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Antônio Francisco de Jesus (Saracura), nasceu no povoado Terra Vermelha, em

Itabaiana, Sergipe, em 06.07.1945. Economista de formação (UFS 1971) e Analista de


Sistemas de profissão. Trabalhou nas empresas Petrobrás, Telebrás, Rhodia, Telergipe.
É aposentado.
Escritor tardio, somente começou a publicar seus livros a partir de 2008, tendo ali iniciado
com o romance “Os Tabaréus do Sítio Saracura”, com reedições em 2010, 2012 e 2014,
todos falando de sua gente, de sua maneira de viver. Além da sua produção em romance
tem várias obras em formato de literatura de cordel, tratando de temas regionais. É
membro da Associação Sergipana de Imprensa, do Instituto Histórico e Geográfico de
Sergipe, da Academia Sergipana de Letras, com a cadeira número 10; e da Academia
Itabaianense de Letras, com a cadeira número 6, com patrono em Boaventura de Oliveira.
O escritor já lançou seis obras, são elas. Saracura é membro da Academia Sergipana de
Letras, da Academia Itabaianense de Letras e da Associação Sergipana de Imprensa.
“O primeiro livro que escrevi foi um livro técnico de informática tratando do bom
funcionamento de um centro de processamento de dados. Teve edição restrita à empresa
onde eu trabalhava. O primeiro livro publicado para o mundo foi um romance, ‘Os
Tabaréus do Sítio Saracura’. Eu já estava aposentado há oito anos e pude redigir, compilar
e depurar textos produzidos desde a adolescência”.

OBRAS
Os Tabaréus do Sítio Saracura, (2008);
Meninos Que Não Queriam Ser Padres, (2011);
Minha Querida Aracaju Aflita, (2010);
Tambores da Terra Vermelha, (2013);
Os Ferreiros, (2015);
Os Curadores de cobra e de gente (2017).

Gizelda Santana de Morais nasceu no município de Campo do Brito em Sergipe no ano


de 1939, sendo filha de Antônio Dórea Morais e Maria Pureza Morais. Aprendeu a ler na
cidade de Tobias Barreto através de literatura de cordel que ela sempre comprava a um
vendedor de livretos que tinha uma barraca. A partir daí a renomada escritora passou a
ler Romances e poesias, tornando um hábito para ela um hábito a partir dos 8 e 9 anos.
Estudou o Ensino Fundamental e Médio no Estado em que nasceu, fez o ginásio no
Colégio Nossa Senhora de Lourdes, e lá a chamavam para fazer poesias. Ao estudar no
Colégio Estadual Tobias Barreto, ela mantinha algumas colunas em jornais como A
Gazeta de Sergipe, Correio. E nessa época, estudando ainda no Colégio Estadual Tobias
Barreto é quando o Movimento Cultural de Sergipe publicou o seu primeiro livro de
poesias.
Depois cursou Filosofia em Belo Horizonte, e, posteriormente, foi morar em Salvador,
concluindo o Curso de Filosofia e também de Psicologia. Trabalhou como professora na
Universidade Federal de Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, além
de ter sido participante de movimentos culturais, sendo secretária regional e conselheira
em órgãos nacionais como CFE, CNPq, CAPES, INEP e SBPC, além de ter lecionado na
Universidade de Nice, na França. No ano de 1959, ao ter participado do Concurso
Universitário de Poesia em Belo Horizonte, teve a colocação de primeiro lugar.
Sofrendo de problemas de saúde, a escritora faleceu em 15 de agosto de 2015 aos 76 anos
de idade e seu corpo foi sepultado no Cemitério Colina da Saudade.
OBRAS
Contos:
Contos (2004)
Poesias:
Rosa do Tempo (1958); Baladas do Inútil Silêncio (1964); Acaso (1975); Verdeoutono
(1982); Cantos ao Parapitinga (1991); Poemas de Amar (1995) [Em parceria com Núbia
Marques e Carmelita Fontes]
Coletâneas:
Palavra de Mulher (1979), Aperitivo Poético (1986); NORdestinos (1994) [Lançado em
Lisboa].
Ensaios literários:
Esboço para uma análise do significado da obra poética de Santo Souza (1996).
Pedagogia:
Pesquisa e Realidade de 1º Grau (1980).
Romances:
Jane Brasil (1990); Ibiradiô: As várias faces da moeda (1990) [lançado também na
França]; Preparem os Agogôs (1997); Absolvo e Condeno (2000); Feliz Aventureiro
(2001); A procura de Jane (2010)
O HOMEM E O MUNDO

o homem vai
o homem vem
o mundo é o mesmo
o homem não
atrás da cortina
a luz se apaga
o homem se gasta
e o mundo não.

o homem prossegue
a música toca
o homem a escuta
e o mundo não.

no fundo das redes


os peixes repousam
o mundo descansa
e o homem não.

as fontes renascem
as rosas fenecem
o homem contempla
e o mundo não.

a noite é escura
o sol faz o dia
o mundo é cativo
e o homem não
o homem é vivido
o homem é passivo
o homem é lembrança
e o mundo não.

as pedras não falam


os ventos não gemem
o mundo se cala
e o homem não.

o espelho reflete
reflete e não vê
o homem é o mundo
e o mundo não.

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