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FORMAS DE LEITO

“BEDFORMS”
VARIAÇÃO DA TERMINOLOGIA

Ripples Megaripples Sand waves

Ripples Dunas Sand waves

Ripples Small sand waves Large sand waves

Ripples Dunas
Formas de Leito
O transporte de sedimentos por tração sobre um fundo plano varia espacialmente,
e assim gera deposição localizada e irregularidades topográficas.
A aceleração e desaceleração do fluxo sobre essas irregularidades potencializa o
gradiente espacial de transporte de sedimentos e favorece o cresimento de uma
ondulação . Erosão ocorre ao longo do aclive da ondulação e deposição na face de
declive => face de deslizamento, onde os grãos rolam por gravidade.
Se o comprimento da ondulação for inferior a 15 vezes sua altura ( L < 15 H) ocorre
então a separação de fluxo após a crista, que potencializa o efeito erosivo na cava.
O fluxo acima da zona de separação retoma o contato com o fundo a uma
determinada distância além da crista, definida como uma distância correspondente:
maior maior velocidade maior
pressão menor pressão pressão - a 6 comprimentos da duna
- a 4,3 alturas da forma de leito
- 1/3 do comprimento da forma de
leito
Bolha de
separação
Na zona de reconexão do fluxo a
zona de reconexão do fluxo
intensidade da turbulência é alta e a pressão
Tensão +
Cisalhamento é máxima.
-
Pefis de velocidade sobre uma ondulução

Altura acima do fundo (m)


1 2 3 4 1 4 3 2
10

5,0

1,0
0,5

Dyer 1986

0,2 0,6 1,0


Dyer 1986
Velocity (m/s)

http://www.youtube.com/watch?v=Yfg8LiobIVg&feature=bf_prev&list=PL1C5B27390A53B292&index=11
Sequência de Formas de Leito com aumento da
velocidade do fluxo
FUNDO PLANO DE FLUXO INFERIOR – movimento incipiente do
grão e início de aglomerações de grãos em zonas com menores
tensão.

RIPPLES – produzidos por correntes mais lentas e grãos mais finos


– manutenção da camada limite viscosa. Superficie da água não é
perturbada. D < 0,7 mm, L > 30 cm, H > 5 cm, H/L > 1/10.
Comprimento aparentemente associado a D --> L = 1000 D

DUNAS – ripples maiores dimensões. Formam-se com areia média


a grossa e deformam a superficie da água.
100’s m > L > 60 cm, 10’s > H > 5 cm, H/L > 1/17. Existe depen-
erosão deposição dência de H e L com a profundidade (h): L ~ 5 h e H ~ 0,167 h.

FUNDO PLANO DE FLUXO SUPERIOR – intenso transporte de


sedimentos sobre um fundo virtualmente plano. Comum observar
pequenas cristas longitudinais ao fluxodo grão e início de
aglomerações de grãos em zonas com menores tensão.

ANTIDUNAS – em fluxos supercriticos (Fr > 1) um acumulação em


forma de senoide aparece com comprimento L ~ u2g / 2π.
deposição erosão Estacionárias ou em deslocamento contra a corrente
Diagrama de estabilidade das formas de
leito em fluxo unidirecional

Southard & Boguchwal 1990


TENSÕES DE CISALHAMENTO E FORMAS
DE LEITO
VÁRIAS FORMAS DE LEITO EXISTEM, AS QUAIS SÃO ESTÁVEIS ENTRE
CERTOS VALORES DE ENERGIA DE FLUXO.

50 ZONAS DE SOBREPOSIÇÃO
FUNDO PLANO DE FLUXO SUPERIOR
Uma mesma tensão de cisalhamento
Tensão de Cisalhamento (N / m2)

10 pode ser produzida por um fluxo


lento sobre um fundo altamente
DUNAS rugoso e por um fluxo rápido sobre
fundos com rugosidade suave.
1 RIPPLES FLUXO
BARRAS INFERIOR
DE
CORRENTE

SEM MOVIMENTO DUNAS


0 TEMINOLOGIA POLÊMICA
0,1 0,3 0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5 1,7
sand waves, megaripples
Diâmetro médio (mm)
Leeder 1992
RIPPLES
alterações morfológicas com o aumento de
energia
Aumento da energia da corrente

Bi-dimensionais Tri-dimensionais
Dunas

Bi-dimensional simples Tri-dimensional composta

Lee et al. 2006 JCR Elliot e Gardner – in Leede

Com espaçamento variando entre 0,6 m e centenas de metros


Altura variando entre 0,05 m e mais do que 3 m.
Ripples
Acumulação de sedimentos grossos à frente
da face deslizante como resultado da erosão
localizada devido à bolha de separação

