Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
51-004 - Guia Prático de Criação de Galinhas - Valdir Rocha PDF
51-004 - Guia Prático de Criação de Galinhas - Valdir Rocha PDF
Um forte abraço!
www.criargalinha.com.br
1
SUMÁRIO
01 – Introdução Página 02
06 – Habitação Página 21
13 – Abate Página 35
14 – Mercado Página 39
www.criargalinha.com.br
2
1 - INTRODUÇÃO
As galinhas caipiras tem se mostrado uma fonte inevitável de proteína animal, com
excelente sabor e enormes qualidades nutricionais. E já é uma tendência do mercado
brasileiro procurar por uma carne diferenciada que satisfaça o desejo das donas de casa
e dos grandes restaurantes. E para que a sua carne se torne presente nas mesas dos
brasileiros, devemos estabelecer algumas práticas de manejo em sua criação que sejam
implementadas pelos avicultores para que o processo de criação transcorra de forma
equilibrada, sistemática e rentável.
Embora a criação de aves caipira já faça parte da cultura dos pequenos produtores,
a prática dessa atividade não tem dado aos produtores rurais o retorno financeiro
necessário para que os mesmos consigam cobrir os gastos com a produção e obviamente
auferir algum lucro. Porém, se o conhecimento que colocamos neste manual for
devidamente aplicado nas pequenas propriedades, temos plena certeza de que podemos
solucionar esse problema e tornar essa atividade em uma excelente fonte de renda para o
pequeno produtor.
2 – OBJETIVOS DA CRIAÇÃO
Para escolher os animais adequados para criação o produtor deve, antes de tudo,
saber qual o objetivo de sua atividade: criação para postura, criação para produção de
carne, criação mista (carne e ovos) ou ainda, criação de aves ornamentais.
www.criargalinha.com.br
3
aves. Porém, as informações contidas neste manual podem ser aplicadas nos outros
seguimentos de criação em virtude da sua similaridade.
Produzir carne de frango caipira tem se mostrado uma atividade bastante rentável
e que tem merecido destaque em função da importância social que ela desempenha. A
avicultura familiar tem sido beneficiada nesse processo devido os grandes produtores
ainda não terem demonstrado interesse comercial por esse produto. A exploração deste
setor não chega a 3% do consumo interno de frango industrial.
Com a produção de ovos não é diferente, a demanda está bem aquecida e a oferta
não vem acompanhado na mesma proporção. Existe um mercado consumidor que busca
um produto diferenciado e que está disposto a pagar um preço acima do valor dos
produtos convencionais.
Diante deste cenário, o produtor rural tem uma possibilidade real de desenvolver
um projeto que possa atender a demanda de sua região e, se for o caso, expandir a
produção para alcançar os consumidores das cidades vizinhas.
2.4.1 – Australorp
2.4.2 – Brahma
www.criargalinha.com.br
5
2.4.3 – Cochin
www.criargalinha.com.br
6
2.4.6 – Minorca
2.4.8 – Orpington
www.criargalinha.com.br
7
2.4.9 – Plymouth Rock
2.4.14 – Sussex
www.criargalinha.com.br
9
2.4.15 – Turken
www.criargalinha.com.br
10
não apresentará folículos escuros, como acontece com outras aves coloridas. O caipira
pesadão tem plumagem vermelha ou carijó, pernas amarelas e crista simples, pode ser
criada ao ar livre ou semiconfinada. (REVISTA ESCALA RURAL, 19)
www.criargalinha.com.br
11
2.5.6 – Isa Brown
www.criargalinha.com.br
12
2.5.10 – Paraíso Pedrez
3 – MELHORAMENTO GENÉTICO
www.criargalinha.com.br
13
3.1. – Escolha das Raças
3.2 – Cruzamentos
O cruzamento é utilizado para passar parte do potencial genético de uma raça para
outra, formando híbridos inter-raciais ou mestiços, os quais podem formar uma população
base para depois se proceder a seleção e se forma uma raça diferente. No cruzamento se
procura combinar genes de freqüência distinta nas duas populações para as
características de interesse. A diversidade entre as raças de galinhas existentes pode
fornecer combinações genéticas desejáveis para uma variedade de situações de
produção, de manejo e de mercado. Entretanto para utilizar eficientemente os recursos
raciais é necessário se planejar os cruzamentos com base no nível de desempenho
esperado dos vários sistemas alternativos de cruzamentos. (EMBRAPA, 2003)
3.3 – Consanguinidade
4 – PROCESSO DE REPRODUÇÃO
Por apresentar uma grande facilidade de manejo, esse é o modo mais comum de
reprodução das aves nas propriedades brasileiras. Cabe ao produtor fazer a formação
das famílias e separá-las em grupos de no máximo 10 fêmeas para cada macho.
