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Fadiga em Virabrequim V8 PDF
Fadiga em Virabrequim V8 PDF
a
UFRGS, Graduando em Engenharia Metalúrgica
b
UFRGS, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e
dos Materiais (PPGEM)
c
UFRGS, Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica
e dos Materiais (PPGEM)
d
UFRGS, Professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e
dos Materiais (PPGEM)
RESUMO
Palavras chaves
Virabrequim, Motor, Furação, Fratura, Fadiga
INTRODUÇÃO
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operação por algum tempo, de modo que a superfície da fratura sofra grande amassamento
prejudicando a observação dos mecanismos da fratura.
Neste trabalho será apresentada uma análise de falha, realizada pelo Laboratório de
Metalurgia Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (LAMEF- UFRGS), de uma
seção fraturada de um virabrequim de motor diesel V8, forjado em aço, visto na figura 2. A
amostra foi recebida já cortada e somente com a superfície de fratura localizada na palma
entre um munhão e um moente.
METODOLOGIA
Cambotas
Moentes
Munhões
A análise visual da seção recebida indicou que a fratura ocorrera por fadiga,
evidenciada pela presença de marcas de praia. A fratura nucleou ao final de um furo realizado
no meio da palma, conforme a figura 3. O final deste furo coincidiu com a região
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Jornadas SAM - CONAMET - AAS 2001
intermediária entre o munhão e o moente sendo que o acabamento interno deste furo
apresentava-se grosseiro, conforme a figura 4.
Posteriormente a fratura foi levada a lupa de baixo aumento para documentação
fotográfica e análise detalhada. Após a documentação fotográfica foi retirada uma seção na
região de início da falha para possibilitar o manuseio e posicionamento na lupa e,
posteriormente, análise no MEV.
Marca de praia
Figura 4 – Imagem mostrando a dobra (rebarba) localizada no ponto de início da falha. Pode
ser observada a presença de outras dobras e arranhões profundos criados no processo de
furação. Aumento: 10x.
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Superfície
de fratura Dobra
Furo
Dobra.
Ponto inicial
da falha
Figura 6 – Micrografia mostrando o ponto de início da falha, evidenciado pela presença das
linhas radiais divergindo do ponto inicial.
Após identificação do ponto inicial da falha foi retirada uma seção transversal para
realização de uma análise metalográfica com o objetivo de identificar alguma alteração
microestrutural.
A microestrutura do componente apresentou-se bainítica e martensítica revenida na
maior parte do componente. Na pista de contato dos munhões e moentes a microestrutura
apresentou-se martensítica revenida, como visto na figura 7. Foi observado, no ponto de início
da falha (final do furo), uma região com a presença de martensita, oriunda de um aquecimento
elevado no processo de furação, vistos nas figuras 8 e 9.
Foram realizados ensaios de microdureza Vickers nas regiões do núcleo e camada
temperada e, especificamente, na região de martensita localizada no início da falha. Os
ensaios resultaram em uma média de 220 HV0,5 no núcleo, 507 HV0,5 na camada temperada e,
na região de início d falha (queima), 451 HV0,1, comprovando a presença de formação
martensítica.
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Superfície
Furo de fratura.
Martensita
não revenida
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DISCUSSÃO DE RESULTADOS
A fratura foi por fadiga e iniciou em um único ponto onde ocorreu aquecimento
excessivo no processo de furação, transformando a microestrutura desta região em martensita.
Esta microestrutura é caracterizada por ter alta dureza (veja que a dureza é similar àquela da
camada temperada) e baixa tenacidade.
Estes dois fatores propiciaram a nucleação do processo de fadiga que depois propagou
por uma grande seção resistente (cerca de 80%) até que ocorresse a ruptura final.
Um único ponto de nucleação associado a uma extensa região de propagação indicam
que a fadiga foi sob baixa tensão, ou seja, neste plano de fratura a tensão em serviço é baixa,
não sendo sequer a região prevista para a falha de tal componente. Com efeito, ela só ocorre
devido a presença de dois fatores de concentração de tensões ditos anteriormente. Os dois
fatores estão associados à usinagem profunda do furo, pois isto determina maior flexão
(vibração) da ponta da broca e menor acesso do líquido de refrigeração. Sendo assim, além de
piorar o acabamento, é possível ocorrer super aquecimento localizado que elevam a
temperatura com subseqüente resfriamento rápido, transformando localmente a microestrutura
de uma condição estável para outra mais tensionada (martensita) onde as trincas e a nucleação
de fadiga são eminentes.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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