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1. Introdução
A actividade turística, entendida não somente como actividade económica, mas como prática
social complexa e multifacetada, implica essencialmente na deslocação de pessoas e na
relação dessas pessoas entre si, com a comunidade e com o lugar visitado. Neste sentido, em
meio a todos os fluxos de serviços inerentes ao turismo (viagens, transportes, hospedagem,
gastronomia, publicidade etc.), não podemos desconsiderar a dimensão das relações
humanas, que constituem o fazer turístico.

O presente trabalho encontra-se estruturado em três fases, onde na primeira fase encontramos
a introdução, a justificativa, os objectivos e a metodologia. Já na segunda fase encontramos a
fundamentação teórica e por último a terceira fase temos a conclusão e a bibliografia.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Compreender sobre Demanda Turística

1.1.2. Objectivos específicos

 Distinguir as componentes Demanda Turística

 Identificar as características da Demanda Turística


 Conhecer o ciclo Demanda Turística

1.2. Metodologia
O presente Trabalho tem como tema Demanda Turística tendo obedecido o método de revisão
Bibliográfica onde que teve como seu ponto de partida a recolha de dados através de livros,
revistas, monografias teses e artigos de internet existentes que aborda assuntos relacionados aos
demanda turística e o estudo sobre motivação.
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Demanda Turística

Conceitos

Demanda

Demanda pode ser definida como a quantidade de serviços e produtos que se deseja obter por um
determinado preço e tempo (LAGE, 1991).

Turismo

Na Visão da OTM (1995) ressalta que o Turismo consiste no deslocamento temporal de pessoas
da sua residência habitual, desta forma, também demanda a prestação de serviços especiais, tais
como: transporte, hospedagem, alimentação, entretenimento, e outros.

Demanda Turística
De acordo com Beni (1998) advoga que a Demanda Turística é um composto de bens e Serviços,
e não uma demanda de simples elementos ou de serviços específicos isoladamente considerados;
em suma, são demandados bens e serviços que se complementam entre si.

Na perspectiva de Mathieson e Wall (1988, p. 16) define a demanda turística como o número
total de pessoas que viajam, ou desejam viajar, para utilizar facilidades e serviços turísticos em
lugares distantes do seu local de trabalho e residência”. Algo marcante nesta utilização do
conceito é a inclusão das pessoas que desejam viajar e não somente das que efetivamente o
fazem.

Em resumo podemos dizer que as definições de demanda turística variam de acordo com o
propósito do estudo e com o universo de formação do pesquisador. Desta forma, um estudioso
em cuja visão predomine a porção do turismo voltada à economia oferecerá um conceito distinto
quando comparado ao que nos apresentaria aquele investigador que se dedicou ao estudo do
turismo no âmbito da sociologia, por exemplo.

Componentes da Demanda Turística

Hirata & Braga (2017), destacam como as componentes da demanda turística as seguintes:
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a) Demanda real ou efectiva: são os turistas de facto, ou seja, o número de pessoas que
praticaram turismo dentro do período de interesse. Este é o componente habitualmente
medido nas estatísticas relacionadas ao tema.

b) Demanda reprimida ou demanda potencial: composta por aqueles que não viajam,
mas o fariam caso ocorresse alguma mudança em suas condições. Pode-se acrescentar a
esse contingente o que está presente na definição de Boullón (2002), isto é, praças de
mercado consumidor ainda não conquistadas, além de incrementos da demanda futura
como consequência das melhorias do próprio destino turístico em termos de serviços,
capacidade de hospedagem ou publicidade, por exemplo. Há muitas razões pessoais pelas
quais as pessoas não viajam. Pode-se citar o medo; a falta de renda; escassez de tempo;
limitações físicas em consequência de más condições de saúde; pessoas que não podem
ficar grandes períodos afastadas do lar por problemas pessoais ou familiares (pais
solteiros, cuidadores de idosos dependentes); entre outros.4

c) Não-demanda: Aqueles que não desejam viajar.

Características da Demanda turística

Por relacionar quantidades de serviços e bens, preço e tempo pode-se concluir que a demanda
está ligada também à decisão, comportamento, do consumidor, e estas análises de
comportamento do consumidor são o objeto de estudo da teoria da demanda, de acordo com
Lage e Milone (1991), os autores ainda argumentam que o consumidor tem por Objectivo
primordial a obtenção da máxima satisfação de seus gastos, através da escolha da melhor
combinação possível dos produtos do turismo.