Nesse sistema de reprodução o avicultor deve ficar atendo a um comportamento
muito comum entre as aves que é a monta preferencial entre alguns galos e galinhas.
www.criargalinha.com.br
14
Quando o produtor perceber esse comportamento entre suas aves ele deve fazer a troca
entre as famílias formadas pelas galinhas do seu plantel para evitar o problema de
infertilidade dos ovos.
4.3.2 – Seleção
www.criargalinha.com.br
15
fezes de galinha, fezes de mosca), casca anormal, alteração da coloração normal da
casca, entre outros fatores podem implicar no descarte desses ovos para a incubação.
Ovos sujos normalmente são provenientes de cama, porém podem ser de ninho
quando as fêmeas dormirem nos ninhos ou quando o intervalo entre as coletas é muito
grande. Ovos sujos geralmente têm taxas de nascimento 10% a 15% menores que as
obtidas com ovos limpos. O ideal é não incubar os ovos sujos.
Os ovos postos sobre a cama são contaminados e exigem cuidados especiais na
coleta e higiene. A coleta, o armazenamento e a incubação dos ovos de cama devem sem
sempre separados dos ovos de ninho, pois têm menor eclodibilidade e explodem mais
nas incubadoras que os ovos de ninhos devido a maior contaminação verificada naqueles
ovos. (CHAPTER 5, Araújo & Albino)
4.3.3 – Higiênização
A higienização dos ovos deve ser feita imediatamente após a colheita, e devem ser
limpos a seco pois a prática de lavar ovos sujos e de cama aumenta a contaminação. Os
ovos sujos podem contaminar os demais e, por isso representam um risco para o
incubatório, além de conferirem uma queda expressiva na eclosão.
A superfície dos ovos em nenhum momento pode ser considerada um ambiente
estéril. Apesar de ser produzido por reprodutora saudável, o ovo pode ser contaminado
por fezes, material de ninho, mãos do tratador, água, bandejas, cama, piso e poeira.
Ao passar pela cloaca, o ovo já sofre uma contaminação e quando em contato com
o ninho e com o ambiente do galpão tem aumentada essa contaminação. Apesar das
barreiras naturais do ovo, muitas bactérias passam para o seu interior devido ao
diferencial de temperatura no resfriamento pós-postura. Neste contexto, é muito
importante reduzir esta carga microbiana, pois quanto menor for a contaminação, menor
será a possibilidade de o embrião morrer devido à contaminação.
Ovos com boa qualidade de casca, com peso específico adequado podem ter
penetração de bactérias em apenas 30 minutos. Mesmo os ovos que são livres de
organismos patogênicos, podem ser contaminados com microorganismos que não são
patogênicos mas que se desenvolvem durante o processo de incubação, produzindo
gases que podem ocasionar o estouro dos ovos na máquina de incubação e a
contaminação dos demais ovos.
Desta maneira, recomenda-se que a primeira higienização seja realizada no
momento da coleta, no máximo 30 minutos após a postura, tentando assim evitar que os
microorganismos atravessem a casca e contaminem a clara e a gema. (CHAPTER 5,
Araújo & Albino)
A contaminação inicial do ovo apresenta apenas algumas colônias de
microorganismos, os quais multiplicam-se dez vezes em apenas 60 minutos. (NORTH,
1984)
www.criargalinha.com.br
16
indústria avícola por ser menos eficiente, uma vez que, a cada imersão, a solução vai se
saturando com resíduos orgânicos e reduzindo a ação do desinfetante.
A imersão consiste em mergulhar os ovos numa solução de amônia quaternária à
base de 200ppm ou de dióxido de cloro à base de 80ppm logo após a coleta.
