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Apostila Téc. de Abordagem - PMPI PDF
Apostila Téc. de Abordagem - PMPI PDF
CRÉDITOS
Equipe:
Cap PM Aquino
1º Ten PM Mota
2º Sgt Sousa
2º Sgt Piroelton
3º Sgt Kelton
Cb James
Cb Magno
Sd Alexandre Santos
Feitosa
Aurino
APRESENTAÇÃO:
1. CONCEITO
(...) A “fundada suspeita”, prevista no art. 244 do CPP, não pode fundar-se em
parâmetros unicamente subjetivos, exigindo elementos concretos que indiquem a
necessidade da revista, em face do constrangimento que causa. Assim, quando um
policial desconfiar de alguém, não poderá valer-se, unicamente, de sua experiência ou
pressentimento, necessitando, ainda, de algo mais palpável, como: A denúncia feita
por terceiro de que a pessoa porta o instrumento usado para o cometimento do delito,
bem como pode ele mesmo visualizar uma saliência sob a blusa do sujeito, dando
nítida impressão de se tratar de um revólver, como também informação repassada
pelo COPOM,etc.
HC 81305, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Primeira Turma, julgado em 13/11/2001, DJ 22-
02-2002 PP-00035 EMENT VOL-02058-02 PP-00306 RTJ VOL-00182-01 PP-00284)
2. FUNDAMENTO LEGAL
SAIBA MAIS:
a) DISCRICIONARIEDADE:
A discricionariedade refere-se a conveniência e a oportunidade de AGIR do
administrador que deve analisar (dentro da lacuna legal) a necessidade da interferência
estatal, se é o momento oportuno e o “quantum” da interferência para fazer chegar a
normalidade social. Tratando-se de um poder discricionário, a norma do ato de polícia,
todavia, quando assim estabelecer, o ato de polícia estará vinculado ao estrito
cumprimento da norma que ditou a forma de atuação e o seu conteúdo.
b) AUTOEXECUTORIEDADE:
A autoexecutoriedade reporta-se ao fato de que a Administração não precisa de
autorização de outro poder (no caso o judiciário) para executar suas atividades de poder
de polícia.
c) COERCIBILIDADE:
São imperativos aos seus destinatários, que devem acatar, sob pena de a execução
do ato ser realizada, inclusive, com emprego de força física.
EM RESUMO
O policial militar é autoridade administrativa de polícia, uma vez que é um agente
da Administração Pública incumbido da atividade de polícia de manutenção da ordem
pública. Assim, quando o policial militar aborda alguém, está utilizando o poder
administrativo de polícia (poder discricionário de polícia). E se na abordagem não
encontrar nenhuma irregularidade, liberará o abordado. Porém, encontrando alguma
irregularidade penal, o policial militar não poderá liberar o infrator, mas conduzi-lo ao
Distrito Policial da área, pois a partir deste momento estará agindo vinculadamente ao que
determina os preceitos processuais penais, principalmente ao Art. 301, caput, CPP, que
trata da prisão em flagrante.
3. PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM POLICIAL
3. PRINCÍPIOS DA ABORDAGEM
I. Segurança;
II. Surpresa;
III. Rapidez;
V. Unidade de comando.
I. SEGURANÇA:
II. SURPRESA:
V. UNIDADE DE COMANDO:
Pelo princípio da unidade de comando há uma definição nítida de funções
durante a abordagem, ou seja, há um único comandante que determinará como será
procedida a abordagem, e os demais policias, aos quais caberão o acatamento das
determinações, evitando a multiplicidade de ordens, e indefinições durante a abordagem.
O poder de comando cabe ao policial militar de maior hierarquia ou mais antigo,
cabe a este a responsabilidade pelos atos dos seus subordinados.
4. PREPARO MENTAL
Preparo mental ou pensamento tático é o condicionamento mental para
responder adequadamente a possíveis ameaças que o policial militar possa enfrentar
durante uma abordagem. Funciona da seguinte forma: deve-se visualiza mentalmente os
possíveis perigos que possam ocorrer, e ensaiar mentalmente respostas adequadas para
estes.
O policial militar deve ter em mente que possuir respostas adequadas, estar em
alerta e agir preventivamente é mais importante que o tipo de arma que possa estar
portando, uma vez que se for surpreendido, seu armamento de nada adiantará.
