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Artigo Exercício Normatização PDF
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RESUMO
O objetivo deste estudo foi produzir normas de autoestima para crianças, adolescentes e adultos e atualizar as
propriedades psicométricas da Escala de Autoestima de Rosenberg, adaptada por Hutz (2000). Participaram deste estudo
1.151 estudantes de ambos os sexos, do ensino fundamental, médio e superior da região sul do Brasil, com idade entre 10
e 30 anos (M=16,4). Todos os participantes responderam à escala coletivamente em sala de aula. Uma análise de
componentes principais (rotação varimax) revelou que a melhor solução seria unifatorial, como a que foi anteriormente
encontrada, em concordância com o resultado original de Rosenberg. A consistência interna da escala (alfa de
Cronbach=0,90) foi satisfatória. Verificou-se uma correlação negativa entre idade e autoestima (r=-0,47) que
provavelmente ocorre devido ao período de transição pelo qual passam os estudantes universitários.
Palavras-chave: Autoestima; Validade de construto; Normas.
Eigenvalue=5,5
Variância explicada=54,6%
Alfa de Cronbach=0,90
Testes post hoc (Tuckey) revelaram que o (p<0,001; d=0,2). Revelaram também que os níveis
grupo com participantes de 13 a 15 anos apresentou de autoestima dos participantes com idades entre 20
uma média de autoestima mais elevada, que diferiu e 30 anos eram significativamente inferiores aos de
significativamente do grupo de 16 a 19 anos estudantes com idades entre: 10 e 12 anos (p<0,001;
Média 18,9
DP 6,78
Concluindo, a análise fatorial demonstrou sua autoestima. Embora os resultados deste estudo
que a Escala de Autoestima de Rosenberg, na sua confirmem o que já vinha sendo observado em
atual versão, segue apresentando validade de outras pesquisas, eles apontam também para a
construto, e que uma solução unifatorial, como gravidade da situação ao quantificar o problema. A
proposta por Rosenberg (1989) e anteriormente redução observada na média dos estudantes do
observada por Hutz (2000), é mais apropriada. A ensino médio em relação a dos estudantes
consistência interna foi equivalente ao encontrado universitários requer o desenvolvimento de
há uma década e é muito satisfatória. É interessante trabalhos específicos para diagnosticar com
observar, porém, o declínio nos escores de precisão a origem do problema e para encontrar
autoestima entre os estudantes universitários. As formas de intervenção que previnam a queda na
diferenças encontradas com relação aos estudantes autoestima.
de ensino médio e fundamental são muito grandes e
indicam que a vida acadêmica está sendo REFERÊNCIAS
experienciada como um momento de dificuldade
por muitos estudantes. Alguns estudos (Bardagi & Arnett, J. J. (2000). Emerging adulthood: A theory
Hutz, 2009; Bardagi & Hutz, 2008) já têm apontado of development from the late teens through the
para dificuldades crescentes sendo vivenciadas por twenties. American Psychologist, 55, 469-480.
estudantes universitários em virtude da indecisão Avanci, J. Q., Assis, S. G., Santos, N. C. &
profissional, falta de perspectivas de carreira, e têm Oliveira, R. V. C. (2007). Adaptação
mostrado que isso tem levado a altos níveis de transcultural de escala de auto-estima para
evasão e abandono de cursos. Além disso, é adolescentes. Psicologia Reflexão e Crítica, 20,
importante considerar que o período do ensino 397-405.
superior é um período de transição que envolve Bandeira, C. M. (2009). Bullying: Auto-estima e
muitas tarefas potencialmente desestabilizadoras diferenças de gênero. Dissertação de Mestrado.
(Arnett, 2000). Os resultados deste estudo mostram Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
a necessidade de investigar com mais profundidade Porto Alegre, RS.
a situação de estudantes universitários e as razões Bardagi, M. P. & Hutz, C. S. (2008). Apoio
que estão levando a uma redução tão elevada em parental percebido no contexto da escolha
Claudio Simon Hutz: graduado em Psicologia pela Universidade de Haifa (1973), mestre em Psicologia –
University of Iowa (1979) e doutor em Psicologia – University of Iowa (1981). Atualmente é professor titular da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi presidente da ANPEPP e do IBAP e participou em comissões
da CAPES, CNPQ, FAPERGS e FAPESP. Foi chefe de Departamento, coordenador do Programa de PG em
Psicologia e diretor do Instituto de Psicologia da UFRGS. Suas linhas de pesquisa são nas áreas da Psicologia
Positiva, Desenvolvimento Social e da Personalidade e Avaliação Psicológica
Cristian Zanon: graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria (2006), mestre em
Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2009) e atualmente é doutorando em Psicologia
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em
Avaliação Psicológica, atuando principalmente nos seguintes temas: Psicometria, Psicologia Positiva, Traços de
Personalidade, Ruminação e Reflexão.
Leia cada frase com atenção e faça um círculo em torno da opção mais adequada
1. Eu sinto que sou uma pessoa de valor, no mínimo, tanto quanto as outras pessoas.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
4. Eu acho que sou capaz de fazer as coisas tão bem quanto a maioria das pessoas.
(1) Discordo Totalmente (2) Discordo (3) Concordo (4) Concordo Totalmente
Observação: Os itens 3, 5, 8, 9 e 10 devem ser invertidos para calcular a soma dos pontos