Filme
http://faculty.gg.uwyo.edu/heller/SedMovs/Sed%20Movie%20files/McBride%20ripples%20Comp.mov
Existe a tendência geral de aumento da altura e
comprimento das dunas com o aumento da
Comprimento (L) – m

profundidade da água. Repare a


superimposição de formas de leito

Dunas tri-dimensionais
Altura (H) - m

Lee et al. 2006 JCR


Dunas bi-dimensionais
Profundidade (h) – m Allen (1980)
Lineações de Corrente
Fundo plano em regime de fluxo superior
Veja o filme mostrando o transporte de sedimentos
http://faculty.gg.uwyo.edu/heller/SedMovs/Sed%20Movie%20files/McBride%20lam%20comp.mov

Direção
do fluxo
ANTIDUNAS

ONDAS ESTACIONÁRIAS

Assista o filme
http://faculty.gg.uwyo.edu/heller/SedMovs/Sed%20Movie%20files/antidun.mov
RIPPLES DE ONDA (fluxo oscilatório)
Dimensões – altura 0,003 m < H < 0,25 m
comprimento 0,009 m < L < 2,0 m
Se formam em profundidades de até 200 m

Ripples de rolamento – com alto


índice, cava rasa e plana sem
movimento de sedimentos – altos
valores de tensão de cisalhamento.
índices (L/H) acima de 7

Ripples com Vórtices - com menores


valores de tensão de cizalhamento, com
altos índices, cava erosiva e cristas
angulosas. índices (L/H) entre 4 e 7
Diagrama de estabilidade de formas leito
geradas por fluxo bidirecional

Velocidade orbital máxima junto ao fundo (m/s)


Assim como em fluxos
Leito plano fluxo de sedimentos em lençol
unidirecionais, o aumento da
Ripples de rolamento
velocidade orbital causa alterações
morfológicas do fundo que Ripples de vórtices
culminam com um fundo plano.
O comprimento do ripple para cada
tamanho de sedimento aumenta
Ripples de onda
com o aumento do tamanho da
órbita ou velocidade orbital. A
resposta da forma de leito ao
aumento da órbita é no entanto
mais lenta quanto mais grosso for o
grão.
Quanto menor D (mm) relativo ao
diâmetro da órbita (do) maior será o Sem movimento
comprimento do ripple (L/do ~ 1).
Os ripples se tornam mais planos e
menos esbeltos com o aumento da
diâmetro, ou velocidade, orbital.
Variação da velocidade do fluxo acima da crista de um ripple de onda. A linha
continua refere-se ao trecho com a suspensão de sedimento monitorado no painel
inferior. O momento exato da situação retratada no painel inferior é o final da linha
continua. Observe a alta concentração de sedimentos sobre a crista e no local de
formação do vórtice.

Villard & Osborne 2002


Journal of Sedimentary Research; February 2009; v. 79; no. 2; p. 83-93; DOI: 10.2110/jsr.2009.012

Experimento em tanque para investigar a forma dos D50 = 0,12 mm e 0,8 mm


ripples e a estrutura sedimentar resultante. Ripples 0,95 m < do < 4,50 m
separados em grandes (LWR) e pequenos (SWR) 0,20 m/s < Uo < 1,40 m/s
4.5 < T < 12 s
Tamanho (altura e comprimento) dos grandes ripples de onda ajusta-se com o
tamanho da órbita das ondas. Pequenos ripples de onda não se ajustam.

𝑯
𝒅𝒐 = 𝟐𝝅𝝅
𝒔𝒔𝒔𝒔
𝑳
Regionalização
da movimentação
dos sedimentos
sob condições de
ondas de SE
Assimetria das formas de leito e direção de
transporte de sedimentos
Megaripples na saída da Baía de São Francisco
B

Barnard et al. 2006

36

40

44

48

52
A assiemtria das formas de leito permitem inferir a
direção do transporte de sedimentos e o
mapeamento contínuo de sua posição, as taxas de
transporte

Barnard et al. 2006


Medição do Transporte de Sedimentos a
partir da migração das formas de leito
Qual a unidade?
( H 2x L) x deslocamento (m)

Intervalo de tempo
Recursos na Web

• Apresentação de Cummings et al. sobre ripples de onda


http://www.searchanddiscovery.net/documents/2009/50227cummings/ndx_cummings.pdf

Mais no FTP
• Campos e Dominguez. 2010. Mobility of sediments due to wave action on the
continental Shelf of the northern coast of the State of Bahia. Brazilian Journal of
Oceanography, 58(special issue PGGM):57-63, 2010.

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