Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Manual1 PDF
Manual1 PDF
MANUAL DE CIDADANIA
Desenvolvimento Pessoal
UFCD
C1 - CIDADANIA 50 horas
(código SGFOR 09097AD)
Ficha Técnica
Anabela Franqueira
Autoras
Romualda Fernandes
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 2/113
Índice
1. Objectivos 5
2. Estrutura curricular 6
3. Metodologias de formação 7
5. Conteúdos da formação 9
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 3/113
Unidade temática 3 - Formas de acesso à informação e documentação
3.3. Internet 72
6. Fichas de trabalho 75
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 4/113
1. OBJECTIVOS
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 5/113
2. ESTRUTURA CURRICULAR
Duração de Referência
A carga horária apresentada serve de referência, sendo ajustável a cada grupo de formandos, de modo a assegurar
a aquisição das competências preconizadas para este efeito, não podendo ultrapassar a duração máxima definida
para a UFCD (50 horas).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 6/113
3. METODOLOGIA DA FORMAÇÃO
O formador deverá, então, assumir-se como facilitador das aprendizagens, procedendo a uma
intervenção pedagógica diferenciada, focalizada no apoio e no acompanhamento da progressão
de cada formando.
Os processos formativos devem respeitar o ritmo individual de cada formando, o que estimulará
o desenvolvimento das capacidades de autonomia, iniciativa e auto-aprendizagem,
indispensáveis à plena integração dos públicos imigrantes na sociedade portuguesa.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 7/113
4. PERFIL DOS FORMADORES
y formação superior em direito ou serviço social, podendo admitir-se outra formação relevante
para esta área de competência;
y experiência de formação nas temáticas a ministrar (constantes da supracitada UFCD);
y conhecimentos básicos de informática.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 8/113
5. CONTEÚDOS DA FORMAÇÃO
Objectivos
Conteúdos
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 9/113
1.1. Cidadania Pessoal
Todas as pessoas são seres individuais que procuram, naturalmente, satisfazer os seus
interesses e bem-estar pessoal, como, por exemplo, ter uma casa, ter um bom emprego, se
emigrante noutro país, ter a sua situação regularizada para poder usufruir dos direitos que essa
condição lhe garante.
No entanto, as pessoas não vivem isoladas, mas inseridas numa comunidade ou num grupo
social onde a interacção é inevitável entre todos os membros que a constituem. Por isso, os
indivíduos são, também, seres sociais. Enquanto seres sociais, os indivíduos sentem a
necessidade de satisfazer interesses colectivos da comunidade, como por exemplo, construir
pontes, estradas, infantários, escolas, jardins, preservar o ambiente.
Quando falamos de comunidade e de ser social, não podemos esquecer nunca o conceito de
bem comum, que é aquilo que pertence a um grupo ou que contribui para satisfazer as
necessidades desse mesmo grupo. Por vezes, os interesses do ser individual podem entrar em
choque com os interesses do ser social ou do bem comum: por exemplo, para construir uma
auto-estrada é necessário, por vezes, expropriar e ocupar terrenos privados; ao deitar lixo para o
chão, contribuímos para o aumento da poluição ambiental.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 10/113
Cidadania Europeia - Estatuto dos cidadãos de cada um dos
estados membros da União Europeia. Tem um carácter adicional ao
da cidadania nacional, conferindo novos, mas limitados direitos, e
sem exigir uma contrapartida de obrigações.
Participação - Conjunto de acções cívicas que incluem quer o exercício do direito de voto, quer
a manifestação pública e a intervenção nas mais diversas organizações e associações de
interesses da sociedade civil.
A circulação de pessoas no mundo tem permitido, cada vez mais, que na passagem de fronteiras
se transporte não só bens e mercadorias, mas também usos e costumes diferentes. Os
movimentos maciços de populações tornaram as migrações uma espécie de relógio despertador
da importância da diversidade cultural, religiosa, étnica, ou seja, da multiculturalidade existente
no planeta.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 11/113
O tema da interculturalidade tem assumido ao nível dos Estados uma importância crescente, em
resultado dos inúmeros fluxos migratórios de e para os diversos países. Neste sentido, em 2008,
a União Europeia decidiu celebrar o Ano Europeu do Diálogo Intercultural. A celebração tem
como objectivos gerais:
y Promover o diálogo intercultural, enquanto processo que permita a todas as pessoas que
vivem na UE melhorar a sua capacidade para lidar com um ambiente cultural mais aberto,
mas também mais complexo;
y Contribuir para a compreensão mútua e coexistência de diferentes identidades culturais e
crenças nos Estados-Membros;
y Realçar o diálogo intercultural, enquanto oportunidade de contribuir para uma sociedade
diversificada e dinâmica e dela beneficiar, não só na Europa, mas também no resto do
mundo;
y Sensibilizar todas as pessoas que vivem na UE, em especial os jovens, para a importância
de desenvolver uma cidadania europeia activa e aberta ao mundo que respeite a
diversidade cultural;
y Tornar transparente a contribuição das diferentes culturas e expressões da diversidade
cultural para o património e os modos de vida dos Estados-Membros.
Fonte: Ano Europeu para o Diálogo Intercultural 2008, DGAE/MNE/ Centro de Informação Europeia Jacques Delors, 2008: Doc.
000040905.pdf, págs. 4 & 5, in http:// www.aprendereuropa.pt
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 12/113
A INTERCULTURALIDADE
Diversidade
Universalidade Singularidade
DIÁLOGO INTERCULTURAL
Fonte: A União Europeia: 2008 -. Ano Europeu do Diálogo Intercultural. MNE/ DGAE/ Centro de Informação Europeia Jacques
Delors, 2008: Doc. 000040905.pdf, pág. 22, in http:// www.aprendereuropa.pt
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 13/113
1.2. Cidadania e Participação
Os direitos humanos definidos em termos gerais, como aqueles direitos e liberdades que são
inerentes à nossa natureza enquanto pessoa e sem os quais não podemos viver como seres
humanos, constituem um elemento estruturante e indispensável do desenvolvimento da
democracia participativa.
Os direitos humanos surgem, desde a sua origem, como direitos do indivíduo, mas o facto dos
indivíduos não existirem isolados e viverem em sociedade interagindo uns com os outros e com
a comunidade, na qual estão inseridos, conduziu à sua institucionalização formal/legal.
Assim, os direitos humanos foram debatidos ao longo dos séculos por filósofos e juristas, mas o
momento mais importante, na história dos direitos do homem, situa-se durante o período de
1945 a 1948, mercê da necessidade de prevenir os riscos da subalternização do indivíduo
humano face aos desígnios da estrutura do poder, que muitos dissabores causou à humanidade
durante a trágica 2.ª Guerra Mundial.
……………………………………………..
Os direitos e liberdades fundamentais do homem estão consagrados à escala universal e
regional em vários instrumentos internacionais, sendo o principal:
A Declaração Universal dos Direitos do Homem que prevê no Artigo 29.º (ponto 1)
que “O indivíduo tem deveres para com a comunidade, fora da qual não é possível o livre e
pleno desenvolvimento da sua personalidade”.
………………………………………………………...
Quando uma pessoa tem consciência dos seus direitos, terá forçosamente a consciência do
dever de promover e respeitar esses direitos, quer em relação a si próprio, quer em relação aos
outros e à comunidade a que pertence. Por isso, o conhecimento dos nossos direitos e deveres
constitui o primeiro passo para o exercício da cidadania participativa.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 14/113
Principais disposições legais estruturadoras dos direitos e deveres dos cidadãos
A Organização das Nações Unidas (ONU) é um organismo que visa manter a paz e a
cooperação entre as nações. No preâmbulo da Carta constitutiva das Nações Unidas assinada
em São Francisco a 26 de Junho de 1945 (publicado no Diário da República I Série - A,
n.º 117/91, mediante o aviso n.º 66/91, de 22 de Maio de 1991) proclama-se:
“Nós, os povos das Nações Unidas, estamos decididos: a preservar as gerações vindouras
do flagelo da guerra que por duas vezes, no espaço de uma vida humana, trouxe sofrimentos
indizíveis à humanidade; … a reafirmar a nossa fé nos direitos fundamentais do homem, na
dignidade e no valor da pessoa humana, na igualdade de direitos dos homens e das
mulheres, assim como das nações, grandes e pequenas (…)”
A ONU está sediada em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e existe formalmente desde o dia 24
de Outubro de 1945, após a ratificação da Carta constitutiva das Nações Unidas pelos então
cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e pela grande maioria dos outros 46
membros.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 15/113
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e
consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. (art. 1.º da
Declaração Universal dos Direitos Humanos)
Fonte:
Campanha Europeia «Todos diferentes, todos iguais»
O artigo 1.º reconhece a dignidade pessoal como sendo o fundamento da igualdade de todos os
membros da família humana entre si. Os homens são iguais por várias razões:
y Porque participam da mesma natureza racional, que se exprime sob a forma da liberdade e
da capacidade que cada homem tem de procurar livremente a verdade;
y Porque têm a mesma origem, devendo, por isso, agir uns para os outros em espírito de
fraternidade;
y Porque pretendem os mesmos direitos vinculados à vida digna.
Este artigo é a base de uma série de direitos humanos considerados fundamentais para qualquer
indivíduo.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 16/113
O artigo 2.º expressa de forma inequívoca o princípio básico da igualdade e da não
discriminação, no que se refere ao gozo de direitos humanos e liberdades fundamentais, com a
proibição de qualquer
A igualdade entre os homens coexiste, num outro nível, com muitas diferenças, designadamente,
cultural, social, género e convicções, territorial e outras mas estas diferenças não devem
prejudicar a igualdade, muito menos servir para classificar em categorias de superioridade ou
inferioridade. Todo o homem tem o direito de ver a sua dignidade reconhecida e defendida.
