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18/04/2020

Estes slides foram criados como material de apoio

Educação Ambiental para a disciplina de Educação Ambiental do ano de


2020.

Eles não pretendem e não devem substituir as


leituras da bibliografia recomendada da disciplina,
uma vez que os assuntos aqui abordados são
complexos e amplos, de forma que não ficam aqui
esgotados.

Esses slides devem servir apenas como guia


básico para o estudo dos assuntos aqui tratados,
que devem ser devidamente aprofundados
para a sua correta aprendizagem.

1 2

SUSTENTABILIDADE CRISE AMBIENTAL

Justiça Preservação e
Desenvolvimento Socioambiental Conservação
Social Ambiental
Desenvolvimento
Sustentável
Inclusão
Social Ecoeficiência

Desenvolvimento
Econômico

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CRISE AMBIENTAL CRISE AMBIENTAL

RIO DOCE
BENTO RODRIGUES

BRUMADINHO

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CRISE AMBIENTAL CRISE AMBIENTAL

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CRISE AMBIENTAL CRISE AMBIENTAL

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CRISE AMBIENTAL CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

• Considerar a sustentabilidade nas


atividades executadas no dia-a-dia;

• Perceber-se como agente da


sustentabilidade.

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CONSCIÊNCIA AMBIENTAL CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

➢ SUJEITO ECOLÓGICO: Sistema


Agroflorestal Pagamento por Serviços
Ambientais

É toda pessoa que assume um modo


de vida voltado à sustentabilidade, ou
seja, à preservação ambiental, à
Compensação Ambiental
saúde social e econômica, a um estilo
de vida que seja consciente e
orientado à necessidade de se
interagir com o meio em que se vive
preservando-o. Manejo Sustentável Restauração Produtiva

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CONSCIÊNCIA AMBIENTAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL


Reaproveitamento de
Água da Chuva
• “Entendem-se por educação ambiental os
processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e
Reciclagem
competências voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua
Telhas de Plástico Reciclado sustentabilidade.” (Lei n° 9795/99, Art. 1°)

Turismo Ecológico

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL


EDUCAÇÃO AMBIENTAL
• Política Nacional do Meio Ambiente, artigo 2°,
• Processo de educação responsável inciso X (1981);
por formar e preparar cidadãos
preocupados com o meio ambiente e • Constituição Federal, Capítulo VI, artigo 225
a sustentabilidade de forma holística, (1988);
abordando seus aspectos ecológicos,
sociais, políticos, econômicos e éticos • Lei n° 9.705 de 27 de abril de 1999, que
de forma crítica e interdisciplinar. institui a Política Nacional de Educação
Ambiental;
• Baseia-se nos princípios, leis e • Agenda 21, 36° Capítulo (1992);
normas da Educação, voltada às
questões ambientais e apoiada pelas • Rio-92: Tratado de Educação Ambiental
demais áreas de conhecimento. para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL


• Parâmetros curriculares nacionais do ensino • Órgão Gestor da Política Nacional de
fundamental (MEC, 1997): meio ambiente é Educação Ambiental, 2002, MEC e MMA
tema transversal;
• Orientações curriculares nacionais do ensino
• MEC: Programa Meio Ambiente na Escola médio e EaD de EJA (MEC, 2004);
(2001);
• 2004-2007: O Programa 0052 é reformulado
• Órgão Gestor da Política Nacional de e passa a se chamar Educação Ambiental
Educação Ambiental, 2002, MEC e MMA para Sociedades Sustentáveis;

• 2004: a Educação Ambiental passa para • 2012: Resolução n°2 de 15/05/2012,


o MEC e a atuar de forma integrada com estabelece as Diretrizes Curriculares
as áreas de Diversidade, Educação Nacionais para a Educação Ambiental
Escolar Indígena e Educação no Campo (níveis básico e nível superior).

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL INÍCIO DO MOVIMENTO


➢No Brasil:
AMBIENTALISTA
▪ 2013: Planos Curriculares Nacionais da Educação ➢ Se inicia com filósofos e teólogos, séc. VIII a.C.;
Básica consideram a Educação Ambiental em
todos os âmbitos, requerendo uma atuação na
formação de cidadãos conscientes, críticos, com ➢Séc. XVI e XVII: ideia de que o conhecimento e a
ensino da educação ambiental transversal às evolução da ciência permitiriam domar a natureza;
disciplinas ministradas no ensino básico brasileiro,
com inter e transdisciplinaridade, considerando a ➢Séc. XVI: crescimento demográfico e proibição
EA em suas três esferas interrelacionadas: de serrarias hidráulicas na França e áreas
ecológica, social e econômica. protegidas na Inglaterra.
▪ 2018: Plano Curricular Nacional de Educação
Superior e Resolução n° 7 de 18 de dezembro ➢Brasil: início do séc. XIX, vinculado a
de 2018 também consideram a Educação ideais sociais como o fim da
Ambiental em todos os âmbitos da educação escravatura;
superior brasileira.

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PROBLEMAS AMBIENTAIS E AMBIENTALISMO NO BRASIL


MOVIMENTO AMBIENTALISTA DA ➢1950: início de grupos ambientalistas (UPAN e
DÉCADA DE 60 FBCN);
➢Nevoeiro sulfuroso (Pensilvânia, 1948); smog
➢1964: Início da Ditadura Militar (1964-1985);
londrino (Londres, 1952); descartes químicos na
Baía de Miamata (Japão, 1956); detonações ➢ 1965: Novo Código Florestal Brasileiro;
nucleares para testes entre 1945 e 1963;
➢ 1968: Passeata dos cem mil; greve operária,
➢1962: Primavera Silenciosa (Rachel Carsol ); Ato Institucional n°5;
➢ Movimentos sócio-culturais da década ➢1968-1973: Milagre Econômico
de 60 (contracultura); Brasileiro;
➢Grupos de preservacionistas e ➢1964: Início da Ditadura Militar (1964-
conservacionistas. 1985);
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AMBIENTALISMO NO BRASIL AMBIENTALISMO NO BRASIL


➢ 1965: Novo Código Florestal Brasileiro; ➢1973: criação da SEMA;

➢ 1968: Passeata dos cem mil; greve operária, ➢1974-1974: fim do milagre econômico brasileiro.
Ato Institucional n°5; Ernesto Geisel propõe abertura política;

➢1972: Brasil participa da Conferência de ➢ Década de 70: importante papel dos


Estocolmo; movimentos da Amazônia;
▪ “Um cartaz anuncia: ‘Bem vindos à poluição, ➢ 1975: Conferência de Belgrado;
estamos abertos para ela. O Brasil é um país
que não tem restrições. Temos várias cidades ➢1977: Conferência de Tiblisi que
que receberiam de braços abertos a sua
influencia no Brasil a criação da Política
poluição, porque o que nós queremos são
empregos, são dólares para o nosso Nacional do Meio Ambiente (1981);
desenvolvimento’.” (DIAS, 2003, p. 36).