5. ESTADO DE ALERTA
Estado de alerta ou nível de alerta. É o nível ou grau de atenção em que se
encontra o policial antes e durante a abordagem policial, e deve ser utilizado em conjunto
com a preparação mental, uma vez que ambos se completam, assim, ao deparar-se com
uma situação de perigo, o policial militar estará em certo nível de alerta, e, para poder
formular resposta adequada ao perigo apresentado e controlar a situação, dependerá de
seu grau de atenção, de sua autodisciplina tática, a qual é traduzida pelo binômio
preparação mental-nível de alerta.
Os níveis de alerta são os seguintes:
NÍVEL 1 (ATENTO): Estado em que o policial militar está atento, mas não
tenso, mantendo constante vigilância das pessoas, coisas e ações que ocorrem ao
seu redor, não há identificação de ameaça, mas o policial está ciente de que uma
agressão poderá ocorrer.
II PLANEJAMENTO MENTAL
Havendo a necessidade da realização da abordagem, o policial militar
deverá fazer um planejamento mental para a execução da abordagem, assim, se esta for
em virtude de determinação do COPOM ou por atendimento ao chamado de populares, o
comandante da guarnição deverá colher todas as informações acerca da ocorrência.
Caso a abordagem seja motivada pelo próprio policial militar o planejamento mental será
realizado com base em sua avaliação da situação.
O planejamento mental consiste em avaliar as informações colhidas e a
situação apresentada com a sua capacidade para controlá-la, devendo ser observados os
seguintes aspectos:
Quantos são? Estão armados?
Que tipo de armas possuem?
Onde é o local da ocorrência?
Que tipo de abordagem será realizada?
Tenho condição de realizar essa abordagem?
Possuo efetivo suficiente?
É necessário solicitar reforço?
Tenho armamento e equipamento adequado?
Há possibilidade de resistência?
O que faremos se houver resistência?
Quando faremos à abordagem?
Por onde faremos à abordagem?
Minha ação é legal?
Outros aspectos que considerar relevante.
III PLANO DE AÇÃO
Após avaliação dos aspectos relacionados ao planejamento mental, o
comandante da guarnição deverá elaborar um plano de ação para a realização da
abordagem, em seguida, irá repassá-lo aos demais policiais militares, não devendo haver
dúvidas sobre a função de cada policial militar empregado na abordagem. Esse plano
deve ser o mais simples possível e de fácil entendimento. Muitas das vezes esse plano de
ação é concebido no momento da abordagem e repassado verbalmente aos policias,
entretanto não se deve esquecer que quanto mais complexa for à abordagem mais
complexo será o plano de ação.
b) Cooperativo
O suspeito é positivo e submisso as determinações dos policiais. Não
oferece resistência pode ser abordado, revistado e algemado facilmente, caso seja
necessário prendê-lo.
c) Resistente passivo
A resistência do sujeito é primordialmente passiva, com ele não oferecendo
resistência física aos procedimentos dos policiais, contudo não acatando as
determinações, ficando simplesmente parado. Ele resiste, mas sem reagir, sem agredir.
d) Resistente ativo
A resistência do sujeito é ativa, ou seja, aumento a um nível de forte desafio
físico.
Ex. O suspeito que tenta fugir empurrando o policial ou vítimas.
b) NÍVEL II – Verbalização
Baseia-se na ampla variedade de habilidades de comunicação por parte do
policial. O conteúdo da mensagem é muito importante. A escolha correta das palavras,
bem como a intensidade a serem empregadas, traduz com precisão a eficácia da invertida
policial.
Este nível de força pode e deve ser utilizado em conjunto com qualquer
outro nível de força, sempre que possível.
ASSIS, Jorge César de. Lições de direito para atividade policial militar. 4 ed. Curitiba: Juruá,
1999.
ASSIS, José Wilson Gomes de, 1º Ten. QOPMPI. Instrução Operacional Básica para Presídios
(apostila). Teresina, 2004.
ASSIS, José Wilson Gomes de, 1º Ten. QOPMPI. Escolta de presos. Teresina, 2005.
CRETELLA JÚNIOR, José (organizador). Direito administrativo da ordem pública. 3 ed. Rio de
Janeiro: Forense, 1998.
DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO ILUSTRADO: VEJA LAROUSSE. São Paulo: Editora Abril, 2006.
POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS. Manual de prática policial: geral. Belo Horizonte, 2002.
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ. Curso Especial de Força Tática (Apostila). Belém, 2001.
POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ. Policiamento Motorizado. São José dos Pinhais 1995.
POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ. Curso Ações Táticas Especiais (Apostila). Teresina, 2003.