Como dignidade humana, entenda-se a liberdade, a democracia e a justiça social.
O artigo 3.º Afirma a natureza comum de todo o indivíduo como vivente tendo … “direito à
vida, liberdade e segurança pessoal”. Trata-se de um direito essencial para permanência na
condição de vivente e de poder gozar de todos os outros direitos.
Os artigos 1.º, 2.º e 3.º constituem a base para o exercício dos direitos civis e políticos previstos
nos artigos 4.º a 21.º, que citam, especificamente:
y proibição da escravidão sob todas as formas (art. 4.º);
y proibição da tortura e tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes (art. 5.º);
y direito ao reconhecimento da personalidade jurídica de todos os indivíduos, em qualquer
lugar (art. 6.º);
y direito a igual protecção da lei (art. 7.º);
y direito a uma protecção judicial eficaz (art. 8.º);
y proibição da prisão, detenção ou exílio arbitrários (art. 9.º);
y direito a um julgamento equitativo e a audição pública por um tribunal independente e
imparcial (art. 10.º);
y direito à presunção de inocência até que a culpabilidade seja provada; (art. 11.º);
y proibição de intromissões arbitrárias na vida privada, na família, no domicílio ou na
correspondência (art. 12.º);
y liberdade de circulação e de residência (art. 13.º);
y direito de asilo (art. 14.º);
y direito a ter nacionalidade (art. 15.º);
y direito de casar e de constituir família (art. 16.º);
y direito à propriedade (art. 17.º);
y direito de pensamento, de consciência e de religião (art. 18.º);
y liberdade de opinião e de expressão (art. 19.º);
y direito de reunião e associação pacíficas, o direito a tomar parte na direcção dos negócios
públicos do seu país e de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas do seu
país (art. 20.º).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 17/113
Os artigos 21.º a 29.º reportam-se aos fundamentos essenciais da democracia e aos direitos de
cidadania civil, política e social, tais como:
y vontade do povo como fundamento da autoridade dos poderes políticos expressa através
de eleições;
y direito à Segurança Social;
y direito ao trabalho;
y direito de fundar sindicatos;
y direito ao repouso e ao lazer;
y direito a um nível de vida suficiente;
y direito à educação;
y direito a tomar parte na vida cultural;
y direito à ordem capaz de tornar plenamente efectivos os direitos e as liberdades.
O artigo 29.º abrange os deveres dos indivíduos nas suas relações com a comunidade e com o
estado. O homem é também sujeito de deveres que são o reverso dos seus direitos.
Os direitos humanos são indivisíveis, por isso, só o reconhecimento integral de todos os direitos
pode assegurar a existência real de cada um deles.
Os artigos 6.º a 15.º do Pacto reconhecem o direito ao trabalho (art.º 6.º), prevendo o direito de
todas as pessoas disporem de condições de trabalho justas e favoráveis (art.º 7.º). O Pacto
consagra ainda o direito:
y dos trabalhadores formarem e se filiarem em sindicatos (art.º 8.º);
y à Segurança Social, incluindo os seguros sociais (art.º 9.º);
y à protecção e à assistência à família, às mães, às crianças e aos jovens (art.º 10.º);
y a um nível de vida condigno (art.º 11.º);
y a gozarem o melhor estado de saúde física e mental possível (art.º 12.º);
y à educação (artigos 13.º e 14.º);
y à participação na vida cultural (art.º 15.º).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 18/113
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos
Aprovado pela Lei n.º 29/78, de 12 de Junho.
O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos coincide em grande parte com o
artigo 21.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Deste Pacto constam os
direitos sociais e cívicos, em que se incluem o direito de reunião e associação, o direito
de tomar parte activa na vida pública.
Os artigos 6.º a 19.º do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos consagram o direito:
y à vida;
y à integridade física;
y à proibição da escravatura e do trabalho forçado;
y à liberdade e à segurança do indivíduo;
y à proibição de aprisionamento, dado, neste caso, não ser possível executar uma obrigação
contratual;
y à liberdade de circular livremente no território do estado onde se encontre legalmente, e não
ser expulso, a não ser em cumprimento de uma decisão tomada em conformidade com a lei;
y à igualdade perante os tribunais;
y ao reconhecimento da sua personalidade jurídica;
y à sua vida privada;
y à liberdade de pensamento, de consciência e de religião.
O artigo 20.º proíbe todo o apelo a ódio nacional, racial e religioso que constitua uma
incitação à discriminação, à hostilidade ou à violência.
Os direitos humanos são um legado comum de valores universais que transcendem as culturas e
as tradições. Por isso a Declaração dos Direitos Humanos, aceite por todos os países constitui
um contrato entre os governos e os seus povos, que têm o direito de exigir que o documento
seja respeitado.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 19/113
Tratados e Convenções Internacionais Europeus de Protecção dos Direitos Humanos
O Conselho da Europa
O Conselho da Europa é uma organização regional europeia, vocacionada para a defesa dos
direitos humanos e a promoção dos princípios democráticos de todos os seus estados membros.
Este Conselho foi fundado em 5 de Maio de 1949 por 10 países, nomeadamente, Bélgica,
Dinamarca, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Suécia e Reino Unido
e hoje cobre praticamente todo o continente europeu, contando com a presença de 47 países
membros.
O Conselho da Europa detém um elevado nível de padrões de protecção dos direitos humanos,
com base na Convenção Europeia dos direitos humanos e outros textos de referência sobre a
protecção dos indivíduos. Possui um único tribunal europeu que garante a aplicação das
liberdades fundamentais e dos direitos do homem.
Em Portugal, esta Convenção foi aprovada pela Lei n.º 65/78, de 13 de Outubro, publicada no
Diário da República, I Série, n.º 236/78 (rectificada por Declaração da Assembleia da República
publicada no Diário da República, I Série, n.º 286/78, de 14 de Dezembro).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 20/113
No artigo 1.º “as altas partes contratantes reconhecem a qualquer pessoa dependente da sua
jurisdição dos direitos e liberdades definidos no título I da presente Convenção”.
É de realçar o artigo 14.º onde vem proclamado o princípio da não discriminação nos seguintes
termos:
Europa era uma linda princesa fenícia. Como ainda não chegara à idade de casar, vivia com os
pais num magnífico palácio e tinha por hábito dar longos passeios com as amigas nos prados e
nos bosques. Certo dia quando apanhava flores junto da foz de um rio foi avistada por Zeus (o
deus supremo) que se debruçava lá do Olimpo observando os mortais. Fascinado com tanta
formosura, decidiu raptá-la. Para evitar a fúria da sua ciumentíssima mulher, quis disfarçar-se.
Nada mais fácil para quem tem poderes sobrenaturais! Tomou a forma de um touro. Um belo
touro castanho com um círculo prateado a enfeitar a testa. Desceu então ao prado e deitou-se
aos pés da Europa. Ela ficou encantada por ver ali um animal tão manso, de pelo sedoso e olhar
meigo. Primeiro afagou-o, depois sentou-se-lhe no dorso e o touro disparou de imediato a voar
por cima do oceano. A pobre princesa ficou assustadíssima. Mas não tardou a perceber que o
raptor só podia ser um deus disfarçado, pois entre as ondas emergiam peixes, tritões e sereias a
acenar-lhes. Até Posídon apareceu agitando o seu tridente.
Muito chorosa, Europa implorou que não a abandonasse num lugar ermo. Zeus consolou-a,
mostrou-se carinhoso, prometeu levá-la para um sítio lindo que ele conhecia fora da Ásia.
Prometeu e cumpriu. Instalaram-se na ilha de Creta e tiveram três filhos que vieram a ser
famosos. Agora o nome da princesa é que ficou famosíssimo!
Agradou a poetas da Grécia Antiga que passaram a chamar Europa aos territórios para lá da
Grécia. E agradou ao historiador Hérodoto que, no séc. V a.C., foi o primeiro a chamar Europa a
todo o continente.
Fonte: A Europa dá as Mãos, Ana Maria Magalhães/Isabel Alçada
Edição: Centro de Informação Europeia Jacques Delors, 1995.
Retirado de: http://www.aprendereuropa.pt/page.aspx?idCat=331&idMasterCat=300&idContent=509 em 6-10-2008
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 21/113
União Europeia
A Europa sempre acolheu povos e culturas diferentes. Em cada Estado-Membro, uma parte
da população é constituída por pessoas de outros países, geralmente com fortes ligações
históricas ao país de acolhimento. A UE encara esta diversidade étnica e cultural como uma
riqueza e defende os valores da tolerância, do respeito e da compreensão mútua.
Fonte: Factos e números essenciais sobre a Europa e os europeus. Comissão Europeia. Serviço das Publicações Oficiais das
Comunidades Europeias. Comunidades Europeias, 2007 (págs. 3 a 5)
A União Europeia foi criada para cumprir o objectivo político da paz, mas foram os seus
fundamentos económicos que lhe asseguraram dinamismo e êxito. A UE trouxe estabilidade
política e prosperidade económica aos seus cidadãos, através da criação de um mercado único
sem fronteiras e uma moeda única, o Euro.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 22/113
A União Europeia é uma grande
potência económica e comercial.
Actualmente constituída por 27
Estados Membros e com 23
línguas oficiais. Com uma população
aproximada de 500 milhões de
habitantes, a UE possui, deste
modo, a terceira maior população do
mundo, a seguir à da China e à da
Índia.