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AMBIENTALISMO NO BRASIL CAMINHOS DA EDUCAÇÃO


➢1978: pensamento ambientalista em centros AMBIENTAL NO BRASIL
urbanos;
• Início com movimentos ambientalistas no Rio
Grande do Sul, em 1971 (influências
➢Décadas de 80 e 90: final da ditadura militar,
conservacionistas e preservacionistas);
começo das considerações ambientais mais
fortes no Brasil e início da Educação Ambiental
• Foi sendo desenvolvida nas esferas
de forma mais oficial no país, especialmente
governamentais e não governamentais
após a Rio-92;
primeiro como preocupação de movimentos
ecológicos e só posteriormente
passa a constituir proposta
realmente educativa, que dialoga
com o campo da Educação.

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CAMINHOS DA EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL-


AMBIENTAL NO BRASIL PLANOS CURRICULARES NACIONAIS
• No Brasil o evento não governamental mais
• No Brasil a EA caminhou com seminários e importante para a EA foi a Rio-92, na qual os
conferências nacionais em consonância com países e movimentos sociais participantes
a mobilização mundial, tendo influência criaram o “Tratado de Educação Ambiental
especialmente das Conferências de para Sociedades Sustentáveis”, que definiu o
Estocolmo (1972); Tblisi (1977) e Tessalônica marco político para o projeto pedagógico da
(1997) EA.
• Este tratado está na base de
• A EA existe na legislação desde
formação da Rede Brasileira de
1973, como atribuição da SEMA, Educação Ambiental, bem como nas
mas apenas nas décadas de 80 e muitas redes estaduais (ONG’s,
90, pós Ditadura Militar, ela cresce
escolas, universidades, e pessoas)
e se torna mais conhecida. que querem fortalecer a EA.
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL- EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL-


PLANOS CURRICULARES NACIONAIS PLANOS CURRICULARES NACIONAIS

• Atualmente, a EA no Brasil se constitui de • No Plano Pedagógico a EA promove uma


“proposta pedagógica concebida como uma crítica na compartimentalização do
nova orientação em educação a partir da conhecimento em diversas disciplinas, de
consciência da crise ambiental” (CARVALHO, forma que provoca ou tenta provocar
2012); mudanças mais profundas nas concepções e
• A EA no Brasil é interdisciplinar, práticas pedagógicas.
acionando diversas áreas de
conhecimento e variados saberes,
• A EA existente hoje no Brasil se
valorizando as culturas locais e sua
apoia na legislação voltada a ela.
diversidade, bem como os modos de
manejo e compreensão do ambiente
dessas diferentes culturas.
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL- EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL-


PLANOS CURRICULARES NACIONAIS PLANOS CURRICULARES NACIONAIS
• 1994 – Criado o Programa Nacional de EA • 2001 – Implementação do Programa
ProNEA) pelos MEC, MMA, MIC, MCT; Parâmetros em Ação: meio ambiente na
• 1995 – Criada a Câmara Técnica Temporária escola pelo MEC;
de EA no CONAMA; • 2002 – Regulamentação da Política Nacional
• 1997 – Elaboração dos Parâmetros de EA (Lei n° 9795/99) pelo Decreto n°
Curriculares pela Secretaria de Ensino 4.281, pelo MEC;
Fundamental do MEC, nos quais “meio • 2003 – Criado o Órgão Gestor da Política
ambiente” é incluído como tema transversal; Nacional de EA reunindo MEC e MMA;
• 1999 – Criação da Política Nacional de • 2004 – O programa de EA,
Educação Ambiental (Lei n° 9795/99) e denominado Programa 0052, é
da Coordenação Geral de EA no MEC reformulado e passa a se chamar
e da Diretoria de EA no MMA; EA para Sociedades Sustentáveis;

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL- EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL-


PLANOS CURRICULARES NACIONAIS PLANOS CURRICULARES NACIONAIS
• 2004 – O ProNEA passa por consulta • 2013 – Planos Curriculares Nacionais do
pública, a EA se firme melhor dentro do MEC Ensino Básico consideram a EA em todos os
e passa atuar junto das áreas de educação âmbitos;
no campo, educação indígena e diversidade;
• 2004 – a EA passa a fazer parte dos Planos • 2018 – Planos Curriculares Nacionais da
Curriculares do Ensino Médio em todas as Educação Superior e Resolução n° 7
suas modalidades e para o EJA; também consideram a EA em todos os
• 2012 – criada a Resolução n° 2 que âmbitos da Educação Superior no Brasil.
estabelece as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a EA tanto para a
educação de nível básico quanto
para a de nível superior;
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CAMINHOS DA EDUCAÇÃO CAMINHOS DA EDUCAÇÃO


AMBIENTAL NO BRASIL AMBIENTAL NO BRASIL
• EA Formal: é aquela desenvolvida nas
• Atualmente as tipologias da EA no Brasil escolas, em ambiente de salas de aula ou
envolvem o ensino formal e não-formal ou, educação à distância, promovida por
conforme Silva e Joia (2008) e Córdula docentes, corpo pedagógico e gestores da
(2014), os ensinos formal, não-formal e comunidade escolar (BRASIL, 1999).
informal:
• De acordo com a Lei Nacional de EA
envolve:
-Educação Infantil;
-Ensinos Fundamental; Médio e
Superior;
-Educação Profissional;
-Educação de Jovens e Adultos.
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CAMINHOS DA EDUCAÇÃO CAMINHOS DA EDUCAÇÃO


AMBIENTAL NO BRASIL AMBIENTAL NO BRASIL
• Lei 9795/99: “a Educação Ambiental será • "entende-se por Educação Ambiental não
desenvolvida como uma prática educativa formal as ações e práticas educativas
integrada, contínua e permanente em todos os voltadas à sensibilização da coletividade
níveis e modalidades do ensino formal” sobre as questões ambientais e à sua
(BRASIL, 1999, p.2); organização e participação na defesa da
qualidade do meio ambiente" (BRASIL, 1999,
• EA Não-Formal: é a EA que ocorre no âmbito p. 2)
das comunidades urbanas, rurais e tradicionais.
• EA Informal: é aquela EA que é
exercida nos diversos espaços da
vida social, sem apresentar
compromisso de continuidade,
com utilização da mídia.
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AGENDA 21 AGENDA 21
• Documento com 40 capítulos divididos, em • Junto da Agenda 21, na Rio-92 também
4 seções, que tem por objetivo desenvolver foram criados a Convenção sobre
sociedades que prezem o desenvolvimento Mudanças Climáticas, a Convenção da
sustentável; Diversidade Biológica, a Declaração do Rio
para o Meio Ambiente e Desenvolvimento
• Construída e assinada por 179 países e e a Declaração de Princípios para
cerca de 14 mil ONG’s que participaram da Florestas;
Cúpula da Terra (Rio-92).
• A Agenda 21 consigna o
compromisso das 179 nações e
14.000 ONG’s e contém mais de 2,5
mil recomendações de ordem prática.

