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Não à toa, Bock baliza o estudo de Leme, Bussab e Otta. Em 2007, compilando um projeto de
compromiso social de Silvia Lane com a Psicologia, Bock publica resgatando o processo de
reconhecimento científico da psicologia, e isso se torna relevante para a discussão da representação do
psicólogo a partir do momento em que tentamos separar a psicologia em, ou uma ciência
experimental, biológica, objetiva, ou em uma ciência sociológica, subjetiva, dialética. Desvincular o
indivíduo de seu contexto faz com que não seja possível compreender a materialidade histórica que
forma o homem social. Não se pode dividir a psicologia social em ciência aplicada e pura" (Lane,
1986, apud Sawaia, 2002). Parte do “descrédito” da população geral e também parte da tentativa de
credibilizar a psicologia pelos profissionais da área, se devem ao mesmo fato, de a psicologia não ser
uma ciência da saúde como a medicina. Ela precisa da historicidade dos fenômenos, da interpretação
subjetiva, precisa que a realidade seja critério para análise da importância e fidedignidade de dados
que as pesquisas produzem e não o contrário.
A psicologia precisa se “familiarizar”, buscar ancoragens e objetivações, se trazer do mundo
reificado para o mundo consensual, ou a representação social do psicólogo estará sempre em recortes
que se contradizem ou que sequer são escutados.
Referências
BOCK, A. M. B. et al.. Sílvia Lane e o projeto do "Compromisso Social da Psicologia". Psicologia &
Sociedade, v. 19, n. spe2, p. 46–56, 2007.