Os dados encontrados na literatura divergem sobre qual deve ser a temperatura e
o tempo ideais, podendo se encontrar trabalhos feitos com imersão em soluções com
temperatura entre 39 e 42°C (Proudfoot ET al., 1985) a 35°C por 10 segundos
(Donassolo, 2004), 30°C (Soncini & Bittencourt, 2003), 25 a 43°C por 3 minutos (Barros Et
al, 2001) e 45°C por 30 segundos (Oliveira & Silva, 2000).
Segundo Mauldin (2002), a imersão deve ser feita por 5 minutos citando que
quando a imersão é feita em período de tempos excessivametne longos a temperatura do
embrião pode elevar-se resultando em mortalidade embrionária. Por outro lado, se o
processo é feito em curto espaço de tempo não irá promover a desinfecção adequada.
A lavagem direta pode ser manual, usando-se uma solução de amônia quaternária
80%, á base de 2%, e formol 37%, a 1%. Essa técnica é usada para higiene de ovos
sujos. Existe o inconveniente de reduzir a eclosão e estourar os ovos durante o processo
de incubação.
www.criargalinha.com.br
17
Todos esses produtos podem combater os microorganismos contaminantes da
casca do ovo, porém só serão eficazes se forem considerados os fatores interferentes,
como:
Incompatibilidade;
Dosagem;
pH;
Concentração do principio ativo;
Presença de matéria orgânica;
Perfumes de azeites componentes do desinfetante;
Excesso de minerais na água;
Temperatura da água. (CHAPTER 9, Araújo & Albino)
4.3.4 – Estocagem
A estocagem dos ovos férteis é uma prática comum e muitas vezes necessária na
incubação comercial. Na maioria das vezes, o objetivo é evitar a mistura de ovos de
diferentes lotes e idades, ou de lotes com status sanitário duvidoso e a incubação de um
maior volume de ovos para atender uma demanda programada. O manejo de estocagem
depende de vários fatores, entre eles as condições ambientais, linhagem, idade do lote,
características físicas e químicas do ovo, estagio do desenvolvimento embrionário e
tempo de estocagem, fatores esses que afetam a eclodibilidade e qualidade do pinto ao
nascer. (EMBRAPA, 2002)
4.3.4.2 – Temperatura
www.criargalinha.com.br
18
4.3.4.3 – Umidade
A umidade relativa deve ser mantida entre 70% e 85%, para evitar a desidratação
do embrião e a condensação de gotículas na superfície dos ovos. (CHAPTER 5, Araújo &
Albino)
4.3.4.4 – Tempo
Usar galinhas para fazer a incubação dos ovos em um aviário comercial só é viável
no início da criação. Depois que demanda pelo produto aumenta, essa prática torna-se
economicamente não sendo interessante para o avicultor, pois é muito difícil para
produtor manter um plantel de aves apenas para incubar os ovos sem que o avicultor
consiga manter um programa de incubação de forma sistemática que atenda as
necessidades de produção.
www.criargalinha.com.br
19
Valores de 88 e 96% para eclosão e eclodibilidade, respectivamente, refletem boas
práticas na granja produtora de ovos férteis e no incubatório, ressaltando-se o manejo
sanitário.
É importante salientar que a qualidade do pinto está estritamente relacionada com
as características do ovo incubado. Neste sentido é fundamental a manutenção de suas
propriedades reprodutivas para a produção de pintos viáveis e com alta qualidade.
(EMBRAPA, 2000)
FÓRMULAS:
4.5.1 – Temperatura
4.5.2 – Umidade
www.criargalinha.com.br
20
utilizada como ferramenta eficaz para avaliar o rendimento desse processo (Tullet &
Burton, 1982)
4.5.3 – Oxigenação/Ventilação
4.5.4 – Viragem
Essa é uma prática muito importante no processo de incubação, ela evita que o
embrião cole na membrana interna do ovo além de garantir a temperatura adequada em
toda circunferência do ovo.
Portanto, quando o ovo é colocado em condições de incubação, isto é, oxigenação
em torno de 21%, temperatura (entre 37,5°C e 38,1°C), umidade relativa (entre 60% e
75%) e viragem (mínimo de 4 em 4 horas) o embrião encontra o ambiente ideal para um
desenvolvimento equilibrado e saudável.
5 – HABITAÇÃO
www.criargalinha.com.br
21
manejo para evitar futuros problemas relacionados a doenças das aves e
consequetemente prejuízos financeiros.