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AGENDA 21: ESTRUTURA


➢ 4 seções; 40 capítulos; 115 áreas prioritárias AGENDA 21: ESTRUTURA
Agenda 1 ➢ Apresenta princípios norteadores
Seção 1 Seção 2 Seção 3 Seção 4

Dez capítulos,
CAPÍTULO
Nove capítulos que falam dos
Sete capítulos que versam meios de
que tratam
Quatorze Introdução ao problema
capítulos que sobre as implementação
das diferentes da Agenda 21:
tratam da
dimensões modalidades de recursos e
correta Objetivos
sociais e apoio aos grupos mecanismos de
conservação e
econômicas, sociais financiamento e
gerenciamento
da relação organizados que prioridades do
dos recursos
entre meio
naturais para o colaboram para papel Atividades
ambiente e alcançar o institucional para
desenvolvimento
pobreza. desenvolvimento viabilização de
sustentável políticas de Meios de Implementação
desenvolvimento

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AGENDA 21 AGENDA 21
Agenda 21
• Sua estrutura concilia métodos de
Global
desenvolvimento social, preservação
ambiental e desenvolvimento econômico,
prezando por um novo paradigma. Agenda 21 Agenda 21
Regional Nacional
• Traz ainda questões conectadas à geração
de empego e de renda; diminuição das ➢ Participação de representantes
disparidades de renda; à mudanças nos do governo, do setor produtivo Agenda 21
padrões de consumo e de produção; à (empresários, banqueiros, fazen- Estadual
deiros, industriais) e da
construção de cidades sustentáveis e à
sociedade civil organi-
gestão. zada. Agenda 21
(para maiores informações, ler capítulo
Local
30 de Philipi Jr. e Pelicioni, 2005)

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AGENDA 21 AGENDA 21
➢Países que dispunham da Agenda 21 em 2002:
• Cada Agenda 21 deve ser revisada,
avaliada e replanejada ao longo do séc.
XXI. África: Europa:
- África do Sul - Dinamarca
- Finlândia
• Rio 5+ (1997): revisão da Ásia-Pacífico: - Islândia
Agenda 21 quanto às - Austrália - Itália
características e implantação; - China - Noruega
- Japão - Reino Unido
- Suécia
• Rio 10+ (2002): países quiseram - Coréia do Sul
- Mongólia
mostrar a implantação da Agenda 21. América:
- Sri Lanka
Mostraram iniciativa na criação de suas - Brasil
próprias agendas, especialmente as Oriente Médio: - Equador
locais, incluindo o Brasil. - Turquia - Peru

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AGENDA 21 BRASILEIRA AGENDA 21 BRASILEIRA


➢ Decreto n. 1.160 de 21 de junho de 1994
➢ Final de 1998: Agenda 21 Brasileira –
➢ 1997: criação e extinção da CIDES (Comissão base para discussão.
Interministerial de Desenvolvimento Sustentável) e
criação da Comissão Política de Desenvolvimento ➢ Maio de 2002: seminário nacional da CPDS e
Sustentável e Agenda 21 (CPDS), continuação de discussões dobre a implantação da Agenda 21 com
implantação da Agenda 21. cinco setores: executivo, legislativo, produtivo,
➢ CPDS dirigida pelo MMA e formada pelos Ministérios academia e sociedade civil organizada.
do Planejamento, Orçamento e Gestão; das Relações
Exteriores e da Ciência e Tecnologia; Câmara de ➢ Julho de 2002: lançamento da Agenda 21 composta
Políticas Sociais da Casa Civil da Presidência da de dois documentos:
República; Fórum Brasileiro de Organizações
Não-Governamentais e Movimentos Sociais • Agenda 21 Brasileira – ações prioritárias
para o Ambiente e Desenvolvimento; Fundação • Agenda 21 Brasileira – resultado da consulta
Movimento Onda Azul; Conselho Empresarial nacional
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável;
Fundação Getúlio Vargas e UFMG.

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AGENDA 21 BRASILEIRA A RIO 20+ E A AGENDA 2030


➢ Final de 1998: Agenda 21 Brasileira – ➢ Conferência das Nações Unidas para o
base para discussão. Desenvolvimento Sustentável: 2012,
Rio de Janeiro
➢ Maio de 2002: seminário nacional da CPDS e
discussões dobre a implantação da Agenda 21 com ➢ 188 nações Conferência das Nações Unidas para o
cinco setores: executivo, legislativo, produtivo, Desenvolvimento Sustentável
academia e sociedade civil organizada.
➢ Documento: “O Futuro que Queremos” reafirmou o
➢ Julho de 2002: lançamento da Agenda 21 composta compromisso dos países para o desenvolvimento
de dois documentos: sustentável. Começaram os debates para a criação da
Agenda 2030.
• Agenda 21 Brasileira – ações prioritárias
• Agenda 21 Brasileira – resultado da consulta ➢ 2015: 193 países, em Nova York, lançaram a
nacional Agenda 2030 chamada “Transformando o
Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável”.

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AGENDA 2030 AGENDA 2030


➢ Plano de ação com 17 objetivos (os Objetivos “Objetivo 4. Assegurar a educação
para o Desenvolvimento Sustentável – ODS inclusiva e equitativa e de qualidade, e
com 169 metas) promover oportunidades de aprendiza-
gem ao longo da vida para todas e todos”

“4.7 Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram


conhecimentos e habilidades necessárias para promover
o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros,
por meio da educação para o desenvolvimento
sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos
humanos, igualdade de gênero, promoção de uma
cultura de paz e não violência, cidadania
global e valorização da diversidade cultural e
da contribuição da cultura para o
desenvolvimento sustentável.”
ONU: Agenda 2030. https://nacoesunidas.org/pos2015/ods4/

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AGENDA 2030 AGENDA 2030


➢ Uma Declaração;
➢ Um quadro de resultados (Os 17 ODS e
suas 169 metas);
➢ Meio de implementação;
➢ Parcerias globais;
➢ Roteiros para acompanhamento
e revisão.

Deve ser cumprida até 2030.

Os ODS e suas metas estimulam e apoiam


ações em áreas de importância crucial para a
humanidade: Pessoas, Planeta,
Prosperidade, Paz e Parcerias.

