Cecília Rocha

Cecília Rocha 29-09-2022 1

Cecília Rocha 29-09-2022 2
  Lei de Bases do Ambiente

 Diretiva AIA
 Evolução, contexto e principais diferenças

 Regime Jurídico de AIA

 Decreto-lei n.º 152-B/2017, de 11 de dezembro (altera e republica o decreto-lei n.º 151-
B/2013, de 31 de outubro)
 Portaria n.º 395/2015, de 4 de novembro

Cecília Rocha 29-09-2022 3

 • 1ª Lei de Bases 2014
do Ambiente
• Lei de Bases
• Lei n.º 11/87, atual
de 7 de abril
• Lei n.º 19/2014,
de 14 de abril

1987

Cecília Rocha 29-09-2022 4

 Âmbito, objetivos e
princípios gerais da
política de ambiente

Direitos e deveres
Disposições finais ambientais

Política de
Ambiente
Âmbito de aplicação
Instrumentos da da política de
política de ambiente ambiente

Conciliação da
política de ambiente
com outras políticas
sectoriais

Cecília Rocha 29-09-2022 5

 gestão adequada
do ambiente
•ecossistemas e recursos
naturais

bem -estar e a
melhoria desenvolvimento
progressiva da de uma sociedade
qualidade de vida de baixo carbono
dos cidadãos Política
de
Ambiente Compete ao Estado a realização
da política de ambiente, tanto
através da ação direta dos seus órgãos e
agentes nos diversos níveis de decisão
local, regional, nacional, europeia e
eficiente internacional, como através da
«economia
utilização dos mobilização e da coordenação de
verde»
recursos naturais
todos os cidadãos e forças sociais, num
processo participado e assente no pleno
exercício da cidadania ambiental.

Cecília Rocha 29-09-2022 6

 Responsabilida
Desenvolvimen Prevenção e Poluidor – Utilizador – Responsabilida
de intra e Recuperação
to sustentável precaução pagador pagador de
intergeracional

obriga à satisfação obriga à utilização obrigam à adoção obriga o obriga o utente a obriga à obriga o causador
das necessidades e aproveitamento de medidas responsável pela suportar os custos responsabilização do dano ambiental
do presente sem dos recursos antecipatórias poluição a assumir da utilização dos de todos que à restauração do
comprometer as naturais e humanos, com o objetivo de os custos da recursos, assim provoquem estado do
das gerações a fim de garantir a obviar ou minorar, atividade poluente como da ameaça ou dano ambiente
futuras preservação para a prioritariamente e das medidas de recuperação ambiental (direta
presente e futuras na fonte, os prevenção e proporcional ou indiretamente,
gerações; impactes adversos controle com dolo ou
no ambiente negligência)

a preservação de recursos naturais e herança cultural, a capacidade de produção dos ecossistemas a longo prazo, o ordenamento racional e equilibrado do território com vista
ao combate às assimetrias regionais, a promoção da coesão territorial, a produção e o consumo sustentáveis de energia, a salvaguarda da biodiversidade, do equilíbrio biológico,
do clima e da estabilidade geológica, harmonizando a vida humana e o ambiente;
Cecília Rocha 29-09-2022 7
Transversalidade e Cooperação Conhecimento e da Informação e da
Educação ambiental
da integração internacional ciência participação

obrigam à integração obriga à procura de obrigam a que o obriga a políticas obrigam ao

das exigências de soluções concertadas diagnóstico e as pedagógicas viradas para a envolvimento dos
proteção do ambiente com outros países e soluções dos problemas tomada de consciência cidadãos nas políticas
na definição e execução organizações ambientais devam ambiental, apostando na ambientais,
das demais políticas internacionais no sentido resultar da convergência educação para o privilegiando a divulgação
globais e sectoriais, de da promoção do ambiente dos saberes sociais com desenvolvimento e a partilha de dados e
modo a promover o e do desenvolvimento os conhecimentos sustentável e dotando os estudos, a adoção de
desenvolvimento sustentável científicos e cidadãos de competências ações de monitorização
sustentável tecnológicos, tendo por ambientais num processo das políticas, o fomento
base dados rigorosos, contínuo, …, tendo em de uma cultura de
emanados de fontes vista a proteção e a transparência e de
fidedignas e isentas melhoria do ambiente em responsabilidade…
toda a sua dimensão
humana.

