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Vigilância Epidemiológicada

Dengue
Arbovírus - Definição

• Vírus que são transmitidos e mantidos em natureza em ciclos envolvendo


vetores artrópodes hematófagos (mosquitos e carrapatos) e hospedeiros
vertebrados (mamíferos, aves, anfíbios e répteis)
• Espécies: >545
• Relacionadas a doença humana: 150 espécies
• Causas no aumento de casos:
 urbanização não planejada,
 precárias condições sanitárias,
 desabastecimento de água,
 rápidas mudanças climáticas,
 desmatamento,
 migração populacional,
O Mosquito está Presente em
Várias Partes Do Mundo

… por isso as doenças podem atingir tantas pessoas


Dengue
Dengue no Mundo

• De 50 a 100 milhões de infecções anuais

• Atualmente a doença está presente em mais de 125 países

Fatores importantes:
• Crescimento da populaçao
• Urbaniaçao sem planejamento
• Mutações genéticas e ampliação de
área atuante do vetor
• Existência de criadouros
Dengue no Brasil

• 1.439.471 casos notificados

• Incidência 690,4 casos/100 mil hab.

• 1.111 casos graves

• 15.179 Dengue com sinais de alarme

• 591 óbitos

Dados atualizados até a SE 34(30.12.2018 a 24.08.2019)


Dengue no Brasil

• Epidemiologia da dengue no Brasil


 Aumento na incidência de casos prováveis de dengue (599,5%).
 Predominância do sorotipo DENV2

• Cenário epidemiológico atual


 Importância de dengue na saúde pública
 Necessidade de intensificação da vigilância e das atividades de controle
* Dados sujeitos a revisão Anos Epidêmicos: 1998 / 2001 2011/ 2013
Dengue: Vírus tem 4 sorotipos

- DENV 1
- DENV 2
- DENV 3
- DENV 4

• Cada sorotipo confere imunidade sorotipo específico permanente


• Todos os sorotipos podem causar doença grave e fatal
Fotografia de Purdue University. Disponível em:
https://news.uns.purdue.edu/html4ever/020307.Kuhn.dengue.html.
Dengue: Definição de Caso Suspeito

• Febre e duas ou mais das seguintes manifestações: náusea,


vômitos, exantema, mialgias, artralgia, cefaleia, dor retro orbital,
petéquias, prova do laço positiva ou leucopenia
Dengue: Transmissão

• Não há transmissão de pessoa a


pessoa

• Há registros de transmissão da mãe


para o feto por transfusão de sangue

• O vírus é mantido na natureza em um


ciclo de transmissão envolvendo o
vetor artrópode e um animal

• O homem se infecta acidentalmente


Dengue: Transmissão

Até o 6 dia

• As pessoas infectadas são os principais


reservatórios e multiplicadores do virus e
podem transmiti-lo para o mosquito até o
Pessoa infectada sexto dia da doença instalada
Dengue: Sintomas

SINTOMAS - MAIORIA LEVES


• De 4 a 10 dias após a picada
• Duração de 2 a 7 dias

GRUPOS DE MAIOR RISCO


Dengue: Sintomas

• No início é difícil diferenciar a


dengue de outras doenças

• Os sintomas são bem parecidos, como


febre acompanhada de dores de cabeça,
no corpo, nas articulações e atrás dos
olhos, além de fraqueza, manchas
avermelhadas e coceira
Dengue: Sintomas

• A febre costuma diminuir ou desaparecer


entre o 3º e 7º dias da doença

• Período crítico!

• Sinais de alarme
Dengue: Sintomas

• Dor abdominal intensa e contínua

• Vômitos persistentes

• Sangramentos

• Sonolência/irritabilidade

• Queda de pressão arterial/tontura

• Dificuldade para respirar

• Diminuição da sudorese
Dengue

• A confirmação da dengue é feita


com base nos sintomas
apresentados e nos exames físico
e laboratoriais e historia
epidemiologica

• O hemograma (hematócrito e
plaquetas) pode auxiliar e agilizar
os cuidados que o doente deve ter
Quando Realizar Sorologia?
Critério Laboratorial
Confirmação ou Descarte

Critério laboratorial
1. Cultura e/ou PCR
2. Sorológicos (pesquisa anticorpos IgM anti-dengue)
3. Teste Rápido NS1: até 3 (três) dias do início dos sintomas

Critério clínico-epidemiológico
• Caso suspeito de dengue durante epidemia, após comprovação
laboratorial dos primeiros casos na área de circulação viral
Diagnóstico

Momento da
Material Biológico Período Exame
coleta
Início dos
Sangue 0 a 3 dias NS1
sintomas
Inicio dos
Sangue 0 a 5 dias Isolamento viral
sintomas

Soro Convalescência A partir do 6 dia Sorologia

• As amostras deverão estar acompanhadas


FICHA EPIDEMIOLÓGICA
FICHA GAL devidamente preenchidas e legíveis
NOTIFICAÇAO
Obrigatória para profissionais de saúde e
responsáveis pelos serviços de saúde (público
e privado)

Qualidade e confiabilidade da
informação, investigação dos
casos, otimiza o tratamento,.....
Notificação e Investigação

• Todo caso suspeito deve ser notificado à Vigilância Epidemiológica


municipal.