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• AGENDA 2030.ORG. Plataforma Agenda 2030. Disponível em:


http://www.agenda2030.org.br/. Acesso em: 09 mar. 2020.
LEI 9795 DE 1999: POLÍTICA NACIONAL
• BRASIL. Lei n° 9795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação
ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
LEIS/L9795.htm. Acesso em: 03 Mar. 2020. • “Entendem-se por educação ambiental os
• ______. Lei n° 6938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política
nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
processos por meio dos quais o indivíduo e a
aplicação e dá outras providências. Disponível em: coletividade constroem valores sociais,
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm. Acesso em: 03 Mar.
2020.
conhecimentos, habilidades, atitudes e
• CARVALHO, I.C. de M. Educação Ambiental: a formação do sujeito competências voltadas para a conservação do
ecológico. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2012. 255p.
• CÓRDULA, E. B. L. Modismos em Educação Ambiental. Revista meio ambiente, bem de uso comum do povo,
Educação Pública, Rio de Janeiro, n° 41, 23 out. 2012. Disponível em: essencial à sadia qualidade de vida e sua
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/meioambiente/0035.html.
Acesso em: 09 mar. 2020. sustentabilidade.” (Lei n° 9795/99, Art. 1°)
• DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e Praticas.
São Paulo: Gaia, 2003.
• PHILIPPI JR.; A. PELICIONI, M.C.F. (ed.) Educação Ambiental e
sustentabilidade. Baureri, SP: Manole, 2005. 878p.
• SILVA, M. S. F.; JOIA, P. R. Educação Ambiental: a participação da
comunidade na coleta seletiva de resíduos sólidos. Rev. El. Assoc. dos
Geógrafos Brasileiros, Três Lagoas, nº 7, ano 5, Mai. 2008, p. 121-152.

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LEI 9795 DE 1999: POLÍTICA NACIONAL LEI 9795 DE 1999: POLÍTICA NACIONAL
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
➢ Ensino formal: Não deve surgir como disciplina
➢ “[...] componente essencial e permanente da educação específica nos currículos de ensino (exceção: cursos
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, de extensão e pós-graduação que tratem da temática
em todos os níveis e modalidades do processo de forma metodológica);
educativo, em caráter formal e não-formal.” (BRASIL,
➢ Ensino formal: Em cursos de formação e
1999);
especialização técnica de todos os níveis: inclusão de
➢ Ensino Formal: educação infantil, ensino fundamental, conteúdo de ética ambiental na profissão;
médio e superior, educações especial, profissional e de ➢ Ensino formal: Dimensão ambiental deve constar no
jovens e adultos, dos ensinos público e privado; currículo de formação dos professores;
➢ Ensino formal: Professores que já atuam
➢ Ensino Formal: desenvolvida como
devem receber formação complementar;
prática educativa integrada, contínua e
permanente; ➢ Ensino formal: Necessária para autorização e
aprovação na supervisão de cursos de IE’s.

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LEI 9795 DE 1999: POLÍTICA NACIONAL LEI 9795 DE 1999: POLÍTICA NACIONAL
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
➢ “II - a ampla participação da escola, da universidade e
➢ Ensino Não-Formal: “[...] ações e práticas educativas de organizações não-governamentais na formulação e
voltadas à sensibilização da coletividade sobre as execução de programas e atividades vinculadas à
questões ambientais e à sua organização e educação ambiental não-formal”;
participação na defesa da qualidade do meio
ambiente.” (BRASIL, 1999); ➢ “III - a participação de empresas públicas e privadas no
desenvolvimento de programas de educação ambiental
➢ Ensino Não-Formal: deve ser incentivada pelos em parceria com a escola, a universidade e as
poderes públicos federal, estadual e municipal; organizações não-governamentais;”
➢ “IV - a sensibilização da sociedade para a
➢ “I – a difusão, por intermédio dos meios
importância das unidades de conservação”;
de comunicação de massa, em espaços
nobres, de programas e campanhas
➢ “V - a sensibilização ambiental das
educativas, e de informações acerca de
populações tradicionais ligadas às unidades
temas relacionados ao meio ambiente;”
de conservação;”

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LEI 9795 DE 1999: POLÍTICA NACIONAL LEI 9795 DE 1999: POLÍTICA NACIONAL
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

➢ Linhas de Atuação nos ensinos formal e não-formal:


➢ “VI - a sensibilização ambiental dos agricultores;”;

➢ “VII – o ecoturismo.” (BRASIL, 1999) ▪ Capacitação de recursos humanos;

▪ Desenvolvimento de estudos, pesquisas e


➢ Organização: experimentações;
▪ Órgão gestor: coordena a PNMA;
▪ Produção e divulgação de material
▪ Estados, Distrito Federal e Municípios: educativo;
definem diretrizes normas e critérios para
a Educação Ambiental. ▪ Acompanhamento e avaliação.

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LEI 9795 DE 1999: POLÍTICA NACIONAL LEI 9795 DE 1999: POLÍTICA NACIONAL
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
➢ Princípios básicos:
➢ Princípios básicos:
“I - o enfoque humanista, holístico, democrático e
participativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade,
educativo;
considerando a interdependência entre o meio natural, o
VII - a abordagem articulada das questões ambientais
sócio-econômico e o cultural, sob o enfoque da
locais, regionais, nacionais e globais;
sustentabilidade;
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à
III - o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na
diversidade individual e cultural.” (BRASIL, 1999).
perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação,
o trabalho e as práticas sociais;
V - a garantia de continuidade e
permanência do processo educativo;

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PROJETO PEDAGÓGICO E EDUCAÇÃO PROJETO PEDAGÓGICO E EDUCAÇÃO


AMBIENTAL NOS ENSINOS AMBIENTAL NOS ENSINOS
FUNDAMENTAL, MÉDIO E UNIVERSITÁRIO FUNDAMENTAL, MÉDIO E UNIVERSITÁRIO
➢Projeto Pedagógico: ➢ Lei e normas nas quais o Projeto Pedagógico
se Pauta:
• Projeto Político Pedagógico (PPP) é um
documento produzido pelas instituições de ensino • Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
que funciona como instrumento de caráter geral (LDB): Lei n° 9394 de 20 de dezembro de 1996,
que apresenta a proposta educacional (finalidades, que estabelece as diretrizes e ases da educação
concepções e diretrizes) da instituição de ensino. nacional.
• Também conhecido como Projeto • Base Nacional Comum Curricular (BNCC):
Pedagógico, deve ser produzido por documento de caráter normativo que define
todas as escolas, segundo a Lei de o conjunto orgânico e progressivo de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprendizagens essenciais que todos os
(LDB) alunos devem desenvolver ao longo das
etapas e modalidades da Educação Básica.