Cecília Rocha 29-09-2022 8

 Artigo 9.º - Componentes
Na realização da política de
ambiente, são indissociáveis
os componentes ambientais
naturais e
humanos.

Cecília Rocha 29-09-2022 9

 Ar Água e … … e Mar

Biodiversidade Solo e subsolo Recursos naturais e

ecossistemas

Cecília Rocha 29-09-2022 10

 Gestão de Ruído
resíduos
Alterações
Climáticas

Gestão do risco

Cecília Rocha 29-09-2022 11

 Instrumentos de as estratégias, os programas e os planos de âmbito nacional, regional, local ou
sectorial, que fixam orientações, objetivos, medidas e ações, metas e
planeamento indicadores

fundos públicos ambientais

Instrumentos
económicos e instrumentos de compensação ambiental
financeiros
fiscalidade ambiental

LBA
avaliação ambiental estratégica
Instrumentos de avaliação ambiental de projetos
avaliação
avaliação entre alternativas, impactes cumulativos, consulta e participação
pública, análise do ciclo de vida

pegada ecológica

rotulagem ecológica
Instrumentos de
desempenho compras públicas ecológicas
ambiental
sistemas de certificação Ecoeficiência

melhoria do desempenho ambiental ecoinovação

sistemas de gestão ambiental

Cecília Rocha 29-09-2022 12
Decreto-Lei n.º 152-B/2017, de 11 de dezembro
Altera e republica o Decreto-Lei n.º 151-B/2014 de 31 de outubro)

Cecília Rocha 29-09-2022 13

 é um instrumento de carácter preventivo da política do ambiente
 sustentado na
 realização de estudos e consultas, com efetiva participação pública e
 análise de possíveis alternativas,
 que tem por objeto
 a recolha de informação,
 identificação e previsão dos efeitos ambientais de determinados projetos

 bem como a identificação e proposta de medidas que

 evitem,
 minimizem ou
 compensem esses efeitos,
 tendo em vista uma decisão sobre a viabilidade da execução de tais projetos e respetiva pós-avaliação.

Cecília Rocha 29-09-2022 14


•DIRECTIVA DO CONSELHO de 27 de Junho de
1985 relativa à avaliação dos efeitos de
determinados projectos públicos e privados
no ambiente
•avaliação dos efeitos no ambiente …
directos e indirectos de um projecto sobre
…:
•DIRECTIVA DO PARLAMENTO EUROPEU E DO
•o homem, a fauna e a flora,
•o solo, a água, o ar, o clima e a paisagem,
•a interacção entre os factores referidos
nos primeiro e segundo travessões,
•os bens materiais e o património cultural.
1985
(85/337/CEE)
Cecília Rocha
2011
(2011/92/UE)
CONSELHO de 13 de Dezembro de 2011 relativa à
avaliação dos efeitos de determinados projectos
públicos e privados no ambiente
•A avaliação de impacto ambiental identificará,
descreverá e avaliará … os efeitos directos e
indirectos de um projecto sobre …:
•O homem, a fauna e a flora;
•O solo, a água, o ar, o clima e a paisagem;
•Os bens materiais e o património cultural;
•A interacção entre os factores referidos nas
alíneas ‘anteriores’.
•DIRETIVA DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO
de 16 de abril de 2014 que altera a Diretiva
2011/92/UE relativa à avaliação dos efeitos de
determinados projetos públicos e privados no
ambiente
• A avaliação de impacto ambiental deve identificar,
descrever e avaliar … os efeitos significativos diretos
e indiretos de um projeto sobre …:
•População e saúde humana;
•Biodiversidade…;
•Terra, solo, água, ar e clima;
•Bens materiais, património cultural e paisagem;
•Interação entre os fatores referidos nas alíneas
‘anteriores’.
•…incluem os efeitos esperados decorrentes da
vulnerabilidade do projeto perante os riscos de
acidentes graves e/ou de catástrofes que sejam
relevantes para o projeto em causa.
2014
(2014/52/EU)
29-09-2022 16
 necessidade de avaliar
questões ambientais
outros fatores
relevantes
ambientais
Eficiência e sustentabilidade solo
na utilização dos recursos
alterações climáticas,
Proteção da biodiversidade • avaliação do impacte do projeto
sobre o clima (natureza e o volume
das emissões GEE)
Alterações climáticas • vulnerabilidade do próprio projeto
às alterações climáticas.
Território
Saúde humana
• proteger os cidadãos dos riscos
Solo
para a saúde e bem–estar
decorrentes de fatores ambientais,
Riscos de acidentes e • impactes do projeto na população
catástrofes e saúde humana.
Cecília Rocha
análise de risco outras alterações
definição de requisitos que
garantem que os peritos
riscos do projeto sobre o envolvidos na elaboração de
ambiente EIA são qualificados e
competentes
prazos para consulta pública
riscos do ambiente sobre o e de cumprimento de
projeto obrigações de comunicação.
• exposição e resiliência a
acidentes graves ou a transpõe para a ordem
catástrofes, jurídica interna a Diretiva
• risco de ocorrência desses n.º 2014/52/UE, do
acidentes ou catástrofes. Parlamento Europeu e do
Conselho, de 16 de abril
29-09-2022 17
 As decisões proferidas no procedimento de AIA, incluindo na fase de verificação
da conformidade ambiental do projeto de execução,

