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CAMOCIM – CE
2020
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CAMOCIM – CE
2020
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Fernando Nunes de Vasconcelos
Professor Orientador
Instituto Federal de Educação do Ceará – Campus Camocim
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Francisco Samuel Pinto
Aluno Autor
Instituto Federal de Educação do Ceará – Campus Camocim
CAMOCIM – CE
2020
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“Coração de estudante”
Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração
Juventude e fé.
Resumo:
Palavras – chaves:
7
Abstract:
Keywords:
8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................... 12
3 PROBLEMA.............................................................................................................15
4 HIPÓTESE.............................................................................................................. 15
5 OBJETIVOS............................................................................................................ 15
5.1 Objetivo geral....................................................................................................... 15
5.2 Objetivos específicos............................................................................................15
6 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................... 16
6.1 Noções sobre Lei de Acesso à informação.......................................................... 16
6.2 O controle social da população com antídoto a corrupção ................................. 19
6.3 A realidade de Bela Cruz/Ce................................................................................ 20
7 METODOLOGIA...................................................................................................... 22
7.1 Estágio I................................................................................................................23
7.2 Estágio II...............................................................................................................24
7.2.1 Levantamento de requisitos 24
7.2.2 Escolha da plataforma....................................................................................... 25
7.2.3 Criação do domínio........................................................................................... 26
7.2.4 Design............................................................................................................... 26
7.2.5 Conteúdo........................................................................................................... 27
7.3 Estágio III..............................................................................................................31
7.3.Mecanismos de reivindicação disponibilizados.................................................... 32
8 RESULTADOS........................................................................................................ 36
9 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICES
1 INTRODUÇÃO.
2 JUSTIFICATIVA.
As análises que este projeto de pesquisa apresenta, estão voltadas para
questões relacionadas a argumentação do famoso pastor batista, Charles H.
Spurgeon. No entanto, antes de adentrarmos por completo no assunto, faz-se
necessário explicar quem foi Charles Haddon Spurgeon. Nascido em 19 de junho de
1834, Spurgeon, foi um famoso Pastor e pregador Batista Reformado. Conhecido
por sua dedicação ao estudo das escrituras e a pregação da sã doutrina, Spurgeon
é por muitos considerado como o “Príncipe dos Pregadores”, sendo um dos mais
renomados teólogos de sua época. Sua forma eloquente e convincente de pregar,
levou milhões de fies por toda a Inglaterra a conversão.
Sua importância é tamanha, que mesmo após mais de 100 anos de sua
morte, seu exemplo de fé, a forma como pregava, a maneira como ele fazia a
exposição dos textos bíblicos, continuam a arrebatar e a surpreender os leitores que
as leem. Com seus sermões cheios de alegorias e ilustrações, o escritor concernia
as suas obras e pregações um certo grau de simplicidade, mas, sem deixar de lado
a seriedade das doutrinas.
A maneira como argumentava, por mais dura que fosse, trazia aos seus
ouvintes e leitores um instantâneo entendimento das escrituras. Sua forte convicção
sobre o que pregava e a dedicação aos estudos, o deram grande autoridade para
argumentar sobre o assunto, o que fez a Inglaterra estremecer com seus estudos,
causando uma grande reviravolta religiosa na época.
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3 PROBLEMA.
Analisar as estratégias de argumentação presentes no sermão “Em Defesa do
Calvinismo”, bem como observar sua autoridade literária mediante a corrente
teológica oposta, a saber, o Arminianismo, cujo principal defensor é o também
teólogo, e expositor bíblico Jacobus Arminius. Dessa forma o problema da presente
pesquisa se constitui em analisar: “Como funcionam e se constroem as estratégias
de argumentação do escritor C. H. Spurgeon dentro do sermão: Em Defesa do
Calvinismo?”