Afim de diminuir os custos do projeto o avicultor deve, na medida do possível,
aproveitar as construções já existentes na propriedade.
O piso do galpão deve ser construído preferencialmente de cimento, para que o
processo de limpeza e desinfecção seja feito de forma simples e eficiente e que não
permita a passagem de umidade do chão para a cama das aves, ter uma inclinação de
aproximadamente 2% para facilitar a saída da água no processo de desinfecção, que não
seja totalmente liso e que esteja a 20 cm de altura em relação ao terreno.
5.1 – Dimensões
www.criargalinha.com.br
22
sua região quando a altura do pé direito ultrapassar os 3 metros de altura. Em regiões de
ventos fortes deve-se reforçar a estrutura do galpão para evitar transtornos futuros.
5.2.1 – Comedouros
www.criargalinha.com.br
23
5.2.2 – Bebedouros
5.2.3 – Campânolas
www.criargalinha.com.br
24
Temperatura Idade
32°C 1º dia
30°C 2º ao 7º dia
29°C 2ª Semana
27°C 3ª Semana
24°C 4ª Semana
5.2.4 – Cortinas
Localizada nas laterais dos galpões, este é um recurso muito usado para proteger
as aves contra as intempéries climáticas e fazer a troca de ar no interior do galpão. Este
item não pode ser negligenciado no projeto dos aviários.
5.2.5 – Ninhos
5.2.6 – Poleiros
Este recurso está mais ligado a uma prática de bem estar animal em função das
aves, quando soltas, procurarem lugares mais altos para passarem a noite.
5.2.7 – Ventiladores
Este equipamento não precisa ser adquirido na fase inicial da avicultura. Porém, o
avicultor deve providenciá-lo com a maior brevidade possível para que em caso de falta
de energia da operadora, esse equipamento possa fornecer energia à propriedade,
principalmente quando tem ovos sendo incubados.
www.criargalinha.com.br
25
5.2.9 – Caixa D´água
As aves, assim como os humanos, necessitam receber água de qualidade para seu
consumo diário. Desta forma, é possível garantir ao plantel melhores condições de
higiene e, sobretudo, proteger as aves contra uma série de doenças. Em todas as fases
de criação da ave a água deve ser oferecida em temperatura média 22°C e de forma
abundante. O consumo da água está diretamente ligada a temperatura do ambiente,
idade das aves, quantidade de sal e proteínas da ração e qualidade da mesma. Veja
tabela abaixo.
5.2.10 – Balança
6 – SISTEMA DE PRODUÇÃO
www.criargalinha.com.br
26
conhecida popularmente como “todos dentro todos fora”. Assim, é possível fazer uma
limpeza e higienização de forma mais efetiva e que combinada com o vazio sanitário
possa eliminar boa parte das bactérias do lote anterior.
www.criargalinha.com.br
27
essa alimentação que as galinhas adquirem o sabor característico das aves criadas soltas
nos terreiros e esse é o diferencial entre esse tipo de galinhas e o frango industrial.
Elaborar um cardápio com capins, gramíneas, sobras de frutas, legumes ou
verduras que não são comercializadas, também podem fazer a diferença quando se trata
de baixar custos com a alimentação das aves.
As aves podem ser soltas em piquetes a partir 28° dia e com isso começar a se
alimentar com matéria verde de boa qualidade nutricional. Os piquetes devem ser
formados por leguminosas e gramíneas que tenha brotos novos e tenros, alto teor de
proteína, boa digestibilidade. As matérias verdes mais usados em piquetes são as
seguintes: capim napier, capim quicuiu, capim tiffiton, capim coast-cross, grama estrela
africana, rami, assa peixe, confrei entre outros. Outros alimentos alternativos como a
mandioca, feijão guandu, batata doce, tronco e folhas de bananeira, cunhã, leucena e
sorgo também podem ser oferecidos como alimentação para as galinhas caipiras.
Dentro dos piquetes o avicultor deve plantar algumas arvores para fazer sombra
para as aves, essa prática é de suma importância dentro de um projeto de criação de
galinhas caipiras no sistema semi-intensivo e extensivo.
www.criargalinha.com.br
28
alimentos: farelo de amendoim, farelo de girassol, farelo de soja, farelo de canola, farelo
de algodão, farelo de glutem, entre outros.