Actualmente, a migração
líquida é responsável
pela maior parte do
crescimento demográfico
total da UE. Com efeito,
sem imigração, a
população da Alemanha,
da Grécia e de Itália teria
diminuído nos últimos
anos.
A imigração proporciona,
à população activa da
UE, os jovens de que
esta tanto necessita.
Fonte: Ano Europeu para o Diálogo Intercultural 2008, DGAE/MNE/ Centro de Informação Europeia
Jacques Delors, 2008: Doc. 000040905.pdf, págs. 2, in http:// www.aprendereuropa.pt
Apesar da sua enorme diversidade, os países da UE estão unidos em torno de valores como a
paz, a democracia, o estado de direito e o respeito pelos direitos humanos. Tentam fomentar
estes valores na Europa, criar e partilhar prosperidade e exercer uma influência colectiva,
actuando conjuntamente na cena mundial. Na imagem seguinte podem ler-se os valores pelos
quais a UE se guia.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 23/113
Fonte: Ano Europeu para o Diálogo Intercultural 2008, DGAE/MNE/ Centro de Informação Europeia Jacques
Delors, 2008: Doc. 000040905.pdf, págs. 10, in http:// www.aprendereuropa.pt
A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia visa reforçar a protecção dos direitos
fundamentais, à luz da evolução da sociedade, do progresso social e da evolução científica e
tecnológica, as suas disposições têm como destinatários as instituições e os órgãos da UE,
sendo reafirmado o respeito pelas atribuições e competências da comunidade, na observância
do princípio da subsidiariedade, dos direitos que decorrem, nomeadamente, das tradições
constitucionais e das obrigações internacionais comuns aos estados membros, do Tratado da
União Europeia e dos tratados comunitários, da convenção europeia para a protecção dos
direitos do homem e das liberdades fundamentais, das cartas sociais aprovadas pela
Comunidade e pelo Conselho da Europa, bem como da jurisprudência do tribunal de justiça das
comunidades europeias e do tribunal europeu dos direitos do homem.
Realça-se ainda, que o gozo desses direitos implica responsabilidades e deveres, tanto para
com as outras pessoas individualmente consideradas, como para com a comunidade e as
gerações futuras.
A ligação seguinte permite o acesso a um conjunto alargado de documentos sobre os direitos humanos em versão
integral (declarações, cartas de direitos, etc.)
http://www.missionofportugal.org/mop/index.php
http://www.gddc.pt/direitos-humanos/textos-internacionais-dh/universais.html
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 24/113
A República Portuguesa é um estado de direito democrático
Numa República o Chefe de Estado (Presidente da Republica) é eleito pelos cidadãos. Portugal
é uma república desde 5 de Outubro de 1910, antes dessa data, desde a fundação do reino de
Portugal, em 1143, vigorou a monarquia (tipo de governo em que apenas uma pessoa - o
monarca - detém o poder soberano, geralmente, de forma vitalícia ou, até, abdicação).
Assim, o período compreendido entre 1910 e 1926 ficou conhecido como a primeira república,
de 1926 a 1974 por estado novo e a partir de 1974 por estado democrático.
Portugal viveu durante cerca de quarenta e oito anos um período de ditadura, caracterizado pela
concentração de poderes, restrição das liberdades de opinião e de imprensa.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 25/113
Portugal enfrentava uma guerra nos territórios das então colónias de Angola, Moçambique e
Guiné, iniciada em 1961, e vivia isolado no contexto internacional onde era reivindicada a
autodeterminação e a independência dos, à data considerados, territórios africanos de Portugal
(Angola, Moçambique, Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde). Este período é conhecido
por Estado Novo.
Um ano depois foram organizadas eleições livres para a escolha dos deputados à Assembleia
Constituinte. Por se tratar do primeiro acto de liberdade e de responsabilidade cívica, a maioria
da população com idade para exercer o direito de voto deslocou-se em massa às urnas. Foi esta
Assembleia que elaborou a Constituição de 1976 onde ficaram plasmados os grandes objectivos
da revolução.
Desde 1975 foram realizadas várias eleições, que contribuíram para a institucionalização do
regime democrático.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 26/113
A Constituição da República elaborada em 1976, à semelhança das modernas constituições
políticas e demais legislação de numerosos estados, inspira-se, no campo dos direitos e
liberdades fundamentais, na Declaração Universal dos Direitos do Homem (n.º 2 do artigo 16.º
da CRP).
A versão integral da CRP pode ser consultada num dos seguintes sítios na internet:
http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Portugal/Sistema_Politico/Constituicao/
ou em
http://www.tribunalconstitucional.pt/tc/crp.html
O artigo 13.º da CPR consagra o princípio da igualdade afirmando que “Todos os cidadãos têm
a mesma dignidade social e são iguais perante a lei” e que “ninguém pode ser privilegiado,
beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de
ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião”.
Artigo 25.º
Artigo 27.º
Artigo 37.º
Artigo 43.º
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 27/113
Artigo 46.º
Artigo 67.º
Artigo 15.º
(Estrangeiros, apátridas, cidadãos europeus)
O princípio da equiparação prevê a extensão aos estrangeiros dos direitos conferidos aos
portugueses, exceptua os direitos políticos, exercício de funções públicas que não tenham
carácter predominantemente técnico e os direitos e deveres reservados pela Constituição e pela
lei exclusivamente a cidadãos portugueses.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 28/113
A lei pode atribuir a estrangeiros residentes no território nacional, em condições de
reciprocidade, capacidade eleitoral activa e passiva, para a eleição dos titulares de órgãos de
autarquias locais.
Todos os cidadãos estrangeiros gozam dos direitos que têm a ver com a sua dignidade enquanto
seres humanos (Les Droit et Liberté des Étrangers En Situation Irregulière – Portugal, por Luís Nunes de Almeida e José
Leitão, in Annuaire Internationale de Justice Constitutionnelle, Economica, Presse Universitaires d’Aix-Marseille,1998, pp.
297-309). A cada direito correspondem deveres igualmente importantes, que importa que sejam
proclamados com a mesma clareza e vigor com que proclamámos os direitos.
A prevalência dos direitos sobre os deveres seria um elemento de desequilíbrio que se reflectiria
negativamente na vida social (Direitos do Homem de João XXIII a João Paulo II, de Giorgio Filibeck – Comissão
Nacional Justiça e Paz pp. 163 a 167).
Aos direitos acima enunciados vinculam-se, no mesmo sujeito jurídico (pessoa humana), os
respectivos deveres.
Cada indivíduo tem deveres para com os outros, com a sociedade em que está inserido, com o
estado e com as demais colectividades legalmente reconhecidas. É chamado a esforçar-se pela
promoção e respeito dos direitos reconhecidos. Os direitos e liberdades de cada pessoa devem
ser exercidos no respeito ao direito do outro e da segurança colectiva, da moral e do interesse
comum. Cada indivíduo tem o dever de:
Os deveres são entendidos, de forma genérica, como um conjunto de restrições impostas por lei
para permitir o livre exercício dos direitos dos outros e para satisfazer as justas exigências da
moral, da ordem pública e do bem estar geral numa sociedade democrática.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 29/113
1.3. Organização do Estado Português
Artigo 110.º
(Órgãos de soberania)
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 30/113
Presidente da República
O Presidente da República ocupa, nos termos da Constituição, um dos três vértices do sistema
de órgãos de soberania que exercem o poder político.
O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, directo e secreto, dos cidadãos
portugueses eleitores recenseados no território nacional, bem como dos cidadãos portugueses
residentes no estrangeiro, que mantenham laços de efectiva ligação à comunidade nacional, nos
termos da lei. A idade mínima para exercer o direito de voto é de 18 anos.
Nos termos do artigo 1.º, na redacção dada pela Lei Orgânica n.º 2/2006, de 17 de Abril que
procedeu à quarta alteração à Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro (lei da nacionalidade), são
portugueses de origem:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 31/113
Assembleia da República
As candidaturas para deputado são apresentados, nos termos da lei, pelos partidos políticos,
isoladamente ou em coligação. As listas podem integrar cidadãos não inscritos nos
respectivos partidos políticos. Os deputados representam todo o país e não os círculos por
que são eleitos. Os deputados eleitos por cada partido ou coligação de partidos podem
constituir-se em grupo parlamentar.
Governo
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 32/113
Tribunais
Os tribunais são órgãos de soberania com competência para administrar a justiça em nome
do povo. É nos tribunais que os cidadãos, cujos direitos são violados, podem exigir a
efectivação desses mesmos direitos. Os tribunais são independentes e apenas estão sujeitos
à lei.
As decisões dos tribunais devem ser fundamentadas na forma prevista na lei. As decisões do
tribunal são obrigatórias para todas as entidades públicas e privadas.
y Tribunal Constitucional
y Supremo Tribunal de Justiça
y Tribunais Judiciais de Primeira e Segunda Instância
y Supremo Tribunal Administrativo
y Tribunais Administrativos e Fiscais
Juízes
Os Juízes dos Tribunais Judiciais formam um corpo único e regem-se por um só estatuto.
Ministério Público
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 33/113
Símbolos da República
Composição
Alfredo Keil
Henrique Lopes de Mendonça Partitura do Hino Nacional
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 34/113
Outras Estruturas do Estado
Regiões Autónomas
A autonomia regional materializa-se nas eleições de assembleias locais, pelos residentes das
respectivas regiões, bem como na formação de um governo regional.
Poder local
Para além do poder central e das regiões autónomas, a Constituição de 1976 institucionalizou
em Portugal o poder local. O País está dividido em Distritos, estes em Municípios, que por sua
vez, se dividem em Freguesias.
