base. Para reduzir um uma delas. Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um
quociente de potências de mesma base a uma só potência, desconto de 10 centavos. Quantos reais ela recebeu de troco?
conservamos a base e subtraímos os expoentes. (A) R$ 40,00
(B) R$ 42,00

Matemática 16
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(C) R$ 44,00 2º membro composto pelo termo x e -4


(D) R$ 46,00
(E) R$ 48,00 Resolução da equação do 1º grau
O método que usamos para resolver a equação de 1º grau
03. De um total de 180 candidatos, 2/5 estudam inglês, 2/9 é isolando a incógnita, isto é, deixar a incógnita sozinha em um
estudam francês, 1/3estuda espanhol e o restante estuda dos lados da igualdade. O método mais utilizado para isso é
alemão. O número de candidatos que estuda alemão é: invertermos as operações. Vejamos
(A) 6. Resolvendo a equação 2x + 600 = x + 750, passamos os
(B) 7. termos que tem x para um lado e os números para o outro
(C) 8. invertendo as operações.
(D) 9. 2x – x = 750 – 600, com isso eu posso resolver minha
(E) 10. equação → x = 150

Respostas Outros exemplo:


01. Resposta: B. Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.
Somando português e matemática:
1 9 5 + 9 14 7 Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se
+ = = =
4 20 20 20 10 que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a subtração). Se 3x é
O que resta gosta de ciências: igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos
7 3 a multiplicação por 3).
1− =
10 10 Registro:
3x – 2 = 16
02. Resposta: B. 3x = 16 + 2
8,3 ∙ 7 = 58,1 3x = 18
Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pagou 58 18
x=
reais 3
Troco:100 – 58 = 42 reais x=6

03. Resposta: C. Há também um processo prático, bastante usado, que se


2 2 1 baseia nessas ideias e na percepção de um padrão visual.
+ +
5 9 3 - Se a + b = c, conclui-se que a = c – b.
Mmc(3,5,9)=45
Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no
18+10+15 43
= lado esquerdo; na segunda, a parcela b aparece subtraindo no
45 45
O restante estuda alemão: 2/45 lado direito da igualdade.
- Se a . b = c, conclui-se que a = c : b, desde que b ≠ 0.
2
180 ∙ =8
45 Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando
no lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividindo no lado
Referências
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único direito da igualdade.
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 1 – Conjuntos e
Funções Questões
http://mat.ufrgs.br

01. O gráfico mostra o número de gols marcados, por jogo,


EQUAÇÃO DO 1º GRAU OU LINEAR
de um determinado time de futebol, durante um torneio.
Equação é toda sentença matemática aberta que exprime
uma relação de igualdade e uma incógnita ou variável (x, y,
z,...).
Exemplos:
2x + 8 = 0
5x – 4 = 6x + 8

- Não são equações:


4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
x – 5 < 3 (Não é igualdade)
Sabendo que esse time marcou, durante esse torneio, um
5 ≠ 7 (não é sentença aberta, nem igualdade)
total de 28 gols, então, o número de jogos em que foram
marcados 2 gols é:
Termo Geral da equação do 1º grau
(A) 3.
Onde a e b (a≠0) são números conhecidos e a diferença de
(B) 4.
0, se resolve de maneira simples: subtraindo b dos dois lados
(C) 5.
obtemos:
(D) 6.
(E) 7.
ax + b – b = 0 – b → ax = -b → x = -b / a
02. Certa quantia em dinheiro foi dividida igualmente
Termos da equação do 1º grau
entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do dinheiro
que ganhou e 1/3(um terço) do restante de cada uma foi
3x + 2 = x - 4
colocado em um recipiente totalizando R$900,00(novecentos
Nesta equação cada membro possui dois termos:
reais), qual foi a quantia dividida inicialmente?
1º membro composto por 3x e 2

Matemática 17
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(A) R$900,00 𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
(B) R$1.800,00 𝑏
(C) R$2.700,00 Onde:
(D) R$5.400,00

03. Um grupo formado por 16 motoristas organizou um


churrasco para suas famílias. Na semana do evento, seis deles
desistiram de participar. Para manter o churrasco, cada um Exemplo:
dos motoristas restantes pagou R$ 57,00 a mais. Em um vestibular para o curso de marketing, participaram
O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi: 3600 candidatos para 150 vagas. A razão entre o número de
(A) R$ 570,00 vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de
(B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1
(D) R$ 1.480,00 = =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24
(E) R$ 1.520,00
Respostas Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.

01. Resposta: E. - Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza,


0.2 + 1.8 + 2.x + 3.2 = 28 essas devem ser expressas na mesma unidade.
0 + 8 + 2x + 6 = 28 → 2x = 28 – 14 → x = 14 / 2
x=7 - Razões Especiais
Escala → Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias
02. Resposta: D. muito grandes de forma reduzida, então utilizamos a escala,
Quantidade a ser recebida por cada um: x que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas
Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e deu na mesma unidade).
R$900,00, quer dizer que cada uma colocou R$300,00. 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎
𝑥 𝐸=
𝑥 3 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙
= + 300
3 2
Velocidade média → É a razão entre a distância percorrida
𝑥 𝑥 e o tempo total de percurso. As unidades utilizadas são km/h,
= + 300 m/s, entre outras.
3 6
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎
𝑥 𝑥 𝑉=
− = 300 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
3 6
Densidade → É a razão entre a massa de um corpo e o seu
2𝑥 − 𝑥
= 300 volume. As unidades utilizadas são g/cm³, kg/m³, entre outras.
6 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝐷=
𝑥 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
= 300
6
x = 1800 PROPORÇÃO
Recebida: 1800.3=5400
É uma igualdade entre duas razões.
03. Resposta: E.
𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim: Dada as razões e , à setença de igualdade = chama-
𝑏 𝑑 𝑏 𝑑
16 . x = Total se proporção.
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram) Onde:
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570 → 16.x – 10.x = 570
6.x = 570 → x = 570 / 6 → x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.

- Propriedades da Proporção
8. Razão e proporção. 1 - Propriedade Fundamental
Propriedades das proporções.
O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto
Divisão proporcional. Média é, a . d = b . c
aritmética simples e
ponderada. Regra de três Exemplo:
45 9
simples. Regra de três Na proporção = ,(lê-se: “45 esta para 30 , assim como
30 6
composta. 9 esta para 6.), aplicando a propriedade fundamental , temos:
45.6 = 30.9 = 270

RAZÃO 2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro


(ou para o segundo termo), assim como a soma dos dois
É o quociente entre dois números (quantidades, medidas, últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
grandezas).
𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑
Sendo a e b dois números a sua razão, chama-se razão de a = → = 𝑜𝑢 =
para b: 𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

Matemática 18
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o Respostas


primeiro (ou para o segundo termo), assim como a diferença
entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto 01. Resposta: D.
termo). Pelo enunciado temos que:
𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 A=3
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑 B=C–3
C
4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos D = 18
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu Como eles são proporcionais podemos dizer que:
consequente. 𝐴 𝐶 3 𝐶
= → = → 𝐶 2 − 3𝐶 = 3.18 → 𝐶 2 − 3𝐶 − 54 = 0
𝐵 𝐷 𝐶 − 3 18
𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑 Vamos resolver a equação do 2º grau:

5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos −𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐


consequentes, assim como cada antecedente está para o seu 𝑥=
2𝑎
consequente.

𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐 −(−3) ± √(−3)2 − 4.1. (−54) 3 ± √225


= → = 𝑜𝑢 = → →
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑 2.1 2

- Problema envolvendo razão e proporção 3 ± 15



Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram 2
aprovadas 1800. A razão do número de candidatos aprovados
para o total de candidatos participantes do concurso é: 3 + 15 18 3 − 15 −12
𝑥1 = = = 9 ∴ 𝑥2 = = = −6
A) 2/3 2 2 2 2
B) 3/5
C) 5/10 Como não existe idade negativa, então vamos considerar
D) 2/7 somente o 9. Logo C = 9
E) 6/7 B=C–3=9–3=6
Somando teremos: 3 + 6 + 9 + 18 = 36
Resolução:
02. Resposta: E.
X = total de livros
Matemática = ¾ x , restou ¼ de x
Resposta “B” Física = 1/3.1/4 = 1/12
Química = 36 livros
Questões
Logo o número de livros é: 3/4x + 1/12x + 36 = x
01. André, Bruno, Carlos e Diego são irmãos e suas idades Fazendo o mmc dos denominadores (4,12) = 12
formam, na ordem apresentada, uma proporção. Considere Logo:
que André tem 3 anos, Diego tem 18 anos e Bruno é 3 anos 9𝑥 + 1𝑥 + 432 = 12𝑥
mais novo que Carlos. Assim, a soma das idades, destes quatro → 10𝑥 + 432 = 12𝑥
12
irmãos, é igual a
(A) 30 432
(B) 32; → 12𝑥 − 10𝑥 = 432 → 2𝑥 = 432 → 𝑥 = →𝑥
2
(C) 34;
(D) 36. = 216

02. Alfredo irá doar seus livros para três bibliotecas da Como a Biblioteca de Física ficou com 1/12x, logo teremos:
universidade na qual estudou. Para a biblioteca de 1 216
matemática, ele doará três quartos dos livros, para a biblioteca . 216 = = 18
12 12
de física, um terço dos livros restantes, e para a biblioteca de
química, 36 livros. O número de livros doados para a biblioteca 03. Resposta: B.
de física será Primeiro:2k
(A) 16.
(B) 22. Segundo:5k
(C) 20. 2k + 5k = 14 → 7k = 14 → k = 2
(D) 24. Primeiro: 2.2 = 4
(E)18. Segundo5.2=10

03. Foram construídos dois reservatórios de água. A razão Diferença: 10 – 4 = 6 m³


entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2 1m³------1000L
para 5, e a soma desses volumes é 14m³. Assim, o valor 6--------x
absoluto da diferença entre as capacidades desses dois x = 6000 l
reservatórios, em litros, é igual a
(A) 8000. Referências
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
(B) 6000. Estatística Descritiva
(C) 4000. IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
(D) 6500. http://educacao.globo.com
(E) 9000.

Matemática 19
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

DIVISÃO PROPORCIONAL Logo: A = 20.2 = 40; B = 20.4 = 80 e C = 20.6 =120

Uma forma de divisão no qual determinam-se 2) Determinar números A, B e C diretamente


valores(a,b,c,..) que, divididos por quocientes(x,y,z..) proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 480
previamente determinados, mantêm-se uma razão que não A solução segue das propriedades das proporções:
tem variação.
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 480
= = = = = −𝟔𝟎
Divisão Diretamente Proporcional 2 4 6 2.2 + 3.4 − 4.6 −8

- Divisão em duas partes diretamente proporcionais Logo: A = - 60.2 = -120 ; B = - 60.4 = - 240 e C = - 60.6 = -
Para decompor um número M em duas partes A e B 360.
diretamente proporcionais a p e q, montamos um sistema com Também existem proporções com números negativos.
duas equações e duas incógnitas, de modo que a soma das
partes seja A + B = M, mas Divisão Inversamente Proporcional
𝐴 𝐵
=
𝑝 𝑞 - Divisão em duas partes inversamente proporcionais
A solução segue das propriedades das proporções: Para decompor um número M em duas partes A e B
inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a
= = = =𝑲 1/p e 1/q, que são, respectivamente, os inversos de p e q.
𝑝 𝑞 𝑝+𝑞 𝑝+𝑞
Assim basta montar o sistema com duas equações e duas
incógnitas tal que A + B = M. Desse modo:
O valor de K é que proporciona a solução pois: A
= K.p e B = K.q 𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
= = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞
Exemplos:
1) Para decompor o número 200 em duas partes A e B O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p
diretamente proporcionais a 2 e 3, montaremos o sistema de e B = K/q.
modo que A + B = 200, cuja solução segue de:

𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 200 Exemplos:
= = = = 𝟒𝟎 1) Para decompor o número 120 em duas partes A e B
2 3 5 5
inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se montar o sistema
Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 40.2 = 80 e tal que A + B = 120, de modo que:
B=40.3 = 120
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 120 120.6
= = = = = 144
2) Determinar números A e B diretamente proporcionais a 1/2 1/3 1/2 + 1/3 5/6 5
8 e 3, sabendo-se que a diferença entre eles é 40. Para resolver
este problema basta tomar A – B = 40 e escrever: Assim A = K/p → A = 144/2 = 72 e B = K/q → B = 144/3 =
48
𝐴 𝐵 𝐴 − 𝐵 40
= = = =𝟖
8 3 5 5 2 - Determinar números A e B inversamente proporcionais
a 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre eles é 10. Para
Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 8.8 = 64 e B = resolver este problema, tomamos A – B = 10. Assim:
8.3 = 24
𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 10
- Divisão em várias partes diretamente proporcionais = = = = 240
1/6 1/8 1/6 − 1/8 1/24
Para decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn
diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um Assim A = K/p → A = 240/6 = 40 e B = K/q → B = 240/8 =
sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2 30
+ ... + xn= M e p1 + p2 + ... + pn = P.
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯= - Divisão em várias partes inversamente
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 proporcionais
A solução segue das propriedades das proporções: Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn
inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 𝑀 este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente
= =⋯= = = =𝑲
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 + 𝑝2 + ⋯ 𝑝𝑛 𝑃 proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas,
Observa-se que partimos do mesmo princípio da divisão assume que x1 + x2 + ... + xn= M e além disso
em duas partes proporcionais.
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
Exemplos: 1/𝑝1 1/𝑝2 1/𝑝𝑛
1) Para decompor o número 240 em três partes A, B e C
diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um Cuja solução segue das propriedades das proporções:
sistema com 3 equações e 3 incógnitas tal que A + B + C = 240
e 2 + 4 + 6 = P. Assim: 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛
= =⋯= =
1 1 1 1 1 1
+ +⋯
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 240 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛
= = = = = 𝟐𝟎
2 4 6 𝑃 12

Matemática 20
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

𝑀 proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor este número M


= =𝑲
1 1 1 em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1/q1,
+ + ⋯+
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 p2/q2, ..., pn/qn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas
Exemplos: exige que x1 + x2 + ... + xn = M e além disso
1-Para decompor o número 220 em três partes A, B e C
inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que A + B + C 𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑝𝑛 /𝑞𝑛
= 220. Desse modo:
A solução segue das propriedades das proporções:
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 220
= = = = = 240 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥𝑛 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛
1/2 1/4 1/6 1/2 + 1/4 + 1/6 11/12 = =⋯= 𝑝 =𝑝
𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑛 1 𝑝 𝑝 =𝑲
+ 2 +⋯+ 𝑛
𝑞𝑛 𝑞1 𝑞2 𝑞𝑛
A solução é A = K/p1 → A = 240/2 = 120, B = K/p2 → B =
240/4 = 60 e C = K/p3 → C = 240/6 = 40
Exemplos:
1) Para decompor o número 115 em três partes A, B e C
2-Para obter números A, B e C inversamente proporcionais
diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente
a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 10, devemos montar as
proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com 3
proporções:
equações e 3 incógnitas de forma de A + B + C = 115 e tal que:
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 120
= = = = = 𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 115
1/2 1/4 1/6 2/2 + 3/4 − 4/6 13/12 13 = = = = = 100
1/4 2/5 3/6 1/4 + 2/5 + 3/6 23/20
logo A = 60/13, B = 30/13 e C = 20/13
Logo A = K.p1/q1 = (1/4)100 = 25, B = K.p2/q2 = (2/5)100 =
Existem proporções com números fracionários!
40 e C = K.p3/q3 = (3/6)100 = 50
Divisão em partes direta e inversamente
2) Determinar números A, B e C diretamente
proporcionais
proporcionais a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais a 2, 4
e 5, de modo que 2A + 3B - 4C = 10.
- Divisão em duas partes direta e inversamente
A montagem do problema fica na forma:
proporcionais
Para decompor um número M em duas partes A e B 𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 100
diretamente proporcionais a, c e d e inversamente = = = = =
proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em 1/2 10/4 2/5 2/2 + 30/4 − 8/5 69/10 69
duas partes A e B diretamente proporcionais a c/q e d/q, basta
montar um sistema com duas equações e duas incógnitas de A solução é A = K.p1/q1 = 50/69, B = K.p2/q2 = 250/69 e C
forma que A + B = M e além disso: = K.p3/q3 = 40/69

𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞 Problemas envolvendo Divisão Proporcional


= = = = =𝑲 1) As famílias de duas irmãs, Alda e Berta, vivem na mesma
𝑐/𝑝 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐. 𝑞 + 𝑝. 𝑑
casa e a divisão de despesas mensais é proporcional ao
número de pessoas de cada família. Na família de Alda são três
O valor de K proporciona a solução pois: A = pessoas e na de Berta, cinco. Se a despesa, num certo mês foi
K.c/p e B = K.d/q. de R$ 1.280,00, quanto pagou, em reais, a família de Alda?
A) 320,00
B) 410,00
Exemplos: C) 450,00
1) Para decompor o número 58 em duas partes A e B D) 480,00
diretamente proporcionais a 2 e 3, e, inversamente E) 520,00
proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as proporções:
Resolução:
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 58 Alda: A = 3 pessoas
= = = = 70
2/5 3/7 2/5 + 3/7 29/35 Berta: B = 5 pessoas
A + B = 1280
Assim A = K.c/p = (2/5).70 = 28 e B = K.d/q = (3/7).70 = 30 𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 1280
+ = = = 160
3 5 3+5 8
2) Para obter números A e B diretamente proporcionais a A = K.p = 160.3 = 480
4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a Resposta D
diferença entre eles é 21. Para resolver este problema basta
escrever que A – B = 21 resolver as proporções: 2) Dois ajudantes foram incumbidos de auxiliar no
transporte de 21 caixas que continham equipamentos
𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 21 elétricos. Para executar essa tarefa, eles dividiram o total de
= = = = 72 caixas entre si, na razão inversa de suas respectivas idades. Se
4/6 3/8 4/6 − 3/8 7/24
ao mais jovem, que tinha 24 anos, coube transportar 12 caixas,
Assim A = K.c/p = (4/6).72 = 48 e B = K.d/q = (3/8).72 = 27 então, a idade do ajudante mais velho, em anos era?
A) 32
Divisão em n partes direta e inversamente B) 34
proporcionais C) 35
Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn D) 36
diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente E) 38

Matemática 21
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Resolução: anos dedicados para a empresa, desse último funcionário


v = idade do mais velho citado, é igual a
Temos que a quantidade de caixas carregadas pelo mais (A) 5.
novo: (B) 7.
Qn = 12 (C) 2.
Pela regra geral da divisão temos: (D) 3.
Qn = k.1/24 → 12 = k/24 → k = 288 (E) 4.
A quantidade de caixas carregadas pelo mais velho é: 21 –
12 = 9 03. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo
Pela regra geral da divisão temos: – FCC) Uma prefeitura destinou a quantia de 54 milhões de
Qv = k.1/v → 9 = 288/v → v = 32 anos reais para a construção de três escolas de educação infantil. A
Resposta A área a ser construída em cada escola é, respectivamente, 1.500
m², 1.200 m² e 900 m² e a quantia destinada à cada escola é
3) Em uma seção há duas funcionárias, uma com 20 anos diretamente proporcional a área a ser construída.
de idade e a outra com 30. Um total de 150 processos foi Sendo assim, a quantia destinada à construção da escola
dividido entre elas, em quantidades inversamente com 1.500 m² é, em reais, igual a
proporcionais às suas respectivas idades. Qual o número de (A) 22,5 milhões.
processos recebido pela mais jovem? (B) 13,5 milhões.
A) 90 (C) 15 milhões.
B) 80 (D) 27 milhões.
C) 60 (E) 21,75 milhões.
D) 50
E) 30 Respostas

Estamos trabalhando aqui com divisão em duas partes 01. Resposta: C.


inversamente proporcionais, para a resolução da mesma 5x + 8x + 12x = 750.000
temos que: 25x = 750.000
x = 30.000
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞 O mais velho receberá: 1230000=360000
= = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞
02. Resposta: D.
O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = 2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
K/q. 15x = 30000
x = 2000
Vamos chamar as funcionárias de p e q respectivamente: Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se
p = 20 anos (funcionária de menor idade) dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000
q = 30 anos
Como será dividido os processos entre as duas, logo cada 03. Resposta: A.
uma ficará com A e B partes que totalizam 150: 1500x + 1200x + 900x = 54000000
A + B = 150 processos 3600x = 54000000
x = 15000
𝐴 𝐵 150 150 Escola de 1500 m²: 1500.15000 = 22500000 = 22,5
= = = milhões.
1 1 1 1 1 1
+ +
𝑝 𝑞 20 30 20 30
MEDIA ARITMÉTICA
150.20.30 90000
= = = 𝟏𝟖𝟎𝟎 Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e
20 + 30 50
efetue uma certa operação com todos os elementos de A.
A = k/p → A = 1800 / 20 → A = 90 processos. Se for possível substituir cada um dos elementos do
conjunto A por um número x de modo que o resultado da
Questões operação citada seja o mesmo diz – se, por definição, que x será
a média dos elementos de A relativa a essa operação.
01. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática –
IMA) Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser repartida entre MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES
três herdeiros, em partes proporcionais a suas idades que são A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à
de 5, 8 e 12 anos. O mais velho receberá o valor de: adição é chamada média aritmética.
(A) R$ 420.000,00
(B) R$ 250.000,00 - Cálculo da média aritmética
(C) R$ 360.000,00 Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto
(D) R$ 400.000,00 numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição:
(E) R$ 350.000,00

02. (TRF 3ª – Técnico Judiciário – FCC) Quatro


funcionários dividirão, em partes diretamente proporcionais A média aritmética(x) dos n elementos do conjunto
aos anos dedicados para a empresa, um bônus de R$36.000,00. numérico A é a soma de todos os seus elementos, dividida
Sabe-se que dentre esses quatro funcionários um deles já pelo número de elementos n.
possui 2 anos trabalhados, outro possui 7 anos trabalhados,
outro possui 6 anos trabalhados e o outro terá direito, nessa Exemplos:
divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa maneira, o número de 1) Calcular a média aritmética entre os números 3, 4, 6, 9,
e 13.
Matemática 22
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto (3,


4, 6, 9, 13), então x será a soma dos 5 elementos, dividida por
5. Assim:

3 + 4 + 6 + 9 + 13 35
𝑥= ↔𝑥= ↔𝑥=7
5 5

A média aritmética é 7.
(A) 64%.
2) Os gastos (em reais) de 15 turistas em Porto Seguro (B) 35%.
estão indicados a seguir: (C) 25%.
65 – 80 – 45 – 40 – 65 – 80 – 85 – 90 (D) 29%.
75 – 75 – 70 – 75 – 75 – 90 – 65 (E) 30%.

Se somarmos todos os valores teremos: 03. (EsSA - Sargento - Conhecimentos Gerais - Todas as
Áreas – EB) Em uma turma a média aritmética das notas é 7,5.
65 + 80 + 45 + 40 + 65+, , , +90 + 65 1075 Sabe-se que a média aritmética das notas das mulheres é 8 e
𝑥= = = 71,70 das notas dos homens é 6. Se o número de mulheres excede o
15 15
de homens em 8, pode-se afirmar que o número total de alunos
Assim podemos concluir que o gasto médio do grupo de da turma é
turistas foi de R$ 71,70. (A) 4.
(B) 8.
Questões (C) 12.
(D) 16.
01. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP – (E) 20.
Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP)
Na festa de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de Respostas
João estavam presentes. A idade de João nessa ocasião
representava 2 vezes a média aritmética da idade de seus 01. Resposta: E.
filhos, e a razão entre a soma das idades deles e a idade de João Foi dado que: J = 2.M
valia
𝑎+𝑏+⋯+𝑔
(A) 1,5. 𝐽= = 2. 𝑀 (I)
7
(B) 2,0.
(C) 2,5. 𝑎+𝑏+⋯+𝑔
(D) 3,0. Foi pedido: =?
𝐽
(E) 3,5.
Na equação ( I ), temos que:
02. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar TJ-SC) Os
censos populacionais produzem informações que permitem 𝑎+𝑏+⋯+𝑔
7=
𝐽
conhecer a distribuição territorial e as principais
características das pessoas e dos domicílios, acompanhar sua 7 𝑎+𝑏+⋯+𝑔
evolução ao longo do tempo, e planejar adequadamente o uso =
2 𝑀
sustentável dos recursos, sendo imprescindíveis para a
definição de políticas públicas e a tomada de decisões de 𝑎 + 𝑏 + ⋯+ 𝑔
investimento. Constituem a única fonte de referência sobre a = 3,5
𝑀
situação de vida da população nos municípios e em seus
recortes internos – distritos, bairros e localidades, rurais ou 02. Resposta: E.
urbanos – cujas realidades socioeconômicas dependem dos [30, 34] = 600, somatória de todos os homens é:
resultados censitários para serem conhecidas. 300+400+600+500+200= 2000
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.sh
tm 600 600
(Acesso dia 29/08/2011) = = 0,3 . (100) = 30%
300+400+600+500+200 2000
Um dos resultados possíveis de se conhecer, é a
distribuição entre homens e mulheres no território brasileiro.
A seguir parte da pirâmide etária da população brasileira 03. Resposta: D.
disponibilizada pelo IBGE. Do enunciado temos m = h + 8 (sendo m = mulheres e h =
homens).

𝑆
A média da turma é 7,5, sendo S a soma das notas: =
𝑚+ℎ
7,5 → 𝑆 = 7,5(𝑚 + ℎ)
http://www.ibge.gov.br/censo2010/piramide_etaria/index.php 𝑆
(Acesso dia 29/08/2011) A média das mulheres é 8, sendo S1 a soma das notas: 1 =
𝑚
O quadro abaixo, mostra a distribuição da quantidade de 8 → 𝑆1 = 8𝑚
homens e mulheres, por faixa etária de uma determinada
cidade. (Dados aproximados) A média dos homens é 6, sendo S2 a soma das notas:
𝑆2
=6
Considerando somente a população masculina dos 20 aos ℎ
44 anos e com base no quadro abaixo a frequência relativa, dos → 𝑆2 = 6ℎ
homens, da classe [30, 34] é:
Somando as notas dos homens e das mulheres:
S1 + S2 = S

Matemática 23
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

8m + 6h = 7,5(m + h) Considerando que a variável em estudo é o preço do quilo


8m + 6h = 7,5m + 7,5h do peixe e fazendo a leitura da tabela, concluímos que foram
8m – 7,5m = 7,5h – 6h pescados 18 kg de peixe ao valor unitário de R$ 3,00, 10 kg de
0,5m =1,5h peixe ao valor unitário de R$ 5,00 e 6 kg de peixe ao valor de
1,5ℎ R$ 9,00.
𝑚=
0,5
Vamos chamar o preço médio de p:
𝑚 = 3ℎ
h + 8 = 3h 18𝑥3,00 + 10𝑥5,00 + 6𝑥9,00 54 + 50 + 54 158
8 = 3h – h 𝑝= = =
8 = 2h → h = 4 18 + 10 + 6 34 34
= 4,65 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠
m = 4 + 8 = 12
Total de alunos = 12 + 4 = 16 Neste caso o fator de ponderação foi a quantidade de
peixes capturadas de cada espécie.
MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA
A palavra média, sem especificações (aritmética ou
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à ponderada), deve ser entendida como média aritmética.
adição e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é
chamada média aritmética ponderada. Questões
- Cálculo da média aritmética ponderada 01. (EPCAR – Cadete – EPCAR) Um líquido L1 de
Se x for a média aritmética ponderada dos elementos do densidade 800 g/l será misturado a um líquido L2 de
conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com “pesos” P1; P2; P3; densidade 900 g/l Tal mistura será homogênea e terá a
...; Pn, respectivamente, então, por definição: proporção de 3 partes de L1 para cada 5 partes de L2 A
densidade da mistura final, em g/l, será
P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x = (A) 861,5.
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn ↔ (P1 + P2 + P3 + ... + (B) 862.
P n) . x = (C) 862,5.
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn e, portanto, (D) 863.

02. (TJM-SP – Oficial de Justiça – VUNESP) Ao encerrar o


movimento diário, um atacadista, que vende à vista e a prazo,
montou uma tabela relacionando a porcentagem do seu
faturamento no dia com o respectivo prazo, em dias, para que
Observe que se P1 = P2 = P3 = ... = Pn = 1, então 𝑥 =
𝑥1 ; 𝑥2 ; 𝑥3 ; …; 𝑥𝑛 o pagamento seja efetuado.
: que é a média aritmética simples.
𝑛
PORCENTUAL DO PRAZO PARA
A média aritmética ponderada dos n elementos do FATURAMENTO PAGAMENTO (DIAS)
conjunto numérico A é a soma dos produtos de cada
elemento multiplicado pelo respectivo peso, dividida pela
15% À vista
soma dos pesos.

Exemplos: 20% 30
1) Calcular a média aritmética ponderada dos números 35,
20 e 10 com pesos 2, 3, e 5, respectivamente. 35% 60

Se x for a média aritmética ponderada, então: 20% 90

2 .35 + 3 .20 + 5 .10 70 + 60 + 50 180 10% 120


𝑥= ↔𝑥= ↔𝑥=
2+3+5 10 10
↔ 𝑥 = 18
O prazo médio, em dias, para pagamento das vendas
A média aritmética ponderada é 18. efetuadas nesse dia, é igual a
(A) 75.
2) Em um dia de pesca nos rios do pantanal, uma equipe de (B) 67.
pescadores anotou a quantidade de peixes capturada de cada (C) 60.
espécie e o preço pelo qual eram vendidos a um supermercado (D) 57.
em Campo Grande. (E) 55.

Tipo de Quilo de peixe Preço por 03. (SEDUC/RJ - Professor – Matemática – CEPERJ) Uma
peixe pescado quilo loja de roupas de malha vende camisetas com malha de três
qualidades. Cada camiseta de malha comum custa R$15,00, de
Peixe A 18 R$ 3,00 malha superior custa R$24,00 e de malha especial custa
R$30,00. Certo mês, a loja vendeu 180 camisetas de malha
Peixe B 10 R$ 5,00 comum, 150 de malha superior e 70 de malha especial. O preço
médio, em reais, da venda de uma camiseta foi de:
Peixe C 6 R$ 9,00 (A) 20.
(B) 20,5.
(C) 21.
(D) 21,5.
Vamos determinar o preço médio do quilograma do peixe
(E) 11.
vendido pelos pescadores ao supermercado.

Matemática 24
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

MENOS serviços serão


Respostas produzidos

01. Resposta: C. Quanto MAIOR for a


3.800+5.900 2400+4500 6900
= = = 862,5 eficiência dos funcionários,
3+5 8 8
Tempo x
Inversa MENOS tempo será
02. Resposta: D. eficiência
necessário para realizar um
Média aritmética ponderada: multiplicamos o porcentual
determinado serviço
pelo prazo e dividimos pela soma dos porcentuais.

15.0+20.30+35.60+20.90+10.120 Quanto MAIOR for o grau de


=
15+20+35+20+10 dificuldade de um serviço,
Tempo x grau
600+2100+1800+1200 Direta MAIS tempo será necessário
= = de dificuldade
100 para realizar determinado
5700
serviço
= = 57
100

03. Resposta: C. Exemplos:


Também média aritmética ponderada. 1) Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros
de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
180.15+150.24+70.30 O problema envolve duas grandezas: distância e litros de
=
180+150+70
álcool.
2700+3600+2100 Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
= = consumido.
400
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
8400
= = 21 mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
400
correspondem em uma mesma linha:
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA
Distância (km) Litros de álcool
REGRA DE TRÊS SIMPLES 180 ---- 15
210 ---- x
Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente
ou inversamente proporcionais podem ser resolvidos através Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”),
de um processo prático, chamado regra de três simples. vamos colocar uma flecha:
Vejamos a tabela abaixo:

Grandezas Relação Descrição


Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de
Nº de MAIS funcionários álcool também duplica. Então, as grandezas distância e litros
funcionário x Direta contratados demanda MAIS de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que
serviço serviço produzido estamos montando, indicamos esse fato colocando uma flecha
na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna
Nº de MAIS funcionários “litros de álcool”:
funcionário x Inversa contratados exigem MENOS
tempo tempo de trabalho

Nº de MAIS eficiência (dos


funcionário x Inversa funcionários) exige MENOS Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:
eficiência funcionários contratados
180 15
=
Nº de Quanto MAIOR o grau de 210 𝑥
funcionário x dificuldade de um serviço, → 𝑜𝑚𝑜 180 𝑒 210 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 30, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:
Direta 180: 30 15 1806 15
grau MAIS funcionários deverão = =
dificuldade ser contratados 210: 30 𝑥 2107 𝑥

→ 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑎𝑑𝑜(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠)


MAIS serviço a ser produzido 105
Serviço x → 6𝑥 = 7.156𝑥 = 105 → 𝑥 = = 𝟏𝟕, 𝟓
Direta exige MAIS tempo para 6
tempo
realiza-lo Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.

Quanto MAIOR for a 2) Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu


Serviço x gastaria 7 h para fazer certo percurso. Aumentando a
Direta eficiência dos funcionários,
eficiência velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse
MAIS serviço será produzido
percurso?
Serviço x grau Indicando por x o número de horas e colocando as
Inversa Quanto MAIOR for o grau de
de dificuldade grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as
dificuldade de um serviço,

Matemática 25
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

grandezas de espécies diferentes que se correspondem em


uma mesma linha, temos:

Velocidade (km/h) Tempo (h)


50 ---- 7
80 ---- x

Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos


colocar uma flecha:

Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica


reduzido à metade. Isso significa que as grandezas velocidade
e tempo são inversamente proporcionais. No nosso
esquema, esse fato é indicado colocando-se na coluna
“velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da De acordo com essas informações, o número de casos
coluna “tempo”: registrados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014,
teve um aumento em relação ao número de casos registrados
em 2007, aproximadamente, de
(A) 70%.
(B) 65%.
(C) 60%.
Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das (D) 55%.
flechas. Assim, temos: (E) 50%.
7 80 7 808
= , 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑙𝑎𝑑𝑜 → = 5 → 7.5 = 8. 𝑥 02. (FUNDUNESP – Assistente Administrativo –
𝑥 50 𝑥 50
VUNESP) Um título foi pago com 10% de desconto sobre o
35 valor total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é
𝑥= → 𝑥 = 4,375 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 correto afirmar que o valor total desse título era de
8
(A) R$ 345,00.
Como 0,375 corresponde 22 minutos (0,375 x 60 minutos), (B) R$ 346,50.
então o percurso será feito em 4 horas e 22 minutos (C) R$ 350,00.
aproximadamente. (D) R$ 358,50.
(E) R$ 360,00.
3) Ao participar de um treino de fórmula Indy, um
competidor, imprimindo a velocidade média de 180 km/h, faz 03. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.
o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300 IMARUÍ) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte e
km/h, que tempo teria gasto no percurso? sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre
o valor de custo do tal veículo, por quanto Manoel adquiriu o
Vamos representar pela letra x o tempo procurado. carro em questão?
Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade (A) R$24.300,00
(180 km/h e 300 km/h) com dois valores da grandeza tempo (B) R$29.700,00
(20 s e x s). (C) R$30.000,00
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os (D)R$33.000,00
outros três. (E) R$36.000,00

Respostas

01. Resposta: E.
Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto
Utilizaremos uma regra de três simples:
para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as grandezas
ano %
são inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300
11442 ------- 100
são inversamente proporcionais aos números 20 e x.
17136 ------- x
Daí temos:
3600 11442.x = 17136 . 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8%
180.20 = 300. 𝑥 → 300𝑥 = 3600 → 𝑥 = (aproximado)
300 149,8% – 100% = 49,8%
𝑥 = 12
Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em Aproximando o valor, teremos 50%
300 km/h, teria gasto 12 segundos para realizar o percurso.
02. Resposta: C.
Questões Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$
315,00 equivale a 90% (100% - 10%).
01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 3 de Utilizaremos uma regra de três simples:
maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte $ %
informação sobre o número de casos de dengue na cidade de 315 ------- 90
Campinas. x ------- 100
90.x = 315 . 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00

Matemática 26
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

03. Resposta: C. 2) Uma empreiteira contratou 210 pessoas para


Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4 meses de
90% do valor total. serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos
Valor % empregados ainda devem ser contratados para que a obra seja
27000 ------ 90 concluída no tempo previsto?
X ------- 100
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
27000 909 27000 9 As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente
= 10 → = → 9.x = 27000.10 → 9x = 270000
𝑥 100 𝑥 10 proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tempo fica
→ x = 30000. reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado
colocando-se na coluna “tempo” uma flecha no sentido
REGRA DE TRÊS COMPOSTA contrário ao da flecha da coluna “pessoas”:
O processo usado para resolver problemas que envolvem
mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais, é chamado regra de três composta.

Exemplos:
1) Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente
quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produziriam proporcionais. No nosso esquema isso será indicado
300 dessas peças? colocando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo
Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as sentido da flecha da coluna “pessoas”:
grandezas de mesma espécie em uma só coluna e as grandezas
de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma
linha. Na coluna em que aparece a variável x (“dias”),
coloquemos uma flecha:

Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.


Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210
= 105 pessoas.
As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais.
Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.
No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
“peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna
Questões
“dias”:
01. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO
ADMINISTRATIVO – FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m²
de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores
trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as mesmas
proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em
As grandezas máquinas e dias são inversamente um dia, trabalhando por dia, o tempo de
proporcionais (duplicando o número de máquinas, o número (A) 8 horas e 15 minutos.
de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será (B) 9 horas.
indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma flecha no (C) 7 horas e 45 minutos.
sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”: (D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos.

02. (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma


equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por
dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que 4800 m². Se essa equipe fosse constituída por 15 operários,
trabalhando 10 horas por dia, durante 80 dias, faria o
4 calçamento de uma área igual a:
contém o x, que é , com o produto das outras razões, obtidas
x (A) 4500 m²
(B) 5000 m²
 6 160  (C) 5200 m²
segundo a orientação das flechas  . : (D) 6000 m²
 8 300 
(E) 6200 m²

03. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Dez


funcionários de uma repartição trabalham 8 horas por dia,
durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Se um
Simplificando as proporções obtemos: funcionário doente foi afastado por tempo indeterminado e
4 2 4.5 outro se aposentou, o total de dias que os funcionários
= → 2𝑥 = 4.5 → 𝑥 = → 𝑥 = 10
𝑥 5 2 restantes levarão para atender o mesmo número de pessoas,
trabalhando uma hora a mais por dia, no mesmo ritmo de
Resposta: Em 10 dias. trabalho, será:
(A) 29.
(B) 30.

Matemática 27
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(C) 33. 𝒙
𝒙% =
(D) 28. 𝟏𝟎𝟎
(E) 31.
Respostas Exemplo:
Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são
01. Resposta: D. moças. Qual é a taxa percentual de rapazes na classe?
Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta o x. Resolução: A razão entre o número de rapazes e o total de
18
M² varredores horas alunos é . Devemos expressar essa razão na forma
30
6000--------------18-------------- 5 centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
7500--------------15--------------- x
Quanto mais a área, mais horas (diretamente 18 𝑥
proporcionais) = ⟹ 𝑥 = 60
30 100
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente
proporcionais) E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter
5 6000 15 divido 18 por 30, obtendo:
= ∙
𝑥 7500 18
18
6000 ∙ 15 ∙ 𝑥 = 5 ∙ 7500 ∙ 18 = 0,60(. 100%) = 60%
30
90000𝑥 = 675000
𝑥 = 7,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 - Lucro e Prejuízo
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7 É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
horas e 30 minutos. Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja
negativa, temos prejuízo(P).
02. Resposta: D.
Operários horas dias área Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
20-----------------8-------------60-------4800
15----------------10------------80-------- x Podemos ainda escrever:
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo: C + L = V ou L = V - C
P = C – V ou V = C - P
4800 20 8 60
= ∙ ∙
𝑥 15 10 80
A forma percentual é:
20 ∙ 8 ∙ 60 ∙ 𝑥 = 4800 ∙ 15 ∙ 10 ∙ 80
9600𝑥 = 57600000
𝑥 = 6000𝑚²

03. Resposta: B.
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento
esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas por dia Exemplo:
, passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00.
9 horas, nesta condições temos: Determinar:
Funcionários horas dias a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
10---------------8--------------27 b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.
8----------------9-------------- x
Quanto menos funcionários, mais dias devem ser Resolução:
trabalhados (inversamente proporcionais). Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100
Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser → Lucro = R$ 25,00
trabalhados (inversamente proporcionais).
Funcionários horas dias 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
8---------------9-------------- 27 𝑎) . 100% ≅ 33,33%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜
10----------------8----------------x
𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
27
=
8

9
→ x.8.9 = 27.10.8 → 72x = 2160 → x = 30 dias. 𝑏) . 100% = 25%
𝑥 10 8 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎
Referências
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição –
Rio de Janeiro: Elsevier,2013.
- Aumento e Desconto Percentuais
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
𝒑
por (𝟏 + ).V .
𝟏𝟎𝟎
9. Porcentagem, juros Logo:
𝒑
simples e montante. VA = (𝟏 + ).V
𝟏𝟎𝟎

Exemplo:
PORCENTAGEM 1 - Aumentar um valor V de 20% , equivale a multiplicá-
lo por 1,20, pois:
Razões de denominador 100 que são chamadas de 20
(1 + ).V = (1+0,20).V = 1,20.V
razões centesimais ou taxas percentuais ou simplesmente de 100
porcentagem. Servem para representar de uma
maneira prática o "quanto" de um "todo" se está B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
𝒑
referenciando. por (𝟏 − ).V.
𝟏𝟎𝟎
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do Logo:
𝒑
símbolo % (Lê-se: “por cento”). V D = (𝟏 − ).V
𝟏𝟎𝟎

Matemática 28
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo: Precisamos encontrar o preço original (100%) da


Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por mercadoria para podermos aplicarmos o desconto.
0,60, pois: Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos:
40 R$ %
(1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V
100
108 ---- 120
𝒑 𝒑 X ----- 100
A esse valor final de (𝟏 + ) ou (𝟏 − ), é o que
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎 120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x =
chamamos de fator de multiplicação, muito útil para 90,00
resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e
acréscimo ou decréscimo no valor do produto. representa 100%. Logo se receber um desconto de 25%,
significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50
- Aumentos e Descontos Sucessivos Então Marcos pagou R$ 67,50.
São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente.
Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos 02. Resposta: B.
uso dos fatores de multiplicação. * Dep. Contabilidade:
15
. 20 =
30
= 3 → 3 (estagiários)
100 10
Vejamos alguns exemplos: 20 200
1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um * Dep. R.H.: . 10 = = 2 → 2 (estagiários)
100 100
único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1 , como são dois de 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
100 ∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21 Analisando o fator de 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6
multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos
significam um único aumento de 21%.
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 03. Resposta: D.
21% e não a 20%. 15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50

2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um Referências


IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
único desconto de: Estatística Descritiva
𝑝
Utilizando VD = (1 − ).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
100 http://www.porcentagem.org
Analisando o fator de multiplicação 0,64, observamos que http://www.infoescola.com
esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim
o valor pago com o desconto. Para sabermos o valor que JUROS
representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36% A Matemática Financeira é um ramo da Matemática
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a Aplicada que estuda as operações financeiras de uma forma
36% e não a 40%. geral, analisando seus diferentes fluxos de caixa ao longo do
tempo, muito utilizada hoje para programar a vida financeira
Questões não só de empresas mais também dos indivíduos.
Existe também o que chamamos de Regime de
01. Marcos comprou um produto e pagou R$ 108,00, já Capitalização, que é a maneira pelo qual será pago o juro por
inclusos 20% de juros. Se tivesse comprado o produto, com um capital aplicado ou tomado emprestado.
25% de desconto, então, Marcos pagaria o valor de:
(A) R$ 67,50 Elementos Básicos:
(B) R$ 90,00 - Valor Presente ou Capital Inicial ou Principal (PV, P
(C) R$ 75,00 ou C): termo proveniente do inglês “Present Value”, sendo
(D) R$ 72,50 caracterizado como a quantidade inicial de moeda que uma
pessoa tem em disponibilidade e concorda em ceder a outra
02. O departamento de Contabilidade de uma empresa tem pessoa, por um determinado período, mediante o pagamento
20 funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O de determinada remuneração.
departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários,
sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários - Taxa de Juros (i): termo proveniente do inglês “Interest
desses dois departamentos, a fração de estagiários é igual a Rate” (taxa de juros) e relacionado à sua maneira de
(A) 1/5. incidência. Salientamos que a taxa pode ser mensal, anual,
(B) 1/6. semestral, bimestral, diária, entre outras.
(C) 2/5.
(D) 2/9. - Juros (J): é o que pagamos pelo aluguel de determinada
(E) 3/5. quantia por um dado período, ou seja, é a nomenclatura dada
à remuneração paga para que um indivíduo ceda
03. Quando calculamos 15% de 1.130, obtemos, como temporariamente o capital que dispõe.
resultado
(A) 150 - Montante ou Valor Futuro (FV ou M): termo
(B) 159,50; proveniente do inglês “Future Value”, sendo caracterizado em
(C) 165,60; termos matemáticos como a soma do capital inicial mais os
(D) 169,50. juros capitalizados durante o período. Em outras palavras, é a
Respostas quantidade de moeda (ou dinheiro) que poderá ser usufruída
no futuro. Em símbolos, escrevemos FV = PV + J.
01. Resposta: A.
Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu - Tempo ou período de capitalização (n ou t): nada mais
preço original, temos que: é do que a duração da operação financeira, ou seja, o horizonte
100% + 20% = 120%

Matemática 29
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

da operação financeira em questão. O prazo pode ser descrito referentes à taxa de juros (i) e do período (t), tem de ser
em dias, meses, anos, semestres, entre outros. necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo,
que não pode ser esquecido!
JUROS SIMPLES
Questões

01. Uma aplicação de R$ 1.000.000,00 resultou em um


Em regime linear de juros (ou juros simples), o juro é
montante de R$ 1.240.000,00 após 12 meses. Dentro do
determinado tomando como base de cálculo o capital da
regime de Juros Simples, a que taxa o capital foi aplicado?
operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que
(A) 1,5% ao mês.
empresta) no final da operação. As operações aqui são de
(B) 4% ao trimestre.
curtíssimo prazo, exemplo: desconto simples de duplicata,
(C) 20% ao ano.
“Hot Money” entre outras.
(D) 2,5% ao bimestre.
No juros simples o juro de cada intervalo de tempo sempre
(E) 12% ao semestre.
é calculado sobre o capital inicial emprestado ou aplicado.
02. Mirtes aplicou um capital de R$ 670,00 à taxa de juros
Chamamos de simples os juros que são somados ao capital
simples, por um período de 16 meses. Após esse período, o
inicial no final da aplicação.
montante retirado foi de R$ 766,48. A taxa de juros praticada
nessa transação foi de:
Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mesma (A) 9% a.a.
unidade: (B) 10,8% a.a.
Taxa anual Tempo em anos (C) 12,5% a.a.
Taxa mensal Tempo em meses (D) 15% a.a.
Taxa diária Tempo em dias
E assim sucessivamente 03. Qual o valor do capital que aplicado por um ano e meio,
a uma taxa de 1,3% ao mês, em regime de juros simples resulta
Podemos definir o Juros como: em um montante de R$ 68.610,40 no final do período?
(A) R$ 45.600,00
J=C.i.t (B) R$ 36.600,00
(C) R$ 55.600,00
(D) R$ 60.600,00
Onde:
Respostas
J = Juros
C = Capital
01. Resposta: E.
i = taxa
C = 1.000.000,00
t = tempo
M = 1.240.000,00
t = 12 meses
1) O capital cresce linearmente com o tempo;
i=?
2) O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J
M = C.(1+it) → 1240000 = 1000000(1 + 12i) → 1 + 12i =
= C.i
1240000 / 1000000 → 1 + 12i = 1,24 → 12i = 1,24 – 1 → 12i =
3) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma
0,24 → i = 0,24 / 12 → i = 0,02 → i = 0,02x100 → i = 2% a.m
unidade.
Como não encontramos esta resposta nas alternativas,
4) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma
vamos transformar, uma vez que sabemos a taxa mensal:
decimal.
Um bimestre tem 2 meses → 2 x 2 = 4% a.b.
5) Chamamos de montante (M) ou FV (valor futuro) a
Um trimestre tem 3 meses → 2 x 3 = 6% a.t.
soma do capital com os juros, ou seja:
Um semestre tem 6 meses → 2 x 6 = 12% a.s.
Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis. Se três delas
Um ano tem 1 ano 12 meses → 2 x 12 = 24% a.a.
forem valores conhecidos, podemos calcular o 4º valor.
02. Resposta: B.
Pelo enunciado temos:
M = C + J  M = C. (1+i.t) C = 670
i=?
n = 16 meses
Exemplo: M = 766,48
Qual o valor dos juros correspondentes a um empréstimo Aplicando a fórmula temos: M = C.(1+in) → 766,48 = 670
de R$ 10.000,00, pelo prazo de 15 meses, sabendo-se que a (1+16i) → 1 + 16i = 766,48 / 670 →1 + 16i = 1,144 → 16i =
taxa cobrada é de 3% a m.? 1,144 – 1 → 16i = 0,144 → i = 0,144 / 16 → i = 0,009 x 100 → i
Dados: = 0,9% a.m.
PV = 10.000,00 Observe que as taxas das alternativas são dadas em ano,
n = 15 meses logo como 1 ano tem 12 meses: 0,9 x 12 = 10,8% a.a.
i = 3% a.m = 0,03
J=? 03. Resposta: C.
Solução: C=?
J = PV.i.n → J = 10.000 x 0,03 x 15 → J = 4.500,00 n = 1 ano e meio = 12 + 6 = 18 meses
i = 1,3% a.m = 0,013
Para não esquecer!!! M = 68610,40
Só podemos efetuar operações algébricas com valores Aplicando a fórmula: M = C (1+in) → 68610,40 = C
referenciados na mesma unidade, ou seja, se apresentarmos (1+0,013.18) → 68610,40 = C (1+0,234) → C = 68610,40 =
a taxa de juros como a anual, o prazo em questão também C.1,234 → C = 68610,40 / 1,234 → C = 55600,00.
deve ser referenciado em anos. Ou seja, as unidades de tempo

Matemática 30
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

JUROS COMPOSTOS 𝐥𝐨𝐠⟨𝑴|𝑪⟩ 𝐥𝐨𝐠 𝑴 − 𝐥𝐨𝐠 𝑪


𝒕= =
𝐥𝐨𝐠(𝟏 + 𝒊) 𝐥𝐨𝐠(𝟏 + 𝒊)
No regime exponencial de juros (ou juros compostos) é
incorporado ao capital não somente os juros referentes a cada Temos também da expressão acima que: t.log(1 + i) = logM
período, mas também os juros sobre os juros acumulados até – logC
o momento anterior. Pode-se falar que é um comportamento
equivalente a uma progressão geométrica (PG), pela qual os Deste exemplo, dá para perceber que o estudo dos juros
juros incidem sempre sobre o saldo apurado no início do compostos é uma aplicação prática do estudo dos logaritmos.
período correspondente (e não unicamente sobre o capital
inicial). É o que chamamos no linguajar habitual de “juros Fica a dica!!!
sobre juros”. - Em juros simples quando a taxa de juros(i) estiver em
Na prática, as empresas, órgãos governamentais e unidade diferente do tempo(t), pode-se colocar na mesma
investidores particulares costumam reinvestir as quantias unidade de (i) ou (t).
geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego - Em juros compostos é preferível colocar o (t) na
mais comum de juros compostos na Economia. Na verdade, o mesma unidade da taxa (i).
uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos.
De uma forma genérica, teremos para um capital C,
aplicado a uma taxa de juros compostos (i) durante o período Questões
(t):
M = C (1 + i)t 01. Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com
taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que
Saiba mais!!! essa aplicação rendeu juros que corresponderam a,
(1+i)t ou (1+i)n é conhecido como fator de exatamente:
acumulação de capital (FC) e o seu inverso, (A) 30% do capital aplicado.
1/(1+i)n é o fator de atualização de capital (FA). (B) 31,20% do capital aplicado.
(C) 32% do capital aplicado.
Graficamente temos, que o crescimento do (D) 33,10% do capital aplicado.
principal(capital) segundo juros simples é LINEAR,
CONSTANTE enquanto que o crescimento segundo juros 02. José Luiz aplicou R$60.000,00 num fundo de
compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto tem um investimento, em regime de juros compostos, com taxa de 2%
crescimento muito mais "rápido". ao mês. Após 3 meses, o montante que José Luiz poderá sacar
é
(A) R$63.600,00.
(B) R$63.672,48.
(C) R$63.854,58.
(D) R$62.425,00.
(E) R$62.400,00.

03. Pretendendo aplicar em um fundo que rende juros


compostos, um investidor fez uma simulação. Na simulação
feita, se ele aplicar hoje R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00 daqui a
um ano, e não fizer nenhuma retirada, o saldo daqui a dois anos
será de R$ 38.400,00. Desse modo, é correto afirmar que a taxa
anual de juros considerada nessa simulação foi de
- O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de (A) 12%.
juros simples como para juros compostos; (B) 15%.
- Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de (C) 18%.
juros simples; (D) 20%.
(E) 21%.
- Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime
Respostas
de juros compostos.
01. Resposta: D.
Juros Compostos e Logaritmos
Para resolução de algumas questões que envolvam juros 10% = 0,1
compostos, precisamos ter conhecimento de conceitos de 𝑀 = 𝐶 . (1 + 𝑖)𝑡
logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos achar 𝑀 = 𝐶 . (1 + 0,1)3
o tempo/prazo. É muito comum ver em provas o valor dado do 𝑀 = 𝐶 . (1,1)3
logaritmo para que possamos achar a resolução da questão. 𝑀 = 1,331. 𝐶
Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos:
Exemplo: j = 1,331.C – C = 0,331 . C
Expresse o número de períodos t de uma aplicação, em 0,331 = 33,10 / 100 = 33,10%
função do montante M e da taxa de aplicação i por período.
Solução: 02. Resposta: B.
Temos M = C(1+i)t C=60.000 ; i = 2% a.m = 0,02 ; t = 3m
Logo, M/C = (1+i)t 𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡 ⇒ 𝑀 = 60000(1 + 0,02)3 ⇒ 𝑀
Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos = 60000 + (1,02)3 ⇒ 𝑀 = 63672,48
escrever:
t = log (1+ i ) (M/C) . Portanto, usando logaritmo decimal O montante a ser sacado será de R$ 63.672,48.
(base 10), vem:
03. Resposta: D.
C1º ano = 10.000 ; C2º ano = 20.000

Matemática 31
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

𝑀1 = 𝐶(1 + 𝑖)𝑡 Representação Geométrica dos números reais


𝑀1 = 10000(1 + 𝑖)2 𝑀2 = 20000(1 + 𝑖)1
M1+M2 = 384000
38400 = 10000(1 + 𝑖)2 + 20000(1 + 𝑖) (: 400)
96 = 25(1 + 2𝑖 + 𝑖 2 ) + 50 + 50𝑖
96 = 25 + 50𝑖 + 25𝑖 2 + 50 + 50𝑖 Propriedades
25𝑖 2 + 100𝑖 − 21 = 0 É válido todas as propriedades anteriormente vistos nos
Têm se uma equação do segundo grau, usa-se então a outros conjuntos, assim como os conceitos de módulo,
fórmula de Bháskara: números opostos e números inversos (quando possível).
∆= 1002 − 4 ∙ 25 ∙ (−21) = 12100
−100±110
𝑖= Ordenação dos números Reais
50
−100+110 10 A representação dos números Reais permite definir uma
𝑖1 = = = 0,2
50 50 relação de ordem entre eles. Os números Reais positivos são
−100−110
𝑖2 = = −4,4 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚) maiores que zero e os negativos, menores. Expressamos a
50
relação de ordem da seguinte maneira: Dados dois números
É correto afirmar que a taxa é de 20% Reais a e b,

Referências a≤b↔b–a≥0
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição –
Rio de Janeiro: Elsevier,2013.
SAMANEZ, Carlos P. Matemática Financeira: aplicações à análise de Exemplo: -15 ≤ ↔ 5 – (-15) ≥ 0
investimentos. 4 Edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. 5 + 15 ≥ 0

Operações com números Reais


10. Conjunto dos números Operando com as aproximações, obtemos uma sucessão de
intervalos fixos que determinam um número Real. É assim que
reais: Operações com vamos trabalhar as operações adição, subtração, multiplicação
polinômios. Produtos e divisão. Relacionamos, em seguida, uma série de
notáveis. Fatoração. Sistemas recomendações úteis para operar com números Reais.
de equações do 1º grau com Intervalos reais
duas incógnitas. Equações do O conjunto dos números reais possui também
2º grau. Resolução de subconjuntos, denominados intervalos, que são determinados
por meio de desiguladades. Sejam os números a e b , com a < b.
problemas.
Em termos gerais temos:
- A bolinha aberta = a intervalo aberto (estamos excluindo
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS - R aquele número), utilizamos os símbolos:
> ;< ; ] ; [
O conjunto dos números reais R é uma expansão do
conjunto dos números racionais que engloba não só os inteiros - A bolinha fechada = a intervalo fechado (estamos
e os fracionários, positivos e negativos, mas também todos os incluindo aquele número), utilizamos os símbolos:
números irracionais. ≥;≤;[;]
Assim temos:
Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as
R = Q U I , sendo Q ∩ I = Ø ( Se um número real é racional, extremidades abertas dos intervalos.
não irracional, e vice-versa).
[a,b[ = [a,b) ; ]a,b] = (a,b] ; e ]a,b[ = (a,b)
Lembrando que N Ϲ Z Ϲ Q , podemos construir o diagrama
abaixo:

Observações
O conjunto dos números reais apresenta outros Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as
subconjuntos importantes: extremidades abertas dos intervalos.
- Conjunto dos números reais não nulos: R* = {x ϵ R| x ≠ 0} [a,b[ = [a,b) ; ]a,b] = (a,b] ; e ]a,b[ = (a,b)
- Conjunto dos números reais não negativos: R+ = {x ϵ R| x
≥ 0} a) Às vezes, aparecem situações em que é necessário
- Conjunto dos números reais positivos: R*+ = {x ϵ R| x > 0} registrar numericamente variações de valores em sentidos
- Conjunto dos números reais não positivos: R- = {x ϵ R| x ≤ opostos, ou seja, maiores ou acima de zero (positivos), como
0} as medidas de temperatura ou reais em débito ou em haver
- Conjunto dos números reais negativos: R*- = {x ϵ R| x < 0} etc... Esses números, que se estendem indefinidamente, tanto
para o lado direito (positivos) como para o lado esquerdo
(negativos), são chamados números relativos.