são prévias ao licenciamento ou autorização dos projetos

suscetíveis de provocar efeitos significativos no ambiente,
nos termos do presente decreto-lei, devendo a entidade licenciadora ou
competente para a autorização do projeto

indeferir o pedido de licenciamento ou autorização

sempre que não tenha sido previamente obtida decisão,
expressa ou tácita, sobre a AIA.

Cecília Rocha 29-09-2022 18

 projetos tipificados no anexo I
 projetos tipificados no anexo II
 dentro de limiares fixados
 Localizados total ou parcialmente em área sensível
 suscetíveis de provocar impacte significativo no ambiente em função da sua localização, dimensão ou natureza
(Anexo III)

 Fora dos limiares fixados ou sem localização em área sensível

 suscetíveis de provocar impacte significativo no ambiente em função da sua localização, dimensão ou natureza
(Anexo III)

 projetos que em função da sua localização, dimensão ou natureza sejam considerados …

suscetíveis de provocar um impacte significativo no ambiente (anexo III)

Cecília Rocha 29-09-2022 19

 1 — a) Refinarias de 2 — a) Centrais térmicas e outras 3 — Instalações de 4 — a) Instalações
petróleo bruto (excluindo instalações de combustão com reprocessamento de integradas para a primeira
as empresas que produzem uma potência calorífica de pelo combustíveis nucleares fusão de gusa e aço.
unicamente lubrificantes a partir menos 300 MW. irradiados e instalações
do petróleo bruto).
2 — b) Centrais nucleares e destinadas: 4 — b) Instalações para a
a) À produção ou enriquecimento
1 — b) Instalações de

outros reatores nucleares, de combustível nuclear; produção de metais brutos
b) Ao processamento de
gaseificação e de incluindo o desmantelamento e a
desativação dessas centrais nucleares ou

combustível nuclear irradiado ou não ferrosos a partir de
liquefação de pelo dos reatores nucleares (excluindo as 
resíduos altamente radioativos;
c) À eliminação final de minérios, de concentrados
menos 500 t de carvão instalações de investigação para a produção e
transformação de matérias cindíveis e férteis 
combustível nuclear irradiado;
d) Exclusivamente à eliminação ou de matérias primas
ou de xisto betuminoso cuja potência máxima não ultrapasse a 1 kW de
carga térmica contínua).
final de resíduos radioativos;
e) Exclusivamente à armazenagem secundárias por processos
por dia. 
(planeada para mais de 10 anos)
de combustíveis nucleares
metalúrgicos, químicos ou
irradiados ou outros resíduos eletrolíticos.
radioativos, num local que não
seja o local da produção.