Artigo 235.º
(Autarquias locais)
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 35/113
Artigo 236.º
(Categorias de autarquias locais e divisão administrativa)
3. Nas grandes áreas urbanas e nas ilhas, a lei poderá estabelecer, de acordo com as suas
condições específicas, outras formas de organização territorial autárquica.
“As Freguesias são autarquias locais que, dentro do território municipal, visam a prossecução
de interesses próprios da população residente em cada circunscrição paroquial” (Diogo Freitas do
Amaral, Curso de Direito Administrativo, Vol. I, p.516).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 36/113
Municípios
y Assembleia Municipal
y Câmara Municipal
Assembleia Municipal
CÂMARA MUNICIPAL
y Acção Social – disponibiliza apoio técnico e financeiro nas áreas da infância, idosos, pessoas
com deficiência, sem abrigo, minorias e desenvolvimento comunitário;
y Educação – disponibiliza apoio a projectos da Escola de todos os níveis do ensino, do
pré-escolar ao secundário;
y Acção Social Escolar - cantinas e actividades de tempos livres, transportes escolares,
colónias de férias, suplemento alimentar;
y Habitação Social;
y Reabilitação Urbana;
y Cultura;
y Desporto.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 37/113
Os municípios dispõem ainda de serviços no âmbito do atendimento municipal que têm por
função genérica atender e encaminhar os munícipes, bem como receber e encaminhar todos os
assuntos que o munícipe pretenda apresentar à Câmara.
Freguesias
y Assembleia de Freguesia
y Junta de Freguesia
Assembleia de Freguesia
A Assembleia de Freguesia é eleita por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos
recenseados na área da freguesia, segundo o sistema de representação proporcional.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 38/113
1.4. Estrutura, modo de funcionamento e formas de intervenção das organizações
governamentais e não governamentais
O papel dos cidadãos, na defesa dos seus direitos e garantias é essencial. Se é verdade que é
indispensável que a Constituição e as leis consagrem, de forma positiva, os direitos, os deveres
e as garantias, também não é menos verdade que sem a participação dos cidadãos, para os
fazer cumprir, elas são simplesmente ineficazes.
Estes princípios são também os que regem as relações entre a Administração e os cidadãos
imigrantes, já que nada na lei ou na Constituição justifica a existência de qualquer desigualdade
de tratamento (Vide art.º 15 da Constituição da República Portuguesa).
A Administração Pública, nos termos do Código de Procedimento Administrativo, deve, nas suas
relações com os particulares, respeitar sempre diversos princípios, dos quais se destacam:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 39/113
Organizações não Governamentais (ONG)
A cidadania não é apenas um conjunto de direitos e deveres que os cidadãos devem cumprir e
respeitar. O exercício da cidadania é sobretudo uma atitude, um comportamento e uma certa
forma de ser e estar e de encarar os problemas da sociedade em que se está inserido.
A cidadania tem duas dimensões: a política (em que os cidadãos e cidadãs intervêm na
sociedade como membros da comunidade política) e a cívica (agindo enquanto membro da
comunidade civil). Na sua dimensão cívica, as organizações não governamentais, enquanto
representantes da sociedade civil, têm um papel fundamental a desempenhar no exercício da
cidadania.
A cidadania tem uma função integradora, na medida em que é partilhada. Nesta óptica
também os cidadãos imigrantes e seus descendentes, através das suas associações,
beneficiam de um reconhecimento de representatividade, junto do ACDI, que as habilita a
serem representativas, junto das instâncias oficiais.
Os cidadãos estrangeiros podem intervir na vida pública, através das suas associações,
através do Conselho Consultivo para os Assuntos da Imigração ou, ainda, através da
Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação, para defenderem os seus direitos e
garantias legalmente protegidos.
Têm, ainda, garantido o acesso à justiça, como um direito, para a defesa dos seus direitos. Além
disso, alguns cidadãos estrangeiros podem participar nas eleições locais, votando, e alguns
podem não só eleger, como serem eleitos.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 40/113
Igualdade de Oportunidades e Tratamento no Acesso ao
UNIDADE TEMÁTICA 2
Trabalho, Emprego e Formação Profissional
Objectivos
Conteúdos
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 41/113
2.1. Disposições legais constantes do Direito Interno, de Normativos, das Convenções ou
Acordos Bilaterais ou de Direito Comunitário
Tipos de visto que permitem aos cidadãos nacionais de países terceiros obter autorização para
trabalhar em Portugal
O direito dos cidadãos a uma livre relação com o território do seu Estado é uma das
manifestações mais directas e imediatas da cidadania. A adesão de Portugal à Comunidade
Europeia implicou a introdução na nossa ordem jurídica interna, de condições relativas à entrada
e permanência no território nacional de trabalhadores assalariados, ou não nacionais, de um
estado membro. Ao instituir a cidadania da UE e ao criar um espaço de liberdade, de segurança
e de justiça, os cidadãos nacionais dos estados membros da União Europeia, passaram a gozar
do direito de livre circulação noutros estados membros.
Para a generalidade dos cidadãos nacionais de países terceiros que queiram entrar em Portugal
devem proceder de acordo com a lei que define as condições e procedimentos de entrada,
permanência, saída e afastamento de cidadãos estrangeiros, do território português,
estabelecidos na Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho (Revogou o Decreto-Lei n.º 244/98 de 8 de Agosto, alterado pela
Lei n.º 97/99, de 26 de Julho e pelo Decreto-Lei n.º 4/2001, de 10 de Janeiro e, e n.º 34/2003, de 25 de Fevereiro),
regulamentada pelo Decreto Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de Novembro (Revogou o Decreto
Regulamentar n.º 6/2004, de 6 de Abril).
Entrada em Portugal
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 42/113
O estrangeiro que pretende vir para Portugal para exercer uma actividade profissional,
subordinada ou independente, deve possuir um visto que lhe permita, uma vez em território
nacional, obter um título válido de residência, para exercer a actividade profissional pretendida.
Vistos
Nos termos do artigo 45.º, da Lei n.º 23/2007, de 4 de Julho, podem ser concedidos no
estrangeiro, pelas embaixadas e/ou postos consulares de carreira portugueses, cinco tipos de
vistos, que a seguir se apresentam:
Visto de
Escala
Dá apenas acesso à zona internacional do aeroporto ou porto marítimo, para seguir viagem.
Trânsito
Visto de
Pode ter validade de um ano e permite ao seu titular o acesso ao território nacional por um
período que não pode exceder os cinco dias. Permite diversas entradas.
Visto de Curta
Com duração de três meses por cada semestre, a contar da data da primeira passagem de uma
fronteira externa. Pode ser emitido por quaisquer outros fins, que não sejam de escala ou de
Duração
y É válido por um período de três meses, permitindo ao seu titular múltiplas entradas em
território nacional. Se o seu titular pretender exercer uma actividade profissional subordinada,
neste caso, o visto é concedido pelo tempo de duração do respectivo contrato de trabalho
(art. 56.º n.º 4).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 43/113
y Os vistos de estada temporária e para obtenção de autorização de residência, designados
por vistos de residência, são os que permitem ao cidadão estrangeiro obter um título de
residência para exercer actividade profissional em Portugal.
y É o único tipo de visto que permite a entrada e a permanência em território nacional para
efeitos de tratamento médico. Um dos requisitos essenciais para a sua concessão é a
apresentação de relatório médico e de comprovativo emitido pelo estabelecimento de saúde
oficial ou oficialmente reconhecido, de que o requerente tem assegurado o internamento ou o
tratamento ambulatório, conforme previsto no n.º 1 do art.º 18.º do Decreto Regulamentar
n.º 84/2007, de 5 de Novembro.
y Poderá, ainda, ser concedido um Visto de Estada Temporária se o cidadão estrangeiro for
detentor de uma promessa ou de um contrato de trabalho, de uma proposta escrita ou de um
contrato de prestação de serviços para exercer uma actividade docente num estabelecimento
de ensino superior (art.º 57.º Lei n.º 23/2007).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 44/113
O estrangeiro que pretende vir viver para Portugal deve possuir o visto para obtenção de
autorização de residência, que é concedido de acordo com objectivos específicos (exercício de
actividade profissional, reagrupamento familiar, estudos).
O pedido deve ser apresentado pelo cidadão estrangeiro junto do consulado português do
país da sua residência habitual, ou no país da área da jurisdição consular do estado da sua
residência (n.º 2 do artigo 10.º, do Decreto Regulamentar n.º 84/2007, de 5 de Novembro).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 45/113
Visto de residência para o exercício de actividades profissionais subordinadas
http://www.netemprego.imigrante.gov.pt
Visto de Residência
Através deste mesmo sítio, os cidadãos estrangeiros podem apresentar as suas candidaturas, se
encontrarem ofertas que lhes interessem e que correspondam ao seu perfil profissional.
O visto de residência poderá também ser concedido para o exercício de uma actividade
profissional independente ou a imigrantes empreendedores nacionais de estados
terceiros (art.º 60.º da Lei n.º 23/2007).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 46/113
Para o exercício de uma actividade profissional independente os interessados deverão ser
detentores:
Poderão, também, ser concedidos vistos de residência a cidadãos estrangeiros que detenham a
qualidade de ministros do culto, membros de instituto de vida consagrada ou que exerçam
profissionalmente actividade religiosa e que, como tal, seja certificada pela igreja ou comunidade
religiosa a que pertençam, devidamente reconhecidas nos termos da ordem jurídica portuguesa
(art.º 24.º, alínea e) do Decreto Regulamentar n.º 84/2007).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 47/113
Concessão de autorização de residência a titulares de visto de residência
Das condições gerais para concessão de Autorização de Residência (AR) nos termos do art. 77.º
da Lei n.º 23/2007, destacam-se, entre outras:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 48/113
O estatuto de residente de longa duração permite ao cidadão estrangeiro:
Reagrupamento familiar
Autorização de Residência (continuação)
De harmonia com o preceituado no art.º 98.º n.º 1 da Lei n.º 23/2007, o cidadão com autorização
de residência válida, tem direito ao reagrupamento familiar, com membros da sua família que se
encontrem fora do território nacional, que com ele tenham vivido noutro país, que dele dependam
ou que com ele coabitem, independentemente dos laços familiares serem anteriores ou
posteriores à entrada em território nacional, do residente.