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PROJETO PEDAGÓGICO E EDUCAÇÃO PROJETO PEDAGÓGICO E EDUCAÇÃO


AMBIENTAL NOS ENSINOS AMBIENTAL NOS ENSINOS
FUNDAMENTAL, MÉDIO E UNIVERSITÁRIO FUNDAMENTAL, MÉDIO E UNIVERSITÁRIO
➢Projeto Pedagógico e EA: ➢Projeto Pedagógico e EA:
• Deve ser desenvolvida transversalmente, incluída • Deve ser desenvolvida com atividades acadêmicas
nas diversas disciplinas que compõem as áreas de que estejam dentro dos parâmetros e contextos da
aprendizagem dos ensinos fundamental, médio e instituição de ensino bem como das técnicas
universitário; pedagógicas aplicáveis a cada nível acadêmico,
sempre observando as questões sócio-culturais
• Deve levar em consideração os aspetos nas quais a instituição de ensino se insere.
sociais, econômicos e de meio ambiente
que integram a sustentabilidade; • Deve procurar despertar o interesse do
aluno em lidar com as questões da
• Devem ser tratados de forma inter e sustentabilidade não apenas no
multidisciplinar, para formar cidadãos ambiente escolar, como também em seu
críticos e ecológicos; dia a dia fora desse ambiente.

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INTERDISCIPLINARIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL
➢ A Educação Ambiental é um tema complexo e ➢ A Educação Ambiental é um tema complexo e
deve ser tratado como tal. Exemplos: deve ser tratado como tal. Exemplos:

Maiores consumo de energia e


geração de lixo (principalmente
hospitalar)

Canais de Veneza mais limpos

Pactoglobal.org Arrefecimento/Crise econômica Himalaias voltam a ficar visíveis

71 72

12
18/04/2020

INTERDISCIPLINARIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE E
EDUCAÇÃO AMBIENTAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL
➢Projetos de ensino de EA precisam ser ➢Abordagens plurais e abertas à observação
abordados com diversas áreas de das múltiplas inter-relações e dimensões da
conhecimento ao mesmo tempo; realidade na qual ela está sendo abordada;

➢ Necessidade de capacidade de diálogo e de ➢ Construção de conhecimento dialógico (saber


trabalho em equipe; ouvir, compreender e compartilhar),
diagnosticando situações presentes sem
➢ Necessária compreensão não perder a dimensão da historicidade;
apenas científica como, também, de
outros saberes sociais (locais,
tradicionais, culturais, artísticos, das
diferentes gerações, poéticos, etc.)

73 74

BIBLIOGRAFIA O PAPEL DO PROFESSOR EM


• BRASIL, Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos
Jurídicos. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 03 Mar. 2020.
• ______. Lei n° 9394 de 20 de dezembro 1996. Estabelece as diretrizes ➢ Exige uma reflexão sobre a prática pedagógica;
e bases da educação nacional. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 12 Abr.
2020. ➢ De acordo com os Planos Curriculares Nacionais:
• ______. Lei n° 9795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação deve ser trabalhada pelos professores como tema
Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras transversal e interdisciplinar para que seus alunos
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/LEIS/L9795.htm. Acesso em: 03 Mar. 2020. possam compreender a complexidade da
• MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC). Base nacional Comum sustentabilidade;
Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 12 Abr.
2020. ➢ Devem constituir práticas de temas
• CARVALHO, I.C. de M. Educação Ambiental: a formação do sujeito
ecológico. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2012. 255p.
amplos, abrangentes, que permitam a
• DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. conscientização dos alunos não apenas
São Paulo: Gaia, 2003. no ambiente escolar, mas também fora
• PHILIPPI JR.; A. PELICIONI, M.C.F. (ed.) Educação Ambiental e
sustentabilidade. Baureri, SP: Manole, 2005. 878p.
dele;

75 76

O PAPEL DO PROFESSOR EM O PAPEL DO PROFESSOR EM


EDUCAÇÃO AMBIENTAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL
➢ Para interdisciplinaridade, há a necessidade da
➢ Compõem teorias e práticas docentes no ensino da EA participação do corpo docente da instituição de ensino
a aplicação dos conhecimentos teóricos em sala de e de seus demais colaboradores na elaboração de um
aula e além dela, com seus alunos, com proposições projeto didático que aborde as questões sustentáveis
de estudos, análises ou tratamentos de um dado como eixo temático transversal que possa ser
fenômeno voltado à consciência sustentável; trabalhado pelos diversos agentes educadores;
➢ Para transcender a sala de aula, há a necessidade da
➢ Estabelecer conexões entre as diversas disciplinas participação de toda a comunidade escolar que, quanto
e/ou capacidades estabelecidas para os diversos níveis mais envolvida no projeto estiver, mais fará com que
de ensino, promovendo a troca de conhecimento entre ele ganhe destaque e importância;
essas áreas bem como dos conhecimentos
➢ Um mesmo projeto educativo pode se
especializados, científicos, com aqueles
desdobrar em diversos projetos menores
não científicos.
que comporão o tema central; ou pode ser
um projeto ou prática menor e mais
facilmente cumprida.

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13
18/04/2020

A EA E O DESENVOLVIMENTO DE A EA E O DESENVOLVIMENTO DE
COMPORTAMENTOS E VALORES NA RELAÇÃO COMPORTAMENTOS E VALORES NA RELAÇÃO
HUMANA COM O MEIO AMBIENTE HUMANA COM O MEIO AMBIENTE
➢ Comportamentos e valores na relação do homem com o
➢ a EA deve ser tratada no ambiente escolar sempre meio ambiente devem ser entendidos na perspectiva das
sideração os valores sócio-culturais da região em que a necessidades e culturas às quais as práticas da EA se
instituição de ensino se insere; inserem, como propõem os documentos, normas, leis e a
Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.
➢ A EA deve ser abordada sempre com uma visão crítica
e com a consciência de que a educação serve para ➢ Com a EA, deve-se provocar processos de mudanças
tornar indivíduos em participantes e responsáveis pelo sociais e culturais no sentido de criar conscientização
processo civilizatório da sociedade na qual se inserem; sobre o papel da humanidade em relação às sociedades,
economia e à sua interação com o meio ambiente ao
➢ A EA deve ser trabalhada no sentido de qual ela pertence, transformando essas
formar sujeitos humanos sustentáveis relações em interações melhoradas e incitando
enquanto seres sociais e historicamente a tomada de decisões acerca de questões a
situados. serem trabalhadas para que se atinja um novo
e melhor ponto de equilíbrio.

