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Agência FAPESP - Duas pesquisas independentes trazem boas novidades para portadores da doença
de Alzheimer. Na primeira, cientistas do Instituto Nacional para Ciências da Longevidade, no Japão, e do
Instituto de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, anunciaram uma nova vacina que tem se
mostrado eficiente na redução da patologia da doença. O outro estudo, apresentado na terça-feira
(26/10), na reunião anual da Sociedade para a Neurociência, em San Diego, na Califórnia, identificou
uma proteína que impede a progressão do mal de Alzheimer no tecido cerebral.
A doença é caracterizada pela perda progressiva da função cognitiva provocada pelos depósitos da
proteína beta-amilóide no sistema nervoso central. Os cientistas acreditam que se esses depósitos
puderem ser barrados ou diminuídos, o problema deverá ser combatido com eficiência.
O estudo feito por japoneses e norte-americanos, publicado na edição atual do Journal of Alzheimer's
Disease (vol.6, nº 5), apresenta os resultados da nova vacina. Os pesquisadores aplicaram oralmente
em camundongos a solução, composta de DNA da proteína beta-amilóide, a um vetor, um vírus adeno-
associado. Segundo relataram, não apenas os níveis da proteína diminuíram como a resposta imune
modulada pelas células-T também foi significativamente reduzida.
Uma única dose da vacina foi o suficiente para aumentar a produção de anticorpos contra a proteína
beta-amilóide por mais de seis meses. Exames nos tecidos cerebrais dos animais mostraram que os
depósitos amilóides extra-celulares claramente diminuíram, comparados com exemplares que não
receberam a vacina.
“Essa nova terapia parece ser realmente efetiva para a prevenção e tratamento da doença”, disse Hideo
Hara, líder do estudo. De acordo com o cientista japonês, a vacina não induziu reações fortes das
células-T e não apresentou sinais de causar meningoencefalite – inflamação que atinge o encéfalo e
meninges. Vacinas anteriores para o mal de Alzheimer foram mal-sucedidas por terem provocado
problemas colaterais como esse.
Evolução bloqueada
O outro estudo que acaba de ser anunciado resultou na identificação de uma proteína capaz de
suspender a progressão do Alzheimer no tecido cerebral humano. Conhecida como transtirretina, a
proteína protege as células cerebrais da deterioração gradual ao bloquear a ação da proteína beta-
amilóide, impedindo que ela interaja com o tecido cerebral.
Os genes levaram os animais a produzir níveis anormais da proteína beta-amilóide, mas o uso da
transtirretina fez com que não apresentassem sintomas da doença. “Temos inclusive um camundongo
cujo cérebro foi mergulhado em beta-amilóide e que não mostrou sintomas”, contou o cientista.
Johnson imagina um momento em que os membros de uma família com predisposição genética para a
doença de Alzheimer poderão receber um medicamento capaz de estimular a produção da transtirretina.
“Esperamos que os resultados que obtivemos estimulem novas abordagens para o tratamento da
doença, que estejam focadas mais na prevenção da perda das células cerebrais do que no tratamento
dos sintomas resultantes”, disse.
"O composto não impede a morte das células nervosas, mas evita a
destruição de outra substancia que faz a comunicação entre os neurônios,
a acetilcolina, um neurotransmissor, associado a formação da memória",
explica Vanderlan.
Melhora na memória
Fonte: http://www.estadao.com.br/ciencia/aplicada/2004/jul/05/120.htm
Os extratos de uma espécie de sálvia encontrada nas serras d'Aire e Candeeiros (Salvia
sclareoides) podem ajudar a controlar o desenvolvimento da doença de Alzheimer. As
conclusões são de um estudo conduzido por investigadores portugueses desde 1992 e que se
encontra em fase de registro de patente.
“Vários extratos da espécie de sálvia que estudamos provocam inibições bastante potentes
de enzimas envolvidas na patologia de Alzheimer", disse à Agência Lusa Amélia Pilar
Rauter, diretora do Grupo de Química dos Glicídios da Faculdade de Ciências da
Universidade de Lisboa, que lidera a pesquisa com Jorge Justino, presidente do Conselho
Diretivo da Escola Superior Agrária de Santarém. (ESAS)
O estudo demonstrou a ação dos extratos desta espécie de sálvia em duas enzimas envolvidas
nas neurotransmissões cerebrais o que, segundo Jorge Justino, não permite curar, mas
controlar a progressão da patologia. A importância desta descoberta está no baixo custo, na
atividade biológica relevante e na ausência de toxicidade. De acordo com este investigador,
até a infusão em água (chá) desta planta pode ser utilizada como terapia na doença de
Alzheimer.
A sálvia, de que existem mais de 1400 espécies, é uma das plantas aromáticas e medicinais
mais utilizadas na medicina popular. Entre os seus princípios ativos já conhecidos estão
alguns associados à atividade cardíaca, antibacteriana, inseticida, fungicida e ao combate às
células cancerígenas dos pulmões.
13/8/2008
http://performance. clix.pt/html/ fitoterapia_ desc.asp? id=533