5 — Instalações destinadas à
extração de amianto e para o
processamento de amianto e de
produtos que contenham
amianto:
6 — Instalações químicas
integradas, ou seja, as instalações para o fabrico
de substâncias à escala industrial mediante a utilização
de processos químicos de conversão, em que coexistam
várias unidades funcionalmente ligadas entre si e que
se destinem à produção dos seguintes produtos:
 a) Produtos químicos orgânicos de base;
7 — a) Construção de vias para o tráfego
ferroviário de longo curso e aeroportos cuja
pista de descolagem e de aterragem tenha um comprimento de
pelo menos 2100 m, e
7 — b) Construção de autoestradas e de
estradas reservadas exclusivamente ao tráfego motorizado,
com duas faixas de rodagem e quatro ou mais vias, e acessíveis
8 — a) Vias navegáveis interiores
e portos para navegação interior
que permitam o acesso a embarcações
de tonelagem superior a 4000 GT ou a
1350 toneladas.

 a) No caso de produtos de fibrocimento, com  b) Produtos químicos inorgânicos de base;

uma produção anual superior a 20 000 t de
produto acabado;
 b) No caso de material de atrito com uma
produção anual superior a 50 t de produtos
acabados;
 c) Para outras utilizações de amianto,
utilizações de mais de 200 t/ano.
c) Adubos (simples ou compostos) à base de
apenas por nós de ligação (interseções desniveladas), e
8 — b) Portos comerciais, cais

fósforo, azoto ou potássio;
7 — c) Construção de estradas reservadas
exclusivamente ao tráfego motorizado, com pelo menos para carga ou descarga com
 d) Produtos fitofarmacêuticos de base ou
biocidas;
10 km de troço contínuo. ligação a terra e portos
 e) Produtos farmacêuticos de base que
utilizem processos químicos ou biológicos;
7 — d) Alargamento de autoestradas, com pelo menos exteriores (excluindo os cais para
10 km de troço contínuo;
 f) Explosivos. ferryboats) que possam receber
7 — e) Alargamento de estradas para duas faixas de embarcações de tonelagem superior a
rodagem e quatro ou mais vias, com pelo menos 10 km
de troço contínuo. 4000 GT ou a 1350 toneladas.

Cecília Rocha 29-09-2022 20

 9 — Instalações 10 — Instalações 11 — Sistemas de 12 — a) Obras de transferência de
destinadas à incineração destinadas à incineração captação de águas recursos hídricos entre bacias
hidrográficas sempre que esta transferência se
(D10), valorização (D10) ou tratamento subterrâneas ou de destine a prevenir as carências de água e em que o
energética (R1), físico -químico (D9) de recarga artificial dos volume de água transferido seja superior a 100 milhões
de m3/ano.
tratamento físico - resíduos não perigosos lençóis freáticos em que 12 — b) Todos os outros casos de obras
químico (D9) ou aterro com capacidade o volume anual de água de transferência de recursos hídricos
entre bacias hidrográficas em que o caudal
de resíduos perigosos superior a 100 t/dia. captado ou de recarga médio plurianual na bacia de captação exceda os 2000
(D1). seja equivalente ou milhões de m3/ano e em que o volume de água transferido
exceda 5 % desse caudal. Em qualquer dos casos excluem -se
superior a 10 milhões de as transferências de água potável.

m3/ano.

13 — Estações de 14 — Extração de 16 — Condutas com

tratamento de águas petróleo e gás natural 15 — Barragens e outras diâmetro superior a 800 mm
residuais de capacidade para fins comerciais instalações concebidas e comprimento superior a
superior a 150 000 quando a quantidade para retenção ou 40 km, para transporte de:
hab./eq. extraída for superior a armazenagem
500 t/dia, no caso do permanente de água em  a) Gás, petróleo ou produtos
químicos;
petróleo, e 500 000 que um novo volume ou
m3/dia, no caso do gás. um volume adicional de  b) Para o transporte de fluxos
água retida ou de dióxido de carbono (CO2)
para efeitos de
armazenada seja armazenamento geológico,
superior a 10 milhões de incluindo estações de
bombagem associadas.
m3.