Matemática 32
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

b) Valor absoluto de um número relativo é o valor do 2.x = 3791 + 15


número que faz parte de sua representação, sem o sinal. x = 3806 / 2
c) Valor simétrico de um número é o mesmo numeral, x = 1903
diferindo apenas o sinal.
* 3ª partida: 1903 = 2.x – 15
Operações com Números Relativos 2.x = 1903 + 15
x = 1918 / 2
1) Adição e Subtração de números relativos x = 959
a) Se os numerais possuem o mesmo sinal, basta adicionar
os valores absolutos e conservar o sinal. * 2ª partida: 959 = 2.x – 15
b) Se os numerais possuem sinais diferentes, subtrai-se o 2.x = 959 + 15
numeral de menor valor e dá-se o sinal do maior numeral. x = 974 / 2
Exemplos: x = 487
3+5=8 * 1ª partida: 487 = 2.x – 15
4-8=-4 2.x = 487 + 15
- 6 - 4 = - 10 x = 502 / 2
-2+7=5 x = 251
Portanto, a soma dos algarismos da 1ª partida é 2 + 5 + 1 =
2) Multiplicação e Divisão de Números Relativos 8.
a) O produto e o quociente de dois números relativos de
mesmo sinal são sempre positivos. 02. Resposta: C.
b) O produto e o quociente de dois números relativos de I. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
sinais diferentes são sempre negativos. II. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
Exemplos: III. Falso, pois m é Real e pode ser positivo.
- 3 x 8 = - 24
- 20 (-4) = + 5 03. Resposta: A.
- 6 x (-7) = + 42 3 1 3−2 1
− = = = 0,25
28 2 = 14 4 2 4 4
Questões
Referências
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
01. Mário começou a praticar um novo jogo que adquiriu IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 –
para seu videogame. Considere que a cada partida ele Conjuntos e Funções
conseguiu melhorar sua pontuação, equivalendo sempre a 15
pontos a menos que o dobro marcado na partida anterior. Se POLINÔMIOS
na quinta partida ele marcou 3.791 pontos, então, a soma dos
algarismos da quantidade de pontos adquiridos na primeira Para polinômios podemos encontrar várias definições
partida foi igual a diferentes como:
(A) 4. Polinômio é uma expressão algébrica com todos os termos
(B) 5. semelhantes reduzidos.
(C) 7. - 3xy é monômio, mas também considerado polinômio,
(D) 8. assim podemos dividir os polinômios em monômios (apenas
(E) 10. um monômio), binômio (dois monômios) e trinômio (três
monômios).
02. Considere m um número real menor que 20 e avalie as - 3x + 5 é um polinômio e uma expressão algébrica.
afirmações I, II e III:
I- (20 – m) é um número menor que 20. Como os monômios, os polinômios também possuem grau
II- (20 m) é um número maior que 20. e é assim que eles são separados. Para identificar o seu grau,
III- (20 m) é um número menor que 20. basta observar o grau do maior monômio, esse será o grau do
É correto afirmar que: polinômio.
A) I, II e III são verdadeiras. Com os polinômios podemos efetuar todas as operações:
B) apenas I e II são verdadeiras. adição, subtração, divisão, multiplicação, potenciação e
C) I, II e III são falsas. radiciação.
D) apenas II e III são falsas.
Em resumo:
03. Na figura abaixo, o ponto que melhor representa a - Polinômio é uma expressão algébrica racional e inteira,
3 1 por exemplo:
diferença − na reta dos números reais é:
4 2
x2y
3x – 2y
x + y5 + ab

- Monômio é um tipo de polinômio que possui apenas um


termo, ou seja, que possui apenas coeficiente e parte literal.
(A) P.
Por exemplo:
(B) Q.
a2 → 1 é o coeficiente e a2 parte literal.
(C) R.
3x2y → 3 é o coeficiente e x2y parte literal.
(D) S.
- 5xy6 → -5 é o coeficiente e xy6 parte literal
Respostas

01. Resposta: D.
Pontuação atual = 2 . partida anterior – 15
* 4ª partida: 3791 = 2.x – 15

Matemática 33
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Operações com Polinômios 6x³ – 3x³ + 11x² – 7x² – 17x + 9x + 15 – 30


3x³ + 4x² – 8x – 15
- Adição A – B – C = 3x³ + 4x² – 8x – 15
O procedimento utilizado na adição e subtração de
polinômios envolve técnicas de redução de termos - Multiplicação
semelhantes, jogo de sinal, operações envolvendo sinais iguais A multiplicação com polinômio (com dois ou mais
e sinais diferentes. monômios) pode ser realizada de três formas:
Exemplos: 1) Multiplicação de monômio com polinômio.
1 - Adicionar x2 – 3x – 1 com –3x2 + 8x – 6. 2) Multiplicação de número natural com polinômio.
(x2 – 3x – 1) + (– 3x2 + 8x – 6) → eliminar o segundo 3) Multiplicação de polinômio com polinômio.
parênteses através do jogo de sinal.
+ (– 3x2) = – 3x2 As multiplicações serão efetuadas utilizando as seguintes
+ (+ 8x) = + 8x propriedades:
+ (– 6) = – 6 - Propriedade da base igual e expoente diferente: an . am =
x2 – 3x – 1 –3x2 + 8x – 6 → reduzir os termos semelhantes. a n+m
x2 – 3x2 – 3x + 8x – 1 – 6 - Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que
– 2x2 + 5x – 7 multiplicar parte literal com parte literal e coeficiente com
Portanto: (x2 – 3x – 1) + (– 3x2 + 8x – 6) = – 2x2 + 5x – 7 coeficiente.

2 - Adicionando 4x2 – 10x – 5 e 6x + 12, teremos: 1) Multiplicação de monômio com polinômio


(4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) → eliminar os parênteses - Se multiplicarmos 3x por (5x2 + 3x – 1), teremos:
utilizando o jogo de sinal. 3x.(5x2 + 3x – 1) → aplicar a propriedade distributiva.
4x2 – 10x – 5 + 6x + 12 → reduzir os termos semelhantes. 3x.5x2 + 3x.3x + 3x.(-1)
4x2 – 10x + 6x – 5 + 12 15x3 + 9x2 – 3x
4x2 – 4x + 7 Portanto: 3x (5x2 + 3x – 1) = 15x3 + 9x2 – 3x
Portanto: (4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) = 4x2 – 4x + 7
- Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:
- Subtração -2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva.
Exemplos: -2x2 . 5x – 2x2 . (-1)
1 - Subtraindo – 3x2 + 10x – 6 de 5x2 – 9x – 8. - 10x3 + 2x2
(5x2 – 9x – 8) – (– 3x2 + 10x – 6) → eliminar os parênteses Portanto: -2x2 (5x – 1) = - 10x3 + 2x2
utilizando o jogo de sinal.
– (– 3x2) = + 3x2 2) Multiplicação de número natural
– (+ 10x) = – 10x - Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos:
– (– 6) = + 6 3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva.
5x2 – 9x – 8 + 3x2 –10x +6 → reduzir os termos 3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5
semelhantes. 6x2 + 3x + 15.
5x2 + 3x2 – 9x –10x – 8 + 6 Portanto: 3 (2x2 + x + 5) = 6x2 + 3x + 15.
8x2 – 19x – 2
Portanto: (5x2 – 9x – 8) – (– 3x2 + 10x – 6) = 8x2 – 19x – 2 3) Multiplicação de polinômio com polinômio
- Se multiplicarmos (3x – 1) por (5x2 + 2)
2 - Se subtrairmos 2x³ – 5x² – x + 21 e 2x³ + x² – 2x + 5 (3x – 1) . (5x2 + 2) → aplicar a propriedade distributiva.
teremos: 3x . 5x2 + 3x . 2 – 1 . 5x2 – 1 . 2
(2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) → eliminando os 15x3 + 6x – 5x2 – 2
parênteses através do jogo de sinais. Portanto: (3x – 1) . (5x2 + 2) = 15x3 + 6x – 5x2 – 2
2x³ – 5x² – x + 21 – 2x³ – x² + 2x – 5 → redução de termos
semelhantes. - Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos:
2x³ – 2x³ – 5x² – x² – x + 2x + 21 – 5 (2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distributiva.
0x³ – 6x² + x + 16 2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2)
– 6x² + x + 16 10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2
Portanto: (2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) = – 6x² + 10x3+ x2 + 3x – 2
x + 16 Portanto: (2x2 + x + 1) (5x – 2) = 10x3+ x2 + 3x – 2

3 - Considerando os polinômios A = 6x³ + 5x² – 8x + 15, B - Divisão


= 2x³ – 6x² – 9x + 10 e C = x³ + 7x² + 9x + 20. Calcule: 1) Divisão de monômio por monômio
a) A + B + C Ao resolvermos uma divisão onde o dividendo e o divisor
(6x³ + 5x² – 8x + 15) + (2x³ – 6x² – 9x + 10) + (x³ + 7x² + 9x são monômios devemos seguir a regra: dividimos coeficiente
+ 20) com coeficiente e parte literal com parte literal. Exemplos: 6x3
6x³ + 5x² – 8x + 15 + 2x³ – 6x² – 9x + 10 + x³ + 7x² + 9x + ÷ 3x = 6 . x3 = 2x2 3x2
20 −10 𝑥 2 𝑦 4
6x³ + 2x³ + x³ + 5x² – 6x² + 7x² – 8x – 9x + 9x + 15 + 10 + −10𝑥 2 𝑦 4 : 2𝑥𝑦 2 = = −5𝑥𝑦 2
2 𝑥 𝑦2
20
9x³ + 6x² – 8x + 45 Observação: ao dividirmos as partes literais temos que
A + B + C = 9x³ + 6x² – 8x + 45 estar atentos à propriedade que diz que base igual na divisão,
repete a base e subtrai os expoentes.
b) A – B – C Depois de relembrar essas definições veja alguns exemplos
(6x³ + 5x² – 8x + 15) – (2x³ – 6x² – 9x + 10) – (x³ + 7x² + 9x de como resolver divisões de polinômio por monômio.
+ 20) Exemplo 1: (10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2)
6x³ + 5x² – 8x + 15 – 2x³ + 6x² + 9x – 10 – x³ – 7x² – 9x – 20
6x³ – 2x³ – x³ + 5x² + 6x² – 7x² – 8x + 9x – 9x + 15 – 10 – 20

Matemática 34
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

O dividendo 10a3b3 + 8ab2 é formado por dois monômios. Exemplo:


Dessa forma, o divisor 2ab2, que é um monômio, irá dividir Determinar o quociente de P(x) = x4 + x3 – 7x2 + 9x – 1 por
cada um deles, veja: D(x) = x2 + 3x – 2.
(10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2) Resolução: Aplicando o método da chave, temos:

10𝑎3 𝑏 3 8𝑎𝑏 2 x 4  x3  7 x 2  9 x  1 x 2  3x  2
+
2𝑎𝑏 2 2𝑎𝑏 2
 x 4  3x3  2 x 2 x 2  2 x  1  Q( x)
Assim, transformamos a divisão de polinômio por  2 x3  5 x 2  9 x  1
monômio em duas divisões de monômio por monômio.
 2 x3  6 x 2  4 x
Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir
coeficiente por coeficiente e parte literal por parte literal. x2  5x  1
10𝑎3 𝑏 3 8𝑎𝑏 2  x 2  3x  2
+
⏟2𝑎𝑏 2 ⏟
2𝑎𝑏 2 2 x  1  R( x)
5𝑎2 𝑏 4
Verificamos que:
ou
x

4

x 3
- 2
7x 9x
- 1  (x 2  3x - 2) (x 2 - 2x  1)  (2x  1)
    
P(x) D(x) Q(x) R(x)

O dispositivo de Briot-Ruffini
Utiliza-se para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por
um binômio da forma (ax + b).
Exemplo: Determinar o quociente e o resto da divisão do
polinômio P(x) = 3x3 – 5x2 + x – 2 por (x – 2).
Portanto, (10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2) = 5a2b + 4 Resolução:

Exemplo 2: (9x2y3 – 6x3y2 – xy) ÷ (3x2y)

O dividendo 9x2y3 – 6x3y2 – xy é formado por três


monômios. Dessa forma, o divisor 3x2y, que é um monômio irá
dividir cada um deles, veja:
9𝑥 2 𝑦 3 6𝑥 3 𝑦 2 𝑥𝑦
− − Para resolvermos este problema, vamos seguir o passo a
3𝑥 2 𝑦 3𝑥 2 𝑦 3𝑥 2 𝑦
passo abaixo:
1) Vamos achar a raiz do divisor: x – 2 = 0 → x = 2;
Assim, transformamos a divisão de polinômio por
2) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes do
monômio em três divisões de monômio por monômio.
dividendo ordenadamente na parte de cima da reta, como
Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir
mostra a figura acima;
coeficiente por coeficiente e parte literal por parte literal.
3) O primeiro coeficiente do dividendo é repetido abaixo;
9𝑥 2 𝑦 3 6𝑥 3 𝑦 2 𝑥𝑦 1
− − ⟶ 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 − 4) Multiplicamos a raiz do divisor por esse coeficiente
3𝑥 2 𝑦 3𝑥 2 𝑦 3𝑥 2 𝑦 3𝑥 repetido abaixo e somamos o produto com o 2º coeficiente do
dividendo, colocando o resultado abaixo deste;
Portanto, 5) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número colocado
(9𝑥 2 𝑦 3 − 6𝑥 3 𝑦 2 − 𝑥𝑦): (3𝑥 2 𝑦) abaixo do 2º coeficiente e somamos o produto com o 3º
1 1𝑥 −1 coeficiente, colocando o resultado abaixo deste, e assim
= 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 − 𝑜𝑢 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 −
3𝑥 3 sucessivamente;
6) Separamos o último número formado, que é igual ao
2) Divisão de Polinômio por polinômio resto da divisão, e os números que ficam à esquerda deste
Sejam dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) não nulo. serão os coeficientes do quociente.
Efetuar a divisão de P por D é determinar dois polinômios Observe que o grau de Q(x) é uma unidade inferior ao de
Q(x) e R(x), que satisfaçam as duas condições abaixo: P(x), pois o divisor é de grau 1.
1ª) Q(x).D(x) + R(x) = P(x) Resposta: Q(x) = 3x2 + x + 3 e R(x) = 4.
2ª) gr(R) < gr(D) ou R(x)=0 Máximo divisor comum de um polinômio
Um máximo divisor comum de um grupo de dois ou mais
polinômios não nulos, de coeficientes racionais, P1(x), P2(x), ...
P( x) D( x ) , Pm(x) é um polinômio de maior grau M(x) que divide todos
os polinômios P1(x), P2(x), ... , Pm(x) .
R( x) Q( x)
M(x) também deve só conter coeficientes racionais.
Nessa divisão:
P(x) é o dividendo. Saiba: P(x) = 2x3 + x – 1 é um polinômio de coeficientes
D(x) é o divisor. racionais porque todos os coeficientes das potências xn (n = 1,
Q(x) é o quociente. 2, 3, ...) e o termo independente são números racionais. O grau
R(x) é o resto da divisão. deste polinômio é 3.
Obs: Quando temos R(x) = 0 dizemos que a divisão é exata,
ou seja, P(x) é divisível por D(x) ou D(x) é divisor de P(x).

Se D(x) é divisor de P(x)  R(x)=0

Matemática 35
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Saiba: Não se esqueça que para ser mdc é OBRIGATÓRIO que ele
P(x) = 140x5 + √2 x3 – x2 + 3 NÃO é um polinômio de seja o produto de TODOS os divisores dos polinômios dados
coeficientes racionais porque há pelo menos um coeficiente (desconsiderando as constantes multiplicativas). O grau do
das potências xn (n = 1, 2, 3, ...) ou do termo independente que mdc é único.
não é um número racional. No caso, o coeficiente irracional Questões
(que é um número real não racional) é √2 da potência cúbica.
Preste atenção: P(x) não deixa de ser um polinômio! Apenas 01. (Guarda Civil SP) O resto da divisão do polinômio x³ +
não é um polinômio racional. 3x² – 5x + 1 por x – 2 é:
(A)1
Um polinômio D(x) divide um polinômio A(x) - não nulo - (B)2
se existe um polinômio Q(x) tal que (C)10
(D)11
A(x) ≡ Q(x)D(x) (E) 12

Por exemplo, D(x) = x + 2 divide A(x) = x3 + 2x2 – 9x – 18 02. (Guarda Civil SP) Considere o polinômio
pois existe um Q(x) = x2 – 9 tal que A(x) ≡ Q(x)D(x). Veja: P(x) = 4x4 + 3x3 – 2x2 + x + k

x3 + 2x2 – 9x – 18 ≡ (x + 2)(x2 – 9) Sabendo que P(1) = 2, então o valor de P(3) é:

Denotamos D(x) | A(x) e lemos: D(x) divide A(x) ou A(x) é (A) 386.
divisível por D(x). Q(x) é o quociente. (B) 405.
(C) 324.
Procedimento (D) 81.
Obtendo um mdc usando FATORAÇÃO: (E) 368.
Obter a fatoração de P1, P2, etc... Isso quer dizer,
decomponha P1, P2, etc... em fatores com menor grau possível 03. (UESP) Se o polinômio P(x) = x3 + mx2 - 1 é divisível
onde os fatores ainda sejam polinômios racionais. por x2 + x - 1, então m é igual a:
1) Um mdc entre os polinômios é igual produto dos fatores
comuns dos polinômios. (A)-3
2) Caso não existam fatores comuns, o maior divisor (B)-2
comum é 1, logo o mdc(P1, P2, ...) = 1 (C)-1
(D)1
Exemplos: (E) 2
1) Obter um mdc entre (x2 – 2x + 1) e (x2 – 1) Respostas
x2– 2x + 1 = (x – 1)( x – 1)
x2– 1 = (x – 1)(x + 1) 01. Resposta: D.
Um mdc é (x – 1) já que é fator comum entre os polinômios
x2– 2x + 1 e x2– 1. x³ + 3x² - 5x + 1 x-2
2) Obter um mdc entre (x2 – 2x + 1) e (5x2
– 5) -(x³ - 2x²) x² + 5x + 5
x2– 2x + 1 = (x – 1)( x – 1) 5x² - 5x + 1
5x2– 5 = 5(x – 1)(x + 1)
Um mdc é (x – 1) já que é fator comum entre os polinômios -(5x² - 10x)
x2– 2x + 1 e 5x2– 5 . 5x + 1
Entretanto, em se tratando de polinômios, temos sempre a
EXISTÊNCIA de mdc (entre polinômios não nulos); e isso é -(5x -10)
garantido, uma vez que 1 divide qualquer polinômio. Mas não 11
temos a unicidade de mdc para polinômios.
Pela definição, para que um polinômio M(x) seja mdc entre 02. Resposta: A.
A(x) e B(x) - não nulos - basta que M(x) divida A(x) e B(x). P(1) = 4.1 + 3.1 – 2.1 + 1 + k =2
P(1) = 4 + 3 – 2 + 1+ k = 2
Perceba, por exemplo, que A(x) = x2 – 2x + 1 e B(x) = x2 – 1 10 + k = 2
são ambos divisíveis por x – 1, k=2–6
2x – 2, 3x – 3, – 4x + 4, ... enfim! A(x) e B(x) são divisíveis k=–4
por qualquer polinômio da forma Substituindo k, e fazendo P(3), teremos:
a(x – 1) onde a é uma constante não nula. P(3) = 4x4 + 3x³ + 2x² + x – 4
P(3) = 4.(3)4 + 3.(3)3 + 2.(3)2 + 3 -4
P(3) = 4.81 + 3.27 – 2.9 + 3 – 4
P(3) = 324 + 81 – 18 + 3 – 4
P(3) = 386

03. Resposta: E.
Pelo Teorema de D'Alembert, (x – 1) | A(x) assim como (x
– 1) | B(x), pois A(1) = B(1) = 0.

Cardica → O MDC entre polinômios não é único.


Mas se P é um mdc entre os polinômios considerados, todo
mdc entre eles pode ser escrito como a·P (a é uma constante
não nula).

Matemática 36
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

PRODUTOS NOTÁVEIS 02. Desenvolva:


2𝑥
a) (( )+4y³)²
3
Os produtos notáveis obedecem a leis especiais de
b) (2x+3y)3
formação e, por isso, não são efetuados pelas regras normais
da multiplicação de polinômios. Apresentam-se em grande
03. Resolva os seguintes termos:
número e dão origem a um conjunto de identidades de grande
a) (x4 + (1/x2))3
aplicação.
b) ((2x/3) + (4y/5)) . ((2x/3) - (4y/5)
Considere a e b, expressões em R, representando
polinômios quaisquer, apresentamos a seguir os produtos
Respostas
notáveis.
01. Resposta: D.
- Quadrado da Soma de Dois Termos: sendo a o primeiro
Temos a soma de dois cubos. Que é dada por:
termo e b o segundo termo, é igual ao quadrado do primeiro,
a3 + b3 = (a + b)(a2 - ab + b2)
mais duas vezes o primeiro pelo segundo, mais o quadrado do
Observe que:
segundo.
8 = 2³
125 = 5³
(a + b)2 = (a + b) (a + b) = a2 + 2ab + b2
Logo a = 2y e b = 5
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
Aplicando a fórmula temos:
(2y)³ + (5)³ = (2y + 5). ((2y)² - 2y.5 + 5²) → (2y + 5).(4y² -
- Quadrado da Diferença de Dois Termos: sendo a o
10y + 25)
primeiro termo e b o segundo termo, é igual ao quadrado do
Reordenando conforme as alternativas temos:
primeiro, menos duas vezes o primeiro pelo segundo, mais o
(2y + 5).(4y² + 25 - 10y)
quadrado do segundo.
2x
(a - b)2 = (a - b) (a - b) = a2 - 2ab + b2 02. a → (( ) + 4y3)2 =
3
2x 2x
(a - b)2 = a2 - 2ab + b2 ( )2 + 2 .( ).4y3 + (4y3)2 =
3 3
4 16
( )x2 + ( )xy3 + 16y6
- Produto da Soma pela Diferença de Dois Termos: 9 3
sendo a o primeiro termo e b o segundo termo, é igual ao
quadrado do primeiro menos o quadrado do segundo. b → (2x+3y)3 =
(2x)3 + 3 .(2x)2. 3y + 3 . 2x .(3y)2 + (3y)3 =
(a + b).(a – b) = a2 – ab + ab - b2 8x 3+ 36x2y + 54xy2 + 27y3
(a + b).(a – b) = a2 – b2
03. a → (x4 + (1/x2))3 =
- Cubo da Soma de Dois Termos: sendo a o primeiro (x4)3 + 3 . (x4)2 . (1/x2) + 3 . x4 . (1/x2)2 + (1/x2)3 =
termo e b o segundo termo, é igual ao cubo do primeiro, mais x12 + 3x6 + 3 + (1/x6)
três vezes o quadrado do primeiro pelo segundo, mais três
vezes o primeiro pelo quadrado do segundo, mais o cubo do b → (2x/3) + (4y/5)) . ((2x/3) - (4y/5)) =
segundo. (2x/3)2 - (4y/5)2 =
(4/9)x2 - (16/25)y2
(a + b)3 = (a + b) (a + b)2 = (a + b) (a2 + 2ab + b2)
(a + b)3 = a3 + 2a2b + ab2 + a2b + 2ab2 + b3 FATORAÇÃO
(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
Fatorar é transformar em produto.
- Cubo da Diferença de Dois Termos: sendo a o primeiro O que nos permite a simplificação de expressões algébricas
termo e b o segundo termo, é igual ao cubo do primeiro, menos na resolução de vários problemas cotidianos.
três vezes o quadrado do primeiro pelo segundo, mais três Fatorar uma expressão algébrica é modificar sua forma de
vezes o primeiro pelo quadrado do segundo, menos o cubo do soma algébrica para produto; fatorar uma expressão é obter
segundo termo. outra expressão que:
- Seja equivalente à expressão dada;
(a - b)3 = (a - b) (a2 - 2ab + b2) - Esteja na forma de produto. Na maioria dos casos, o
(a - b)3 = a3 + 2a2b + ab2 - a2b + 2ab2 - b3 resultado de uma fatoração é um produto notável.
(a - b)3 = a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 Há diversas técnicas de fatoração, supondo a, b, x e y
expressões não fatoráveis.
- Quadrado da soma de três termos: sendo a o primeiro
termo e b o segundo termo, é igual ao quadrado do primeiro, Fator Comum
mais o quadrado do segundo, mais o quadrado do terceiro, Devemos reconhecer o fator comum, seja ele numérico,
mais duas vezes o primeiro pelo segundo, mais duas vezes o literal ou misto; em seguida colocamos em evidência esse fator
primeiro pelo terceiro, mais duas vezes o segundo pelo comum, simplificamos a expressão deixando em parênteses a
terceiro. soma algébrica. Observe os exemplos abaixo:
(a + b + c)2 = a2 + b2 + c2 + 2ab + 2ac + 2bc ax + ay = a (x + y)
12x2y + 4 xy3 = 4xy (3x + y2)
Questões
Agrupamento
01. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria III – Motorista – Devemos dispor os termos do polinômio de modo que
ZAMBINI/2016) A forma fatorada da expressão 8y³ + 125 é: formem dois ou mais grupos entre os quais haja um fator
(A) (2y – 5) . (2y² + 25 – 10y) comum, em seguida, colocar o fator comum em evidência.
(B) (2y + 5) . (2y² + 25 – 10y) Observe:
(C) (2y + 5) . (4y² – 25 + 10y)
(D) (2y + 5) . (4y² + 25 – 10y) ax + ay + bx + by =

Matemática 37
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

= a (x + y) +b (x + y) = (D) 1
= (a + b) (x + y) = (E) 10242

Diferença de Quadrados 02. (PUC) Sendo x3 + 1 = (x + 1) (x2 + ax + b) para todo x


Utilizamos a fatoração pelo método de diferença de real, os valores de a e b são, respectivamente:
quadrados sempre que dispusermos da diferença entre dois (A) -1 e -1
monômios cujas literais tenham expoentes pares. A fatoração (B) 0 e 0
algébrica de tais expressões é obtida com os seguintes passos: (C) 1 e 1
- Extraímos as raízes quadradas dos fatores numéricos de (D) 1 e -1
cada monômio; (E) -1 e 1
- Dividimos por dois os expoentes das literais;
- Escrevemos a expressão como produto da soma pela 03. (F.Ibero-Americana) – O valor de A real, para que se
diferença dos novos monômios assim obtidos. tenha
𝐴. √3 = (2 + √3)3 − (2 − √3)3 é:
Por exemplo, a expressão a2 – b2 seria fatorada da seguinte (A) 2
forma: (B) 3
√𝑎2 – √𝑏 2 → (a + b).(a – b) (C) 30
(D) √30
Trinômio Quadrado Perfeito ou Quadrado Perfeito (E) √20
Uma expressão algébrica pode ser identificada como Respostas
trinômio quadrado perfeito sempre que resultar do quadrado
da soma ou diferença entre dois monômios. 01. Resposta: A.
Por exemplo, o trinômio x4 + 4x2 + 4 é quadrado perfeito, Temos 934 2872 = (934 286 +1)2 = 934 2862 + 2. 934 286
uma vez que corresponde a (x2 + 2)2. + 12
São, portanto, trinômios quadrados perfeitos todas as Montando a expressão : 934 2862 + 2. 934 286 + 12 - 934
expressões da forma a2 ± 2ab + b2, fatoráveis nas formas 2862 →
seguintes: 1 868 573 + 1 = 1 868 573
a2 + 2ab + b2 = (a + b)2
a2 - 2ab + b2 = (a - b)2 02. Resposta: E.
Como a forma fatorada de x3 + 1 = (x + 1).(x2 – x + 1), pelo
Trinômio Quadrado da Forma ax2 + bx + c enunciando temos :
Supondo sejam x1 e x2 as raízes reais do trinômio, ax2 + bx (x + 1) (x2 + ax + b) = (x + 1).(x2 – x + 1); simplificando
+ c (a ≠ 0), dizemos que: teremos
ax2 + bx + c = a (x – x1)(x – x2) x2 + ax + b = x2 – x + 1, comparando cada termo temos:
Lembre-se de que as raízes de uma equação de segundo x2 = x2 ; ax = -x, logo a = - 1 ; b = 1
grau podem ser calculadas através da fórmula de Bháskara: (
−𝑏 ± √∆ 03. Resposta: C.
𝑥= , onde ∆ = b2 – 4ac)
2𝑎
Vamos aplicar a fatoração :
Soma e Diferença de Cubos A. √3 = 23 + 3.22.√3 + 3.2. (√3 )2 + (√3) 3 –(23 - 3.22.√3 +
Se efetuarmos o produto do binômio a + b pelo trinômio a² 3.2. (√3 )2 -(√3) 3
– ab + b², obtemos o seguinte desenvolvimento: A. √3 = 8 + 12 √3 +18 + 3 √3 - 8 + 12 √3 -18 +3 √3
(a + b) (a2 – ab + b2) = a3 – a2b + ab2 + a2b – ab2 + b3 A. √3 = 24√3 + 6√3 → A. √3 = 30 √3 → A= 30
(a + b)(a2 - ab + b2) = a3 + b3
Analogamente, se calcularmos o produto de a – b por a2 + SISTEMA DO 1º GRAU
ab + b2, obtemos a3 – b3.
O que acabamos de desenvolver foram produtos notáveis Um sistema de equação do primeiro grau com duas
que nos permitem concluir que, para fatorarmos uma soma ou incógnitas x e y, pode ser definido como um conjunto formado
diferença de cubos, basta-nos inverter o processo por duas equações do primeiro grau. Lembrando que equação
anteriormente demonstrado. do primeiro grau é aquela que em todas as incógnitas estão
a3 + b3 = (a + b)(a2 - ab + b2) elevadas à potência 1.
a3 - b3 = (a - b)(a2 + ab + b2)
- Observações gerais
Cubo Perfeito Já estudamos sobre equações do primeiro grau com duas
Dado pela fatoração abaixo: incógnitas, como exemplo: x + y = 7; x – y = 30 ; x + 2y = 9 x –
(a + b)3 = a3 + 3a2b +3ab2 + b3 3y = 15
(a - b)3 = a3 - 3a2b +3ab2 - b3 Foi visto também que as equações do 1º grau com duas
variáveis admitem infinitas soluções:
Não podemos confundir o cubo da soma (a + b)3 , com a x+y=6x–y=7
soma de cubos a3 + b3.
Não podemos confundir o cubo da diferença (a - b)3 , com
a diferença entre cubos a3 - b3.

Questões

01. (ENEM) Calculando 934.2872 – 934.2862 temos como


resultado:
(A) 1 868 573 Vendo a tabela acima de soluções das duas equações, é
(B) 1 975 441 possível checar que o par (4;2), isto é, x = 4 e y = 2, é a solução
(C) 2 para as duas equações.

Matemática 38
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Assim, é possível dizer que as equações Ex.:


x+y=6 3x + 2y = 4
x–y=7 2x + 3y = 1

{ Observe este símbolo. A matemática convencionou Ao somarmos os termos acima, temos:


5x + 5y = 5, então para anularmos o “x” e encontramos o
neste caso para indicar que duas ou mais equações formam um valor de “y”, fazemos o seguinte:
sistema. » multiplica-se a 1ª equação por +2
» multiplica-se a 2ª equação por – 3
- Resolução de sistemas
Resolver um sistema significa encontrar um par de valores Vamos calcular então:
das incógnitas x e y que faça verdadeira as equações que fazem 3x + 2y = 4 ( x +2)
parte do sistema. 2x + 3y = 1 ( x -3)
6x +4y = 8
Exemplo: -6x - 9y = -3 +
O par (4,3 ) pode ser a solução do sistema -5y = 5
x–y=2 y = -1
x+y=6
Substituindo:
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta 2x + 3y = 1
substituir os valores em ambas as equações: 2x + 3.(-1) = 1
x-y=2 ; x+y=6 2x = 1 + 3
4–3=1 ;4+3=7 x=2
1 ≠ 2 (falso) 7 ≠ 6 (falso)
A resposta então é falsa. O par (4,3) não é a solução do Verificando:
sistema de equações acima. 3x + 2y = 4 → 3.(2) + 2(-1) = 4 → 6 – 2 = 4
2x + 3y = 1 → 2.(2) + 3(-1) = 1 → 4 – 3 = 1
- Métodos para solução de sistemas do 1º grau.
- Gráfico de um sistema do 1º grau
Método de substituição Dispondo de dois pontos, podemos representa-los
Esse método de resolução de um sistema de 1º grau graficamente em um plano cartesiano. A figura formada por
estabelece que “extrair” o valor de uma incógnita é substituir esses pontos é uma reta.
esse valor na outra equação. Exemplo:
Observe: Dado x + y = 4 , vamos traçar o gráfico desta equação.
x–y=2 Vamos atribuir valores a x e a y para acharmos os pontos no
x+y=4 gráfico.
Vamos escolher uma das equações para “extrair” o valor de Unindo os pontos traçamos a reta, que contém todos os
uma das incógnitas, ou seja, estabelecer o valor de acordo com pontos da equação. A essa reta damos o nome de reta suporte.
a outra incógnita, desta forma:
x–y=2→x=2+y
Agora iremos substituir o “x” encontrado acima, na “x” da
segunda equação do sistema:
x+y=4
(2 + y ) + y = 4
2 + 2y = 4 → 2y = 4 – 2 → 2y = 2 → y = 1
Temos que: x = 2 + y, então
x=2+1
x=3
Assim, o par (3, 1) torna-se a solução verdadeira do
sistema.

Método da adição Questões


Este método de resolução de sistema do 1º grau consiste
apenas em somas os termos das equações fornecidas. 01. Em uma gincana entre as três equipes de uma escola
Observe: (amarela, vermelha e branca), foram arrecadados 1 040
x–y=-2 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou 50
3x + y = 5 quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30
Neste caso de resolução, somam-se as equações dadas: quilogramas a menos que a equipe branca. A quantidade de
x – y = -2 alimentos arrecadada pela equipe vencedora foi, em
3x + y = 5 + quilogramas, igual a
4x = 3 (A) 310
x = 3/4 (B) 320
Veja nos cálculos que quando somamos as duas equações (C) 330
o termo “y” se anula. Isto tem que ocorrer para que possamos (D) 350
achar o valor de “x”. (E) 370
Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e os
valores de “x” ou “y” não se anularem para ficar somente uma 02. Os cidadãos que aderem voluntariamente à Campanha
incógnita? Nacional de Desarmamento recebem valores de indenização
Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de entre R$150,00 e R$450,00 de acordo com o tipo e calibre do
multiplicação pelo valor excludente negativo. armamento. Em uma determinada semana, a campanha

Matemática 39
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

arrecadou 30 armas e pagou indenizações somente de EQUAÇÃO DO 2º GRAU


R$150,00 e R$450,00, num total de R$7.500,00.
Determine o total de indenizações pagas no valor de Uma equação é uma expressão matemática que possui em
R$150,00. sua composição incógnitas, coeficientes, expoentes e um sinal
(A) 20 de igualdade. As equações são caracterizadas de acordo com o
(B) 25 maior expoente de uma das incógnitas.
(C) 22
(D) 24
(E) 18 Em que a, b, c são números reais e a ≠ 0.

03. A razão entre a idade de Cláudio e seu irmão Otávio é Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os números
3, e a soma de suas idades é 28. Então, a idade de Marcos que reais expressos por a, b, c são chamados coeficientes da
é igual a diferença entre a idade de Cláudio e a idade de Otávio equação.
é
(A) 12. Equação completa e incompleta:
(B) 13. - Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz
(C) 14. completa.
(D) 15. Exemplos:
(E) 16. x2 - 5x + 6 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 5, c
Respostas = 6).
-3y2 + 2y - 15 = 0 é uma equação completa (a = -3, b = 2, c
01. Resposta: E. = -15).
Amarela: x
Vermelha: y - Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se
Branca: z diz incompleta.
x = y + 50 Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c
y = z - 30 = 0, que é denominada forma normal ou forma reduzida de
z = y + 30 uma equação do 2º grau com uma incógnita.
𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1040 Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão
{ 𝑥 = 𝑦 + 50 escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio de transformações
𝑧 = 𝑦 + 30 convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo e o
Substituindo a II e a III equação na I: multiplicativo, podemos reduzi-las a essa forma.
𝑦 + 50 + 𝑦 + 𝑦 + 30 = 1040 Exemplo: Pelo princípio aditivo.
3𝑦 = 1040 − 80 2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
y = 320 2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
Substituindo na equação II 2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0
x = 320 + 50 = 370 3x2 – 7x + 3 = 0
z=320+30=350
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg Exemplo: Pelo princípio multiplicativo.
2 1 x
02. Resposta: A.  
x 2 x4
Armas de R$150,00: x
Armas de R$450,00: y
150𝑥 + 450𝑦 = 7500 4.x  4  xx  4 2x 2

{
𝑥 + 𝑦 = 30 2 x x  4  2 x x  4
4(x – 4) – x(x – 4) = 2x2
x = 30 – y 4x – 16 – x2 + 4x = 2x2
Substituindo na 1ª equação: – x2 + 8x – 16 = 2x2
– x2 – 2x2 + 8x – 16 = 0
150(30 − 𝑦) + 450𝑦 = 7500 – 3x2 + 8x – 16 = 0
4500 − 150𝑦 + 450𝑦 = 7500
300𝑦 = 3000 Raízes de uma equação do 2º grau
𝑦 = 10 Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma
𝑥 = 30 − 10 = 20 equação, transforma-a numa sentença verdadeira. As raízes
O total de indenizações foi de 20. formam o conjunto verdade ou solução de uma equação.

03. Resposta: C. Resolução das equações incompletas do 2º grau com


Cláudio :x uma incógnita.
Primeiramente devemos saber duas importante
Otávio: y propriedades dos números Reais que é o nosso conjunto
𝑥
=3 Universo.
𝑦
𝑥 = 3𝑦
{ 1º) Se x ϵ R, y ϵ R e x.y=0, então x= 0 ou y=0
𝑥 + 𝑦 = 28
𝑥 + 𝑦 = 28 2º) Se x ϵ R, y ϵ R e x2=y, então x= √y ou x=-√y
3y + y = 28
4y = 28
y = 7 x = 21
Marcos: x – y = 21 – 7 = 14
1º Caso) A equação é da forma ax2 + bx = 0.
x2 – 9x = 0  colocamos x em evidência

Matemática 40
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

x . (x – 9) = 0 , aplicando a 1º propriedade dos reais temos: Como Δ < 0, a equação não tem raízes reais.
x=0 ou x–9=0 Então: S = ᴓ
x=9
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação. Relação entre os coeficientes e as raízes
As equações do 2º grau possuem duas relações entre suas
2º Caso) A equação é da forma ax2 + c = 0. raízes, são as chamadas relações de Girard, que são a Soma (S)
x2 – 16 = 0  Fatoramos o primeiro membro, que é uma e o Produto (P).
diferença de dois quadrados.
(x + 4) . (x – 4) = 0, aplicando a 1º propriedade dos reais 𝒃
1) Soma das raízes é dada por: 𝑺 = 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 = −
𝒂
temos:
x+4=0 x–4=0 𝒄
x=–4 x=4 2) Produto das raízes é dada por: 𝑷 = 𝒙𝟏 . 𝒙𝟐 =
𝒂
ou
x2 – 16 = 0 → x2 = 16 → √x2 = √16 → x = ± 4, (aplicando a Logo podemos reescrever a equação da seguinte forma:
segunda propriedade).
Logo, S = {–4, 4}. x2 – Sx + P=0
Exemplo:
Resolução das equações completas do 2º grau com Determine uma equação do 2º grau cujas raízes sejam os
uma incógnita. números 2 e 7.
Para este tipo de equação utilizaremos a Fórmula de Resolução:
Bháskara. Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou Pela relação acima temos:
fórmula de Bháskara. S = 2+7 = 9 e P = 2.7 = 14 → Com esses valores montamos
a equação: x2 -9x +14 =0

Questões

01. Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma


equação de segundo grau, o valor de m deverá,
Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai
necessariamente, ser diferente de:
depender do discriminante Δ; temos então, três casos a
(A) 1.
estudar.
(B) 2.
(C) 3.
Duas raízes reais distintas.
(D) 0.
(E) 9.
b 
Δ>0 x'  02. Qual a equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2?
1º caso 2.a (A) x²-3x+4=0
(Positivo) (B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
b  (D) 2x²-5x+3=0
x '' 
2.a 03. O dobro da menor raiz da equação de 2º grau dada por
x²-6x=-8 é:
Duas raízes reais iguais. (A) 2
Δ=0 (B) 4
2º caso b (C) 8
(Nulo) x’ = x” = (D) 12
2a Respostas

Δ<0 Não temos raízes reais. 01. Resposta: C.


3º caso Neste caso o valor de a ≠ 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
(Negativo) 3m - 9 ≠ 0 → 3m ≠ 9 → m ≠ 3

02. Resposta: D.
A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
duas ou uma única dependem, exclusivamente, do x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas
discriminante Δ = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas
expressão. raízes multiplicadas resultam no valor de c.

Exemplo: 3 5
1) Resolver a equação 3x2 + 7x + 9 = 0 no conjunto R. 𝑆 =1+ = =𝑏
2 2
Temos: a = 3, b = 7 e c = 9
3 3
𝑃 =1∙ = = 𝑐 ; 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜
2 2

5 3
𝑥2 − 𝑥 + = 0
2 2
−7 ± √−59 2𝑥 2 − 5𝑥 + 3 = 0
𝑥=
6
Matemática 41
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

03. Resposta: B. Usando seus conhecimentos matemáticos, Pedrinho concluiu


x²-6x+8=0 que a parte mais extensa da lagoa mede:
∆= (−6)2 − 4.1.8 ⇒ 36 − 32 = 4

−(−6)±√4 6±2
𝑥= ⇒𝑥=
2.1 2

6+2
𝑥1 = =4
2

6−2
𝑥2 = =2 (A) 30
2
(B) 28
Dobro da menor raiz: 22=4 (C) 26
(D) 35
Referências (E) 42
www.somatematica.com.br
03. Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 10 cm e
um dos catetos mede 6 cm, pede-se determinar as medidas do
11. Relações métricas e outro cateto, a altura e as projeções dos catetos.
trigonométricas nos
Respostas
triângulos retângulos:
aplicação do teorema de 01. Resposta: 𝟐√𝟏𝟑
Pitágoras. 2𝑥
Do enunciado se um cateto é x o outro é , e em um
3
triângulo retângulo para calcular a área, uma cateto é a base e
𝑏.ℎ
o outro é a altura, e a fórmula da área é 𝐴 = , então:
RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO 2
A = 12
2𝑥
Na figura abaixo temos um triângulo retângulo cuja 𝑥.
3
= 12
hipotenusa é a base e h é a altura relativa a essa hipotenusa: 2

2𝑥 2
= 12 → 2x2 = 12.6 → 2x2 = 72 → x2 = 72 : 2
6

x2 = 36 → 𝑥 = √36 = 6
2.6
Sendo: Uma cateto mede 6 e o outro = 4, pelo teorema de
3
A= hipotenusa Pitágoras, sendo a a hipotenusa:
b e c = catetos a2 = 6 2 + 4 2
h= altura a2 = 36 + 16
m e n = projeções do catetos a2 = 52
Por semelhança de triângulos temos quatro relações 𝑎 = √52
métricas válidas somente para triângulos retângulos que são:
𝑎 = √13.4
I) Teorema de Pitágoras: O quadrado da hipotenusa é 𝑎 = 2√13
igual à soma dos quadrados dos catetos.
HIP2 = CAT2 + CAT2 02. Resposta: A.
Pelo teorema de Pitágoras:
̅̅̅̅
𝐴𝐶 2 = 242 + 182
II) O quadrado de um cateto é igual ao produto da
̅̅̅̅ 2 = 576 + 324
𝐴𝐶
hipotenusa pela projeção do cateto.
̅̅̅̅ 2 = 900
𝐴𝐶
CAT2 = HIP.PROJ
̅̅̅̅
𝐴𝐶 = √900
III) O quadrado da altura é igual ao produto das projeções ̅̅̅̅
𝐴𝐶 = 30
dos catetos.
ALT2 = PROJ.PROJ 03. Resposta 8 cm
Do enunciado um cateto mede 6 cm e a hipotenusa 10 cm,
IV) O produto da hipotenusa pela altura é igual ao produto pelo teorema de Pitágoras:
dos catetos. 102 = x2 + 62
HIP.ALT = CAT.CAT 100 = x2 + 36
100 – 36 = x2
Questões x2 = 64
x = √64
01. A área de um triângulo retângulo é 12 dm2. Se um dos x = 8 cm
catetos é 2/3 do outro, calcule a medida da hipotenusa desse
triângulo. TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

02. (UEL) Pedrinho não sabia nadar e queria descobrir a Em todo triângulo retângulo os lados recebem nomes
medida da parte mais extensa (AC) da "Lagoa Funda". Depois especiais. O maior lado (oposto do ângulo de 90°) é chamado
de muito pensar, colocou 3 estacas nas margens da lagoa, de Hipotenusa e os outros dois lados menores (opostos aos
esticou cordas de A até B e de B até C, conforme figura abaixo. dois ângulos agudos) são chamados de Catetos.
Observe a figura:
Medindo essas cordas, obteve: AB = 24 m e BC = 18 m.
Matemática 42
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(D) 400
(E) 500

02. Sobre um plano inclinado deverá ser construída uma


escadaria.

Para estudo de Trigonometria, são definidos no


triângulo retângulo, três razões chamadas trigonométricas:
seno, cosseno e tangente. Sabendo-se que cada degrau da escada deverá ter um
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
altura de 20 cm e que a base do plano inclinado medem 280√3
- 𝑠𝑒𝑛 = cm, conforme mostra a figura acima, então, a escada deverá
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎
ter:
- 𝑐𝑜𝑠 =
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 (A) 10 degraus
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 (B) 28 degraus
(C) 14 degraus
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
- 𝑡𝑔 = (D) 54 degraus
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
(E) 16 degraus

03. A uma distância de 40 m, uma torre é vista sob um


ângulo 𝛼, como mostra a figura.

No triângulo acima, temos:

Sabendo que sen20° = 0,342 e cos20° = 0,940, a altura da


torre, em metros, será aproximadamente:
(A) 14,552
(B) 14,391
Como podemos notar, 𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑐𝑜𝑠𝛽 e 𝑠𝑒𝑛𝛽 = 𝑐𝑜𝑠𝛼.
(C) 12,552
Em todo triângulo a soma dos ângulos internos é igual a
(D) 12,391
180°.
(E) 16,552
No triângulo retângulo um ângulo mede 90°, então:
Respostas
90° + α + β = 180°
α + β = 180° - 90°
01. Resposta: C.
α + β = 90°
Do enunciado temos a seguinte figura.
Quando a soma de dois ângulos é igual a 90°, eles são
chamados de Ângulos Complementares. E, neste caso, sempre
o seno de um será igual ao cosseno do outro.
600 m é a hipotenusa e h é o cateto oposto ao ângulo dado,
Valores Notáveis então temos que usar o seno.
A tabela a seguir representa os valores de seno, cosseno e sen30° =
cat. oposto
tangente dos ângulos de 30°, 45° e 60°, considerados os três hipotenusa
ângulos notáveis da trigonometria.
1 h
= → 2h = 600 → h = 600 : 2 = 300 m
2 600

02. Resposta: C.
Para saber o número de degraus temos que calcular a
̅̅̅̅ do triângulo e dividir por 20 (altura de cada degrau).
altura BC
No triângulo ABC, ̅̅̅̅
BC e ̅̅̅̅
AC são catetos, a relação entre os dois
catetos é a tangente.
cat.oposto ̅̅̅̅
BC
tg30° = = ̅̅̅̅
cat.adjacente AC
Questões

01. Um avião levanta voo formando um ângulo de 30° com


a horizontal. Sua altura, em metros, após ter percorridos 600
m será: Número de degraus = 280 : 20 = 14
(A) 100
(B) 200
(C) 300

Matemática 43
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

03. Resposta: A. (A) 3 milhas a sudoeste.


Observando a figura, nós temos um triângulo retângulo, (B) 3 milhas a sudeste.
vamos chamar os vértices de A, B e C. (C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.

03. Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 13 cm e


um dos catetos mede 5 cm, qual é a medida do outro cateto?
(A) 10
Como podemos ver h e 40 m são catetos, a relação a ser (B) 11
usada é a tangente. Porém no enunciado foram dados o sen e o (C) 12
cos. Então, para calcular a tangente, temos que usar a relação (D) 13
fundamental: (E) 14
𝑠𝑒𝑛𝛼 0,342
𝑡𝑔𝛼 = → 𝑡𝑔𝛼 = → tg𝛼 = 0,3638 Respostas
𝑐𝑜𝛼𝑥 0,940

̅̅̅̅
𝐴𝐶 ℎ
01. Resposta: D.
𝑡𝑔𝛼 = ̅̅̅̅ → 0,363 = → h = 40.0,363 → h = 14,552 m
𝐴𝐵 40
02. Resposta: E.
TEOREMA DE PITÁGORAS

Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de


hipotenusa e os outros dois lados são os catetos.

x2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
x = √25 = 5
- “Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa
é igual à soma dos quadrados dos catetos”. 03. Resposta: C.
132 = x2 + 52
a2 = b2 + c2 169 = x2 + 25
169 – 25 = x2
Questões x2 = 144
x = √144 = 12 cm
01. Millôr Fernandes, em uma bela homenagem à
Matemática, escreveu um poema do qual extraímos o
fragmento abaixo:
Às folhas tantas de um livro de Matemática, um Quociente
12. Funções: Função do 1º
apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita. grau. Função quadrática.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do Ápice à Base: Função exponencial. Função
uma figura Ímpar; olhos romboides, boca trapezoide, corpo
retangular, seios esferoides.
logarítmica.
Fez da sua uma vida paralela à dela, até que se
encontraram no Infinito.
“Quem és tu” – indagou ele em ânsia Radical. FUNÇÃO DO 1º GRAU OU FUNÇÃO AFIM OU
“Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me POLINOMIAL DO 1º GRAU
chamar de Hipotenusa.” (Millôr Fernandes – Trinta Anos de
Mim Mesmo). Recebe ou é conhecida por um desses nomes, sendo por
A Incógnita se enganou ao dizer quem era. Para atender ao definição: Toda função f: R → R, definida por:
Teorema de Pitágoras, deveria dar a seguinte resposta:
(A) “Sou a soma dos catetos. Mas pode me chamar de F(x) = ax + b
Hipotenusa.”
(B) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me Com a ϵ R* e b ϵ R.
chamar de Hipotenusa.” O domínio e o contradomínio é o conjunto dos números
(C) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me reais (R) e o conjunto imagem coincide com o contradomínio,
chamar de quadrado da Hipotenusa.” Im = R.
(D) “Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me Quando b = 0, chamamos de função linear.
chamar de quadrado da Hipotenusa.”
(E) Nenhuma das anteriores.

02. Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas


para o oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas para o
sul chegando a um ponto C, depois 13 milhas para o leste
chagando a um ponto D e finalmente 9 milhas para o norte
chegando a um ponto E. Onde o barco parou relativamente ao
ponto de partida?

Matemática 44
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Tipos de Função
Função constante: é toda função definida f: R → R, para
cada elemento de x, temos a mesma imagem, ou seja, o mesmo
f(x) = y. Podemos dizer que y = f(x) = k.

Observe os gráficos abaixo da função constante

Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora


quando, qualquer que seja a reta horizontal que interceptar o
eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma
vez o gráfico da função.

A reresentação gráfica de uma função do constante, é uma


reta paralela ao eixo das abscissas ou sobre o eixo (igual ao
eixo abscissas).

Função Identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Quando temos este caso
chamamos a função de identidade, notamos que os valores de
x e y são iguais, quando a reta corta os quadrantes ímpares
e y = - x, quando corta os quadrantes pares.
A reta que representa a função identidade é denominada
de bissetriz dos quadrantes ímpares:

Função Bijetora: uma função é dita bijetora quando é


injetora e sobrejetora ao mesmo tempo. Exemplo:

E no caso abaixo a reta é a bissetriz dos quadrantes pares.

Exemplo:
A função f : [1; 3] → [3; 5], definida por f(x) = x + 2, é uma
função bijetora.

Função Injetora: Quando para n elementos distintos do


domínio apresentam imagens também distintas no
contradomínio. Exemplo:

Função Ímpar e Função Par


Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando, Dizemos que uma função é par quando para todo elemento
uma reta horizontal, qualquer que seja interceptar o gráfico da x pertencente ao domínio temos 𝑓(𝑥) = 𝑓(−𝑥), ∀ 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓).
função, uma única vez. Ou seja os valores simétricos devem possuir a mesma imagem.
Par melhor compreensão observe o diagrama abaixo:

Função Sobrejetora: Quando todos os elementos do


contradomínio forem imagens de pelo menos um elemento do
domínio. Exemplo:

Matemática 45
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

A função é dita ímpar quando para todo elemento x


pertencente ao domínio, temos f(-x) = -f(x) ∀ x є D(f). Ou seja
os elementos simétricos do domínio terão imagens simétricas.
Observe o diagrama abaixo:

Função crescente e decrescente


A função pode ser classificada de acordo com o valor do
coeficiente a (coeficiente angular da reta), se a > 0, a
função é crescente, caso a < 0, a função é decrescente. A
função é caracterizada por uma reta.

Exemplo:
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
2x = 4
4
x=
2
x=2
A função se anula para x = 2.

Questões

01. O gráfico apresenta informações do lucro, em reais,


sobre a venda de uma quantidade, em centenas, de um produto
em um hipermercado.

Através do gráfico da função notamos que:


-Para função é crescente o ângulo formado entre a reta da
função e o eixo x (horizontal) é agudo (< 90º) e
- Para função decrescente o ângulo formado é obtuso (> 90º).

Zero ou Raiz da Função


Chama-se zero ou raiz da função y = ax + b, o valor de x
que anula a função, isto é, o valor de x para que y ou f(x) seja
igual à zero.
Sabendo-se que é constante a razão entre a variação do
lucro e a variação da quantidade vendida e que se pretende ter
um lucro total não menor que R$ 90.500,00 em 10 dias de
venda desse produto, então a média diária de unidades que
Para achar o zero da função y = ax + b, basta igualarmos y deverão ser vendidas, nesse período, deverá ser, no mínimo,
ou f(x) a valor de zero, então assim teremos uma equação do de:
1º grau, ax + b = 0. (A) 8 900.
(B) 8 950.
Estudo do sinal da função: (C) 9 000.
Estudar o sinal da função y = ax + b é determinar os valores (D) 9 050.
reais de x para que: (E) 9 150.
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0); 02. Em determinado estacionamento cobra-se R$ 3,00 por
- A função seja negativa (y < 0). hora que o veículo permanece estacionado. Além disso, uma
taxa fixa de R$ 2,50 é somada à tarifa final. Seja t o número de
Vejamos abaixo o estudo do sinal: horas que um veículo permanece estacionado e T a tarifa final,
assinale a seguir a equação que descreve, em reais, o valor de
T:
(A) T = 3t
(B) T = 3t + 2,50
(C) T = 3t + 2.50t

Matemática 46
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(D) T = 3t + 7,50 Representação gráfica da Função


(E) T = 7,50t + 3 O gráfico da função é constituído de uma curva aberta
chamada de parábola.
03. Dada a função f(x) = −4x +15 , sabendo que f(x) = 35,
então Exemplo:
(A) x = 5. Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 + x.
(B) x = 6. Atribuindo à variável x qualquer valor real, obteremos em
(C) x = -6. correspondência os valores de y, vamos construir o gráfico da
(D) x = -5. função:
Respostas
x y
01. Resposta: E.
Pelo enunciado temos que, a razão constante entre -3 6
variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade (ΔQ) vendida:
∆𝐿 7000 − (−1000) 8000
𝑅= →𝑅= →𝑅= → 𝑅 = 100 -2 2
∆𝑄 80 − 0 80
-1 0
Como se pretende ter um lucro maior ou igual a R$
90.500,00, logo o lucro final tem que ser pelo menos 90.500,00
-1/2 -1/4
Então fazendo a variação do lucro para este valor temos:
ΔL = 90500 – (-1000) = 90500 + 1000 = 91500
Como é constante a razão entre a variação de lucro (ΔL) e 0 0
variação de quantidade (ΔQ) vendida, vamos usar o valor
encontrado para acharmos a quantidade de peças que 1 2
precisam ser produzidas:
2 6
∆𝐿 91500 91500
𝑅= → 100 = → 100∆𝑄 = 91500 → ∆𝑄 =
∆𝑄 ∆𝑄 100
→ ∆𝑄 = 915 1) Como o valor de a > 0 a concavidade está voltada para
cima;
Como são em 10 dias, termos 915 x 10 = 9150 peças que 2) -1 e 0 são as raízes de f(x);
deverão ser vendidas, em 10 dias, para que se obtenha como
3) c é o valor onde a curva corta o eixo y neste caso, no 0
lucro pelo menos um lucro total não menor que R$ 90.500,00
(zero)
02. Resposta: B. 4) O valor do mínimo pode ser observado nas
Equacionando as informações temos: 3 deve ser extremidades (vértice) de cada parábola: -1/2 e -1/4
multiplicado por t, pois depende da quantidade de tempo, e
acrescentado 2,50 fixo Concavidade da Parábola
T = 3t + 2,50 No caso das funções definida por um polinômio do 2º grau,
a parábola pode ter sua concavidade voltada para cima (a > 0)
03. Resposta: D. ou voltada para baixo (a < 0).
35 = - 4x + 15 → - 4x = 20 → x = - 5

Referências
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora
Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora
Saraiva:1996

FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU OU FUNÇÃO


QUADRÁTICA
Vértice da parábola
Chama-se “função do 2º grau”, função quadrática, função Toda parábola tem um ponto de ordenada máxima ou
polinomial do 2º grau ou função trinômio do 2º grau, toda ponto de ordenada mínima, a esse ponto denominamos
função f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da vértice. Dado por V (xv , yv).
forma:

Com a, b e c reais e a ≠ 0.

Onde:
a é o coeficiente de x2
b é o coeficiente de x
c é o termo independente - Eixo de simetria
É aquele que dado o domínio a imagem é a mesma. Isso faz
Exemplos: com que possamos dizer que a parábola é simétrica a reta que
y = x2 – 16, sendo a = 1, b = 0 e c = – 16 passa por xv, paralela ao eixo y, na qual denominamos eixo de
f(x) = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0 simetria. Vamos entender melhor o conceito analisando o
exemplo: y = x2 + 2x – 3 (início do assunto).
Atribuímos valores a x, achamos valores para y. Temos
que:

Matemática 47
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

f (-3) = f (1) = 0 que deixam a função nula. Com isso aplicamos o método de
f (-2) = f (0) = -3 resolução da equação do 2º grau.
ax2 + bx + c = 0
Conjunto Domínio e Imagem
Toda função com Domínio nos Reais (R) que possui a > 0, A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o
sua concavidade está voltada para cima, e o seu conjunto auxílio da chamada “fórmula de Bháskara”.
imagem é dado por:
−∆ −∆
𝑰𝒎 = {𝒚 ∈ 𝑹| 𝒚 ≥ } 𝒐𝒖 𝑰𝒎 = [ ; +∞[ b 
𝟒𝒂 𝟒𝒂 x , onde, = b2 – 4.a.c
2.a
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com
o eixo y são fundamentais para traçarmos um esboço do
gráfico de uma função do 2º grau.

Forma fatorada das raízes: f (x) = a (x – x1) (x – x2).


Esta fórmula é muito útil quando temos as raízes e
precisamos montar a sentença matemática que expresse a
Logo se a < 0, a concavidade estará voltada para baixo, o
função.
seu conjunto imagem é dado por:
−∆ −∆
𝑰𝒎 = {𝒚 ∈ 𝑹| 𝒚 ≤ } 𝒐𝒖 𝑰𝒎 = ]−∞; ] Estudo da variação do sinal da função
𝟒𝒂 𝟒𝒂 Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os
valores reais de x que tornam a função positiva, negativa ou
nula.
Abaixo podemos resumir todos os valores assumidos pela
função dado a e Δ (delta).

Coordenadas do vértice da parábola


Como visto anteriormente a função apresenta como eixo
de simetria uma reta vertical que intercepta o gráfico num
ponto chamado de vértice.
As coordenadas do vértice são dadas por:
Observe que:
Quando Δ > 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em dois
pontos distintos, e temos duas raízes reais distintas.
Quando Δ = 0, o gráfico corta e tangencia o eixo dos x em
um ponto e temos duas raízes iguais.
Quando Δ < 0, o gráfico não corta e não tangencia o eixo
dos x em nenhum ponto e não temos raízes reais.
Onde: Exemplo:
x1 e x2 são as raízes da função. Considere a função quadrática representada pelo gráfico
abaixo, vamos determinar a sentença matemática que a define.
Valor máximo e valor mínimo da função definida por
um polinômio do 2º grau
- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada
mínima. Nesse caso, o vértice é chamado ponto de mínimo e
a ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada
máxima. Nesse caso, o vértice é ponto de máximo e a
ordenada do vértice é chamada valor máximo da função.