Nos termos do n.º 3 do mesmo art. 98.º é, ainda, assegurado o direito ao reagrupamento familiar
aos cidadãos que a lei tenha reconhecido o estatuto de refugiado, quer aos membros da sua
família que se encontrem em território nacional ou fora dele, salvaguardando as disposições
legais que reconheçam o estatuto de refugiado aos familiares.
A lei considera como tais, para efeitos de reagrupamento familiar (n.º 1 do art.º 99.º da Lei
n.º 23/2007):
y O cônjuge;
y Os filhos menores ou incapazes a cargo do casal ou de um dos cônjuges;
y Os menores adoptados pelo requerente quando não seja casado, pelo requerente ou pelo
cônjuge;
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 49/113
y Os filhos maiores a cargo do casal ou de um dos cônjuges, que sejam solteiros e se
encontrem a estudar num estabelecimento de ensino em Portugal;
y Os ascendentes na linha recta e em 1º grau do residente ou do seu cônjuge, desde que se
encontrem a seu cargo;
y E os irmãos menores, desde que se encontrem sob tutela do residente.
Quanto aos cidadãos estrangeiros titulares de autorização de residência para efeitos de estudo,
estágio profissional não remunerado ou voluntariado, consideram-se familiares para efeitos de
reagrupamento, apenas o cônjuge, os filhos menores ou incapazes a cargo do casal ou de um
dos cônjuges e os menores adoptados pelo requerente quando não seja casado, pelo requerente
ou pelo cônjuge (A lei refere ainda que, sempre que seja solicitado o reagrupamento familiar com filho menor ou
incapaz de um dos cônjuges, deverá ser obtida a necessária autorização do outro progenitor, ou decisão de autoridade
Autorização de Residência (continuação)
competente, que ateste que o filho lhe foi confiado, de acordo com o n.º 4 do mesmo artigo).
O reagrupamento familiar também é reconhecido aos cidadãos que vivam em união de facto,
devidamente comprovada nos termos da lei, quer ainda com os filhos solteiros menores ou
incapazes, incluindo os filhos adoptados do parceiro de facto, desde que estes lhe estejam
legalmente confiados.
Ao abrigo do art.º 118.º da Lei n.º 23/2007, é igualmente reconhecido o direito ao reagrupamento
familiar aos cidadãos estrangeiros que, detendo o estatuto de residente de longa duração
concedido por outro estado membro da União Europeia, sejam titulares de autorização de
residência em Portugal, nos termos do art.º 116.º do mesmo normativo legal. São considerados
membros da família para este efeito, os familiares referidos no n.º 1 do art.º. 99.º, bem como no
n.º 1, do art.º 100.º da Lei n.º 23/2007.
De acordo com o consignado no n.º 1, do art. 101º, do diploma mencionado, o titular do direito ao
reagrupamento familiar deverá, para o poder exercer, demonstrar que dispõe de condições para
o efeito, entre as quais se destaca:
y A disponibilidade de alojamento;
y A posse de meios de subsistência,
tal como são definidos pela portaria conjunta dos Ministros da Administração Interna e do
Trabalho e da Solidariedade Social (Portaria n.º 1563/2007, de 11 de Dezembro).
O SEF notificará por escrito, no prazo máximo de três meses, a decisão ao requerente
(art.º 105.º, da Lei n.º 23/2007).
Este prazo poderá, em circunstâncias excepcionais, vir a ser prorrogado por três meses,
correspondendo a deferimento tácito a ausência de decisão no prazo de seis meses.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 50/113
A pedido do cidadão, o SEF certificará o deferimento tácito, devendo comunicá-lo, no
prazo de 48 horas, à Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades
Portuguesas, para efeitos de admissão do visto de residência, nos termos do art. 64º do
referido normativo legal.
À luz do preceituado no art.º 107.º, da Lei n.º 23/2007, ao membro da família que seja titular de
um visto emitido nos termos do seu artigo 64.º (reagrupamento familiar), ou que se encontre em
território nacional, tendo sido deferido o pedido de reagrupamento familiar, é concedida uma
autorização de residência de duração idêntica à do residente, excepto se o residente for titular de
uma autorização de residência permanente, caso em que é concedida ao familiar, uma
autorização de residência renovável, válida por dois anos.
O visto de residência habilita o seu titular a entrar em território nacional para solicitar a
concessão de autorização de residência. Nalgumas situações especiais, a lei veio admitir que
verificados determinados requisitos excepcionais, pudesse ser concedida autorização de
residência com dispensa de visto (art.º 122.º da Lei n.º 23/2007).
y Menores que tenham nascido em território nacional, que aqui tenham permanecido, e se
encontrem a frequentar a educação pré-escolar, o ensino básico, o ensino secundário ou
profissional – alargando esta protecção aos progenitores que sobre eles exerçam o poder
paternal, podendo os pedidos ser efectuados em simultâneo;
y Cidadãos estrangeiros, filhos de imigrantes legais, que tenham atingido a maioridade e aqui
tenham permanecido desde os 10 anos de idade – e ainda cidadãos estrangeiros, maiores,
nascidos em território nacional, que daqui não se tenham ausentado ou que aqui tenham
permanecido desde idade inferior aos 10 anos. Quer num caso, quer noutro, devem
comprovar a actividade desenvolvida durante a permanência em território nacional,
designadamente o percurso escolar;
y Cidadãos estrangeiros vítimas de tráfico de pessoas que tenham residido nessa qualidade;
y Cidadãos estrangeiros em situação ilegal vítimas de exploração laboral grave, desde que
atestada pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT);
y Cidadãos estrangeiros, estudantes, que pretendam permanecer em Portugal desenvolvendo
uma actividade profissional, devendo para o efeito comprovar a conclusão dos estudos em
território nacional ao nível do ensino secundário ou superior;
y Cidadãos estrangeiros cientistas/investigadores e quadros altamente qualificados, que
tenham sido admitidos com Visto de Estada Temporária e pretendam continuar a sua
actividade em Portugal, comprovando, através de contrato de trabalho ou de prestação de
serviços, a actividade de investigação ou altamente qualificada desenvolvida.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 51/113
Processo de obtenção de autorização de residência, em território nacional, para
exercício de actividade profissional subordinada, independente e empreendorismo
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 52/113
y Diferenças em relação ao disposto no artigo 123.º:
Apesar das semelhanças entre os número 2 dos artigos 88.º e 89.º da referida lei e o artigo
123.º da mesma, por todos se reportarem a procedimentos oficiosos, o último distingue-se,
claramente dos primeiros.
O artigo 123.º prevê a possibilidade de concessão de autorização de residência, por motivos
de interesse nacional, de interesse público ou por razões humanitárias, não se reportando
necessariamente ao exercício de qualquer actividade profissional.
No fim do primeiro ano de residência e até trinta dias antes de caducar o seu título de residência,
o cidadão estrangeiro deverá solicitar a respectiva renovação.
Para o efeito, o cidadão estrangeiro deverá fazer prova de que dispõe de meios de subsistência
Autorização de Residência (continuação)
e alojamento, do cumprimento das obrigações fiscais e da segurança social e que não tenha sido
condenado em pena ou penas que, isolada ou cumulativamente, ultrapassem um ano de prisão.
Ao abrigo do disposto no art.º 79.º os cidadãos que cumpram pena de prisão podem ver a sua
autorização de residência renovada, sempre que não lhes tenha sido decretada medida de
expulsão.
A renovação da autorização de residência temporária deve ser solicitada pelos interessados até
30 dias antes de expirar a sua validade, nas Delegações Regionais do SEF, da área onde o
cidadão estrangeiro reside ou exerce a sua actividade profissional.
Para efeitos de renovação da autorização de residência, para além dos documentos recorrentes
terá, ainda, de fazer prova dos meios de subsistência e alojamento.
Prorrogação de permanência
A prorrogação deve ser pedida na data que corresponde ao limite de validade da autorização de
permanência ou, excepcionalmente, em data posterior, mas nunca decorridos 30 dias sobre
aquela.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 53/113
A prorrogação da autorização de permanência deve ser solicitada em impresso próprio, fornecido
pelo SEF, devendo ser preenchidos os campos relativos ao nome, data de nascimento,
nacionalidade e campos em que se verifiquem alterações, acompanhado dos seguintes
documentos:
y Passaporte válido;
y Uma fotografia;
y Três cópias do contrato de trabalho, em execução no momento do pedido (actual);
y Três cópias dos contratos de trabalho anteriores, caso tenha celebrado outros contratos de
trabalho, após a emissão da sua Autorização de Permanência.
A Lei n.º 37/2006, de 9 de Agosto, que transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva
2004/38/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de, 24 de Abril, fixa as condições que regem
o exercício do direito dos cidadãos da União Europeia e seus familiares de circularem e residirem
livremente no território nacional. Este direito é extensivo aos Cidadãos Nacionais de Estados
Parte no Espaço Económico Europeu e da Suíça. (O Acordo do EEE – entrou em vigor a 1 de Janeiro
de 1994. Depois do alargamento, a 1 de Maio de 2004, é aplicável aos países da UE e aos países da EFTA
– a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega. A Suíça, que também é um país pertencente à EFTA, não faz
Autorização de Residência (continuação)
Para entrada e estadias até três meses no território nacional os cidadãos da UE e seus familiares
têm, apenas, que apresentar o bilhete de identidade ou passaporte válidos, sem necessidade de
qualquer visto de entrada ou formalidade equivalente.
