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O Período JK

JUSCELINO KUBITSCHEK
Introdução
Com o suicídio de Getúlio
Vargas, em 24 de Agosto de
1954, abriu-se um buraco
no poder e também na
herança política,
perseguida por seus
simpatizantes e
adversários. Para substituí-
lo tentaram lançar uma
candidatura de “união
nacional”, com a adesão de
dois dos maiores partidos
políticos da época: o
Partido Social Democrático
(PSD) e a União
Democrática Nacional
(UDN). Eles teriam um
candidato único, que uniria
a direita e o centro e
evitaria uma nova
candidatura radical como
era a “getulista”.
Esta idéia, porém, não se
concretizou e, em 10 de
Fevereiro de 1955, o PSD
homologou o nome de
Juscelino Kubitschek
como candidato à
presidência da República.
JK sabia que precisava do
apoio de uma base sólida
e da aceitação
popular, como tinha o
PTB, partido de Vargas e
que tinha João Goulart
como candidato à
presidência. Poucos dias
após a homologação de
JK como candidato do
PSD, o PTB selou acordo
tendo João Goulart
(Jango) concorrendo
como vice-presidente.
 Muitas foram as tentativas dos “anti-getulistas” para
inviabilizar a campanha JK-
Jango, apoiada, inclusive, pelo Partido Comunista
Brasileiro. A UDN era a principal rival dessa
coligação, com intenções escancaradas de impedir a
qualquer custo a vitória de JK, inclusive usando de meios
ilícitos para cumprir seu objetivo.

Nas eleições de 3 de Outubro de 1955, JK elegeu-se com


36% dos votos válidos, contra 30% de Juarez Távora
(UDN), 26% de Ademar de Barros (PSP) e 8% de Plínio
Salgado (PRP). Naquela época, as eleições para
presidente e vice não eram vinculadas, mas Jango foi o
melhor votado para vice, recebendo mais votos do que JK
e pôde, em 31 de Janeiro de 1956, sentar-se ao lado de
seu companheiro de chapa para governar o país.
O governo
O governo de JK é lembrado como de grande desenvolvimento, incentivando o
progresso econômico do país por meio da industrialização. Ao assumir sua
candidatura, ele se comprometeu a trazer o desenvolvimento de forma absoluta
para o Brasil, realizando 50 anos de progresso em apenas cinco de governo, o
famoso “50 em 5”.
“50 Anos em 5”
 Um dos períodos mais festejados de nossa história
econômica foi o de Juscelino Kubitschek (1956 a
1961). Sustentado por um competente esquema de
comunicação, JK entusiasmou o país com a
promessa de modernização, traduzida em seu lema
"50 anos em 5".
Projeto
 Energia
econômico de
Juscelino foi
apresentado em
seu Plano de
Metas, que
focalizava:

Ampliação do fornecimento.
Transporte

•Ampliação e melhoria das estradas de rodagem e estímulo às montadoras de automóveis.


Alimentação

•maiores investimentos no setor de


alimentos para aumentar a oferta.
Indústrias de base

• maiores investimentos no setor.


Educação

melhoria e
ampliação
do ensino
público.
A construção de Brasília

Incentivo ao
desenvolvimento
do Brasil
Central.
 Além do desenvolvimento do
Sudeste, a região Centro-Oeste
também cresceu e atraiu um grande
número de migrantes nordestinos. A
grande obra de JK foi a construção de
Brasília, a nova capital do Brasil. Com
a transferência da capital do Rio de
Janeiro para Brasília, JK pretendia
desenvolver a região central do país e
afastar o centro das decisões políticas
de uma região densamente povoada.
Com capital oriundo de empréstimos
internacionais, JK conseguiu finalizar
e inaugurar Brasília, em 21 de abril de
1960.
Os avanços da infra-estrutura e indústria

Sem conseguir cumprir


satisfatoriamente a maior parte de
suas propostas, o Governo JK permitiu
anos de intenso crescimento
econômico e favoreceu a consolidação
da face industrial do Brasil.
Hidrelétricas gigantescas, indústria
automobilística e estradas que
cortavam o país anunciavam um
modelo de progresso que depositava
na tecnologia as esperanças da
resolução dos males do país.
Invasão do  As multinacionais
capital  No Brasil, a entrada de empresas multinacionais começou a ganhar
importância durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). Neste
estrangeiro governo instalaram fábricas no Brasil as seguintes empresas:
Ford, Volkswagen, Willys, GM.

O Governo JK investiu
com convicção na
atração de capitais
externos para equipar
as indústrias locais.
Com medidas que
privilegiavam esses
empréstimos, como a
adoção de uma taxa
cambial favorável e de
facilidades na remessa
de lucros para o
exterior, o Brasil
assistiu a uma invasão
veloz do capital
estrangeiro em áreas
estratégicas.
A economia do Governo JK

O alto preço dessa euforia


começou a ser percebido
durante o próprio Governo
Kubitschek. A dívida
externa dobrou de
valor, tornando-se um tema
cada vez mais polêmico nas
discussões nacionais. A
inflação atingiu níveis
altíssimos e o déficit da
balança comercial alcançou
uma proporção que se
tornou preocupante para os
credores internacionais.
Eles já não acreditavam que
o país teria condições de
pagar suas dívidas.
Nesse contexto, entrou
em cena o Fundo
Monetário Internacional
(FMI), que passou a
representar o vilão
estrangeiro, com suas
ingerências na política
econômica brasileira e
exigências para o
saneamento das
finanças.