Fonte de Energia: mandioca seca, milho triturado, sorgo, quirera de arroz, farelo de trigo,
óleo de soja, triguilho, etc.
Fonte de Minerais: sal comum, fosfato bicálcico e calcário calcítico.
Fonte de Micronutrientes: é uma mistura de algumas vitaminas e minerais. (No mercado
agropecuário existe um produto que é muito usado para suprir essa necessidade,
conhecido como premix).
7.2 – Armazenamento
Estudos tem mostrado que uma dieta diferenciada para machos reprodutores com
níveis de proteína em torno de 12% tem mantido o nível de sêmem em um patamar
satisfatório, aumentando a eclodibilidade dos ovos e reduzido o custo com a produção da
ração oferecida às aves durante o período de reprodução.
No Brasil, os produtores de galinhas caipiras não adotam práticas de ração
diferenciada para galos reprodutores e as razões pelas quais isso não é praticado está
relacionado com a falta de informação sobre o tema, dificuldades no manejo alimentar,
incertezas de funcionalidade da ração, além da dificuldade e possibilidade de erro no
processo de formulação da mesma.
Assim como na dieta dos galos, as galinhas também merecem atenção especial,
pois uma alimentação balanceada contribui e muito com a produção de ovos de boa
qualidade para a incubação.
Sabe-se que uma dieta com 16% de proteína e 2.800 kcal e as vitaminas e
minerais nos níveis corretos mantém a ave em perfeitas condições nutricionais para uma
boa manutenção do seu desenvolvimento físico.
A base de um projeto de criação de galinhas caipiras é exatamente o plantel de
reprodução e o produtor deve aplicar todas as técnicas de manejo para manter e
maximizar a produtividade e o bem estar das aves.
8 – CUIDADOS SANITÁRIOS
www.criargalinha.com.br
29
rápido possível, algum tipo de anomalia. E, percebendo algum sintoma de doença, deve
fazer a separação das aves para aplicar o tratamento devido.
Além disso, fazer uma limpeza, dentro e fora do galpão, seguida de desinfecção
das instalações das aves é de extrema importância para diminuir, significativamente, a
contaminação nos criatórios.
Aliado a isso, o avicultor deve manter um programa de vacinação preventiva
atualizado. Pois, com esse cuidado ele pode evitar grandes perdas em seu aviário.
O programa de biosseguridade deve ser orientado por um médico veterinário
responsável pelo plantel, com base na PNSA (Programa Nacional de Sanidade Avícola) e
em concordância com os órgãos oficiais regionais. Esses cuidados são necessários para
atender os programas de controle e erradicação de enfermidades como micoplasmose,
salmonelose e a doença de newcastle que estão sendo executados e, atualmente
encontram-se em diferentes estágios de implantação nos Estados. (EMBRAPA)
Para evitar problemas como: fraqueza, anemia e até a morte das aves, o avicultor
deve fazer um controle sistemático de parasitas externos (piolhos, pulgas, ácaros,
carraças, barbeiros e carrapatos) e internos (vermes lombrigas). As aves infestadas com
esses parasitas podem desenvolver raquitismo, diarréia e, consequentemete, baixa
produção.
Para o combate dos parasitas internos deve-se usar os vermífugos de amplo
expectro e para os externos, o uso de inseticida deve ser adotado. Nesse caso, o avicultor
deve usar rigorosamente os EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual) e, em alguns
casos, evitar que atinja as aves com os produtos usados. Para uma aplicação segura é
fundamental seguir as orientações de uso dos produtos oferecidas pelos fabricantes.
O uso de hortelã miúda, tronco e folha de bananeira oferecidos na alimentação
alternativa das aves e a colocação de folha de tabaco e citronela dentro dos ninhos e do
aviário tem se mostrado como um eficiente método de prevenção desses parasitas.
www.criargalinha.com.br
30
nocivos à saúde dentro do galpão. Nesse intervalo, algumas práticas de limpeza e
desinfecção devem ser executadas para que o vazio sanitário atinja a sua máxima
eficiência.
O uso de produtos que possam auxiliar o avicultor nesse propósito e que tenham
sua eficácia comprovada é de fundamental importância para que, os agentes patológicos
sejam diminuídos ou eliminados.