79 80

BIBLIOGRAFIA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA


• BRASIL, Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos
Jurídicos. Lei n° 9394 de 20 de dezembro 1996. Estabelece as diretrizes ➢ Formação individual pensada em relação ao mundo no
e bases da educação nacional. Disponível em: qual o individuo vive e pelo qual ele é responsável;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 12 Abr.
2020.
• ______. Lei n° 9795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação ➢ Formação de sujeitos sociais emancipados, autores da
Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras própria estória, e relação dos conhecimentos
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/LEIS/L9795.htm. Acesso em: 03 Mar. 2020. transmitidos com essa realidade;
• MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC). Base nacional Comum
Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ ➢ Reconhecer e compreender as relações entre a
images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 12 Abr.
2020. sociedade e a natureza e intervir nos problemas sócio-
• CARVALHO, I.C. de M. Educação Ambiental: a formação do sujeito econômico-ambientais.
ecológico. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2012. 255p.
• DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. ➢ Promover mudança de valores e
São Paulo: Gaia, 2003.
• PHILIPPI JR.; A. PELICIONI, M.C.F. (ed.) Educação Ambiental e
atitudes, formando sujeitos ecológicos
sustentabilidade. Baureri, SP: Manole, 2005. 878p. capazes de problematizar as questões
• PIMENTA, S.G.; ANASTASIOU, L.G.C. Docência no ensino superior. sócio-econômico-ambientais e agir sobre
5ed. São Paulo: Cortez, 2017. 280p.
eles para solucioná-los.

81 82

EDUCAÇÃO, CIDADANIA E JUSTIÇA EDUCAÇÃO, CIDADANIA E JUSTIÇA


AMBIENTAL AMBIENTAL
➢ Conflitos socioambientais:
➢ Compõem uma luta pelo direito de existência;

➢ Do ponto de vista político-pedagógica, a EA é a


educação crítica voltada à cidadania;

➢ Formação de sujeitos capazes de compreender as


dimensões conflituosas das relações sociais em torno
das questões ambientais, econômicas e sócio-político-
culturais e de se posicionarem diante delas;
➢ Significa compreender as tramas dos
conflitos socioambientais versus a visão
de que o ambiente é fonte de vida e
direito de todos – incluindo sociedades
presentes e futuras.

83 84

14
18/04/2020

EDUCAÇÃO, CIDADANIA E JUSTIÇA EDUCAÇÃO, CIDADANIA E JUSTIÇA


AMBIENTAL AMBIENTAL
➢ Justiça Ambiental: grave, complexa e de grande
➢ Justiça Ambiental:
relevância no Brasil devido ao tamanho continental do
“é o conjunto de princípios em que nenhum grupo de país, que é pluricultural e possui grande desigualdade
pessoas desde grupos étnicos ou de classe, sejam social.
submetidos a arcar desproporcionalmente das
consequências ambientais negativas de decisões e
atividades econômicas de políticas nas esferas federais,
estaduais assim como da ausência ou omissão das
mesmas.” (SALLES, 2016).

85 86

EDUCAÇÃO, CIDADANIA E JUSTIÇA TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E
RESPONSABILIDADE GLOBAL
➢ Justiça Ambiental: todos dependem e têm direito a um
ambiente equilibrado para viver bem; ➢ Processo dinâmico em construção permanente;

➢ Envolve a capacidade de gestão e apropriação dos ➢ A educação tem papel central na formação de valores
recursos naturais promovendo desenvolvimento e na ação social;
econômico e social;
➢ Baseado no respeito a todas as formas de vida;
➢ Distribuição desigual: grupos com maiores forças
política e/ou econômica versus interesses coletivos ➢ Objetiva a criação de sociedades socialmente justas e
ecologicamente equilibradas;

➢ A EA deve gerar maior qualidade de vida e


consciência de conduta pessoal, harmonia
entre os seres humanos e deles com
outras formas de vida.

87 88

TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E
RESPONSABILIDADE GLOBAL RESPONSABILIDADE GLOBAL

➢ Princípios da educação para sociedades sustentáveis ➢ Princípios da educação para sociedades sustentáveis
e responsabilidade global: e responsabilidade global:

1. a educação é um direito de todos e todos 4. A EA não é neutra e sim ideológica;


são educadores e aprendizes; 5. A EA deve envolver perspectiva holística,
2. A EA deve se basear no pensamento enfocando a interrelação homem-
crítico e inovador nos ensinos formal e natureza-universo de maneira
não formal de modo a transformar interdisciplinar;
positivamente as sociedades; 6. A EA deve estimular a solidariedade,
3. A EA é individual e coletiva e deve formar igualdade e respeito pelos direitos
cidadãos com consciência local e humanos;
planetária;

89 90

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18/04/2020

TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E
RESPONSABILIDADE GLOBAL RESPONSABILIDADE GLOBAL
➢ Princípios da educação para sociedades sustentáveis
e responsabilidade global:
➢ Princípios da educação para sociedades sustentáveis
7. A EA deve tratar as questões globais e responsabilidade global:
críticas, suas causas e interrelações com
10. A EA deve estimular e potencializar o
perspectiva sistêmica, em seus contextos
poder democrático das sociedades;
social e histórico;
11. A EA deve valorizar as diferentes formas
8. A EA deve facilitar a cooperação mútua e
de conhecimento;
equitativa nos processos decisórios;
12. A EA deve capacitar pessoas a
9. A EA deve recuperar, reconhecer,
trabalharem conflitos de maneira justa e
respeitar, refletir e utilizar a história
humana;
indígena e de outras culturas locais, além
13. A EA deve promover o diálogo entre
de promover a diversidade cultural,
indivíduos e instituições;
linguística e ecológica;

91 92

TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E
RESPONSABILIDADE GLOBAL RESPONSABILIDADE GLOBAL
➢ Princípios da educação para sociedades sustentáveis ➢ Planos de ação:
e responsabilidade global:
• São centrados em criar, políticas,
14. A EA requer democratização dos meiso posturas, participação popular,
de comunicação de massa e seu divulgação, aprendizados e treinamentos,
comprometimento com os interesses de entre outros, que promovam a cultura de
todos os setores da sociedade; sociedades sustentáveis;
15. A EA deve integrar conhecimentos, • Dão importância à EA nos ensino formal e
aptidões, valores, atitudes e ações; não-formal como meio de alcançar
16. A EA deve ajudar a promover a sociedades sustentáveis;
consciência ética sobre todas as formas de • Buscam promover entidades civis ou
vida da Terra e impor limites à exploração políticas e trabalhem em prol da
dessas formas de vida pelos humanos. sustentabilidade;