4 HIPÓTESE.
Como afirma Platão & Fiorin (2003), um texto ganha mais confiabilidade e
peso quando se apoia em outros que abordam as mesmas temáticas, seja isso feito
de forma direta ou indireta. A isso chamamos de Argumento de autoridade. Esse é
um dos principais aspectos que compõe os textos, sabendo disso, pode se ter como
hipótese para a pesquisa aqui apresentada a seguinte afirmação: “O sermão, Em
Defesa do Calvinismo, apresenta como principal argumento de autoridade, as
sagradas escrituras para justificar sua veracidade em detrimento de suas correntes
contrárias.”
5 OBJETIVOS.
7 REFERENCIAL TEÓRICO.
Com o surgimento das sociedades, vem à tona a necessidade de o homem
exercer o seu poder argumentativo, para que se estabelecessem as relações de
poder no âmbito do discurso. Fiorin (2018), a respeito do assunto aferi:
[...] não se poderiam resolver todas as questões pela força, era preciso usar
a palavra para persuadir os outros a fazerem alguma coisa. Por isso, o
aparecimento da argumentação está ligado à vida em sociedade e,
principalmente, ao surgimento das primeiras democracias. (FIORIN ,2018,
p. 9)
Partindo dessa necessidade de fala, entende-se que a argumentação está
primordialmente ligada ao surgimento das sociedades, da mesma forma a
linguagem. Do mesmo modo, estando a argumentação ligada a sociedade como um
todo, e sendo a “sociedade [...] dividida em grupos sociais, com interesses
divergentes, então os discursos são sempre o espaço privilegiado de luta entre
vozes sociais [...]” (Fiorin 2018, p. 9). Assim sendo, todo discurso existe dentro do
contexto de uma dimensão argumentativa.
Dessa maneira, pode-se então começar a traçar algumas reflexões
referentes a construção dos discursos escritos. Sabe-se que um texto não é
meramente um aglomerado de frases dispostas em ordem aleatória. Naturalmente,
ele segue uma sequência lógica, que obviamente é previamente planejada para
contribuir com a defesa do argumento defendido no texto. Além disso, todo texto
está inserido em um determinado contexto social e foi escrito com um fim especifico,
portanto, ele não possui um significado autônomo.
Outro fato a ser considerado em relação ao texto é a necessidade que o leitor
tem de analisá-lo como um todo, e não isolar determinadas partes, a saber frases, e
concluir algo com base em seu significado isolado. “[..] em qualquer texto, o
significado das frases não é autônomo. Desse modo, não se pode isolar frase
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alguma do texto e tentar conferir-lhe o significado que deseja.” (Platão & Fiorin 1995,
p. 18)
Finalmente, feitas as primeiras colocações a respeito do tema abordado no
presente trabalho, faz-se necessário definirmos melhor o que é argumentação e qual
a sua finalidade. Antes de qualquer coisa é preciso explicar em que não se constitui
a argumentação. Ao contrário do que muitos pensam, argumentar não é expor
preconceitos e opiniões ultrapassadas com uma roupagem nova, bem como não é
discutir de forma que haja algum tipo disputa verbal.
De acordo com Weston (1996) argumentar é:
oferecer um conjunto de razões a favor de uma conclusão ou oferecer
dados favoráveis a uma conclusão. [...] argumentar não é apenas a
afirmação de determinado ponto de vista nem uma discussão. Os
argumentos são tentativas de sustentar certos pontos de vista com razões.
(Weston 1996, p. 3)
Logo, a argumentação pode ser classificada como uma forma discursiva onde
se pode descobrir novos conceitos e pontos de vistas sobre os mais variados temas,
para que, a partir disso, o leitor ou então o receptor do discurso possa escolher qual
é o mais coerente.
Desse modo, é através da observação dos variados pontos de vistas
observados que alguns resultados surgem, e esses resultados ou conclusões podem
ser considerados de valor ou não. É tendo isso como base que se entende a
necessidade dos argumentos “[...] para sustentar diferentes conclusões e, depois,
avaliar tais argumentos para ver se são realmente bons.” (Weston 1996, p. 2)
Nessa perspectiva, a argumentação nada mais é que o ato de expor e
defender uma opinião sobre determinado assunto de forma persuasiva. Em suma,
argumentar é oferecer ao receptor do discurso ou leitor do texto razões e dados para
que ele, assim, se convença de que o ponto de vista apresentado e o melhor e mais
coerente.