Resolução:
Como conhecemos as raízes x1 e x2 (x1= -4 e x2 = 0),
podemos nos da forma fatorada temos:
f (x) = a.[ x – (-4)].[x – 0] ou f (x) = a(x + 4).x .
O vértice da parábola é (-2,4), temos:
4 = a.(-2 + 4).(-2) → a = -1
Logo, f(x) = - 1.(x + 4).x → (-x – 4x).x → -x2 – 4x
Raízes ou zeros da função definida por um polinômio
do 2º grau Questões
As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c
são os valores de x reais tais que f(x) = 0, ou seja são valores 01. Duas cidades A e B estão separadas por uma distância
d. Considere um ciclista que parte da cidade A em direção à

Matemática 48
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

cidade B. A distância d, em quilômetros, que o ciclista ainda X=0,9


precisa percorrer para chegar ao seu destino em função do A distância AB é 0,9+0,9=1,8
100−𝑡 2
tempo t, em horas, é dada pela função 𝑑(𝑡) = . Sendo
𝑡+1 Referências
assim, a velocidade média desenvolvida pelo ciclista em todo o BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora
percurso da cidade A até a cidade B é igual a Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora
(A) 10 Km/h Saraiva:1996
(B) 20 Km/h
(C) 90 Km/h FUNÇÃO EXPONENCIAL
(D) 100 Km/h
As funções exponenciais são aquelas que crescem ou
02. Uma indústria produz mensalmente x lotes de um decrescem muito rapidamente. Elas desempenham papéis
produto. O valor mensal resultante da venda deste produto é fundamentais na Matemática e nas ciências envolvidas com
V(x)=3x²-12x e o custo mensal da produção é dado por ela, como: Física, Química, Engenharia, Astronomia, Economia,
C(x)=5x²-40x-40. Sabendo que o lucro é obtido pela diferença Biologia, Psicologia e outras.
entre o valor resultante das vendas e o custo da produção,
então o número de lotes mensais que essa indústria deve Definição
vender para obter lucro máximo é igual a A função exponencial é a definida como sendo a inversa da
(A) 4 lotes. função logarítmica natural, isto é:
(B) 5 lotes.
(C) 6 lotes.
(D) 7 lotes.
(E) 8 lotes. Podemos concluir, então, que a função exponencial é
definida por:
03. A figura ilustra um arco decorativo de parábola AB
sobre a porta da entrada de um salão:
Gráficos da Função Exponencial

Função exponencial
0<a<1

Considere um sistema de coordenadas cartesianas com


centro em O, de modo que o eixo vertical (y) passe pelo ponto
mais alto do arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos
de apoio desse arco sobre a porta (A e B).
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse
arco é f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-se afirmar que a
̅̅̅̅ , em metros, é igual a
distância 𝐴𝐵
(A) 2,1. - Domínio = lR
(B) 1,8. - Contradomínio = lR+
(C) 1,6. - f é injetora
(D) 1,9. - f(x) > 0 , ⍱ x Є lR
(E) 1,4. - f é continua e diferenciável em lR
Respostas - A função é estritamente decrescente.
- limx→ -∞ ax = + ∞
01. Resposta: A. - limx→ +∞ ax = 0
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0: - y = 0 é assíntota horizontal
100−02
𝑑(0) = = 100𝑘𝑚
0+1 Função exponencial
a>1
Agora, vamos substituir na função:
100−𝑡 2
0=
𝑡+1

100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
𝑡 = √100 = 10𝑘𝑚/ℎ

02. Resposta: D.
L(x)=3x²-12x-5x²+40x+40 - Domínio = lR
L(x)=-2x²+28x+40 - Contradomínio = lR+
𝑏 28 - f é injetiva
𝑥𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = − = − = 7 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 - f(x) > 0 , ⍱ x Є lR
2𝑎 −4
- f é continua e diferenciável em lR
03. Resposta: B. - A função é estritamente crescente.
C=0,81, pois é exatamente a distância de V - limx→ +∞ ax = + ∞
F(x)=-x²+0,81 - limx→ -∞ ax = 0
0=-x²+0,81 - y = 0 é assíntota horizontal
X²=0,81

Matemática 49
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Propriedades da Função Exponencial determinada região em um determinado período de tempo. A


Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um função 𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡 modela o comportamento de
número racional, então: uma determinada cidade quanto ao seu crescimento
- ax ay= ax + y populacional em um determinado período de tempo, em que P
- ax / ay= ax - y é a população em milhares de habitantes e t é o número de
- (ax) y= ax.y anos desde 1980.
- (a b)x = ax bx Qual a taxa média de crescimento populacional anual dessa
- (a / b)x = ax / bx cidade?
- a-x = 1 / ax (A) 1,023%
(B) 1,23%
Estas relações também são válidas para exponenciais de (C) 2,3%
base e (e = número de Euller = 2,718...) (D) 0,023%
- y = ex se, e somente se, x = ln(y) (E) 0,23%
- ln(ex) =x
- ex+y= ex.ey 02. Uma população P cresce em função do tempo t (em
- ex-y = ex/ey anos), segundo a sentença 𝑷 = 𝟐𝟎𝟎𝟎 . 𝟓𝟎,𝟏 .𝒕 . Hoje, no instante
- ex.k = (ex)k t = 0, a população é de 2 000 indivíduos. A população será de
50 000 indivíduos daqui a
A Constante de Euler (A) 20 anos.
Existe uma importantíssima constante matemática (B) 25 anos.
definida por (C) 50 anos.
e = exp(1) (D) 15 anos.
O número e é um número irracional e positivo e em função (E) 10 anos.
da definição da função exponencial, temos que: Respostas
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao 01. Resposta: C.
matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos 𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡
primeiros a estudar as propriedades desse número. Primeiramente, vamos calcular a população inicial,
O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é: fazendo t = 0:
e = 𝑃(0) = 234 . (1,023)0 = 234 . 1 = 234 mil
2,718281828459045235360287471352662497757 Agora, vamos calcular a população após 1 ano, fazendo t =
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode 1:
ser escrita como a potência de base e com expoente x, isto é: 𝑃(1) = 234 . (1,023)1 = 234 . 1,023 = 239,382
ex = exp(x) Por fim, vamos utilizar a Regra de Três Simples:
População %
Construção do Gráfico de uma Função Exponencial 234 --------------- 100
Exemplo: 239,382 ------------ x
Vamos construir o gráfico da função 𝑦 = 2 𝑥 234.x = 239,382 . 100
Vamos atribuir valores a x, para que possamos traçar os x = 23938,2 / 234
pontos no gráfico. x = 102,3%
102,3% = 100% (população já existente) + 2,3%
X Y (crescimento)
-3 1
8 02. Resposta: A.
-2 1 𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎 = 𝟐𝟎𝟎𝟎 . 𝟓𝟎,𝟏 .𝒕
𝟓𝟎𝟎𝟎𝟎
4 𝟓𝟎,𝟏 .𝒕 =
-1 1 𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟓𝟎,𝟏 .𝒕 = 𝟓𝟐
2
0 1 Vamos simplificar as bases (5), sobrando somente os
1 2 expoentes. Assim:
0,1 . t = 2
2 4
t = 2 / 0,1
3 8
t = 20 anos

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Toda equação que contém a incógnita na base ou no


logaritmando de um logaritmo é denominada equação
logarítmica. Abaixo temos alguns exemplos de equações
logarítmicas:
log 2 𝑥 = 3
log 𝑥 100 = 2
7log 5 625𝑥 = 42
3log 2𝑥 64 = 9
log −6−𝑥 2𝑥 = 1

Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se ou


Questões no logaritmando, ou na base de um logaritmo. Para
solucionarmos equações logarítmicas recorremos a muitas
01. As funções exponenciais são muito usadas para das propriedades dos logaritmos.
modelar o crescimento ou o decaimento populacional de uma

Matemática 50
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Solucionando Equações Logarítmicas como no exercício anterior, este também pode ser solucionado
Vamos solucionar cada uma das equações acima, recorrendo-se à outra propriedade dos logaritmos:
começando pela primeira: log −6−𝑥 2𝑥 = 1
log 2 𝑥 = 3
Neste caso vamos fazer um pouco diferente. Primeiro
Segundo a definição de logaritmo nós sabemos que: vamos solucionar a equação e depois vamos verificar quais são
log 2 𝑥 = 3 ⟺ 23 = 𝑥 as condições de existência: Então x = -2 é um valor candidato
à solução da equação. Vamos analisar as condições de
Logo x é igual a 8: 23 = x ⇒ x = 2.2.2 ⇒ x = 8 existência da base -6 - x:
Veja que embora x ≠ -7, x não é menor que -6, portanto x =
De acordo com a definição de logaritmo o logaritmando -2 não satisfaz a condição de existência e não pode ser solução
deve ser um número real positivo e já que 8 é um número real da equação. Embora não seja necessário, vamos analisar a
positivo, podemos aceitá-lo como solução da equação. A esta condição de existência do logaritmando 2x: 2x > 0 ⇒ x > 0
restrição damos o nome de condição de existência.
Como x = -2, então x também não satisfaz esta condição de
log 𝑥 100 = 2 existência, mas não é isto que eu quero que você veja. O que eu
quero que você perceba, é que enquanto uma condição diz que
Pela definição de logaritmo a base deve ser um número x < -6, a outra diz que x > 0. Qual é o número real que além de
real e positivo além de ser diferente de 1. Então a nossa ser menor que -6 é também maior que 0?
condição de existência da equação acima é que: x ϵ R*+ - {1} Como não existe um número real negativo, que sendo
menor que -6, também seja positivo para que seja maior que
Em relação a esta segunda equação nós podemos escrever zero, então sem solucionarmos a equação nós podemos
a seguinte sentença: perceber que a mesma não possui solução, já que nunca
log 𝑥 100 = 2 ⟺ 𝑥 2 = 100 conseguiremos satisfazer as duas condições simultaneamente.
O conjunto solução da equação é portanto S = { }, já que não
Que nos leva aos seguintes valores de x: existe nenhuma solução real que satisfaça as condições de
𝑥 = −10 existência da equação.
𝑥 2 = 100 ⟹ 𝑥 = ±√100 ⟹ {
𝑥 = 10
Função Logarítmica
Note que x = -10 não pode ser solução desta equação, pois A função logaritmo natural mais simples é a função
este valor de x não satisfaz a condição de existência, já que -10 y=f0(x)=lnx. Cada ponto do gráfico é da forma (x, lnx) pois a
é um número negativo. ordenada é sempre igual ao logaritmo natural da abscissa.
Já no caso de x = 10 temos uma solução da equação, pois
10 é um valor que atribuído a x satisfaz a condição de
existência, visto que 10 é positivo e diferente de 1.

7log 5 625𝑥 = 42

Neste caso temos a seguinte condição de existência:


0
625𝑥 > 0 ⟹ 𝑥 > ⟹𝑥>0
625
Voltando à equação temos:
42
7log 5 625𝑥 = 42 ⟹ log 5 625𝑥 = ⟹ log 5 625𝑥 = 6
7

Aplicando a mesma propriedade que aplicamos nos casos O domínio da função ln é R*+=]0,∞[ e a imagem é o
anteriores e desenvolvendo os cálculos temos: Como 25 conjunto R=]-∞,+∞[.
satisfaz a condição de existência, então S = {25} é o conjunto O eixo vertical é uma assíntota ao gráfico da função. De fato, o
solução da equação. Se quisermos recorrer a outras gráfico se aproxima cada vez mais da reta x=0
propriedades dos logaritmos também podemos resolver este O que queremos aqui é descobrir como é o gráfico de uma
exercício assim: função logarítmica natural geral, quando comparado ao
⇒ log 5 𝑥 = 2 ⟺ 52 = 𝑥 ⟺ 𝑥 = 25 gráfico de y=ln x, a partir das transformações sofridas por esta
função. Consideremos uma função logarítmica cuja expressão
Lembre-se que: é dada por y=f1(x)=ln x+k, onde k é uma constante real. A
log 𝑏 (𝑀. 𝑁) = log 𝑏 𝑀 + log 𝑏 𝑁 e que log5 625 = 4, pois 54 pergunta natural a ser feita é: qual a ação da constante k no
= 625. gráfico dessa nova função quando comparado ao gráfico da
3 log 2𝑥 64 = 9 função inicial y=f0(x)=ln x ?
Ainda podemos pensar numa função logarítmica que seja
Neste caso a condição de existência em função da base do dada pela expressão y=f2(x)=a.ln x onde a é uma constante
logaritmo é um pouco mais complexa: real, a 0. Observe que se a=0, a função obtida não será
1 logarítmica, pois será a constante real nula. Uma questão que
2𝑥 > 0 ⟹ 𝑥 > ⟹ 𝑥 > 0
2 ainda se coloca é a consideração de funções logarítmicas do
tipo y=f3(x)=ln(x+m), onde m é um número real não nulo. Se
E, além disto, temos também a seguinte condição: g(x)=3.ln(x-2) + 2/3, desenhe seu gráfico, fazendo os gráficos
2x ≠ 1 ⇒ x ≠ 1/2 intermediários, todos num mesmo par de eixos.
y=a.ln(x+m)+k
Portanto a condição de existência é: x ϵ R*+ - {1/2}
Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções
Agora podemos proceder de forma semelhante ao exemplo logarítmicas do tipo y = f4(x) = a In (x + m) + k, onde o
anterior: Como x = 2 satisfaz a condição de existência da coeficiente a não é zero, examinando as transformações do
equação logarítmica, então 2 é solução da equação. Assim

Matemática 51
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

gráfico da função mais simples y = f0 (x) = In x, quando Ao lado temos o gráfico desta função logarítmica, no qual
fazemos, em primeiro lugar, y=ln(x+m); em seguida, localizamos cada um dos pontos obtidos da tabela e os
y=a.ln(x+m) e, finalmente, y=a.ln(x+m)+k. interligamos através da curva da função: Veja que para valores
de y < 0,01 os pontos estão quase sobre o eixo das
Analisemos o que aconteceu: ordenadas, mas de fato nunca chegam a estar. Note também
- em primeiro lugar, y=ln(x+m) sofreu uma translação que neste tipo de função uma grande variação no valor de x
horizontal de -m unidades, pois x=-m exerce o papel que x=0 implica numa variação bem inferior no valor de y. Por
exercia em y=ln x; exemplo, se passarmos de x = 100 para x = 1000000, a
- a seguir, no gráfico de y=a.ln(x+m) ocorreu mudança de variação de y será apenas de 2 para 6. Isto porque:
inclinação pois, em cada ponto, a ordenada é igual àquela do
ponto de mesma abscissa em y=ln(x+m) multiplicada pelo 𝑓(100) = log 100 = 2
{
coeficiente a; 𝑓(1000000) = log 1000000 = 6
- por fim, o gráfico de y=a.ln(x+m)+k sofreu uma translação
vertical de k unidades, pois, para cada abscissa, as ordenadas
dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m)+k ficaram acrescidas de Função Crescente e Decrescente
k, quando comparadas às ordenadas dos pontos do gráfico de Assim como no caso das funções exponenciais, as funções
y=a.ln(x+m). logarítmicas também podem ser classificadas como função
crescente ou função decrescente. Isto se dará em função da
O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia na base a ser maior ou menor que 1. Lembre-se que segundo a
resolução de equações ou inequações, pois as operações definição da função logarítmica f:R*+ → R, definida por
algébricas a serem realizadas adquirem um significado que é 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 , temos que a > 0 e a ≠ 1.
visível nos gráficos das funções esboçados no mesmo
referencial cartesiano. - Função Logarítmica Crescente

Função logarítmica de base a é toda função f:R*+ → R,


definida por 𝑓(𝑥) = log 𝑎 𝑥 com a ϵ R*+ e a ≠ 1.
Podemos observar neste tipo de função que a variável
independente x é um logaritmando, por isto a denominamos
função logarítmica. Observe que a base a é um valor real
constante, não é uma variável, mas sim um número real.
A função logarítmica de R*+ → R é inversa da função
exponencial de R*+ → R e vice-versa, pois:
log 𝑏 𝑎 = 𝑥 ⟺ 𝑏 𝑥 = 𝑎

Representação da Função Logarítmica no Plano


Cartesiano Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente,
Podemos representar graficamente uma função qualquer que seja o valor real positivo de x. No gráfico da
logarítmica da mesma forma que fizemos com a função função ao lado podemos observar que à medida que x
exponencial, ou seja, escolhendo alguns valores para x e aumenta, também aumenta f(x) ou y. Graficamente vemos que
montando uma tabela com os respectivos valores de f(x). a curva da função é crescente. Também podemos observar
Depois localizamos os pontos no plano cartesiano e traçamos através do gráfico, que para dois valor de x (x1 e x2), que
a curva do gráfico. Vamos representar graficamente a função log 𝑎 𝑥2 > log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais
𝑓(𝑥) = log 𝑥 e como estamos trabalhando com um logaritmo positivos, com a > 1.
de base 10, para simplificar os cálculos vamos escolher para x
alguns valores que são potências de 10: - Função Logarítmica Decrescente
0,001, 0,01, 0,1, 1, 10 e 2.

Temos então seguinte a tabela:

x y = log x
0,001 y = log 0,001 = -3
0,01 y = log 0,01 = -2
0,1 y = log 0,1 = -1
1 y = log 1 = 0
10 y = log 10 = 1

Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decrescente


em todo o domínio da função. Neste outro gráfico podemos
observar que à medida que x aumenta, y diminui.
Graficamente observamos que a curva da função é
decrescente. No gráfico também observamos que para dois
valores de x (x1 e x2), que log 𝑎 𝑥2 < log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto
para x1, x2 e a números reais positivos, com 0 < a < 1. É
importante frisar que independentemente de a função ser
crescente ou decrescente, o gráfico da função sempre cruza o
eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca cruzar o eixo
das ordenadas e que o log 𝑎 𝑥2 = log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 = 𝑥1 , isto
para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1.

Matemática 52
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Questões

01. Se log x representa o logaritmo na base 10 de x, então


o valor de n tal que log n = 3 - log 2 é:

(A) 2000
(B) 1000
(C) 500
(D) 100
(E) 10

02. Sabendo-se que log x representa o logaritmo de x na


base 10, calcule o valor da expressão log 20 + log 5.

(A) 5
(B) 4
(C) 1 De forma resumida, e rápida podemos também montar
(D) 2 através do princípio multiplicativo o número de
(E) 3 possibilidades:
Respostas 4 saias x 2 sapatos = 8 possibilidades
01. Resposta: C. Podemos dizer que, um evento B pode ser feito de n
log n = 3 - log 2 maneiras, então, existem m • n maneiras de fazer e
log n + log 2 = 3 * 1 executar o evento B.
onde 1 = log 10 então:
log (n * 2) = 3 * log 10
FATORIAL DE UM NÚMERO NATURAL
log(n*2) = log 10 ^3
Produtos em que os fatores chegam sucessivamente até a
2n = 10^3
unidade são chamados fatoriais.
2n = 1000
Matematicamente:
n = 1000 / 2
Dado um número natural n, sendo n є N e n ≥ 2, temos:
n = 500
n! = n. (n – 1 ). (n – 2). ... . 1
Onde:
02. Resposta: D.
n! é o produto de todos os números naturais de 1 até n (lê-
E = log20 + log5
se: “n fatorial”)
E = log(2 x 10) + log5
Por convenção temos que:
E = log2 + log10 + log5
0! = 1
E = log10 + log (2 x 5)
1! = 1
E = log10 + log10
E = 2 log10
Exemplo:
E=2
De quantas maneiras podemos organizar 8 alunos em uma
fila.
13. Análise Combinatória Observe que vamos utilizar a mesma quantidade de alunos
na fila nas mais variadas posições:
Simples.

ANÁLISE COMBINATÓRIA
Temos que 8! = 8.7.6.5.4.3.2.1 = 40320
A Análise Combinatória é a parte da Matemática que
desenvolve meios para trabalharmos com problemas de - Arranjo simples: agrupamentos simples de n elementos
contagem. distintos tomados(agrupados) p a p. Aqui a ordem dos seus
elementos é o que diferencia.
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM-PFC Exemplo:
(PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO) Dados o conjunto S formado pelos números S= {1,2,3,4,5,6}
quantos números de 3 algarismos podemos formar com este
O princípio multiplicativo ou fundamental da conjunto?
contagem constitui a ferramenta básica para resolver
problemas de contagem sem que seja necessário enumerar
seus elementos, através da possibilidades dadas. É uma das
técnicas mais utilizadas para contagem, mas também
dependendo da questão pode se tornar trabalhosa.

Exemplo:

Valéria foi convidada para uma festa. Ela quer muito ir com Observe que 123 é diferente de 321 e assim
sua camisa nova branca e usando uma das suas 4 saias e um sucessivamente, logo é um Arranjo.
dos seus 2 sapatos preferidos. De quantas maneiras Valéria Se fossemos montar todos os números levaríamos muito
pode se vestir para ir a essa festa? Montando a árvore de tempo, para facilitar os cálculos vamos utilizar a fórmula do
possibilidades temos: arranjo.

Matemática 53
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Pela definição temos: A n,p (Lê-se: arranjo de n elementos n! 7! 7! 7.6.5.4!


Cn, p = → C7,4 = = =
tomados p a p). (n − p)! p! (7 − 4)! 4! 3! 4! 3! 4!
Então:
𝒏! 210 210
𝑨𝒏, 𝒑 = = = = 35 grupos de professores
(𝒏 − 𝒑)! 3.2.1 6

Utilizando a fórmula: - Combinação circular: aqui os elementos estão dispostos


Onde n = 6 e p = 3 em uma circunferência. Exemplo:
n! 6! 6! 6.5.4.3! Considerando dez pontos sobre uma circunferência,
An, p = → A6,3 = = = = 120 quantas cordas podem ser construídas com extremidades em
(n − p)! (6 − 3)! 3! 3!
Então podemos formar com o conjunto S, 120 números dois desses pontos?
com 3 algarismos.

- Permutação simples: sequência ordenada de n


elementos distintos (arranjo), ao qual utilizamos todos os
elementos disponíveis, diferenciando entre eles apenas a
ordem.
Pn! = n!

Exemplo:
Quantos anagramas podemos formar com a palavra CALO?

Uma corda fica determinada quando escolhemos dois


pontos entre os dez.
Escolher (A,D) é o mesmo que escolher (D,A), então
sabemos que se trata de uma combinação.
Aqui temos então a combinação de 10 elementos tomados
2 a 2.
Utilizando a fórmula da permutação temos: n! 10! 10! 10.9.8! 90
n = 4 (letras) C10,2 = = = = =
(n − p)! p! (10 − 2)! 2! 8! 2! 8! 2! 2
P4! = 4! = 4 . 3 . 2 . 1! = 24 . 1! (como sabemos 1! = 1) →24 .
1 = 24 anagramas 45 cordas

- Combinação simples: agrupamento de n elementos - Permutação com repetição: Na permutação com


distintos, tomados p a p, sendo p ≤ n. O que diferencia a repetição, como o próprio nome indica, as repetições são
combinação do arranjo é que a ordem dos elementos não é permitidas e podemos estabelecer uma fórmula que relacione
importante. o número de elementos, n, e as vezes em que o mesmo
Exemplo: elemento aparece.
Uma escola tem 7 professores de Matemática. Quatro deles 𝒏!
deverão representar a escola em um congresso. Quantos 𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = …
𝜶! 𝜷! 𝜸!
grupos de 4 professores são possíveis?

Com α + β + γ + ... ≤ n

Exemplo:
Quantos são os anagramas da palavra ARARA?
n=5
α = 3 (temos 3 vezes a letra A)
β = 2 (temos 2 vezes a letra R)
Observe que sendo 7 professores, se invertermos um deles
de posição não alteramos o grupo formado, os grupos Equacionando temos:
formados são equivalentes. Para o exemplo acima temos ainda 𝒏! 𝟓! 𝟓. 𝟒. 𝟑! 𝟓. 𝟒
as seguintes possibilidades que podemos considerar sendo 𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = … → 𝒑𝟓(𝟑,𝟐) = = =
𝜶! 𝜷! 𝜸! 𝟑! 𝟐! 𝟑! 𝟐! 𝟐. 𝟏
como grupo equivalentes.
P1, P2, P4, P3 – P2, P1, P3, P4 – P3, P1, P2, P4 – P2, P4, P3, 𝟐𝟎
P4 – P4, P3, P1, P2 ... = = 𝟏𝟎 𝒂𝒏𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒔
𝟐
Com isso percebemos que a ordem não é importante! - Permutação circular: a permutação circular com
Vamos então utilizar a fórmula para agilizar nossos repetição pode ser generalizada através da seguinte forma:
cálculos:
𝑨𝒏, 𝒑 𝒏! 𝑷𝒄𝒏 = (𝒏 − 𝟏)!
𝑪𝒏, 𝒑 = → 𝑪𝒏, 𝒑 =
𝒑! (𝒏 − 𝒑)! 𝒑!
Exemplo:
Aqui dividimos novamente por p, para desconsiderar De quantas maneiras 5 meninas que brincam de roda
todas as sequências repetidas (P1, P2, P3, P4 = P4, P2, P1, P3= podem formá-la?
P3, P2, P4, P1=...). Fazendo um esquema, observamos que são posições
Aplicando a fórmula: iguais:

Matemática 54
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(C) 26.
(D) 27.
(E) 28.

Respostas

01. Resposta: B.
O total de posições é 5! e cada 5 representa uma só A questão trata-se de princípio fundamental da contagem,
permutação circular. Assim, o total de permutações circulares logo vamos enumerar todas as possibilidades de fazermos o
será dado por: pedido:
5! 5.4!
𝑃𝑐 5 = = = 4! = 4.3.2.1 = 24 6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras.
5 5
02. Resposta: C.
Questões
Pelo enunciado precisa ser um número maior que 4000,
logo para o primeiro algarismo só podemos usar os números
01. Em um restaurante os clientes têm a sua disposição, 6
4,5 e 6 (3 possibilidades). Como se trata de números distintos
tipos de carnes, 4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5
para o segundo algarismo poderemos usar os números (0,1,2,3
tipos de sucos. Se o cliente quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de
e também 4,5 e 6 dependo da primeira casa) logo teremos 7 –
cereal, 1 tipo de sobremesa e 1 tipo de suco, então o número
1 = 6 possibilidades. Para o terceiro algarismos teremos 5
de opções diferentes com que ele poderia fazer o seu pedido,
possibilidades e para o último, o quarto algarismo, teremos 4
é:
possibilidades, montando temos:
(A) 19
(B) 480
(C) 420
(D) 90 Basta multiplicarmos todas as possibilidades: 3 x 6 x 5 x 4
= 360.
02. Seja N a quantidade máxima de números inteiros de Logo N é 360.
quatro algarismos distintos, maiores do que 4000, que podem
ser escritos utilizando-se apenas os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 03. Resposta: B.
6. Esta questão trata-se de Combinação, pela fórmula temos:
n!
O valor de N é: Cn, p =
(A) 120 (n − p)! p!
(B) 240
(C) 360 Onde n = 12 e p = 3
n! 12! 12!
(D) 480 Cn, p = → C12,3 = =
(n − p)! p! (12 − 3)! 3! 9! 3!
03. Com 12 fiscais, deve-se fazer um grupo de trabalho com 12.11.10.9! 1320 1320
= = = = 220
3 deles. Como esse grupo deverá ter um coordenador, que 9! 3! 3.2.1 6
pode ser qualquer um deles, o número de maneiras distintas
possíveis de se fazer esse grupo é: Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo
(A) 4 tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.
(B) 660
(C) 1 320 04. Resposta: A.
(D) 3 960 Teremos 8 peças com números iguais.

04. Um heptaminó é um jogo formado por diversas peças


com as seguintes características:
• Cada peça contém dois números do conjunto {0, 1, 2, 3, 4,
5,6, 7}.
• Todas as peças são diferentes.
• Escolhidos dois números (iguais ou diferentes) do Depois, cada número com um diferente
conjunto acima, existe uma, e apenas uma, peça formada por 7+6+5+4+3+2+1
esses números. 8+7+6+5+4+3+2+1=36
A figura a seguir mostra exemplos de peças do heptaminó.
05. Resposta: C.
Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720
O número de peças do heptaminó é Anagramas de JORGE
(A) 36. _____
(B) 40. 5.4.3.2.1=120
(C) 45.
720
(D) 49. Razão dos anagramas: =6
120
(E) 56. Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos
05. Renato é mais velho que Jorge de forma que a razão Referências
entre o número de anagramas de seus nomes representa a IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
diferença entre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume
Único - FTD
Renato é BOSQUILHA, Alessandra - Minimanual compacto de matemática: teoria e
(A) 24. prática: ensino médio / Alessandra Bosquilha, Marlene Lima Pires Corrêa, Tânia
(B) 25. Cristina Neto G. Viveiro. -- 2. ed. rev. -- São Paulo: Rideel, 2003.

Matemática 55
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(superfícies equivalentes), são sólidos de volumes iguais


14. Geometria sólida: (sólidos equivalentes).
prismas e pirâmides, cilindros
e cones, esfera - áreas e
volumes.

SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

Sólidos Geométricos são figuras geométricas que possui


três dimensões. Um sólido é limitado por um ou mais planos.
Os mais conhecidos são: prisma, pirâmide, cilindro, cone e
esfera. A aplicação do princípio de Cavalieri, em geral, implica na
colocação dos sólidos com base num mesmo plano, paralelo ao
- Principio de Cavalieri qual estão as secções de áreas iguais (que é possível usando a
Bonaventura Cavalieri foi um matemático italiano, congruência)
discípulo de Galileu, que criou um método capaz de determinar
áreas e volumes de sólidos com muita facilidade, denominado - Sólidos geométricos
princípio de Cavalieri. Este princípio consiste em estabelecer
que dois sólidos com a mesma altura têm volumes iguais se as I) PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases
secções planas de iguais altura possuírem a mesma área. iguais e paralelas.
Vejamos:
Suponhamos a existência de uma coleção de chapas
retangulares (paralelepípedos retângulos) de mesmas
dimensões, e consequentemente, de mesmo volume.
Imaginemos ainda a formação de dois sólidos com essa coleção
de chapas.

Elementos de um prisma:
a) Base: pode ser qualquer polígono.
b) Arestas da base: são os segmentos que formam as
bases.
c) Face Lateral: é sempre um paralelogramo.
d) Arestas Laterais: são os segmentos que formam as
Tanto em A como em B, a parte do espaço ocupado, ou seja, faces laterais.
o volume ocupado, pela coleção de chapas é o mesmo, isto é, os e) Vértice: ponto de intersecção (encontro) de arestas.
sólidos A e B tem o mesmo volume. f) Altura: distância entre as duas bases.
Mas se imaginarmos esses sólidos com base num mesmo
plano α e situados num mesmo semi espaço dos determinados Classificação:
por α. Um prisma pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto à base:
- Prisma triangular...........................................................a base é
um triângulo.
- Prisma quadrangular.....................................................a base é
um quadrilátero.
- Prisma pentagonal........................................................a base é
um pentágono.
- Prisma hexagonal.........................................................a base é
um hexágono.
Qualquer plano β, secante aos sólidos A e B, paralelo a α, E, assim por diante.
determina em A e em B superfícies de áreas iguais (superfícies
equivalentes). A mesma ideia pode ser estendida para duas 2- Quanta à inclinação:
pilhas com igual número de moedas congruentes. - Prisma Reto: a aresta lateral forma com a base um
ângulo reto (90°).
- Prisma Obliquo: a aresta lateral forma com a base um
ângulo diferente de 90°.

Dois sólidos, nos quais todo plano secante, paralelo a Fórmulas:


um dado plano, determina superfícies de áreas iguais - Área da Base

Matemática 56
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Como a base pode ser qualquer polígono não existe uma Na figura acima podemos ver que entre a altura, o apótema
fórmula fixa. Se a base é um triângulo calculamos a área desse da base e o apótema lateral forma um triângulo retângulo,
triângulo; se a base é um quadrado calculamos a área desse então pelo Teorema de Pitágoras temos: ap2 = h2 + ab2.
quadrado, e assim por diante.
- Área Lateral: Classificação:
Soma das áreas das faces laterais Uma pirâmide pode ser classificado de duas maneiras:
- Área Total: 1- Quanto à base:
At=Al+2Ab - Pirâmide triangular...........................................................a base é
- Volume: um triângulo.
V = Abh - Pirâmide quadrangular.....................................................a base é
um quadrilátero.
Prismas especiais: temos dois prismas estudados a parte - Pirâmide pentagonal........................................................a base é
e que são chamados de prismas especiais, que são: um pentágono.
- Pirâmide hexagonal.........................................................a base é
a) Hexaedro (Paralelepípedo reto-retângulo): é um um hexágono.
prisma que tem as seis faces retangulares. E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Pirâmide Reta: tem o vértice superior na direção do
centro da base.
- Pirâmide Obliqua: o vértice superior está deslocado em
relação ao centro da base.
Temos três dimensões: a= comprimento, b = largura e c =
altura.

Fórmulas:
- Área Total: At = 2.(ab + ac + bc)

- Volume: V = a.b.c

- Diagonal: D = √a2 + b 2 + c 2 Fórmulas:


- Área da Base: 𝐴𝑏 = 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑙í𝑔𝑜𝑛𝑜, como a base
b) Hexaedro Regular (Cubo): é um prisma que tem as 6 pode ser qualquer polígono não existe uma fórmula fixa. Se a
faces quadradas. base é um triângulo calculamos a área desse triângulo; se a
base é um quadrado calculamos a área desse quadrado, e
assim por diante.
- Área Lateral: 𝐴𝑙 =
𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑖𝑠

- Área Total: At = Al + Ab
As três dimensões de um cubo comprimento, largura e
altura são iguais. - Volume: 𝑉 = . 𝐴𝑏 . ℎ
1
3

Fórmulas:
- TRONCO DE PIRÂMIDE
- Área Total: At = 6.a2
O tronco de pirâmide é obtido ao se realizar uma secção
- Volume: V = a3 transversal numa pirâmide, como mostra a figura:

- Diagonal: D = a√3

II) PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base


e um vértice superior.

O tronco da pirâmide é a parte da figura que apresenta as


arestas destacadas em vermelho.
É interessante observar que no tronco de pirâmide as
arestas laterais são congruentes entre si; as bases são
polígonos regulares semelhantes; as faces laterais são
trapézios isósceles, congruentes entre si; e a altura de
qualquer face lateral denomina-se apótema do tronco.

Elementos de uma pirâmide: → Cálculo das áreas do tronco de pirâmide.


A pirâmide tem os mesmos elementos de um prisma: base, Num tronco de pirâmide temos duas bases, base maior e
arestas da base, face lateral, arestas laterais, vértice e altura. base menor, e a área da superfície lateral. De acordo com a
Além destes, ela também tem um apótema lateral e um base da pirâmide, teremos variações nessas áreas. Mas
apótema da base. observe que na superfície lateral sempre teremos trapézios
isósceles, independente do formato da base da pirâmide. Por

Matemática 57
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

exemplo, se a base da pirâmide for um hexágono regular, Secção Meridiana de um cilindro: é um “corte” feito pelo
teremos seis trapézios isósceles na superfície lateral. centro do cilindro. O retângulo obtido através desse corte é
A área total do tronco de pirâmide é dada por: chamado de secção meridiana e tem como medidas 2r e h. Logo
St = Sl + SB + Sb a área da secção meridiana é dada pela fórmula: ASM = 2r.h.
Onde:
St → é a área total
Sl → é a área da superfície lateral
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

→ Cálculo do volume do tronco de pirâmide.


A fórmula para o cálculo do volume do tronco de pirâmide
é obtida fazendo a diferença entre o volume de pirâmide maior
e o volume da pirâmide obtida após a secção transversal que
produziu o tronco. Colocando em função de sua altura e das
áreas de suas bases, o modelo matemático para o volume do
tronco é:
Cilindro Equilátero: um cilindro é chamado de equilátero
quando a secção meridiana for um quadrado, para isto temos
que: h = 2r.
Onde,
V → é o volume do tronco IV) CONE: é um sólido geométrico que tem uma base
h → é a altura do tronco circular e vértice superior.
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

III) CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases


iguais, paralelas e circulares.

Elementos de um cone:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre o vértice superior e a base.
d) Geratriz: segmentos que formam a face lateral, isto é, a
face lateral e formada por infinitas geratrizes.

Elementos de um cilindro: Classificação: como a base de um cone é um círculo, ele só


a) Base: é sempre um círculo. tem classificação quanto à inclinação.
b) Raio - Cone Reto: o vértice superior está na direção do centro
c) Altura: distância entre as duas bases. da base.
d) Geratriz: são os segmentos que formam a face lateral, - Cone Obliquo: o vértice superior esta deslocado em
isto é, a face lateral é formada por infinitas geratrizes. relação ao centro da base.

Classificação: como a base de um cilindro é um círculo, ele


só pode ser classificado de acordo com a inclinação:
- Cilindro Reto: a geratriz forma com o plano da base um
ângulo reto (90°).
- Cilindro Obliquo: a geratriz forma com a base um ângulo
diferente de 90°.

Fórmulas:
- Área da base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = π.r.g

- Área total: At = π.r.(g + r) ou At = Al + Ab


Fórmulas:
- Área da Base: Ab = π.r2 1 1
- Volume: 𝑉 = . 𝜋. 𝑟 2 . ℎ ou 𝑉 = . 𝐴𝑏 . ℎ
3 3
- Área Lateral: Al = 2.π.r.h
- Entre a geratriz, o raio e a altura temos um triângulo
- Área Total: At = 2.π.r.(h + r) ou At = Al + 2.Ab retângulo, então: g2 = h2 + r2.

- Volume: V = π.r2.h ou V = Ab.h Secção Meridiana: é um “corte” feito pelo centro do cone.
O triângulo obtido através desse corte é chamado de secção

Matemática 58
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

meridiana e tem como medidas, base é 2r e h. Logo a área da V) ESFERA


secção meridiana é dada pela fórmula: ASM = r.h.

Cone Equilátero: um cone é chamado de equilátero


quando a secção meridiana for um triângulo equilátero, para
isto temos que: g = 2r.

- TRONCO DE CONE Elementos da esfera


Se um cone sofrer a intersecção de um plano paralelo à sua - Eixo: é um eixo imaginário, passando pelo centro da
base circular, a uma determinada altura, teremos a esfera.
constituição de uma nova figura geométrica espacial - Polos: ponto de intersecção do eixo com a superfície da
denominada Tronco de Cone. esfera.
- Paralelos: são “cortes” feitos na esfera, determinando
círculos.
- Equador: “corte” feito pelo centro da esfera,
determinando, assim, o maior círculo possível.

Fórmulas

Elementos
- A base do cone é a base maior do tronco, e a seção
transversal é a base menor;
- A distância entre os planos das bases é a altura do tronco. - na figura acima podemos ver que o raio de um paralelo
(r), a distância do centro ao paralelo ao centro da esfera (d) e
o raio da esfera (R) formam um triângulo retângulo. Então,
podemos aplicar o Teorema de Pitágoras: R2 = r2 + d2.
- Área: A = 4.π.R2
4
- Volume: V = . π. R3
3

Fuso Esférico:

Diferentemente do cone, o tronco de cone possui duas


bases circulares em que uma delas é maior que a outra, dessa
forma, os cálculos envolvendo a área superficial e o volume do
tronco envolverão a medida dos dois raios. A geratriz, que é a
medida da altura lateral do cone, também está presente na
composição do tronco de cone.
Não devemos confundir a medida da altura do tronco de
Fórmula da área do fuso:
cone com a medida da altura de sua lateral (geratriz), pois são
elementos distintos. A altura do cone forma com as bases um
𝛼. 𝜋. 𝑅2
ângulo de 90º. No caso da geratriz os ângulos formados são um 𝐴𝑓𝑢𝑠𝑜 =
90°
agudo e um obtuso.

Cunha Esférica:
Área da Superfície e
Volume

Onde:
h = altura
g = geratriz
Fórmula do volume da cunha:

𝛼. 𝜋. 𝑅3
𝑉𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎 =
270°

Matemática 59
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Questões

01. Dado o cilindro equilátero, sabendo que seu raio é igual


a 5 cm, a área lateral desse cilindro, em cm2, é:
(A) 90π
(B) 100π
(C) 80π
(D) 110π
(E) 120π

02. Seja um cilindro reto de raio igual a 2 cm e altura 3 cm.


Calcular a área lateral, área total e o seu volume.

03. Um prisma hexagonal regular tem aresta da base igual


a 4 cm e altura 12 cm. O volume desse prisma é:
(A) 288√3 cm3
(B) 144√3 cm3
(C) 200√3 cm3
(D) 100√3 cm3
(E) 300√3 cm3

Respostas

01. Resposta: B.
Em um cilindro equilátero temos que h = 2r e do enunciado
r = 5 cm.
h = 2r → h = 2.5 = 10 cm
Al = 2.π.r.h
Al = 2.π.5.10
Al = 100π

02. Respostas: Al = 12π cm2, At = 20π cm2 e V = 12π cm3


Aplicação direta das fórmulas sendo r = 2 cm e h = 3 cm.
Al = 2.π.r.h At = 2π.r(h + r)
V = π.r2.h
Al = 2.π.2.3 At = 2π.2(3 + 2)
V = π.22.3
Al = 12π cm2 At = 4π.5 V =
π.4.3
At = 20π cm2
V = 12π cm2

03. Resposta: A.
O volume de um prisma é dado pela fórmula V = Ab.h, do
enunciado temos que a aresta da base é a = 4 cm e a altura h =
12 cm.
A área da base desse prisma é igual a área de um hexágono
regular
6.𝑎2 √3
𝐴𝑏 =
4
6.42 √3 6.16√3
𝐴𝑏 =  𝐴𝑏 =  𝐴𝑏 = 6.4√3  𝐴𝑏 = 24√3
4 4
cm2
V = 24√3.12
V = 288√3 cm3

Referências
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
DOLCE, Osvalo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da matemática
elementar – Vol 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Atual
Editora
www.brasilescola.com.br

Anotações

Matemática 60
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
RACIOCÍNIO LÓGICO

Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Com isso podemos dizer que uma proposição é verdadeira


ou falsa, nunca as duas juntos.

3) A proposição “p v ~ (p ^ q)” é tautológica, conforme


mostra sua tabela verdade.

p q p^q ~ (p ^ q) p v ~ (p ^ q)

V V V F V

V F F V V

1. Noções básicas de lógica: F V F V V

1.1 conectivos, tautologia e F F F V V


contradições, implicações e
equivalências, afirmações e 4) A proposição “p ^ q → (p ↔ q)” é tautológica, conforme
negações, argumento, mostra sua tabela verdade.

silogismo, validade de
p q p^q p→q p ^ q → (p ↔ q)
argumento. 1.2 Compreensão
e elaboração da estrutura V V V V V
lógica de situações-problema V F F F V
por meio de raciocínio
dedutivo. F V F F V

F F F V V

TAUTOLOGIA 5) A proposição “p v (q ^ ~q) ↔ p” é tautológica, conforme


mostra sua tabela verdade.
Esse é um tópico que se refere a classificação mediante a
solução obtidas das proposições compostas.
p q ~q q ^ ~q p v (q ^ ~q) p v (q ^ ~q) ↔ p
Vejamos,
V V F F V V
Tautologia: é uma proposição composta que tem valor
lógico V (verdade) para quaisquer que sejam os valores V F V F V V
lógicos das proposições componentes, ou seja, uma tautologia
conterá apenas V (verdade) na última coluna (ou coluna F V F F F V
solução) de sua tabela verdade. As tautologias também são
chamadas de proposições tautológicas ou proposições F F V F F V
logicamente verdadeiras.
É imediato que as proposições p → p e p ↔ p são
- Princípio de Substituição para as tautologias
tautológicas (Principio de Identidade para as proposições:
toda a proposição é igual a si mesma, ou ainda, todo valor
Seja P (p; q; r; ...) uma proposição composta tautológica
lógico de uma proposição é igual a ele mesmo).
e sejam P0 (p; q; r; ...), Q (p; q; r; ...), R (p; q; r; ...), ..., proposições,
também compostas, e componentes de P (p; q; r; ...). Como o
Exemplos
valor de P (p; q; r; ...) é sempre verdade (V), quaisquer que
1) A proposição “~ (p ^ ~p) é tautológica (Princípio da não
sejam os valores lógicos das proposições simples
contradição), conforme vemos na sua tabela verdade:
componentes “p”, “q”, “r”, ..., é óbvio que, substituindo-se as
proposições p por P0, q por Q0, r por R0, ...na tautologia P (p; q;
p ~p p ^ ~p ~(p ^ ~p) r; ...), a nova proposição P (P0; Q0; R0; ...) que assim se obtém
também será uma tautologia. É o que chamamos para as
V F F V tautologias “Princípio de substituição”.
F V F V
PRINCÍPIO DA SUBSTITUIÇÃO: Seja P (p, q, r, ...) uma
tautologia, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia,
Então podemos dizer que uma proposição não pode ser quaisquer que sejam as proposições P0, Q0, R0, ...
simultaneamente verdadeira e falsa.
Exemplo
2) A proposição “p v ~p” (Princípio do terceiro excluído) é
tautológica, vejamos sua tabela verdade. Se “p”, “q”, “r” e “s” são proposições simples, então a
proposição expressa por: {[(p → q) ↔ (r ∧ s)] ∧ (r ∧ s)} → (p
→ q) é uma tautologia, então, veja:
p ~p p v ~p

V F V p q r s p→ r^s : {[(p → q) ↔ (r ∧ s)] ∧ Solução


q (r ∧ s)} → (p → q)
F V V
V V V V V V [(V ↔ V) ∧ (V)] → V V

Raciocínio Lógico 1
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

V V V F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira,


independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras
V V F V V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V ou falsas.
( ) Certo ( ) Errado
V V F F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V
Resposta
V F V V F V [(F ↔ V) ∧ (V)] → F V

V F V F F F [(F ↔ F) ∧ (F)] → F V 01. Resposta: Certo.


Considerando P e Q como V.
V F F V F F [(F ↔ F) ∧ (F)] → F V (V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
V F F F F F [(F ↔ F) ∧ (F)] → F V Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
F V V V V V [(V ↔ V) ∧ (V)] → V V
(V) ↔ (V) = V
F V V F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V Então concluímos que a afirmação é verdadeira.

F V F V V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V CONTRADIÇÃO E CONTIGÊNCIA

F V F F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V Contradição (proposições contra válidas ou


proposições logicamente falsas): é toda proposição
F F V V V V [(V ↔ V) ∧ (V)] → V V
composta cuja última coluna da sua tabela verdade encerra
F F V F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V somente com a letra F (falsidade), ou seja, seus valores lógicos
são sempre F, quaisquer que sejam os valores lógicos das suas
F F F V V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V premissas. A contradição é a negação da Tautologia e vice
versa.
F F F F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V Para as contradições vale um “Princípio de Substituição”,
análogo ao que foi para as tautologias:
Substituindo as proposições compostas “p → q” e “r ∧ s”
pelas proposições simples “a” e “b”, respectivamente, então PRINCÍPIO DA SUBSTITUIÇÃO: Seja P (p, q, r, ...) é uma
obteremos a seguinte proposição composta: {[a ↔ b] ∧ b} → a. contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma
Pelo Princípio da Substituição, tem-se que a nova proposição contradição, quaisquer que sejam as proposições P0, Q0, R0,
composta também será tautológica, vejamos:
Exemplo:
a b a↔b [a ↔ b ] ∧ b {[a ↔ b] ∧ b} → (a) Solução A proposição (p v ~q) ↔ (~p ^ q) é uma contradição.
Vamos montar a tabela verdade para provarmos:
V V V V∧V=V V→V V

V F F F∧F=F F→V V p q ~p ~q pv ~p ^ q (p v ~q) ↔ (~p ^ q)


~q
F V F F∧V=F F→F V
V V F F Vv F ^ V= F V↔F=F
F F V F∧F=F F→F V F= V

V F F V VvV F^F=F V↔F=F


Referências =V
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
F V V F FvF V^V=V F↔V=F
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio =F
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
F F V V FvV V^F=F V↔F=F
Questão =V

01. (DPU – Analista – CESPE/2016) Um estudante de Última coluna


direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua
própria legenda, na qual identificava, por letras, algumas Os valores da última coluna são todos F (falsidade).
afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as
vinculava por meio de sentenças (proposições). No seu Contingência (proposições contingentes ou
vocabulário particular constava, por exemplo: proposições indeterminadas): toda proposição composta
P: Cometeu o crime A. cuja última coluna da tabela verdade figuram as letras V e F
Q: Cometeu o crime B. cada uma pelo menos uma vez. Em outros termos a
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão contingência é uma proposição composta que não é tautologia
no regime fechado. e nem contradição.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
Exemplo:
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não A proposição p ↔ (p ^ q) é uma contingência. Vamos
recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável. comprovar através da tabela verdade.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o
item que se segue.
p q p^q p ↔ (p ^ q)

V V V V

Raciocínio Lógico 2
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

p q p^q p→ p^q
V F F F
V V V V
F V F V V F F F
F F F V F V F V
F F F V
Última coluna
Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata
Uma proposição simples, por definição, ou será uma de tautologia e sim de uma contingência, poderíamos parar
tautologia – valor lógico verdade (V) – ou uma contradição – por aqui nossa análise.
valor lógico falsidade (F) –, e nunca uma contingência – valor c) Se João é alto OU Guilherme é gordo, então Guilherme é
lógico verdade (V) e falsidade (F), simultaneamente. gordo
Isso equivale a p v q → q. A tabela verdade seria:
Referências p q pv
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio q pvq→q
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. V V V V
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: V F V F
Nobel – 2002.
F V V V
Questões F F F V

01. (PECFAZ /ESAF) Conforme a teoria da lógica Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata
proposicional, a proposição ~P ∧ P é: de tautologia e sim de uma contingência, poderíamos parar
(A) uma tautologia. por aqui nossa análise.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(C) uma contradição. d) Se João é alto OU Guilherme é gordo, então João é alto E
(D) uma contingência. Guilherme é gordo
(E) uma disjunção. Isso equivale a p v q→p^q. A tabela verdade seria:

02. (ESAF) Chama-se tautologia a toda proposição que é p q pvq p^q pvq→p^q
sempre verdadeira, independentemente da verdade dos V V V V V
termos que a compõem. Um exemplo de tautologia e: V F V F F
(A) se Joao e alto, então Joao e alto ou Guilherme e gordo;
(B) se Joao e alto, então Joao e alto e Guilherme e gordo; F V V F F
(C) se Joao e alto ou Guilherme e gordo, então Guilherme e F F F F V
gordo;
(D) se Joao e alto ou Guilherme e gordo, então Joao e alto e Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata
Guilherme e gordo; de tautologia e sim de uma contingência, poderíamos parar
(E) se Joao e alto ou não e alto, então Guilherme e gordo. por aqui nossa análise.

Resposta e) Se João é alto OU não é alto, então Guilherme é gordo


01. Resposta: C. Isso equivale a p v ~p→ q. A tabela verdade seria:
Resolução: Basta observar que ~p^p terá tudo “F” na
última coluna, consequentemente será uma contradição. p q ~p pv~p pv~p→q

02. Resposta: A. V V F V V
Resolução: V F F V F
Fazendo p: João é alto e q: Guilherme é gordo, vamos F V V V V
analisar as alternativas,
F F V V F
a) Se João é alto, então João é alto OU Guilherme é gordo
Isso equivale a p → p v q. A tabela verdade seria:
Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata
p q pv p→ de tautologia e sim de uma contingência, poderíamos parar
q pvq por aqui nossa análise.
V V V V
IMPLICAÇÃO LÓGICA
V F V V
F V V V Uma proposição P(p,q,r,...) implica logicamente ou apenas
F F F V implica uma proposição Q(p,q,r,...) se Q(p,q,r,...) é verdadeira
(V) todas as vezes que P(p,q,r,...) é verdadeira (V), ou seja, a
proposição P implica a proposição Q, quando a condicional P
Observe que a alternativa “A” já nos levou a uma
→ Q for uma tautologia.
proposição “sempre verdadeira”, ou seja, já encontramos a
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”,
tautologia. Portanto, não seria necessário analisarmos as
simbolicamente temos:
outras. Vamos fazê-lo apenas para praticarmos um pouco mais
o raciocínio.
P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).
b) Se João é alto, então João é alto E Guilherme é gordo
Isso equivale a p → p ^ q. A tabela verdade seria:

Raciocínio Lógico 3
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

A não ocorrência de VF na tabela verdade de P → Q, ou A proposição “p ^ q” é verdadeira (V) somente na 1ª linha,


ainda que o valor lógico da condicional P → Q será sempre V, e também nesta linha as proposições “p v q” e “p → q” também
ou então que P → Q é uma tautologia. são. Logo a primeira proposição IMPLICA cada uma das outras
duas proposições.
Observação: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente Então:
distintos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um p^q⇒pvq
conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação p^q⇒p→q
lógica que pode ou não existir entre duas proposições.
A tabela acima também demonstram as importantes
Exemplo: Regras de Inferência:
A tabela verdade da condicional (p ^ q) → (p ↔ q) será: Adição – p ⇒ p v q e q ⇒ p v q
Simplificação – p ^ q ⇒ p e p ^ q ⇒ q
p q p^q p↔q (p ^ q) → (p ↔ q)
2 – A tabela verdade das proposições p ↔ q, p → q e q →
V V V V V p, é:
L p q p↔q p→q q→p
V F F F V
1ª V V V V V
F V F F V
2ª V F F F V
F F F V V
3ª F V F V F
Portanto, (p ^ q) → (p ↔ q) é uma tautologia, por isso (p ^
4ª F F V V V
q) ⇒ (p ↔q).

Em particular: A proposição “p ↔ q” é verdadeira (V) na 1ª e 4ª linha e as


- Toda proposição implica uma Tautologia: p ⇒ p v ~p proposições “p → q” e “q → p” também são verdadeiras. Logo a
primeira proposição IMPLICA cada uma das outras duas
p p v ~p
proposições. Então:
V V p↔q⇒p→q e p↔q⇒q→p

F V 3 - Dada a proposição: (p v q) ^ ~p sua tabela verdade é:

- Somente uma contradição implica uma contradição: p ^


~p ⇒ p v ~p → p ^ ~p

p ~p p ^ ~p p v ~p → p ^ ~p

V F F F Esta proposição é verdadeira somente na 3ª linha e nesta


linha a proposição “q” também verdadeira, logo subsiste a
F V F F IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada Regra do Silogismo
disjuntivo.
(p v q) ^ ~p ⇒ q
Propriedades da Implicação Lógica
É válido também: (p v q) ^ ~q ⇒ p
A implicação lógica goza das propriedades reflexiva e
transitiva:
4 – A tabela verdade da proposição (p → q) ^ p é:
Reflexiva: P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
Uma proposição complexa implica ela mesma.
Transitiva: Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R.

Exemplificação e Regras de Inferência A proposição é verdadeira somente na 1ª linha, e nesta


Inferência é o ato de derivar conclusões lógicas de linha a proposição “q” também é verdadeira, logo subsiste a
proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em IMPLICAÇÃO LÓGICA, também denominada Regra de Modus
outras palavras :é a obtenção de novas proposições a partir de ponens.
proposições verdadeiras já existentes. Vejamos as regras de
inferência obtidas da implicação lógica: (p → q) ^ p ⇒ q

1 – A tabela verdade das proposições p ^ q, p v q , p ↔ q 5 – A tabela verdade das proposições (p → q) ^ ~q e ~p


é: é:

Raciocínio Lógico 4
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

A proposição (p → q) ^ ~q é verdadeira somente na 4º Corro ou faço ginástica


linha e nesta a proposição “~p” também é verdadeira, logo V F
subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada de Regra Modus
tollens. Acordo cedo ou não corro
(p → q) ^ ~q ⇒ ~p V F

Observe que “~p” implica “p → q”, isto é: ~p ⇒ p → q Portanto ele:


Comeu muito
Recapitulando as Regras de Inferência aplicadas a Não fez ginástica
Implicação Lógica: Correu, e;
Acordou cedo
Adição p⇒pvq
02. Resposta D
q⇒pvq
Na expressão temos ~p v q  p  q  ~q  ~p. Temos
Simplificação p^q⇒p duas possibilidades de equivalência p  q: Se André não é
p^q⇒q artista , então Bernardo não é engenheiro. Porém não temos
essa opção ~q  ~p: Se Bernardo é engenheiro, então André
Silogismo disjuntivo (p v q) ^ ~p ⇒ q é artista. Logo reposta letra d).
(p v q) ^ ~q ⇒ p
03. Resposta: A.
Modus ponens (p → q) ^ p ⇒ q Na expressão temos ~p v q  p  q p  q: Se Pedro é
pedreiro, então Paulo é paulista. Letra a).
Modus tollens (p → q) ^ ~q ⇒ ~p
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS
Referência
Definição: Duas ou mais proposições compostas são
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: equivalentes, mesmo possuindo fórmulas (ou estruturas
Nobel – 2002.
lógicas) diferentes, quando apresentarem a mesma solução em
suas respectivas tabelas verdade.
Questões
Se as proposições P e Q são ambas TAUTOLOGIAS, ou
então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.
01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial –
FGV/2015) Renato falou a verdade quando disse:
Exemplo:
• Corro ou faço ginástica.
Dada as proposições “~p → q” e “p v q” verificar se elas são
• Acordo cedo ou não corro.
equivalentes.
• Como pouco ou não faço ginástica.
Vamos montar a tabela verdade para sabermos se elas são
Certo dia, Renato comeu muito.
equivalentes.
É correto concluir que, nesse dia, Renato: p q ~p → q p v q
(A) correu e fez ginástica;
(B) não fez ginástica e não correu; V V F V V V V V
(C) correu e não acordou cedo;
V F F V F V V F
(D) acordou cedo e correu;
(E) não fez ginástica e não acordou cedo. F V V V V F V V
02. Dizer que “André é artista ou Bernardo não é F F V F F F F F
engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que:
(A) André é artista se e somente Bernardo não é
Observamos que as proposições compostas “~p → q” e “p
engenheiro.
∨ q” são equivalentes.
(B) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
(C) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro.
(D) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista. ~p → q ≡ p ∨ q ou ~p → q ⇔ p ∨ q, onde “≡” e “⇔” são os
(E) André não é artista e Bernardo é engenheiro. símbolos que representam a equivalência entre proposições.

Equivalências fundamentais
03. Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista,” é
do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que:
1 – Simetria (equivalência por simetria)
(A) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
a) p ^ q ⇔ q ^ p
(B) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro.
(C) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista. p q p ^ q q ^ p
(D) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
(E) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista. V V V V V V V V

Resposta V F V F F F F V

F V F F V V F F
01. Resposta: D.
Na disjunção, para evitarmos que elas fiquem falsas, basta F F F F F F F F
por uma das proposições simples como verdadeira, logo:
“Renato comeu muito”
Como pouco ou não faço ginástica
F V

Raciocínio Lógico 5
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

b) p v q ⇔ q v p
F F F F F F F F F F F F F F F
p q p v q q v p

V V V V V V V V
b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
V F V V F F V V p q r p v (q ^ r (p v q) ^ (p v r
) )
F V F V V V V F
V V V V V V V V V V V V V V V
F F F F F F F F
V V F V V V F F V V V V V V F
c) p ∨ q ⇔ q ∨ p
V F V V V F F V V V F V V V V
p q p v q q v p
V F F V V F F F V V F V V V F
V V V F V V F V
F V V F V V V V F V V V F V V
V F V V F F V V
F V F F F V F F F V V F F F F
F V F V V V V F
F F V F F F F V F F F F F V V
F F F F F F F F
F F F F F F F F F F F F F F F

d) p ↔ q ⇔ q ↔ p 2 - Associação (equivalência pela associativa)


p q p ↔ q q ↔ p a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
p q r p ^ (q ^ r (p ^ q) ^ (p ^ r
V V V V V V V V ) )
V F V F F F F V V V V V V V V V V V V V V V V
F V F F V V F F V V F V F V F F V V V F V F F
F F F V F F V F V F V V F F F V V F F F V V V

2 - Reflexiva (equivalência por reflexão) V F F V F F F F V F F F V F F


p→p⇔p→p F V V F F V V V F F V F F F V

p p p → p p → p F V F F F V F F F F V F F F F

V V V V V V V V F F V F F F F V F F F F F F V

F F F V F F V F F F F F F F F F F F F F F F F

3 – Transitiva b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r)
Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E p q r p v (q v r (p v q) v (p v r
Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO ) )
P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) .
V V V V V V V V V V V V V V V
Equivalências notáveis:
V V F V V V V F V V V V V V F
1 - Distribuição (equivalência pela distributiva)
a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) V F V V V F V V V V F V V V V

V F F V V F F F V V F V V V F
p q r p ^ (q v r (p ^ q) v (p ^ r
) ) F V V F V V V V F V V V F V V

V V V V V V V V V V V V V V V F V F F V V V F F V V V F F F

V V F V V V V F V V V V V F F F F V F V F V V F F F V F V V

V F V V V F V V V F F V V V V F F F F F F F F F F F F F F F

V F F V F F F F V F F F V F F 3 – Idempotência
F V V F F V V V F F V F F F V a) p ⇔ (p ∧ p)
p p p ^ p
F V F F F V V F F F V F F F F
V V V V V
F F V F F F V V F F F F F F V
F F F F F

Raciocínio Lógico 6
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

b) p ⇔ (p ∨ p) Exemplo:
p p p v p p → q: Se estudo então passo no concurso.
~p v q: Não estudo ou passo no concurso.
V V V V V
5 - Pela bicondicional
F F F F F a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
p q p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra
condicional equivalente à primeira, apenas invertendo-se e V V V V V V V V V V V V
negando-se as proposições simples que as compõem.
V F V F F V F F F F V V
1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p) F V F F V F V V F V F F
p q p → q ~q → ~p
F F F V F F V F V F V F
V V V V V F V F

V F V F F V F F b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q), aplicando-se a


contrapositiva às partes
F V F V V F F V p q p ↔ q (~q → ~p) ^ (~p → ~q)
F F F V F V F V V V V V V F V F V F V F

V F V F F V F F F F V V
Exemplo: F V F F V F V V F V F F
p → q: Se André é professor, então é pobre.
~q → ~p: Se André não é pobre, então não é professor. F F F V F V V V V V V V

2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)


c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q)
p q ~p → q ~q → p
p q p ↔ q (p ^ q) v (~p ^ ~q)
V V F V V F V V
V V V V V V V V V F F F
V F F V F V V V
V F V F F V F F F F F V
F V V V V F V F
F V F F V F F V F V F F
F F V F F V F F
F F F V F F F F V V V V

Exemplo:
~p → q: Se André não é professor, então é pobre. 6 - Pela exportação-importação
~q → p: Se André não é pobre, então é professor. [(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)]
p q r [(p ^ q) → r] [p → (q → r)]
3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)
V V V V V V V V V V V V V
p q p → ~q q → ~p
V V F V V V F F V F V F F
V V V F F V F F
V F V V F F V V V V F V V
V F V V V F V F
V F F V F F V F V V F V F
F V F V F V V V
F V V F F V V V F V V V V
F F F V V F V V
F V F F F V V F F V V F F
Exemplo:
p → ~q: Se André é professor, então não é pobre. F F V F F F V V F V F V V
q → ~p: Se André é pobre, então não é professor. F F F F F F V F F V F V F
4 º Caso: (p → q) ⇔ ~p v q
Proposições Associadas a uma Condicional (se, então)
p q p → q ~p v q

V V V V V F V V Chama-se proposições associadas a p → q as três


proposições condicionadas que contêm p e q:
V F V F F F F F – Proposições recíprocas: p → q: q → p
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q
F V F V V V F V – Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p

F F F V F V F F Observe a tabela verdade dessas quatro proposições:

Note que:

Raciocínio Lógico 7
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Observamos ainda que a condicional p → q e a sua 02. Resposta: Certo.


recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO Relembrando temos que: Se p então q = Não p ou q. (p → q
EQUIVALENTES. = ~p v q)

Exemplos: NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS


p → q: Se T é equilátero, então T é isósceles. (V)
q → p: Se T é isósceles, então T é equilátero. (F) Para se negar uma proposição composta é necessário que
se entenda que irá gerar uma outra proposição composta
Exemplo: equivalente a negação de sua primitiva.
Vamos determinar: De modo geral temos que:
a) A contrapositiva de p → q Sejam “♦” e “♪” conectivos lógicos quaisquer.
b) A contrapositiva da recíproca de p → q Temos ~ (p ♦ q) ⇔ (p ♪ q).
c) A contrapositiva da contrária de p → q Obs.: O símbolo “⇔” representa equivalência entre as
proposições.
Resolução:
a) A contrapositiva de p → q é ~q → ~p Tem-se que: “p ♪ q” é equivalente à negação de “p ♦ q” e
A contrapositiva de ~q → ~p é ~~p → ~~q ⇔ p → q
ainda “p ♦ q” é uma proposição oposta à “p ♪ q”.
b) A recíproca de p → q é q → p
A contrapositiva q → q é ~p → ~q

c) A contrária de p → q é ~p → ~q
A contrapositiva de ~p → ~q é q → p

Equivalência “NENHUM” e “TODO”


1 – NENHUM A é B ⇔ TODO A é não B.
Exemplo:
Nenhum médico é tenista ⇔ Todo médico é não tenista (=
Todo médico não é tenista).

