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Líquenes como
Bioindicadores de Poluição
Grupo 1:
Hélio Elael Bonini Viana – RA: 367826
Paulo Henrique dos Santos Correa – RA: 367923
04 Set 2010
UTILIZAÇÃO DE LÍQUENS COMO INDICADORES DE POLUIÇÃO
Liquens podem ser encontrados nos mais variados ambientes, como a tundra
ártica e o deserto do Sahara. Crescem em um ritmo lento (poucos milímetros
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por ano) e levam tempo para se estabelecer sobre o substrato (como rochas
e troncos de árvores). Estruturas liqueníticas podem ser bastante antigas,
algumas vezes chegando a milhões de anos. Por exemplo, em anos recentes,
pesquisadores identificaram liquens com idades da ordem de 600 milhões de
anos através da análise de fósseis e dados filogenéticos.2
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Nos últimos anos, os liquens vêm sendo amplamente empregados como
bioindicadores ambientais. Pelo fato de não possuírem cutícula protetora, como
as folhas de vegetais e absorverem diretamente a água juntamente com
contaminantes, tornam-se especialmente susceptíveis a variações atmosféricas
e ambientais, bem como mudanças nas condições de pH do substrato, sendo
por isso bons indicadores de poluição ambiental.4
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podem ser extraídas e identificadas por técnicas como reações de coloração,
microcristalização, e cromatografia.
3. Trabalho de campo
Embora este texto não tenha como objetivo ser um trabalho de pesquisa, com
os métodos, recursos e tempo que tal intento exigiria, no decorrer do
desenvolvimento deste trabalho, o grupo pode observar, pela experiência diária
e através de registros fotográficos, algumas diferenças com relação à presença
de liquens e sua diversidade em alguns locais, conforme figuras apresentadas
no Anexo 1.
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Fuga (2007) realizou também estudos com fungos epifíticos, só que na região
da Grande São Paulo. Os resultados apontam para uma alta concentração de
cromo (Cr) no centro do município de São Paulo e estão relacionados,
principalmente, com a grande emissão de poluentes pela frota de veículos
(fig.7). Já na região do ABC foi constatada uma elevada concentração de
manganês (Mn), a qual é justificada pela presença de metalúrgicas (fig.8). Um
procedimento completo para amostragem e tratamento das amostras de
liquens pode ser observado em Fuga (2007).
4. Referências bibliográficas
[2] Yuan, X., Xiao, S.,and Taylor T.N.(2005). Lichen-like symbiosis 600
million years ago. Science 308,1017-1020. Disponível em:
http://www.sciencemag.org/cgi/data/308/5724/1017/DC1/1
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[5]TURIAN,G.(1985). Lichens as indicators of air pollution (zone scales of
Gene va). Cellular and Molecular Life Sciences, 41(4),534-535.
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5. Anexos
Figura 2: Detalhe de árvore do Parque Burle Marx (B), em São José dos Campos, com
espécies variadas de liquens, e a presença de musgos e bromélia (Tilandsia sp.). Fonte:
Arquivo pessoal.
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Figura 3: Área com alto índice de arborização – CTA (D), São José dos Campos-SP. Presença
de líquens, musgos e uma bromeliácea (Tilandsia recurvata). Fonte: Arquivo pessoal.
Figura 4: Mesma área da figura anterior. Nota-se a variedade de espécies (Parmelia sp.,
Cryptothecia sp. e musgo). Fonte: Arquivo pessoal.
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Figura 5: Praça no Centro de São José dos Campos (Praça Afonso Pena), com tráfego intenso
de carros, ônibus - ponto de embarque - e semáforos (C). Pode-se observar a ausência de
líquens, embora haja a presença de outras espécies de trepadeiras e epífitas, como o singônio
(Syngonium angustatum) e Ripsalis sp. Fonte: Arquivo pessoal.
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Figura 6: Locais das fotos. Fonte: Google Maps.
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Figura 7: Mapa da concentração de Cr, em ng g-1, obtidos para liquens da região metropolitana
de São Paulo (apud Fuga 2007 p.105).
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