Dependendo das ocorrências de enfermidades no lote anterior, o intervalo de vazio
sanitário pode ser de 15, 30 ou 60 dias. O que vai definir o tempo de duração do vazio
sanitário é a intensidade das doenças em níveis baixos, médios ou altos,
respectivamente.
Além do período de vazio sanitário, a realização de um programa de limpeza
contínuo no aviário é fundamental para a manutenção da saúde do plantel.
9 – FASES DA CRIAÇÃO
www.criargalinha.com.br
31
pode oferecer o alimento ideal para cada fase e observar melhor o desenvolvimento das
aves.
A partir do 28° as aves já sentem mais calor do que frio, em função disso os
pintinhos já podem ser liberados para terem contato com os alimentos alternativos e aos
poucos irem para área de pastos. O hábito de ingerir esse tipo de alimento vai
proporcionar melhores condições de saúde às aves. A fase de crescimento vai até o 57°
dia de vida, durante esse período as aves devem receber, à vontade, uma ração
adequada para um desenvolvimento satisfatório.
Do 57° em diante o frango caipira deve receber uma ração com um teor de proteína
bruta variando entre 16 e 17%. Nessa fase, o abate acorre quando a ave completa 85
dias e atingem um peso médio de 2.200kg ou conforme exigências do mercado
consumidor. Na terminação o fornecimento de alimentação alternativa deve ser oferecido
de forma contínua.
10 – PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO
www.criargalinha.com.br
32
Lotes por mês = (12/3,57) 3,36 Galpões
Portanto, se o avicultor deseja produzir um lote por mês ele deve construir 4
galpões para atender essa demanda.
11 – MANEJO DA CRIAÇÃO
As frangas que nascem numa época do ano, em que o período de recria coincida
com o aumento do numero de horas do dia, entrarão em postura mais cedo. Ao contrario,
as frangas nascidas em época do ano em que a duração do período de luz natural é
www.criargalinha.com.br
33
decrescente, iniciarão a postura um pouco mais tarde. A diferença entre esses lotes oscila
de 10 a 15 dias. Entretanto, a precocidade excessiva na maturidade sexual representa,
geralmente, problemas na criação desses lotes. Esse desenvolvimento corporal precoce
faz com que a ave desvie para a produção de ovos os nutrientes, que deveriam estar
disponíveis para completar o seu crescimento. Com isso, as frangas não atingem o peso
ideal e iniciam precocemente a postura pondo ovos muito pequenos, que não atinge a
classificação de venda. Além disso, futuramente essas frangas apresentarão menor
produção de ovos, menor persistência de postura como também, poderão apresentar
problemas de prolapso do oviduto. Para compensar as deficiências do período de luz
natural na recria das frangas, deve-se adotar programas especiais de iluminação artificial.
Como regra gera, nos lotes que coincidam o período de recria com o aumento da
quantidade de horas de luz, adiciona-se 4 horas à quantidade em horas de natural na
idade de 20 semanas das frangas. A partir dessa idade, reduz-se 15 minutos por semana
até as frangas atingirem 20 semanas. Dessa maneira, as frangas retardarão o inicio da
postura evitando os problemas advindos da maturidade sexual precoce. A iluminação
artificial deve ser feita ligando-se a luz de madrugada e deixando-se acesa até o clarear
do dia. Os outros programas de iluminação artificial são relativamente complexos e não
encontram justificativa econômica para o seu emprego na escala da pequena produção
como a preconizada nessa publicação. Entretanto, aqueles que se interessarem, pelos
programas de iluminação, deverão procurar os compêndios mais especializados na
produção industrial avícola onde encontrarão farto material a respeito do assunto. (SILVA
& NAKANO, 2002)
O choco das galinhas é um fenômeno reprodutivo natural, pelo qual as aves podem
perpetuar a espécie, realizando a incubação dos ovos para o nascimento da geração
seguinte. Como durante o período do choco as galinhas não botam ovos, esse processo
passa a ser indesejável sob o ponto de vista econômico, principalmente por que a
reprodução esta sob o controle do homem que a realiza em condições artificiais, com
grane eficácia. O choco das galinhas é facilmente identificado pelo seu comportamento
mais agressivo quando vamos colher os ovos no ninho, pois ela bica nossa mão com
bastante raiva. O som do seu cacarejar torna-se, também, como que irritadiço e
ameaçador. Portanto, o avicultor deve evitar, a todo custo, que suas galinhas fiquem
chocas e se, porventura, ficarem, deverá tomar as providencias a seguir, tão logo quanto
possível!