2 – TODO A é B ⇔ NENHUM A é não B.


Exemplo: Vejamos:
Toda música é bela ⇔ Nenhuma música é não bela (= – Negação de uma disjunção exclusiva
Nenhuma música é bela). Por definição, ao negar-se uma DISJUNÇÃO EXCLUSIVA,
gera-se uma BICONDICIONAL.
Referências ~ (p v q) ⇔ (p ↔ q) ⇔ (p → q) ^ (q → p)
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002. p q ~ (p v q)
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
V V V V F V
Questões V F F V V F

01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) F V F F V V


Considere a sentença:
“Corro e não fico cansado”. F F V F F F
Uma sentença logicamente equivalente à negação da
sentença dada é:
(A) Se corro então fico cansado. p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
(B) Se não corro então não fico cansado.
V V V V V V V V V V
(C) Não corro e fico cansado.
(D) Corro e fico cansado. V F F V F F F F V V
(E) Não corro ou não fico cansado.
F F V F V V F V F F
02. (TCE/RN – Conhecimentos Gerais para o cargo 4 –
CESPE/2015) Em campanha de incentivo à regularização da F V F F V F V F V F
documentação de imóveis, um cartório estampou um cartaz
com os seguintes dizeres: “O comprador que não escritura e - Negação de uma condicional
não registra o imóvel não se torna dono desse imóvel”. Ao negar-se uma condicional, conserva-se o valor lógico
A partir dessa situação hipotética e considerando que a de sua 1ª parte, troca-se o conectivo CONDICIONAL pelo
proposição P: “Se o comprador não escritura o imóvel, então conectivo CONJUNÇÃO e nega-se sua 2ª parte.
ele não o registra” seja verdadeira, julgue o item seguinte.
A proposição P é logicamente equivalente à proposição “O ~ (p → q) ⇔ (p ^ ~q) ⇔ ~~ p ^ ~q
comprador escritura o imóvel, ou não o registra”.
( ) Certo ( ) Errado
p q ~ (p → q) p ^ ~q
Respostas
01. Resposta: A. V V F V V V V F F
A negação de P→Q é P ^ ~ Q V F V V F F V V V
A equivalência de P-->Q é ~P v Q ou pode ser: ~Q-->~P

Raciocínio Lógico 8
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

c) 3 + 5 ≥ 8
F V F F V V F F F

F F F F V F F F V Para negarmos uma sentença matemática basta negarmos


os símbolos matemáticos, assim estaremos negando toda
sentença, vejamos:
- Negação de uma bicondicional
Ao negarmos uma bicondicional do tipo “p ↔ q” estaremos
negando a sua formula equivalente dada por “(p → q) ∧ (q → Sentença Negação Sentença
p)”, assim, negaremos uma conjunção cujas partes são duas Matemática ou obtida
condicionais: “(p → q)” e “(q → p)”. Aplicando-se a negação de algébrica
uma conjunção a essa bicondicional, teremos:
~ (p ↔ q) ⇔ ~ [(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)] 5 + 6 = 11 ~ (5 + 6 = 11) 5 + 6 ≠ 11

5–3≠4 ~ (5 – 3 ≠ 4) 5–3=4
p q ~ (p ↔ q)
5>1 ~ (5 > 1) 5≤1
V V F V V V
7< 10 ~ (7< 10) 7≥ 10
V F V V F F
3+5≥8 ~ (3 + 5 ≥ 8) 3+5<8
F V V F F V
y+5≤7 ~ (y + 5 ≤ 7) y+5>7
F F F F V F

É comum a banca, através de uma assertiva, “induzir” os


~ [(p → q) ^ (q → p)] candidatos a cometerem um erro muito comum, que é a
negação dessa assertiva pelo resultado, utilizando-se da
F V V V V V V V
operação matemática em questão para a obtenção desse
V V F F F F V V resultado, e não, como deve ser, pela negação dos símbolos
matemáticos.
V F V V F V F F Exemplo:
Negar a expressão “4 + 7 = 16” não é dada pela expressão
F F V F V F V F “4 + 7 = 11”, e sim por “4 + 7 ≠ 16”

(p ^ ~q) v (q ^ ~p) NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS – LEIS DE


MORGAN
V F F F V F F
As Leis de Morgan demonstram que:
V V V V F F F - Negar que duas dadas proposições são ao mesmo tempo
verdadeiras equivale a afirmar que pelo menos uma é falsa
F F F V V V V - Negar que uma pelo menos de duas proposições é
verdadeira equivale a afirmar que ambas são falsas.
F F V F F F V
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÂO transforma:
CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO e
DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO
DUPLA NEGAÇÃO (TEORIA DA INVOLUÇÃO)
– De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p) Vejamos:
– Negação de uma conjunção (Leis de Morgan)
p ~ (~ p) Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o
conectivo CONJUNÇÃO pelo conectivo DISJUNÇÃO.
V V F V ~ (p ^ q) ⇔ (~p v ~q)

F F V F p q ~ (p ^ q) ~p v ~q

- De uma condicional: p → q ⇔ ~p v q V V F V V V F F F
A dupla negação de uma condicional dá-se por negar a 1ª
parte da condicional, troca-se o conectivo CONDICIONAL pela V F V V F F F V V
DISJUNÇÃO e mantém-se a 2ª parte. Ao negarmos uma F V V F F V V V F
proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição
resultante será equivalente à sua proposição primitiva. F F V F F F V V V

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES MATEMÁTICAS


- Negação de uma disjunção (Lei de Morgan)
Considere os seguintes símbolos matemáticos: igual (“=”); Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o
diferente (“≠”); maior que (“>”); menor que (“<”); maior ou conectivo DISJUNÇÃO pelo conectivo-CONJUNÇÃO.
igual a (“≥”) e menor ou igual (“≤”). Estes símbolos, associados ~ (p v q) ⇔ (~p ^ ~q)
a números ou variáveis, formam as chamadas expressões
aritméticas ou algébricas. p q ~ (p v q) ~p ^ ~q
Exemplo:
a) 5 + 6 = 11 V V F V V V F F F
b) 5 > 1

Raciocínio Lógico 9
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

03. Resposta: A.
V F F V V F F F V
Quebrando a sentença em P e Q:
F V F F V V V F F P: Vou à academia todos os dias da semana
Conectivo: ∧ (e)
F F V F F F V V V Q: Corro três dias na semana
Aplicando a lei de Morgan: ~(P∧ Q) ≡ ~P ∨ ~Q
~P: Não vou à academia todos os dias da semana
Exemplo:
Conectivo: ∨ (ou)
Vamos negar a proposição “É inteligente e estuda”, vemos
~Q: Não corro três dias na semana
que se trata de uma CONJUNÇÂO, pela Lei de Morgan temos
que uma CONJUNÇÃO se transforma em uma DISJUNÇÃO,
Logo: Não vou à academia todos os dias da semana ou não
negando-se as partes, então teremos:
corro três dias na semana.
“Não é inteligente ou não estuda”
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002. No estudo da Lógica Matemática, a dedução formal é a
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio principal ferramenta para o raciocínio válido de um
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
argumento. Ela avalia de forma genérica as conclusões que a
argumentação pode tomar, quais dessas conclusões são
Questões
válidas e quais são inválidas (falaciosas). Ainda na Lógica
Matemática, estudam-se as formas válidas de inferência de
01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial –
uma linguagem formal ou proposicional constituindo-se,
FGV/2015) Considere a afirmação: assim, a teoria da argumentação.
“Mato a cobra e mostro o pau” Um argumento é um conjunto finito de premissas –
A negação lógica dessa afirmação é: proposições –, sendo uma delas a consequência das demais.
(A) não mato a cobra ou não mostro o pau; Tal premissa (proposição), que é o resultado dedutivo ou
(B) não mato a cobra e não mostro o pau; consequência lógica das demais, é chamada conclusão.
(C) não mato a cobra e mostro o pau; Um argumento é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q, em
(D) mato a cobra e não mostro o pau; que os Pis (P1, P2, P3...) e Q são fórmulas simples ou
(E) mato a cobra ou não mostro o pau. compostas. Nesse argumento, as fórmulas Pis (P1, P2, P3...) são
chamadas premissas e a fórmula Q é chamada conclusão.
02. (CODEMIG – Advogado Societário – FGV/2015) Em
uma empresa, o diretor de um departamento percebeu que
Conceitos
Pedro, um dos funcionários, tinha cometido alguns erros em
Premissas (proposições): são afirmações que podem ser
seu trabalho e comentou:
verdadeiras ou falsas. Com base nelas que os argumentos são
“Pedro está cansado ou desatento.”
compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja
A negação lógica dessa afirmação é: aceito.
(A) Pedro está descansado ou desatento.
(B) Pedro está descansado ou atento. Inferência: é o processo a partir de uma ou mais
(C) Pedro está cansado e desatento. premissas se chegar a novas proposições. Quando a inferência
(D) Pedro está descansado e atento. é dada como válida, significa que a nova proposição foi aceita,
(E) Se Pedro está descansado então está desatento. podendo ela ser utilizada em outras inferências.
03 (TJ/AP-Técnico Judiciário / Área Judiciária e Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da
Administrativa- FCC) Vou à academia todos os dias da inferência e que esta alicerçada nas premissas. Para separa as
semana e corro três dias na semana. Uma afirmação que
premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo,
corresponde à negação lógica da afirmação anterior é
...”, “portanto, ...”, “por isso, ...”, entre outras.
(A) Não vou à academia todos os dias da semana ou não
corro três dias na semana.
Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro.
(B) Vou à academia quase todos os dias da semana e corro
dois dias na semana. Falácia: é um argumento inválido, sem fundamento ou
(C) Nunca vou à academia durante a semana e nunca corro tecnicamente falho na capacidade de provar aquilo que
durante a semana. enuncia.
(D) Não vou à academia todos os dias da semana e não
corro três dias na semana. Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições,
(E) Se vou todos os dias à academia, então corro três dias dispostas de tal maneira que a conclusão é verdadeira e deriva
na semana. logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a
conclusão é a terceira premissa.
Respostas O argumento é uma fórmula constituída de premissas e
conclusões (dois elementos fundamentais da argumentação)
01. Resposta: A.
conforme dito no início temos:
Negação do ''ou'': nega-se as duas partes e troca o
conectivo ''ou'' pelo ''e''.

02. Resposta: D.
Pedro está cansado ou desatento.
O conectivo ou vira e, dai basta negar as proposições.
Pedro não está cansado e nem está desatento, ou seja,
Pedro está descansado e atento.

Raciocínio Lógico 10
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Todas as PREMISSAS tem uma CONCLUSÃO. Os exemplos


acima são considerados silogismos.
Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão
Q, indica-se por:
P1, P2, ..., Pn |----- Q

Argumentos Válidos
Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo) Exemplos
quando a conclusão é VERDADEIRA (V), sempre que as 01. Seja um argumento formado pelas seguintes
premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que premissas: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. Se
um argumento é válido quando a conclusão é uma Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. Nem Rita foi à
consequência obrigatória das verdades de suas premissas. Ou festa, nem Paula ficou em casa.
seja: Sejam as seguintes premissas:
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
A verdade das premissas é incompatível com a falsidade da P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa.
conclusão. P3: Nem Rita foi à festa, nem Paula ficou em casa.
Inicialmente, reescreveremos a última premissa “P3” na
Um argumento válido é denominado tautologia quando forma de uma conjunção, já que a forma “nem A, nem B” pode
assumir, somente, valorações verdadeiras, ser também representada por “não A e não B”. Portanto,
independentemente de valorações assumidas por suas teremos:
estruturas lógicas. Então, sejam as premissas:
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
Argumentos Inválidos P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa.
Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo ou P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa.
mal construído), quando as verdades das premissas são
insuficientes para sustentar a verdade da conclusão. Lembramos que, para que esse argumento seja válido,
Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências todas as premissas que o compõem deverão ser
geradas pelas verdades de suas premissas, tem-se como necessariamente verdadeiras.
conclusão uma contradição (F). P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa: (V)
Um argumento não válido diz-se um SOFISMA. P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa: (V)
P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa: (V)
- A verdade e a falsidade são propriedades das
proposições. Nesse caso, não há um “ponto de referência”, ou seja, não
- Já a validade e a invalidade são propriedades inerentes temos uma proposição simples que faça parte desse
aos argumentos. argumento; logo, tomaremos como verdade a conjunção da
- Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou premissa “P3”, já que uma conjunção é considerada verdadeira
falsa, mas nunca válida e inválida. somente quando suas partes forem verdadeiras. Assim,
- Não é possível ter uma conclusão falsa se as teremos a confirmação dos seguintes valores lógicos
premissas são verdadeiras. verdadeiros: “Rita não foi à festa” (1º passo) e “Paula não ficou
- A validade de um argumento depende exclusivamente em casa” (2º passo).
da relação existente entre as premissas e conclusões. P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa.

Critérios de Validade de um argumento


Pelo teorema temos:

Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e somente


Ao confirmar a proposição simples “Paula não fica em casa”
se a condicional: como verdadeira, estaremos confirmando, também, como
(P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica. verdadeira a 1ª parte da condicional da premissa “P2” (3º
passo).
Métodos para testar a validade dos argumentos P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência),
atribuirmos valores lógicos as premissas de um argumento
para determinarmos uma conclusão verdadeira.
Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam
estruturas categóricas (frases formadas pelas palavras ou
quantificadores: todo, algum e nenhum).
Se a 1ª parte de uma condicional for verdadeira, logo, a 2ª
parte também deverá ser verdadeira, já que uma verdade
Os métodos consistem em:
implica outra verdade. Assim, concluímos que “Marta vai à
1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na
festa” (4º passo).
dedução dos valores lógicos das premissas de um
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
argumento, a partir de um “ponto de referência inicial” que,
geralmente, será representado pelo valor lógico de uma
premissa formada por uma proposição simples. Lembramos
que, para que um argumento seja válido, partiremos do
pressuposto que todas as premissas que compõem esse
argumento são, na totalidade, verdadeiras.
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como Sabendo-se que “Marta vai à festa” é uma proposição
auxílio a tabela-verdade dos conectivos. simples verdadeira, então a 2ª parte da condicional da

Raciocínio Lógico 11
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

premissa P1 será falsa (5º passo). Lembramos que, sempre


que confirmarmos como falsa a 2ª parte de uma condicional,
devemos confirmar também como falsa a 1ª parte (6º passo),
já que F → F: V.

Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos,


podemos obter as seguintes conclusões: “Pedro não é pintor”;
“Eduardo é eletricista”; “Saulo não é síndico” e “Paulo é
porteiro”.
Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos,
podemos obter as seguintes conclusões: “Ana não vai à festa”; Caso o argumento não possua uma proposição simples “ponto
“Marta vai à festa”; “Paula não fica em casa” e “Rita não foi de referência inicial”, devem-se iniciar as deduções pela
à festa”. conjunção, e, caso não exista tal conjunção, pela disjunção
exclusiva ou pela bicondicional, caso existam.
02. Seja um argumento formado pelas seguintes
premissas: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista. Paulo é porteiro se, e 2) Método da Tabela – Verdade: para resolvermos temos
somente se, Saulo não é síndico. que levar em considerações dois casos.
Sejam as seguintes premissas: 1º caso: quando o argumento é representado por uma
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista. fórmula argumentativa.
P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista.
P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico. Exemplo:
A → B ~A = ~B
Lembramos que, para que esse argumento seja válido, Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as
todas as premissas que o compõem deverão ser, proposições, as premissas e as conclusões afim de chegarmos
necessariamente, verdadeiras. a validade do argumento.
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista: (V)
P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista: (V)
P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico:
(V)
Caso o argumento não possua uma proposição simples
(ponto de referência inicial) ou uma conjunção ou uma
disjunção exclusiva, então as deduções serão iniciadas pela
bicondicional, caso exista.
Sendo P3 uma bicondicional, e sabendo-se que toda
bicondicional assume valoração verdadeira somente
(Fonte: http://www.marilia.unesp.br)
quando suas partes são verdadeiras ou falsas,
simultaneamente, então consideraremos as duas partes da
O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão
bicondicional como sendo verdadeiras (1º e 2º passos), por
é falsa está sinalizada na tabela acima pelo asterisco. Observe
dedução.
também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
conclusão é verdadeira. Chegamos através dessa análise que o
argumento não é valido.

2o caso: quando o argumento é representado por uma


Confirmando-se a proposição simples “Saulo não é síndico” sequência lógica de premissas, sendo a última sua conclusão, e
como verdadeira, então a 1ª parte da disjunção em P2 será é questionada a sua validade.
valorada como falsa (3º passo). Se uma das partes de uma Exemplo:
disjunção for falsa, a outra parte “Eduardo é eletricista” deverá “Se leio, então entendo. Se entendo, então não
ser necessariamente verdadeira, para que toda a disjunção compreendo. Logo, compreendo.”
assuma valoração verdadeira (4º passo). P1: Se leio, então entendo.
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista. P2: Se entendo, então não compreendo.
C: Compreendo.
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
P1 ∧ P2 → C

Representando inicialmente as proposições primitivas


Ao confirmar como verdadeira a proposição simples “leio”, “entendo” e “compreendo”, respectivamente, por “p”,
“Eduardo é eletricista”, então a 2ª parte da condicional em P1 “q” e “r”, teremos a seguinte fórmula argumentativa:
será falsa (5º passo). Se a 2ª parte de uma condicional for P1: p → q
valorada como falsa, então a 1ª parte também deverá ser P2: q → ~r
considerada falsa (6º passo), para que seu valor lógico seja C: r
considerado verdadeiro (F → F: V).
[(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou

Raciocínio Lógico 12
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r


a passo):
P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r V V V V V V F V F F V V

V V V V V V V F V V V F V V V V V V V F F

V V F V V V V V F V F V V F F F F V F V V

V F V V F F F F V V F F V F F F F V V V F

V F F V F F F V F F V V F V V F V F F V V

F V V F V V V F V F V F F V V V V V V F F

F V F F V V V V F F F V F V F V F V F V V

F F V F V F F F V F F F F V F V F V V F F

F F F F V F F V F 1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 5º 1º

1º 2º 1º 1º 1º 1º
Sendo a solução (observado na 5a resolução) uma
contingência (possui valores verdadeiros e falsos), logo, esse
P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de
sofisma embora tenha premissas e conclusões verdadeiras.
V V V V V V V F F V
Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade
em alguns casos torna-se muito trabalhoso, principalmente
V V F V V V V V V F quando o número de proposições simples que compõe o
argumento é muito grande, então vamos aqui ver outros
V F V V F F F V F V métodos que vão ajudar a provar a validade dos argumentos.

V F F V F F F V V F 3.1 - Método da adição (AD)

F V V F V V V F F V

F V F F V V V V V F
3.2 - Método da adição (SIMP)
1º caso:
F F V F V F F V F V

F F F F V F F V V F

1º 2º 1º 1º 3º 1º 1º 2º caso:

P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
3.3 - Método da conjunção (CONJ)
V V V V V V F V F F V 1º caso:

V V F V V V V V V V F

V F V V F F F F V F V
2º caso:
V F F V F F F F V V F

F V V F V V F V F F V

F V F F V V V V V V F 3.4 - Método da absorção (ABS)

F F V F V F V F V F V

F F F F V F V F V V F
3.5 – Modus Ponens (MP)
1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 1º

Raciocínio Lógico 13
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

3.6 – Modus Tollens (MT) Nós podemos aplicar a soma lógica em três casos:
1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas
proposições simples que aparecem apenas uma vez no
conjunto das premissas do argumento.
Exemplo
3.7 – Dilema construtivo (DC) Dado o argumento: Se chove, então faz frio. Se neva, então
chove. Se faz frio, então há nuvens no céu .Se há nuvens no
céu ,então o dia está claro.
Temos então o argumento formado pelas seguintes
premissas:
P1: Se chove, então faz frio.
P2: Se neva, então chove.
3.8 – Dilema destrutivo (DD) P3: Se faz frio, então há nuvens no céu.
P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro.

Vamos denotar as proposições simples:


p: chover
q: fazer frio
3.9 – Silogismo disjuntivo (SD) r: nevar
1º caso: s: existir nuvens no céu
t: o dia está claro
Montando o produto lógico teremos:

2º caso:

Conclusão: “Se neva, então o dia está claro”.

Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está


3.10 – Silogismo hipotético (SH) claro” só apareceram uma vez no conjunto de premissas do
argumento anterior.

2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por,


apenas, uma proposição simples que aparece em ambas as
partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da
3.11 – Exportação e importação. outra. As demais proposições simples são eliminadas pelo
processo natural do produto lógico.
1º caso: Exportação Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá
necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte, necessariamente
VERDADEIRA.

Tome Nota:
2º caso: Importação Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de
equivalência da contrapositiva (contraposição) de uma
condicional, para que ocorram os devidos reajustes entre as
proposições simples de uma determinada condicional que
resulte no produto lógico desejado.
Produto lógico de condicionais: este produto consiste na (p → q) ~q → ~p
dedução de uma condicional conclusiva – que será a
conclusão do argumento –, decorrente ou resultante de Exemplo
várias outras premissas formadas por, apenas, Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda.
condicionais. Se Carlos não viaja, então Beto não estuda. Se Carlos viaja, Ana
Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições trabalha.
simples iguais que se localizam em partes opostas das Temos então o argumento formado pelas seguintes
condicionais que formam a premissa do argumento, premissas:
resultando em uma condicional denominada condicional P1: Se Ana viaja, então Beto não trabalha.
conclusiva. Vejamos o exemplo: P2: Se Carlos não estuda, então Beto não trabalha.
P3: Se Carlos estuda, Ana viaja.
Denotando as proposições simples teremos:
p: Ana trabalha
q: Beto estuda
r: Carlos viaja
Montando o produto lógico teremos:

Conclusão: “Beto não estuda”.

Raciocínio Lógico 14
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

3º caso - aplicam-se os procedimentos do 2o caso em, Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral”; c:
apenas, uma parte das premissas do argumento. “Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar
Exemplo que o argumento formado pelas premissas p e q e pela
Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é palmeirense. conclusão c é um argumento válido.
Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-paulino. ( ) Certo ( ) Errado
Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. Se Nivaldo é
corintiano, então Márcio não é palmeirense. 03. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo
Então as premissas que formam esse argumento são: Júnior – Informática – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma
P1: Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então
palmeirense. Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então
P2: Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são- Tristeza é uma bruxa.
paulino. Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
P3: Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
P4: Se Nivaldo é corintiano, então Márcio não é (B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um
palmeirense. centauro.
Denotando as proposições temos: (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
p: Nivaldo é corintiano (D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
q: Márcio é palmeirense (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
r: Pedro é são paulino
Efetuando a soma lógica: Respostas

01. Resposta: Errado.


A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as
premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as
premissas:
A = Chove
Vamos aplicar o produto lógico nas 3 primeiras premissas B = Maria vai ao cinema
(P1,P2,P3) teremos: C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio
E = Fernando está estudando
F = É noite
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional:
Conclusão: “Márcio é palmeirense”.
A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª
Referências falsa, utilizando isso temos:
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Fernando estava estudando. // B → ~E
Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
Iniciando temos:
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A →
~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando
Questões chove tem que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema
01. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016) (V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que
Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras. Maria vai ao cinema tem que ser V.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. 2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. → ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. Cláudio sai de casa tem que ser F.
• Quando Fernando está estudando, não chove. 5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove
• Durante a noite, faz frio. (V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está
Tendo como referência as proposições apresentadas, estudando pode ser V ou F.
julgue o item subsecutivo. 1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria
( ) Certo ( ) Errado foi ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou
F); pois temos dois valores lógicos para chegarmos à
conclusão (V ou F).
02. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 –
CESPE/2015) Mariana é uma estudante que tem grande 02. Resposta: Errado.
apreço pela matemática, apesar de achar essa uma área muito Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
difícil. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
é aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na P1 ∧ P2 → C
faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina Organizando e resolvendo, temos:
chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1
não tem tempo suficiente para estudar e não será aprovada B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral
nessa disciplina. C: Mariana é aprovada em Química Geral
A partir das informações apresentadas nessa situação Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C
hipotética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas. Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana as premissas serem verdadeiras, para sabermos se o
aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo argumento é válido:
de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Testando C para falso:

Raciocínio Lógico 15
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(A → B) ∧ (B →C)
(A →B) ∧ (B → F) P+C
Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm ~P
que ser F: Logo, C
(A → B) ∧ (B → F)
(A → F) ∧ (F → F) Silogismo Categórico de Forma Típica
(F → F) ∧ (V)
Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso Chamaremos de silogismo categórico de forma típica ao
que o “A” seja falso: argumento formado por duas premissas e uma conclusão, de
(A → F) ∧ (V) modo que todas as premissas envolvidas são categóricas de
(F → F) ∧ (V) forma típica (A, E, I, O). Teremos também três termos:
(V) ∧ (V) - Termo menor: sujeito da conclusão.
(V) - Termo maior: predicado da conclusão.
Então, é possível que o conjunto de premissas seja - Termo médio: é o termo que aparece uma vez em cada
verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo tempo, o que nos premissa e não aparece na conclusão.
leva a concluir que esse argumento não é válido.
Chamaremos de premissa maior a que contém o termo
03. Resposta: B. maior, e premissa menor a que contém o termo menor.
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Tristeza Exemplo
não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como
conclusão o valor lógico (V), então: Todas as mulheres são bonitas.
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo Todas as princesas são mulheres.
(F) → V ________________________
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um Todas as princesas são bonitas.
centauro (F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma Termo menor: as princesas.
bruxa(F) → V Termo maior: bonitas.
(1) Tristeza não é uma bruxa (V) Termo médio: mulheres.
Logo:
Temos que: Premissa menor: Todas as princesas são mulheres.
Esmeralda não é fada(V) Premissa maior: Todas as mulheres são bonitas.
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V) Regras do Silogismo
Então concluímos que:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro. Para que um silogismo seja válido, sua estrutura deve
respeitar regras. Tais regras, em número de oito, permitem
SILOGISMO verificar a correção ou incorreção do silogismo. As quatro
primeiras regras são relativas aos termos e as quatro últimas
O silogismo é a dedução feita a partir de duas proposições são relativas às premissas. São elas:
denominadas premissas, de modo a originar uma terceira - Todo silogismo contém somente 3 termos: maior, médio
proposição logicamente implicada, denominada conclusão. e menor;
Exemplo: - Os termos da conclusão não podem ter extensão maior
que os termos das premissas;
Tenho um Escort ou tenho um Focus, não tenho um Escort. - O termo médio não pode entrar na conclusão;
╞ Tenho um Focus. - O termo médio deve ser universal ao menos uma vez;
- De duas premissas negativas, nada se conclui;
Observação: o símbolo “╞” é chamado de traço de - De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão
asserção ;É usado entre as premissas e a conclusão .Esse negativa;
silogismo também pode ser representado como: - A conclusão segue sempre a premissa mais fraca;
- De duas premissas particulares, nada se conclui.
Tenho um Escort ou tenho um Focus.
Não tenho um Escort. Estas regras reduzem-se às três regras que Aristóteles
Logo, tenho um Focus. definiu. O que se entende por “parte mais fraca” são as
seguintes situações: entre uma premissa universal e uma
Chamado de P a proposição: “Tenho um Escort”, escreve- particular, a “parte mais fraca” é a particular; entre uma
se: P: Tenho um Escort. premissa afirmativa e outra negativa, a “parte mais fraca” é a
Chamado de C a proposição: “Tenho um Focus”, escreve- negativa. Atenção: Para determinar se um argumento é uma
se: C: Tenho um Focus. falácia ou silogismo, deve-se analisar o resultado, ou
argumento final: quando se chega a um argumento falso, tem-
Das proposições P e C resulta a proposição “Tenho um se uma falácia; quando se chega a um argumento verdadeiro,
Escort ou tenho um Focus”. Denotamos: P + C: Tenho um tem-se um silogismo.
Escort ou tenho um Focus.
Com a negativa da proposição P, tem-se a premissa “Não Silogismos Derivados
tenho um Escort”. Escreve-se: ~P: Não tenho um Escort (é o
mesmo que dizer: “não possuo um carro denominado Escort”). Silogismos derivados são estruturas argumentativas que
Reescrevendo o argumento, obteremos: não seguem a forma rigorosa do silogismo típico, mas que
mesmo assim são formas válidas.
P + C, ~P ╞ C
Entimema: trata-se de um argumento em que uma ou
ou mais proposições estão omitidas, porém. Por exemplo: todo

Raciocínio Lógico 16
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

metal é corpo, logo o chumbo é corpo. Neste caso, fica conclusão se unem o sujeito da primeira proposição com o
subentendida a premissa “todo chumbo é metal”. Passando predicado da última. Por exemplo:
para a forma silogística:
A Grécia é governada por Atenas.
Todo metal é corpo. Atenas é governada por mim.
Todo chumbo é metal. Eu sou governado por minha mulher.
___________________ Minha mulher é governada por meu filho, criança de 10
Todo chumbo é corpo. anos.
Logo, a Grécia é governada por esta criança de 10 anos.
Mais um exemplo: Todo quadrúpede tem 4 patas. Logo, um
cavalo é um quadrúpede. No dia a dia, usamos muitas formas Silogismo Hipotético: contém proposições hipotéticas ou
como essa, pois as premissas faltantes são óbvias ou implícitas compostas, isto é, apresentam duas ou mais proposições
e repeti-las pode cansar os ouvintes. Contudo, é comum haver simples unidas entre si por uma cópula não verbal, isto é, por
confusão justamente por causa de premissas faltantes. partículas. As proposições compostas podem ser divididas em:

Epiquerema: é um argumento onde uma ou ambas as - Claramente Compostas: são aquelas proposições em
premissas apresentam a prova ou razão de ser do sujeito. que a composição entre duas ou mais proposições simples são
Geralmente é acompanhada do termo porque ou algum indicadas pelas partículas: e, ou, se ... então.
equivalente. Por exemplo:
Copulativa ou Conjuntiva: “a lua se move e a terra não se
O demente é irresponsável, porque não é livre. move”. Nesse exemplo, duas proposições simples são unidas
Ora, Pedro é demente, porque o exame médico revelou ser pela partícula e ou qualquer elemento equivalente a essa
portador de paralisia geral progressiva. conjunção. Dentro do cálculo proposicional será considerada
Logo, Pedro é irresponsável. verdadeira a proposição que tiver as duas proposições simples
verdadeiras e será simbolizada como: p ∧ q.
No epiquerema sempre existe, pelo menos, uma
proposição composta, sendo que uma das proposições simples Disjuntivas: “a sociedade tem um chefe ou tem desordem”.
é razão ou explicação da outra. Caracteriza-se por duas proposições simples unidas pela
partícula “ou” ou equivalente. Dentro do cálculo proposicional,
Polissilogismo: é uma espécie de argumento que a proposição composta será considerada verdadeira se uma ou
contempla vários silogismos, onde a conclusão de um serve de as duas proposições simples forem verdadeiras e será
premissa menor para o próximo. Por exemplo: simbolizada como: p ∨ q.

Quem age de acordo com sua vontade é livre. Condicional: “se vinte é número ímpar, então vinte não é
Ora, o racional age de acordo com sua vontade. divisível por dois”. Aqui, duas proposições simples são unidas
Logo, o racional é livre. pela partícula se... então. Dentro do cálculo proposicional, essa
proposição, será considerada verdadeira se sua consequência
Ora, quem é livre é responsável. for boa ou verdadeira, simbolicamente: p → q.
Logo, o racional é responsável.
- Ocultamente Compostas: são duas ou mais proposições
Ora, quem é responsável é capaz de direitos. simples que formam uma proposição composta com as
Logo, o racional é capaz de direitos. partículas de ligação: salvo, enquanto, só.

Silogismo Expositório: não é propriamente um silogismo, Exceptiva: “todos corpos, salvo o éter, são ponderáveis”. A
mas um esclarecimento ou exposição da ligação entre dois proposição composta é formada por três proposições simples,
termos, caracteriza-se por apresentar, como termo médio, um sendo que a partícula salvo oculta as suas composições. As três
termo singular. Por exemplo: proposições simples componentes são: “todos os corpos são
ponderáveis”, “o éter é um corpo” e “o éter não é ponderável”.
Aristóteles é discípulo de Platão. Também são exceptivos termos como fora, exceto, etc. Essa
Ora, Aristóteles é filósofo. proposição composta será verdadeira se todas as proposições
Logo, algum filósofo é discípulo de Platão. simples forem verdadeiras.

Silogismo Informe: caracteriza-se pela possibilidade de Reduplicativa: “a arte, enquanto arte, é infalível”. Nessa
sua estrutura expositiva poder ser transformada na forma proposição temos duas proposições simples ocultas pela
silogística típica. Por exemplo: “a defesa pretende provar que partícula enquanto. As duas proposições simples
o réu não é responsável do crime por ele cometido. Esta componentes da composta são: “a arte possui uma
alegação é gratuita. Acabamos de provar, por testemunhos indeterminação X” e “tudo aquilo que cai sobre essa
irrecusáveis, que, ao perpetrar o crime, o réu tinha o uso indeterminação X é infalível”. O termo realmente também é
perfeito da razão e nem podia fugir às graves considerado reduplicativo. A proposição composta será
responsabilidades deste ato”. Este argumento pode ser considerada verdadeira se as duas proposições simples forem
formalizado assim: verdadeiras.

Todo aquele que perpetra um crime quando no uso da Exclusiva: “só a espécie humana é racional”. A partícula
razão é responsável por seus atos. “só” oculta as duas proposições simples que compõem a
Ora, o réu perpetrou um crime no uso da razão. composta, são elas: “a espécie humana é racional” e “nenhuma
Logo, o réu é responsável por seus atos. outra espécie é racional”. O termo apenas também é
considerado exclusivo. A proposição será considerada
Sorites: é semelhante ao polissilogismo, mas neste caso verdadeira se as duas proposições simples forem verdadeiras.
ocorre que o predicado da primeira proposição se torna
sujeito na proposição seguinte, seguindo assim até que na

Raciocínio Lógico 17
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

O silogismo hipotético apresenta três variações, conforme Se dizes o que é justo, os homens te odiarão.
o conetivo utilizado na premissa maior: Se dizes o que é injusto, os deuses te odiarão.
Portanto, de qualquer modo, serás odiado.
Condicional: a partícula de ligação das proposições
simples é se... então. Questões

Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve. 01. (CESGRANRIO - CAPES - Analista de Sistemas) Parte
A temperatura da água é de 100°C. superior do formulário
Logo, a água ferve. O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua
forma padronizada ,é constituído por três proposições: as
Esse silogismo apresenta duas figuras legítimas: duas primeiras denominam-se premissas e a terceira,
conclusão .As premissas são juízos que precedem a conclusão .
- Ponendo Ponens (do latim afirmando o afirmado): ao Em um silogismo, a conclusão é consequência necessária das
afirmar a condição (antecedente), prova-se o condicionado premissas. Assinale a alternativa que corresponde a um
(consequência). silogismo.
(A)
Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve. Premissa 1: Marcelo é matemático.
A temperatura da água é de 100°C. Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Logo, a água ferve. Conclusão: Marcelo gosta de física.

- Tollendo Tollens (do latim negando o negado): ao (B)


destruir o condicionado (consequência), destrói-se a condição Premissa 1: Marcelo é matemático.
(antecedente). Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Conclusão: Marcelo não gosta de física.
Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve.
Ora, a água não ferve. (C)
Logo, a água não atingiu a temperatura de 100°C. Premissa 1: Mário gosta de física.
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Disjuntivo: a premissa maior, do silogismo hipotético, Conclusão: Mário é matemático.
possui a partícula de ligação “ou”.
(D)
Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem. Premissa 1: Mário gosta de física.
Ora, a sociedade não tem chefe. Premissa 2: Todos os matemáticos gostam de física.
Logo, a sociedade tem desordem. Conclusão: Mário é matemático.

Esse silogismo também apresenta duas figuras legítimas: (E)


Premissa 1: Mário gosta de física.
- Ponendo Tollens: afirmando uma das proposições Premissa 2: Nenhum matemático gosta de física.
simples da premissa maior na premissa menor, nega-se a Conclusão: Mário não é matemático.
conclusão.
02. (FGV - MEC - Documentador) O silogismo é uma
Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem. forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma padronizada, é
Ora, a sociedade tem um chefe. constituído por três proposições: as duas primeiras
Logo, a sociedade não tem desordem. denominam-se premissas e a terceira, conclusão. As premissas
são juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a
- Tollendo Ponens: negando uma das proposições simples conclusão é consequência necessária das premissas. São dados
da premissa maior na premissa menor, afirma a conclusão. três conjuntos formados por duas premissas verdadeiras e
uma conclusão não necessariamente verdadeira.
Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem.
Ora, a sociedade não tem um chefe. I-
Logo, a sociedade tem desordem. Premissa 1: Todos os mamíferos são homeotérmicos.
Premissa 2: Todas as baleias são mamíferas.
Conjuntivo: a partícula de ligação das proposições Conclusão: Todas as baleias são homeotérmicas.
simples, na proposição composta, é “e”. Nesse silogismo, a II-
premissa maior deve ser composta por duas proposições Premissa 1: Todos os peixes são pecilotérmicos.
simples que possuem o mesmo sujeito e não podem ser Premissa 2: Todos os tubarões são pecilotérmicos.
verdadeiras ao mesmo tempo, ou seja, os predicados devem Conclusão: Todos os tubarões são peixes.
ser contraditórios. Possui somente uma figura legítima, o III-
Ponendo Tollens, afirmando uma das proposições simples da Premissa 1: Todos os primatas são mamíferos.
premissa maior na premissa menor, nega-se a outra Premissa 2: Todos os mamíferos são vertebrados.
proposição na conclusão. Conclusão: Todos os vertebrados são primatas.

Ninguém pode ser, simultaneamente, mestre e discípulo. Assinale:


Ora, Pedro é mestre. (A) se somente o conjunto I for um silogismo.
Logo, Pedro não é discípulo. (B) se somente o conjunto II for um silogismo.
(C) se somente o conjunto III for um silogismo.
Dilema: o dilema é um conjunto de proposições onde, a (D) se somente os conjuntos I e III forem silogismos.
primeira, é uma disjunção tal que, afirmando qualquer uma (E) se somente os conjuntos II e III forem silogismos.
das proposições simples na premissa menor, resulta sempre a
mesma conclusão. Por exemplo:

Raciocínio Lógico 18
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Respostas III - Todos os primatas são mamíferos. Todos os mamíferos


são vertebrados. Conclusão: todos os vertebrados são
01. Resposta “E”. primatas. Mais uma vez não podemos afirmar, pois a questão
Parte inferior do formulário não dá informações para concluirmos tal coisa... o conjunto dos
A letra “D” parece certa, mas observe que certa seria se a primatas está contido no conjunto dos mamíferos e os
segunda premissa fosse invertida: “Todos os que gostam de mamíferos contidos no conjunto dos vertebrados, então pode
física são matemáticos”. A letra “E” é correta. Existem algumas ser que tenha primatas que não sejam primatas ou que não
proposições que podem ser negadas. sejam mamíferos....
Algum → negação: Nenhum.
Nenhum → negação: Algum.
Todo → negação: Algum não.
Algum não → negação: Todo.

Nessa questão basta negar todas as proposições com suas


equivalências supracitadas, ou basta fazer conjuntos (ou
balões):

(A) Há dois grupos “matemáticos” e “aqueles que gostam


de física”. Há uma intersecção entre eles, com matemáticos que
gostam e matemáticos que não gostam de física. Marcelo pode
estar tanto em um como em outro grupo.
(B) Mesmo raciocínio. Marcelo pode gostar ou não de
física. 1.3 Compreensão do
(C) Há intersecção entre “matemáticos” e “gostam de processo lógico que, a partir
física”. Mário pode estar no grupo “matemáticos que gostam
de física” e o outro grupo, “aqueles que gostam de física e não
de um conjunto de hipóteses,
são matemáticos”. conduz, de forma válida, a
(D) O grupo “matemáticos” está dentro de “os que gostam conclusões determinadas.
de física”. Porém, Mario tanto pode ser matemático como
pertencer a outro grupo que também goste de física.
(E) Não há intersecção entre os grupos “os que gostam de Raciocínio Lógico-Dedutivo - Dedução
física” e “matemáticos”. Mário gosta de física, logo, ele não
pode ser matemático. (Alternativa correta) É um tipo de Raciocínio lógico que se utiliza da dedução
para obter uma conclusão de certa premissa. Deduzir segundo
02. Resposta “A”. o dicionário de língua portuguesa, pode significar concluir, ato
I - Todos os mamíferos são homeotérmicos. Todas as de deduzir.
baleias são mamíferos. Conclusão: todas as baleias são
homeotérmicos. Está certa... essa questão fica clara se Nesta modalidade de raciocínio lógico, dada uma
desenharmos um conjunto.... assim fica da seguinte forma: o generalização, inferimos as particularidades. As
conjunto dos mamíferos está contido no conjunto dos generalizações são sempre atingidas pelo processo indutivo, e
homeotérmicos... e o conjunto das baleias está contido dentro as particularidades pelo dedutivo.
do conjunto dos mamíferos, consequentemente está dentro do
conjunto dos homeotérmicos, por isso podemos afirmar que O raciocínio dedutivo apresenta conclusões que devem,
todas as baleias são homeotérmicos. necessariamente, ser verdadeiras caso todas as premissas
sejam verdadeiras.

É importante deixar claro que a dedução não oferece


conhecimento novo, apenas organiza e especifica o
conhecimento que já se possui.

Exemplo:

Todo vertebrado possui vértebras.


Todos os gatos são vertebrados.
II - Todos os peixes são pecilotérmicos. Todos os tubarões
Logo, todos os gatos têm vértebras.
são pecilotérmicos. Conclusão: todos os tubarões são peixes.
Não podemos afirmar tal coisa... pode ser que alguns ou até
Afim de estudar um pouco mais sobre Raciocínio lógico-
todos sejam, mas a questão não dá informações suficientes
dedutivo devemos estudar sobre os silogismos, onde foi
para isso... em um conjunto teríamos o conjunto dos
abordado no tópico Acima.
pecilotérmicos e dentro dele 2 conjuntos... dos peixes e dos
tubarões... eles podem ter alguma intersecção ou nenhuma,
Referência
por isso não podemos afirmar.
http://www.infoescola.com/filosofia/raciocinio-dedutivo/

ESTRUTURAS LÓGICAS

Em uma primeira aproximação, a lógica pode ser


entendida como a ciência que estuda os princípios e o métodos
que permitem estabelecer as condições de validade e
invalidade dos argumentos. Um argumento é uma parte do

Raciocínio Lógico 19
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

discurso no qual localizamos um conjunto de uma ou mais Valores lógicos das proposições
sentenças denominadas premissas e uma sentença
denominada conclusão. Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade,
Em diversas provas de concursos são empregados toda se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se a proposição
sorte de argumentos com os mais variados conteúdos: político, é falsa (F).
religioso, moral e etc. Pode-se pensar na lógica como o estudo Consideremos as seguintes proposições e os seus
da validade dos argumentos, focalizando a atenção não no respectivos valores lógicos:
conteúdo, mas sim na sua forma ou na sua estrutura. a) Brasília é a capital do Brasil. (V)
b) Terra é o maior planeta do sistema Solar. (F)
Conceito de proposição
A maioria das proposições são proposições contingenciais,
Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou ou seja, dependem do contexto para sua análise. Assim, por
símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de exemplo, se considerarmos a proposição simples:
sentido completo. Assim, as proposições transmitem
pensamentos, isto é, afirmam, declaram fatos ou exprimem “Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira (do
juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou ponto de vista da religião espírita) ou falsa (do ponto de vista
entes. da religião católica); mesmo assim, em ambos os casos, seu valor
Elas devem possuir além disso: lógico é único — ou verdadeiro ou falso.
- um sujeito e um predicado;
- e por último, deve sempre ser possível atribuir um valor Classificação das proposições
lógico: verdadeiro (V) ou falso (F).
Preenchendo esses requisitos estamos diante de uma As proposições podem ser classificadas em:
proposição. 1) Proposições simples (ou atômicas): são formadas por
Vejamos alguns exemplos: um única oração, sem conectivos, ou seja, elementos de
A) Terra é o maior planeta do sistema Solar ligação. Representamos por letras minusculas: p, q, r,... .
B) Brasília é a capital do Brasil.
C) Todos os músicos são românticos. Exemplos:
O céu é azul.
A todas as frases podemos atribuir um valor lógico (V ou Hoje é sábado.
F).
TOME NOTA!!! 2) Proposições compostas (ou moleculares): possuem
Uma forma de identificarmos se uma frase simples é ou elementos de ligação (conectivos) que ligam as orações,
não considerada frase lógica, ou sentença, ou ainda podendo ser duas, três, e assim por diante. Representamos por
proposição, é pela presença de: letras maiusculas: P, Q, R, ... .
- sujeito simples: "Carlos é médico";
- sujeito composto: "Rui e Nathan são irmãos"; Exemplos:
- sujeito inexistente: "Choveu" O ceu é azul ou cinza.
- verbo, que representa a ação praticada por esse sujeito, Se hoje é sábado, então vou a praia.
e estar sujeita à apreciação de julgamento de ser verdadeira
(V) ou falsa (F), caso contrário, não será considerada Observação: os termos em destaque são alguns dos
proposição. conectivos (termos de ligação) que utilizamos em lógica
matemática.
Atenção: orações que não tem sujeito, NÃO são
consideradas proposições lógicas. 3) Proposição (ou sentença) aberta: quando não se
pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou
Princípios fundamentais da lógica valorar a proposição!), portanto, não é considerada frase
lógica. São consideradas sentenças abertas:
A Lógica matemática adota como regra fundamental três a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou
princípios1 (ou axiomas): ontem? – Fez Sol ontem?
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue
I – PRÍNCIPIO DA IDENTIDADE: uma proposição a televisão.
verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é falsa. d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas,
paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é verdadeira” (expressão
II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma paradoxal) – O cavalo do meu vizinho morreu (expressão
proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo ambígua) – 2 + 3 + 7
tempo.
4) Proposição (sentença) fechada: quando a proposição
III – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda admitir um único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso,
proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre nesse caso, será considerada uma frase, proposição ou
um desses casos, NUNCA existindo um terceiro caso. sentença lógica.

Observe os exemplos:
Se esses princípios acimas não puderem ser aplicados,
NÃO podemos classificar uma frase como proposição. Frase Sujeito Verbo Conclusão
Maria é Maria É (ser) É uma frase
baiana (simples) lógica

1 Algumas bibliografias consideram apenas dois axiomas o II e o III.

Raciocínio Lógico 20
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Lia e Maria Lia e Maria Têm (ter) É uma frase 02. Resposta: E.
têm dois (composto) lógica Analisando as alternativas temos:
irmãos (A) Não é uma oração composta de sujeito e predicado.
Ventou Inexistente Ventou É uma frase (B) É uma frase imperativa/exclamativa, logo não é
hoje (ventar) lógica proposição.
Um lindo Um lindo Frase sem NÂO é uma (C) É uma frase que expressa ordem, logo não é proposição.
livro de livro verbo frase lógica (D) É uma frase interrogativa.
literatura (E) Composta de sujeito e predicado, é uma frase
Manobrar Frase sem Manobrar NÂO é uma declarativa e podemos atribuir a ela valores lógicos.
esse carro sujeito frase lógica
Existe vida Vida Existir É uma frase 03. Resposta: B.
em Marte lógica Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não
Sentenças representadas por variáveis podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma
a) x + 4 > 5; sentença lógica.
b) Se x > 1, então x + 5 < 7; (B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir
c) x = 3 se, e somente se, x + y = 15. valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois
Observação: Os termos “atômicos” e “moleculares” podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado
referem-se à quantidade de verbos presentes na frase. que tenhamos
Consideremos uma frase com apenas um verbo, então ela será (D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também
dita atômica, pois se refere a apenas um único átomo (1 verbo podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando
= 1 átomo); consideremos, agora, uma frase com mais de um a quantidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um
verbo, então ela será dita molecular, pois se refere a mais de valor de V ou F a sentença).
um átomo (mais de um átomo = uma molécula). (E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir
valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Questões
Conceito de Tabela Verdade
01. (Pref. Tanguá/RJ- Fiscal de Tributos – MS
CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é Sabemos que tabela verdade é toda tabela que atribui,
classificada como uma proposição simples? previamente, os possíveis valores lógicos que as proposições
(A) Será que vou ser aprovado no concurso? simples podem assumir, como sendo verdadeiras (V) ou
(B) Ele é goleiro do Bangu. falsas (F), e, por consequência, permite definir a solução de
(C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista. uma determinada fórmula (proposição composta).
(D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos. De acordo com o Princípio do Terceiro Excluído, toda
proposição simples “p” é verdadeira ou falsa, ou seja, possui o
02. (IF/PA- Auxiliar de Assuntos Educacionais – valor lógico V (verdade) ou o valor lógico F (falsidade).
IF/PA/2016) Qual sentença a seguir é considerada uma Em se tratando de uma proposição composta, a
proposição? determinação de seu valor lógico, conhecidos os valores
(A) O copo de plástico. lógicos das proposições simples componentes, se faz com base
(B) Feliz Natal! no seguinte princípio, vamos relembrar:
(C) Pegue suas coisas.
(D) Onde está o livro?
(E) Francisco não tomou o remédio. O valor lógico de qualquer proposição composta
depende UNICAMENTE dos valores lógicos das
03. (Cespe/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir: proposições simples componentes, ficando por eles
• “A frase dentro destas aspas é uma mentira.” UNIVOCAMENTE determinados.
• A expressão x + y é positiva.
• O valor de √4 + 3 = 7.
• Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. Para determinarmos esses valores recorremos a um
• O que é isto? dispositivo prático que é o objeto do nosso estudo: A tabela
Há exatamente: verdade. Em que figuram todos os possíveis valores lógicos da
(A) uma proposição; proposição composta (sua solução) correspondente a todas as
(B) duas proposições; possíveis atribuições de valores lógicos às proposições
(C) três proposições; simples componentes.
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições. Número de linhas de uma Tabela Verdade
O número de linhas de uma proposição composta depende
Respostas do número de proposições simples que a integram, sendo dado
pelo seguinte teorema:
01. Resposta: D.
Analisando as alternativas temos: “A tabela verdade de uma proposição composta com n*
(A) Frases interrogativas não são consideradas proposições simples componentes contém 2n linhas.” (*
proposições. Algumas bibliografias utilizam o “p” no lugar do “n”)
(B) O sujeito aqui é indeterminado, logo não podemos Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois para
definir quem é ele. a primeira proposição “p” e de um em um para a segunda
(C) Trata-se de uma proposição composta proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV,
(D) É uma frase declarativa onde podemos identificar o VF, FV e FF, em cada linha, são todos os arranjos binários com
sujeito da frase e atribuir a mesma um valor lógico. repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a
Análise Combinatória.

Raciocínio Lógico 21
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Construção da tabela verdade de uma proposição 02. (Cespe/UnB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições
composta simples e distintas, então o número de linhas da tabela-
verdade da proposição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
Para sua construção começamos contando o número de (A) 2;
proposições simples que a integram. Se há n proposições (B) 4;
simples componentes, então temos 2n linhas. Feito isso, (C) 8;
atribuimos a 1ª proposição simples “p1” 2n / 2 = 2n -1 valores (D) 16;
V , seguidos de 2n – 1 valores F, e assim por diante. (E) 32.

Exemplos Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio


1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e acima, então teremos:
2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição 2 valores V e 2 Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos Resposta D.
que os valores se alternam de 1 em 1 (ou seja metade dos
valores da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira Estudo dos Operadores e Operações Lógicas
parte dela corresponde a árvore de possibilidades e a segunda
a tabela propriamente dita. Quando efetuamos certas operações sobre proposições
chamadas operações lógicas, efetuamos cálculos
proposicionais, semelhantes a aritmética sobre números, de
forma a determinarmos os valores das proposições.

1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma


proposição representada por “não p” cujo valor lógico é
verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F) quando p é
verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de
p.
Pela tabela verdade temos:

(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-
verdade.html)

2) Neste caso temos 3 proposições simples, fazendo os


cálculos temos: 2n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23 - 1 = 4, temos para
a 1ª proposição 4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em Simbolicamente temos:
4 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam de 2 ~V = F ; ~F = V
em 2 (metade da 1ª proposição) e para a 3ª proposição temos V(~p) = ~V(p)
valores que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição).
Exemplos

Proposição Negação: ~p
(afirmações): p
Carlos é médico Carlos NÃO é médico
Juliana é carioca Juliana NÃO é carioca
Nicolas está de Nicolas NÃO está de
férias férias
Norberto foi NÃO É VERDADE QUE
trabalhar Norberto foi trabalhar

A primeira parte da tabela todas as afirmações são


verdadeiras, logo ao negarmos temos passam a ter como valor
lógico a falsidade.
(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-
verdade.html)
- Dupla negação (Teoria da Involução): vamos
considerar as seguintes proposições primitivas, p:” Netuno é o
Vejamos alguns exemplos:
planeta mais distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao
negarmos “p”, vamos obter a seguinte proposição ~p: “Netuno
01. (FCC) Com relação à proposição: “Se ando e bebo,
NÂO é o planeta mais distante do Sol” e negando novamente a
então caio, mas não durmo ou não bebo”. O número de linhas
proposição “~p” teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno
da tabela-verdade da proposição composta anterior é igual a:
NÃO é o planeta mais distante do Sol”, sendo seu valor lógico
(A) 2;
verdadeiro (V). Logo a dupla negação equivale a termos de
(B) 4;
valores lógicos a sua proposição primitiva.
(C) 8;
(D) 16;
p ≡ ~(~p)
(E) 32.
Observação: O termo “equivalente” está associado aos
Vamos contar o número de verbos para termos a
“valores lógicos” de duas fórmulas lógicas, sendo iguais pela
quantidade de proposições simples e distintas contidas na
natureza de seus valores lógicos.
proposição composta. Temos os verbos “andar’, “beber”, “cair”
Exemplo:
e “dormir”. Aplicando a fórmula do número de linhas temos:
1. Saturno é um planeta do sistema solar.
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
2. Sete é um número real maior que cinco.
Resposta D.

Raciocínio Lógico 22
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Sabendo-se da realidade dos valores lógicos das Exemplos


proposições “Saturno é um planeta do sistema solar” e “Sete é (a)
um número rela maior que cinco”, que são ambos verdadeiros p: A neve é branca. (V)
(V), conclui-se que essas proposições são equivalentes, em q: 3 < 5. (V)
termos de valores lógicos, entre si. V(p v q) = V(p) v V(q) = V v V = V

2) Conjunção – produto lógico (^): chama-se de (b)


conjunção de duas proposições p e q a proposição p: A neve é azul. (F)
representada por “p e q”, cujo valor lógico é verdade (V) q: 6 < 5. (F)
quando as proposições, p e q, são ambas verdadeiras e V(p v q) = V(p) v V(q) = F v F = F
falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”). (c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
Pela tabela verdade temos: q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V

4) Disjunção exclusiva ( v ): chama-se disjunção


Exemplos exclusiva de duas proposições p e q, cujo valor lógico é
(a) verdade (V) somente quando p é verdadeira ou q é
p: A neve é branca. (V) verdadeira, mas não quando p e q são ambas verdadeiras
q: 3 < 5. (V) e a falsidade (F) quando p e q são ambas verdadeiras ou
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V ambas falsas.
Simbolicamente: “p v q” (lê-se; “OU p OU q”; “OU p OU q,
(b) MAS NÃO AMBOS”).
p: A neve é azul. (F) Pela tabela verdade temos:
q: 6 < 5. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ F = F

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ F = F

(d)
Para entender melhor vamos analisar o exemplo.
p: A neve é azul. (F)
p: Nathan é médico ou professor. (Ambas podem ser
q: 7 é número ímpar. (V)
verdadeiras, ele pode ser as duas coisas ao mesmo tempo, uma
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ V = F
condição não exclui a outra – disjunção inclusiva).
Podemos escrever:
- O valor lógico de uma proposição simples “p” é indicado
Nathan é médico ^ Nathan é professor
por V(p). Assim, exprime-se que “p” é verdadeira (V),
escrevendo:
q: Mario é carioca ou paulista (aqui temos que se Mario é
V(p) = V
carioca implica que ele não pode ser paulista, as duas coisas
não podem acontecer ao mesmo tempo – disjunção exclusiva).
- Analogamente, exprime-se que “p” é falsa (F),
Reescrevendo:
escrevendo:
Mario é carioca v Mario é paulista.
V(p) = F
Exemplos
- As proposições compostas, representadas, por exemplo,
a) Plínio pula ou Lucas corre, mas não ambos.
pelas letras maiúsculas “P”, “Q”, “R”, “S” e “T”, terão seus
b) Ou Plínio pula ou Lucas corre.
respectivos valores lógicos representados por:
V(P), V(Q), V(R), V(S) e V(T).
5) Implicação lógica ou condicional (→): chama-se
proposição condicional ou apenas condicional representada
3) Disjunção inclusiva – soma lógica – disjunção
por “se p então q”, cujo valor lógico é falsidade (F) no caso em
simples (v): chama-se de disjunção inclusiva de duas
que p é verdade e q é falsa e a verdade (V) nos demais
proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo
casos.
valor lógico é verdade (V) quando pelo menos uma das
proposições, p e q, é verdadeira e falsidade (F) quando
Simbolicamente: “p → q” (lê-se: p é condição suficiente
ambas são falsas.
para q; q é condição necessária para p).
Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”).
p é o antecedente e q o consequente e “→” é chamado de
Pela tabela verdade temos:
símbolo de implicação.

Pela tabela verdade temos:

Raciocínio Lógico 23
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”,


“q” e “r” representadas por:
p: Luciana estuda.
q: João bebe.
r: Carlos dança.

Sejam, agora, as seguintes proposições compostas


Exemplos denotadas por: “P ”, “Q ”, “R ”, “S ”, “T ”, “U ”, “V ” e “X ”
(a) representadas por:
p: A neve é branca. (V) P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança.
q: 3 < 5. (V) Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V estuda.
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
(b) João não bebe.
p: A neve é azul. (F)
q: 6 < 5. (F) O primeiro passo é destacarmos os operadores lógicos
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → F = V (modificadores e conectivos) e as proposições. Depois
reescrevermos de forma simbólica, vajamos:
(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F
Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r
(d)
Continuando:
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → V = V
estuda.
6) Dupla implicação ou bicondicional (↔):chama-se
proposição bicondicional ou apenas bicondicional
representada por “p se e somente se q”, cujo valor lógico é
verdade (V) quando p e q são ambas verdadeiras ou falsas
e a falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente: “p ↔ q” (lê-se: p é condição necessária e Simbolicamente temos: Q: ~ (q v r ^ ~p).
suficiente para q; q é condição necessária e suficiente para p).
R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
Pela tabela verdade temos: João não bebe.
(p v r) ↔ ~q

Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”,


“É mentira que” e “É uma falácia que”, quando iniciam as
frases negam, por completo, as frases subsequentes.

Exemplos - O uso de parêntesis


(a) A necessidade de usar parêntesis na simbolização das
p: A neve é branca. (V) proposições se deve a evitar qualquer tipo de ambiguidade,
q: 3 < 5. (V) assim na proposição, por exemplo, p ^ q v r, nos dá a seguinte
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V proposições:

(b) (I) (p ^ q) v r - Conectivo principal é da disjunção.


p: A neve é azul. (F) (II) p ^ (q v r) - Conectivo principal é da conjunção.
q: 6 < 5. (F)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ F = V As quais apresentam significados diferentes, pois os
conectivos principais de cada proposição composta dá valores
(c) lógicos diferentes como conclusão.
p: Pelé é jogador de futebol. (V) Agora observe a expressão: p ^ q → r v s, dá lugar,
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F) colocando parêntesis as seguintes proposições:
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ F = F a) ((p ^ q) → r) v s
b) p ^ ((q → r) v s)
(d) c) (p ^ (q → r)) v s
p: A neve é azul. (F) d) p ^ (q → (r v s))
q: 7 é número ímpar. (V) e) (p ^ q) → (r v s)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ V = F
Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado.
Transformação da linguagem corrente para a Porém existem muitos casos que os parêntesis são suprimidos,
simbólica a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que,
Este é um dos tópicos mais vistos em diversas provas e por naturalmente, ambiguidade alguma venha a aparecer. Para
isso vamos aqui detalhar de forma a sermos capazes de isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a
resolver questões deste tipo.

