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DESNUTRIÇÃO

Prof.(a) Ms.(a). Jaqueline Nascimento Moreira


E-mail: jaquemoreira@unar.edu.br

ARARAS/SP
FEVEREIRO/2020
DESNUTRIÇÃO

❖POBREZA:

➢ São pobres aqueles que não tem


assegurado o acesso à necessidades
humanas elementares como alimentação,
abrigo, vestuário, educação, acesso à
saúde, etc.
DESNUTRIÇÃO

❖FOME:

➢A fome aguda equivale a urgência de se alimentar.


DESNUTRIÇÃO

❖FOME:

➢A fome crônica ocorre quando a


alimentação diária, habitual, não propicia
ao individuo energia suficiente para a
manutenção do seu organismo e para o
desempenho de suas atividades cotidianas.
DESNUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO

❖DESNUTRIÇÃO:

➢A desnutrição é uma doença que decorre do


aporte alimentar insuficiente em energia e
nutrientes, ou do inadequado aproveitamento
biológico dos alimentos ingeridos (geralmente
motivado pela presença de doenças).
DESNUTRIÇÃO

❖DESNUTRIÇÃO:

➢ A desnutrição corresponde a uma doença de natureza clínico-social multifatorial,


cujas raízes se encontram na pobreza.

➢ Quando ocorre na primeira infância, está associada à maior mortalidade, à


recorrência de doenças infecciosas, a prejuízos no desenvolvimento psicomotor, ao
menor aproveitamento escolar e à menor capacidade produtiva na idade adulta. Nos
países em desenvolvimento, a desnutrição nessa faixa etária constitui-se importante
problema de saúde pública.
DESNUTRIÇÃO

DESNUTRIÇÃO
ENERGÉTICO - PROTÉICO
DESNUTRIÇÃO

❖CAUSAS:

POBREZA

FOME CRÔNICA
DESNUTRIÇÃO

❖TIPOS DE DESNUTRIÇÃO:

➢Kwashiorkor (desnutrição edematosa):


déficit de proteínas.

➢Marasmo: perda acentuada do tecido


muscular e adiposo, sendo a característica
dominante a deficiência energética.
DESNUTRIÇÃO
❖CAUSAS DA DESNUTRIÇÃO:

➢Desemprego;
➢Baixos salários;
➢Carência de moradias salubres;
➢Carência de saneamento ambiental;
➢Carência de acesso aos serviços de saúde e de educação;
➢Redução da autoestima;
➢Falta de perspectiva de crescimento humano;
➢Ausência de segurança alimentar como um direito pleno de cidadania, do exercício de uma
atividade ética e culturalmente digna, do direito à participação na sociedade em diferentes
níveis.
DESNUTRIÇÃO
❖FATORES DE RISCO PARA DESNUTRIÇÃO:

PESO AO NASCER
SOCIOECONÔMICO

REPRODUTIVO MORBIDADE

AMAMENTAÇÃO
AMBIENTE
DESNUTRIÇÃO
❖FATORES DE RISCO PARA DESNUTRIÇÃO:

INFECÇÕES
ANEMIA
(RESPIRATÓRIAS,
FERROPRIVA
URINÁRIAS, DIARRÉIA..)

SEQUELAS E RESTRIÇÕES
HIPOVITAMINOSES
FUNCIONAIS

DEFICIÊCIA DE REDUÇÃO DA FORÇA


CÁLCIO E OUTROS MUSCULAR E HABILIDADE
MINERAIS MOTORA
DESNUTRIÇÃO

❖INDICADORES DA DESNUTRIÇÃO:

➢ Os indicadores diretos podem ser:


▪Bioquímicos;
▪Clínicos e;
▪Antropométricos.

➢ Sendo os últimos os mais aplicados em avaliações populacionais.


DESNUTRIÇÃO

❖INDICADORES DA DESNUTRIÇÃO:

➢ Os indicadores diretos podem ser:


▪Bioquímicos;
▪Clínicos e;
▪Antropométricos.

➢ Sendo os últimos os mais aplicados em avaliações populacionais.