Existem inúmeras receitas para se combater o choco. A primeira é evitar tanto
quanto possível que os ovos permaneçam no ninho, principalmente à noite. Porque à
noite algumas galinhas poderão dormir no ninho e serem induzidas ao choco. Os ninhos
deverão ser fechados na ultima colheita de ovos, no período da tarde. Se, mesmo assim,
aparecer alguma galinha choca, pode-se colocá-la em uma gaiola, de preferência
suspensa, para que fique balançando, pelo período de dois dias. Essa receita foi-me
recomendada, como bastante eficaz, pelo Prof. Jaap, que a utilizava em peruas, cuja
freqüência de choco é muito mais intensiva que nas galinhas. A receita a seguir, só a
escutei de avicultores caipiras nacionais! Consiste em mergulhar a galinha em um balde
www.criargalinha.com.br
34
de água fria por duas ou três vezes, retendo-a imersa, por alguns segundos, para que ela
fique bastante assustada e desista do choco. (SILVA & NAKANO, 2002)
11.3 – Sexagem
12 – ABATE
Depois que as aves alcançam um peso aproximado de 2,2 kg., já estão prontas
para o abate. Nessa fase, o produtor deve planejar o volume de aves que vão ser
abatidas para atender a sua clientela e garantir que esse processo seja eficiente e
higiênico.
Após a elaboração do plano de abate, o avicultor deve fazer a pega das aves e
separá-las em uma gaiola onde ficarão por no mínimo 6 horas (sem ingerir alimento) e em
um lugar onde as aves não passem por nenhum tipo de stress.
Os subprodutos resultantes do abate, vísceras, sangue e penas, devem ser
destinados em um local previamente preparado pelo avicultor, que deve estar, no mínimo,
a uma distancia de aproximadamente 10 metros dos galpões e da residência do produtor.
Os subprodutos sólidos devem ser depositados na mesma fossa séptica destinada
às aves mortas durante o período de cria e os líquidos (sangue) devem ser jogados em
outra fossa destinada exclusivamente para os líquidos para sua decomposição. Esses
subprodutos não devem ser jogas em cursos de água ou na rede de esgotos para que
não cause danos ambientais.
12.1 – Pega
www.criargalinha.com.br
35
As aves não devem ser apanhadas pelas asas, pernas ou pescoço de modo que isso
gere hematomas, contusões e fraturas (preferencialmente deve ser apanhadas pelo
dorso).
Na falta de caixas apropriadas para contenção das aves, elas devem ser levadas
diretamente para a gaiola onde ficarão durante o período de jejum alimentar.
12.3 – Insensibilização
12.5 – Escaldagem
12.6 – Depenagem
12.7 – Evisceração
12.8 – Lavagem
www.criargalinha.com.br
37
12.9 – Pré-resfriamento
12.10 – Gotejamento
No passo seguinte é realizado o gotejamento, a ave deve ser suspensa pela coxa,
asa ou pescoço para que aja o escoamento da água absolvida no processo de pré-
resfriamento. O tempo necessário para esse fim varia entre 2,5 e 4 minutos. Com isso, o
produto passa a atender as exigências legais que estabelecem um limite de, no máximo,
8% de absorção de água para que seja apto para a comercialização.
12.11 – Resfriamento
13.8 – Congelamento
www.criargalinha.com.br
38
O produto deve receber as informações da sua origem, data de embalagem, data
de vencimento e orientação de conservação, para auxiliar o consumidor no controle de
riscos inerentes ao consumo de alimentos.
13 - MERCADO
14 – SAIBA MAIS...
Caro leitor,
Para saber mais sobre práticas relacionadas à criação de galinhas, acesse o nosso
blog no endereço eletrônico abaixo.
www.criargalinha.com.br
www.criargalinha.com.br
39
15 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
* O conteúdo deste e-book está licenciado sob as regras do Creative Commons e só pode
ser copiado se na sua publicação for dado o crédito para o link www.criargalinha.com.br
www.criargalinha.com.br
40