Raciocínio Lógico 24
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

algumas convenções, das quais duas são particularmente p q ~ (p ^ ~ q)


importantes: V V
V F
1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é: F V
(I) ~ (negação) F F
(II) ^, v (conjunção ou disjunção têm a mesma
precedência, operando-se o que ocorrer primeiro, da esquerda Depois completamos, em uma determinada ordem as
para direita). colunas escrevendo em cada uma delas os valores lógicos.
(III) → (condicional) p q ~ (p ^ ~ q)
(IV) ↔ (bicondicional) V V V V
Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”.
V F V F
F V F V
Logo: Os símbolos → e ↔ têm preferência sobre ^ e v.
F F F F
1 1
Exemplo
p → q ↔ s ^ r , é uma bicondicional e nunca uma
condicional ou uma conjunção. Para convertê-la numa p q ~ (p ^ ~ q)
condicional há que se usar parêntesis: V V V F V
p →( q ↔ s ^ r ) V F V V F
E para convertê-la em uma conjunção: F V F F V
(p → q ↔ s) ^ r F F F V F
1 2 1
2ª) Quando um mesmo conectivo aparece
sucessivamente repetido, suprimem-se os parêntesis, p q ~ (p ^ ~ q)
fazendo-se a associação a partir da esquerda. V V V F F V
V F V V V F
Segundo estas duas convenções, as duas seguintes F V F F F V
proposições se escrevem: F F F F V F
1 3 2 1
Proposição Nova forma de escrever a
proposição p q ~ (p ^ ~ q)
((~(~(p ^ q))) v (~p)) ~~ (p ^ q) v ~p V V V V F F V
((~p) → (q → (~(p v ~p→ (q → ~(p v r)) V F F V V V F
r)))) F V V F F F V
F F V F F V F
- Outros símbolos para os conectivos (operadores lógicos):
4 1 3 2 1
“¬” (cantoneira) para negação (~).
“●” e “&” para conjunção (^).
“‫( ”ﬤ‬ferradura) para a condicional (→). Observe que vamos preenchendo a tabela com os valores
lógicos (V e F), depois resolvemos os operadores lógicos
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que (modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores
facilitará na resolução de diversas questões lógicos da proposição que correspondem a todas possíveis
atribuições de p e q de modo que:

P(V V) = V, P(V F) = F, P(F V) = V, P(F F) = V

A proposição P(p,q) associa a cada um dos elementos do


conjunto U – {VV, VF, FV, FF} com um ÚNICO elemento do
(Fonte: http://www laifi.com.)
conjunto {V,F}, isto é, P(p,q) outra coisa não é que uma função
de U em {V,F}
Exemplo
Vamos construir a tabela verdade da proposição:
P(p,q): U → {V,F} , cuja representação gráfica por um
P(p,q) = ~ (p ^ ~q)
diagrama sagital é a seguinte:
1ª Resolução) Vamos formar o par de colunas
correspondentes as duas proposições simples p e q. Em
seguida a coluna para ~q , depois a coluna para p ^ ~q e a
útima contento toda a proposição ~ (p ^ ~q), atribuindo todos
os valores lógicos possíveis de acordo com os operadores
lógicos.

p q ~q p ^~q ~ (p ^ ~q)
V V F F V 3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade
V F V V F anterior as duas primeiras da esquerda relativas às
proposições simples componentes p e q. Obtermos então a
F V F F V
seguinte tabela verdade simplificada:
F F V F V
2ª Resolução) Vamos montar primeiro as colunas
correspondentes a proposições simples p e q , depois traçar ~ (p ^ ~ q)
colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos V V F F V
conectivos que compõem a proposição composta. F V V V F
V F F F V

Raciocínio Lógico 25
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

V F F V F p pvp pvp↔p
4 1 3 2 1 V V V
F F V
Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio 2) Comutativa: p v q ⇔ q v p
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
A tabela verdade de p v q e q v p são idênticas, ou seja, a
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002. bicondicional p v q ↔ q v p é tautológica.

ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES p q pvq qvp pvq↔qvp


V V V V V
Propriedades da Conjunção: Sendo as proposições p, q e V F V V V
r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também F V V V V
simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e F F F F V
F(falsidade), temos as seguintes propriedades:
3) Associativa: (p v q) v r ⇔ p v (q v r)
1) Idempotente: p ^ p ⇔ p (o símbolo “⇔” representa A tabela verdade de (p v q) v r e p v (q v r) são idênticas, ou
equivalência). seja, a bicondicional (p v q) v r ↔ p v (q v r) é tautológica.
A tabela verdade de p ^ p e p, são idênticas, ou seja, a
bicondicional p ^ p ↔ p é tautológica. p q r pvq (p v q) v r qvr p v (q v r)
V V V V V V V
p p^p p^p↔p V V F V V V V
V V V V F V V V V V
F F V V F F V V F V
F V V V V V V
2) Comutativa: p ^ q ⇔ q ^ p F V F V V V V
A tabela verdade de p ^ q e q ^ p são idênticas, ou seja, a F F V F V V V
bicondicional p ^ q ↔ q ^ p é tautológica. F F F F F F F
p q p^q q^p p^q↔q^p 4) Identidade: p v t ⇔ t e p v w ⇔ p
V V V V V A tabela verdade de p v t e p, e p v w e w são idênticas, ou
V F F F V seja, a bicondicional p v t ↔ t e p v w ↔ p são tautológicas.
F V F F V
F F F F V p t w pvt pvw pvt↔t pvw↔p
V V F V V V V
3) Associativa: (p ^ q) ^ r ⇔ p ^ (q ^ r) F V F V F V V
A tabela verdade de (p ^ q) ^ r e p ^ (q ^ r) são idênticas,
ou seja, a bicondicional (p ^ q) ^ r ↔ p ^ (q ^ r) é tautológica. Estas propriedades exprimem que t e w são
respectivamente elemento absorvente e elemento neutro da
p q r p^q (p ^ q) ^ r q^r p ^ (q ^ r) disjunção.
V V V V V V V
V V F V F F F Propriedades da Conjunção e Disjunção: Sejam p, q e r
V F V F F F F proposições simples quaisquer.
V F F F F F F 1) Distributiva:
F V V F F V F - p ^ (q v r) ⇔ (p ^ q) v (p ^ r)
F V F F F F F - p v (q ^ r) ⇔ (p v q) ^ (p v r)
F F V F F F F
F F F F F F F A tabela verdade das proposições p ^ (q v r) e (p v q) ^ (p
v r) são idênticas, e observamos que a bicondicional p ^ (q v r)
4) Identidade: p ^ t ⇔ p e p ^ w ⇔ w ↔ (p ^ q) v (p ^ r) é tautológica.
A tabela verdade de p ^ t e p, e p ^ w e w são idênticas, ou
seja, a bicondicional p ^ t ↔ p e p ^ w ↔ w são tautológicas. p q r q v p ^ (q v p ^ p ^ (p ^ q) v (p ^
r r) q r r)
p t w p^t p^w p^t↔p p^w↔w V V V V V V V V
V V F V F V V V V F V V V F V
F V F F F V V V F V V V F V V
V F F F F F F F
Estas propriedades exprimem que t e w são F V V V F F F F
respectivamente elemento neutro e elemento absorvente da F V F V F F F F
conjunção. F F V V F F F F
F F F F F F F F
Propriedades da Disjunção: Sendo as proposições p, q e Analogamente temos ainda que a tabela verdade das
r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também proposições p v (q ^ r) e (p v q) ^ (p v r) são idênticas e sua
simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e bicondicional p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r) é tautológica.
F(falsidade), temos as seguintes propriedades:
A equivalência p ^ (q v r) ↔ (p ^ q) v (p ^ r), exprime que a
1) Idempotente: p v p ⇔ p conjunção é distributiva em relação à disjunção e a
A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a equivalência p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r), exprime que a
bicondicional p v p ↔ p é tautológica. disjunção é distributiva em relação à conjunção.
Exemplo:

Raciocínio Lógico 26
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

“Carlos estuda E Jorge trabalha OU viaja” é equivalente à 02. (BRDE-Analista de Sistemas, Desenvolvimento de
seguinte proposição: Sistemas – FUNDATEC/2015)
“Carlos estuda E Jorge trabalha” OU “Carlos estuda E Jorge Qual operação lógica descreve a tabela verdade da função
viaja”. Z abaixo cujo operandos são A e B? Considere que V significa
Verdadeiro, e F, Falso.
2) Absorção:
- p ^ (p v q) ⇔ p
- p v (p ^ q) ⇔ p

A tabela verdade das proposições p ^ (p v q) e p, ou seja, a


bicondicional p ^ (p v q) ↔ p é tautológica.

p q pvq p ^ (p v q) p ^ (p v q) ↔ p
V V V V V
V F V V V (A) Ou.
F V V F V (B) E.
F F F F V (C) Ou exclusivo.
(D) Implicação (se...então).
Analogamente temos ainda que a tabela verdade das (E) Bicondicional (se e somente se).
proposições p v (p ^ q) e p são idênticas, ou seja a bicondicional
p v (p ^ q) ↔ p é tautológica. 03. (EBSERH – Técnico em Citopatologia – INSTITUTO
AOCP/2015) Considerando a proposição composta ( p ∨ r ) , é
p q p^q p v (p ^ q) p v (p ^ q) ↔ p correto afirmar que
V V V V V (A) a proposição composta é falsa se apenas p for falsa.
V F F V V (B) a proposição composta é falsa se apenas r for falsa.
F V F F V (C) para que a proposição composta seja verdadeira é
F F F F V necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras.
(D) para que a proposição composta seja verdadeira é
Referências necessário que ambas, p e r sejam falsas.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio (E) para que a proposição composta seja falsa é necessário
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. que ambas, p e r sejam falsas.
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
Respostas
01. Resposta: Certo.
Questões
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
01. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos
9,10,11 e 16 – CESPE/2015) R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

02. Resposta: D.
Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q
e Z = condicional.
A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-
verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V
e F correspondem, respectivamente, aos valores lógicos
verdadeiro e falso.

Com base nessas informações e utilizando os conectivos


lógicos usuais, julgue o item subsecutivo. 03. Resposta: E.
Como já foi visto, a disjunção só é falsa quando as duas
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição proposições são falsas.
lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal
é igual a Caro (a) leitor (a), esses conteúdos “- Implicação Lógica; -
Estruturas Lógicas - Proposição Conectivos Tabela
Verdade; - Argumentação Lógica” já foram abordadas nos
tópicos anteriores, então para evitarmos repetições daremos
sequência aos outros assuntos.
( ) Certo ( ) Errado

Raciocínio Lógico 27
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

RACIOCÍNIO LÓGICO E A VISÃO SISTÊMICA A arbitrariedade ainda se relaciona às pessoas, lugares,


coisas, ou eventos fictícios. Cobra-se no edital o ato de deduzir
- Deduzir novas informações das relações fornecidas e novas informações das relações fornecidas, ou seja, o aspecto
avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura da Dedução Lógica poderá ser cobrado de forma a resolver as
daquelas relações; questões.

- Visa avaliar a habilidade do candidato em entender a Caro aluno, elaborar estratégia para inteirar-se sobre
estrutura lógica das relações arbitrárias entre pessoas, lugares, Raciocínio Lógico e uma visão sistêmica na hora de resolver
coisas, eventos fictícios; uma questão é de suma importância para se obter o sucesso e
acertar.
- Visa também avaliar se o candidato identifica as
regularidades de uma sequência, numérica ou figural, de modo Nestes tipos de questões, envolvem-se interpretação de
a indicar qual e o elemento de uma dada posição; texto e todo o conhecimento em Raciocínio Lógico, haja vista
que o objetivo é testar as habilidades de raciocínio dos
- Compreensão do processo lógico que, a partir de um candidatos, assim sendo, estude os seguintes tópicos em nosso
conjunto de hipóteses, conduz, de forma valida, a conclusões material:
determinadas. - Princípio da Regressão ou Reversão;
- Implicação Lógica;
Pode-se afirmar que só para analisar o edital, tem-se um - Estruturas Lógicas;
primeiro “susto”, o candidato não entende o que vai cair. - Correlação de Elementos / Associação Lógica;
Alguns perguntam se tem matéria para estudar, outros qual é - Lógica de Argumentação;
a matéria. Observe que vai cair na prova conhecimentos do - Proposições Categóricas.
candidato se o mesmo entende a estrutura lógica de relações
arbitrárias entre pessoas, lugares, coisas, ou eventos fictícios. PRINCÍPIO DA REGRESSÃO OU REVERSÃO

Entende-se por estruturas lógicas as que são formadas Princípio da regressão


pela presença de proposições ou sentenças lógicas (são Este princípio tem como objetivo resolver determinados
aquelas frases que apresentam sentido completo, como por problemas de forma não algébrica, mas utilizando uma técnica
exemplo: Homero é culpado). baseada em raciocínio lógico, conhecida como princípio da
regressão ou reversão.
Observe que a estrutura lógica vai ligar relações arbitrárias Esta técnica consiste em determinar um valor inicial
e, neste caso, nada deverá ser levado para a prova a não ser os pedido pelo problema a partir de um valor final dado. Utiliza-
conhecimentos de Lógica propriamente dito, os candidatos se para resolução dos problemas as operações matemáticas
muitas vezes caem em erros como: básicas com suas respectivas reversões.

Se Ana foi à praia então Paulo foi pescar, ora eu sou muito - Fundamento da regressão
amigo de uma Ana e de um Paulo e ambos detestam ir à praia Utilizando as quatro operações fundamentais, podemos
ou mesmo pescar, auto induzindo respostas absurdas. obter uma construção quantitativa lógica fundamentada no
princípio da regressão, cujo objetivo é obter o valor inicial do
Dessa forma, as relações são arbitrárias, ou seja, não problema proposto através da operação inversa.
importa se você conhece Ana, Homero ou Paulo. Não importa
o seu conhecimento sobre as proposições que formam a frase,
Soma ↔ a regressão é feita pela subtração.
na realidade pouco importam se as proposições são
Subtração ↔ a regressão é feita pela soma.
verdadeiras ou falsas.
Multiplicação ↔ a regressão é feita pela divisão.
Divisão ↔ a regressão é feita pela multiplicação.
Queremos dizer que o seu conhecimento sobre a frase
deverá ser arbitrário, vamos ver através de outro exemplo:
Veja os exemplos abaixo:
Todo cavalo é um animal azul 1 – Uma pessoa gasta metade do seu capital mais R$ 10,00,
Todo animal azul é árvore ficando sem capital algum. Quanto ela possuía inicialmente?
Logo Todo cavalo é árvore Solução:

Observe que podemos dizer que se tem acima um


argumento lógico, formado por três proposições categóricas
(estas têm a presença das palavras Todo, Algum e Nenhum), as
duas primeiras serão denominadas premissas e a terceira é a
conclusão.

Observe que as três proposições são totalmente falsas, mas


é possível comprovar que a conclusão é uma consequência
lógica das premissas, ou seja, que se considerar as premissas
como verdadeiras, a conclusão será, por consequência,
verdadeira, e este argumento será considerado válido
logicamente. No problema acima, a pessoa gastou em dinheiro (– R$
A arbitrariedade é tanta que na hora da prova pode ser 10,00), ou seja, houve uma perda. Pelo princípio da regressão,
interessante substituir as proposições por letras, veja: iremos supor que ele recuperará o dinheiro, para que
possamos chegar à situação inicial (+ R$ 10,00).
Todo A é B Posteriormente, ele gasta metade do seu capital (÷2). Para
Todo B é C voltarmos a situação inicial devemos multiplicar por 2 o valor
Logo Todo A é C em dinheiro que ele possuía. Logo, 2 × R $10,00 = R$ 20,00.

Raciocínio Lógico 28
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

2 – Um indivíduo fez uma promessa a São Sebastião, se este chamarei o silogismo de argumento sem o rigor
dobrar o seu dinheiro, ele doará R$ 20,00 para a igreja, no final da definição, pois a preocupação é quanto a
da 3º dobra, nada mais lhe restara, quanto possuía o indivíduo validade, e percebe que não há correlação com
inicialmente? o português, mas sim com a estrutura.
(A) 14,50
(B) 15,50 Exemplo:
(C) 16,50 Verifique se o argumento (silogismo) abaixo é válido:
(D) 17,50 Premissa 1 (P1): pvq
(E) 18,50 Premissa 2 (P2): ~q
Solução: Conclusão (C): p

a) Solução Algébrica Condição I: P1, P2 e C devem ter pelo menos uma linha da
Valor que possuía inicialmente: x tabela-verdade toda verdadeira.
1º dobra: 2x – 20 P1: pvq P2: ~q C:
2° dobra: 2(2x – 20) – 20 p
3° dobra: 2[2(2x – 20) – 20] – 20 = 0 V F V
Resolvendo a equação encontramos x = 17,50 V V V
Resposta: Inicialmente o indivíduo possui R$17,50 V F F
F V F
b) Solução pelo método da regressão
Condição II: (p1 p2) → C deve ser tautológica
(pvq) ~q → p
F V V
V V V
Pelo método da regressão, vamos abordar o problema do F V F
final para o início, ou seja, partiremos do passo IV até o passo F V F
I.
IV) Se no final restou 0, significa que todo o dinheiro foi Resposta: O argumento é válido, pois satisfaz as duas
doado. condições.
III) No terceiro passo, ele dobrou o capital que tinha e deu
20 reais para a igreja, fazendo a regressão, podemos dizer se 1) Verifique se os argumentos abaixo são válidos:
ele deu 20 reais para a igreja (representar – 20), então, ele os p1: hoje é sábado ou domingo.
possuía inicialmente 20 (representar +20). Como ele dobrou o p2: hoje não é sábado.
capital, temos agora que reduzi-lo a metade (20 ÷ 2) = 10. C: hoje é domingo.
Conclusão: na terceira etapa ele possuía 10 reais, que Solução:
dobrados originaram 20 reais. Como doou 20 reais, ficou com Construindo a tabela, temos:
nada no quarto passo. p1: pvq p2: ~p C: q
II) No segundo passo, ele já possuía 10 reais, mas doou 20 V F V
para a igreja (-20) e ao recuperá-lo ficou com 10 + 20 = 30. V F F
Como ele dobrou o capital, temos agora que reduzi-lo a metade
V V V
(30 ÷ 2) = 15. Conclusão: na segunda etapa ele possuía 15 reais,
F V F
que dobrados originaram 30 reais. Como doou 20 reais, ficou
com 10 no terceiro passo.
De acordo com a tabela, podemos garantir que o
I) Inicialmente, ele possuirá os 15 reais mais 20 reais que
argumento é válido, pois existe pelo menos uma linha toda
serão recuperados, ou seja, 35 reais e reduzir o capital pela
verdadeira (V, V, V) e a verdade das premissas (V, V) garante a
metade (35 ÷ 2) = 17,50.
verdade da conclusão (V).
Resposta: Inicialmente, possuía R$ 17,50.
Gabarito: V, pois o argumento é válido.
Gabarito: D
2) É correto o raciocínio lógico dado pela sequência de
Outros métodos:
proposições seguintes:
2- Tabela verdade e equivalência lógica, negação e validade
Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um
de um argumento.
bom emprego.
3- Regras de Inferência
Ela conseguiu um bom emprego.
4- Diagramas de Euller-Venn
Portanto, Célia tem um bom currículo.
O candidato deve ficar atento, após o entendimento da
Solução:
tabela verdade, este deve saber aplicar as regras de inferência,
diagramas de Venn, equivalência e negação, assim ele
verificará que não existe lógica pelas frases ou suas p1: p → p2 : q C: p
interpretações , veja o modelo abaixo( caso 1 e 2 ). q
Caso 1: validade de um argumento V V V
Um argumento é válido caso satisfaça duas condições: F F V
I – A proposição 1, a proposição 2 e a conclusão (p1, p2, C), V V F
têm pelo menos uma linha verdadeira quando construída a sua V F F
tabela-verdade.
II – (p1 p2) → C é tautológica, caso contrário, temos um Neste caso, a primeira condição é satisfeita, ou seja, temos
sofisma. uma linha toda verdadeira (V, V, V). No entanto, a verdade das
premissas, além de garantir a verdade da conclusão, também
Nota: argumento possui 3 premissas no garantiu a sua falsidade, havendo assim uma contradição
mínimo e uma conclusão e silogismo 2 (também conhecido como princípio do terceiro excluído).
premissas e uma conclusão, assim de início Exemplo:

Raciocínio Lógico 29
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

p1 p2 C que tinha ao entrar. Quanto o homem tinha ao entrar na


V V V primeira loja?
V V F
03. Um feirante vendeu 1/3 das frutas que possuía mais
A conclusão não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo duas. A seguir, vendeu 4/5 das restantes mais uma, ficando,
tempo, logo o argumento não é válido. assim, com três frutas. Se n é o número inicial de frutas, então:
Gabarito: F (A) n > 100
(B) 90 < n < 100
Caso 2 (C) 70 < n < 90
- DIAGRAMAS DE VENN- EULLER –EXPRESSÕES (D) 50 < n < 70
CATEGÓRICAS (E) 30 < n < 50

As expressões categóricas são: 04. (SENAI 2015) O sr. Altair deu muita sorte em um
TODO programa de capitalização bancário. Inicialmente, ele
ALGUM apresentava um saldo devedor X no banco, mas resolveu
NENHUM depositar 500 reais, o que cobriu sua dívida e ainda lhe sobrou
uma certa quantia A. Essa quantia A, ele resolveu aplicar no
NOTA: Deve ficar claro que a negação destas expressões programa e ganhou quatro vezes mais do que tinha, ficando
não tem nenhuma relação com a gramática, língua Portuguesa então com uma quantia B. Uma segunda vez, o sr. Altair
ou relação com o seu antônimo como todo, nenhum ou coisa resolveu aplicar no programa, agora a quantia B que possuía,
do gênero, na verdade a negação destas expressões tem e novamente saiu contente, ganhou três vezes o valor
relação direta com a cisão topológica do diagrama, podendo investido. Ao final, ele passou de devedor para credor de um
ainda ser associada à mecânica dos fluidos no que se refere a valor de R$ 3 600,00 no banco. Qual era o saldo inicial X do sr.
volume de controle, para não entramos no contexto da física Altair?
será feito apenas uma abordagem topológica da estrutura. (A) -R$ 350,00.
(B) -R$ 300,00.
Caso 1: Negação da expressão Nenhum (C) -R$ 200,00.
Qual a negação da proposição: “Nenhum rondoniense é (D) -R$ 150,00.
casado” (E) -R$ 100,00.
i) deve ficar claro que a negação de nenhum não é todo ou Respostas
pelo menos um ou qualquer associação que se faça com o
português, a topologia da estrutura nos fornecerá várias 01. Resposta:
respostas, vejamos:
Possíveis negações: Negar a frase é na verdade verificar os
possíveis deslocamentos dos círculos.
I) pelo menos 1 rondoniense é casado
II) algum rondoniense é casado
III) existe rondoniense casado
IV) Todo rondoniense é casado
V) Todo casado é rondoniense
Definir:
A = Rondoniense
B= Casado
02. Resposta:

CONCLUSÃO: Topologicamente o pelo menos 1 é a


condição mínima de existência; algum e existe estão no mesmo
nível de importância e o todo é a última figura sendo assim
topologicamente possível mas a última, em termos de
importância.
03. Resposta:
Questões

01. Uma senhora levava uma caixa de chocolates para dar


aos seus netos. Ao primeiro ela deu a metade dos chocolates
que levava mais meio chocolate. Ao segundo, deu a metade do
que restou e mais meio chocolate. Por último, ao terceiro neto
ela deu a metade do que ainda sobrou e mais meio chocolate,
não sobrando nenhum com ela. Quantos chocolates havia
inicialmente na caixa?

02. Um homem gastou tudo o que tinha no bolso em três


lojas. Em cada uma gastou R$ 1,00 a mais do que a metade do

Raciocínio Lógico 30
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

04. Resposta: C. Neste caso, teríamos um quarto grupo e a tabela resultante


Devemos partir da última aplicação. Sabemos que a última seria:
aplicação é 3B, logo:
3B = 3600 → B = 3600/3 → B = 1200 Me Enge Adv L P M
A 1º aplicação resultou em B e era 4A: B = 4A → 1200 = 4A dicina nharia ocacia úci atríci aria
→ A = 1200/4 → A = 300 a a
A é o saldo que sobrou do pagamento da dívida X com o C N
500 reais: A = 500 – X → 300 = 500 – X → arlos
-X = 300 – 500 → -X = -200. (-1) → X = 200. L N
Como o valor de X representa uma dívida representamos uís
com o sinal negativo: a dívida era de R$ -200,00. P N N S
aulo
L N
CORRELAÇÃO DE ELEMENTOS / ASSOCIAÇÃO LÓGICA úcia
P N
Esses são problemas aos quais prestam informações de atríci
diferentes tipos, relacionado a pessoas, coisas, objetos a
fictícios. O objetivo é descobrir o correlacionamento entre os M S N N
dados dessas informações, ou seja, a relação que existe entre aria
eles.
Explicaremos abaixo um método que facilitará muito a
resolução de problemas desse tipo. Para essa explicação,
usaremos um exemplo com nível de complexidade fácil.

01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com


Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com
quem. Eles trabalham com Engenharia, Advocacia e Medicina,
mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas
abaixo, tente descobrir o nome de cada marido, a profissão de
cada um e o nome de suas esposas. A ordem em que você copia as colunas para as linhas é
a) O médico é casado com Maria. importante para criar esses “degraus” na tabela, ou seja,
b) Paulo é advogado. primeiro os elementos do grupo mais à direita passam para as
c) Patrícia não é casada com Paulo. linhas (ou o último grupo de informações), depois o “segundo
d) Carlos não é médico. mais à direita” e assim por diante, até que fique apenas o
primeiro grupo (mais à esquerda) sem ter sido copiado como
Vamos montar o passo a passo para que você possa linha. Esses espaços em branco na tabela, representam regiões
compreender como chegar a conclusão da questão. onde as informações seriam cruzadas com elas mesmas, o que
é desnecessário.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a
visualização da resolução, a mesma deve conter as 2º passo – construir a tabela gabarito.
informações prestadas no enunciado, nas quais podem ser Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em
divididas em três grupos: homens, esposas e profissões. alguns casos ela é fundamental para que você enxergue
informações que ficam meio escondidas na tabela principal.
Me Enge Adv L P M Haverá também ocasiões em que ela lhe permitirá
dicina nharia ocacia úci atríci aria conclusões sobre um determinado elemento. Tendo por
a a exemplo quatro grupo de elementos, se você preencheu três,
C logo perceberá que só restará uma alternativa, que será esta
arlos
célula.
L
uís Um outro ponto que deve ser ressaltado é que as duas
P tabelas se complementam para visualização das informações.
aulo Por isso, a tabela gabarito deve ser usada durante o
L preenchimento da tabela principal, e não depois.
úcia A primeira linha de cabeçalho será preenchida com os
P nomes dos grupos. Nas outras linhas, serão colocados os
atríci elementos do grupo de referência inicial na tabela principal
a (no nosso exemplo, o grupo dos homens).
M
aria
Home Profissõe Esposa
ns s s
Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das
Carlos
esposas.
Luís
Observação: a montagem dessa tabela vale para qualquer Paulo
número de grupos do problema. Ou seja, se forem, por
exemplo, cinco grupos, um deles será a referência para as 3º passo - vamos dá início ao preenchimento de nossa
linhas iniciais e os outros quatro serão distribuídos nas tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas
colunas. Depois disso, da direita para a esquerda, os grupos que não deixam margem a nenhuma dúvida.
serão “levados para baixo” na forma de linhas, exceto o Em nosso exemplo:
primeiro. a) O médico é casado com Maria — marque um “S” na
Veja um exemplo com quatro grupos: imagine que tenha tabela principal na célula comum a“ Médico ”e“ Maria”, e um
sido afirmado que cada um dos homens tem uma cor de cabelo: “N” nas demais células referentes a esse “S”
loiro, ruivo ou castanho.

Raciocínio Lógico 31
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Medici Engenhar Advocac Lúci Patríci Mari Medici Engenhar Advocaci Lúci Patríci Mari
na ia ia a a a na ia a a a a

Carlos Carlos N N

Luís Luís S N N

Paulo Paulo N N S N

Lúcia N Lúcia N

Patríci N Patríci N
a a

Maria S N N Maria S N N

Observe ainda que: se o médico é casado com Maria, ele Podemos também completar a tabela gabarito.
NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos
“N” no cruzamento de Medicina e elas. E se Maria é casada com
Homens Profissões Esposas
o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e
nem com o advogado (logo colocamos “N” no cruzamento do Carlos
nome de Maria com essas profissões). Não conseguimos
nenhuma informação referente a Carlos, Luís e Paulo. Luís Médico

b) Paulo é advogado. – Vamos preencher as duas tabelas Paulo Advogado


(tabela gabarito e tabela principal) agora.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento
Home Profissõe Esposa
de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E
ns s s
preenchemos sua tabela gabarito.
Carlos
Luís
Paulo Advogado Medici Engenhar Advocac Lúci Patríc Mar
na ia ia a ia ia
c) Patrícia não é casada com Paulo. – Vamos preencher Carlos N S N
com “N” na tabela principal
Luís S N N
Medici Engenhar Advocaci Lúci Patríci Mari Paulo N N S N
na ia a a a a
Lúcia N
Carlos N
Patríci N
Luís N a
Paulo N N S N Maria S N N
Lúcia N

Patríci N Homens Profissões Esposas


a
Carlos Engenheiro
Maria S N N
Luís Médico
d) Carlos não é médico. - preenchemos com um “N” na
tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”. Paulo Advogado

Medicin Engenhari Advocaci Lúci Patríci Mari


4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na
a a a a a a
tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a
Carlos N N novas conclusões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe, na tabela principal, que Maria é esposa do
Luís N médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser
registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos fazer agora, pois
Paulo N N S N
essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o
Lúcia N problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos
continuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde.
Patríci N
a Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo.
Como Paulo é o advogado, podemos concluir que Patrícia não
Maria S N N
é casada com o advogado.

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula


Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria
que ficou em branco.
Carlos N S N

Raciocínio Lógico 32
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Luís S N N É correto concluir que, em janeiro,


(A) Paulo viajou para Fortaleza.
Paulo N N S N (B) Luiz viajou para Goiânia.
(C) Arnaldo viajou para Goiânia.
Lúcia N (D) Mariana viajou para Salvador.
(E) Luiz viajou para Curitiba.
Patrícia N N

Maria S N N 02. (COLÉGIO PEDRO II – Engenheiro Civil – ACESSO


PÚBLICO/2015) Antônio, Eduardo e Luciano são advogado,
engenheiro e médico, não necessariamente nessa ordem. Eles
Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser
são casado, divorciado e solteiro, mas não se sabe qual o estado
casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o
civil de quem. Porém, sabe-se que o casado é engenheiro,
advogado.
Eduardo é advogado e não é solteiro, e o divorciado não é
médico. Portanto, com certeza:
Medici Engenhar Advocac Lúci Patríc Mar (A) Eduardo é divorciado.
na ia ia a ia ia (B) Luciano é médico.
(C) Luciano é engenheiro.
Carlos N S N
(D) Antônio é engenheiro.
Luís S N N (E) Antônio é casado.

Paulo N N S N 03. (PREF. DE BELO HORIZONTE/MG – Assistente


Administrativo – FUMARC/2015) Três bolas A, B e C foram
Lúcia N N S
pintadas cada uma de uma única cor: branco, vermelho e azul,
Patríci N S N não necessariamente nessa ordem. Se a bola A não é branca
a nem azul, a bola B não é vermelha e a bola C não é azul, então
é CORRETO afirmar que as cores das bolas A, B e C são,
Maria S N N respectivamente:
(A) azul, branco e vermelho.
Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (B) branco, vermelho e azul.
(que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e (C) vermelho, branco e azul.
Carlos) e Maria é casada com o médico (que é Luís). (D) vermelho, azul e branco.
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está
resolvido: Respostas

01. Resposta: B.
Homens Profissões Esposas Vamos preencher a tabela:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;
Carlos Engenheiro Patrícia
Fortal Goiâ Curit Salva
Luís Médico Maria
eza nia iba dor
Luiz N
Paulo Advogado Lúcia
Arnal N
do
Mari
1º) Não se preocupe em terminar a tabela principal, uma ana
vez que você tenha preenchido toda tabela gabarito. Ganhe Paulo
tempo e parta para a próxima questão.
− Mariana viajou para Curitiba;
2º) Nunca se esqueça de que essa técnica é composta por Fortale Goiâ Curit Salvad
duas tabelas que devem ser utilizadas em paralelo, ou seja, za nia iba or
quando uma conclusão for tirada pelo uso de alguma delas, Luiz N N
as outras devem ser atualizadas. A prática de resolução de Arnal N N
questões de variados níveis de complexidade vai ajudá-lo a do
ficar mais seguro. Maria N N S N
na
Paulo N
Referência
− Paulo não viajou para Goiânia;
ROCHA, Enrique – Raciocínio lógico para concursos: você consegue aprender:
Fortal Goiâ Curi Salva
teoria e questões – Niterói: Impetus – 2010.
eza nia tiba dor
Luiz N N
Questões Arna N N
ldo
01. (TRT-9ª REGIÃO/PR – Técnico Judiciário – Área Mari N N S N
Administrativa – FCC/2015) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo ana
viajaram em janeiro, todos para diferentes cidades, que foram Paul N N
Fortaleza, Goiânia, Curitiba e Salvador. Com relação às cidades o
para onde eles viajaram, sabe-se que:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador; − Luiz não viajou para Fortaleza.
− Mariana viajou para Curitiba; Fortal Goiâ Curi Salva
− Paulo não viajou para Goiânia; eza nia tiba dor
− Luiz não viajou para Fortaleza. Luiz N N N

Raciocínio Lógico 33
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Arna N N Branca N N S
ldo Vermel S N N
Mari N N S N ha
ana
Azul N S N
Paul N N
o
A bola A é vermelha, a bola B é azul e a bola C é branca.
Agora, completando o restante:
Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS
Então, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia
Uma proposição categórica é aquela formada por um
Fortal Goiâ Curit Salva quantificador associado a um sujeito (primeira classe de
eza nia iba dor atributos) que se liga a um predicado (segunda classe de
Luiz N S N N atributos) por meio de um elo (cópula).
Arnal S N N N De um modo geral, são todas as proposições formadas ou
do iniciadas com os seguintes termos: “todo”, “algum” e
Mari N N S N “nenhum”.
ana
Paul N N N S Exemplo:
o

02. Resposta: A.
Sabemos que o casado é engenheiro
Advogad Engenheir Médi
o o co
Antônio
Eduardo
Luciano
Casado N S N
Divorciad N Numa proposição categórica, é importante que o sujeito se
o relacionar com o predicado de forma coerente e que a
Solteiro N proposição faça sentido, não importando se é verdadeira ou
falsa.
Eduardo é advogado e não é solteiro
Advogad Engenheir Médi Vejamos algumas formas:
o o co 1) Todo A é B.
Antônio N 2) Nenhum A é B.
Eduardo S N N 3) Algum A é B.
Luciano N
4) Algum A não é B.
Casado N S N
Divorciad N
o Onde temos que A e B são os termos ou características
Solteiro N dessas proposições categóricas.

Se sabemos que o casado é engenheiro e Eduardo é Exemplos:


advogado e não solteiro, ele só pode ser divorciado, assim nem Proposição categórica Termos ou características
precisamos usar a última frase e sabemos que o solteiro é
médico. TODO lutador é forte. lutador e forte

Advogad Engenheir Médi NENHUM atleta é ocioso atleta e ocioso


o o co
Antônio N ALGUM estudante é canhoto estudante e canhoto
Eduardo S N N
Luciano N ALGUMA ilha não é habitável ilha e habitável
Casado N S N
Divorciad S N N
o Classificação de uma proposição categórica de acordo
Solteiro N N S com o tipo e a relação
As proposições categóricas também podem ser
A única coisa que podemos afirmar com certeza é que classificadas de acordo com dois critérios fundamentais:
Eduardo é advogado e divorciado qualidade e extensão ou quantidade.
Qualidade: O critério de qualidade classifica uma
03. Resposta: D. proposição categórica em afirmativa ou negativa.
O enunciado diz: a bola A não é branca nem azul, isso quer Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica
dizer que ela é vermelha. uma proposição categórica em universal ou particular. A
A B C classificação dependerá do quantificador que é utilizado na
Branca N proposição.
Vermel S N N
ha
Azul N

A bola B não é vermelha e a bola C não é azul


A B C

Raciocínio Lógico 34
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

e) Existe pelo menos um médico que é estudioso.


Podemos representar esta universal negativa pelo
seguinte diagrama (A ∩ B ≠ ø):

Entre as proposições existem tipos e relações, estas vêm


desde a época de Aristóteles, que de acordo com a qualidade e
a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados
pelas letras A, E, I e O.

Vejamos cada uma delas:

Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”. Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A é B”


Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido Proposições nessa foram Algum A não é B estabelecem que
no conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de o conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence
“A” é também elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é ao conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o
diferente de “Todo B é A”. mesmo que Algum B não é A.
Exemplo:
Exemplo: “Algum animal não é réptil” não é o mesmo que dizer que
“Todo sacerdote é altruísta” não significa o mesmo que “Algum réptil não é animal”.
“Toda pessoa altruísta é sacerdote”. Serão consideradas equivalentes as seguintes expressões
São equivalentes as seguintes expressões categóricas: categóricas:
a) Todo animal é irracional. a) Algum químico não é matemático.
b) Qualquer animal é irracional. b) Algum químico é não matemático.
c) Cada animal é irracional. c) Algum não matemático é químico.
d) Se é animal, é irracional. d) Nem todo químico é matemático.
e) Existe um químico que não é matemático.
Podemos representar esta universal afirmativa pelo f) Pelo menos um químico não é matemático.
seguinte diagrama (A C B): g) Ao menos um químico não é matemático.
h) Existe pelo menos um químico que não é matemático.

Podemos representar esta universal negativa pelo


seguinte diagrama (A ¢ B):

Nas proposições categóricas, usam-se também


as variações gramaticais dos verbos “ser” e “estar”,
Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”. tais como “é”, “são”, “está”, “foi”, “eram”, ..., como
Tais proposições afirmam que não há elementos em “elo” entre A e B.
comum entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A
é B” é o mesmo que dizer “nenhum B é A”. Exemplo

Exemplo: Dado o argumento: em determinada empresa foi


“Nenhum político é corrupto” possui o mesmo significado realizado um estudo para avaliar o grau de satisfação de seus
que “nenhuma pessoa corrupta é político”. empregados e diretores. O estudo mostrou que, naquela
São equivalentes as seguintes expressões categóricas: empresa, “nenhum empregado é completamente honesto” e
a) Nenhum político é honesto. “alguns diretores são completamente honestos”.
b) Todo político não é honesto. Analisando os diagramas lógicos formados pelas
Podemos representar esta universal negativa pelo proposições categóricas: “nenhum empregado é
seguinte diagrama (A ∩ B = ø): completamente honesto” e “alguns diretores são
completamente honestos”, teremos:

“Nenhum empregado é completamente honesto”

Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”


Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto
“A” tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto
“B”. Contudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos
que nem todo A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que
“Algum B é A”.
“Alguns diretores são completamente honestos”
Exemplo:
“Algum médico é estudioso” é o mesmo que “Alguma
pessoa estudiosa é médico”.

São equivalentes as seguintes expressões categóricas:


a) Algum médico é estudioso.
b) Pelo menos um médico é estudioso.
c) Ao menos um médico é estudioso.
d) Existem médicos que são estudiosos.
Raciocínio Lógico 35
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Se correlacionarmos os dois diagramas lógicos, em um


único diagrama, poderíamos obter dois resultados possíveis:

1º possibilidade
E

Existe pelo menos um elemento que pertence a A,


então não pertence a B, e vice-versa.

Existe pelo menos um elemento comum aos


conjuntos A e B.
Podemos ainda representar das seguintes formas:

2ª possibilidade I

Perceba-se que, nesta sentença, a atenção está


sobre o(s) elemento (s) de A que não são B
(enquanto que, no “Algum A é B”, a atenção estava
O
sobre os que eram B, ou seja, na intercessão).
Temos também no segundo caso, a diferença
Como não foi afirmado se existem ou não empregados que entre conjuntos, que forma o conjunto A - B
são diretores, ou diretores que sejam empregados, então,
podemos apenas supor tais possibilidades.
Temos ainda que:
Portanto, uma conclusão que podemos chegar através
destas informações é que, naquela empresa, “os diretores que Proposição Equivalência Negação
são honestos não são empregados”. Porém, podem existir ou
não empregados que são diretores ou vice-versa e, como não TODO A é B NENHUM NÂO ALGUM NÃO
podemos afirmar, por conseguinte, nada poderá ser concluído
NENHUM A é B TODO NÃO ALGUM
sobre essa última possibilidade.
ALGUM A é B Existe A que é B NENHUM
Vamos analisar as proposições e a aplicação nos
diagramas. ALGUM A NÃO é B Pelo MENOS TODO
UM A que é B
Para compreender melhor este assunto, é bom ter
conhecimento sobre a Teoria dos Conjuntos, para - Inclusão
saber como desenvolver as operações com conjuntos. Todo, toda, todos, todas.

- Interseção
Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:
Algum, alguns, alguma, algumas.
Ex: Todos brasilienses são bons ciclistas.
Negação lógica: Algum brasiliense não é bom ciclista.
Tipo Preposição Quantidade Extensão - Disjunção
Nenhum A é B.
A TODO A é B Afirmativa Universal Ex: Algum brasiliense não é bom ciclista.
Negação lógica: Nenhum brasiliense é bom ciclista.
NENHUM A é
E Negativa Universal
B Vamos ver mais um exemplo:
1) (CETRO) Em um pote de doces, sabe-se que existe pelo
I ALGUM A é B Afirmativa Particular
menos um chiclete que é de hortelã. Sabe-se, também, que
ALGUM A NÃO todos os doces do pote, que são de sabor hortelã, são verdes.
O Negativa Particular Segue-se, portanto, necessariamente que:
éB
(A) todo doce verde é de hortelã;
(B) todo doce verde é chiclete;
Tipo Diagramas (C) nada que não seja verde é chiclete;
(D) algum chiclete é verde;
(E) algum chiclete não é verde.

Primeiramente vamos separar as premissas e analisa-las


colocando-as dentro dos seus respectivos diagramas.
A
P1: existe pelo menos um chiclete que é de hortelã;
Se um elemento pertence ao conjunto A, então P2: todos os doces do pote, que são de sabor hortelã, são
pertence também a B. verdes.

Raciocínio Lógico 36
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Portanto, representando as premissas P1 e P2 na forma Essas regras que relacionam as proposições são
de diagramas lógicos, obteremos a seguinte situação denominadas regras de contrariedade, contraditoriedade,
conclusiva: subcontrariedade e subalternação.

P1: existe pelo menos um chiclete que é de hortelã; Vejamos as regras:


Regra de contrariedade (contrárias): Duas proposições
são contrárias quando ambas não podem ser verdadeiras ao
mesmo tempo. Entretanto, em alguns casos, podem ser falsas
ao mesmo tempo. Elas são universais e se opõem entre si.

P2: todos os doces do pote, que são de sabor hortelã, são Exemplo:
verdes. Todo homem é racional. (A) - verdadeira
Nenhum homem é racional. (E) – falsa
As duas não são verdadeiras ao mesmo tempo.

Regra de contraditoriedade (contraditórias): Duas


proposições são contraditórias quando ambas não podem ser
verdadeiras ao mesmo tempo, nem podem ser falsas ao
mesmo tempo. Elas se opõem tanto em qualidade quanto em
extensão. Enquanto uma é universal, a outra é particular;
enquanto uma é afirmativa, a outra é negativa.

Por esses diagramas, podemos concluir que:


a) nem todo chiclete é de hortelã e verde;
b) algum chiclete é de hortelã e verde;
c) todos os chicletes podem ser verdes ou não.

Vamos analisar cada alternativa:


a) todo doce verde é de hortelã (ERRADO, pois nem todo
doce verde é de hortelã);
b) todo doce verde é chiclete (ERRADO, pois nem todo
doce verde é chiclete);
c) nada que não seja verde é chiclete (ERRADO, pois
alguns chicletes não são verdes);
d) algum chiclete é verde (CERTO);
e) algum chiclete não é verde (ERRADO, pois não Exemplo:
podemos afirmar esse fato). Todo homem é racional (A) – verdade
Resposta D. Algum homem não é racional (O) – falsa.
Neste caso ocorre se uma é verdadeira, a outra,
Através dessas classificações, pôde-se construir um obrigatoriamente é falsa e vice versa. Logo uma é a negação da
quadro, denominado Quadrado Geral de Oposição, que outra.
apresenta as relações existentes entre as proposições. Tal
quadro é atribuído a Aristóteles. As letras S e P indicam, Regra da subcontrariedade (subcontrárias): Duas
respectivamente, sujeito e predicado. A letra do meio proposições são subcontrárias quando ambas não podem ser
identifica o tipo de proposição categórica. falsas ao mesmo tempo. Entretanto, em alguns casos, podem
ser verdadeiras ao mesmo tempo.

Exemplo:
Algum homem é racional (I) – verdadeira
Algum homem não é racional (O) - falsa
Neste caso não ocorre de ambas serem falsas ao mesmo
tempo.

Regra de subalternação (subalternação e


superalternação): As proposições são ditas subalternas ou
Representa-se SAP para descrever a ideia de que a sentença superalternas quando são iguais em qualidade e se opõem
possui sujeito (S) relacionado ao predicado (P) por meio de entre si apenas em extensão. Ou seja enquanto uma é
uma proposição categórica do tipo A (universal afirmativa). universal, a outra é particular.
Da mesma forma, ocorre com SEP, SIP ou SOP.

Raciocínio Lógico 37
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos:
Vamos negar as proposições que se seguem, segundo a
tabela da negação:
1) Todo jogador é esportista. – Algum jogador não é
esportista.
2) Nenhum carnívoro come vegetais – Algum carnívoro
come vegetais.
3) Algum executivo não é empreendedor – Todo executivo
é empreendedor.
4) Algum músico é romântico – Nenhum músico é
romântico.

Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
A → I (válida): da verdade do todo podemos inferir pela lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
verdade das partes, mas da verdade das partes não podemos IESDE BRASIL S/A (imagens)
inferir pela verdade do todo.
Exemplo: Questão
Todos os alunos estão presentes.
Algum aluno está presente. 01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016) João
Observe que não podemos inferir a verdade partindo da olhou as dez bolas que havia em um saco e afirmou:
parte (Algum aluno está presente), mas o contrário podemos “Todas as bolas desse saco são pretas”.
fazer. Sabe-se que a afirmativa de João é falsa.
É correto concluir que:
I→ A (indeterminada): quando alguém diz que “algum (A) nenhuma bola desse saco é preta;
aluno está presente” e conclui que “todos os alunos estão (B) pelo menos nove bolas desse saco são pretas;
presentes”, está fazendo uso da subalternação. Observe que o (C) pelo menos uma bola desse saco é preta;
raciocínio não é válido, pois não podemos afirmar, partindo do (D) pelo menos uma bola desse saco não é preta;
pressuposto que alguns alunos estão presentes, que todos os (E) nenhuma bola desse saco é branca.
alunos estão presentes.
Resposta
E → O (válida): se dizermos que “nenhum aluno está 01. D
presente”, concluímos que “algum aluno não está presente”,
estamos fazendo uso da superalternação entre as proposições. LÓGICA SEQUENCIAL OU SEQUÊNCIAS LOGICAS
Se não tem nenhum aluno presente isto significa que algum
aluno NÃO está presente. O Raciocínio é uma operação lógica, discursiva e mental.
Neste, o intelecto humano utiliza uma ou mais proposições,
O → E (indeterminada): se alguém diz “algum aluno não para concluir através de mecanismos de comparações e
está presente” e conclui que “nenhum aluno está presente”, abstrações, quais são os dados que levam às respostas
está utilizando uma subalternação entre as proposições. Este verdadeiras, falsas ou prováveis. Logo, resumidamente o
tipo de raciocínio não é valido, pois não se pode afirmar que raciocínio pode ser considerado também um dos integrantes
nenhum aluno está presente apenas porque algum aluno não dos mecanismos dos processos cognitivos superiores da
está presente. formação de conceitos e da solução de problemas, sendo parte
do pensamento.
Negação das Proposições Categóricas
Ao negarmos uma proposição categórica, devemos Sequências Lógicas
observar as seguintes convenções de equivalência: As sequências podem ser formadas por inúmeros fatores,
1) Ao negarmos uma proposição categórica universal dentre eles temos pessoas, figuras, letras, números, etc.
geramos uma proposição categórica particular. Existem várias formas de se estabelecer uma sequência, o
2) Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma importante é que existem pelo menos três elementos que
proposição categórica particular geramos uma proposição caracterize a lógica de sua formação, entretanto algumas
categórica universal. séries necessitam de mais elementos para definir sua lógica.
3) Negando uma proposição de natureza afirmativa Algumas sequências são bastante conhecidas e todos que
geramos, sempre, uma proposição de natureza negativa; e, estudam lógica devem conhece-las, tais como as progressões
pela recíproca, negando uma proposição de natureza negativa aritméticas e geométricas, a série de Fibonacci, os números
geramos, sempre, uma proposição de natureza afirmativa. primos e os quadrados perfeitos.
Exemplo 1

A sequência numérica proposta envolve multiplicações


por 4.
6 x 4 = 24
24 x 4 = 96
96 x 4 = 384
384 x 4 = 1536

Raciocínio Lógico 38
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo 2 Se tal critério for mantido, para obter as figuras


subsequentes, o total de pontos da figura de número 15 deverá
ser:
(A) 69
(B) 67
(C) 65
(D) 63
(E) 61
A diferença entre os números vai aumentando 1 unidade. 03. O próximo número dessa sequência lógica é: 1000, 990,
13 – 10 = 3 970, 940, 900, 850, ...
17 – 13 = 4 (A) 800
22 – 17 = 5 (B) 790
28 – 22 = 6 (C) 780
35 – 28 = 7 (D) 770
Questões 04. Na sequência lógica de números representados nos
hexágonos, da figura abaixo, observa-se a ausência de um deles
01. Observe atentamente a disposição das cartas em cada que pode ser:
linha do esquema seguinte:

(A) 76
(B) 10
(C) 20
(D) 78

05. Uma criança brincando com uma caixa de palitos de


fósforo constrói uma sequência de quadrados conforme
indicado abaixo:

Quantos palitos ele utilizou para construir a 7ª figura?


(A) 20 palitos
A carta que está oculta é: (B) 25 palitos
(C) 28 palitos
(A) (B) (C) (D) 22 palitos

06. Ana fez diversas planificações de um cubo e escreveu


em cada um, números de 1 a 6. Ao montar o cubo, ela deseja
que a soma dos números marcados nas faces opostas seja 7. A
única alternativa cuja figura representa a planificação desse
cubo tal como deseja Ana é:

(D) (E)

02. Considere que a sequência de figuras foi construída


segundo um certo critério.

07. As figuras da sequência dada são formadas por partes


iguais de um círculo.

Raciocínio Lógico 39
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Continuando essa sequência, obtém-se exatamente 16


círculos completos na:
(A) 36ª figura
(B) 48ª figura
(C) 72ª figura
(D) 80ª figura (A) (B) (C) (D) (E)
(E) 96ª figura
13. Observe que na sucessão seguinte os números foram
08. Analise a sequência a seguir: colocados obedecendo a uma lei de formação.

Admitindo-se que a regra de formação das figuras


seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura Os números X e Y, obtidos segundo essa lei, são tais que X
que ocuparia a 277ª posição dessa sequência é: + Y é igual a:
(A) 40
(B) 42
(C) 44
(D) 46
(E) 48
(A) (B) (C)
14. A figura abaixo representa algumas letras dispostas em
forma de triângulo, segundo determinado critério.

(D) (E)
09. Observe a sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ... Qual é o
próximo número?
(A) 20 Considerando que na ordem alfabética usada são excluídas
(B) 21 as letra “K”, “W” e “Y”, a letra que substitui corretamente o
(C) 100 ponto de interrogação é:
(D) 200 (A) P
(B) O
10. Observe a sequência: 3,13, 30, ... Qual é o próximo (C) N
número? (D) M
(A) 4 (E) L
(B) 20
(C) 31 15. Considere que a sequência seguinte é formada pela
(D) 21 sucessão natural dos números inteiros e positivos, sem que os
algarismos sejam separados.
11. Os dois pares de palavras abaixo foram formados
segundo determinado critério. 1234567891011121314151617181920...

LACRAÇÃO → cal O algarismo que deve aparecer na 276ª posição dessa


AMOSTRA → soma sequência é:
LAVRAR → ? (A) 9
(B) 8
Segundo o mesmo critério, a palavra que deverá ocupar o (C) 6
lugar do ponto de interrogação é: (D) 3
(A) alar (E) 1
(B) rala Respostas
(C) ralar
(D) larva 01. Resposta: A.
(E) arval A diferença entre os números estampados nas cartas 1 e 2,
em cada linha, tem como resultado o valor da 3ª carta e, além
12. Observe que as figuras abaixo foram dispostas, linha a disso, o naipe não se repete. Assim, a 3ª carta, dentro das
linha, segundo determinado padrão. opções dadas só pode ser a da opção (A).

02. Resposta: D.
Observe que, tomando o eixo vertical como eixo de
simetria, tem-se:
Na figura 1: 01 ponto de cada lado  02 pontos no total.
Na figura 2: 02 pontos de cada lado  04 pontos no total.
Na figura 3: 03 pontos de cada lado  06 pontos no total.
Na figura 4: 04 pontos de cada lado 08 pontos no total.
Na figura n: n pontos de cada lado  2.n pontos no total.
Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui
corretamente o ponto de interrogação é:

Raciocínio Lógico 40
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Em particular: 08. Resposta: B.


Na figura 15: 15 pontos de cada lado  30 pontos no total. A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim,
Agora, tomando o eixo horizontal como eixo de simetria, continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de
tem-se: número 277 ocupa, então, a mesma posição das figuras que
Na figura 1: 02 pontos acima e abaixo  04 pontos no representam número 5n + 2, com n N. Ou seja, a 277ª figura
total. corresponde à 2ª figura, que é representada pela letra “B”.
Na figura 2: 03 pontos acima e abaixo  06 pontos no
total. 09. Resposta: D.
Na figura 3: 04 pontos acima e abaixo  08 pontos no A regularidade que obedece a sequência acima não se dá
total. por padrões numéricos e sim pela letra que inicia cada
Na figura 4: 05 pontos acima e abaixo  10 pontos no número. “Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito,
total. Dezenove, ... Enfim, o próximo só pode iniciar também com
Na figura n: (n+1) pontos acima e abaixo  2.(n+1) pontos “D”: Duzentos.
no total.
10. Resposta: C.
Em particular: Esta sequência é regida pela inicial de cada número. Três,
Na figura 15: 16 pontos acima e abaixo  32 pontos no Treze, Trinta, ... O próximo só pode ser o número Trinta e um,
total. Incluindo o ponto central, que ainda não foi considerado, pois ele inicia com a letra “T”.
temos para total de pontos da figura 15: Total de pontos = 30
+ 32 + 1 = 63 pontos.
11. Resposta: E.
03. Resposta: B. Na 1ª linha, a palavra CAL foi retirada das 3 primeiras
Nessa sequência, observamos que a diferença: entre 1000 letras da palavra LACRAÇÃO, mas na ordem invertida. Da
e 990 é 10, entre 990 e 970 é 20, entre o 970 e 940 é 30, entre mesma forma, na 2ª linha, a palavra SOMA é retirada da
940 e 900 é 40, entre 900 e 850 é 50, portanto entre 850 e o palavra AMOSTRA, pelas 4 primeira letras invertidas. Com
próximo número é 60, dessa forma concluímos que o próximo isso, da palavra LAVRAR, ao se retirarem as 5 primeiras letras,
número é 790, pois: 850 – 790 = 60. na ordem invertida, obtém-se ARVAL.

04. Resposta: D. 12. Resposta: C.


Nessa sequência lógica, observamos que a diferença: entre Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas por
24 e 22 é 2, entre 28 e 24 é 4, entre 34 e 28 é 6, entre 42 e 34 é quadrado, triângulo e círculo. Na 3ª linha já há cabeças com
8, entre 52 e 42 é 10, entre 64 e 52 é 12, portanto entre o círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça da figura que está
próximo número e 64 é 14, dessa forma concluímos que o faltando é um quadrado. As mãos das figuras estão levantadas,
próximo número é 78, pois: 76 – 64 = 14. em linha reta ou abaixadas. Assim, a figura que falta deve ter
as mãos levantadas (é o que ocorre em todas as alternativas).
05. Resposta: D. As figuras apresentam as 2 pernas ou abaixadas, ou 1 perna
Observe a tabela: levantada para a esquerda ou 1 levantada para a direita. Nesse
Figura 1ª 2ª 3 4 5 6 7ª
caso, a figura que está faltando na 3ª linha deve ter 1 perna
s ª ª ª ª levantada para a esquerda. Logo, a figura tem a cabeça
quadrada, as mãos levantadas e a perna erguida para a
N° de 4 7 1 1 1 1 22 esquerda.
Palito 0 3 6 9
s 13. Resposta: A.
Existem duas leis distintas para a formação: uma para a
Temos de forma direta, pela contagem, a quantidade de parte superior e outra para a parte inferior. Na parte superior,
palitos das três primeiras figuras. Feito isto, basta perceber tem-se que: do 1º termo para o 2º termo, ocorreu uma
que cada figura a partir da segunda tem a quantidade de multiplicação por 2; já do 2º termo para o 3º, houve uma
palitos da figura anterior acrescida de 3 palitos. Desta forma, subtração de 3 unidades. Com isso, X é igual a 5 multiplicado
fica fácil preencher o restante da tabela e determinar a por 2, ou seja, X = 10. Na parte inferior, tem-se: do 1º termo
quantidade de palitos da 7ª figura. para o 2º termo ocorreu uma multiplicação por 3; já do 2º
termo para o 3º, houve uma subtração de 2 unidades. Assim, Y
06. Resposta: A. é igual a 10 multiplicado por 3, isto é, Y = 30. Logo, X + Y = 10 +
Na figura apresentada na letra “B”, não é possível obter a 30 = 40.
planificação de um lado, pois o 4 estaria do lado oposto ao 6,
somando 10 unidades. Na figura apresentada na letra “C”, da 14. Resposta: A.
mesma forma, o 5 estaria em face oposta ao 3, somando 8, não A sequência do alfabeto inicia-se na extremidade direita do
formando um lado. Na figura da letra “D”, o 2 estaria em face triângulo, pela letra “A”; aumenta a direita para a esquerda;
oposta ao 4, não determinando um lado. Já na figura continua pela 3ª e 5ª linhas; e volta para as linhas pares na
apresentada na letra “E”, o 1 não estaria em face oposta ao ordem inversa – pela 4ª linha até a 2ª linha. Na 2ª linha, então,
número 6, impossibilitando, portanto, a obtenção de um lado. as letras são, da direita para a esquerda, “M”, “N”, “O”, e a letra
Logo, podemos concluir que a planificação apresentada na que substitui corretamente o ponto de interrogação é a letra
letra “A” é a única para representar um lado. “P”.

07. Resposta: B. 15. Resposta: B.


Como na 3ª figura completou-se um círculo, para A sequência de números apresentada representa a lista
completar 16 círculos é suficiente multiplicar 3 por 16: 3. 16 = dos números naturais. Mas essa lista contém todos os
48. Portanto, na 48ª figura existirão 16 círculos. algarismos dos números, sem ocorrer a separação. Por
exemplo: 101112 representam os números 10, 11 e 12. Com
isso, do número 1 até o número 9 existem 9 algarismos. Do
número 10 até o número 99 existem: 2 x 90 = 180 algarismos.