• Para dengue e chikungunya: digitalizar a notificação no SINAN ONLINE


(sinan.saude.gov.br/sinan) em até 7 dias

• Investigação deve ser concomitante à notificação

• Confirmação laboratorial (sorologia IgM, NS1 teste rápido ou ELISA,


isolamento viral, PCR, imuno-histoquímica) Laboratório Central de Saúde
Pública- Lacen
Procedimentos para Notificação,
Preenchimento da Ficha e Investigação

• A notificação, preenchimento da ficha e inclusão no SINAN


são obrigatórios, independente da situação epidemiológica!

• Casos suspeitos importados/período não epidêmico:


 Preenchimento de todos os campos da ficha

• Durante epidemias
 Preenchimento das fichas de investigação para os primeiros casos da
área e de todos que apresentem manifestações atípicas, casos graves ou
óbitos
PORTARIA nº 204, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016, UNIFICADA PELA PORTARIA
DE CONSOLIDAÇÃO nº4, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017-MS

Lista de notificação compulsória


Como Notificar

 Semanal
Fichas de Notificação/Investigação
Digitação (SINAN ONLINE)

EM MANAUS
 IMEDIATA CIEVS/MANAUS
E-mail, telefone, fax, WhatsApp Fone: (92)98842-8696
Digitação no SINAN ONLINE DISAS (92)98842-8853
E-notifica:manauscievs@gmail.com

AMAZONAS
FVS/DVE/GDTV
SMS Fone/fax: (92)3182-8519
Email: dve@fvs.am.gov.br
Como Notificar

• “Só podemos pensar/suspeitar de algo que conhecemos” e


então notificar

• Os profissionais de saúde (hospitais e unidades básicas)


devem ser informados/alertados sobre a circulação da
doença, para que possam estar atentos à suspeição do
agravo

Vigilância
Epidemiológica
Como Notificar?
Ficha de Notificação e Investigação
Dengue e Chikungunya – SINAN ONLINE Definição de caso suspeito
Investigação do Caso

• Quem entra como suspeito (definição)

• Antes de investigar avaliar se o casos se encaixa na definição


de caso
Investigação do Caso

• Onde investigar?

• Quais as fontes de informação?

• Que informações buscar?

• Quando conversar com o médico que está atendendo?

• Amostras
Como Investigar?
Como Investigar?
Investigação

Período de incubação
14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
Investiga LPI

04/03/2019 17/03/2019

Investigar sinais e
sintomas, pessoas
próximas com o mesmo
Que locais esteve nos 14 dias quadro, área
anteriores ao início dos
A suspeita ocorre no
sintomas? Aqui definirá o
primeiro atendimento com
local provável de infecção
(LPI) o paciente: anamnese,
Como Notificar?

 SINAN ONLINE
Ficha de Notificação/Investigação para Dengue (CID A90) + Chikungunya (CID A92) –
mesma ficha
http://sinan.saúde.gov.br/sinan/login/senha
Orientações sobre coleta de amostras para
diagnóstico laboratorial de Chikungunya

• A coleta de amostra deve ser realizada de acordo com tempo de


doença ( data de início dos sintomas X data de coleta):
1. Sorologia IgM:
• A partir do 6 dias da doença
2. PCR e isolamento Viral:
• Sangue ou soro: 1º ao 5º dia da doença
3. Post Morten:
• A coleta de tecido deve ser realizada em no máximo 24 horas após o óbito para
isolamento viral ou histopatologia ou histoquímica
 Sempre encaminhar amostras ao LACEN com uma via da ficha de notificação
do SINAN devidamente preenchida;
 Cadastrar todas as informações das amostras e da ficha no Sistema
Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL)
Orientações sobre coleta de amostras para
diagnóstico laboratorial de Chikungunya
Em cenário de área com casos importados: exames em 100% dos
casos
 Em cenário de área com casos autóctones esporádicos ou
aglomerados: exames dos primeiros casos para caracterizar a
transmissão, depois somente de formas atípicas e óbitos;

Em cenário de área de epidemia: exame laboratorial somente para


formas atípicas e óbitos;

• A notificação, preenchimento da ficha e inclusão no SINAN são


obrigatórios, independente da situação epidemiológica. Da
mesma forma o repasse de informações para o controle de vetor.
Fluxograma de Comunicação
Entre as à Áreas

Unidade de Saúde (AB, Média e


Alta complexidade): FIN e FII

Vigilância Epidemiológica
Retroalimentação das informações
Municipal
sobre número de foco, casos, áreas
de maior risco, expansão da área de
transmissão, presença de casos com
Programa de Controle de
sinais de alarme/gravidade, etc
Endemias Municipal

Vigilância Epidemiológica Ministério da


Estadual Saúde
Encerramento

• Encerramento oportuno dos casos – prazo até 60 dias a contar


da data de notificação

• Completitude dos campos

• Inconsistência dos dados: confirmação laboratorial sem exame,


classificação final grave sem sinais de gravidade...

• Maior atenção aos casos graves e óbitos!


UNIDADES DE SAÚDE

Distribuir em
consultórios e
PA QUADRO
PARA
DIGNÓSTICO
DIFERENCIAL
EM CASO DE SINTOMAS SEMPRE PROCURAR SERVIÇO SAÚDE
“ A boa vigilância não necessariamente
garante a tomada de decisões corretas
Mas reduz a chance de tomarmos
decisões erradas”
(Alexandre D. Langmuir
New Egland Journal Of Medicine; 1963; 268: 182-191)
OBRIGADO
OBRIGADA

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