Os familiares dos cidadãos da UE que sejam nacionais de estado terceiro e estejam sujeitos à
obrigação de visto de entrada, nos termos das normas em vigor na União Europeia, podem
beneficiar de todas as facilidades para a obtenção dos vistos necessários, concedidos a título
gratuito, com uma tramitação especial que garanta a celeridade na respectiva emissão.
O familiar que não tenha a nacionalidade de um estado membro deve comunicar a sua presença
no território nacional nos termos da lei, sendo o incumprimento desta obrigação punido nos
termos da lei de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros.
Qualquer cidadão da UE tem o direito de residir no território nacional por período superior a três
meses desde que reúna uma das seguintes condições:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 54/113
Têm igualmente o direito a residir no território nacional por período superior a três meses os
familiares que não tenham a nacionalidade de um estado membro, que acompanhem ou se
reúnam a um cidadão da União que esteja nas condições acima referidas.
O cidadão da UE que tiver deixado de exercer uma actividade profissional mantém o estatuto
de trabalhador subordinado ou independente quando tiver uma incapacidade temporária para
o trabalho resultante de doença ou acidente, quando estiver em situação de desemprego
involuntário devidamente registado e estiver inscrito no Instituto do Emprego e Formação
Profissional, IP, como candidato a um emprego e/ou frequentar uma formação profissional,
desde que exista uma relação entre a actividade profissional anterior e a formação em causa,
Têm direito a residência permanente os cidadãos da UE e seus familiares que tenham residido
legalmente no território nacional por um período de cinco anos consecutivos. Para tal, há que
solicitar um Certificado de Residência Permanente.
Autorização de Residência (continuação)
Os cidadãos da União cuja estada no território nacional se prolongue por período superior a
três meses devem efectuar o registo que formaliza o seu direito de residência no prazo de 30
dias após decorridos os primeiros três meses da entrada no território nacional. O registo é
feito junto da Câmara Municipal da área de residência, caso esta disponha deste serviço ou na
Delegação do SEF mais próximo da área de residência. Neste caso, será emitido um
Certificado de Registo.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 55/113
2.2. Regime jurídico do contrato individual de trabalho - trabalho de estrangeiros
O direito de trabalho de um estado de direito democrático, deve passar sempre pela atribuição
de igual direito aos níveis de vida e de condições de trabalho existentes nesse país.
Assim, no que se refere a trabalho de estrangeiros o Artigo 4.º da Lei n.º 7/2009, de 12 de
Fevereiro, acima mencionada, sob a epígrafe “Igualdade de tratamento de trabalhador
estrangeiro ou apátrida” dispõe: “Sem prejuízo do estabelecido quanto à lei aplicável ao
destacamento de trabalhadores e do disposto no artigo seguinte, o trabalhador estrangeiro ou
apátrida que esteja autorizado a exercer uma actividade profissional subordinada em território
português goza dos mesmos direitos e está sujeito aos mesmos deveres do trabalhador com
nacionalidade portuguesa.”
“1 - O contrato de trabalho celebrado com trabalhador estrangeiro ou apátrida está sujeito a forma
escrita e deve conter, sem prejuízo de outra informação exigível, no caso de ser a termo, a que aseguir
se indica:
a) Identificação, assinaturas e domicílio ou sede das partes;
b) Referência ao visto de trabalho ou ao título de autorização de residência ou permanência do
trabalhador em território português;
c) Actividade do empregador;
d) Actividade contratada e retribuição do trabalhador;
e) Local e período normal de trabalho;
f) Valor, periodicidade e forma de pagamento da retribuição;
g) Datas da celebração do contrato e do início da prestação de actividade.
4 - O exemplar do contrato que ficar com o empregador deve ter apensos documentos comprovativos
do cumprimento das obrigações legais relativas à entrada e à permanência ou residência do cidadão
estrangeiro ou apátrida em Portugal, sendo apensas cópias dos mesmos documentos aos restantes
exemplares.
6 - O disposto neste artigo não é aplicável a contrato de trabalho de cidadão nacional de país membro
do Espaço Económico Europeu ou de outro Estado que consagre a igualdade de tratamento com
cidadão nacional em matéria de livre exercício de actividade profissional.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 56/113
Nestes termos resulta que o contrato de trabalho celebrado entre cidadãos estrangeiros,
nacionais de países que não pertençam ao espaço económico europeu ou de outro estado que
consagre a igualdade de tratamento com cidadão nacional em matéria de livre exercício de
actividade profissional está sujeito a forma escrita. Estão dispensados de forma escrita, os
contratos celebrados com nacionais de países signatários da Carta Social Europeia, Brasil,
Cabo Verde, Guiné-Bissau e S. Tomé e Príncipe, casos em que vigora a regra geral sobre a
forma de contrato de trabalho. (O contrato de trabalho não depende da observância de forma
especial, salvo quando a lei determina o contrário).
A cessação de contrato, deve igualmente ser comunicada à ACT nos 15 dias posteriores.
Noção
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 57/113
Contrato de Trabalho Sem Termo
O contrato de trabalho sem termo é aquele que não tem uma duração previamente fixada pelas
partes. Pode durar indeterminadamente. Só cessa nos termos da lei, ou seja, por:
y Caducidade;
y Revogação por acordo das partes;
y Despedimento promovido pela entidade empregadora (com justa causa);
y Rescisão, com ou sem justa causa, por iniciativa do trabalhador;
y Rescisão por qualquer das partes durante o período experimental;
y Extinção de postos de trabalho por causas objectivas;
y Inadaptação do trabalhador ao posto de trabalho.
O empregador e o trabalhador devem proceder de boa fé no exercício dos seus direitos e no cumprimento
das respectivas obrigações.
Trabalhador
É o sujeito do contrato de trabalho que se obriga a prestar, ele próprio, a sua actividade e num
estado de dependência.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 58/113
O trabalhador obriga-se a:
y Exercer um determinado género de actividade correspondente à categoria profissional para
que foi contratado. Excepcionalmente, a entidade patronal pode encarregar o trabalhador de
serviços não compreendidos no objecto do contrato de trabalho;
y Exercer a sua actividade com zelo e de uma forma cuidada, empregando todas as suas
capacidades e aptidões;
y Comparecer nas horas e locais previamente definidos, para exercer o seu trabalho;
y Ser assíduo e estar disponível para o serviço;
y Ser leal à entidade patronal;
y Tratar com respeito a entidade patronal, os superiores hierárquicos, os companheiros de
trabalho;
y Cumprir as normas de segurança e higiene no trabalho.
Entidade Patronal
Após contratar os trabalhadores e durante a vigência do contrato a entidade patronal tem sobre
os trabalhadores o poder de autoridade e de direcção, que se consubstanciam em:
Assim como os trabalhadores têm deveres para com a entidade patronal, também a entidade
patronal tem deveres para com o trabalhador, dos quais se distinguem os seguintes:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 59/113
Outros elementos
y A Remuneração Mínima Mensal (RMM), garantida por lei, é actualizada todos os anos.
y Duração máxima de trabalho: 40 horas semanais / 8 horas diárias
y Descanso semanal: 1 x semana obrigatório (+ 1 dia generalizado)
y Trabalho suplementar: limite = 2 horas diárias = 200 horas anuais (com direito a
remuneração especial ou a compensação)
y Remuneração especial mínima/trabalho extraordinário:
− 1.ª hora de trabalho = + 50% sobre o valor do contrato de trabalho
− 2.ª hora e seguintes = + 75% sobre o valor hora do contrato de trabalho
− Em descanso semanal ou feriados = + 100% sobre o valor hora do contrato de trabalho
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 60/113
y Cessação do contrato de trabalho a termo incerto
− 7 dias de pré-aviso (contrato com duração até 6 meses)
− 30 dias de pré-aviso (contratos com duração de 6 meses a dois anos)
− 60 dias de pré-aviso (contratos de duração superior a dois anos)
y Acidentes de Trabalho
− No local de trabalho
− Fora do local de trabalho na execução de serviços determinados pela entidade patronal
− Na ida para o local de trabalho ou no regresso
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 61/113
2.3. Igualdade de oportunidades e tratamento no emprego
Várias medidas legislativas e práticas sociais foram adoptadas, tanto a nível interno, como
internacional, para assegurar a igualdade de tratamento, promover a igualdade de
oportunidades, e combater a discriminação no domínio do emprego.
A nível internacional:
A nível nacional:
De entre as práticas que essa lei considera discriminatória, salienta-se a alínea a), b) e l).
Mereceu, ainda, referência específica “as práticas discriminatórias no emprego, nos termos
dos artigos 9.º, 12.º, e o parágrafo 4, do artigo 19.º.
De entre as práticas que essa lei considera discriminatória, mereceu referência específica “as
práticas discriminatórias no emprego.
Os cidadãos estrangeiros têm direito ao acesso à formação profissional, à Segurança Social, aos
cuidados de saúde e à educação, nas mesmas condições que os nacionais.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 62/113
Acesso ao emprego e à formação
Quanto aos cidadãos estrangeiros de países terceiros, sem “autorização de residência”, mas
com título válido de residência, designadamente, visto de trabalho, visto de estudo, visto de
residência e de autorização de permanência, podem inscrever-se nos Centros de Emprego, nas
seguintes condições:
y Como utentes, desde que reúnam todos os requisitos definidos pelos serviços para os
utentes em geral.
y Como candidatos a emprego, se demonstrarem possuir capacidade e disponibilidade
para o trabalho, embora só tenham acesso às ofertas de emprego internas e, no caso de
não existirem candidatos comunitários ou estrangeiros com “autorização de residência”,
disponíveis e com perfil compatível com as ofertas disponíveis.