Raciocínio Lógico 41
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Do número 100 até o número 124 existem: 3 x 25 = 75 100 km ------- 25 litros


algarismos. E do número 124 até o número 128 existem mais 500 km ------- x litros Observe que:
12 algarismos. Somando todos os valores, tem-se: 9 + 180 + 75 Se aumentarmos a Km
+ 12 = 276 algarismos. Logo, conclui-se que o algarismo que Resolvendo: aumentaremos também
ocupa a 276ª posição é o número 8, que aparece no número 100 25 a quantidade de litros
= → 100. 𝑥
128. 500 𝑥 gastos. Logo as
= 500.25 grandezas são
diretamente
2. Raciocínio matemático: 100x = 12500 → x = proporcionais.
12500/100 → x = 125
utilizar o raciocínio Este valor representa a quantidade em litros gasta para ir
matemático para resolver da cidade A à B. Como sabemos que ele gasta 2,5 tanques
situações e problemas que para completar esse percurso, vamos encontrar o valor que
cabe em 1 tanque:
envolvam os seguintes 2,5 tanques ------ 125 litros
conteúdos: 2.1 conjuntos 1 tanque ------- x litros
numéricos racionais e reais - 2,5x = 1.125 → x = 125/2,5 → x = 50 litros.
Logo 1 tanque dessa picape cabe 50 litros , a resposta
operações, propriedades, correta esta na alternativa B.
problemas envolvendo as
quatro operações nas formas 2 – A tabela a seguir mostra a velocidade de um trem ao
percorrer determinado percurso:
fracionária e decimal;
números e grandezas Velocidade
40 80 120 ...
proporcionais; razão e (km/h)
Tempo (horas) 6 3 2 ...
proporção; divisão
proporcional; regra de três Se sua velocidade aumentar para 240 km/h, em quantas
simples e composta; horas ele fará o percurso?
porcentagem. Podemos pegar qualquer velocidade para acharmos o
novo tempo:
40 km ------ 6 horas
Caro(a) Cadidato(a), os seguintes assuntos “Conjuntos 240 km ----- x horas
numéricos racionais e reais - operações, propriedades,
problemas envolvendo as quatro operações nas formas
fracionária e decimal; razão e proporção; divisão Observe que:
proporcional; regra de três simples e composta”, já foram Se aumentarmos a velocidade, diminuímos de forma
abordados na matéria de “Raciocínio Lógico”, então neste proporcional ao tempo. Logo as grandezas são
tópico abordaremos os outros assutos exigidos no edital. inversamente proporcionais.

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS 40 𝑥


= → 240𝑥 = 40.6 → 240𝑥 = 240 → 𝑥 = 1
Grandeza é tudo aquilo que pode ser contado e medido. Do 240 6
∴ 𝐿𝑜𝑔𝑜 𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑚 𝑓𝑎𝑟á 𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 𝑒𝑚 1 ℎ𝑜𝑟𝑎.
dicionário, tudo o que pode aumentar ou diminuir (medida de
grandeza.). Observe que invertemos os valores de uma das duas
proporções (km ou tempo), neste exemplo optamos por
As grandezas proporcionais são aquelas que relacionadas inverter a grandeza tempo.
a outras, sofrem variações. Elas podem ser diretamente ou
inversamente proporcionais. - Grandezas diretamente proporcionais (GDP)
São aquelas em que, uma delas variando, a outra varia na
Exemplos: mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são
1 - Uma picape para ir da cidade A para a cidade B gasta diretamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a
dois tanques e meio de óleo diesel. Se a distância entre a outra também dobra; triplicando uma delas, a outra também
cidade A e a cidade B é de 500 km e neste percurso ele faz triplica, divididas à terça parte a outra também é dividida à
100 km com 25 litros de óleo diesel, quantos litros de óleo terça parte... E assim por diante.
diesel cabem no tanque da picape? Matematicamente podemos escrever da seguinte forma:
A) 60 𝒂𝟏 𝒂𝟐 𝒂𝟑
B) 50 = = =⋯=𝒌
𝒃𝟏 𝒃𝟐 𝒃𝟑
C) 40
D) 70 Onde a grandeza A ={a1,a2,a3...} , a grandeza B=
E) 80 {b1,b2,b3...} e os valores entre suas razões são iguais a k
(constante de proporcionalidade).
Observe que há uma relação entre as grandezas distância
(km) e óleo diesel (litros). Equacionando temos: Exemplos:
1 - Uma faculdade irá inaugurar um novo espaço para sua
biblioteca, composto por três salões. Estima-se que, nesse
espaço, poderão ser armazenados até 120.000 livros, sendo
60.000 no salão maior, 15.000 no menor e os demais no

Raciocínio Lógico 42
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

intermediário. Como a faculdade conta atualmente com C) R$ 7.000,00


apenas 44.000 livros, a bibliotecária decidiu colocar, em cada D) R$ 5.600,00
salão, uma quantidade de livros diretamente proporcional à
respectiva capacidade máxima de armazenamento. Marcos: a
Considerando a estimativa feita, a quantidade de livros que a Fábio: b
bibliotecária colocará no salão intermediário é igual a a + b = 8400
A) 17.000. 𝑎 𝑏 𝑎+𝑏
+ =
B) 17.500. 1 1 1 1
+
C) 16.500. 12 9 12 9
D) 18.500.
E) 18.000. 𝑏 8400
=
Como é diretamente proporcional, podemos analisar da 1 3 4
+
seguinte forma: 9 36 36
No salão maior, percebe-se que é a metade dos livros, no 8400
salão menor é 1/8 dos livros. 7 8400 9 → 𝑏 = 8400 . 36
Então, como tem 44.000 livros, o salão maior ficará com 𝑏= →𝑏=
36 9 7 9 7
22.000 e o salão menor com 5.500 livros. 36
22000+5500=27500 1200 4
→ 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: . = 4800
Salão intermediário:44.000-27.500=16.500 livros. 1 1
Resposta C Resposta B

2 - Um mosaico foi construído com triângulos, quadrados 2 - Três técnicos judiciários arquivaram um total de 382
e hexágonos. A quantidade de polígonos de cada tipo é processos, em quantidades inversamente proporcionais as
proporcional ao número de lados do próprio polígono. Sabe-se suas respectivas idades: 28, 32 e 36 anos. Nessas condições, é
que a quantidade total de polígonos do mosaico é 351. A correto afirmar que o número de processos arquivados pelo
quantidade de triângulos e quadrados somada supera a mais velho foi:
quantidade de hexágonos em A) 112
A) 108. B) 126
B) 27. C) 144
C) 35. D) 152
D) 162. E) 164
E) 81.

𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝑠: 3𝑥
𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜: 4𝑥
ℎ𝑒𝑥á𝑔𝑜𝑛𝑜: 6𝑥
3𝑥 + 4𝑥 + 6𝑥 = 351
1 1
13𝑥 = 351 382 Somamos os inversos dos números, ou seja: +
28 32
𝑥 = 27 1 1 1
3𝑥 + 4𝑥 = 3.27 + 4.27 = 81 + 108 = 189 + . Dividindo-se os denominadores por 4, ficamos com: +
36 7 8
1 72+63+53 191
6𝑥 = 6.27 = 162 → 189-162= 27 + = = . Eliminando-se os denominadores,
9 504 504
Resposta B temos 191 que corresponde a uma soma. Dividindo-se a soma
pela soma:
382 / 191 = 2.56 = 112
*Se uma grandeza aumenta e a outra também

, elas são diretamente proporcionais. *Se uma grandeza aumenta e a outra diminui

*Se uma grandeza diminui e a outra também , elas são inversamente proporcionais.

, elas também são diretamente proporcionais. *Se uma grandeza diminui e a outra aumenta
- Grandezas inversamente proporcionais (GIP) , elas também são inversamente
São aquelas quando, variando uma delas, a outra varia na proporcionais.
razão inversa da outra. Isto é, duas grandezas são
inversamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a Questões
outra se reduz pela metade; triplicando uma delas, a outra se
reduz para à terça parte... E assim por diante. 01. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo
Matematicamente podemos escrever da seguinte forma: – FCC) Na tabela abaixo, a sequência de números da coluna A
𝒂𝟏. 𝒃𝟏 = 𝒂𝟐. 𝒃𝟐 = 𝒂𝟑. 𝒃𝟑 = ⋯ = 𝒌 é inversamente proporcional à sequência de números da
Uma grandeza A ={a1,a2,a3...} será inversamente a outra coluna B.
B= {b1,b2,b3...} , se e somente se, os produtos entre os
valores de A e B são iguais.

Exemplos:
1 - Carlos dividirá R$ 8.400,00 de forma inversamente
proporcional à idade de seus dois filhos: Marcos, de12 anos, e
Fábio, de 9 anos. O valor que caberá a Fábio será de:
A) R$ 3.600,00 A letra X representa o número
B) R$ 4.800,00 (A) 90.

Raciocínio Lógico 43
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(B) 80. PORCENTAGEM


(C) 96.
(D) 84. Razões de denominador 100 que são chamadas de
(E) 72. razões centesimais ou taxas percentuais ou simplesmente de
porcentagem. Servem para representar de uma
02. (PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Um pintor maneira prática o "quanto" de um "todo" se está
gastou duas horas para pintar um quadrado com 1,5 m de lado. referenciando.
Quanto tempo ele gastaria, se o mesmo quadrado tivesse 3 m Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do
de lado? símbolo % (Lê-se: “por cento”).
(A) 4 h
(B) 5 h 𝒙
𝒙% =
(C) 6 h 𝟏𝟎𝟎
(D) 8 h
(E) 10 h Exemplos:
1) A tabela abaixo indica, em reais, os resultados das
03 . (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP) A aplicações financeiras de Oscar e Marta entre 02/02/2013 e
tabela, com dados relativos à cidade de São Paulo, compara o 02/02/2014.
número de veículos da frota, o número de radares e o valor
total, em reais, arrecadado com multas de trânsito, relativos Ban Saldo Saldo Rendim
aos anos de 2004 e 2013: co em em ento
02/02/2 02/02/2
Ano Frota Radares Arrecadação 013 014
2004 5,8 260 328 milhões Osc A 500 550 50
milhões ar
2013 7,5 601 850 milhões Ma B 400 450 50
milhões rta
(Veja São Paulo, 16.04.2014)
Notamos que a razão entre os rendimentos e o saldo em
Se o número de radares e o valor da arrecadação tivessem 02/02/2013 é:
crescido de forma diretamente proporcional ao crescimento
da frota de veículos no período considerado, então em 2013 a 50
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐴;
quantidade de radares e o valor aproximado da arrecadação, 500
em milhões de reais (desconsiderando-se correções
50
monetárias), seriam, respectivamente, , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎, 𝑛𝑜 𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐵.
(A) 336 e 424. 400
(B) 336 e 426.
(C) 334 e 428. Quem obteve melhor rentabilidade?
(D) 334 e 430.
(E) 330 e 432. Uma das maneiras de compará-las é expressá-las com o
Respostas mesmo denominador (no nosso caso o 100), para isso, vamos
simplificar as frações acima:
01. Resposta: B.
16 12 50 10
1 = 1 𝑂𝑠𝑐𝑎𝑟 ⇒ = , = 10%
60 𝑋
500 100
16 ∙ 60 = 12 ∙ 𝑋 50 12,5
𝑀𝑎𝑟𝑡𝑎 ⇒ = , = 12,5%
X=80 400 100
02. Resposta: D.
Como a medida do lado dobrou (1,5 . 2 = 3), o tempo Com isso podemos concluir, Marta obteve uma
também vai dobrar (2 . 2 = 4), mas, como se trata de área, o rentabilidade maior que Oscar ao investir no Banco B.
valor vai dobrar de novo (2 . 4 = 8h).
2) Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são
03. Resposta: A. moças. Qual é a taxa percentual de rapazes na classe?
Chamando os radares de 2013 de ( x ), temos que: Resolução:
5,8 260
= A razão entre o número de rapazes e o total de alunos é
18
7,5 𝑥 30
5,8 . x = 7,5 . 260 . Devemos expressar essa razão na forma centesimal, isto é,
x = 1950 / 5,8 precisamos encontrar x tal que:
x = 336,2 (aproximado)
Por fim, vamos calcular a arrecadação em 2013: 18 𝑥
5,8 328 = ⟹ 𝑥 = 60
= 30 100
7,5 𝑥

E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter


5,8 . x = 7,5 . 328
divido 18 por 30, obtendo:
x = 2460 / 5,8
x = 424,1 (aproximado) 18
= 0,60(. 100%) = 60%
30
Referências
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira
- Lucro e Prejuízo
e Estatística Descritiva
http://www.brasilescola.com É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
http://www.dicio.com.br

Raciocínio Lógico 44
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja B)30%


negativa, temos prejuízo(P). C)3,5%
D)3,8%
Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C). E) 38%

Podemos ainda escrever: Resolução:


C + L = V ou L = V - C Área inicial: a.b
P = C – V ou V = C - P Com aumento: (a.1,15).(b.1,20) → 1,38.a.b da área inicial.
Logo o aumento foi de 38%.
A forma percentual é: Resposta E

B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo


𝒑
por (𝟏 − ).V.
𝟏𝟎𝟎
Logo:
𝒑
V D = (𝟏 − ).V
𝟏𝟎𝟎

Exemplos:
Exemplos: 1) Diminuir um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo
1) Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00. por 0,80, pois:
Determinar: 20
a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo; (1 − ). V = (1-0,20). V = 0, 80.V
100
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.
2) Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo
Resolução: por 0,60, pois:
40
Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100 (1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V
100
→ Lucro = R$ 25,00
3) O preço do produto de uma loja sofreu um desconto de
𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 8% e ficou reduzido a R$ 115,00. Qual era o seu valor antes
𝑎) . 100% ≅ 33,33%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 do desconto?

𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 Temos que V D = 115, p = 8% e V =? é o valor que


𝑏) . 100% = 25%
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 queremos achar.
𝑝
V D = (1 − ). V → 115 = (1-0,08).V → 115 = 0,92V → V =
100
2) O preço de venda de um bem de consumo é R$ 100,00.
115/0,92 → V = 125
O comerciante tem um ganho de 25% sobre o preço de custo
O valor antes do desconto é de R$ 125,00.
deste bem. O valor do preço de custo é:
A) R$ 25,00 𝒑 𝒑
A esse valor final de (𝟏 + ) ou (𝟏 − ), é o que
B) R$ 70,50 𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
C) R$ 75,00 chamamos de fator de multiplicação, muito útil para
D) R$ 80,00 resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um
E) R$ 125,00 acréscimo ou decréscimo no valor do produto.

Resolução:
𝐿
. 100% = 25% ⇒ 0,25 , o lucro é calculado em cima do Abaixo a tabela com alguns fatores de multiplicação:
𝐶
Preço de Custo(PC). Fator de Fator de
% multiplicação - multiplicação -
C + L = V → C + 0,25. C = V → 1,25. C = 100 → C = 80,00 Acréscimo Decréscimo
Resposta D 10% 1,1 0,9
15% 1,15 0,85
18% 1,18 0,82
- Aumento e Desconto Percentuais 20% 1,2 0,8
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo 63% 1,63 0,37
𝒑
por (𝟏 + ).V . 86% 1,86 0,14
𝟏𝟎𝟎
Logo: 100% 2 0
𝒑
VA = (𝟏 + ).V
𝟏𝟎𝟎
- Aumentos e Descontos Sucessivos
Exemplos: São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente.
1 - Aumentar um valor V de 20% , equivale a multiplicá- Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos
lo por 1,20, pois: uso dos fatores de multiplicação.
20
(1 + ).V = (1+0,20).V = 1,20.V
100 Vejamos alguns exemplos:
1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um
2 - Aumentar um valor V de 200% , equivale a multiplicá- único aumento de...?
lo por 3 , pois: 𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1 , como são dois de
200 100
(1 + ).V = (1+2).V = 3.V 10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21 Analisando o fator de
100
multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos
3) Aumentando-se os lados a e b de um retângulo de 15% significam um único aumento de 21%.
e 20%, respectivamente, a área do retângulo é aumentada de:
A)35%

Raciocínio Lógico 45
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a R$ %


21% e não a 20%. 108 ---- 120
X ----- 100
2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um 120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x =
único desconto de: 90,00
𝑝
Utilizando VD = (1 − ).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e
100
Analisando o fator de multiplicação 0,64, observamos que representa 100%. Logo se receber um desconto de 25%,
esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50
o valor pago com o desconto. Para sabermos o valor que Então Marcos pagou R$ 67,50.
representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36% 02. Resposta: B.
15 30
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a * Dep. Contabilidade: . 20 = = 3 → 3 (estagiários)
100 10
36% e não a 40%.
20 200
* Dep. R.H.: . 10 = = 2 → 2 (estagiários)
3) Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 100 100

sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um desconto de


𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
20%. Qual o preço desse produto após esse acréscimo e ∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
desconto? 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6
𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V para o aumento e VD = (1 −
𝑝
100 03. Resposta: D.
).V, temos: 15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50
100
VA = 5000 .(1,3) = 6500 e VD = 6500 .(0,80) = 5200,
podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo em uma única
equação: 2.2 Expressões algébricas:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é
equações de primeiro e
de R$ 5.200,00 segundo graus, sistemas de
equações lineares.
Questões

01. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica –


Caro(a) Cadidato(a), os seguintes assuntos “equações de
Matemática – GR Consultoria e Assessoria/2016) Marcos
primeiro e segundo graus, sistemas de equações
comprou um produto e pagou R$ 108,00, já inclusos 20% de
lineares.”, já foram abordados na matéria de “Raciocínio
juros. Se tivesse comprado o produto, com 25% de desconto,
Lógico”, então neste tópico abordaremos os outros assutos
então, Marcos pagaria o valor de:
exigidos no edital.
(A) R$ 67,50
(B) R$ 90,00
EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
(C) R$ 75,00
(D) R$ 72,50
Expressões Algébricas: São aquelas que contêm números
e letras.
02. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP –
Ex.: 2ax² + bx
Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP)
O departamento de Contabilidade de uma empresa tem 20
Variáveis: São as letras das expressões algébricas que
funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O
representam um número real e que de princípio não possuem
departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários,
um valor definido.
sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários
Valor numérico de uma expressão algébrica é o número
desses dois departamentos, a fração de estagiários é igual a
que obtemos substituindo as variáveis por números e
(A) 1/5.
efetuamos suas operações.
(B) 1/6.
(C) 2/5.
Ex: Sendo x = 1 e y = 2, calcule o valor numérico (VN) da
(D) 2/9.
expressão:
(E) 3/5.
x² + y → 1² + 2 = 3; Portando o valor numérico da
expressão é 3.
03. (Pref. Maranguape/CE – Prof. de educação básica –
Matemática – GR Consultoria e Assessoria/2016) Quando
Monômio: Os números e letras estão ligados apenas por
calculamos 15% de 1.130, obtemos, como resultado
produtos.
(A) 150
Ex: 4x
(B) 159,50;
(C) 165,60;
Polinômio: É a soma ou subtração de monômios.
(D) 169,50.
Ex: 4x + 2y
Respostas
Termos semelhantes: São aqueles que possuem partes
literais iguais (variáveis)
01. Resposta: A.
Ex: 2 x³ y² z e 3 x³ y² z  são termos semelhantes pois
Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu
possuem a mesma parte literal.
preço original, temos que:
100% + 20% = 120%
Adição e Subtração de expressões algébricas
Precisamos encontrar o preço original (100%) da
Para determinarmos a soma ou subtração de expressões
mercadoria para podermos aplicarmos o desconto.
algébricas, basta somar ou subtrair os termos semelhantes.
Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos:
Assim: 2 x³ y² z + 3x³ y² z = 5x³ y² z ou

Raciocínio Lógico 46
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

2 x³ y² z - 3x³ y² z = -x³ y² z 18
17x2
Convém lembrar-se dos jogos de sinais. 18
Na expressão (x³ + 2 y² + 1) – (y ² - 2) = x³ +2 y² + 1 – y² +
2 = x³ + y² +3 - 4x2 + 12y3 – 7y3 – 5x2 devemos primeiro unir os termos
semelhantes: 12y3 – 7y3 + 4x2 – 5x2 agora efetuamos a soma e
Multiplicação e Divisão de expressões algébricas a subtração.
Na multiplicação e divisão de expressões algébricas, 5y3 – x2 como os dois termos restantes não são
devemos usar a propriedade distributiva. semelhantes, devemos deixar apenas indicado à operação dos
Exemplos: monômios.
1) a (x + y) = ax + ay
2) (a + b).(x + y) = ax + ay + bx + by Reduza os termos semelhantes na expressão 4x2 – 5x -3x +
3) x (x² + y) = x³ + xy 2x2. Depois calcule o seu valor numérico da expressão. 4x2 – 5x
- 3x + 2x2 reduzindo os termos semelhantes. 4x2 + 2x2 – 5x - 3x
Obs.: Para multiplicarmos potências de mesma base, 6x2 - 8x os termos estão reduzidos, agora vamos achar o
conservamos a base e somamos os expoentes. valor numérico dessa expressão.
Na divisão de potências devemos conservar a base e Para calcularmos o valor numérico de uma expressão
subtrair os expoentes devemos ter o valor de sua incógnita, que no caso do exercício
é a letra x.
Exemplos: Vamos supor que x = - 2, então substituindo no lugar do x
1) 4x² ÷ 2x = 2x o -2 termos:
2) (6x³ - 8x) ÷ 2x = 3x² - 4
6x2 - 8x =
3) = 6 . (-2)2 – 8 . (-2) =
= = 6 . 4 + 16 =
Resolução: = 24 + 16 =
= 40

Multiplicação de monômios
Para multiplicarmos monômios não é necessário que eles
sejam semelhantes, basta multiplicarmos coeficiente com
coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo que quando
multiplicamos as partes literais devemos usar a propriedade
da potência que diz: am . an = am + n (bases iguais na
multiplicação repetimos a base e somamos os expoentes).
(3a2b).(- 5ab3) na multiplicação dos dois monômios,
Para iniciarmos as operações devemos saber o que são devemos multiplicar os coeficientes 3 . (-5) e na parte literal
termos semelhantes. Dizemos que um termo é semelhante do multiplicamos as que têm mesma base para que possamos
outro quando suas partes literais são idênticas. usar a propriedade am . an = am + n.
3 . ( - 5) . a2 . a . b . b3 =
Veja: = - 15 a2 +1 b1 + 3 =
5x2 e 42x são dois termos, as suas partes literais são x2 e x, = - 15 a3b4
as letras são iguais, mas o expoente não, então esses termos
não são semelhantes.
7ab2 e 20ab2 são dois termos, suas partes literais são ab2 e Divisão de monômios
ab2, observamos que elas são idênticas, então podemos dizer Para dividirmos os monômios não é necessário que eles
que são semelhantes. sejam semelhantes, basta dividirmos coeficiente com
coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo que quando
Adição e subtração de monômios dividirmos as partes literais devemos usar a propriedade da
Só podemos efetuar a adição e subtração de monômios potência que diz: am ÷ an = am - n (bases iguais na divisão
entre termos semelhantes. E quando os termos envolvidos na repetimos a base e diminuímos os expoentes), sendo que a ≠ 0.
operação de adição ou subtração não forem semelhantes, (-20x2y3) ÷ (- 4xy3) na divisão dos dois monômios,
deixamos apenas a operação indicada. devemos dividir os coeficientes -20 e -4 e na parte literal
dividirmos as que têm mesma base para que possamos usar a
Veja: propriedade am ÷ an = am – n.
Dado os termos 5xy2, 20xy2, como os dois termos são - 20 ÷ (– 4) . x2 ÷ x . y3 ÷ y3 =
semelhantes eu posso efetuar a adição e a subtração deles. = 5 x2 – 1 y3 – 3 =
5xy2 + 20xy2 devemos somar apenas os coeficientes e = 5x1y0 =
conservar a parte literal. = 5x
25 xy2
Potenciação de monômios
5xy2 - 20xy2 devemos subtrair apenas os coeficientes e Na potenciação de monômios devemos novamente utilizar
conservar a parte literal. uma propriedade da potenciação:
- 15 xy2
I - (a . b)m = am . bm
Veja alguns exemplos: II - (am)n = am . n
- x2 - 2x2 + x2 como os coeficientes são frações devemos
tirar o mmc de 6 e 9. Veja alguns exemplos:
(-5x2b6)2 aplicando a propriedade
3x2 - 4 x2 + 18 x2

Raciocínio Lógico 47
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

I - (-5)2 . (x2)2 . (b6)2 aplicando a propriedade 8


= =4
II - 25 . x4 . b12 25x4b12 2

Radiciação de monômios Logo :


Na radicação de monômios retiramos a raiz do coeficiente Se x = 1 → y=5-1 → y=4
numérico e também de cada um de seus fatores, em resumo Se x= 4 → y = 5 -4 → y = 1
isso equivale a dividirmos cada expoente dos fatores pelo
índice da raiz. Observando temos os valores 1 e 4 ,tanto para x como para
Exemplo: y. Então as medidas dos lados são 1 e 4 , podendo x ou y
A raiz de √9x4y6z² assumirem os mesmos.
√9𝑥 4 𝑦 6 𝑧 2 → √9. √𝑥 4 . √𝑦 6 . √𝑧 2 → 3. 𝑥 4:2 . 𝑦 6:2 . 𝑧 2:2 → 3𝑥 2 𝑦 3 𝑧 Fazendo a conferência temos:
x + y = 5 ∴ x.y = 4
SISTEMA DO 2º GRAU 4+1=5 4.1 = 4
5=5 4=4
Precisamos antes de resolvermos, interpretarmos O par ordenado (1,4) ou (4,1) satisfaz o sistema de
minuciosamente cada questão e depois equaciona-las de equações.
forma a transcrever o texto em linguagem matemática. Questões
Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos sistemas
de 1º grau, por adição, substituições, etc. A diferença é que 01. (Prefeitura de São Paulo - SP - Guarda Civil
teremos como solução um sistema pares ordenados. Metropolitano - MS CONCURSOS) A soma entre dois
Uma sequencia prática para acharmos sua solução é: números positivos é 37. Se o produto entre eles é 330, então o
- Estabelecer o sistema de equações que traduzam o valor da diferença entre o maior e o menor número é:
problema para a linguagem matemática; (A) 7.
- Resolver o sistema de equações; (B) 23.
- Interpretar as raízes encontradas, verificando se são (C) 61.
compatíveis com os dados do problema. (D) 17.
(E) 49.
Exemplo:
Com uma corda de 10 m de comprimento, Pedro deseja 02. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em
cercar uma área retangular de 4 m². Quais as medidas dos Contabilidade – FUMARC) Marque, dentre as alternativas
lados desse retângulo? abaixo, a que identifica os pontos comuns aos gráficos de y =
x2 + 2x e y = x + 2.
(A) (-2, 1) e (-1,3).
(B) (-2, 0) e (-1,3).
(C) (2,0) e (1,3).
(D) (-2,0) e (1,3).

03. (CPTM - Médico do trabalho – Makiyama) Sabe-se


que o produto da idade de Miguel pela idade de Lucas é 500.
Miguel é 5 anos mais velho que Lucas. Qual a soma das idades
de Miguel e Lucas?
Temos: (A) 40.
Comprimento: x (B) 55.
Largura: y (C) 65.
Deduzimos acima que seu perímetro é 10 → x + y + x + y = (D) 50.
10 ou 2x + 2y = 10 → x + y = 5 (dividindo todos os termos por (E) 45.
2).
E sua área é 4, como a área do retângulo é dada por largura Respostas
x comprimento, temos:
x.y = 4 01. Resposta: A.
Sendo x e y os dois números procurados:
Montando o sistema temos: x + y = 37 (I)
x.y = 330 (II)
𝑥+𝑦 = 5 isolando y na equação (I) temos x + y = 37 → y = 37 – x,
{ → ( isolando x na 1ª equação ) x = 5 – y,→
𝑥. 𝑦 = 4 substituindo na equação (II):
(substituindo na 2ª equação) (5 – y).y = 4 x.(37 – x) = 330
37x – x2 = 330
Resolvendo: x2 – 37x + 330 = 0 , a = 1; b = - 37 e c = 330
5y – y2 = 4 → - y2 + 5y – 4 = 0.(.-1) → y2 – 5y + 4 =0 ∆ = b2 – 4.a.c
(Temos então uma equação do 2ª grau) ∆ = (- 37)2 – 4.1.330
∆ = 1369 – 1320
a = 1 ; b= -5 e c= 4 ∆ = 49
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝑥= →𝑥
2𝑎 𝑥=
−𝑏±√∆
→𝑥 =
−(−37)±√49
=
37±7

2.𝑎 2.1 2
37+7 44 37−7 30
−(−5) ± √(−5)2 − 4.1. (4) 5 ± √25 − 16 𝑥= = = 22 ou 𝑥 = = = 15
2 2 2 2
= →𝑥=
2.1 2
Se x = 22 → y = 37 – 22 = 15
5 ± √9 5−3 2 5+3
𝑥= ∴ 𝑥1 = = = 1 𝑒 𝑥2 = 22 – 15 = 7
2 2 2 2

Raciocínio Lógico 48
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

02. Resposta: D. Exemplos:


Do enunciado y = x2 + 2x e y = x + 2, então: - Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11,
x2 + 2x = x + 2 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma sequência infinita com
x2 + 2x – x – 2 = 0 a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc.
x2 + x – 2 = 0, a = 1, b = 1 e c = - 2 - Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7, 9,
11, ...). Notemos que esta é uma sequência infinita com a 1 = 1;
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc.
∆= 12 − 4.1. (−2) - Sequência dos algarismos do sistema decimal de
∆=1+8=9 numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos que esta é uma
−𝑏±√∆ sequência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5;
𝑥=
2𝑎 a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8; a10 = 9.
−1±√9
𝑥= 1. Igualdade
2.1
As sequências são apresentadas com os seus termos entre
−1±3 −1+3 −1−3 parênteses colocados de forma ordenada. Sucessões que
𝑥= →𝑥 = = 1 ou 𝑥 = = −2
2 2 2 apresentarem os mesmos termos em ordem diferente serão
consideradas sucessões diferentes.
Se x = 1 → y = 1 + 2 = 3 (1, 3) Duas sequências só poderão ser consideradas iguais se, e
Se x = - 2 → y = - 2 + 2 = 0 (-2, 0) somente se, apresentarem os mesmos termos, na mesma
ordem.
03. Resposta: E.
Sendo Miguel M e Lucas L: Exemplo
M.L = 500 (I) A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à
M = L + 5 (II) sequência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x = 5; y = 8; z = 15; e t
substituindo II em I, temos: = 17.
(L + 5).L = 500
L2 + 5L – 500 = 0, a = 1, b = 5 e c = - 500 Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3, 2, 1,
0) são diferentes, pois, embora apresentem os mesmos
∆ = b2 – 4ac elementos, eles estão em ordem diferente.
∆ = 52 – 4.1.(- 500)
∆ = 25 + 2000 2. Formula Termo Geral
∆ = 2025 Podemos apresentar uma sequência através de um
determinado valor atribuído a cada de termo a n em função do
−𝑏±√∆
𝐿= valor de n, ou seja, dependendo da posição do termo. Esta
2𝑎
formula que determina o valor do termo an é chamada formula
−5±√2025 −5±45 −5+45 40 do termo geral da sucessão.
𝐿= = → 𝐿= = = 20 ou 𝐿 =
2.1 2 2 2
−5−45 −50 Exemplos:
= = −25 esta não convém pois L (idade) tem que ser
2 2
- Determinar os cincos primeiros termos da sequência cujo
positivo.
termo geral e igual a:
Então L = 20 → M.20 = 500 → m = 500 : 20 = 25
an = n2 – 2n,com n ∈ N*.
M + L = 25 + 20 = 45
Teremos:
- se n = 1 ⇒ a1 = 12 – 2. 1 ⇒ a1 = 1 – 2 = - 1
2.3 Sequências, Progressão - se n = 2 ⇒ a2 = 22 – 2. 2 ⇒ a2 = 4 – 4 = 0
aritmética e Progressão - se n = 3 ⇒ a3 = 32 – 2. 3 ⇒ a3 = 9 – 6 = 3
Geométrica. - se n = 4 ⇒ a4 = 42 – 4. 2 ⇒ a4 =16 – 8 = 8
- se n = 5 ⇒ a5 = 52 – 5. 2 ⇒ a5 = 25 – 10 = 15

- Determinar os cinco primeiros termos da sequência cujo


SEQUÊNCIAS termo geral é igual a:
an = 3n + 2, com n ∈ N*.
Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas
sequências como, por exemplo, a sucessão de cidades que - se n = 1 ⇒ a1 = 3.1 + 2 ⇒ a1 = 3 + 2 = 5
temos numa viagem de automóvel entre Brasília e São Paulo - se n = 2 ⇒ a2 = 3.2 + 2 ⇒ a2 = 6 + 2 = 8
ou a sucessão das datas de aniversário dos alunos de uma - se n = 3 ⇒ a3 = 3.3 + 2 ⇒ a3 = 9 + 2 = 11
determinada escola. - se n = 4 ⇒ a4 = 3.4 + 2 ⇒ a4 = 12 + 2 = 14
- se n = 5 ⇒ a5 = 3.5 + 2 ⇒ a5 = 15 + 2 = 17
Podemos, também, adotar para essas sequências uma
ordem numérica, ou seja, adotando a1 para o 1º termo, a2 para - Determinar os termos a12 e a23 da sequência cujo termo
o 2º termo até an para o n-ésimo termo. Dizemos que o termo geral é igual a:
an é também chamado termo geral das sequências, em que n é
um número natural diferente de zero. Evidentemente, an = 45 – 4n, com n ∈ N*.
daremos atenção ao estudo das sequências numéricas. Teremos:
- se n = 12 ⇒ a12 = 45 – 4.12 ⇒ a12 = 45 – 48 = - 3
As sequências podem ser finitas, quando apresentam um - se n = 23 ⇒ a23 = 45 – 4.23 ⇒ a23 = 45 – 92 = - 47
último termo, ou, infinitas, quando não apresentam um último
termo. As sequências infinitas são indicadas por reticências no 3. Lei de Recorrências
final. Uma sequência pode ser definida quando oferecemos o
valor do primeiro termo e um “caminho” (uma fórmula) que

Raciocínio Lógico 49
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

permite a determinação de cada termo conhecendo-se o seu Classificação: uma P.A. é classificada de acordo com a
antecedente. Essa forma de apresentação de uma sucessão é razão.
chamada lei de recorrências.
1- Se r > 0 ⇒ a P.A. é crescente.
Exemplos: 2- Se r < 0 ⇒ a P.A. é decrescente.
- Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência em 3- Se r = 0 ⇒ a P.A. é constante.
que:
a1 = 3 e an+1 = 2an – 4 , em que n ∈ N*. Fórmula do Termo Geral
Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão,
Teremos: o primeiro termo já foi dado. então temos:
- a1 = 3 1° termo: a1
- se n = 1 ⇒ a1+1 = 2.a1 – 4 ⇒ a2 = 2.3 – 4 ⇒ a2 = 6 – 4 = 2 2° termo: a2 = a1 + r
- se n = 2 ⇒ a2+1 = 2.a2 – 4 ⇒ a3 = 2.2 – 4 ⇒ a3 = 4 – 4 = 0 3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
- se n = 3 ⇒ a3+1 = 2.a3 – 4 ⇒ a4 = 2.0 – 4 ⇒ a4 = 0 – 4 = - 4 4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
- se n = 4 ⇒ a4+1 = 2.a4 – 4 ⇒ a5 = 2.(-4) – 4 ⇒ a5 = - 8 – 4 = - 5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
12 6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
- Determinar o termo a5 de uma sequência em que: . . . . . .
a1 = 12 e an+ 1 = an – 2, em que n ∈ N*. . . . . . .
n° termo é:
- a1 = 12
- se n = 1 ⇒ a1+1 = a1 – 2 ⇒ a2 = 12 – 2 ⇒ a2=10
- se n = 2 ⇒ a2+1 = a2 – 2 ⇒ a3 = 10 – 2 ⇒ a3 = 8 𝐚𝐧 = 𝐚𝟏 + (𝐧 − 𝟏). 𝐫
- se n = 3 ⇒ a3+1 = a3 – 2 ⇒ a4 = 8 – 2 ⇒ a4 = 6
- se n = 4 ⇒ a4+1 = a4 – 2 ⇒ a5 = 6 – 2 ⇒ a5 = 4 Fórmula da soma dos n primeiros termos
Observação 1
Devemos observar que a apresentação de uma sequência (𝐚𝟏 + 𝐚𝐧 ). 𝐧
através do termo geral é mais pratica, visto que podemos 𝐒𝐧 =
determinar um termo no “meio” da sequência sem a 𝟐
necessidade de determinarmos os termos intermediários,
como ocorre na apresentação da sequência através da lei de Propriedades:
recorrências. 1- Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos
extremos é igual à soma dos extremos.
Observação 2
Algumas sequências não podem, pela sua forma Exemplo 1: (1, 3, 5, 7, 9, 11,......)
“desorganizada” de se apresentarem, ser definidas nem pela
lei das recorrências, nem pela formula do termo geral. Um
exemplo de uma sequência como esta é a sucessão de números
naturais primos que já “destruiu” todas as tentativas de se
encontrar uma formula geral para seus termos.

Observação 3
Em todo exercício de sequência em que n ∈ N*, o primeiro
Exemplo 2: (2, 8, 14, 20, 26, 32, 38,......)
valor adotado é n = 1. No entanto de no enunciado estiver n >
3, temos que o primeiro valor adotado é n = 4. Lembrando que
n é sempre um número natural.
A Matemática estuda dois tipos especiais de sequências,
uma delas a Progressão Aritmética.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo,


a partir do segundo termo, é igual ao termo anterior somado
com uma constante que é chamada de razão (r).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de - como podemos observar neste exemplo, temos um
a1, a2, a3, a4,.......,an,.... número ímpar de termos. Neste caso sobrou um termo no
meio (20) que é chamado de termo médio e é igual a metade
Cálculo da razão: a razão de uma P.A. é dada pela da soma dos extremos. Porém, só existe termos médio se
diferença de um termo qualquer pelo termo imediatamente houver um número ímpar de termos.
anterior a ele. 2- Numa P.A. se tivermos três termos consecutivos, o
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1 termo médio é igual à média aritmética dos anterior com o
a
posterior. Ou seja, (a1, a2, a3,...) <==> a2 = 3.
a1
Exemplos:
Exemplo:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25,......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r =
4
- (2, 9, 16, 23, 30,.....) é uma P.A. onde a 1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15,....) é uma P.A. onde a 1 = 23 e razão r =
- 2.

Raciocínio Lógico 50
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

P.G. – PROGRESSÃO GEOMETRICA Soma dos n primeiros termos

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo,


a partir do segundo termo, é igual ao termo anterior 𝐚𝟏 . (𝐪𝐧 − 𝟏)
𝐒𝐧 =
multiplicado por uma constante que é chamada de razão (q). 𝐪−𝟏
Como em qualquer sequência os termos são chamados de
a1, a2, a3, a4,.......,an,....
Soma dos infinitos termos (ou Limite da soma)
Cálculo da razão: a razão de uma P.G. é dada pelo Vamos ver um exemplo:
quociente de um termo qualquer pelo termo imediatamente Seja a P.G. (2, 1, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32,.....) de a1 = 2 e q =
1
anterior a ele. 2
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎 se colocarmos na forma decimal, temos
𝑞 = 2 = 3 = 4 = ⋯……… = 𝑛
𝑎1 𝑎2 𝑎3 𝑎𝑛−1 (2; 1; 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125;.....) se efetuarmos
a somas destes termos:
2+1=3
Exemplos: 3 + 0,5 = 3,5
- (3, 6, 12, 24, 48,...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 3 e 3,5 + 0,25 = 3,75
razão q = 2 3,75 + 0,125 = 3,875
−9 −9
- (-36, -18, -9, , ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 3,875 + 0,0625 = 3,9375
2 4
1 3,9375 + 0,03125 = 3,96875
36 e razão q = .
2
5 5
- (15, 5, , ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 15 e razão .
3 9
1 .
q=
3 Como podemos observar o número somado vai ficando
- (- 2, - 6, -18, - 54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 2 cada vez menor e a soma tende a um certo limite. Então temos
e razão q = 3 a seguinte fórmula:
- (1, - 3, 9, - 27, 81, - 243, ...) é uma PG de primeiro termo a1
= 1 e razão q = - 3 𝐚𝟏
𝐒= → −𝟏 < 𝐪
- (5, 5, 5, 5, 5, 5,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 5 e 𝟏−𝐪
razão q = 1
- (7, 0, 0, 0, 0, 0,...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 7 e
<𝟏
2 2
razão q = 0 Utilizando no exemplo acima: 𝑆 = 1 = 1 = 4, logo
1−
- (0, 0, 0, 0, 0, 0,...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 0 e 2 2

razão q indeterminada dizemos que esta P.G. tem um limite que tenda a 4.

Classificação: uma P.G. é classificada de acordo com o Produto da soma de n termos


primeiro termo e a razão.

1- Crescente: quando cada termo é maior que o anterior. |𝐏𝐧 | = √(𝐚𝟏 . 𝐚𝐧 )𝐧


Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e 0 < q < 1.
2- Decrescente: quando cada termo é menor que o
anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1 < Temos as seguintes regras para o produto, já que esta
0 e q > 1. fórmula está em módulo:
3- Alternante: quando cada termo apresenta sinal 1- O produto de n números positivos é sempre positivo.
contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0. 2- No produto de n números negativos:
4- Constante: quando todos os termos são iguais. Isto a) se n é par: o produto é positivo.
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA de b) se n é ímpar: o produto é negativo.
razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG Propriedades
estacionaria. 1- Numa P.G., com n termos, o produto de dois termos
5- Singular: quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre equidistantes dos extremos é igual ao produto destes
quando a1 = 0 ou q = 0. extremos.
Fórmula do termo geral Exemplos 1: (3, 6, 12, 24, 48, 96, 192, 384,....)
Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela
razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4
. . . . .
. . . . .
. . . . . Exemplo 2: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64,....)
n° termo é:

an = a1.qn – 1

Raciocínio Lógico 51
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

- como podemos observar neste exemplo, temos um - Se n é par temos n = 2i ou i = n/2.


número ímpar de termos. Neste caso sobrou um termo no Daqui e de (1) obtemos que:
meio (8) que é chamado de termo médio e é igual a raiz an = 10 + [(n + 1)/2] - 1 se n é ímpar
quadrada do produto dos extremos. Porém, só existe an = 8 + (n/2) - 1 se n é par
termos médio se houver um número ímpar de termos. Logo:
a30 = 8 + (30/2) - 1 = 8 + 15 - 1 = 22 e
2- Numa P.G. se tivermos três termos consecutivos, o a55 = 10 + [(55 + 1)/2] - 1 = 37
termo médio é igual à média geométrica do termo anterior E, portanto:
com o termo posterior. Ou seja, (a1, a2, a3,...) <==> a2 = √a3 . a1 . a30 + a55 = 22 + 37 = 59.

Exemplo:
2.4 Conceito de Função:
Função Polinomial,
Questões Exponencial e Logarítmica.
01. (Pref. Amparo/SP – Agente Escolar – CONRIO)
Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51,...) Caro(a) Candidato(a), esse assunto já foi abordado na
(A) 339 matéria de “Raciocínio Lógico”.
(B) 337
(C) 333
(D) 331
2.5 Geometria Plana:
02. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo Polígonos regulares,
– FCC) Uma sequência inicia-se com o número 0,3. A partir do circunferência e círculo;
2º termo, a regra de obtenção dos novos termos é o termo
anterior menos 0,07. Dessa maneira o número que
cálculo de áreas e perímetros.
corresponde à soma do 4º e do 7º termos dessa sequência é
(A) –6,7.
(B) 0,23. POLÍGONOS
(C) –3,1.
(D) –0,03. Um polígono é uma figura geométrica fechada, simples,
(E) –0,23. formada por segmentos consecutivos e não colineares.

03. Os termos da sequência (10; 8; 11; 9; 12; 10; 13; …) Elementos de um polígono
obedecem a uma lei de formação. Se an, em que n pertence a
N*, é o termo de ordem n dessa sequência, então a30 + a55 é
igual a:
(A) 58
(B) 59
(C) 60
(D) 61
(E) 62
Respostas

01. Resposta: A.
r = 48 – 45 = 3
𝑎1 = 45 Um polígono possui os seguintes elementos:
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎99 = 45 + 98 ∙ 3 = 339 - Lados: cada um dos segmentos de reta que une vértices
̅̅̅̅, BC
consecutivos: AB ̅̅̅̅, CD
̅̅̅̅, DE ̅̅̅̅.
̅̅̅̅ e AE
02. Resposta: D.
𝑎𝑛 = 𝑎1 − (𝑛 − 1)𝑟 - Vértices: ponto de intersecção de dois lados consecutivos:
𝑎4 = 0,3 − 3.0,07 = 0,09 A, B, C, D e E.
𝑎7 = 0,3 − 6.0,07 = −0,12
𝑆 = 𝑎4 + 𝑎7 = 0,09 − 0,12 = −0,03 - Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não
̅̅̅̅, AD
consecutivos: AC ̅̅̅̅, BD ̅̅̅̅ e BE
̅̅̅̅, CE ̅̅̅̅.
03. Resposta: B.
Primeiro, observe que os termos ímpares da sequência é - Ângulos internos: ângulos formados por dois lados
uma PA de razão 1 e primeiro termo 10 - (10; 11; 12; 13; …).
consecutivos (assinalados em azul na figura): , , ,
Da mesma forma os termos pares é uma PA de razão 1 e
primeiro termo igual a 8 - (8; 9; 10; 11; …). , .
Assim, as duas PA têm como termo geral o seguinte
formato: - Ângulos externos: ângulos formados por um lado e pelo
(1) ai = a1 + (i - 1).1 = a1 + i – 1 prolongamento do lado a ele consecutivo (assinalados em
Para determinar a30 + a55 precisamos estabelecer a regra
geral de formação da sequência, que está intrinsecamente vermelho na figura): , , , , .
relacionada às duas progressões da seguinte forma:
- Se n (índice da sucessão) é ímpar temos que n = 2i - 1, ou Classificação: os polígonos são classificados de acordo
seja, i = (n + 1)/2; com o número de lados, conforme a tabela abaixo.

Raciocínio Lógico 52
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

N° de lados Nome Podemos dizer que os polígonos são semelhantes. Mas a


3 Triângulo semelhança só será válida se ambas condições existirem
4 Quadrilátero simultaneamente.
5 Pentágono
6 Hexágono A razão entre dois lados correspondentes em polígonos
7 Heptágono semelhante denomina-se razão de semelhança, ou seja:
8 Octógono 𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴 2
= = = = 𝑘 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑘 =
9 Eneágono 𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′ 3
10 Decágono
Outras figuras semelhantes (formas iguais e tamanhos
11 Undecágono
diferentes):
12 Dodecágono
15 Pentadecágono
20 Icoságono

Fórmulas: na relação de fórmulas abaixo temos a letra n


que representa o números de lados ou de ângulos ou de
vértices de um polígonos, pois um polígono de 5 lados tem
também e vértices e 5 ângulos.

1 – Diagonais de um vértice: dv = n – 3.

(𝐧−𝟑).𝐧
2 - Total de diagonais: 𝐝 = .
𝟐
Fonte: http://www.somatematica.com.br
3 – Soma dos ângulos internos: Si = (n – 2).180°.
Questões
4 – Soma dos ângulos externos: para qualquer polígono o 01. A soma dos ângulos internos de um heptágono é:
valor da soma dos ângulos externos é uma constante, isto é, Se (A) 360°
= 360°. (B) 540°
(C) 1400°
Polígonos Regulares: um polígono é chamado de regular (D) 900°
quando tem todos os lados congruentes (iguais) e todos os (E) 180°
ângulos congruentes. Exemplo: o quadrado tem os 4 lados
iguais e os 4 ângulos de 90°, por isso é um polígono regular. E 02. Qual é o número de diagonais de um icoságono?
para polígonos regulares temos as seguintes fórmulas, além (A) 20
das quatro acima: (B) 70
(C) 160
(𝐧−𝟐).𝟏𝟖𝟎° 𝐒
1 – Ângulo interno: 𝐚𝐢 = ou 𝐚𝐢 = 𝐢. (D) 170
𝐧 𝐧
(E) 200
𝟑𝟔𝟎° 𝐒
2 - Ângulo externo: 𝐚𝐞 = ou 𝐚𝐞 = 𝐞.
𝐧 𝐧 03. O valor de x na figura abaixo é:

Semelhança de Polígonos: Dois polígonos são


semelhantes quando os ângulos correspondentes são
congruentes e os lados correspondentes são proporcionais.
Vejamos:

(A) 80°
(B) 90°
(C) 100°
(D) 70°
(E) 50°
Fonte: http://www.somatematica.com.br Respostas
01. Resposta: D.
1) Os ângulos correspondentes são congruentes: Heptágono (7 lados) → n = 7
Si = (n – 2).180°
Si = (7 – 2).180°
2) Os lados correspondentes (homólogos) são Si = 5.180° = 900°
proporcionais:
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴 02. Resposta: D.
= = = 𝑜𝑢 Icoságono (20 lados) → n = 20
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′
(𝑛−3).𝑛
𝑑=
2
3,8 4 2,4 2 (20−3).20
= = = 𝑑= = 17.10
5,7 6 3,6 3 2

Raciocínio Lógico 53
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

d = 170 (A) 4√2 dm


(B) 5√2 dm
03. Resposta: A. (C) 6√2 dm
A soma dos ângulos internos do pentágono é:
(D) 7√2 dm
Si = (n – 2).180º
Si = (5 – 2).180º (E) 8√2 dm
Si = 3.180º → Si = 540º Respostas
540º = x + 3x / 2 + x + 15º + 2x – 20º + x + 25º
540º = 5x + 3x / 2 + 20º 01. Resposta: B.
520º = 10x + 3x / 2 Basta substituir r = 8 na fórmula do hexágono
𝑟√3 8√3
1040º = 13x 𝑎= →𝑎 = = 4√3 cm
2 2
X = 1040º / 13 → x = 80º
02. Resposta: D.
POLÍGONOS REGULARES Basta substituir a = 10 na fórmula do triangulo equilátero.
𝑟 𝑟
𝑎 = → 10 = → r = 2.10 → r = 20 cm
Todo polígono regular pode ser inscrito em uma 2 2
circunferência. E temos fórmulas para calcular o lado e o
apótema desse triângulo em função do raio da circunferência. 03. Resposta: C.
Apótema e um segmento que sai do centro das figuras Sendo a = 6, temos:
𝑟√2
regulares e divide o lado em duas partes iguais. 𝑎=
2

I) Triângulo Equilátero: 𝑟√2


6= → 𝑟√2 = 2.6 → 𝑟√2 = 12 (√2 passa dividindo)
2
12
- Lado: l = r√3 r= (temos que racionalizar, multiplicando em cima e
√2
r
- Apótema: a = em baixo por √2)
2
12.√2 12√2
𝑟= →𝑟 = → 𝑟 = 6√2 dm
√2.√2 2

RAZÃO ENTRE ÁREAS

- Razão entre áreas de dois triângulos semelhantes

II) Quadrado:
- Lado: l = r√2
- Apótema:
r√2
a=
2 Vamos chamar de S1 a área do triângulo ABC = S1 e de S2
a do triângulo A’B’C’ = S2

𝑏1 ℎ1
III) Hexágono Regular Δ ABC ~ Δ A’B’C’ → = = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)
𝑏2 ℎ2

𝑏.ℎ
Sabemos que a área do triângulo é dada por 𝑆 =
2
- Lado: l = r
r√3 Aplicando as razões temos que:
- Apótema: a = 𝑏1. ℎ1
2
𝑆1 𝑏1 ℎ1 𝑆1
= 2 = . = 𝑘. 𝑘 = 𝑘 2 → = 𝑘2
𝑆2 𝑏2. ℎ2 𝑏2 ℎ2 𝑆2
Questões 2

01. O apótema de um hexágono regular inscrito numa A razão entre as áreas de dois triângulos semelhantes é
circunferência de raio 8 cm, vale, em centímetros: igual ao quadrado da razão de semelhança.
(A) 4
(B) 4√3 - Razão entre áreas de dois polígonos semelhantes
(C) 8
(D) 8√2
(E) 12

02. O apótema de um triângulo equilátero inscrito em uma


circunferência mede 10 cm, o raio dessa circunferência é:
(A) 15 cm
(B) 10 cm
(C) 8 cm
(D) 20 cm
Área de ABCDE ... MN = S1 Área de A’B’C’D’ ...
(E) 25 cm
M’N’ = S2
03. O apótema de um quadrado mede 6 dm. A medida do
ABCDE ... MN = S1 ~ A’B’C’D’ ... M’N’ = S2 → ΔABC ~ ΔA’B’C’
raio da circunferência em que esse quadrado está inscrito, em
e ΔACD ~ ΔAMN →
dm, vale:

Raciocínio Lógico 54
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝑀𝑁 Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círculo são


= = ⋯ = ′ ′ = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)
𝐴′𝐵′ 𝐵′ 𝐶 ′ 𝑀𝑁 os pontos localizados fora do círculo.

Fazendo: Raio, Corda e Diâmetro

Área ΔABC = t1, Área ΔACD = t2, ..., Área ΔAMN = tn-2 Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é um
segmento de reta com uma extremidade no centro da
Área ΔA’B’C’ = T1, Área ΔA’C’D’ = T2, ..., Área ΔA’M’N’ = Tn-2 circunferência (ou do círculo) e a outra extremidade num
ponto qualquer da circunferência. Na figura abaixo, os
Anteriormente vimos que: ̅̅̅̅, ̅̅̅̅
segmentos de reta OA OB e ̅̅̅̅
OC são raios.
𝑡𝑖
= 𝑘 2 → 𝑡𝑖 = 𝑘 2 𝑇𝑖 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 = 1,2,3, … , 𝑛 − 2
𝑇𝑖 Corda: Corda de uma circunferência é um segmento de
reta cujas extremidades pertencem à circunferência (ou seja,
Então: um segmento que une dois pontos de uma circunferência). Na
̅̅̅̅ e DE
figura abaixo, os segmentos de reta AC ̅̅̅̅ são cordas.
𝑆1 𝑡1 + 𝑡2 + 𝑡3 + ⋯ + 𝑡𝑛−2 𝑆1
= → = 𝑘2
𝑆2 𝑇1 + 𝑇2 + 𝑇3 + ⋯ + 𝑇𝑛−2 𝑆2 Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um
círculo) é uma corda que passa pelo centro da circunferência.
A razão entre as áreas de dois polígonos semelhantes é Observamos que o diâmetro é a maior corda da
igual ao quadrado da razão de semelhança. ̅̅̅̅ é um
circunferência. Na figura abaixo, o segmento de reta AC
diâmetro.
Observação: A propriedade acima é extensiva a quaisquer
superfícies semelhantes e, por isso, vale

A razão entre as áreas de duas superfícies


semelhantes é igual ao quadrado da razão de
semelhança.

CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO

Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico de


todos os pontos de um plano que estão localizados a uma
Posições relativas de uma reta e uma circunferência
mesma distância r de um ponto fixo denominado o centro da
circunferência. Esta talvez seja a curva mais importante no
Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferência se
contexto das aplicações.
essa reta intercepta a circunferência em dois pontos
quaisquer, podemos dizer também que é a reta que contém
uma corda.
Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferência é
uma reta que intercepta a circunferência em um único ponto
P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência ou ponto
de contato. Na figura ao lado, o ponto P é o ponto de tangência
e a reta que passa pelos pontos E e F é uma reta tangente à
circunferência.

Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos de um


plano cuja distância a um ponto fixo O é menor ou igual que
uma distância r dada. Quando a distância é nula, o círculo se
reduz a um ponto. O círculo é a reunião da circunferência com
o conjunto de pontos localizados dentro da mesma. No gráfico
acima, a circunferência é a linha de cor verde escuro que
envolve a região verde claro, enquanto o círculo é toda a região
pintada de verde reunida com a circunferência.
Reta externa (ou exterior): é uma reta que não tem ponto
Pontos interiores de um círculo e exteriores a um em comum com a circunferência. Na figura abaixo a reta t é
círculo externa.
Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo são
os pontos do círculo que não estão na circunferência.

Raciocínio Lógico 55
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Propriedades das secantes e tangentes


Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O,
intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e B e se
M é o ponto médio da corda AB, então o segmento de reta OM
é perpendicular à reta secante s.

Circunferências concêntricas: Duas ou mais


circunferências com o mesmo centro, mas com raios diferentes
são circunferências concêntricas.

Circunferências tangentes: Duas circunferências que


estão no mesmo plano, são tangentes uma à outra, se elas são
Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, tangentes à mesma reta no mesmo ponto de tangência.
intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e B, a
perpendicular às retas que passam pelo centro O da
circunferência, passa também pelo ponto médio da corda AB.

As circunferências são tangentes externas uma à outra se


os seus centros estão em lados opostos da reta tangente
Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o centro e P comum e elas são tangentes internas uma à outra se os seus
um ponto da circunferência. Toda reta perpendicular ao raio centros estão do mesmo lado da reta tangente comum.
OP é tangente à circunferência no ponto de tangência P.
Circunferências secantes: são aquelas que possuem
somente dois pontos distintos em comum.

Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicular


ao raio no ponto de tangência. Segmentos tangentes: Se AP e BP são segmentos de reta
tangentes à circunferência nos ponto A e B, então esses
Posições relativas de duas circunferências segmentos AP e BP são congruentes.

Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a duas


circunferências ao mesmo tempo é denominada uma tangente
comum. Há duas possíveis retas tangentes comuns: a interna e
a externa.

ÂNGULOS (OU ARCOS) NA CIRCURFERÊNCIA

Ângulo central: é um ângulo cujo vértice coincide com o


centro da circunferência. Este ângulo determina um arco na
circunferência, e a medida do ângulo central e do arco são
iguais.

Ao traçar uma reta ligando os centros de duas


circunferências no plano, esta reta separa o plano em dois
semi-planos. Se os pontos de tangência, um em cada
circunferência, estão no mesmo semi-plano, temos uma reta
tangente comum externa. Se os pontos de tangência, um em
cada circunferência, estão em semi-planos diferentes, temos
uma reta tangente comum interna. ̂
O ângulo central determina na circunferência um arco𝐴𝐵
e sua medida é igual a esse arco.
Circunferências internas: Uma circunferência C1 é
interna a uma circunferência C2, se todos os pontos do círculo ̂
α = AB
C1 estão contidos no círculo C2. Uma circunferência é externa Ângulo Inscrito: é um ângulo cujo vértice está sobre a
à outra se todos os seus pontos são pontos externos à outra. circunferência.

Raciocínio Lógico 56
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

(A) 90°
(B) 92°
(C) 96°
(D) 98°
(E) 100°

02. Na figura abaixo, qual é o valor de y?

̂
O ângulo inscrito determina na circunferência um arco 𝐴𝐵
e sua medida é igual à metade do arco.
̂
AB
α=
2

Ângulo Excêntrico Interno: é formado por duas cordas da


circunferência.
(A) 30°
(B) 45°
(C) 60°
(D) 35°
(E) 25°

03. Na figura seguinte, a medida do ângulo x, em graus, é:

O ângulo excêntrico interno determina na circunferência


dois arcos AB e CD e sua medida é igual à metade da soma dos
dois arcos. (A) 80°
̂ + CD
AB ̂
α= (B) 82°
2 (C) 84°
Ângulo Excêntrico Externo: é formado por duas retas (D) 86°
secantes à circunferência. (E) 90°
04. A medida do arco x na figura abaixo é:

O ângulo excêntrico externo determina na circunferência


̂ e 𝐶𝐷
dois arcos 𝐴𝐵 ̂ e sua medida é igual à metade da diferença
dos dois arcos. (A) 15°
(B) 20°
̂ − CD
̂ (C) 25°
AB
α= (D) 30°
2 (E) 45°

05. Uma reta é tangente a uma circunferência quando:


Questões
(A) tem dois pontos em comum.
(B) tem três pontos em comum.
01. O valor de x na figura abaixo é:
(C) não tem ponto em comum.
(D) tem um único ponto em comum.
(E) nda

Respostas

01. Resposta: B.
O ângulo dado na figura (46°) é um ângulo inscrito,
portanto é igual à metade do arco x:

Raciocínio Lógico 57
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
𝑥 O grau tem dois submúltiplos (medidas menores que o
46° =
2 grau). São o minuto e o segundo, de forma que:
1° = 60′ ou seja 1 minutos é igual a 1/60 do grau.
x = 46°.2
1’ = 60” ou seja 1 segundo é igual a 1/60 do minuto.
x = 92°

02. Resposta: D. II) Radiano


O ângulo da figura é um ângulo excêntrico externo, A medida de um arco, em radianos, é a razão (divisão)
portanto é igual à metade da diferença dos dois arcos dados. entre o comprimento do arco e o raio da circunferência sobre
a qual está arco está determinado.
110° − 40°
𝑦=
2
70°
𝑦= = 35°
2

03. Resposta: C.
O ângulo x é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual
à metade da soma dos dois arcos.

108° + 60°
𝑥=
2
Sendo α o ângulo (ou arco), r o raio e l o comprimento do
168° arco, temos:
𝑥= = 84°
2 l
α=
r
04. Resposta: A. O arco l terá seu comprimento máximo (ou maior) quando
O ângulo de 55 é um ângulo excêntrico interno, portanto é for igual ao comprimento total de uma circunferência (C = 2πr
igual à metade da soma dos dois arcos. – fórmula do comprimento da circunferência), ou seja lmáximo =
C → lmax = 2πr.
95° + 𝑥
55° = Então, o valor máximo do ângulo α em radianos será:
2 2πr
α= ==> α = 2π rad
55°. 2 = 95° + 𝑥 r
110° − 95° = 𝑥
𝑥 = 15° Observação: uma volta na circunferência é igual a 360° ou
2π rad.
05. Resposta: D.
Questão teórica Conversões
- graus para radianos: para converter grau para radianos
MEDIDAS DE ARCOS E ÂNGULOS usamos uma regra de três simples.
exemplo:
Arcos (e ângulos) na circunferência Converter 150° para radianos.
Se forem tomados dois pontos A e B sobre uma 180° π rad
circunferência, ela ficará dividida em duas partes chamadas 150° x rad
arcos. Estes dois pontos A e B são as extremidades dos arcos.
180° π
=
150° x
180𝑥 = 150𝜋
150π
x= (simplificando)
180

x= rad
6

- radianos para graus: basta substituir o π por 180°.


exemplo:

Converter rad para graus (ou podemos usar regra de
2
Usamos a seguinte representação: AB. três simples também).
Observação: quando A e B são pontos coincidentes, um 3𝜋 3.180 540
arco é chamado de nulo e o outro arco de uma volta. = = = 270°
2 2 2

Unidades de medidas de arcos (e ângulos) Questões


I) Grau: para medir ângulos a circunferência foi dividida
em 360° partes iguais, e cada uma dessas partes passou a ser 01. Um ângulo de 120° equivale a quantos radianos?
chamada de 1 grau (1°).
1° 02. Um ângulo de
5𝜋
rad equivale a quantos graus?
1 4
= (𝑢𝑚 𝑡𝑟𝑒𝑧𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑎𝑣𝑜𝑠) 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎.
360
- submúltiplos do grau 03. (FUVEST) Quantos graus, mede aproximadamente, um
arco de 0,105 rad? (usar π = 3,14)

Raciocínio Lógico 58
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Respostas Fórmulas de área das principais figuras planas:

01. Resposta:
𝟐𝝅
𝒓𝒂𝒅 1) Retângulo
𝟑 - sendo b a base e h a altura:

180° π rad
120° x rad

180° 𝜋
=
120° 𝑥

2. Paralelogramo
180x = 120π - sendo b a base e h a altura:
120𝜋
𝑥= (simplificando)
180
2𝜋
𝑥= 𝑟𝑎𝑑
3

02. Resposta: 225°


5𝜋 5.180° 900°
= = = 225°
4 4 4
3. Trapézio
03. Resposta: 6° - sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:
Neste caso, usamos regra de três:
180° π rad
x 0,105 rad

180° 𝜋
=
𝑥 0,105
4. Losango
π.x = 180°.0,105 - sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:
3,14x = 18,9
x = 18,9 : 3,14 ≅ 6,01
x ≅ 6°

PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.