Por isso, estando a argumentação ligada ao advento das sociedades e a
necessidade de comunicação do ser humano, é correto afirmar que, onde existe
sociedade e linguagem, existe argumentação. Portando, a linguagem se torna um
instrumento de convencimento onde razões e interesses sociais são externados com
o intuito de “induzir o interlocutor a praticar determinado ato (com a livre e firme
convicção de que é a melhor coisa a fazer)”. (Rossetti 2014, p. 80)
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Decerto, em todo diálogo existe uma troca de informações, onde cada ser
participante do discurso estará “doando o sentido” de sua fala para o outro. Desse
modo deixamos a máxima de que a linguagem é um emaranhado de regras
predefinidas, e passamos a observá-la como uma “racionalização normatizada de
uma ideia, é o próprio modo de ser e de pensar de alguém.” (Rossetti 2014, p. 81).
Logo, ao argumentar, o enunciador está criando uma imagem da sua própria
essência. É possível então afirmar que ele está se revelando ao receptor do discurso
de tal forma que ali, ele se mostra como é de verdade.
Concordando com essa perspectiva, Fiorin afirma: “O enunciador, ao
constituir seu discurso, edifica também uma imagem de si.” (Fiorin 2018, p.70) Essa
caracterização é conhecida como o éthos do enunciador, sobre isso Aristóteles
afirma:
É o éthos (caráter) que leva à persuasão, quando o discurso é organizado
de tal maneira que o orador inspira confiança. Confiamos sem dificuldade e
mais prontamente nos homens de bem, em todas as questões, [...] No
entanto, é preciso que essa confiança seja resultado da força do discurso e
não de uma prevenção favorável a respeito do orador. (Fiorin 2018, p. 70.
Apud, Aristóteles, II, 1356a)
No entanto, o ethos não é o autor real, mas apenas uma imagem construída
por ele através do seu discurso. É através dessa imagem que ele, o enunciador,
constrói, por assim dizer, a sua confiabilidade discursiva. Aristóteles, em sua
Retórica mostra quais são os elementos que conferem confiança ao orador:
Há três coisas que inspiram confiança no orador, porque há três razões que
nos levam à convicção, independentemente das demonstrações. São o bom
senso, a prudência, a sabedoria prática (phrónesis), a virtude (areté) e
benevolência (eúnoia). (Fiorin 2018, p. 70. Apud, Aristóteles, II, I, V-VI,
1378a,)
Logo, o orador, ou enunciador é um construto de si mesmo para a sociedade,
e assim como mostrou Bakthin, ele é sempre um sujeito social. Portanto, todo
discurso é um resultado de interações sociais, feitas em uma esfera coletiva ou
individual. Dessa perspectiva, a argumentação é um ato impregnado de opinião,
onde o discurso é resultado de interações dialógicas entre seres sociais.