93 94

TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E
RESPONSABILIDADE GLOBAL RESPONSABILIDADE GLOBAL
➢ Planos de ação em EA: ➢ Planos de ação em EA:
• Transformar as declarações do Tratado • Criar condições educativas, jurídicas,
em documentos a serem utilizados nas organizacionais e políticas que cobrem
redes de ensino formal e não-formal; dos governos que estes destinem parte
• Trabalhar a EA junto aos grupos que dos recursos à educação e meio
elaboraram os demais tratados na Rio-92; ambiente;
• Coparar as ações de sustentabilidade dos • Promover parcerias e cooperações entre
diversos setores e transformar as as diversas instituições para a promoção
conclusões dessa comparação em ações da EA;
educativas; • Garantir que meios de comunicação
• Incentivar a produção de conhecimento, atuem como agentes de EA;
políticas, metodologias e práticas de EA • Mobilizar IEs e instituições de ensino não
em todos os espaços da educação formal formais para o apoio ao ensino, à
e não-formal; pesquisa e à extensão em EA;

95 96

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18/04/2020

TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E
RESPONSABILIDADE GLOBAL RESPONSABILIDADE GLOBAL

➢ Sistema de Coordenação, Monitoramento e Avaliação: ➢ Sistema de Coordenação, Monitoramento e Avaliação:

• Difusão e promoção do Tratado através • Estimular, criar e desenvolver redes de


de campanhas individuais e coletivas; educadores ambientais;
• Criar e estimular organizações que • Garantir a realização do 1° Encontro
implementem, avaliem e acompanhem o Planetário de Educação Ambiental;
Tratado; • Coordenar ações de apoio a movimentos
• Promoção das ações do Tratado em sociais que trabalhem a sustentabilidade;
meios de divulgação diversos; • Estimular articulações de ONGs e
• Estabelecer grupo de coordenação movimentos sociais para rever estratégias
internacional para manter e dar de seus programas que sejam relativos
continuidade às ações do Tratado; ao meio ambiente e à educação.

97 98

TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS E
RESPONSABILIDADE GLOBAL RESPONSABILIDADE GLOBAL
➢ Grupos a serem envolvidos (todos devem se voltar às
questões sustentáveis): ➢ Recursos (todos as organizações que assinaram o
tratado se comprometem a):
• Organizações sociais diversas (mulheres,
jovens, sindicalistas, associações de • Reservar recursos para o
bairro, etc.); desenvolvimentos dos programas e ações
• ONGs; sustentáveis propostos;
• Profissionais de educação; • Reivindicar que governos destinem parte
• Responsáveis pelos meios de do PIB para o tratado;
comunicação; • Propor políticas econômicas sustentáveis;
• Cientistas e instituições científicas; • Incentivar agencias financiadoras a
• Grupos religiosos; destinarem recursos à EA;
• Governos locais e nacionais; • Contribuir para a formação de um sistema
• Empresários; bancário planetário das ONGs e
• Comunidades alternativas. sociedades civis que participam do tratado.

99 100

BIBLIOGRAFIA METODOLOGIAS DE ENSINO PARA A EA


• BRASIL, Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos
Jurídicos. Lei n° 9394 de 20 de dezembro 1996. Estabelece as diretrizes ➢ Metodologia de Ensino: é a forma pela qual os
e bases da educação nacional. Disponível em: professores transferem seus conhecimentos aos seus
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 12 Abr.
2020. alunos.
• ______. Lei n° 9795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação
Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras ➢ Há diversos tipos: tradicional (o professor é o veículo do
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/LEIS/L9795.htm. Acesso em: 03 Mar. 2020. conhecimento); tradicional sociointercionista (trabalhos
• CARVALHO, I.C. de M. Educação Ambiental: a formação do sujeito me grupos); construtivista (o aluno se torna o
ecológico. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2012. 255p. protagonista do aprendizado); montessoriano (o
• DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e Práticas.
São Paulo: Gaia, 2003. professor monitora as crianças e jovens enquanto eles
• PHILIPPI JR.; A. PELICIONI, M.C.F. (ed.) Educação Ambiental e aprendem); Waldorf (aprendizado humanista,
sustentabilidade. Baureri, SP: Manole, 2005. 878p. equacionado e interdisciplinar – vivência antes da
• SALLES, C. Por mais justiça ambiental. 2016. Disponível em:
https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/381650476/por-mais-justica- teoria); teoria); Freiriniana (leituras do mundo
ambiental. Acesso em: 14 abr. 2020. enquanto aprendem); Metodologias Ativas de
• TOZONI-REIS, M.F.C. Metodologias aplicadas à educação ambiental. Ensino (projeto, gamificação, sala de aula
2 ed. Curitiba: IESD Brasil S.A., 2008.24p.
invertida, ensino híbrido, etc.); entre outras.

101 102

17
18/04/2020

METODOLOGIAS DE ENSINO PARA A EA BIBLIOGRAFIA


• CARVALHO, I.C. de M. Educação Ambiental: a formação do sujeito
➢ Metodologia de Ensino para a Educação Ambiental: ecológico. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2012. 255p.
deve ser interdisciplinar, crítica, envolver aspectos • DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e Práticas.
São Paulo: Gaia, 2003.
sociais, culturais, econômicos e políticos além das • PHILIPPI JR.; A. PELICIONI, M.C.F. (ed.) Educação Ambiental e
questões ambientais. sustentabilidade. Baureri, SP: Manole, 2005. 878p.
• SALLES, C. Por mais justiça ambiental. 2016. Disponível em:
https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/381650476/por-mais-justica-
➢ Desenvolvida por meio de planejamentos de ambiental. Acesso em: 14 abr. 2020.
concepções e de ações que envolvam toda a • TOZONI-REIS, M.F.C. Metodologias aplicadas à educação ambiental.
comunidade escolar. 2 ed. Curitiba: IESD Brasil S.A., 2008.24p.

DISCUSSÕES DOS PLANOS


APRESENTADOS PELOS
ALUNOS

103 104

A EPISTEMOLOGA DA EDUCAÇÃO A EPISTEMOLOGA DA EDUCAÇÃO


AMBIENTAL E A ÉTICA AMBIENTAL AMBIENTAL E A ÉTICA AMBIENTAL
➢ Histórico do Paradigma científico:
➢ Epistemologia: “estudo dos postulados, conclusões e
métodos dos diferentes ramos do saber científico, ou ▪ Inicialmente, a compreensão do real era externa ao
das teorias e práticas em geral, avaliadas em sua mundo humano (mitologias, depois religião);
validade cognitiva, ou descritas em suas trajetórias
evolutivas, seus paradigmas estruturais ou suas ▪ Posteriormente, a razão moderna trouxe a
relações com a sociedade e a história; teoria da compreensão da natureza e induziu ao pensamento de
ciência” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa) sua dominação (exemplos: René Descartes e Francis
Bacon, séc. XVII).
➢ Também denominada Teoria do
Conhecimento, é a parte da Filosofia que ▪ Revolução científica na modernidade:
se ocupa em estudar o conhecimento separação rigorosa entre o sujeito
(estudo críticos dos princípios, hipóteses cognoscitivo e o objeto do conhecimento.
e resultados das diversas ciências).