Podem, ainda, e na sequência da sua inscrição nos Centros de Emprego, beneficiar do acesso
às acções de formação profissional e aos programas/medidas de emprego, desde que
preencham os requisitos de acesso dos destinatários estabelecidos na legislação ou
normativos que os regulamentam para a generalidade dos cidadãos, sem prejuízo dos casos
específicos de elegibilidade, determinados pelo quadro de financiamento em vigor.
Modo de Acesso
Para recorrer aos serviços públicos de emprego e formação profissional, basta dirigirem-se ao
Centro de Emprego da sua área de residência, onde poderão efectuar a inscrição, sendo
necessário para esse efeito, a apresentação do bilhete de identidade ou passaporte e, ainda,
documento comprovativo da regularização da sua estadia em Portugal.
Acesso à educação
Existem regras a observar, nos termos previstos na lei e nas convenções internacionais, para
garantir, nos termos do princípio da igualdade, o reconhecimento da equivalência entre períodos
de estudo, quer universitários quer pré-universitários.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 63/113
2.4. Protecção social dos trabalhadores estrangeiros
Acesso à Saúde
Os cidadãos estrangeiros que não possuam nenhum dos títulos acima indicados, devem
apresentar um documento comprovativo, emitido pelas juntas de freguesia, de que se encontram
em Portugal há mais de 90 dias. A estes, poderão ser-lhes cobradas as despesas efectuadas,
exceptuando a prestação de cuidados de saúde em situações que ponham em perigo a saúde
pública.
A taxa que terão que pagar consta das tabelas em vigor e devem atender à situação económica
e social da pessoa. A prova da situação económica é aferida pela Segurança Social.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 64/113
Acesso à Segurança Social
O Instituto da Segurança Social (ISS) é uma pessoa colectiva de direito público encarregue da
gestão das prestações do sistema de Segurança Social, sem prejuízo das competências
atribuídas a outras instituições de Segurança Social e aos serviços integrados na administração
directa do estado.
Nos termos da Lei de Bases da Solidariedade e Segurança Social recentemente aprovada, o ISS
tem a seu cargo a protecção social dos cidadãos, promovendo a protecção dos trabalhadores e
das suas famílias.
y Doença;
y Maternidade;
y Desemprego;
y Doenças profissionais;
y Invalidez;
y Velhice;
y Morte.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 65/113
Acesso às prestações
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 66/113
UNIDADE TEMÁTICA 3 Formas de Acesso à Informação e Documentação
Objectivos
Conteúdos
3.3. Internet
- Noções básicas
- Glossário de termos relativos à Internet
- Etapas da pesquisa de informação na Internet
- Etapas de utilização de uma aplicação de correio electrónico
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 67/113
3.1. Introdução aos Sistemas Informáticos
O software é a parte lógica de um sistema informático que gere e controla o hardware, de uma
forma organizada, para que o computador possa funcionar convenientemente. O software é
constituído pelos programas que, através de várias instruções, são responsáveis pelo
funcionamento do computador e pela realização de várias tarefas como escrever, desenhar, etc.
Por isso, para se executar uma determinada actividade com um computador é necessária a
instalação de um programa adequado a essa actividade.
Componentes de um computador
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 68/113
O CPU é a Unidade Central de Processamento, é o “cérebro” do computador e é responsável
por controlar e realizar todas as tarefas exigidas pelos utilizadores. É o CPU que determina a
velocidade com que os dados são recebidos, processados e transmitidos.
A Memória é um suporte para armazenar qualquer tipo de informação, quer seja de dados ou
programas. Armazena de forma temporária ou permanente os dados ou as instruções, podendo
existir dois tipos de memória num computador: as memórias primárias e as memórias
secundárias.
Funcionamento de um computador
O software de aplicação corresponde aos programas que nos permitem realizar várias tarefas,
a título de exemplo temos, os processadores de texto (escrita e formatação de texto), as folhas
de cálculo (que permitem efectuar cálculos numéricos e criação de gráficos), os sistemas de
gestão de bases de dados (que permitem elaborar e gerir ficheiros com informação catalogada e
ordenada), as apresentações gráficas (permitem criar conjuntos automatizados de slides),
programas de desenho e tratamento de imagem (que possibilita a criação de desenhos originais
ou tratamento de imagens previamente armazenadas), programas de navegação na Internet,
jogos (programas de entretenimento que, geralmente, são bastante exigentes com o hardware) e
os antivírus (que são programas de combate a vírus informáticos).
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 69/113
3.2. Processador de Texto
Características e Vantagens
y Impressão de Documentos
− Imprimir um documento (atendendo aos procedimentos de impressão de um documento)
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 70/113
3.3. Internet
Noções básicas
A Internet constitui, nos dias de hoje, uma nova forma privilegiada de acesso à informação. Esta
é uma rede constituída por um vasto conjunto de redes independentes ligadas entre si, que liga
computadores de diferentes tipos e dimensões e permite a comunicação entre pessoas
diferentes, independentemente do país ou do local onde estas se encontram. É, por isso, uma
forma muito rápida de obter e dar informação.
Imagine que pretende obter uma informação relativamente à formação profissional. Um dos sítios
na internet onde poderá obter essa informação é no sítio do Instituto do Emprego e Formação
Profissional, I.P. onde poderá consultar informações sobre este assunto, assim como encontrar
outros pontos de ligação para reforçar a sua consulta.
1.º Passo: Precisa de se dirigir a um local onde exista um computador que esteja ligado à
internet (público ou privado, como por exemplo, os CTT ou a Portugal Telecom).
2.º Passo: Depois de se sentar em frente do computador, terá de “clicar” (tocar) no ícone que
simboliza a internet e esperar que o computador.
3.º Passo: Depois de estabelecida a ligação, aparecerá no ecrã do computador uma janela
grande, onde existe uma caixa pequena, devidamente identificada, onde deverá
escrever o endereço a que pretende aceder, que neste caso é www.iefp.pt.
Termo Designação
É o nome genérico do programa que nos permite navegar na Internet. Os mais populares
Browser
são o Internet Explorer e o Netscape Navigator.
É o pequeno aparelho (ou placa) que liga o computador à linha telefónica para
Modem
estabelecer a ligação com o fornecedor de acesso Internet.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 71/113
HTTP
(HyperText O ''protocolo'' utilizado para navegar na internet é o http, isto é, ao escrever
Transfer ''http://www.nome.pt/index.html'' estamos a dizer ao browser para transferir o ficheiro
Protocol) – index.html, que está no servidor www.nome.pt, com o protocolo http.
“protocolo”
World Wide Web, ou apenas Web, é o termo utilizado quando nos referimos à
WWW -
imensidão de páginas existentes em toda a Internet;
World Wide
Página web é o termo utilizado para nos referirmos a uma determinada página;
Web
Web site, também conhecido por "sítio" ou "sítio web" é o conjunto de páginas web num
determinado endereço.
Homepage -
A Homepage de um web site é a sua página principal. A homepage de um utilizador
página
pode ser a sua página pessoal, mas pode também ser a página que carrega quando se
principal de
abre o browser (Internet Explorer ou Netscape Navigator).
um web site
FAQ
(Frequently
Asked Em Português, uma FAQ é um conjunto de respostas às perguntas mais frequentes,
Questions) - colocadas pelos utilizadores de determinado site, produto ou serviço.
Perguntas
Frequentes
A arroba é utilizada nos endereços de e-mail (ex. maria@iefp.pt) e significa ''em'' (“at”
@ - “arroba”
em inglês).
Attachment Quando uma mensagem de correio electrónico tem um attachment significa que a
– “anexo” mensagem tem um ficheiro em anexo.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 72/113
Etapas da pesquisa de informação na Internet
y Iniciar uma sessão de trabalho, através da utilização de uma aplicação de correio electrónico
y Identificar os vários elementos que constituem o ambiente de trabalho de uma aplicação de
correio electrónico
y Criar uma mensagem
− Destinatário
− Assunto
− Conteúdo
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 73/113
6. FICHAS DE TRABALHO
FICHA 1
1. Depois de ler com atenção as palavras abaixo escritas, faça um círculo vermelho à volta das
palavras que, na sua opinião, correspondem ao conceito de cidadania:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 74/113
FICHA 2
1. Depois de observar as 4 figuras que se encontram nas páginas seguintes assinale, com uma
cruz, os conceitos que as mesmas lhe sugerem e transcreva-as para as respectivas imagens.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 75/113
Preencha os espaços em branco com as palavras/conceitos seleccionados, complementando-os
com outros que as mesmas imagens lhe sugiram.
Figura n.º 1
Fonte: Elyh Holzhaus, in L´Europe se moque du Racism, Centre de Recherches Tsiganes, Editorial Presencia Gitana, Madrid, 1999.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 76/113
Figura n.º 2
Fonte: Fernand Léger, in Manuela Monteiro e Irene Queirós; Psicosociologia 2; Porto Editora, Porto, 1998.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 77/113
Figura n.º 3
Fonte: In Manuela Monteiro e Irene Queirós; Psicosociologia 2; Porto Editora, Porto, 1998..