DESNUTRIÇÃO

Fonte: Filho; Rissin. In: Taddei; Lang; Longo-Silva; Toloni, 2011. pag. 172.
DESNUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO

❖INDICADORES DA DESNUTRIÇÃO:

➢ No Brasil, a prevalência de déficit de altura para idade foi reduzida pela


metade entre 1996 e 2009, passando de 13,5% para 6%.

➢ Cabe ressaltar que a redução nesses percentuais de desnutrição não


ocorreu de forma homogênea, sendo maior entre as famílias e regiões mais
pobres e vulneráveis do País.
DESNUTRIÇÃO

❖INDICADORES DA DESNUTRIÇÃO:

➢ No entanto, quando observadas as crianças menores de cinco anos


pertencentes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa-Família, verifica-se que
tanto a desnutrição aguda (baixo peso) quanto a crônica (baixa estatura) são mais
prevalentes quando comparadas aos dados de toda a população brasileira nessa
faixa etária.
DESNUTRIÇÃO

❖INDICADORES DA DESNUTRIÇÃO:

➢ Da mesma forma, a desnutrição permanece elevada em algumas regiões


do País, sobretudo em municípios de pequeno porte, e em grupos
populacionais específicos, estando fortemente concentrada nas Regiões
Norte e Nordeste.

➢ De acordo com dados do SISVAN, atualmente ainda há 253 municípios


brasileiros com 10% ou mais crianças menores de cinco anos com
desnutrição aguda, representando um total de 22.194 crianças.
DESNUTRIÇÃO

❖INDICADORES DA DESNUTRIÇÃO:

➢ A persistência da desnutrição em um contexto histórico de declínio de sua


prevalência sinaliza a necessidade de maiores investimentos sociais e de atenção
focalizada de forma qualificada.

➢ Nesse sentido, o setor saúde deve monitorar os casos de desnutrição infantil,


principalmente dos quadros graves e moderados, e garantir a oferta de cuidados
adequados para recuperação dos indivíduos desnutridos.
DESNUTRIÇÃO

❖RESTRIÇÃO ALIMENTAR:

➢ Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), validada em Pesquisa Nacional


por Amostra de Domicílios (PNAD) – 2004.

➢ O propósito dessa escala de indicadores é o de medir, diretamente, a percepção de


insegurança alimentar e fome em nível domiciliar, o que possibilita a estimativa de sua
prevalência na população.
DESNUTRIÇÃO
❖RESTRIÇÃO ALIMENTAR:

➢ Identificar diferentes graus de acesso aos alimentos: desde a completa


satisfação das necessidades alimentares (Segurança Alimentar), até as
experiências em níveis de progressiva gravidade de restrição de alimentos
(Insegurança Alimentar Leve, Moderada e Grave).

❑18% - IA leve;
❑14,1% - IA moderada;
PNAD -2004 ❑7,7% IA grave (correspondendo este último
percentual de famílias a cerca de 14 milhões de
brasileiros e 6,5% do total de domicílios do país).
DESNUTRIÇÃO
❖PREVENÇÃO E CONTROLE DA DESNUTRIÇÃO:

➢ A elaboração de fluxos e procedimentos para o acolhimento adequado às


demandas espontâneas e aos casos identificados por busca ativa, no
âmbito da atenção básica e em articulação com os demais pontos de
atenção, que contemplem a identificação das causas, avaliação e
classificação do risco, estabelecimento de Projeto Terapêutico Singular e de
articulação com outros setores e políticas sociais, é fundamental para o
cuidado integral e resolutivo dessa população vulnerável.
DESNUTRIÇÃO
❖PREVENÇÃO E CONTROLE DA DESNUTRIÇÃO:

➢ Além disso, outras ações já comprovadas e fundamentais para prevenção


e controle da desnutrição, apoiadas pela Coordenação Geral de
Alimentação e Nutrição CGAN/MS e que podem ser implantadas e
incorporadas aos fluxos e procedimentos estabelecidos para a atenção às
crianças desnutridas em seu município, incluem:
DESNUTRIÇÃO
❖PREVENÇÃO E CONTROLE DA DESNUTRIÇÃO:

➢ A promoção ao aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e da alimentação


complementar saudável, com continuidade do aleitamento materno até os 2 anos,
fortalecida pela Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil;