Cecília Rocha 29-09-2022 21

 17 — Instalações
industriais de:
 a) Fabrico de pasta de
papel a partir de madeira
ou de outras substâncias
fibrosas;
b) Fabrico de papel e

cartão com uma
capacidade de produção
superior a 200 t/dia.
21 — Locais de
armazenamento
conformes com o regime
jurídico relativo ao
armazenamento
geológico de dióxido de
carbono.
Cecília Rocha
18 — Pedreiras e minas a 19 — Construção de 20 — Instalações de
céu aberto numa área linhas aéreas de armazenagem de
superior a 25 ha ou transporte de petróleo, produtos
extração de turfa numa eletricidade com uma petroquímicos ou
área superior a 150 ha. tensão igual ou superior produtos químicos com
a 220 kV e cujo uma capacidade de pelo
comprimento seja menos 200 000 t.
superior a 15 km.
22 — Instalações 23 — Instalações para
destinadas à captura para criação intensiva de
efeitos de
armazenamento geológico aves de capoeira ou de
de fluxos de CO2 suínos, com espaço para
destinados aos locais de mais de:
armazenamento  a) 85 000 frangos;
abrangidos pelo presente
anexo ou nas quais a  b) 60 000 galinhas;
captura anual total de  c) 3 000 porcos de
CO2 é igual ou superior a produção (+30 kg);
1,5 megatoneladas.
 d) 900 porcas
reprodutoras.
29-09-2022 22
 Alteração ou ampliação
Com AIA anterior Sem AIA anterior
se sozinha é
Independentem
se sozinha em conjunto, ≥ 20 % ente da
aumento suscetível de
atinja ou dimensão é
atinge ou provocar da capacidade suscetível de
ultrapassa ≥ 20 % impacte ultrapasse instalada ou da provocar
significativo no área de
o limiar do limiar o limiar impacte
ambiente instalação do
correspondente correspondente significativo no
projeto ambiente
existente

Cecília Rocha 29-09-2022 23

 a) A Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (APA, I.P.), caso:

i) O projeto a ii) O projeto a iii) O projeto iv) O projeto v) Se trate de

realizar esteja realizar esteja
tipificado nas
seja relativo a se situe em um projeto b) As
tipificado no estabelecimen área sob localizado no
anexo I, alíneas a) a e) to abrangido jurisdição de espaço CCDR nos
do ponto 2, com
exceto no que exceção das pelo regime duas ou mais marítimo. restantes
se refere às de prevenção Comissões de
instalações de
pedreiras e dos
projetos de de acidentes Coordenação e casos.
pecuária extração de graves; Desenvolvimen
intensiva turfa incluídos to Regional
previstas no na alínea a), nas (CCDR);
ponto 23 e às alíneas a) a j)
pedreiras do ponto 3, e
nas alíneas c) a
incluídas no n) do ponto 10
ponto 18; todas do anexo
II;
Cecília Rocha 29-09-2022 24
 a) Dois representantes da autoridade de
AIA para atender às matérias abrangidas
pelas tipologias do projeto ou pela natureza b) Um representante da entidade com
dos seus impactes; competência em matéria de recursos
hídricos sempre que o projeto possa afetar
esses recursos e desde que não se encontre
g) Um representante da CCDR ou das CCDR já representada nos termos da alínea
territorialmente competentes na área de anterior;
localização do projeto a licenciar ou
autorizar, desde que não se encontrem c) Um representante da entidade com
representadas enquanto autoridade de AIA; 2 - A CA é competência em matéria de conservação
presidida por um da natureza sempre que o projeto possa
representante da afetar valores naturais classificados em
f) Um representante da entidade autoridade de legislação específica ou zonas definidas
competente em matéria de recursos como sensíveis, nos termos da legislação
marinhos, sempre que tratar de um projeto AIA e constituída aplicável às áreas protegidas ou à
localizado no espaço marítimo, desde que por: conservação de espécies ou habitats
não se encontre representado pela protegidos;
autoridade de AIA;

d) Um representante da entidade com

e) Um representante da entidade com
competência em matéria de valores
geológicos sempre que o projeto possa
afetar esses mesmos valores;
competência em matéria de gestão do
património arqueológico e arquitetónico,
sempre que o projeto possa afetar valores
patrimoniais ou se localize em zonas definidas
como sensíveis, nos termos da legislação aplicável
às áreas de proteção dos monumentos nacionais e
dos imóveis de interesse público;

