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Terapia Comunitária Integrativa Sistêmica: desenvolvimento

Barreto (2008): TC- pode ser feita em diversos contextos e espaços físicos. Sendo lugares onde
a pessoa frequenta ou viva. É importante a regularidade semanal ou quinzenal – seguindo a
combinação dos participantes. Cada encontro dura em torno de duas horas.

Objetivos principais:

 Reforçar a dinâmica interna de cada indivíduo para descobrir seus valores, potencialidades e
tornar-se mais autônomo;

 Reforçar a auto-estima individual e coletiva;

 Redescobrir a confiança em cada indivíduo, diante de sua capacidade de evoluir e de se


desenvolver como sujeito;

 Valorizar o papel da família e da rede de relações em que vive;

 Acender em cada indivíduo, família e grupo social, o sentimento de união e identificação


com seus valores culturais;

 Proporcionar o desenvolvimento comunitário por meio da restauração e fortalecimento de


laços sociais;

 Promover e valorizar as instituições sociais e práticas culturais tradicionais locais;

 Favorecer a comunicação entre as diferentes formas do “saber popular” e “saber científico”;

 Estimular a participação das pessoas no grupo como requisito fundamental para dinamizar as
relações sociais, a partir do diálogo e da reflexão para que possa ser sujeito de sua própria
transformação.

Em um encontro de Terapia Comunitária, forma-se uma roda com os participantes sentados


lado a lado, tendo visão de todos e surtindo um sentimento de igualdade. É conduzido por dois
terapeutas comunitários.

Desenvolvida em 6 momentos: acolhimento, escolha do tema, contextualização,


problematização, encerramento (rituais de agregação e conotação positiva), e por último, a
avaliação.

Momento 1 - ACOLHIMENTO:

Os participantes devem ficar à vontade e confortáveis. Normalmente é feito dinâmicas em


grupo para o relaxamento e integração dos participantes. Celebra-se os aniversários do mês e
dão as boas-vindas ao grupo. É explicado o que é a Terapia Comunitária e explicam as regras
de funcionamento:

 O silêncio, enquanto um participante estiver falando, os outros silenciam com


atenção
ao sujeito que está expondo sua história de vida;
Falar sempre na primeira pessoa do singular - eu - sobre a própria experiência e
sentimentos;
 Respeitar a história de cada pessoa, não dando conselhos ou sermões e não julgar o
outro;
 Entre uma fala e outra, pode ser sugerida uma música, um provérbio, um poema ou
uma frase que ilustre a situação que está sendo narrada.

Momento 2- escolha do tema:

O terapeuta conversa com o grupo para que eles falem acerca do que esta os incomodando.
Adalberto costuma usar ditados como “quando a boca cala, os órgãos falam , adoecendo.
Quando a boca fala, os órgãos saram”. Conforme as pessoas falam suas dificuldades o
terapeuta faz o registro, e ao final, o grupo escolhe, através de votação um dos problemas
apresentados que será trabalhado.

Momento 3 – contextualização

Nesse momento a pessoa, explica melhor sua dificuldade conforme o tema eleito. Os
participantes podem fazer perguntas para compreenderem melhor o problema. O objetivo é
que a pessoa escolhida tenha uma reflexão sobre sua vida, valorizando seu potencial para
resolver suas questões.

Momento 4 – Problematização

O terapeuta apresenta o mote, pergunta-chave, a qual define a situação-problema,


promovendo uma reflexão coletiva acerca do tema. Mote Coringa, consiste em um
questionamento que possibilite a identificação dos participantes com o problema. Por
exemplo: “quem já viveu uma situação parecida e o que fez para superá-la? ” Passam a
falar de si mesmos, contando sobre situações passadas relacionadas ao mote e como
conseguiram supera-la

Momento 5 – Encerramento (Ritual de Agregação e Conotação Positiva)

Ao final do encontro é feito uma conotação positiva que o terapeuta dá ao tema


daquele dia Sempre valorizando e agradecendo o esforço, determinação e
sensibilidade com que a pessoa apresenta suas dificuldades para o grupo. Depois o
grupo fica em círculo e abraçados, e o terapeuta pergunta “o que aprendi hoje nessa
terapia? ” Momento de reflexão acerca das vivencias de cada um.

Momento 6- Avaliação

Esse passo é para a equipe que conduziu a terapia. São preenchidas as fichas de
acompanhamento dos encontros, avaliando o impacto nas pessoas a partir de sua
participação, os temas escolhidos e como foram superados os problemas. Também
avaliam a condução da terapia pela equipe.

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