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A Clínica psicodinâmica do trabalho: de Dejours às pesquisas brasileiras – Uma obra

não apreciável a engenheiros

BUENO, M.; MACÊDO, K. B. A Clínica psicodinâmica do trabalho: de Dejours às pesquisas


brasileiras. Revista Estudos Contemporâneos da Subjetividade, v. 2, n. 2, 2012.

O artigo “A Clínica psicodinâmica do trabalho: de Dejours às pesquisas


brasileiras”, de Marcos Bueno e Kátia Barbosa Macêdo, publicado na Revista ECOS em
2012, apresenta uma síntese do surgimento e evolução da clínica psicodinâmica do
trabalho, que inicia-se na década de 1970 com os estudos de Cristophe Dejours,
psicanalista francês, e passa por diversas transformações moldadas pelo contexto das
relações trabalhador-trabalho, com a contribuição de demais pesquisadores
posteriormente envolvidos nesta linha de pesquisa.
Os autores expõem premissas dos estudos de referência de Dejours e demais,
expondo o trabalhador como ser subjetivo suscetível a anseios como a auto realização
e reconhecimento social e ao sofrimento psíquico decorrente do trabalho como
precursor de tais anseios. Entretanto, a subjetividade supracitada acaba sendo exposta
de forma (pasmem) subjetiva!

A obra tenta apresentar uma síntese de uma história extensa, com muitas
referências de embasamento e de linguagem, voltada a um público específico,
profissionais da área da psicologia, tornando sua leitura inacessível a profissionais de
outras áreas, como engenheiros, mais especificamente, engenheiros de segurança do
trabalho.
Embora as duas áreas possam inter-relacionar-se no campo da saúde mental do
trabalhador, a presente obra falha em formar esta ponte com o objetivo de disseminar
o conhecimento a área da engenharia, por ser apresentada com foco extremamente
subjetivo. Subjetividade, esta, estranha a uma área do conhecimento em que a mesma
muitas vezes é inaceitável para a validação de um conhecimento.

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