Exemplo:
5. Quadrado
- sendo l o lado:

6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área,


Perímetro = 10 + 10 + 9 + 9 = 38 cm dependendo dos dados do problema a ser resolvido.

Perímetros de algumas das figuras planas: I) sendo dados a base b e a altura h:

II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c:

Área é a medida da superfície de uma figura plana. III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo
A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, formado entre eles:
uma superfície correspondente a um quadrado que tem 1 m de
lado.

Raciocínio Lógico 59
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais): 04. (TRT/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área
Judiciária – FCC) Ultimamente tem havido muito interesse no
aproveitamento da energia solar para suprir outras fontes de
energia. Isso fez com que, após uma reforma, parte do teto de
um salão de uma empresa fosse substituída por uma superfície
retangular totalmente revestida por células solares, todas
feitas de um mesmo material. Considere que:
- células solares podem converter a energia solar em
V) circunferência inscrita:
energia elétrica e que para cada centímetro quadrado de célula
solar que recebe diretamente a luz do sol é gerada 0,01 watt
de potência elétrica;
- a superfície revestida pelas células solares tem 3,5m de
largura por 8,4m de comprimento.
Assim sendo, se a luz do sol incidir diretamente sobre tais
células, a potência elétrica que elas serão capazes de gerar em
conjunto, em watts, é:

VI) circunferência circunscrita: (A) 294000.


(B) 38200.
(C) 29400.
(D) 3820.
(E) 2940.

05. (CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um


terreno retangular de perímetro 200m está à venda em uma
Questões imobiliária. Sabe-se que sua largura tem 28m a menos que o
seu comprimento. Se o metro quadrado cobrado nesta região
01. A área de um quadrado cuja diagonal mede 2√7 cm é, é de R$ 50,00, qual será o valor pago por este terreno?
em cm2, igual a:
(A) 12 (A) R$ 10.000,00.
(B) 13 (B) R$ 100.000,00.
(C) 14 (C) R$ 125.000,00.
(D) 15 (D) R$ 115.200,00.
(E) 16 (E) R$ 100.500,00.

02. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC) Respostas


Corta-se um arame de 30 metros em duas partes. Com cada
uma das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das 01.Resposta: C.
áreas dos dois quadrados, assim construídos, então o menor Sendo l o lado do quadrado e d a diagonal:
valor possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
(B) uma parte é o dobro da outra.
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

03. (TJM-SP - Oficial de Justiça – VUNESP) Um grande


terreno foi dividido em 6 lotes retangulares congruentes,
Utilizando o Teorema de Pitágoras:
conforme mostra a figura, cujas dimensões indicadas estão em
d2 = l2 + l2
metros. 2
(2√7) = 2l2
4.7 = 2l2
2l2 = 28
28
l2 =
2
A = 14 cm2

02. Resposta: A.
- um quadrado terá perímetro x
x
o lado será l = e o outro quadrado terá perímetro 30 – x
4
30−x
o lado será l1 = , sabendo que a área de um quadrado
4
Sabendo-se que o perímetro do terreno original, delineado é dada por S = l2, temos:
em negrito na figura, mede x + 285, conclui-se que a área total S = S1 + S2
desse terreno é, em m2, igual a: S=l²+l1²
(A) 2 400. x 2 30−x 2
(B) 2 600. S=( ) +( )
4 4
(C) 2 800. x2 (30−x)2
S= + , como temos o mesmo denominador 16:
(D) 3000. 16 16

(E) 3 200.
x 2 + 302 − 2.30. x + x 2
S=
16

Raciocínio Lógico 60
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

x 2 + 900 − 60x + x 2 (A) 320.


S= (B) 330.
16
S=
2x2

60x 900
+ , (C) 340.
16 16 16 (D) 350.
(E) 360.
sendo uma equação do 2º grau onde a = 2/16; b = -60/16
e c = 900/16 e o valor de x será o x do vértice que e dado pela 02. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em
−b
fórmula: x = , então: Contabilidade – FUMARC) A área de um círculo, cuja
2a
circunferência tem comprimento 20𝜋 cm, é:
−60 60 (A) 100𝜋 cm2.
−( )
xv = 16 = 16 (B) 80 𝜋 cm2.
2 4 (C) 160 𝜋 cm2.
2. 16
16 (D) 400 𝜋 cm2.
60 16 60
xv = . = = 15,
16 4 4
03. (Petrobrás - Inspetor de Segurança - CESGRANRIO)
logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15. Quatro tanques de armazenamento de óleo, cilíndricos e
iguais, estão instalados em uma área retangular de 24,8 m de
03. Resposta: D. comprimento por 20,0 m de largura, como representados na
Observando a figura temos que cada retângulo tem lados figura abaixo.
medindo x e 0,8x:
Perímetro = x + 285
8.0,8x + 6x = x + 285
6,4x + 6x – x = 285
11,4x = 285
x = 285:11,4
x = 25
Sendo S a área do retângulo:
S= b.h
S= 0,8x.x
S = 0,8x2
2
Sendo St a área total da figura: Se as bases dos quatro tanques ocupam da área
5
St = 6.0,8x2 retangular, qual é, em metros, o diâmetro da base de cada
St = 4,8.252 tanque?
St = 4,8.625 Dado: use 𝜋=3,1
St = 3000 (A) 2.
04. Resposta: E. (B) 4.
Retângulo com as seguintes dimensões: (C) 6.
Largura: 3,5 m = 350 cm (D) 8.
Comprimento: 8,4 m = 840 cm (E) 16.
A = 840.350
A = 294.000 cm2 04. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática –
Potência = 294.000.0,01 = 2940 EXAMES) Na figura a seguir, OA = 10 cm, OB = 8 cm e AOB =
30°.
05. Resposta: D.
Comprimento: x
Largura: x – 28
Perímetro = 200
x + x + x – 28 + x – 28 = 200
4x – 56 = 200
4x = 200 + 56
x = 256 : 4
x = 64
Comprimento: 64
Largura: 64 – 28 = 36
Qual, em cm², a área da superfície hachurada. Considere π
Área: A = 64.36 = 2304 m2
= 3,14?
Preço = 2304.50,00 = 115.200,00
(A) 5,44 cm².
(B) 6,43 cm².
Questões
(C) 7,40 cm².
(D) 8,41 cm².
01. (SEDUC/RJ – Professor – Matemática – CEPERJ) A
(E) 9,42 cm².
figura abaixo mostra três círculos, cada um com 10 cm de
Respostas
raio, tangentes entre si.
01. Resposta: B.
Unindo os centros das três circunferências temos um
triângulo equilátero de lado 2r ou seja l = 2.10 = 20 cm. Então
a área a ser calculada será:

Considerando √3 ≅ 1,73 e 𝜋 ≅ 3,14, o valor da área


sombreada, em cm2, é:

Raciocínio Lógico 61
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴 = 𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐 + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔 +
2
𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2
𝜋𝑟 2
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2

𝜋𝑟 2 𝑙 2 √3
𝐴= +
2 4
(3,14 ∙ 102 ) 202 ∙ 1,73
𝐴= +
2 4
400 ∙ 1,73
𝐴 = 1,57 ∙ 100 +
4
𝐴 = 157 + 100 ∙ 1,73 = 157 + 173 = 330

02. Resposta: A.
A fórmula do comprimento de uma circunferência é C =
2π.r, Então:
C = 20π
2π.r = 20π
20π
r=

r = 10 cm
A = π.r2 → A = π.102 → A = 100π cm2

03. Resposta: D.
Primeiro calculamos a área do retângulo (A = b.h)
Aret = 24,8.20
Aret = 496 m2

2
4.Acirc = .Aret
5
2
4.πr2 = .496
5
992
4.3,1.r2 =
5
12,4.r2 = 198,4
r2 = 198,4 : 12, 4 → r2 = 16 → r = 4
d = 2r =2.4 = 8

04. Resposta: E.
OA = 10 cm (R = raio da circunferência maior), OB = 8 cm
(r = raio da circunferência menor). A área hachurada é parte
de uma coroa circular que é dada pela fórmula Acoroa = π(R2 –
r2).
Acoroa = 3,14.(102 – 82)
Acoroa = 3,14.(100 – 64)
Acoroa = 3,14.36 = 113,04 cm2
- como o ângulo dado é 30°
360° : 30° = 12 partes iguais.
Ahachurada = 113,04 : 12 = 9,42 cm2

Anotações

Raciocínio Lógico 62
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

A barra de tarefas do Windows 7 combina dois recursos que


estavam presentes na versão XP: Botões das tarefas na barra e
inicialização rápida. Uma tarefa é um programa que esta sendo
executado. As tarefas são identificadas na barra com uma seleção
botões de inicialização rápida,
Os três ícones após o logotipo do Windows são executados ao
receber um clique. Outra maneira de identificar é estes atalhos
1. Sistema Operacional Windows de inicialização rápida é clicar com o botão direito do mouse
7. sobre o botão da barra de tarefas, se na ultima opção do menu
estiver escrito “Fechar Janela”, então significa que este botão é
WINDOWS 71 uma tarefa, ou seja, é um programa em execução.

O Windows 7 é um sistema operacional produzido pela Obs: Arquivos em execução ocupam espaço na memória
Microsoft. principal (RAM) do computador, portanto, quanto mais
Um sistema operacional é um conjunto de programas que programas abertos, mais lenta a maquina fica.
fornecem uma interface
para o usuário e se comunicam com o hardware da maquina Você também pode criar botões de inicialização rápida.
evitando que os programas Basta arrastar o ícone do programa ou pasta, para a barra.
construídos dentro do sistema operacional tenham de
realizar esta tarefa.

Características do Windows
- Interface amigável e intuitiva: Utilizando recursos gráficos.
- Multitarefa: Permite a utilização de mais de um programa
por vez.
- Multiusuário: Permite a criação de múltiplas contas
(perfis) de usuários.
- Sistema Aberto para Programação
- Plug-n-Play: Reconhece automaticamente periféricos e
dispositivos conectados ao
computador.

Interface Visual
A interface é a utilização dos recursos gráficos de um
programa para facilitar o seu
uso, ou seja, seu relacionamento com o usuário. A inicialização rápida só funciona diretamente para
Ela é chamada de “Visual”, pois existem sistemas que usam programas. Exemplo: O Bloco de Notas é um programa, o Excel é
uma interface não visual, outro tipo de programa. Portanto, se você arrastar um arquivo
como o MS-DOS, Unix e outros sistemas, ou seja, a interação para a barra de tarefas, o botão resultante será do programa
com o usuário se da na forma usado para abrir o arquivo arrastado.
de texto, através exclusivamente do teclado. Mas, clicando com o botão direito sobre o botão do programa,
veremos a palavra “Fixo” como separador de menu, na parte
Área de Trabalho (Desktop) superior. O separador “Fixo” identifica todos os arquivos que
você quis fixar na barra. No exemplo, existe o arquivo: ABRE
COM O EXCEL.XLSX. Em frente, existe um botão “taxinha”. Ele
serve para desafixar o arquivo.

Janela iniciada ao carregar o Windows, através dela


acessamos todos os arquivos e programas instaldos no
computador. No canto inferior esquerdo fica o botão iniciar, que
é usado para acessar os programas e configurações do Windows. No mesmo menu podemos observar o separador “Recente”,
em baixo dele estão todos os arquivos que você abriu
Barra de Tarefas recentemente usando este programa, no caso, Bloco de Notas.
No ultimo separador do menu, temos um botão com o
nome do programa, que ao ser clicado abre o programa. Assim
1 Fonte: http://www.inf.pucpcaldas.br/extensao/cereadd/ como o botão da barra de tarefas quando não há arquivos deste
apostilas/windows7v1.pdf

Noções de Informática 1
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
programa sendo executados. Embaixo o botão “Desafixar este - ! = ‘Shift+1’
programa da barra de tarefas”, que remove o programa da barra - Setas
de tarefas. - Funções
- Teclas F1-F10
Obs: A inicialização rápida nada mais é do que um atalho - Shift = Tecla de modificação. Obs.: Quando dentro de
que fica na barra de tarefas. uma tecla houver mais de um símbolo escrito, pressione Shift
juntamente com a tecla desejada para escrever o símbolo de
Mouse cima. Ex: ‘Shift+8’ faz o caractere ‘*’. Se caso a tecla for uma letra,
faz ela maiúscula.
- Ctrl = Tecla utilizada para fazer operações especiais. A
maioria dela se resume a atalhos. Ex: ‘Ctrl+A’ abre uma aplicação.
- Alt = Tecla que alterna a função de outra. Semelhante ao
Shift. Ex: ‘Alt+F4’ fecha a aplicação.
- Esc = Pode significar, dependendo da aplicação: Não, Sair,
Fechar, Cancelar ou Abortar.
- Enter = Pode significar: Entrar, Abrir, Sim, Continuar.
- TAB = Faz tabulação em textos e também muda a área de
seleção na ausência do uso do mouse.
- Capslock = Trava o teclado para letras maiúsculas.
Geralmente existe uma luz no teclado que indica se está ou não
O mouse é um periférico que auxilia na interação com ativado.
a interface, por isto, não é um dispositivo essencial para o - Numlock = Habilita e Desabilita o teclado PAD.
funcionamento do sistema (é possível utilizar o Windows sem - Windows = Habilita o menu iniciar e alguns atalhos
mouse). Ele é representado pela interface na forma de um especiais para Windows.
ponteiro. - Menu = Abre o menu onde está o ponteiro. (Substitui o
Botões: A quantidade de botões de um mouse varia de botão direito do mouse)
acordo com o modelo. Os modelos mais comuns tem 2 botões - Home = Usado em textos leva o ponteiro de volta ao início
e entre eles uma roda. Botão esquerdo: O botão ação. Ex: Abrir da linha.
uma pasta, abrir um arquivo, selecionar, mover e etc... - End = Oposto do Home leva o ponteiro para o final da linha.
Ação com 2 cliques: Quando queremos abrir um ícone, por - Pageup, Pagedown = Mesma função da roda do mouse,
exemplo, uma pasta, precisamos dar 2 cliques para abri-la. Isso auxiliar na barra de rolagem.
porque um clique apenas o seleciona. Apenas ícones precisam - Print Screen = Tira uma ‘foto’ da tela do computador.
de 2 cliques para serem abertos. A ação só acontecerá se no - Pause/Break = Pausa a execução de um programa.
intervalo entre um clique e outro não demorar mais do que 1 - Espaço = Adiciona um espaço em branco no texto.
segundo. - Backspace = Elimina a última letra digitada.
Ação com 1 clique: Toda ação de seleção só precisa de um
clique, assim como para abrir menus, minimizar e maximizar
janelas e abrir programas na barra de tarefas ou no menu iniciar.
Ação com 1 clique+arrasta: Quando o clique é feito em
cima de um ícone, então esta ação o moverá de lugar. Exemplo:
Arrastar um ícone para uma pasta.
Quando em outra situação, arrastar o mouse com o botão
esquerdo pressionado irá desenhar um retângulo de seleção,
onde tudo dentro dele será selecionado.
Botão Direito: O botão menu. Serve para acessar as opções
referentes ao local do clique. Ex: Se eu clicar em cima de um Área de Notificação
ícone, vou ter acesso às opções de um ícone. Localizada no canto inferior direito, dá acesso a alguns
Roda: A roda serve apenas para utilizar a barra de rolagem recursos como o calendário e relógio, rede e volume.
com mais eficiência. Principalmente, mostra alguns itens como antivírus, programas
em execução que estão em segundo plano mas que precisam de
Teclado uma maneira de alertar o usuário de maneira imediata.
O teclado é um periférico essencial para o funcionamento
do computador. Embora hoje seja possível fazer a maioria das
operações com o mouse, o teclado ainda é um requisito para o
funcionamento do Sistema Operacional (Windows).
Um Sistema Operacional inicia sem mouse, mas não sem
teclado.

Teclas:
- A-Z
- Contém todas as letras do alfabeto romano, maiúsculas e
minúsculas.
- Numérico
- Geralmente os teclados vêem com 2 conjuntos de teclas
numéricas, o normal e o pad (a direita). Exceção para laptops e
Smartphones.
- Acentuação Vários programas colocam seus
- Pressionar primeiro a tecla do acento e depois a letra, ícones na barra de notificação, como por
nunca ambas ao mesmo tempo. exemplo, o MSN. Muito embora hoje, este espaço sirva tanto
- Ã = ‘~’ e ‘a’ para notificação, quanto para acesso rápido de um determinado
- É = ‘-‘ e ‘e’ programa.
- Ô = ‘Shift+~’ e ‘o’
- Sinais e Símbolos Lixeira
- % = ‘Shift+5’ A lixeira é uma pasta especial que guarda arquivos que foram
- @ = ‘Shift+2’ excluídos (deletados). É o ultimo recurso para recuperar arquivos

Noções de Informática 2
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
excluídos. Os arquivos continuam ocupando espaço no disco - O modo de exibição das janelas.
rígido quando ainda estão na lixeira, por isso, eventualmente
é necessário limpar a lixeira, excluindo permanentemente seu
conteúdo.

Quando, dentro da lixeira, um arquivo é restaurado, ele volta


exatamente para o lugar onde estava.

Customização
O Windows apresenta um recurso muito atraente a seus
usuários, que é um grande poder de customizar sua área de - O ponteiro do mouse.
trabalho como um todo (inclusive pastas) e deixá-la ao seu gosto.
Entre muitas coisas, é possível alterar:
- O papel de parede para qualquer imagem.

- O modo como seus ícones são agrupados e ordenados.

- Os ícones da área de trabalho

- O lugar da barra de tarefas.

- A cor da barra de tarefas.

Noções de Informática 3
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
- Alterar resolução da tela Geralmente um instalador ou setup, (nome dado ao arquivo
de instalação) é apenas um arquivo, que ao ser aberto, instala
todos os componentes do programa no sistema, portanto, para
instalar o mesmo programa em outra maquina, basta utilizar o
mesmo instalador.

Conta de Usuário:
A conta de Usuário é uma conta no Windows para que só
você tenha uso e possa deixá-la a seu agrado, ou seja, um espaço
reservado totalmente customizado, por você.

Alguns programas podem gerar um tipo especifico de


arquivo. Por exemplo:
O programa Word permite que você salve documentos, estes
documentos são arquivos do tipo Word. Todo arquivo que for
do tipo Word, quando for aberto, automaticamente carrega o
programa Word.
Exemplo abstrato: Imagina que uma Maquina de Café é um
programa. Um copo com café é um arquivo gerado por este
programa. Quando olhamos para o copo, e vemos que dentro
existe café, automaticamente podemos associar com a Máquina
de Café.

Desinstalação
Apagar um programa não é tão simples quanto apagar um
arquivo. Para tanto, é necessário usar um recurso chamado
desinstalador, que normalmente, acompanha o programa.
Uma conta de usuário é uma coleção de dados que informa O Windows gerencia estes recursos no Painel de Controle-
o Windows quais arquivos e pastas você pode acessar, quais >Desinstalar um Programa.
alterações pode efetuar no computador e quais são suas
preferências pessoais, como a cor de fundo da área de trabalho
ou o tema das pessoas, mas ainda ter seus próprios arquivos e
configurações. Cada pessoa acessa a sua conta com um nome de
usuário e senha.
Existem três tipos diferentes de contas:
- Padrão
- Administrador
- Convidado

Cada um deles oferece ao usuário um nível diferente de


controle do computador. A conta padrão é a que deve ser
usada quando para o uso cotidiano. A conta de administrador
fornece mais controle do computador e deve ser usada quando
necessário. A conta de convidado destina-se a pessoas que
precisam de acesso temporário ao computador.

Programa
Um programa é uma ferramenta, construída para auxiliar Imprimindo um Arquivo
em algo. O sistema operacional (Windows) é um conjunto de Se o arquivo for do tipo texto ou imagem é possível imprimi-
programas. lo:
Tambem é conjunto de arquivos e registros.
Cada programa tem uma finalidade especifica, veja alguns
exemplos:
- Antivírus
- Editor de Texto
- Navegador de Internet
- Tocador de Musicas

Instalação
Um programa só pode ser utilizado por você ou seu
computador se for instalado.

Noções de Informática 4
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Dentro do programa, no menu Arquivo ou ‘ctrl+p’ - Ajuste de Som
- Opções de Vídeo
- Programas
- Configurações para Programas
- Gerencia recursos do Windows
- Gerencia Gadgets
- Contas de Usuário e Segurança Familiar
- Gerencia Contas
- Controle dos Pais
- Aparência e Personalização
- Todos os recursos para personalizar a área de
trabalho
- Opções para deficientes físicos
- Gadgets para área de trabalho
- Relógio, Idioma e Região
- Facilidade de Acesso
Janela de Impressão: - Opções para deficientes físicos

Gerenciamento de Dispositivos do Computador


Para gerenciar os dispositivos do computador é necessário
acessar: Painel de Controle ->Sistema e Segurança ->Sistema.
Nesta janela são exibidas as informações do computador e
do sistema operacional intalado no mesmo.

1- Escolher a Impressora (Nome)


2- Escolher as páginas a serem impressas (Intervalo de
Páginas)
3- Escolher a quantidade de cópias

Painel de Controle
O Painel de Controle é uma pasta do Windows que reúne
programas que manipulam os controles e recursos do sistema.

Informações do Sistema

Nesta tela clicando na opção Gerenciar de Dipositivos é


possível acessar o Gerenciado de Dispositovos.

O painel é dividido por categorias, mas também pode ser


exibido em ícones.
- Sistema e Segurança
- Exibe configurações de Hardware (velocidade,
desempenho,etc).
- Opções para economizar energia
- Sistemas de Defesa e Proteção
- Sistemas de Restauração de Dados
- Rede e Internet
- Grupo Doméstico
- Opções da Internet
- Status da Rede e Compartilhamentos
- Hardware e Sons
- Gerencia Impressoras
- Configurações para mídias
Gerenciador de Dispositivos

Noções de Informática 5
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
O Gerenciador de dispositovos serve para verificar o Nesta janela é possível verificar atualizações que podem ser
funcionamento dos dispositivos ligados ao computador e instaladas, exibir o histórico de atualizações e ativar ou desativar
permite instalar ou desisnstar seus drivers. as atualizações automáticas.
Um driver é um software que permite que o computador se
comunique com o hardware ou com os dispositivos. Sem drivers,
o hardware conectado ao computador, por exemplo, uma placa
de vídeo ou uma impressora, não funcionará corretamente.
Na maioria das vezes, os drivers são fornecidos com
o Windows, mas você também pode encontrá-los usando
o Windows Update, no Painel de Controle, para verificar
atualizações. Se o Windows não tiver o driver de que você
precisa, acesse o Centro de Compatibilidade do Windows 7, que
lista milhares de dispositivos e tem links diretos para downloads
de drivers. Além disso, você poderá encontrar drivers no disco
que veio com o hardware ou dispositivo que você deseja usar ou
no site do fabricante desse hardware ou dispositivo.2
O Windows também permite que seus periféricos sejam
gerenciado, para isto basta acessar: Painel de Controle ->
Hardware e Sons -> Dispositivos e Impressoras.

Configurações de Atualização Automática

Na tela de configuração das atualizações é possível definir o


horário em que a busca por atualizações será realizada, se elas
serão instaladas automaticamente ou não e até mesmo desativá-
las.

Bloco de Notas
Editor de texto padrão e o mais simples. O seu formato é lido
por qualquer sistema operacional.
Para abri-lo:
Dispositivos e Impressoras - Vá em Menu Iniciar -> Todos os Programas -> Acessórios ->
Bloco de Notas
Nesta janela é possível configurar todos os periféricos ligados - Escreva na busca do Windows: “Bloco de Notas”
ao computador, por exemplo: É possível definir uma impressora - Clique com o botão direito dentro de uma pasta ou na área
padrão quando temos mais de uma, ou mesmo definir qual será de trabalho, selecione: Novo -> Documento de Texto Formato:
a qualidade de impressão da mesma. “.txt”.

Atualizações do Sistema Operacional Paint


É muito importante manter o seu Windows atualizado, Editor de imagens do Windows. Possui poucos recursos,
mantendo seu sistema operacional com as atualizações em leve e intuitivo. Usado para salvar a imagem recuperada do
dia é possível evitar que outras pessoas possam ter acesso ao ‘printscreen’ e fazer recortes rápidos em imagens.
seus computador, ou mesmo evitar problemas que o sistema Para abri-lo:
operacional possa desenvolver. - Vá em Menu Iniciar -> Todos os Programas -> Acessórios
É possível gerenciar o modo que suas atualizações são -> Paint
realizadas, para isto acesse: Painel de Controle -> Sistema e - Escreva na busca do Windows: “Paint”
Segurança -> Windows Update. - Clique com o botão direito dentro de uma pasta ou na área
de trabalho, selecione: Novo -> Imagem de Bitmap Formato:
“.bmp”.

Calculadora
Faz as operações
- Soma, Subtração,Multiplicação, Divisão,Raiz Quadrada
- Média, Soma, Desvio Padrão
- Converte Medidas
- Cálculos Científicos
- Cálculo de economia de combustível (em milhas)
Para abri-la:
- Vá em Menu Iniciar -> Todos os Programas -> Acessórios
-> Calculadora
- Escreva na busca do Windows: “Calculadora”
A calculadora também funciona totalmente pelo teclado.
Obs.: Este é um exemplo de programa que não gera arquivos.

Restauração do Sistema
A Restauração do Sistema o ajuda a restaurar arquivos do
sistema do computador para um ponto anterior no tempo
(ponto de restauração). É uma forma de desfazer alterações do
Windows Update sistema no computador sem afetar os arquivos pessoais, como
2 Fonte: http://windows.microsoft.com/pt-br/windows/ email, documentos ou fotos.
what-is-driver#1TC=windows-7

Noções de Informática 6
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
As vezes, alterações inesperadas causam problemas graves CTRL + C = Copiar seleção.
no sistema, mas isto pode ser revertido usando a restauração. CTRL + V = Colar.
A Restauração do Sistema não é destinada a fazer backup de CTRL + X = Recortar (mover).
arquivos pessoais, portanto, ela não pode ajudá-lo a recuperar CTRL + A = Selecionar tudo do campo atual.
um arquivo pessoal que foi excluído ou danificado. CTRL + Z = Desfaz a última ação de edição, se possível.

Teclas de Atalho Textos em diversos programas


WIN = Abre o menu Iniciar. Use as setas para navegar nas SHIFT + SETA ESQUERDA = Vai selecionando à esquerda do
opções, e dê ENTER para abrir um item. cursor. Segurando SHIFT, vá teclando a SETA ESQUERDA.
WIN + D = Mostrar área de trabalho. SHIFT + SETA DIREITA = Idem anterior, seleciona à direita
WIN + M = Minimizar tudo. do cursor. Segure SHIFT e vá teclando SETA DIREITA.
SHIFT + WIN + M = Desminimizar tudo. SHIFT + SETA ACIMA = Seleciona o texto compreendido entre
WIN + R = Executar. a linha atual e a linha acima, na mesma coluna. Segure SHIFT e
WIN + E = Abre o Windows Explorer. vá teclando SETA ACIMA para selecionar mais linhas para cima.
WIN + F = Pesquisar arquivos ou pastas. SHIFT + SETA ABAIXO = Idem anterior, seleciona linhas para
WIN + U = Gerenciador de utilitários. baixo.
CTRL + ESC = Abre o menu Iniciar. SHIFT + HOME = Seleciona do cursor até o início da linha.
CTRL + ALT + DEL = Gerenciador de tarefas, permite fechar SHIFT + END = Seleciona do cursor até o fim da linha.
programas travados. INSERT = Alterna entre inserir ou substituir caracteres ao
CTRL + SHIFT + ESC = Gerenciador de tarefas (com a digitar.
vantagem de abri-lo direto, e não a tela de segurança, SHIFT + TECLA = Coloca o símbolo secundário da tecla. No
em algumas versões de Windows). caso das letras, alterna para caixa alta (maiúsculas).
ALT + LETRA SUBLINHADA DE MENUS OU BOTÕES = Acessa
o menu ou botão. Use as setas de direção do teclado para se Questões
mover, ENTER para confirmar ou a barra de espaços para marcar
ou desmarcar as caixinhas de marcação. 01. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo -
ALT + TAB = Alterna as janelas abertas. Segure ALT e vá CESGRANRIO/2012) Os sistemas operacionais Windows, como
teclando TAB até selecionar a janela desejada, e então solte tudo. o Windows 2008 e o Windows 7, trazem em suas versões, como
SHIFT + ALT + TAB = Alterna as janelas abertas, só que padrão, um programa cujo objetivo é gerenciar arquivos, pastas
selecionando as anteriores, e não as próximas. Ao usar o ALT + e programas.
TAB, você pode teclar ou soltar SHIFT quando precisar. Esse programa é denominado
ALT + ESC = Alterna diretamente para a janela anterior na (A) BDE Administrator
barra de tarefas. (B) File Control
CTRL + TAB = Alterna as guias (abas) das janelas que tem (C) Flash Player
abas, avançando, e em alguns programas, alterna os documentos (D) Internet Explorer
abertos. (E) Windows Explorer
SHIFT + CTRL + TAB = Alterna as guias, voltando para as
anteriores, em vez de avançar. 02. (Prefeitura de Trindade - GO - Monitor de Educação
ALT + F4 = Fecha a janela ativa. Se nenhuma janela estiver Infantil - FUNRIO/2016). A questão, a seguir, refere-se ao
aberta, abre a caixa de diálogo “Desligar o computador”. sistema operacional Windows 7, em português.
ALT + ESPAÇO = Abre o menu de controle da janela ativa (= Para renomear um determinado arquivo, ou pasta, pode-se
clicar na barra de título com o botão direito do mouse ou, mais usar o botão da direita do mouse e escolher “Renomear”.
precisamente, clicar no ícone que fica à esquerda, na barra de Uma outra forma de realizar essa operação é, após selecionar
título dos programas). Dica: use para maximizar, minimizar ou o arquivo, ou pasta, usar a seguinte tecla:
restaurar janelas pelo teclado. (A) F1
F10 = Seleciona os menus do programa atual. Use as setas de (B) F2
direção do teclado para se mover por eles. (C) F3
SHIFT + F10 = Corresponde a clicar com o botão direito no (D) F4
objeto selecionado ou em foco. Use as setas para escolher um (E) F5
item do menu, e ENTER para “clicá-lo”. Pode-se usar diretamente
a tecla que tem um menu com uma setinha, é a chama “tecla de 03- (MF – Assistente Técnico-administrativo –
atalho de aplicativo”, que normalmente fica entre as teclas ESAF/2012) O sistema operacional Windows 7 da Microsoft
WIN DIREITA e CTRL de alguns teclados. está disponível em 5 versões. A mais simples delas é a:
PRINT SCREEN = Copia uma imagem da tela atual para (A) Home Premium.
a área de transferência. Basta colar no seu programa gráfico (B) Home Basic.
preferido (pode ser o Paint), ou num editor que aceite imagens (C) Starter.
(como o Word). Ideal para pegar ilustrações de tela sem precisar (D) Beginner.
de programas de terceiros. (E) Home zero
ALT + PRINT SCREEN = Copia uma imagem apenas da janela
ativa, e não da tela inteira (janela ativa é a janela que está em 04. (CONFERE - Assistente Administrativo VII -
primeiro plano). INSTITUTO CIDADES/2016). O botão desligar do Windows 7,
língua portuguesa, tem várias opções quando se clica na setinha
Windows Explorer ao lado do nome, como visto na figura abaixo:
Confira mais abaixo as dicas de seleção de textos, muitas
valem para o trabalho com arquivos e pastas também
F3 = Pesquisar arquivos na pasta atual.
F4 = Abre a listinha da barra de endereços.
F5 = Atualiza a janela atual.
F6 = Seleciona o texto da barra de endereços.
F11 = Abre a página em tela cheia. Tecle F11 para voltar ao
normal.
CTRL + H = Abre a lista do histórico.
CTRL + I = Abre a lista dos favoritos.
BACKSPACE = Abrir a pasta pai (acima).
Cópia e seleção de textos ou arquivos

Noções de Informática 7
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Dos itens do botão Desligar acima, indique aquele que este atalho, quando não está colorido a função está desabilitada é
permite a função na descrição abaixo: não é possível usá-la. A seta ao lado da opção permite selecionar
O Windows salva o trabalho feito nos aplicativos sem a qual ação deve ser desfeita.
necessidade de fechar os programas e arquivos antes de colocar 1.3- Refazer: Repete uma ação executada recentemente,
o computador no modo desligado. Na próxima vez em que ele quando o atalho desfazer é acionado é possível acionar o botão
é iniciado, a aparência da tela será exatamente igual a deixada refazer para deixar o documento como antes. O atalho da opção
antes do desligamento. refazer é CTRL + R.
(A) Fazer logoff 1.4- Personalizar barra de ferramentas de acesso rápido:
(B) Suspender Permite adicionar atalhos na barra de ferramentas de acesso
(C) Reiniciar rápido.
(D) Bloquear 2- Título do documento: Local onde é exibido o nome e o tipo
do arquivo.
05. (Prefeitura de Duque de Caxias - Auxiliar 3- Botões de controle de janela: Permite minimizar,
Administrativo - CONSULPLAN/2015) maximizar ou fechar o documento.
Nos sistemas operacionais da Microsoft, Configuração
Padrão – Idioma Português Brasil, as teclas de atalho também são
importantes aliadas para agilizar as tarefas a serem executadas
no computador. Nos teclados existe uma tecla chamada “tecla
Windows”, onde aparece o símbolo padrão da Microsoft. A
combinação dessa tecla com algumas outras abrem/executam Botões minimizar, maximizar e fechar.
algumas funções, que para serem acessadas pelos caminhos
normais poderiam levar mais tempo, como a Pesquisa e o 3.1- Minimizar: Reduz a janela a um botão na barra de
Comando Executar. As teclas que são acionadas em conjunto tarefas.
com a “tecla Windows” para acessar o Comando Pesquisar e o 3.2- Maximizar: Amplia a janela até ocupar toda a área de
Comando Executar no Windows 7 são, respectivamente: trabalho, ao clicar novamente o tamanho da janela retornara ao
(A) <Janela Windows> + <F>; <Janela Windows> + <R>. tamanho original.
(B) <Janela Windows> + <R>; <Janela Windows> + <D>. 3.3- Fecha a janela atual. Caso o arquivo tenha sido alterado
(C) <Janela Windows> + <D>; <Janela Windows> + <M>. e não salvo uma caixa de diálogo será exibida para lembrar o
(D) <Janela Windows> + <M>; <Janela Windows> + <F>. usuário de salvar o arquivo.
4- Ajuda: Permite acesso a ajuda do office, que pode ser
Respostas acessada através do botão F1. É possível consultar as dúvidas
01. E\02. B\03. C\04. B\05. A digitando o assunto na caixa de pesquisa e clicar em pesquisar, a
ajuda pode ser localizada Online (abre o site da Microsoft através
do navegador padrão do computador) ou Offline (pesquisa nos
2. Microsoft Word 2010: Edição e arquivos de ajuda que são instalados junto com o Word 2010).
formatação de textos. 5- Barra de rolagem vertical: Permite navegar entre as
páginas do documento, através das setas ou da barra.
6- Zoom: Permite ampliar ou reduzir o tamanho da área de
WORD 20103 visualização do documento, aumentar ou diminuir o zoom não
interfere na impressão para aumentar o tamanho da letra de um
texto devemos aumentar o tamanho da fonte.
7- Modo de exibição de texto: Permite selecionar diferentes
modos de visualização do documento.
8- Idioma: Permite selecionar o idioma padrão do documento,
o idioma selecionar afeta como o corretor ortográfico irá
funcionar.
9- Contador de palavras: Conta o número de palavras em
uma seleção ou no texto todo.
10- Número de página do documento: Permite visualizar o
número de páginas que o documento tem e em qual página o
usuário está no momento. Clicando neste item é possível acessar
a opção ir para que permite localizar páginas.
11- Barra de rolagem horizontal: Quando o tamanho da
janela é reduzido ou o zoom é aumentado e a página não pode
ser toda exibida na tela a barra se torna visível para que seja
Tela inicial Word possível percorrer o documento na horizontal.
12- Local de edição do documento: É onde o documento
1-Barra de ferramentas de acesso rápido: Permite acessar é criado, no Word é possível inserir texto, imagens, formas,
opções do Word de forma ágil. Ao clicar na seta ao lado direito gráficos...
desta barra é possível personalizá-la, adicionando atalhos 13- Abas de opções de formatação do documento: Através
conforme sua necessidade. das opções disponíveis em cada aba é possível formatar o
1.1- Salvar: Permite gravar o documento no computador, documento, existem sete abas que estão visíveis o tempo todo
se for a primeira vez a será iniciada a tela de salvar como, para no Word:
que você nomeie o arquivo e escolha o local onde o mesmo será Abas com opções para formatação de textos do Word.
armazenado. Caso o documento já tenha sido salvo esta opção Página inicial: Opções de formatação do texto.
apenas grava as alterações. O atalho usado para salvar é CTRL Inserir: Opções para inserção de imagens, gráficos, símbolos,
+ B. caixas de texto, tabelas...
1.2- Desfazer: Desfaz a última ação realizada, por exemplo: Layout da Página: Opções de formatação de página e
se você apagou algo sem querer é possível recuperar desfazendo organização dos objetos do documento.
a ação por meio deste atalho ou através do atalho CTRL + Z. Note Referências: Opções para configuração de sumário, legenda,
na imagem acima que o item 1.2 está colorido e o item 1.3 está citações...
sem cor, quando o item está colorido significa que é possível usar Correspondências: Opções para configuração de mala direta.
Revisão: Opções de revisão de texto, idioma, proteção e
3 Partes do texto extraído do site https://support.office.com/pt-br/
bloqueio do arquivo...
article/Tarefas-b%C3%A1sicas-no-Word-2010-eeff6556-2d15-47d2-
a04a-7ed74e99a484?ui=pt-BR&rs=pt-BR&ad=BR

Noções de Informática 8
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Exibição: Opções de configuração de exibição do documento.
14- Menu arquivo: acessa opções de manipulação de
documentos
As opções de manipulação de documentos do Word 2010
estão localizadas no menu “Arquivo”

Localização do menu “Arquivo”

Tela de configuração de impressão do Word2010

Impressora – neste item o usuário escolhe a impressora para


o envio do documento a ser impresso.
Propriedades da impressora – o usuário define as
configurações da impressora, exemplo: Se na impressão será
utilizado somente o cartucho de tinta preto.
Configurações – permite que o usuário configure as páginas
a serem impressas, como por exemplo, impressão total do
documento, imprimir apenas páginas pares ou ímpares, imprimir
um trecho do texto selecionado ou páginas intercaladas.
Páginas: permite definir quais páginas serão impressa,
se forem páginas intercaladas essas devem ser separadas
por vírgula (por exemplo, para impressão das páginas 1 e 5,
ficaria 1,5) ou então para impressão de intervalos, ou seja, para
impressão das páginas de 2 a 6 ficaria 2-6, é possível imprimir
páginas intercaladas e intervalos um exemplo seria 2,5,6-9 nesse
Itens do menu “Arquivo” caso serão impressas as páginas, 2, 5, 6, 7, 8 e 9.
Imprimir em um lado: permite-nos selecionar se a impressão
NOVO irá ocorrer somente de um lado, ou dos dois lados da página.
Ao selecionar a opção “Novo”, serão demonstrados os Agrupado: é a opção onde definimos como a impressora vai
modelos disponíveis para a criação de um novo arquivo, que agrupar as páginas impressas, por exemplo: Em um documento
pode ser um documento em branco ou um modelo do Word, que onde temos três páginas e queremos que sejam impressas três
permite criar um tipo específico de documento, como um plano cópias do mesmo, ao utilizar o modo agrupado a impressora irá
de negócios ou um currículo. imprimir todas as páginas da primeira cópia, em seguida todas
SALVAR as páginas da segunda cópia e em seguida todas as páginas
O Word 2010 oferece duas opções para guardar um arquivo, da terceira cópia. Se for selecionada a opção desagrupado a
essas opções são “Salvar” e “Salvar como”. Cada uma delas tem impressão seria primeiro as 3 páginas nº 1, em seguida as 3
uma função diferente, a opção “salvar” deve ser utilizada quando páginas nº 2 e depois as 3 páginas nº 3.
o documento utilizado já foi salvo pelo menos uma vez, o que Orientação da Página – Permite que as páginas sejam
permite que ao fecharmos o arquivo tudo o que foi alterado impressas em configurações e paisagem ou retrato.
no mesmo não seja perdido. A opção “Salvar como” é utilizada Tamanho do Papel – Seleciona tamanhos de papel padrão
quando há a necessidade de salvar uma cópia do arquivo com para impressão como, por exemplo, A3, A4, Ofício, é possível
um nome diferente, para que as alterações realizadas não fiquem incluir um tamanho personalizado se necessário.
gravadas no arquivo original. Configurações de Margem de Impressão – Essas
IMPRIMIR configurações podem ser feitas previamente a impressão ou se o
Permite que seja realizada a impressão do documento, usuário preferir é possível inseri-las no momento da impressão.
selecionando o número de cópias a impressora e configurar as Quantidade por página – Esta opção cria miniaturas de
opções de impressão. páginas onde é possível que sejam impressas várias páginas por
folha, se o papel utilizado for o papel A4, é possível imprimir até
16 páginas por folha.

PORTEGER COM SENHA


Ao selecionar a opção informações no menu “Arquivo” você
pode proteger o documento. As opções de proteção são:

Noções de Informática 9
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Abaixo, seguem alguns exemplos, mas ao longo de nossa
apostila veremos esses itens detalhados:

Opções de proteção de um documento

- Marcar como final: Torna o documento somente leitura.


Quando um documento é marcado como final, a digitação,
a edição de comandos e as marcas de revisão de texto são
desabilitadas ou desativadas, e o documento se torna somente
leitura. O comando Marcar como Final o ajuda a comunicar
que você está compartilhando uma versão concluída de um
documento. Ele também ajuda a impedir que revisores ou
leitores façam alterações inadvertidas no documento.
- Criptografar com senha: Define uma senha para o
documento. Quando você seleciona Criptografar com Senha,
a caixa de diálogo Criptografar Documento é exibida. Na caixa
Senha, digite uma senha.
- Restringir edição: Controla os tipos de alterações que
podem ser feitas no documento.
- Restringir permissão por pessoas: Você pode aplicar
permissões ou restrições para um grupo de pessoas. Quando você
seleciona Restringir Edição, três opções são exibidas: Restrições
de Formatação: reduz as opções de formatação, preservando
a aparência. Clique em Configurações para selecionar quais
estilos são permitidos. Restrições de edição: você controla
como o arquivo pode ser editado ou pode desativar a edição.
Clique em Exceções ou Mais usuários para controlar quem pode
editar. Aplicar proteção. Clique em Sim, Aplicar Proteção para
selecionar a proteção de senha ou a autenticação do usuário.
- Adicionar uma assinatura digital: As assinaturas digitais
autenticam informações digitais, como documentos, mensagens
de e-mail e macros, usando a criptografia do computador.

PROPRIEDADES
Ainda na opção informações é possível visualizar as
propriedades do documento.
As propriedades de um documento são detalhes de um
arquivo que o descrevem ou identificam. As propriedades
incluem detalhes como título, nome do autor, assunto e palavras- ABA PÁGINA INICIAL
chave que identificam o tópico ou o conteúdo do documento. A aba página inicial permite que você adicione texto, formate
a fonte e o parágrafo, configure estilos de formatação e permite
Estrutura básica dos documentos localizar substituir ou selecionar determinadas partes do texto.
Os Editores de texto, assim como é o Microsoft Word 2010,
são programas de computadores elaborados para edição e ÁREA DE TRANSFERÊNCIA
formatação de textos, essas formatações são em cabeçalhos e Auxilia nos procedimentos de Copiar, Recortar, Colar e na
rodapés, fontes, parágrafos, tabelas, trabalhos com textos em utilização do pincel de formatação.
colunas, numerações de páginas, referências como índices,
notas de rodapé e inserção de objetos.
Seu formato de gravação é DOCX e os documentos além
das características básicas citadas acima possuem a seguinte
estrutura:
• Cabeçalho;
• Rodapé;
• Seção;
• Parágrafos; Opções da Área de Transferência
• Linhas;
• Paginas; Colar: Permite adicionar ao documento uma imagem ou texto
• Números de Páginas; copiado do navegador de internet, de uma planilha do Excel, de
• Margens; uma apresentação do Power Point ou mesmo do próprio Word.
A tecla de atalho utilizada é a combinação (CTRL + V)

Noções de Informática 10
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Recortar: Remove a seleção, adicionando-a na área de Negrito: Torna o traço da escrita mais grosso que o comum.
transferência, para que o conteúdo seja colado em outro local, Pode ser aplicado ao selecionar um texto ou palavra e clicar no
seja ele no mesmo documento ou em outro. A tecla de atalho atalho do grupo de opções fonte ou usando a combinação (Ctrl
utilizada é a combinação (CTRL + X) + N). Ex:
Copiar: Copia a seleção, adicionando-a na área de Itálico: Deixa a fonte levemente inclinada à direita. Pode ser
transferência, para que o conteúdo seja colado em outro local, aplicado ao selecionar um texto ou palavra e clicar no atalho do
seja ele no mesmo documento ou em outro. A tecla de atalho grupo de opções fonte ou usando a combinação (Ctrl + I). Ex:
utilizada é a combinação (CTRL + C) Sublinhado: Sublinha o texto, frase ou palavra selecionada,
Pincel de Formatação: Permite que a formatação de um texto inserindo uma linha abaixo da mesma. Pode ser aplicado ao
por exemplo, seja copiada, ao visualizar determinada formatação selecionar um texto ou palavra e clicar no atalho do grupo de
você pode selecioná-la, clicar no pincel de formatação, neste opções fonte ou usando a combinação (Ctrl + S). Ex:
momento o cursor do mouse vai ficar no formato de um pincel, Tachado: Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
agora todo o texto que você selecionar receberá a mesma Ex:
formatação da seleção que foi feita anteriormente. A tecla de
atalho utilizada é a combinação (CTRL + Shift + C) para copiar e Exemplo de texto tachado.
(CTRL + Shift + V) para colar.
Subscrito: Cria letras ou números pequenos abaixo do texto.
FONTE Tem como atalho a combinação de teclas (Ctrl + =). Ex:
As fontes são definidas a partir de seu estilo, tipo e tamanho,
o Word, trabalha com as chamadas fontes True Type gravadas H2O
sob o formato .ttf, o local de armazenamento das fontes é no
diretório Fonts dentro da pasta Windows, essas não ficam só Sobrescrito: Cria letras ou números pequenos acima do
disponíveis para o Word, mas sim para todos os programas do texto. Tem como atalho a combinação de teclas (Ctrl + Shift +
computador. +). Ex:
Na barra de ferramentas padrão da aba página inicial do
Word, estão disponíveis em forma de ícones todas as opções 158
para formatações de texto, como veremos a seguir:
Efeitos de texto: Permite adicionar efeitos ao texto como
sombra, reflexo ou brilho. Ao clicar na seta ao lado do atalho de
efeitos temos algumas opções disponíveis para aplicar no texto
selecionado.

Cor do Realce do texto: Faz com que o texto selecionado fique


Grupo de opções para formatação de fonte como se tivesse sido selecionado por um marcador de texto.
Nome da Fonte: Os nomes das fontes estão relacionados Exemplo de texto com realce
diretamente com seus estilos, por padrão o Word 2010 o Word
sugere a utilização das fontes Calibri e Cambria, também existe Cor da fonte: Muda a cor do texto selecionado. Podemos
uma área onde ficam armazenas as fontes que foram usadas escolher uma cor sugerida ou clicar em mais cores para visualizar
recentemente, como no exemplo a seguir: mais opções de cores, ou ainda utilizar a opção gradiente que
Tamanho da Fonte: ao lado da caixa onde fica definido o permite escolher uma combinação de cor para a fonte.
nome da fonte utilizada temos a caixa de seleção dos tamanhos
das fontes, exemplo: 8, 9, 10, 11 e assim por diante, se necessário, Formatação de Parágrafos, são utilizadas para alinhar o
o usuário também pode digitar um valor numérico nesta caixa e texto, criar recuos e espaçamentos entre parágrafos, conforme
pressionar a tecla Enter para fixar o tamanho desejado, ainda a necessidade do usuário.
podemos utilizar os ícones aumentar ou diminuir o tamanho do Texto alinhado à Esquerda – Alinha todo o texto selecionado
texto. Há a possibilidade de utilizar também as teclas de atalho a esquerda da página.
(Ctrl + Shift + >) para aumentar o tamanho da fonte ou (Ctrl + Texto Centralizado – Centraliza o texto no meio da página.
Shift + <) para diminuir o tamanho da fonte. Texto alinhado a Direita – Faz com que o texto selecionado
fique alinhado a direita da página.
Texto alinhado Justificado – Alinha todo o texto de
forma justificada, ou seja, o texto selecionado fica alinhado
perfeitamente tanto a esquerda, quanto a direita.
Marcadores e Numeração - é uma ferramenta fundamental
para elaboração de textos seja um texto profissional, doméstico
Legenda dos atalhos para fonte ou acadêmico. O Word disponibiliza três tipos de marcadores
que são:
Maiúsculas e Minúsculas: Altera todo o texto selecionado de Marcadores (são exibidos em forma de símbolos)
acordo com as opções a seguir: Numeração (são exibidos em forma de números e até
mesmo letas)
Lista de vários Níveis (são exibidos níveis para o marcador
exemplo, 1.1 ou 2.1.3)
Espaçamento
Texto Formatado
utilizado
MICROSOFT WORD 2010
Opções do menu Maiúsculas e Minúsculas
Espaçamento de 1,0 pt
Os Editores de texto, assim como
Limpar Formatação: Limpa toda a formatação do texto. é o Microsoft Word 2010, são
Deixando-o com a formatação do estilo Normal. programas de computadores
elaborados para edição e 1,0 pt
formatação de textos.

Ícone da opção usada para limpar formatação

Noções de Informática 11
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Obs: Quando estamos trabalhando com tabelas e desejamos
MICROSOFT WORD 2010 apagar os dados que estão dentro dela usamos a tecla “Delete”,
Espaçamento de 1,5 pt a tecla Backspace é usada quando desejamos excluir linhas,
Os Editores de texto, assim como colunas ou a tabela.
é o Microsoft Word 2010, são Ilustrações – Permite a inserção de Imagens (arquivos de
programas de computadores imagens do computador), ClipArt (arquivos de mídia, como
elaborados para edição e 1,5 pt ilustrações, fotografias, sons, animações ou filmes, que são
formatação de textos. fornecidos no Microsoft Office), Formas (Formas geométricas),
SmartArts (Diagramas), Gráficos(Importa do Excel gráficos para
MICROSOFT WORD 2010 ilustração de dados), Instantaneo(insere uma imagem de um
Espaçamento de 2,0 pt programa que esteja minimizado na barra de tarefas).
Os Editores de texto, assim como Ao inserir uma imagem temos acesso as opções de
é o Microsoft Word 2010, são formatação de imagem, que vem através de uma nova aba.
Através dela é possivel fazer ajustes na imagem, definir estilos,
programas de computadores
2,0 pt organizar ela no texto e definir seu tamanho.
elaborados para edição e
formatação de textos.

Sombreamento nos parágrafos – Realça todo o parágrafo,


diferenciando do item Cor do Realce do Texto.
Bordas – as bordas inferiores são utilizadas para criar linhas
em volta do texto selecionado, basta selecionar o texto desejado
e escolher as bordas desejadas:
Os Editores de texto, assim como é o Microsoft Word
2010, são programas de computadores elaborados para
edição e formatação de textos.
Ferramentas de Imagem: Aba Formatar
Exemplo do uso de borda inferior e superior, a esquerda e a
direita. Ao inserir formas também temos acesso a uma nova aba
Formatar que faz parte da opção ferramentas de Desenho. Onde
ABA INSERIR é possivel escolher outras formas, colorir, definir textos para as
As ferramentas dessa área são utilizadas para inserção de formas, organiza-la no documento e configurar seu tamanho.
objetos nas páginas do documentos, estas, são divididas pelas Link – Utilizado para criar ligações com alguma página WEB
seguintes categorias: ou para ativar algum cliente de e-mail ativo no computador e
Página – Insere ao documento objetos como folha de rosto, também criar referência cruzada, ou seja, referência algum item
página em branco ou quebra de página (envia o texto ou cursor do documento.
para a próxima página). Cabeçalho e Rodapé – Edita o cabeção e rodapé do
Tabelas – Cria no documento tabelas com o número de documento, aplicando sua configuração a todas as páginas.
colunas e linhas especificado pelo usuário, nesse MENU, também Sendo que o cabeçalho está localizado na parte de cima do
são disponibilizadas ferramentas como “desenhar tabela” documento e o rodapé na parte de baixo, conforme demonstrado
(permite que o usuário fique livre para desenhar sua tabela), na imagem localizada no item estrutura básica dos documentos.
“Planilha do Excel” (importa uma planilha do Excel para dentro Número de Página – Insere uma sequência numérica às
do Documento do Word) e “Tabelas Rápidas” (Cria modelos de páginas, sendo no cabeçalho ou no rodapé e na esquerda ou
tabelas pré-definidos como calendários, matrizes, etc.). direita.
No Word 2010, sempre que inserimos algum objeto Textos – Caixa de Texto (insere uma caixa de texto pré-
que possua configurações adicionais, ou seja que não estão formatada), Partes Rápidas (insere trechos de textos reutilizáveis
disponíveis nos sete menus iniciais, submenus são adicionados configurados pelo usuário), WordArt (inclui um texto decorativo
para auxiliar na formatação do objeto, quando inserimos uma ao documento) e Letras Capitular (cria uma letra maiúscula
tabela por exemplo, as abas Design e Layout ficam disponíveis, grande no início do parágrafo).
pois são abas que só aparecem quando estamos formatando Campos pré-definidos (Linha de Assinatura e Data e
uma tabela. Hora) – A Linha de Assinatura insere um campo automático
que necessita de prévia configuração com a especificação para
uma pessoa assinar o documento, caso o usuário possua uma
assinatura digital, então poderá utilizá-la, o campo Data e Hora
insere em diversos formatos a data e/ou hora do computador.
Símbolos – utilizado para inserção de fórmulas matemáticas
(já existentes no computador ou criadas pelo usuário) ou
símbolos não disponíveis no teclado.
Layout da Página
Ferramentas de Tabela aba Design Nessa área ficam dispostas as opções de formatações gerais
de Layout da página ou do documento a ser trabalhado, como
1- Opção ferramentas de tabela, traz as abas Design e Layout configurações de margens, orientações da página, colunas e
que são usadas para a formatação de tabelas. tamanhos:
2- Aba Design: Permite configurar cores, estilos de borda e Margens – permite que o usuário atribua configure as
sombreamento de uma tabela. margens superior, inferior, direita e esquerda da página, o
3- Aba Layout: Permite configurar a disposição do texto ou Word 2010 já traz em sua configuração padrão margens pré-
imagem dentro da tabela, configurar o tamanho das colunas e configuradas, porém, mas é possível incluir suas próprias
linhas e trabalhar com os dados da tabela. configurações, clicando em “Margens Personalizadas”.
Orientação – Altera o layout da página para retrato ou
paisagem.

Aba Layout

Noções de Informática 12
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
parte das opções de ortografia e gramática a sugestão de escrita
da pala, que na imagem abaixo sugere que a palavra seja escrita
com letra maiúscula, podemos ignora o aviso do Word, assim o
sublinhado desaparece desta palavra, podemos ignorar tudo,
para que não apareça o sublinhado todo o documento onde
a palavra está escrita ou adicionar ao dicionário para que a
palavra não seja reconhecida como errada novamente em
nenhum documento do Word escrito neste computador, porém
o usuário deve tomar cuidado pois ao adicionar uma palavra
escrita de forma errado no dicionário a correção ortográfica não
irá sugerir correção para a mesma em nenhum momento.

Tamanho – Permite que o usuário escolher um tamanho


de papel para o documento, assim como em todas as outras
configurações existem tamanhos padrões, mas é possível
personaliza-los.
Colunas – divide o texto da página em uma ou mais colunas.
Essa opção é muito utilizada para diagramações de livros,
apostilas, revistas, etc.
Quebra de Página – Adiciona Página, seção ou quebras de
coluna ao documento.

ABA REFERÊNCIAS
A aba de Referencias possui um amplo conjunto de Opções de correção ortográfica.
ferramentas a serem utilizadas no documento, como por
exemplo, índices, notas de rodapé, legendas, etc. O sublinhado verde abaixo de uma palavra indica possíveis
Sumário – Ferramenta para elaboração do Índice principal erros gramaticais.
do documento, este pode ser criado a partir de Estilos pré-esta-
belecidos ou por meio de inserção de itens manualmente.
Nota de Rodapé – Utilizada para referenciar algo do texto
no rodapé da página, essas são numeradas automaticamente.
Notas de Fim – Semelhante a Nota de Rodapé, porém não
aparece no rodapé e sim no final do texto.
Citação Bibliográfica – Permite que sejam inseridas infor-
mações como autor, título, ano, cidade e editora na citação.
Legenda – Utilizada para criar legendas de tabelas e figuras,
pode ser utilizado como índice de ilustrações e tabelas.
Índice - É uma lista de palavras encontradas no documento,
juntamente com o número das página em que as palavras apa-
recem.
Opções par correção gramatical.
REVISÃO
A guia revisão nos traz ferramentas de ortografia e Obs: Tanto o sublinhado vermelho quanto o verde não irão
gramática, Contador de palavras, Comentários e etc. Todas aparecer em uma impressão, essas marcas só são visíveis no
as funcionalidades desta guia servem para a realização uma computador.
revisão geral no documento com a finalidade de realizar buscas
de erros no texto. COMENTÁRIOS: Permite que um comentário seja adicionado
A opção de Ortografia e gramatica serve para auxiliar a em uma seleção.
correção do documento, onde é possível corrigir palavras
escritas de forma errada ou corrigir a forma como determinados
símbolos foram inseridos.

Exemplo de texto com comentário.