➢ A prevenção de deficiências nutricionais específicas, com a Suplementação de


Ferro e Ácido Fólico e Vitamina A;
DESNUTRIÇÃO
❖PREVENÇÃO E CONTROLE DA DESNUTRIÇÃO:

➢ O acompanhamento do estado nutricional de crianças menores de cinco anos,


com a utilização do SISVAN, com especial atenção às crianças pertencentes a
famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família;

➢ A promoção e implantação de ações intersetoriais, por meio da Articulação


Intersetorial, tendo em vista a determinação multifatorial da desnutrição.
FOME ZERO
FOME ZERO

❖CONCEITO:

➢ O Fome Zero é uma estratégia impulsionada pelo governo federal para


assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada - DHAA às pessoas
com dificuldades de acesso aos alimentos.

➢Tal estratégia se insere na promoção da Segurança Alimentar e Nutricional


– SAN, buscando a inclusão social e a conquista da cidadania da população
mais vulnerável à fome.
FOME ZERO

❖CONCEITO:

➢ O Fome Zero possui 4 eixos de atuação:

❑ Eixo 1: Acesso aos alimentos.


❑ Eixo 2: Fortalecimento da agricultura familiar.
❑ Eixo 3: Geração de renda.
❑ Eixo 4: Articulação, mobilização e social.
FOME ZERO

❖EIXO 1:

➢ Bolsa Família;
➢ Alimentação Escolar (PNAE);
➢ Cisternas;
➢ Restaurantes populares;
➢ Banco de alimentos;
➢ Hortas comunitárias;
➢ Alimentação do trabalhador (PAT).
FOME ZERO

❖EIXO 2:

➢ Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf);


➢ Garantia-Safra;
➢ Seguro da Agricultura Familiar;
➢ Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA).
FOME ZERO

❖EIXO 3:

➢Qualificação social e profissional;


➢Economia solidária e inclusão produtiva;
➢Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (Consad);
➢Organização produtiva de comunidades;
➢Desenvolvimento de cooperativas de catadores;
➢Microcrédito produtivo orientado.
FOME ZERO

❖EIXO 4:

➢ Casa das Famílias - Centro de Referência de Assistência Social(CRAS);


➢ Mobilização social e educação cidadã;
➢ Capacitação de agentes públicos e sociais;
➢ Mutirões e doações.
BOLSA FAMÍLIA
BOLSA FAMÍLIA

➢ O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa federal de


transferência direta de renda à famílias em situação de pobreza (renda
entre R$70,01 a R$140,00 por pessoa) ou de extrema pobreza (renda de
até R$70,00 por pessoa), com a finalidade de promover seu acesso aos
direitos sociais básicos e romper com o ciclo intergeracional da pobreza.

➢ O Programa é realizado por meio de auxílio financeiro vinculado ao


cumprimento de compromissos na Saúde, Educação e Assistência Social -
condicionalidades.
BOLSA FAMÍLIA

➢ As famílias em situação de pobreza e extrema pobreza podem ter maior


dificuldade de acesso e de frequência aos serviços de Saúde.

➢ Por este motivo, o objetivo das condicionalidades do Programa é


garantir a oferta das ações básicas, e potencializar a melhoria da
qualidade de vida das famílias e contribuir para a sua inclusão social.
BOLSA FAMÍLIA

➢ A agenda de saúde do PBF no SUS compreende a oferta de serviços


para a realização do pré-natal pelas gestantes, o acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento infantil e imunização.

➢ Assim, as famílias beneficiárias do PBF com mulheres com idade entre


14 e 44 anos e crianças menores de sete anos de idade deverão ser
assistidas por uma equipe de saúde da família, por agentes comunitários
de saúde ou por unidades básicas de saúde, que proverão os serviço
necessários ao cumprimento das ações de responsabilidade da família.
BOLSA FAMÍLIA

➢ De forma a reforçar o papel do profissional de saúde como ator chave


nesse processo, a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB- 2011)
destaca a inserção das ações relativas ao acompanhamento das
condicionalidades de saúde do PBF ou de qualquer outro programa similar
de transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades criado pelo
Governo Federal, estadual ou municipal no rol das atividades dos Agentes
Comunitários de Saúde.

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