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01intro AFMalabarismo PDF
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FUNDAMENTAIS
DO MALABARISMO
ASPECTOS
FUNDAMENTAIS
DO MALABARISMO
RICHARD SANTOS
Textos: Richard Santos
Santos, Richard
Bibliografia.
ISBN: 978-85-913253-0-6
12-01807 CDD-791
Este livro é dedicado a todos aqueles que buscam se superar a cada queda.
AGRADECIMENTOS
Rogério Uchoas, André Cardoso, Renato Paio, Leandro Calado, Flavio Domeni,
Mateus Bonassa, Anderson Silva, Igor Lagos, Eduardo Castanho de Godoy
Pinheiro, Luis Sartori, Alvaro Palominos, Raphael dos Santos Cardoso, Marcos
Paoletti, Caio Fonseca “Stevanovich”, Estevan da Cunha, Eugênio Rosales, Luis
Louis, Fernando Vieira, Desmond Jones, Marcílio Moura, Otavio Fantinatto,
Tassio Folli, Franco, Jeferson, Douglas, Duducirco, Darlan, Adrian,Eliseu
Júnior, Paula, Paulinho, Karen, Alê Roit, Bernardo, Toto, Sombra, Montanhês,
Fred, Renan, César, Chino Mario, Yohan, Duico, Guga, Dani, Marquinhos, e
aos Thiagos, Pedros, Ricardos, Guilhermes, Eduardos, Fernandos, Rodrigos,
Marcelos, entre outros que não pude colocar por falta de memória mesmo.
SOBRE O AUTOR
O que mais influência o seu trabalho não são suas conquistas ou méritos
em competições, mas sim, o trabalho pessoal e social que essa atividade lhe
proporciona. A sensação de promover experiências inovadoras e marcantes ao
publico, lhe deu ânimo para promover o malabarismo. Buscando nele algo além
de um hobbie comum ou um esporte. Dedicou-se a escrever esse livro, com a
intenção de contribuir para que praticantes da manipulação de objetos possam
nele, também encontrar um objetivo próprio em suas vidas.
Apresentação ................................................................................................12
CAPÍTULO I ................................................................................. 31
ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA TÉCNICA DE MALABARISMO
APRESENTAÇÃO
Ser uma ferramenta válida de pesquisa e reflexão sobre temas formativos para
malabaristas profissionais ou amadores e ajudar na orientação de um trabalho
de autoconhecimento em relação a aspectos fundamentais do malabarismo e
da vida em geral.
A quem se destina?
A todo aquele que busca conhecer, pesquisar e estudar sobre malabarismo. Aos
aspirantes a profissionais, aos praticantes mais assíduos e que querem conhecer
novos elementos, a atores e dançarinos que podem utilizar o malabarismo como
meio e não como fim de suas atividades artísticas, aos simpatizantes e que
admiram e até os que detestam, para ter mais conhecimento do que criticam,
enfim a todos curiosos no “Universo do Malabarismo”.
O que é malabarismo?
Tentarei ser breve na minha colocação e não falar da história, sim da definição
da palavra malabarismo e do termo simbólico por trás de tal palavra.
Pode-se dizer que eu teria dezenas de páginas para escrever de tudo que
pensei, que ando lendo e escutando sobre o seu significado, porém serei o que
não fui no parágrafo anterior, sintético.
Agora eis a questão que irá nortear o livro, me tirar o sono mesmo após o livro
estar terminado, quais são e como são as características e fundamentos do
malabarismo?
Porém, indo mais além da casualidade que tal resposta cita ao ser
escutada, irei tomar como centro de gravidade aquilo que gera o malabarismo,
a peça fundamental que não pode faltar para esse ato: O malabarista.
Afinal os fundamentos são para ele e sobre ele que iremos falar, sobre
as diversas ferramentas para a formação e evolução de qualquer pessoa que
queira ser um malabarista, seja por hobbie, profissionalmente, por puro esporte
ou para sua expressão mais profunda através da arte, ou até mesmo pelo
simples ato de entrar em um novo universo em busca de novas experiências e
até para os que já estão nele poderem ir mais fundo em sua jornada.
As primeiras aparições de
malabaristas estavam estritamente
relacionadas com rituais religiosos
epara muitas civilizações, se tratava
de um jogo ou uma demonstração de
habilidades e competições de destreza.
Na China, na dinastia Chang (ou Ying) (1766– 1112 a.C.), acredita-se que
teve a origem do famoso ioiô chinês, ou para os malabaristas ocidentais, o diabolô.
Malabaristas no Renascimento
Mas a realidade era outra, pois não se mostrava quanto treino havia
por trás daqueles humildes e esforçados malabaristas que queriam viver de sua
habilidade. (Podemos avaliar autênticas semelhanças dos preconceitos que
ocorrem hoje com varias cidades da América Latina, com os malabaristas que
atuam nos semáforos).