7.1 O GÊNERO ORATÓRIO SERMÃO.
O termo sermão é originário do latim sermone, e significa conversação. É um
texto que tem como finalidade propagar uma ideia voltada para o campo do discurso
religioso. Almeida atesta que ele faz parte da oratória, logo, é um gênero onde o
falar e a maneira como falar são de extrema importância. Ainda segundo a autora, o
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um espaço de alguns anos; é difícil dizer-se quantos mais eles irão aceitar
antes de chegarem ao fim de sua jornada. Sou grato a Deus por ele ter me
ensinado o evangelho e tenho estado tão perfeitamente satisfeito com isso
que não quero conhecer nenhum outro. Mudanças constantes de credo
certamente implicarão em perda para nós. Se uma árvore tiver que ser
arrancada duas ou três vezes por ano, certamente você não precisará
construir um grande depósito para armazenar as maçãs. (Em Defesa do
Calvinismo - Spurgeon 1834 – 1892, p. 03)
“Como todos os homens, por natureza, eu nasci arminiano [...]” (Em Defesa
do Calvinismo - Spurgeon 1834 – 1892, p. 05 grifos meu). Nesse trecho vemos a
forma direta como o autor se reporta diretamente a corrente teológica oposta à que
defende. Ele não se priva de mencionar e a cita diretamente. “[...] continuava
acreditando nas coisas antigas que havia ouvido continuamente do púlpito, e não
era capaz de ver a graça de Deus.” (Em Defesa do Calvinismo - Spurgeon 1834 –
1892, p. 05, grifos meus). Além de citar, ele a chama de “coisas antigas”, afirmando
que não era capaz de ver a graça do Seu salvador.
Claramente ele se posiciona fortemente, não deixando dúvidas a respeito
daquilo que estava a defender. Como diz Lawson (2012):
Spurgeon proclamava o evangelho com ousadas proclamações. Nunca
murmurava a mensagem da salvação, mas a declarava com força. Disse
ele: “Sempre sinto que não cumpri meu dever como pregador do evangelho
se eu descer do púlpito sem ter colocado claramente diante dos pecadores
o caminho da salvação”. Não importava qual era seu texto, ele sentia que o
sermão tinha de conter uma proclamação do evangelho. (Lawson 2012, p.
107)
Essa forte convicção e força para pregar se dava pelo fato de que o
evangelho que Spurgeon cria que devia ser pregado estava por assim dizer em
desuso, Lawson (2012) comenta que Spurgeon:
Percebendo que muitos pregadores de seus dias procuravam tornar o
evangelho mais palatável às pessoas não convertidas, [...] advertiu contra o
amolecimento de suas verdades: “Evitai um evangelho açucarado, assim
como evitaríeis um açúcar amaciado pelo chumbo. Procurai o evangelho
que rasga e rompe e corta e fere, entalha e até mesmo mata, pois é esse o
evangelho que também vivifica. Quando o tiverdes encontrado, prestai boa
atenção nele. Permiti que penetre vosso mais íntimo ser. Como a chuva
penetra o chão, orai ao Senhor para que o seu evangelho encharque vossa
alma” (Lawson 2012, p 108)
Vemos assim que Spurgeon tinha muito definida a sua posição ideológica e
não se privava de expô-la. Dessa maneira seu discurso se encaixa nas concepções
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argumentativas que Fiorin (2018) nos apresenta na sua obra “Argumentação”, onde
ele nos mostra que:
em qualquer construção linguística, [...] a neutralidade e a imparcialidade
são possíveis, pois a linguagem está sempre carregada dos pontos de vista,
da ideologia, das crenças de quem produz o texto, [..] (Fiorin 2018, p.83)
8 METODOLOGIA.
Todo e qualquer trabalho cientifico de cunho bibliográfico inicia-se partindo da
pesquisa de material já existente, faz-se necessário saber, o que e quem já
pesquisou sobre o tema escolhido pelo pesquisador. Dito isso, com o intuito de
analisar o tema proposto, que este trabalho foi traçado partindo do ponto da
investigação bibliográfica. Pois a mesma é feita a partir do levantamento de
referências teóricas, veiculadas em diversos meios, tais como: livros, artigos
científicos e web sites.
No que cerne ao entendimento referente as estratégias argumentativas,
através da leitura e reflexão das obras Para Entender o Texto, dos autores Platão e
Fiorin (2003), e Argumentação do autor Fiorin (2015), foram traçadas análises com o
intuito de compreender como o autor, C. H. Spurgeon, na obra pesquisada nesse
projeto, constrói sua escrita de forma persuasiva. Tendo isso como alvo, as leituras
buscam proporcionar uma maior compreensão de como se constroem os textos
carregados de cunho doutrinário.
9 RESULTADOS.
10 CONCLUSÕES.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.