Cecília Rocha 29-09-2022 25


i) Áreas protegidas,
classificadas ao abrigo do
Decreto-Lei n.º 142/2008, de
24 de julho
• regime jurídico da conservação da
natureza e da biodiversidade
Cecília Rocha
Áreas sensíveis
ii) Sítios da Rede Natura iii) Zonas de proteção dos
2000, zonas especiais de bens imóveis classificados
conservação e zonas de ou em vias de
proteção especial, classificação, definidas nos
classificadas nos termos do termos da Lei n.º 107/2001, de
Decreto -Lei n.º 140/99, de 24 8 de setembro;
de abril, no âmbito das • bases da política e do regime de
Diretivas proteção e valorização do património
cultural
• 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de abril
de 1979, relativa à conservação das aves
selvagens, e
• 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de maio
de 1992, relativa à preservação dos
habitats naturais e da fauna e da flora
selvagens;
29-09-2022 26
 Avaliação de impacte ambiental ou AIA
 Instrumento de carácter preventivo da política de
ambiente, sustentado:
i. Na elaboração de um estudo de impacte ambiental;
ii. Na realização de consultas públicas e de consultas a
entidades competentes em razão da matéria;
iii. Na análise pelas autoridades competentes da
informação apresentada no estudo e de eventual
informação suplementar fornecida pelo proponente ou decorrente
das consultas efetuadas; e
iv. Na conclusão fundamentada pela autoridade de
avaliação de impacte ambiental sobre os efeitos
significativos do projeto no ambiente, bem como a
identificação e proposta de medidas que evitem, minimizem ou
compensem esses efeitos, tendo em vista uma decisão sobre a
viabilidade da execução de tais projetos e respetiva pós-avaliação;
em “DIRETIVA 2014/52/UE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 16 de abril
Cecília Rocha
 g) Avaliação de impacto ambiental:
 um processo que consiste:
 i) na preparação de um relatório de avaliação do impacto
ambiental pelo dono da obra, tal como referido no artigo 5º, n.
1 e 2,
 ii) na realização de consultas a que se refere o artigo 6º e, se
aplicável, o artigo 7º,
 iii) na análise pela autoridade competente da
informação apresentada no estudo de impacto ambiental e
de qualquer informação suplementar fornecida, se necessário, pelo
dono da obra de acordo com o artigo 5º, n. 3, bem como todas as
informações relevantes recebidas por via das consultas previstas
nos artigos 6º e 7º,
 iv) na conclusão fundamentada pela autoridade competente sobre
os efeitos significativos do projeto no ambiente, tendo
em conta os resultados da análise referida no ponto (iii) e, se
adequado, do seu próprio exame complementar, e
 v) na integração da conclusão fundamentada pela
autoridade competente, em qualquer das decisões referidas
no artigo 8º-A.
de 2014” que altera a Diretiva 2011/92/UE relativa à avaliação dos efeitos de
determinados projetos públicos e privados no ambiente
29-09-2022 27
k) «Impacte ambiental»,
conjunto das alterações favoráveis e desfavoráveis produzidas no
ambiente, sobre determinados fatores, num determinado período de tempo e
numa determinada área, resultantes da realização de um projeto, comparadas
com a situação que ocorreria, nesse período de tempo e nessa área, se esse
projeto não viesse a ter lugar;

Cecília Rocha 29-09-2022 28

  Screening / Apreciação prévia e decisão de sujeição a AIA
Screening  Para determinar a necessidade e profundidade da AIA

 Scoping / Definição do âmbito do EIA

 Para identificar impactes, os fatores mais relevantes, as alternativas possíveis, definir os Termos de
Referência para o EIA
Scoping
 Estudo de Impacte Ambiental
 Análise de Impactes