Porém, nem só de
preconceito viveram os malabaristas
no início do Renascimento, pois
muitos malabaristas migraram suas
habilidades para a Commedia Dell’Arte
(gênero cênico de teatro popular).
A Commedia Dell’Arte
continha tudo o que os malabaristas
necessitavam, espetáculos baseados
em roteiros prémoldados (Canovaccio),
espaço para improvisações dentro da
peça, linguagem de fácil associação
as suas técnicas, viagens frequentes,
boa remuneração e reconhecimento,
tornando-se um momento precioso na
história da profissionalização digna e
Malabarista no Renascimento
bem remunerada dos malabaristas.
Malabarismo na Modernidade
Malabaristas Contemporâneos
Para dar a volta por cima, nos Estados Unidos se forma a IJA –
International Juggling Association(Associação Internacional de Malabaristas),
então pouco a pouco a popularidade do malabarismo se transforma nos Estados
Unidos e Europa.
Tive um grande problema com essa questão, pois o que temos sobre a história
de grandes malabaristas, ficou restrito aos últimos 150 anos, pois o que temos
de registros anteriores a esse período são histórias um tanto quanto fantasiosas
em relação à capacidade do “humanamente possível”.
Influenciou gerações após a sua com o seu estilo, que perdura até hoje,
o estilo de “Gentleman Juggler”, ou malabarista cavalheiro que eu o classifico
como Malabarismo Clássico.
No teatro as apresentações
de variedades eram bem “circenses”,
Kara apresentava sempre vestido com
os trajes padrões de acrobatas, porém
ele começou a experimentar fazer
malabarismos com uma cartola, um
charuto e uma bengala, posteriormente
se trajando com fraques e roupas
elegantes da época. Kara
Enrico teve uma história conturbada, pois no início dos seus treinos foi
proibido de fazer malabarismo pelo seu pai, que o queria como acrobata, porém
ele manteve sua vontade ativa e firme no malabarismo, e mesmo assim treinava
escondido de seu pai. Ele viveu sua formação como malabarista na Rússia, país
que futuramente ele viria a fugir por conta da Primeira Guerra Mundial, indo para
Londres, sair do anonimato e ser um artista de renome internacional. Tendo
inclusive sido construída após a sua morte, uma estátua na cidade aonde viveu
parte de sua infância com seus pais, em Bérgamo na Itália.
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Um dos malabaristas mais influentes de seu país, Bobby May, foi uma lenda,
em primeiro lugar por ser um malabarista modesto, e segundo por escolher um
caminho inverso ao dos outros malabaristas.
Apresentou-se em mais de 35
países e centenas de cidades, veio
a falecer em 7 de maio de 1981, em
seu país natal, os Estados Unidos.
Bobby May
Brunn tem a origem de sua aprendizagem com seu pai, que foi
prisioneiro na Primeira Guerra Mundial, e que durante seus dias de cativeiro, viu
um malabarista de um circo próximo se aquecendo, então ele com três pedras
copiou os movimentos do malabarista e quando foi libertado ensinou à Brunn
e sua irmã Lottie Brunn ou Lieselotte Brunn (1925–2008) (uma das maiores
malabaristas femininas da história).
Entre suas realizações mais incríveis estava girar 2 aros nas pernas, 2
nos braços, fazer spinning com a mão onde estavam os 2 aros, equilibrar 2 tacos
de equilíbrios com bolas em cima e jogar 3 aros com a mão que restaria livre
simultaneamente, em síntese: praticamente inimaginável visualizar sem alguma
imagem guia correspondente a tal ação.
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Anthony foi treinado por seu pai, Nick Gatto, um grande artista e acrobata
da Trupe Los Gatos, o senhor Nick Gatto, desenvolveu um treinamento baseado em
técnicas variadas, com exercícios físicos, de concentração e de disciplina, por fim
sendo o treinador particular, corrigindo erros e ajudando na evolução de seu filho.
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Nick contava com uma criança excepcional, pois Anthony treinava com
8 ou 9 anos somente uma hora por dia, e tinha resultados surpreendentes.Era
uma criança com extrema facilidade para a técnica e com grande capacidade de
visualização dos truques, sem mostrar muita resistência para passar para uma
etapa mais avançada.
Considerações finais
Abaixo segue uma lista de malabaristas que tiveram importância histórica, mas
que poucos registros têm sobre eles. Seguem os nomes e a época em que
viveram, para que os mais interessados sobre eles possam pesquisar.
Séculos atrás:
De 1900 á 1940:
De 1940 á atualmente:
Piletto, Howard Nichols, James Evans, Ivanoff, Silla, Trixie Flash Serge, Bob
Ripa, Rudy Horn, Adanos Felix Kavanaugh Stan, Tasso Dieter, Foy Boy, Palmer
Gaston, Woodrow, Massimiliano Truzzi, Béla Kremo, Kris Kremo, Lottie Brunn,
Sergei Ignatov, Steve Mills, Rudy Cardenas, Franco Dick, Biljauer Evgenij,
Raspini Edoardo e Felker Barrett.