Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
JOÃO D., inscrito no CPF sob o nº XXX, com residência no (endereço), através
de seu advogado, constituído pela procuração em anexo, com escritório
profissional na (endereço), onde recebe intimações (art. ___ do NCPC/15),
vem, nos autos da Execução Fiscal em referência, ajuizada pelo o Município X,
com fundamento na Constituição Federal, art. 5º incisos _____, _____ e
______, na Súmula ____ do STJ, bem como no art. ____ e parágrafo único do
NCPC, propor a presente
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
O art. ___ do CTN dispõe que “são pessoalmente responsáveis pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com
excesso de poderes ou infração a lei, contratos e estatutos”. O inciso ___
desse artigo indica que os sócios que têm responsabilidade pessoal são
aqueles que têm poder de gerência. O redirecionamento é ilegítimo, pois a
mera inadimplência não constitui motivo bastante para a responsabilidade
solidária do sócio, vide entendimento sumula pelo STJ: “STJ, Súmula ___:
O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a
responsabilidade solidária do sócio gerente. ” Note-se que tanto a súmula ___
do STJ quanto o art. ___, inciso ___, do CTN versam acerca de poderes de
gerência. Entretanto, a Fazenda não logrou demonstrar que o sócio João agiu
com excesso de poderes ou cometeu infração à lei, contratos e estatutos. E
nem conseguiria, pois João é um sócio cotista sem poderes de administração.
Em 2003, João ingressou como sócio da sociedade D Ltda. Contudo, como já
trabalhava em outro local, João preferiu não participar da administração da
sociedade. Sem poder de gerência, não pode ser indicado como responsável
pela dívida. Assim, sendo o sócio João ilegítimo para figurar como responsável
tributário, requer sua exclusão do polo passivo da Execução Fiscal.
DA PRESCRIÇÃO
Caso não subsista a alegação anterior, mesmo assim a Execução Fiscal não
subsiste em virtude da prescrição. O lançamento do IPTU é realizado de ofício
pela autoridade administrativa nos termos do art. 142 do CTN. Na qualidade de
lançamento de ofício, caso não ocorra o pagamento, o crédito tributário está
definitivamente constituído, gerando o direito de cobrar da Administração
Pública. Nos termos do art. ___ caput, do CTN, in verbis: “A ação para a
cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da
sua constituição definitiva”. Em tendo sido constituído o crédito do IPTU ora
executado em 2004, a Execução Fiscal deveria ter sido ajuizada até 2009.
Após esse prazo, o crédito tributário está extinto em virtude da prescrição, vide
art. ___, inciso ___ do CTN. Todavia, a Execução Fiscal só foi ajuizada em
2012, quando o crédito tributário já se encontrava, há anos, extinto. Por mais
essa razão, esta objeção deve ser julgada procedente, extinguindo a presente
Execução Fiscal.
DOS PEDIDOS