Apesar do crescimento
econômico, os
empréstimos externos e
os acordos com o FMI
ajudaram a aumentar a
inflação e o arrocho
salarial.
Indicadores sociais do Gov. JK
Percentual do PEA por ramo da atividade
1940-1970

Conclui-se que ocorreu


7
uma diminuição de
6 atividade
5 agrícola, decorrente ao
Agrícola êxodo rural ocorrido
4 Industrial neste período. Nota-se
3 serviços/b também o aumento da
2 Governos atividade industrial no
país, ocorrendo
1 outros
principalmente por
0 causa do modelo
1940 1950 1960 1970 desenvolvimentista
adotado por Juscelino
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. 1 --- 10%
que abria o país ao
/a Inclui extração mineral. /b Inclui comércio, transportes e comunicações.
mercado externo. Estes
atraídos pelo baixo
custo de
mão-de-obra.
Taxa de analfabetismo

8 Com0 foco no
Governo JK (1956-
7 1961), Nota-se
6 uma diminuição
Brasil considerável em
5 relação aos anos
Norte
4 anteriores. Nas
Nordeste
regiões
3 Sudeste sul, sudeste e
Sul principalmente
2
Centro-Oeste centro-oeste a
1 taxa de
analfabetismo
0 diminui mais, Em
1940 1950 1960 1970 decorrência de
Fonte: 1940 a 1980: IBGE, Anuário Estatístico do Brasil. grandes
1995: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. investimentos.
Taxa de alfabetização

8 Há um aumento
7 expressivo e
6 consistente da
5 alfabetização da
4 população durante
Taxa de todo o século XX.
3 alfabetização Principalmente a
2
partir de sua metade
1 onde as taxas
0 cresceram
1920 1940 1950 1960 1970 aproximadamente
10 % na década.
Fonte: IBGE, Anuário Estatístico do Brasil. Sendo umas da metas
*Taxa calculada sobre a população total. de JK a melhoria e
**Taxa para a população com 7 anos ou mais.
Escala de 1 a 10 ampliação da
educação.
Percentual de domicílios com saneamento básico

7 Nota-se um descaso
6 por
5 rede de agua Parte do governo JK
nessa
4
rede de esgoto área.Principalmente
3 rede de esgoto e
2 coleta de lixo
rede de
1 causando assim
iluminação
Várias doenças.
0
1960 1965 1970 1975

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de


Domicílios.
Taxa de mortalidade infantil

mortalidade infantil Nota-se que


durante
180
quase todo o
160
Período de
140
seu mandato
120
a taxa de
100 mortalidade
80 Infantil se
60 mortalidade
infantil manteve
40 estável.
20 Somente no
0 final esta taxa
novamente
decresce.

Fonte: IBGE, Anuário Estatístico do Brasil.


Obs.: Número de mortes ocorridas no primeiro ano de
vida, em cada grupo de mil recém-nascidos.
Expectativa de vida

A expectativa de
54 vida na década de
52 60 aumento
consideravelmente
50
em relação a década
48 Brasil de 50.
46 Isso aconteceu em
44 decorrência de
42 governos
1950 1960 1970 “ousados”, que
conseguiram
aumentar a
Fontes: IBGE. qualidade de vida
Para os EUA, The State of dos Brasileiros.
Humanity (Simon, 1995).
PIB- Produto Interno Bruto

Entre 1950 e 1970


60 o índice variou
50 entre 20 e
60, enquanto a
40
partir de 1980 o
30 PIB patamar de
20 variação é de 90 a
100. Apesar do PIB
10 ter crescido
0 muito, A divida
1950 1955 1960 1965 1970 externa em
decorrência de
Fontes: IBGE, Anuário Estatístico do empréstimo
Brasil e Estatísticas Históricas do Brasil, vol. 3.
duplicou,e a
inflação se elevou.
Conclusão

 Sustentada na urbanização
e um modelo industrial, a
modernização da economia
Brasileira é
conservadora.apesar de
deixar de ser um país
agrário, exportador de
alimentos e matérias-
primas, e se desenvolver
uma apreciável base
industrial e tecnológica há
uma grande distorção de
renda onde poucos tem
muito e muitos tem pouco.
Curiosidades

 Lançada em 2002, no Brasil, comemorativas do


centenário de seu nascimento, a moeda de 1 real.
Curiosidades

 Teve sua efígie impressa nas notas de Cz$ 100,00


(cem cruzados) de 1986.
Curiosidades

 Juscelino Kubitschek foi retratado como personagem no cinema


e na televisão, interpretado por José de Abreu no filme "JK - Bela
Noite Para Voar" (2005), e José Wilker e Wagner Moura na
minissérie de televisão "JK" em 2006.
Curiosidades

 Juscelino Kubitscheck foi Presidente do Brasil, responsável pela construção e inauguração de Brasília e
manteve um romance secreto e proibido durante dezoito anos.O filme "Bela Noite Para Voar" narra
essa história, dando ênfase ao relacionamento que se inicia durante uma viagem de avião, num dia
fictício de 1958.O Brasil passa por um momento político delicado e confuso, porque um grupo de
oficiais da Aeronáutica quer derrubar o Presidente (José de Abreu).Em meio ao tumulto da
situação, JK conhece e se envolve com Maria Lúcia ( Mariana Ximenes),uma mulher mineira
inteligente e bonita, cujo apelido é Princesa.Ela é esposa do deputado José Pedroso.Esse envolvimento
com a amante continua até a morte do Presidente JK num acidente automobilístico em 1976.
• Alan
3M5 • Vitória L.

• Victória M.
G2 • Caroline B.

• Jéssica A.
2º Tri • Victor

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