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 78/113
Figura n.º 4
África
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 79/113
FICHA 3
1. Descubra na sopa de letras (horizontal / vertical / diagonal) as palavras que são indicadas e
que estão relacionadas com o Ano Europeu do Diálogo Intercultural que a União Europeia
comemorou em 2008.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 80/113
FICHA 4
1.1. Não, porque os povos têm hábitos, costumes, cultura e religiões diferentes
2.4. Não, porque uns são mais ricos e têm mais poderes que outros.
3.4. Membros de igrejas não registadas legalmente não podem professar a sua fé.
3.5. Apenas são permitidos meios de comunicação social controlados pelo partido
político no poder.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 81/113
FICHA 5
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 82/113
2. Equilibre a balança, colocando as letras correspondentes a direitos no prato do lado
esquerdo e as correspondentes a deveres no do lado direito.
a) Protecção judicial
b) Respeitar os outros
c) Colaborar com os serviços públicos
d) Livre associação
e) Pagar os impostos
f) Protecção social
g) Descontar para a Segurança Social
h) Cuidados de saúde
DIREITOS DEVERES
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 83/113
3. Identifique as palavras que, na sua opinião, correspondem ao conceito de DEMOCRACIA.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 84/113
FICHA 6
1. Dos quatro gráficos, qual lhe parece representar uma democracia pluralista?
RESPOSTA:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 85/113
2. Em Portugal os Órgãos de Soberania são:
3. Qual é a cor que corresponde ao órgão de soberania que garante a independência nacional e
a unidade do estado?
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 86/113
6. Qual o órgão que por excelência assegura o direito dos cidadãos?
8. Assinale com uma cruz, qual das duas imagens representa, na sua opinião, a forma
democrática de exercício do direito do voto.
Figura A Figura B
Figura A Figura B
8.1. Porque…
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 87/113
FICHA 7
Nome
Endereço:
Localidade:
Freguesia:
Concelho:
Distrito:
País:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 88/113
2. Identifique as Organizações Governamentais e as Organizações Não Governamentais da
região onde vive.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 89/113
FICHA 8
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
…..
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 90/113
FICHA 9
1. Utilize o seu contrato de trabalho e identifique se o tipo de contrato é a termo ou sem termo.
- Nome ou denominação
- Residência ou sede do dador e do prestador de trabalho
- Categoria profissional ou funções ajustadas
- Retribuição do trabalhador
- Local de trabalho
- Horário de trabalho
- Data de início de trabalho
- Prazo estipulado com indicação de motivo justificativo
- Data de celebração
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 91/113
FICHA 10
1. Identifique um conjunto de serviços públicos onde se deve dirigir para tratar de assuntos de
emprego, formação, descontos para a Segurança Social, etc.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 92/113
FICHA 11
2. Associe aos periféricos: (1) Entrada (2) Entrada e Saída (3) Saída
Teclado
Impressora
Rato
Disquete
Pen Drive
Microfone
Cd-Rom
Monitor
Scanner
Modem
3. No que respeita ao software, indique se as afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F):
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 93/113
FICHA 12
1. Aceda à Internet e entre na página da Internet do ACIDI. Procure a lei da imigração e faça o
download da mesma para o seu ambiente de trabalho.
1.1. Enuncie os passos necessários para imprimir o documento. Se tiver acesso a uma
impressora, imprima apenas a página 1 do documento.
2. Se quiser saber informações sobre a Lei da Nacionalidade Portuguesa, indique duas formas
distintas de efectuar essa procura na Internet.
3.1. Escolhe a ligação "Declaração Universal dos Direitos do Homem" e escolha um dos
artigos da Declaração.
3.1.1. Copie para um documento do Word e ilustre-o com um relato de uma situação
concreta, presenciada por si ou contada por outra pessoa. O documento de Word
deve chamar-se "direitos_humanos".
4. Aceda à Internet, localize a página da Portugalmail e crie uma caixa de correio electrónico
nesse website.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 94/113
7. PROVA DE AVALIAÇÃO FINAL (MODELO)
TESTE DE CIDADANIA
Nome:
Data:
Classificação final:
Assinatura:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 95/113
Por cada questão assinale as afirmações que são verdadeiras (V) e as que são falsas (F)
1.1. As pessoas só são “seres individuais” ou “seres sociais”. Nunca são as duas coisas
ao mesmo tempo.
2.4. Ser cidadão significa viver isolado, sem pertença a nenhum estado.
2.5. Os deveres cívicos implicam o respeito pelos direitos e dignidade dos outros
cidadãos.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 96/113
4. Assinale as afirmações que são verdadeiras (V) e as que são falsas (F).
4.1. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adoptada e proclamada pelo
Concelho da Europa em 1948.
5.5. Um conjunto alargado de direitos sociais, como por exemplo o direito à saúde, à
segurança social, à habitação e urbanismo, ao ambiente e qualidade de vida, à
educação e à cultura.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 97/113
6. Assinale as afirmações que são verdadeiras (V) e as que são falsas (F).
8. O «triângulo institucional» que está na origem das políticas e da legislação que se aplicam em
toda a UE são:
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 98/113
9. Identifique o lema da União Europeia.
11.1. 15
11.2. 25
11.3. 27
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 99/113
12. Assinale as afirmações que são verdadeiras (V) e as que são falsas (F):
13. Assinale as afirmações que são verdadeiras (V) e as que são falsas (F).
13.5. Através dos motores de busca posso procurar qualquer tipo de informação
relacionada com a imigração na internet.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 100/113
8. ELEMENTOS ADICIONAIS
Fonte: Pascal Fontaine, A Europa em 12 lições. Comissão Europeia. Direcção-Geral da Comunicação. Fevereiro de 2007, págs. 58 a 61.
1950
1951
Seis países — Bélgica, República Federal da Alemanha, França, Itália,
Luxemburgo e Países Baixos — assinam em Paris o Tratado que institui a
18 de Abril
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), que entra em vigor
em 23 de Julho de 1952, por um período de 50 anos.
1955
Reunidos em Messina, os Ministros dos Negócios Estrangeiros dos seis
1 e 2 de Junho
decidem tornar a integração europeia extensiva a toda a economia.
1957
Assinatura em Roma dos Tratados que instituem a Comunidade
25 de Março Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica
(Euratom), que entram em vigor em 1 de Janeiro de 1958.
1960
Por iniciativa do Reino Unido, a Convenção de Estocolmo cria a
4 de Janeiro Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), que reúne vários países
europeus que não fazem parte da CEE.
1963
É assinado em Yaoundé um acordo de associação entre a CEE e 18
20 de Julho
países africanos.
1965
É assinado o Tratado de fusão dos executivos das três Comunidades
8 de Abril (CECA, CEE e Euratom) que cria um Conselho e uma Comissão únicos.
Este tratado entra em vigor em 1 de Julho de 1967.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 101/113
1966
1968
1969
1970
1972
1973
1974
1975
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 102/113
1979
1981
1984
14 a 17 de
Segundas eleições directas para o Parlamento Europeu.
Junho
1985
1986
1989
15 e 18 de
Terceiras eleições directas para o Parlamento Europeu.
Junho
9 de Novembro Queda do Muro de Berlim.
1990
1991
1992
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 103/113
1993
1994
1995
1997
1998
Tem início o processo de adesão dos novos países candidatos, que vai
30 de Março
abranger Chipre, Malta e 10 países da Europa Central e Oriental.
1999
10 e 13 de
Quintas eleições directas para o Parlamento Europeu.
Junho
Entra em funções uma nova Comissão Europeia (1999 – 2004), presidida
15 de Setembro
por Romano Prodi.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 104/113
2000
2001
Assinatura do Tratado de Nice, que entra em vigor em 1 de Fevereiro de
26 de Fevereiro
2003.
2002
Entrada em circulação das notas e moedas de euros nos 12 países da área
1 de Janeiro
do euro.
2003
2004
10 e 13 de
Sextas eleições directas para o Parlamento Europeu.
Junho
A Constituição Europeia é adoptada em Roma (sujeita a posterior
29 de Outubro
ratificação pelos Estados-Membros).
Entra em funções uma nova Comissão Europeia presidida por José Manuel
22 de Novembro
Durão Barroso.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 105/113
2005
29 de Maio e Rejeição da Constituição por referendo em França e, três dias depois, nos
1 de Junho Países Baixos.
2007
Para aprender mais sobre a União Europeia, o modo como funciona e o impacto que
tem na vida dos cidadãos europeus, consulte o portal da Internet da União Europeia
http://www.europa.eu.
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 106/113
LISTAGEM DE SÍTIOS NA INTERNET
http://www.acidi.gov.pt/
http://www.parlamento.pt/
http://www.anmp.pt/
http://www.act.gov.pt/
http://www.catalogo.anq.gov.pt/
http://www.cidm.pt/
http://www.cicdr.pt/
http://www.ciga-nos.pt/
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 107/113
http://www.entreculturas.pt/
http://www.imigrante.pt/
http://www.iefp.pt/
http://www.novasoportunidades.gov.pt/
http://www.mai.gov.pt/
http://www.mne.gov.pt/
http://www.mtss.gov.pt/
http://www.nacionalidade.sef.pt/
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 108/113
http://www.pnai.pt/
http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/pt
http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT
www.presidenciarepublica.pt
www.pgr.pt
http://www.oi.acidi.gov.pt/
http://obercid.ufp.pt/
http://www2.seg-social.pt/
http://www.sef.pt/
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 109/113
http://tv.sef.pt/
TV
ORGANIZAÇÕES NACIONAIS
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 110/113
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 111/113
Eurostat – http://epp.eurostat.ec.europa.eu/
op.eu.int/
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 112/113
NOTÍCIAS
http://noticias.sapo.pt/
Programa PPT - Português para Todos UFCD C1y Cidadania FP-OF y Setembro 2009 113/113