PRINCIPAIS TECLAS DE ATALHO DO WORD


CTRL + Insere uma quebra de página (pulando
ENTER para a seguinte).
Verificação ortográfica e gramatical CTRL + D (ou
Abre a tela de formatação de fontes.
ALT + K)
O Word identifica erros de ortografia e gramatica através
de sublinhados, o sublinhado vermelho abaixo de uma palavra Insere um elemento externo (como uma
CTRL + K
no Word indica possíveis erros de ortografia, é uma palavra imagem) no texto.
não reconhecida, onde o usuário pode optar por corrigi-la ou
adicionar esta palavra ao dicionário. Basta clicar com o botão CTRL + Z Desfaz as últimas ações.
direito do mouse sobre a palavra para ver as sugestões. Faz

Noções de Informática 13
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Para adicionar um indicador de controle de alterações
Transforma todas as letras do texto
CTRL + SHIFT na barra de status, clique com o botão direito do mouse na
selecionado em maiúsculas ou desfaz a
+A barra de status e clique em  Controlar Alterações. Clique no
operação. indicador Controlar Alterações na barra de status para ativar ou
Transforma todas as letras do texto desativar o controle de alterações.
CTRL + SHIFT OBSERVAÇÃO - Se o comando Controlar Alterações estiver
selecionado em minúsculas (caixa baixa)
+K indisponível, pode ser necessário desativar a proteção
ou desfaz a operação;
do documento. Na guia Revisar, no grupo Proteger, clique
Revela qual é a formatação do texto em Restringir Edição e clique em Parar Proteção, na parte
SHIFT + F1
atual. inferior do painel de tarefas Proteger Documento (pode ser
necessário saber a senha do documento).
CTRL + G; Desativar o controle de alterações
Alinha o parágrafo, respectivamente, à
CTRL + Q; Quando você desativa o controle de alterações, pode revisar
direita, à esquerda, central e de forma
CTRL + E; o documento sem marcar as alterações. A desativação do recurso
justificada.
CTRL + J Controle de Alterações não remove as alterações já controladas.
CTRL + 1; Define o espaçamento entre linhas IMPORTANTE - Para remover alterações controladas, use os
comandos Aceitar e Rejeitar na guia Revisar, no grupo Alterações.
CTRL + 2; em espaço simples, duplo ou 1,5, Na guia Revisão, no grupo Controle, clique na imagem
CTRL +5 respectivamente. de Controlar Alterações.
CTRL +
Aumenta ou diminui o zoom do texto na Para adicionar um indicador de controle de alterações
ROLAGEM DO
tela. na barra de status, clique com o botão direito do mouse na
MOUSE
barra de status e clique em  Controlar Alterações. Clique no
ALT + CTRL Divide a janela de exibição do documento indicador Controlar Alterações na barra de status para ativar ou
+S em duas. desativar o controle de alterações.
CTRL + V + Cola o texto da área de transferência sem Questões
CTRL + T formatação da origem.
CTRL + SHIFT Aumenta ou diminui a fonte de um texto 01. No Microsoft Word 2010, em sua configuração padrão,
+ < ou > selecionado; as configurações de parágrafo e estilo são encontradas na guia:

CTRL + SHIFT (A) Inserir.


Aplica as marcações de itens (bullets).
+L (B) Layout da Página.
(C) Página Inicial.
CTRL+ SHIFT
Copia o estilo do texto; (D) Exibição.
+C (E) Revisão.
F4 Repete a última ação.
02. (Prefeitura de Trindade - GO - Monitor de Educação
Abre a caixa de inserção. Permite Infantil - FUNRIO/2016). A questão, a seguir, refere-se ao
adicionar páginas em branco, paginação, software Microsof Word 2010, instalação padrão em português.
F5
comentários e notas de rodapé, entre Considere os seguintes padrões de digitação de palavras:
outros.
CTRL +
Vai para o início ou para o fim do
Home; CTRL
documento.
+ End

Aplicar uma senha a um documento

Você pode proteger um documento usando uma senha para


evitar acesso não autorizado. Para alterar a digitação de uma palavra do padrão I para o
Clique na guia Arquivo. padrão II e, em seguida, para o padrão III, é necessário selecionar
Clique em Informação. a palavra e acionar, duas vezes seguidas, o seguinte conjunto de
Clique em Proteger Documento e em Criptografar com teclas:
Senha. (A) CTRL + F2
Na caixa Criptografar Documento, digite uma senha e clique (B) SHIFT + F3
em OK. (C) CTRL + TAB
Na caixa Confirmar Senha, digite a senha novamente e clique (D) CTRL + ALT + A
em OK. (E) CTRL + Caps Lock
OBSERVAÇÃO - As senhas diferenciam maiúsculas de
minúsculas. Verifique se a tecla CAPS LOCK está desativada 03. Assinale a alternativa correta, sobre o documento a
quando digitar uma senha pela primeira vez. seguir, criado no Microsoft Word 2010, em sua configuração
Se você perder ou esquecer uma senha, o Word não poderá original, com o cursor posicionado na segunda página.
recuperar os seus dados.

Ativar ou desativar o controle de alterações


Você pode personalizar a barra de status para adicionar um
indicador que avise quando o controle de alterações está ativado
ou não. Quando o recurso Controlar Alterações está ativado,
você pode ver todas as alterações feitas em um documento.
Quando estiver desativado, você pode fazer alterações em um
documento sem marcar o que mudou.
Ativar o controle de alterações
Na guia Revisão, no grupo Controle, clique na imagem
de Controlar Alterações.

Noções de Informática 14
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
(A) O documento contém 1 página e está formatado com 2 Estrutura geral das planilhas
colunas.
(B) A primeira página está sendo exibida em modo de As planilhas do Excel são formadas por três conceitos básicos
impressão e a segunda página, em modo de layout web. linha, coluna e célula.
(C) O documento contém 2 páginas, sendo a primeira em Abaixo, podemos visualizar que ao lado esquerdo da figura
orientação paisagem e a segunda, em orientação retrato. existe uma sequência numérica, que vai de 1 a 1.048.576, então,
(D) O documento contém 1 página, sendo que o primeiro cada um desses números representa uma linha da planilha:
quadro é dedicado a anotações do autor do texto.
(E) O documento está 40% preenchido.

04. (Banco do Brasil – Escriturário – FCC/2011)


Comparando-se o Word com o Writer,
(A) apenas o Word possui o menu Tabela.
(B) apenas o Word possui o menu Ferramentas.
(C) nenhum dos dois possui o menu Tabela. Linhas de uma Planilha do Excel
(D) apenas o Word possui os menus Ferramentas e Tabela.
(E) ambos possuem os menus Ferramentas e Tabela. As colunas ficam dispostas na parte superior e sempre
estarão indicadas por letras (A, B, C, D... X, Y, Z, AA, AB, AC...)
05. (NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO - Advogado – que vão de A até XFD, isso corresponde a 16.384 colunas, como
FCC/2011) No Microsoft Word e no BrOffice Writer, alinhar, segue abaixo na ilustração:
centralizar e justificar são opções de
(A) organização de desenhos.
(B) ajustamento de células em planilhas.
(C) formatação de texto.
(D) ajustamento de slides para exibição. Colunas de uma Planilha do Excel
(E) aumento e diminuição de recuo.
As células são as unidades de uma planilha dedicadas à
Respostas inserção e armazenamento de dados, como mostram na imagem
01. C\02. B\03. C\04. E\05. C abaixo.

3. Microsoft Excel 2010:


Elaboração, cálculos e
manipulação de tabelas e
gráficos.
Célula A1
Editor de planilhas Excel 2010 A interseção de uma linha com uma coluna forma uma célula,
sempre que a célula estiver exibida com uma borda destacada em
Excel é um programa de planilhas do sistema Microsoft negrito, significa que essa célula está ativa, ou seja, selecionada
Office, desenvolvido para formatar pastas de trabalho (um para inserção de dados, como apresentado abaixo.
conjunto de planilhas) para analisar dados e tomar decisões de
negócios mais bem informadas4.
A indicação do Excel é para pessoas e empresas que
desejam manter controles contábeis, orçamentos, controles de
cobranças e vendas, fluxo de caixa, relatórios, planejamentos,
acompanhamentos gerais (pontos eletrônicos, estoques,
clientes, etc.), calendários, e muito mais. 
Até a versão 2003 do Excel os formatos de gravação de A célula ativa é B1
arquivos utilizados eram .xls e .xlt, atualmente utilizam os
formatos .xlsx, xltx e xlsm (este com suporte a macros). É importante ressaltar que as células das planilhas do Excel
são indicadas pelo chamado endereçamento da célula, ele é
Apresentação Básica do Excel formado pela letra(s) da coluna seguido do número da linha, o
A tela inicial do Excel é composta por várias ferramentas, ao endereçamento da célula está ilustrado abaixo.
longo deste capítulo abordaremos cada uma dessas ferramentas
e seus respectivos atalhos.

Indicação de endereçamento da célula D6

Em muitos casos, existe também a possibilidade do usuário


trabalhar com um intervalo de células, isso quer dizer que
será selecionada uma região da planilha a ser trabalhada,
calculada ou modificada, sua representação é dada a partir do
endereçamento da primeira célula seguido de dois pontos (:)
e o endereço da última célula, na imagem a seguir, temos uma
ilustração de seleção do intervalo A1:C3

Tela Inicial do Microsoft Excel


4 Base - Introdução ao Excel 2010 - https://support.office.
com/pt-br/article/Introdução-ao-Excel-2010-d8708ff8-2fbd-4d1e-
-8bbb-5de3556210f7

Noções de Informática 15
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
quais informações o usuário que não possui a senha pode ter
acesso, incluir a senha e pressionar o botão “OK”, se necessário
for alterar alguma configuração bloqueada, basta clicar com o
botão direito do mouse sobre a planilha protegida e escolher
a opção “Desproteger Planilha” digite a senha de acesso que
imediatamente a planilha entra em modo de edição, para
Intervalo de células A1: C3
protegê-la novamente, repita o procedimento de proteção da
mesma.
Pasta de Trabalho do Excel
Cor da Guia – Ao selecionar esta opção, o usuário tem a
possibilidade de inserir cores nas abas indicativas das planilhas
Para criar uma nova pasta de trabalho, no Excel seguiremos
como mostra o exemplo abaixo:
os passos a seguir:
Ocultar – Oculta a planilha selecionada, para reverter a
1 – Clique no MENU Arquivo em seguida clique em Novo,
opção, clique novamente sobre as planilhas e selecione a opção
como no exemplo abaixo:
reexibir.
2 – Selecione um dos Modelos Disponíveis desejados, como
Quando se faz necessário inserir mais planilhas dentro da
estamos criando uma Nova Pasta de Trabalho em Branco,
pasta de trabalho, basta clicar no botão Inserir planilhas, ou
selecionaremos tal documento como mostra na ilustração a
utilize as teclas de atalho Shift + F11 que um nova planilha será
seguir:
inserida, veja no exemplo abaixo:
Nota: Além da Pasta de Trabalho em Branco, o Microsoft
Excel 2010 traz vários outros modelos de documentos prontos
como:
Controles de alunos, cartão de ponto, calendários, folhas de
despesas, controles de finanças (individual, acadêmico, familiar,
doméstico, empresarial e pequenas empresas), controles de Inserindo nova Planilha
faltas (funcionário, alunos, etc), folhas de orçamentos, balanços,
calendários, etc. Várias Planilhas Inseridas
Abaixo seguem alguns exemplos de modelos disponíveis,
ainda é válido lembrar que ao adentrar em cada diretórios Elaboração das Planilhas
disponível nos “Modelos prontos do Office” temos disponíveis A elaboração de Planilha de dados é dada a partir de valores
dezenas de modelos. armazenados nas células, estes dados poderão ser utilizados em
Ao criar uma nova pasta de trabalho são inseridas por dois formatos, numéricos e textuais. O Excel aceita dois tipos
padrão três planilhas do Excel, estas planilhas estão localizadas de dados em sua planilha que são denominados constantes e
na parte inferior esquerdo como mostra a figura seguinte. variáveis (fórmulas).

Valores Constantes
São os tipos de dados inseridos diretamente nas células,
eles podem ser inseridos nos formatos: numérico, data e hora e
textos, lembrando que esses valores nunca serão obtidos através
Planilhas de uma Pasta do Trabalho do Excel de cálculos na célula ou provenientes de vínculos de outras
planilhas.
Para manipular informações dessas planilhas, basta clicar Valores Variáveis (Fórmulas)
com o “botão direito” do mouse sobre a planilha desejada e Estes valores são obtidos através de formulas ou vínculos e
escolher a opção desejada: são alterados quando outros valores da planilha são modificados.
Sempre que iniciar uma formula do Excel utilize o sinal de
igual “=” vejamos na ilustração abaixo a inserção desses valores:

Propriedades das Planilhas

Vejamos a função de cada item deste MENU:


Inserir – Insere uma Nova Planilha a pasta de trabalho;
Excluir - Remove a Planilha selecionada da pasta de trabalho;
Renomear – Ao clicar nessa opção o campo do nome da
planilha fica em estado de alteração, proporcionando ao usuário
a alteração do nome da Planilha selecionada;
Mover ou Copiar – Possibilita ao usuário a Copia da Planilha
Selecionada para uma nova planilha, ou até mesmo o usuário Exemplos de Constantes e Variáveis (Fórmulas)
pode mover a planilha selecionada a outra pasta de trabalho:
Exibir Código – Abre o Editor de Visual Basic do Excel e Preenchimento automático de dados
Macros;
Proteger Planilha – Este MENU, tem um papel fundamental
para a segurança da planilha eletrônica, ao selecioná-lo o
usuário pode restringir informações como por exemplo,
alterar um determinado valor, ou impossibilitar que algum
dado seja excluído, para utilizar esta proteção basta selecionar

Noções de Informática 16
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
O Excel disponibiliza uma ferramenta de preenchimento Área de Transferência
automático de dados chamada “Alça de Preenchimento” sua Recortar – Indicado pelo ícone, sua função é recortar o
localização é no canto inferior direito da célula ativa. Seu conteúdo selecionado e disponibilizá-lo na área de transferência,
funcionamento é simples, o Excel identifica os valores digitados, sua teclas de atalho são CTRL+X.
caso seja coincidente, ao clicar sobre a alça e arrastá-la os valores Copiar – No Excel, existem duas formas de copiar conteúdos,
vão auto completados seguindo sua sequencia. São aceitos para uma delas é a cópia convencional (também dada pela tecla de
números, letras, datas, etc. Para utilizá-lo selecione uma fileira atalho CRTL+C) da área selecionada, deixando o conteúdo
desejada clique sobre a alça de preenchimento, segure e arraste, disponível na Área de Transferência, a outra opção é Copiar como
como no exemplo abaixo: imagem, esse processo faz com que o objeto selecionado, mesmo
que seja numérico ou texto, vá para a Área de Transferência
como imagem ambos estão indicado pelo ícone copiar como
mostra a figura abaixo:
Pincel de formatação – Copia a formatação de uma
célula selecionada de um local para aplica-lo em outro, sua
representação é pelo ícone:
Colar – Uma particularidade das ferramentas do Excel está
Entrada de dados iniciais a serem auto completados. em sua opção Colar, nela o usuário encontra várias funções,
lembrando que para que este item funcione, é necessário que
Veja outro exemplo, quando a alça de preenchimento é exista algum conteúdo previamente recortado ou copiado na
utilizada para números, é criada uma sequencia numérica área de transferência, veremos cada uma delas:
comparada ao intervalo do numero anterior, se temos 2 números Além do ícone Colar, temos outra opção que se assemelha
em uma coluna, por exemplo, 1 na célula B1 e 2 na célula B2 aos ícones, “Colar Especial”, sua diferença é pequena, note que a
sua continuação será 3, 4, 5 e assim por diante, na figura abaixo tela que não possui ícones e traz algumas funções extras, ela esta
temos 2 ilustração, sendo uma sequencial e outra com intervalos disponível no MENU colar – Colar Especial, ou então clique com
de de 3 em 3. o botão direito do mouse sobre a célula desejada e selecione
a opção Colar Especial, selecione a opção desejada e clique
no botão “Ok”, tais procedimentos farão a exibição da janela a
seguir:

Observações do auto preenchimento


O auto preenchimento ocorre quando:
- No caso de existir apenas um número então o mesmo é
copiado, como um texto;
- Se existem dois números ou mais, o Excel cria a sequencia;
- Para as opções de meses, datas, dias da semana e texto
com números, basta inserir apenas um item que iniciará uma
sequencia ao selecionar a célula e puxar a alça.

Mesclas e Centralizar Células – esta ferramenta é utilizada


para unir uma ou mais células transformando as linhas e/ou Colar Especial
colunas selecionadas em apenas uma. Caso haja valores em
todas as células selecionadas, apenas o primeiro valor será - Colar -
mantido na célula mesclada. Tudo: Cola todo o conteúdo e a formatação das células dos
dados copiados.
Observações do Item Mesclar e Centralizar: Formula: Cola somente as fórmulas dos dados copiados
- Mesclar e Centralizar – Une as células selecionadas a uma conforme inseridas na barra de fórmulas.
célula maior e centraliza o conteúdo na nova célula. Este recurso Valores: Cola somente os valores dos dados copiados
geralmente é utilizado para criar rótulos que ocupam várias conforme exibidos nas células.
colunas. Formatos: Cola a formatação da célula dos dados copiados.
- Mesclar através – Mesclar cada linha das células Comentários: Cola somente os comentários anexados à
selecionadas em uma célula maior. célula copiada.
- Mesclar Células – Mesclar as células selecionada em uma Validação: Cola regras de validação de dados das células
única célula, essa função não mante o conteúdo centralizado. copiadas para a área de colagem.
Desfazer Mesclagem – Dividir a célula unida em várias Todos usando tema da origem: Cola todo o conteúdo na
células novas, ou seja, as células voltam a sua posição inicial. formatação do tema do documento que é aplicado aos dados
copiados.
Barra de Ferramentas Padrão Tudo, exceto bordas: Cola todo o conteúdo e a formatação
Na figura abaixo temos a apresentação da barra de das células aplicados à célula copiada, exceto bordas.
ferramentas do Excel 2010, serão apresentados os botões com Larguras da coluna: Cola a largura de uma coluna copiada
suas respectivas funções, todos divididos por suas regiões. ou intervalo de colunas em outra coluna ou intervalo de colunas.
Existem grandes semelhanças entre a Aba MENU Iniciar do Fórmulas e formatos de números: Cola somente fórmulas
EXCEL com a do Microsoft Word. e todas as opções de formatação de número das células copiadas.
Valores e formatos de números: Cola somente valores e
todas as opções de formatação de número das células copiadas.

Operação - Especifica qual operação matemática, se


houver, você deseja aplicar aos dados copiados. -5
5 Fonte: Colar Especial ao copiar do Excel - http://office.
Barra de Ferramentas Principal microsoft.com/pt-br/help/colar-especial-ao-copiar-do-excel-
-HP010096693.aspx

Noções de Informática 17
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Nenhuma: Especifica que nenhuma operação matemática
será aplicada aos dados copiados.
Adição: Especifica que os dados copiados serão adicionados
aos dados na célula de destino ou no intervalo das células.
Subtração: Especifica que os dados copiados serão
subtraídos dos dados na célula de destino ou no intervalo das
células.
Multiplicação: Especifica que os dados copiados serão
multiplicados com os dados na célula de destino ou no intervalo
das células. Casas decimais e Separador de Milhares
Divisão: Especifica que os dados copiados serão divididos
pelos dados na célula de destino ou no intervalo das células. Três funções que completam as formatações de números são
Ignorar em Branco: Evita substituir valores na sua área separadores de milhares e aumentar e diminuir casas decimais.
de colagem quando houver células em branco na área de cópia
quando você selecionar essa caixa de seleção.
Transpor: Altera colunas de dados copiados para linhas e
vice-versa quando você selecionar essa caixa de seleção.
Colar Vínculo: Vincula os dados colados na planilha ativa
aos dados copiados.

Formatações
Possibilita ao usuário escolher como os dados inseridos Separadores de milhares e aumentar e diminuir casas
nas células serão exibidos, o valor inserido permanece com decimais.
seu conteúdo original, mas sua apresentação é diferenciada. As
formatações de números do Excel ficam disponíveis na Barra de Uma característica do Separador de Milhares é sua
Ferramentas, área Números, ou então pode ser acionada através formatação, quando selecionada a formatação da célula é
das teclas de atalho CRTL + 1, aba Números. alterada pra Contábil e mesmo que a formatação já esteja
posicionada em Contábil, o símbolo moeda é removido.

Formatações de Números e Textos

Sempre que um dado é inserido no Excel, o mesmo possui


a formatação Geral, sem formato específico, a seguir alguns
exemplos:

Separador de Milhares

Já os ícones para acréscimo e decréscimo de casas decimais,


mantem a formatação original, acrescentando ou diminuindo
as casa decimais conforme solicitado, cada clique sobre o ícone
adiciona ou remove uma casa.
Veja que no exemplo abaixo, existem valores que
originalmente possuem três casas decimais, porém, quando sua
formatação esta para duas ou menos casas decimais ocorre um
arredondamento para do valor para mais, o mesmo acontece
com a função ARRED que veremos a seguir no tópico Fórmulas.

Exemplos de Formatações

Note que algumas formações são parecidas, porém, sua


exibição é diferenciada, é o caso das formatações Número e
Moeda, ambos possuem o símbolo R$, porém o alinhamento
da moeda o símbolo acompanha o valor, já no contábil o
alinhamento é justificado e o símbolo fica alinhado a esquerda.
É importante ressaltar que ao utilizar a formatação o numero
original será multiplicado por 100.

Noções de Informática 18
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Operadores Aritméticos
Acréscimo de decréscimo de casas decimais

Gráficos
Um gráfico é uma representação visual de seus dados.
Usando elementos como colunas (em um gráfico de colunas) ou
linhas (em um gráfico de linhas), um gráfico exibe uma série de
dados numéricos em um formato gráfico6.
O Excel, disponibiliza os gráficos em diversos formatos,
facilitando a interpretação dos dados relacionados. Os tipos de
gráficos disponíveis estão contido na aba Inserir da Barra de
Ferramentas:

Tipos de Gráficos Operadores de comparação

Operadores de Comparações

Fórmulas e Funções

As formulas e funções do Excel são equações pré-dispostas


para resolução de cálculos, mesmo que complexos, antes de
iniciarmos vejamos os operadores aceitos:

Função de Soma
6 Criar gráficos com seus dados em uma planilha - https://
support.office.com/pt-br/article/In%C3%ADcio-r%C3%A1pido-
crie-gr%C3%A1ficos-com-seus-dados-45af7d1b-4a45-4355-9698-
01126488e689

Noções de Informática 19
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Descrição da função e resultado das operações realizadas na
linha

Outros Operadores

Fórmulas são semelhantes a expressões matemáticas onde


o usuário cria a composição da fórmula utilizando operadores
aritméticos, por exemplo:

Exemplo da fórmula utilizada

Funções – vejamos a seguir as principais funções para


cálculos do Excel.
SOMA – Efetua a soma todos os números que você especifica
como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma
referencia da célula, uma matriz, uma constante, uma formula
ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA(A1:A5)
soma todos os números contidos nas células de A1 a A5. Um
Exemplos de operadores outro exemplo: SOMA(A1, A3, A5) soma os números contidos
nas células A1, A3 e A5.7
As Funções são palavras pré-definidas que efetuam cálculos Exemplos:
a partir de valores fornecidos nas células do Excel, os cálculos
podem ser obtidos a partir da solicitação da palavra de Função
aplicado aos endereçamentos das células ou até mesmo valores
constantes, como por exemplo:

Exemplos de Funções

Como já citado anteriormente, qualquer calculo do Excel


deve ser iniciado pelo sinal de igual “=” seguindo da função
ou operação. Acima todos os cálculos foram feitos a partir de
constantes, agora veremos como são feitos cálculos a partir de
endereçamentos de células, nas imagens abaixo é possível ver
como a planilha foi criada, em seguida a descrição da função que
gera o resultado em cada uma das linha e em seguida o exemplo
de fórmula utilizada em cada uma das linhas de resultado:
MÉDIA – Obtém a média entre os valores selecionados,
exemplo:
=MÉDIA(B1:B4) – O valor da média é apresentado a partir
da soma entre os valores B1 e B4 dividido por 4. Essa função
vai verificar a quantidade de valores, soma-los e efetua a divisão
pela quantidade de valores dispostos no intervalo.

MAIOR – Retorna o maior valor k-ésimo (O k-ésimo


corresponde à grandeza de um valor, por exemplo, no conjunto
numérico: 1, 2, 7, 8 e 13, o segundo maior valor do conjunto 8,
logo, o k-ésimo é 2, por equivaler ao segundo, já o terceiro maior
valor é o 7, seu k-ésimo então é 3, e assim por diante.) de um
conjunto de dados, ou seja, seleciona um valor de acordo com a
Dados sua posição relativa.
=MAIOR(G17:G21;4) – O valor retornado será o 4 maior da
matriz selecionada, em nosso caso, o quarto maior valor é 2.

7 Ajuda do Excel - http://office.microsoft.com/pt-br/excel-


-help/funcoes-do-excel-por-categoria-HP010342656.aspx

Noções de Informática 20
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
das funções mais solicitadas em avaliações relacionadas a Excel.
Sua estrutura nunca é modificada, sua forma geral é =SE(teste,
verdadeiro, falso), veja no exemplo abaixo a fórmula esta
verificando “se o valor contido na célula D2 é menor que 6”, a
resposta foi Aprovado, pois, o valor é maior que 6, sendo assim a
condição é considerada como falsa:

MENOR – o menor valor k-ésimo do conjunto, por exemplo:


=MENOR(G17:G21;3) – Retornará o 3º menor número
do conjunto selecionado, como no exemplo abaixo o numero
retornado será o 7.

CONT.NUM – Retorna a quantidade de células com valores


de um determinado intervalo.
=CONT.NÚM(E3:E10) – Em nosso exemplo, retornará a
quantidade de idades do intervalo E3 até E10, veja no exemplo
abaixo que não foi inserido valor algum para a idade do Aluno 5,
portanto, o mesmo não entrou na contagem:

Observações para MAIOR e MENOR: Ambas as funções


podem ser aplicadas para grandes intervalos, caso a grandeza
solicitada seja repetida dentro da matriz o número a ser exibido
será mantido, por exemplo, veja a figura abaixo:

CONCATENAR – Significa unir, ligar, juntar então a função


CONCATENAR faz a junção dos valores, abaixo temos as colunas
A fórmula =MAIOR(C2:E4;3) deve exibir o terceiro maior nomes e sobrenomes, vejamos um exemplo para concatenar
numero da matriz, sendo que o primeiro é 9, o segundo o 7, veja o nome “Alexandre” com o Sobrenome “Santos”, para isso
que ele se repete nas células D2 e E4, nesse caso o terceiro 7 é utilizaremos =CONCATENAR(B4;C4).
preservado e exibido.
MÁXIMO – Obtém o maior número da matriz selecionada.
=MÁXIMO(G17:G21) – O valor exibido será o maior da área
selecionada, no exemplo abaixo o retornado será o 76.

Obs: Se a função de concatenação for utilizada para números


ela continua unindo os mesmos, ou seja, se solicitar para
concatenas 2 com 3 o resultado será 23, pois esta não é uma
função de cálculo, mas sim de união de valores.
MÍNIMO – Obtém o menor número da matriz selecionada.
=MIN(G17:G21) – O valor exibido será o menor da área
selecionada, no exemplo abaixo o retornado será o 12.

Classificação e Filtros de Dados


A Ferramenta “Classificar e Filtrar” é de grande importância
para a classificação e analise dos dados, ela permite que os
dados sejam classificados por ordem alfabética (A a Z ou Z a A),
numérica (ordem crescente e decrescente) datas e horas (das
SE – Além de ser conhecida como Função SE, outras mais antigas para as mais atuais), ainda é permitido que sejam
nomenclaturas são atribuídas a essa função, como função de classificados listas por formatos (exemplo nomes grandes,
comparação e função condicional. Utilizada para retornar médios e pequenos), cor da fonte ou célula e ícones de célula.
valores a partir de comparações de valores, com retornos de O Item de Menu Classificar e Filtrar fica disponível na Barra
valores verdadeiros e falsos. Atenção, pois essa é uma de Ferramentas padrão do Excel, para utilizá-lo basta selecionar

Noções de Informática 21
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
a mostra de dados (linha ou coluna) a ser classificada, seja ela em
formato de texto, numérico, datas e horas, clique sobre o botão
Classificar e Filtrar e selecione para ordem crescente ou e
utilize o botão para ordem decrescente, no exemplo a seguir
a Coluna selecionada (Computadores) deve ser organizada de
forma crescente, de acordo com seu número de computadores:

Note que a coluna seleciona para a classificação foi a


Computadores, mas, todas as outras células acompanharam a
solicitação de classificação:

Atalhos de teclado no Excel 2010

Acesso do teclado à faixa fita


Se você for iniciante na faixa, as informações nesta seção
podem ajudar você a entender o modelo de atalho do teclado da
faixa. A faixa oferece novos atalhos, chamados Dicas de TeclaPara
exibir as Dicas de Tecla apareçam, pressione ALT.
Existe outra possibilidade de classificação, que é a

Para exibir uma guia sobre a fixa, pressione a tecla para a


guia, por exemplo, pressione a letra N para a Inserir ou M para a
guia Fórmulas. Isso faz com que todas as marcas de Dica de Tecla
para os botões da guia apareçam. Em seguida, pressione a tecla
para o comando desejado.

Os meu atalhos antigos ainda funcionarão?


Atalhos de teclado que começam com CTRL continuarão
funcionando no Excel 2010. Por exemplo, CTRL+C ainda copia
para a Área de Transferência e CTRL+V ainda cola da Área de
Transferência.
A maioria dos antigos atalhos de menu ALT+ ainda funciona
Como ilustrado na figura acima, o usuário fica livre para também. No entanto, você precisa conhecer o atalho completo
selecionar os valores desejados com as melhores formas de da memória - não existem lembretes de tela sobre que teclas
ordenações. pressionar. Por exemplo, tente pressionar ALT e pressione
uma das teclas do menu anterior E (Editar), V (Visualizar), I
Configuração de página e impressão (Inserir), e assim por diante. A caixa aparece dizendo que você
Vejamos as opções de impressão do Excel 2010. Nesta área, está usando uma tecla de acesso com uma versão anterior do
podemos determinar o número de cópias, as propriedades da Microsoft Office. Se você souber toda a sequência de teclas, vá
impressora, quais planilhas serão impressas e como será o em frente e inicie o comando. Se você não souber a sequência,
agrupamento das páginas durante a impressão, se a orientação pressione ESC e use o símbolo de Dica de Tela.
do papel será retrato ou paisagem, se o papel será A4 ou outro,
configuramos as margens e o dimensionamento da planilha. Questões

01. (FUNDUNESP - Técnico Administrativo- VUNESP).


Observe o ícone a seguir, retirado do MS­Excel 2010, em sua
configuração padrão.

Assinale a alternativa que contém o nome do ícone.

(A) Escala.

Noções de Informática 22
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
(B) Diminuir Casas Decimais.
(C) Porcentagem.
(D) Separador de Milhares.
(E) Aumentar Casas Decimais.

02. A figura a seguir apresenta uma tabela extraída do Excel


2010, em sua configuração padrão:

Após a classificação.

Considerando que a ordem utilizada foi “do maior para


o menor valor”, assinale a alternativa que contém as colunas
utilizadas na classificação.
(A) Valor e Frete.
(B) Frete e Valor.
(C) Valor e Qtde.
Assinale a alternativa que contém a fórmula que, quando (D) Frete e Qtde.
inserida na célula B5, resulta no mesmo valor apresentado na (E) Qtde e Frete.
figura.
05. (Banco da Amazônia - Técnico Científico - Medicina
(A) =SOMA(B1:B4) (C) =SOMA(B2:D6) (E) =SOMA(B2:C4) do Trabalho- CESGRANRIO) Ao editar uma planilha no MS
Excel, o usuário inseriu os valores 2 e 5 nas células B2 e B3.
(B) =SOMA(B2:B4) (D) =SOMA(B2:D2) Em seguida, selecionou essas duas células, obtendo o resultado
ilustrado na Figura abaixo:
03. (CBTU-METROREC - Analista de Gestão – Advogado-
CONSULPLAN) Considere a planilha produzida com a
ferramenta Microsoft Office Excel 2007 (configuração padrão).

Logo depois, o usuário puxou o canto inferior direito da área


selecionada - marcado pelo ponto -, segurando o mouse com o
botão da esquerda apertado, esticando a área até a célula B5
(inclusive).
De acordo com as informações apresentadas, marque V para
as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. Ao soltar o botão do mouse, ocorreu que a(o)
(A) célula B4 passou a conter o valor 8, a célula B5 passou a
( ) Se na célula A7 for aplicada a fórmula =SOMA(B4:E4), o conter o valor 11, e as células B2 e B3 permaneceram inalteradas.
resultado será 210. (B célula B4 passou a conter o valor 2, a célula B5 pas- u a
( ) Para obter a média dos valores no ano de 2003, pode-se conter o valor 5, e as células B2 e B3 permaneceram inalteradas
inserir a fórmula =MÉDIA(D2:D6) na célula B7. (C) célula B4 e a B5 passaram, ambas, a conter o valor 5, e a
( ) Se na célula C7 for inserida a fórmula célula B2 e a B3 permaneceram inalteradas.
=MÁXIMO(B5;D5;C6;D6), o resultado será 800. (D) conteúdo das células não sofreu qualquer alteração.
( ) Ao aplicar na célula D7 a função =SE(B3>E6;”NÃO”;”SIM”), (E) conteúdo das células B2 e B3 foi movido para as células
o resultado obtido será “NÃO”. B4 e B5, respectivamente, e as células B2 e B3 passaram a ficar
vazias.
A sequência está correta em Respostas
01. D\02. B\03. D\04. D\05. A
(A) V, V, V, F (C) F, F, F, V (E) N.D.A
4. Internet Explorer 11 e Microsoft
(B) V, V, F, V (D) F, V, F, F
Outlook 2010: Navegação na
04. (PRODEST-ES - Analista Organizacional - Área Internet e Correio Eletrônico.
Administrativa- VUNESP) Observe as planilhas do MS-
Excel 2010, a seguir, na sua configuração padrão. As planilhas
apresentam a mesma tabela em dois momentos: antes e depois INTERNET EXPLORER8
da classificação de dados no intervalo de células A9:D15.
O mais recente navegador da Microsoft, incialmente lançado
apenas ao Windows 8 e 8.1, agora atende também os usuários
do Windows 7. O Internet Explorer 11 passou de sua versão
preview para sua edição final: adicione sites fixos à sua barra de
ferramentas, coloque a velocidade melhorada de navegação do
browser à prova e tenha acesso também a ferramentas para o
desenvolvimento de aplicações online.

Sites fixos
Outro dos recursos de Internet Explorer 11 é a possibilidade
de anexar à sua barra de tarefas sites fixos. Significa que você vai
poder selecionar seus portais favoritos e acessá-los facilmente
sem executar os serviços de busca do IE 11. Para que endereços
Antes da classificação.
8 Fonte: http://www.baixaki.com.br/download/internet-
explorer-11-para-windows-7.htm

Noções de Informática 23
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
possam ficar visíveis, apenas segure um clique sobre a aba da
página visitada e arraste a seleção para a sua barra de tarefas.
Pronto.

Diferenças entre o browser para Windows 8 e 7


O Internet Explorer 11 foi desenvolvido para atender as
necessidades de quem utiliza o Windows 8 ou 8.1 não apenas
em desktops, mas também em plataformas móveis. Dessa forma,
algumas diferenças se mostram existentes entre a versão do
browser para o Windows 8 e Windows 7. Confira abaixo alguns
dos principais pontos não abarcados pelo IE 11:
A barra de pesquisas é exibida na altura superior do
navegador;
A nova forma de visão de abas não está disponível para o
Windows 7;
Extensões de vídeo premium não são suportadas pelo IE11
Barra de endereços IE 11
para o Windows 7;
Protocolo SPDY não suportado pelo Windows 7;
Para navegar. Insira uma URL na barra de endereços para
As melhorias do modo protegido de segurança não foram
ir diretamente para um site. Ou toque, ou clique, na barra
incorporadas pelo Windows 7.
de endereços para ver os sites que mais visita (os sites mais
Apesar de não contar com todos os recursos oferecidos por
frequentes).
sua versão para o Windows 8 e 8.1, o Internet Explorer para o
Para pesquisar. Insira um termo na barra de endereços e
Windows 7 não apresenta desfalques fatais. Uma navegação
toque ou clique em Ir para pesquisar a Internet com o mecanismo
segura é possível por meio dos sistemas tradicionais de
de pesquisa padrão.
detecção de malwares – acesse o botão configurações, clique
Para obter sugestões. Não sabe para onde deseja ir? Digite
em “Segurança” e administre os mecanismos de prevenção a
uma palavra na barra de endereços para ver sugestões de sites,
ameaças da forma que melhor lhe satisfazem.
aplicativos e pesquisa enquanto digita. Basta tocar ou clicar em
uma das sugestões acima da barra de endereços.
Noções básicas sobre navegação9
Mãos à obra. Para abrir o Internet Explorer 11, toque ou
clique no bloco Internet Explorer na tela Inicial. Ou no atalho da
área de trabalho.

Sugestão de sites

3- Guias: Multitarefas com guias e janelas.


Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em uma
só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir, fechar
e alternar os sites. A barra de guias mostra todas as guias ou
janelas que estão abertas no Internet Explorer.

Tela do IE 11 no Windows 7

1- Voltar e Avançar: Auxilia na navegação, permitindo


voltar para sites visualizados antes do atual ou depois usando
o botão avançar.
2- Barra de endereços
A barra de endereços é o seu ponto de partida para navegar
pela Internet. Ela combina barra de endereços e caixa de pesquisa
para que você possa navegar, pesquisar ou receber sugestões em
um só local. Ela permanece fora do caminho quando não está
em uso para dar mais espaço para os sites. Para que a barra de
endereços apareça, passe o dedo de baixo para cima na tela ou
clique na barra na parte inferior da tela se estiver usando um
mouse. Há três maneiras de utilizá-la:

IE 11 com três sites sendo visualizados, cada um separado


9 Fonte: http://windows.microsoft.com/pt-br/windows-8/
em uma guia diferente
browse-web-internet-explorer-tutorial

Noções de Informática 24
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Abrindo e alternando as guias A opção visualizar impressão permite verificar como ficará
Abra uma nova guia tocando ou clicando no botão Nova a impressão antes de enviar o arquivo para a impressora.
guia. Em seguida, insira uma URL ou um termo de pesquisa ou Geralmente quando imprimimos um arquivo da internet sai uma
selecione um de seus sites favoritos ou mais visitados. página praticamente em branco ou a impressão não cabe em uma
Alterne várias guias abertas tocando ou clicando nelas na única página. Para evitar isto é só acessar a opção de visualizar
barra de guias. Você pode ter até 100 guias abertas em uma só impressão e configurar a página conforme as necessidades.
janela. Feche as guias tocando ou clicando em Fechar no canto
de cada guia.

Usando várias janelas de navegação


Também é possível abrir várias janelas no Internet Explorer
11 e exibir duas delas lado a lado. Para abrir uma nova janela,
pressione e segure o bloco Internet Explorer (ou clique nele com
o botão direito do mouse) na tela Inicial e, em seguida, toque ou
clique em Abrir nova janela.
Duas janelas podem ser exibidas lado a lado na tela. Abra
uma janela e arraste-a de cima para baixo, para o lado direito ou
esquerdo da tela. Em seguida, arraste a outra janela a partir do
lado esquerdo da tela.
Obs: Você pode manter a barra de endereços e as guias
encaixadas na parte inferior da tela para abrir sites e fazer Visualização de impressão
pesquisas rapidamente. Abra o botão Configurações, toque ou
clique em Opções e, em Aparência, altere Sempre mostrar a Na imagem acima a impressão foi configurada no 1- modo
barra de endereços e as guias para Ativado. paisagem e selecionada a opção 2- reduzir para caber (faz
com que todo o conteúdo da impressão caiba em uma página)
4- Ferramentas: Acesso a opções de impressão, segurança e mesmo assim quando clicar no botão 3- imprimir termos
e configurações do IE. impressas duas páginas, uma com o conteúdo e outra apenas
com um cabeçalho e rodapé. Neste caso a solução para o
problema é imprimir apenas a página 1. Para isto ao clicar na
opções imprimir selecione a opção páginas e adicione o número
da página a direita.

A opção de configurar página permite configurar a página


para impressão.

Ferramentas com opções do IE 11

Opções de configurações do IE 11:


Imprimir:
Acesso a configurações de impressão.
A opção imprimir abre uma tela para selecionar a impressora
que será utilizada na impressão, sem a opção de visualizar antes
como ficara. Nesta tela também é possível configurar o tamanho
do papel, qualidade de impressão, números de cópias, etc.

Configurar página

Arquivo
Dá acesso as opções de exibição e visualização do navegador.
Zoom
Permite configurar o tamanho que aparece as informações
da página.
Segurança
Configurações de segurança para navegação.
Interagir em redes sociais, fazer compras, estudar,
compartilhar e trabalhar: você provavelmente faz tudo isso
diariamente na Internet, o que pode disponibilizar suas
informações pessoais para outras pessoas. O Internet Explorer
ajuda você a se proteger melhor com uma segurança reforçada
e mais controle sobre sua privacidade. Estas são algumas
das maneiras pelas quais você pode proteger melhor a sua
privacidade durante a navegação:
Tela de configuração da impressão

Noções de Informática 25
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Guia conexão permite gerenciar com qual conexão será
realizado o acesso à internet.
Guia programas permite configurar os programas que
funcionam em conjunto com o IE e seus complementos.
Guia avançadas – Traz opções mais complexas de
configurações do IE

5- Favoritos: Salvar um site como favorito é uma forma


simples de memorizar os sites de que você gosta e que deseja
visitar sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Windows
8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua conta da
Opções de segurança Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido importados
automaticamente.)
Use a Navegação InPrivate. Os navegadores armazenam Vá até um site que deseja adicionar.
informações como o seu histórico de pesquisa para ajudar a Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir os
melhorar sua experiência. Quando você usa uma guia InPrivate, comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique no botão
pode navegar normalmente, mas os dados como senhas, o Favoritos para mostrar a barra de favoritos.
histórico de pesquisa e o histórico de páginas da Internet são Toque ou clique em Adicionar a favoritos e, em seguida,
excluídos quando o navegador é fechado. Para abrir uma nova toque ou clique em Adicionar.
guia InPrivate, passe o dedo de baixo para cima na tela (ou clique Obs: Você pode alternar rapidamente os favoritos e as guias
nela) para mostrar os comandos de aplicativos, ou toque ou tocando ou clicando no botão Favoritos Botão Favoritos ou no
clique no botão Ferramentas de guia Botão Ferramentas de guia botão Guias Botão Guias nos comandos de aplicativos.
e em Nova guia InPrivate. 6- Página inicial: As home pages são os sites que se abrem
Use a Proteção contra Rastreamento e o recurso Do Not Track sempre que você inicia uma nova sessão de navegação no
para ajudar a proteger sua privacidade. O rastreamento refere- Internet Explorer. Você pode escolher vários sites, como seus
se à maneira como os sites, os provedores de conteúdo terceiros, sites de notícias ou blogs favoritos, a serem carregados na
os anunciantes, etc. aprendem a forma como você interage com abertura do navegador. Dessa maneira, os sites que você visita
eles. Isso pode incluir o rastreamento das páginas que você com mais frequência estarão prontos e esperando por você.
visita, os links em que você clica e os produtos que você adquire Passe o dedo da borda direita da tela e toque em
ou analisa. No Internet Explorer, você pode usar a Proteção Configurações.
contra Rastreamento e o recurso Do Not Track para ajudar a (Se você estiver usando um mouse, aponte para o canto
limitar as informações que podem ser coletadas por terceiros inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para cima e
sobre a sua navegação e para expressar suas preferências de clique em Configurações.)
privacidade para os sites que visita. Toque ou clique em Opções e, em Home pages, toque ou
Opções da Internet clique em Gerenciar.
Aqui é onde ficam a principais configurações do Internet Insira a URL de um site que gostaria de definir como home
Explorer. page ou toque ou clique em Adicionar site atual se estiver em um
site que gostaria de transformar em home page.

Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da Internet


Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure pelo
ícone Modo de exibição de leitura Ícone Modo de exibição de
leitura na barra de endereços. O Modo de exibição de leitura
retira quaisquer itens desnecessários, como anúncios, para que
as matérias sejam destacadas. Toque ou clique no ícone para
abrir a página no modo de exibição de leitura. Quando quiser
retornar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone novamente.

Para personalizar as configurações do modo de exibição


de leitura
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em
Configurações. (Se você estiver usando um mouse, aponte para
o canto inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para
cima e clique em Configurações.)
Toque ou clique em Opções e, em Modo de exibição de
leitura, escolha um estilo de fonte e um tamanho de texto.

Para salvar páginas na Lista de Leitura


Quando você tiver um artigo ou outro conteúdo que deseje
ler mais tarde, basta compartilhá-lo com sua Lista de Leitura em
vez de enviá-lo por email para você mesmo ou de deixar mais
guias de navegação abertas. A Lista de Leitura é a sua biblioteca
pessoal de conteúdo. Você pode adicionar artigos, vídeos ou
outros tipos de conteúdo a ela diretamente do Internet Explorer,
sem sair da página em que você está.
Passe o dedo desde a borda direita da tela e toque em
Compartilhar. (Se usar um mouse, aponte para o canto superior
direito da tela, mova o ponteiro do mouse para baixo e clique em
Guia geral é possível configurar a página inicial, controlar Compartilhar.)
o que irá aparecer ao abrir o navegador, controlar o histórico e Toque ou clique em Lista de Leitura e, em seguida, em
aparências. Adicionar. O link para o conteúdo será armazenado na Lista de
Guia segurança permite configurar os níveis de segurança. Leitura.
Guia privacidades dá o controle sobre cookies e pop-ups No Internet Explorer 11 é possível acessar o menu clássico
Guia conteúdo permite configurar o uso de certificados, pressionando a tecla ALT.
preenchimento automático e Feeds.

Noções de Informática 26
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Questões

01- (UFRB – Contador – FUNRIO/2015 - Adaptada) A


navegação privativa, também chamada de anônima ou oculta, é
um recurso presente nos navegadores de Internet que permite
que você navegue na Internet sem guardar informações sobre os
sites e páginas que você visitou. No Microsoft Internet Explorer
11, uma sessão de navegação privativa pode ser identificada
com qual indicação no lado esquerdo da barra de endereços?

(A) A palavra Anonymous.


(B) A imagem de um espião.
(C) A palavra Hidden.
(D) Uma tarja na cor roxa.
(E) A palavra InPrivate. Tela inicial do Outlook 2010
02- (SEDS-TO - Assistente Socioeducativo - Técnico em Faixa de opções expandida
Enfermagem – FUNCAB/2014 - Adaptada) Um usuário da Apresentada pela primeira vez no Microsoft Office Outlook
última versão do navegador MS Internet Explorer em português 2007, a faixa de opções faz parte da interface do usuário do
quer acessar a funcionalidade que auxilia na localização de uma Microsoft Office Fluent, tendo sido criada para ajudar a localizar
palavra dentro de uma página. Nesse caso, ele deve digitar a rapidamente os comandos necessários para executar uma tarefa.
tecla de atalho: Os comandos são organizados em grupos lógicos reunidos em
guias. No Outlook 2010, a faixa de opções substituiu os menus
(A) F1 antigos da janela principal do Outlook, e você pode ainda
(B) CTRL + A personalizá-la para incluir guias que combinem melhor com seu
(C) CTRL + F estilo de trabalho.
(D) CTRL + J Mais espaço para gerenciar sua conta
Muitas configurações do Outlook que não estão relacionadas
03. (Prefeitura de Paulista – PE – Digitador – diretamente à criação e ao gerenciamento de itens do Outlook,
UPENET/2014 - Adaptada) Considerando que a figura a seguir como comandos de impressão e opções de gerenciamento de
ilustre uma janela do Internet Explorer 11 durante uma sessão contas, agora estão no Modo de exibição Backstage do Microsoft
de uso em um computador com sistema operacional Windows 7, Office. Clique em Arquivo para gerenciar suas contas, configurar
assinale a alternativa que contém a afirmação CORRETA. regras e Respostas Automáticas e descobrir outras opções não
evidentes.
Veja mais de suas mensagens
Um modo de exibição de conversa aprimorado agora
está disponível quando você trabalha com suas mensagens.
Esse modo de exibição melhora o controle e o gerenciamento
de mensagens relacionadas, independentemente da pasta
que contém as mensagens. Você pode ver todo o rumo da
conversa, incluindo as suas respostas, encontrar as respostas
mais recentes, identificar com facilidade a mensagem mais
importante e facilmente categorizar ou ignorar uma conversa
completa.

(A) O botão 1 permite ativar a atualização da página atual.


(B) O botão 2 interrompe a carga em andamento.
(C) O botão 3 permite o acesso ao histórico das páginas
encerradas.
(D) Os botões 2 e 4 possuem a mesma função.
(E) O botão 5 permite acesso ao Favoritos.

Respostas
01- E\02. C\03. C

Microsoft Outlook 201010


Conversas na lista de mensagens da caixa de entrada
O Microsoft Outlook 2010 inclui novos recursos que ajudam
você a permanecer conectado com pessoas e gerenciar melhor o Processe e arquive suas mensagens de forma mais
seu tempo e as suas informações. rápida
Etapas Rápidas Transforme com apenas um clique seus
comandos e procedimentos usados com mais frequência. Você
pode personalizar as Etapas Rápidas padrão e criar botões que
combinem suas ações frequentes. A galeria de Etapas Rápidas
inclui botões para arquivar e sinalizar em um clique, enviar
10 Retirado de https://support.office.com/pt-br/article/ mensagens para sua equipe e outros comandos comuns.
novidades-no-Microsoft-Outlook-2010-18c53bbe-8280-4fdd-b3f1-
198adc57fc86

Noções de Informática 27
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Resposta para Reunião: Agendar uma reunião é tão fácil disponibilidade de cada um.
quanto responder à mensagem. Ao ler uma mensagem, você Grupos de Calendários: Veja rapidamente os calendários
pode agendar uma reunião com todos os destinatários usando das pessoas com quem você trabalha com mais frequência.
o novo comando Resposta para Reunião. Com apenas um clique, Selecione os membros uma vez e use o Grupo de Calendários
todos os destinatários da mensagem são adicionados a uma sempre que quiser ver esses mesmos calendários. Os Grupos
nova solicitação de reunião. de Calendários também podem incluir recursos, como salas de
Aperfeiçoamentos da Pesquisa Instantânea: O Outlook conferência. Essa é uma ótima maneira de encontrar salas de
2007 introduziu a Pesquisa Instantânea. No Outlook 2010, é mais conferência disponíveis em seu prédio.
fácil restringir os resultados de pesquisa usando critérios, como Modo de Exibição de Agendamento: Quer você use os
remetente, palavras-chave de assunto e outras informações, novos Grupos de Calendários, quer selecione manualmente
como a presença de anexos. A guia contextual Ferramentas vários calendários para analisar, o novo Modo de Exibição de
de Pesquisa inclui um conjunto de filtros que destacam sua Agendamento pode ajudar a tomar decisões sobre organizar
pesquisa de modo eficiente para isolar os itens desejados. reuniões. Calendários individuais, de recursos ou do Grupo de
Reduza o ruído em sua Caixa de Entrada Calendários são mostrados em um modo de exibição horizontal
Ignorar Conversa: Se uma conversa não for mais importante, para descobrir rapidamente a melhor hora para a reunião.
você poderá evitar que respostas adicionais apareçam em sua Visualização Rápida: Quando você recebe uma solicitação
Caixa de Entrada. O comando Ignorar move a Conversa toda e de reunião, a Visualização Rápida ajuda a entender melhor os
qualquer mensagem futura que chegue na Conversa para a pasta efeitos de uma solicitação de reunião em seu calendário. Ao
Itens Excluídos. criar ou responder a uma solicitação de reunião, uma captura
Limpar Conversas: Quando uma mensagem contém todas instantânea do calendário é exibida na solicitação de reunião.
as mensagens anteriores da Conversa, você pode clicar em Você pode analisar instantaneamente todos os conflitos ou itens
Limpar para eliminar as outras mensagens redundantes. Por adjacentes de seu calendário sem sequer sair da solicitação de
exemplo, conforme as pessoas respondem a uma Conversa, a reunião.
resposta fica no início e as mensagens anteriores da Conversa Trabalhe com todas as contas no Outlook
ficam no fim. Em vez de analisar cada mensagem, mantenha Várias contas do Exchange: O Outlook 2010 oferece
apenas a mais recente que inclui a conversa toda. suporte a várias contas do Exchange em um só perfil do Outlook.
Trabalhe com mensagens de forma mais inteligente e Aperfeiçoamentos de IMAP: A exclusão de mensagens em
eficaz uma conta de email IMAP é semelhante a outros tipos de conta
Dicas de Email: O Outlook 2010 inclui Dicas de Email, que de email. Quando as mensagens são excluídas, elas são movidas
ajudam a evitar enganos comuns, mas possivelmente caros para uma pasta Itens Excluídos. Não é mais necessário marcar as
ou constrangedores. Os alertas de Dicas de Email podem ser mensagens para exclusão e limpeza.
disparados por ações que incluem clicar em Responder a Todos Não perca o controle de suas tarefas
para uma grande lista de destinatários, enviar informações Barra de Tarefas Pendentes: A Barra de Tarefas Pendentes
confidenciais para alguém de fora da organização ou enviar uma foi aperfeiçoada com base nas solicitações dos clientes. No
mensagem para alguém definido como ausência temporária. Outlook 2010, há melhor acesso aos compromissos e eventos
de dia inteiro. Aperfeiçoamentos adicionais incluem indicadores
visuais para conflitos e solicitações de reunião não respondidas,
separadores de dias e um prático redimensionamento do tipo
arrastar e soltar para ver o que você quiser e quando quiser.
Salve suas informações
Novo nome de arquivo de dados: Quando você salva
informações do Outlook em seu computador, um arquivo
Alerta de dica de email para um destinatário definido como de dados é usado. Nas versões anteriores do Outlook, esses
ausência temporária arquivos eram chamados de arquivos de Pastas Pessoais (.pst) e
de arquivos de Pasta Offline (.ost). Agora, eles são chamados de
Assuntos esquecidos: Quando você clica em Enviar em uma Arquivo de Dados do Outlook (.pst) e de Arquivos de Dados do
mensagem sem assunto, um aviso é exibido para confirmar se Outlook Offline (.ost).
realmente não haverá assunto. Acesso mais fácil aos seus Arquivos de Dados do Outlook
Melhorias na Lista de Preenchimento Automático: Agora (.pst e .ost): Todas as versões anteriores do Outlook salvavam
está mais fácil remover um nome das sugestões da Lista de seus arquivos de dados em Arquivos de Pastas Pessoais (.pst) e
Preenchimento Automático e, ao usar uma conta do Microsoft em Arquivos de Pastas Offline (.ost) em uma pasta oculta de seu
Exchange Server, a Lista de Preenchimento Automático fica computador. No Outlook 2010, qualquer novo arquivo de dados
disponível de qualquer computador em que o Outlook é usado que você criar será salvo, por padrão, na pasta Documentos\
com a sua conta do Exchange. Meus Arquivos do Outlook. Isso facilita o backup dos dados do
Assinaturas de roaming: As assinaturas personalizadas Outlook, bem como a localização e a cópia do arquivo de dados
que você criar para suas mensagens estarão disponíveis em para um novo computador.
qualquer computador que você usar. Permaneça conectado
Redimensionar fotos anexadas: Está disponível uma Outlook Social Connector: O novo OSC (Outlook Social
opção para redimensionar imagens grandes anexadas. Connector) conecta você às suas redes sociais e corporativas,
Incluir captura de tela: É fácil compartilhar o que você vê incluindo o Microsoft SharePoint, Windows Live e outros sites
na tela com o novo comando Incluir captura de tela. Selecione de terceiros conhecidos. É possível obter mais informações e
toda a tela do computador ou parte dela e inclua o instantâneo manter contato com as pessoas de sua rede sem sair do Outlook.
em uma mensagem. Contatos Rápidos: Obtenha acesso mais rápido aos seus
Mais verificações ortográficas: A verificação ortográfica contatos, incluindo mensagens instantâneas e indicadores de
funciona em mais locais. Isso inclui linhas do assunto de presença, com o recurso Contatos Rápidos sem sair do modo
mensagens, tarefas e solicitações de reunião. de exibição de email. Com a nova caixa Localizar um Contato
Informações de entrega expandidas: Quando você usa da faixa de opções, você pode começar a digitar o nome da
uma conta do Microsoft Exchange Server, é possível analisar pessoa que está procurando e obter resultados instantâneos,
informações detalhadas de entrega de mensagens enviadas e incluindo várias maneiras de conectar-se à pessoa; por exemplo,
recebidas. por mensagens instantâneas, telefone, email e agendamento de
Obtenha o melhor calendário reunião. Quando a integração do Microsoft Office Communicator
Sugestões de Reunião: Introduzidas no Outlook 2007, as está habilitada, você pode pesquisar sua GAL (Lista de Endereços
Sugestões de Reunião agora são apresentadas quando você cria Global) e seus Contatos e ver fotos, cargo e disponibilidade, além
uma solicitação de reunião. Os agendamentos dos participantes de nomes, enquanto digita.
são analisados e a melhor hora é sugerida, com base na

Noções de Informática 28
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO
Catálogo de Endereços Hierárquico: Você pode selecionar (E) Formatação: serve para formatar o texto da mensagem
destinatários de mensagens, solicitações de reunião e que irá enviar como mudar a cor do texto, a fonte, o tamanho
atribuições de tarefa navegando em um modo de exibição em da letra, fazer a correção ortográfica, definir negrito, sublinhado.
árvore da organização no Catálogo de Endereços do Outlook.
Aperfeiçoamentos de Unificação de Mensagens 04. (TRE-MA - Técnico Judiciário - Operação de
Transcrições da caixa postal: A Visualização da Caixa Computadores - IESES/2015). Analise as afirmativas abaixo
Postal fornece uma transcrição de fala em texto das mensagens com relação ao correio eletrônico.
deixadas em sua caixa postal. I. O e-mail surgiu antes que a Internet.
Caixa postal segura: A caixa postal segura ajuda a proteger II. O Outlook é um aplicativo de e-mail da Microsoft.
e limitar a caixa postal somente aos destinatários escolhidos. III. Os protocolos POP3, IMAP e SMTP são utilizados para
Aperfeiçoamentos adicionais recebimento e envio de e-mails.
Controle de zoom do modo de exibição: Diminua ou IV. Para enviar um e-mail é obrigatório informar o campo
aumente o zoom de seus modos de exibição de email e calendário assunto.
com o novo controle deslizante de zoom na parte inferior da
janela. Assinale a alternativa que indica o total de afirmativas
Termômetro de Cota: No novo Modo de exibição Backstage, corretas.
suas informações de conta incluem uma representação visual de (A) 2 corretas.
quanto espaço resta em sua caixa de correio. (B) 3 corretas.
Painel de Navegação: Todos os comandos e modos de (C) 4 corretas.
exibição que anteriormente ficavam no Painel de Navegação (D) 1 correta.
foram movidos para a faixa de opções. A ordem das pastas Respostas
também foi alterada para facilitar a localização das pastas 01. A\02. E\03. B\04. B
comuns padrão, especialmente Caixa de Entrada e Itens
Excluídos. Alguns cabeçalhos e ícones foram removidos para
melhorar a aparência do Painel de Navegação.
Extensibilidade: O Outlook 2010 oferece recursos que
Anotações
foram solicitados pelos desenvolvedores que permitem a
personalização da interface do usuário do Outlook de forma
específica ao aplicativo. Além da capacidade de programação
aperfeiçoada da interface do usuário, o modelo de objeto do
Outlook oferece suporte para recursos novos e expandidos no
produto, como Conversas e Itens Móveis.
Opções de linha de comando: Opções adicionais de linha
de comando foram adicionadas para fins de implantação e
solução de problemas.
Suporte a 64 bits: O Outlook 2010 está disponível nas
versões de 32 e de 64 bits.

Questões

01. (EPE - Assistente Administrativo –


CESGRANRIO/2010) Qual o procedimento para escrever um
e-mail usando o OUTLOOK?
(A) Selecione o grupo e-mail na lateral esquerda, e depois
selecione Novo na parte superior.
(B) Selecione o grupo Contato na lateral esquerda, e depois
selecione Novo na parte superior.
(C) Clique em Ferramentas e depois em Configurações de
conta e clique em Novo.
(D) Clique em Ferramentas e depois em Enviar/Receber.
(E) Clique em Ir e depois em e-mail.

02. (Prefeitura de Paulista-PE – Digitador –


UPENET/2014) Na configuração padrão, os arquivos de dados
do Outlook são armazenados com a extensão
(A) .dat.
(B) .oab.
(C) .ost.
(D) .pab.
(E) .pst.

03. (CRQ - 1ª Região (PE) - Assistente Administrativo -


IDHTEC/2015). Referente ao Outlook é INCORRETO afirmar:
(A) Para: nesse campo deve ser informado o endereço
eletrônico a ser enviado o e-mail.
(B) Cc (cópia carbono): nesse campo o usuário deve
informar os endereços eletrônicos para onde deseja enviar
cópia da mensagem, ou seja, utiliza-se esse campo para enviar
a mensagem para mais de uma pessoa. Onde se deve digitar os
endereços adicionais de e-mail e separá-los com ponto e vírgula.
(C) Cco (cópia carbono oculta): serve para o usuário mandar
mensagens para várias pessoas sem que elas fiquem sabendo
para quem ele enviou a mensagem.
(D) Assunto: o usuário deve informar o assunto que a
mensagem trata.

Noções de Informática 29
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO

Noções de Informática 30
Apostila Digital Licenciada para Vanessa Imaculada dos Reis Valério - vanessaimaculadajf@hotmail.com (Proibida a Revenda)

Você também pode gostar