105 106

A EPISTEMOLOGA DA EDUCAÇÃO A EPISTEMOLOGA DA EDUCAÇÃO


AMBIENTAL E A ÉTICA AMBIENTAL AMBIENTAL E A ÉTICA AMBIENTAL
➢ Histórico do Paradigma científico: ➢ Histórico do Paradigma científico:
▪ Revolução científica na modernidade: firma-se uma ▪ A dualidade polar imposta pelo método científico
visão dualista, pouco complexa, mecânica, do mundo moderno sacrifica a diversidade e a profundidade dos
e da natureza; separam-se os conhecimentos em conhecimentos em prol da sua universalidade.
áreas diferentes, com predomínio da área de exatas
sobre a de humanas. ▪ Revolução científica na modernidade: ainda firme na
sociedade moderna com o uso do método científico;
▪ Revolução científica na modernidade: o método
científico separa o que se considera polaridades - ▪ Crítica filosófica contemporânea: o método
razão da emoção, natureza da cultura, científico, tal como funciona, causa
corpo da mente, o sujeito do objeto. reducionismo científico, que desqualifica a
significação do conhecimento adquirido sob
o ponto de vista da Educação crítica e das
cultura e filosofia humanas.

107 108

18
18/04/2020

A EPISTEMOLOGA DA EDUCAÇÃO A EPISTEMOLOGA DA EDUCAÇÃO


AMBIENTAL E A ÉTICA AMBIENTAL AMBIENTAL E A ÉTICA AMBIENTAL
➢ Histórico do Paradigma científico: ➢ Na Educação Ambiental:
▪ Atualmente, começa a se formar outra lógica ▪ Mudam-se as relações das disciplinas, antes
científica, sem abandonar o método científico de fragmentadas em diversos saberes compartimentados
investigação, mas vinculando-o a outros saberes de (Física, Matemática, Ciências, Biologia, Português,
modo a integrar a ele as noções de conhecimento Matemática, etc.) e agora conduzidas de forma
crítico, visto como caráter de produção histórico- integrada (áreas de conhecimento e conhecimentos
cultural nos quais se insere. transversais);
▪ A nova visão do conhecimento e estudo
científicos acarreta na Educação à medida ▪ Interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e
em que trata de formar indivíduos capazes transdisciplinardade como formas de
de conduzir conhecimento de forma conhecimento integrado, que articula os
holística e integrada às questões sócio- princípios básicos que devem ser
histórico-culturais que irão interferir no aprendidos com as inter-relações que
modo de ser e pensar das pessoas. constituem o mundo e a vida.

109 110

A EPISTEMOLOGA DA EDUCAÇÃO O PAPEL DO CONHECIMENTO INTEGRADO


AMBIENTAL E A ÉTICA AMBIENTAL E ESTRATÉGIAS INTERDISCIPLINARES
➢ A Ética Ambiental e a EA sob o ponto de vista ➢ Como a EA deve ser tratada como tema transversal, e
epistemológico: como seu conhecimento abarca questões interligadas
sociais, econômicas e de meio ambiente do qual se
▪ Ética ambiental é a filosofia que aborda a forma como trata a sustentabilidade, sob uma esfera histórico-
o homem age em relação à natureza. Tomando por cultural, há a necessidade de que ela seja abordada
base o princípio epistemológico recente, pensar e com o uso de um conhecimento integrado da realidade
praticar a ética ambiental no ensino da EA significa do problema abordado, de suas causas e seus efeitos.
integrar os conhecimentos adquiridos, pesquisados e
repassados como forma de criar sujeitos ecológicos. ➢ Para tanto, em termos de educação,
deve-se utilizar a interdisciplinaridade
para abordar problemas de EA com a
devida ótica educativa para a formação
do sujeito ecológico.

111 112

O PAPEL DO CONHECIMENTO INTEGRADO ATITUDE, COMPORTAMENTO E AÇÃO


E ESTRATÉGIAS INTERDISCIPLINARES POLÍTICA: ELEMENTOS PARA PENSAR A
➢ Interdisciplinaridade: não pressupõe a unificação dos
FORMAÇÃO ECOLÓGICA
diversos saberes, mas sim pretende a abertura de um ➢ Atitude ≠ Comportamento
espaço de mediação entre esses conhecimentos e a
articulação de seus saberes, com as disciplinas em ➢ Atitude: orienta as decisões e os posicionamentos do
situação de mútua coordenação e cooperação. sujeito no mundo.

➢ Deve estabelecer conexões entre as diversas ➢ Comportamento: ações observáveis, efetivamente


disciplinas/áreas de conhecimento, de forma realizadas.
transversal, promovendo a troca entre os
conhecimentos disciplinares e entre os conhecimentos
➢ As ações humanas são
científico e não científico.
multideterminadas (questões culturais,
de criação, inerentes à pessoa, sociais,
➢ Constitui um marco metodológico e
políticas, econômicas, filosóficas, etc.)
conceitual comum para a compreensão
de realidades complexas.

113 114

19
18/04/2020

ATITUDE, COMPORTAMENTO E AÇÃO BIBLIOGRAFIA


POLÍTICA: ELEMENTOS PARA PENSAR A • BRASIL, Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos
Jurídicos. Lei n° 9394 de 20 de dezembro 1996. Estabelece as diretrizes
FORMAÇÃO ECOLÓGICA e bases da educação nacional. Disponível em:
➢ As dissonâncias entre os comportamentos observados http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 12 Abr.
2020.
e as atitudes que se pretende formar é um dos maiores • ______. Lei n° 9795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação
desafios da EA (e da educação em geral). Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/LEIS/L9795.htm. Acesso em: 03 Mar. 2020.
➢ Deve-se pensar em formar sujeitos ecológicos • CARVALHO, I.C. de M. Educação Ambiental: a formação do sujeito
políticos, sociais e de cultura ecológico. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2012. 255p.
• DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e Práticas.
São Paulo: Gaia, 2003.
➢ Na EA: aplicação da filosofia comportamental ajuda? • PHILIPPI JR.; A. PELICIONI, M.C.F. (ed.) Educação Ambiental e
(aposta no sujeito racional, em sua racionalidade sustentabilidade. Baureri, SP: Manole, 2005. 878p.
pragmática, reduzindo a noção de sujeito à • SALLES, C. Por mais justiça ambiental. 2016. Disponível em:
https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/381650476/por-mais-justica-
de um ego individual). ambiental. Acesso em: 14 abr. 2020.
• TOZONI-REIS, M.F.C. Metodologias aplicadas à educação ambiental.
➢ Debate: atualmente, isso funciona na 2 ed. Curitiba: IESD Brasil S.A., 2008.24p.
sociedade brasileira?

115 116

20

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