Ainda a mesma fonte a cima referenciada acrescenta que a demanda é influenciada por alguns
factores: preços dos produtos turísticos; preços dos outros bens ou serviços; nível de renda dos
turistas e preferência dos turistas. Já por conta desses factores é possível observar que a demanda
turística é extremamente heterogénea, pois por si só, as preferências e renda do turista são
aspectos altamente elásticos frente ao tempo, somente para colocar como exemplo.

Lemos (2001) classifica a demanda turística, a fim de criar padrões de comportamento do turista,
quanto ao: espaço; meio de transporte utilizado; motivação da viagem; tempo de permanência;
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forma de organização; quantidade de pessoas e quanto à idade. Mas ainda o autor alerta que
essas classificações não são excludentes entre si. Todos esses factores, que fazem da demanda
heterogénea, segundo Beni (1998), servem para a segmentação de mercado turístico, pois do
contrário, não seria possível orientar uma política de turismo que atendesse particularmente cada
destinação. Mas para isso, é preciso uma análise profunda das motivações para, ainda segundo o
autor, constituir a oferta da melhor forma, a fim de atender à demanda.

De acordo com o mesmo autor, acrescenta que o conhecimento das principais destinações que
trabalham com a mesma segmentação, e da composição homogénea dos turistas em potencial.
Aumentando assim as concorrências de mercado, obrigando à criação de políticas de turismo
claras e específicas, vinculação de propaganda especializada atingindo a demanda específica e
também a maior promoção de pesquisas científicas na área.

Na perspectiva de Molina (2003) explica que o turismo seria caracterizado actualmente pela
conduta de consumo dos turistas, porque este consumo tenderia a fragmentar-se cada vez mais,
tornando-se menos homogêneo para atender a demandas cada vez menos homogéneas, a mesma
fonte referencia dois tipos de produtos que têm mostrado êxito contemporaneamente sendo os
produtos de alta tecnologia como parques temáticos e os produtos que exploram os recursos ou
situações culturais e sociais.

Avighi (2000), diz que a articulação mediatizada entre o global e o local gera uma representação
sobre lugares e povos e incita a vivenciá-los, pois com meios de comunicação tão eficientes e
presentes, as informações sobre todas as partes do mundo podem rapidamente ser propagadas no
âmbito global, gerando para o turismo, designado por a volta do turista ‘viajante, com a
necessidade de acabar com as curiosidades sobre o mundo, e este viajante buscaria produtos
turísticos que provocassem a sua imaginação, e sustenta: “Há um imaginário local que se põe no
imaginário global por meio da média.

O mesmo autor acrescenta ainda que sempre haverá espaço para o turistas de compras, é possível
que sempre haverão roteiros turísticos baseados nos grandes ícones culturais, mas o que se presta
a salientar neste momento, é a importância da valorização da cultura como um todo, para sanar
as necessidades do turista viajante.
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Petrocchi (2002) tratando da demanda turística comenta que satisfaze-la é necessário para a
sobrevivência da destinação, pois segundo o autor “demanda significa mercado. E, se tudo
depende do mercado, há necessidade de estuda-lo, conhece-lo, saber de seus desejos e
movimentos.

Ciclo Da Demanda Turística


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Conclusão
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Referências bibliográficas

AVIGHI, C. Turismo, globalização e cultura, In: LAGE, B; MILONE, P. Turismo: teoria e


prática. São Paulo: Atlas, 2000.

BENI, M. Análise estrutural do turismo. São Paulo: Senac, 1998.

BOULLÓN, R. Las actividades turísticas y recreacionales: el hombre como protagonista.


México: Trillas Turismo, 1990

BAHL, M. Legados étnicos na cidade de Curitiba: opção para diversificação da oferta turística
local. 1994. Dissertação (mestrado) Universidade de São Paulo, São Paulo: 1994.

COOPER, C. Turismo princípios e práticas. Porto Alegre: Bookman, 2002.

LAGE, B.; MILONE, C. Economia do turismo. Campinas: Papirus, 1991

LEMOS, L. Turismo: que negócio é este? Campinas: Papirus, 2001

MOLINA, S. O pós turismo. São Paulo: Aleph, 2003

PETROCCHI, M. Planejamento e gestão do turismo. São Paulo: Futura, 2002

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