EIA  Identificar e prever impactes, comparar alternativas

 Avaliação de Impactes
 Minimização
Revisão do  Minimizar ou eliminar impactes negativos (Plano de Gestão Ambiental)
EIA
 Revisão do EIA
 incluindo a participação pública e a consulta de entidades externas
Decisão  Decisão
 Condições de aprovação (DIA - Declaração de Impacte Ambiental)

Pós-  Pós-Avaliação
Avaliação  Monitorização de impactes; eficácia das medidas de minimização, ajustes na gestão ambiental

Cecília Rocha 29-09-2022 29

Definição do âmbito do estudo de impacte
ambiental
 fase preliminar e facultativa do procedimento
de AIA, na qual a autoridade de AIA identifica,
analisa e seleciona as vertentes ambientais
significativas que podem ser afetadas por um
projeto e sobre as quais o estudo de impacte
ambiental deve incidir;

Cecília Rocha 29-09-2022 30

Estudo de impacte ambiental ou EIA
 documento elaborado pelo proponente no âmbito
do procedimento de AIA
 que contém
 uma descrição sumária do projeto
 a identificação e avaliação dos impactes prováveis,
positivos e negativos, que a realização do projeto pode
ter no ambiente
 a evolução previsível da situação de facto sem a
realização do projeto
 as medidas de gestão ambiental destinadas a evitar,
minimizar ou compensar os impactes negativos
esperados
 e um resumo não técnico destas informações;

Cecília Rocha 29-09-2022 31

 documento elaborado pelo
a evolução previsível da
proponente no âmbito do uma descrição sumária situação de facto sem a
procedimento de AIA, que do projeto; realização do projeto;
contém:

A identificação e as medidas de gestão

avaliação dos impactes ambiental destinadas a
prováveis, positivos e um resumo não técnico
evitar, minimizar ou (RNT) destas informações.
negativos, que a realização
do projeto poderá ter no compensar os impactes
ambiente; negativos esperados e;

Cecília Rocha 29-09-2022 32

 Resumo não técnico ou RNT
 documento que integra o EIA e o
Relatório de Conformidade
Ambiental do Projeto de Execução
 e que tem como objetivo servir de
suporte à participação pública
 descrevendo, de forma coerente e
sintética, numa linguagem e com
uma apresentação acessível à
generalidade do público, as
informações constantes dos
mesmos;

Cecília Rocha 29-09-2022 33

 Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução
ou RECAPE
 documento elaborado pelo proponente no âmbito da verificação da
conformidade do PE com a DIA
 que contém a descrição do PE
 a análise do cumprimento dos critérios estabelecidos pela DIA emitida em
fase de AP ou EP

 a caracterização pormenorizada dos impactes ambientais

considerados relevantes no âmbito do PE
 a identificação e caraterização detalhada das medidas destinadas a
evitar, minimizar ou compensar os impactes negativos esperados a
adotar nas fases de construção, exploração e desativação, incluindo
a descrição da forma de concretização das mesmas
 e a apresentação dos programas de monitorização a implementar.

Cecília Rocha 29-09-2022 34


 Declaração de impacte
ambiental ou DIA
 decisão, expressa ou tácita, sobre
a viabilidade ambiental de um
projeto, em fase de estudo prévio
ou anteprojeto ou projeto de
execução;
Cecília Rocha
 Decisão de verificação de
conformidade ambiental do PE
ou DCAPE
 a decisão, expressa ou tácita,
sobre a conformidade ambiental
do projeto de execução com a
declaração de impacte ambiental
emitida, em fase de anteprojeto
ou estudo prévio.
29-09-2022 35
  Pós-avaliação
 procedimento desenvolvido após a DIA ou a
decisão sobre a conformidade ambiental do
projeto de execução
visa avaliar a eficácia das medidas fixadas para

evitar, minimizar ou compensar os impactes
negativos e potenciar os efeitos positivos, se
necessário, nas fases de construção, exploração e
desativação,
 definindo, se necessário, a adoção de novas
medidas;
 Auditoria
 avaliação, a posteriori, dos
impactes ambientais do projeto
 Monitorização
 processo de observação e recolha sistemática
de dados sobre o estado do ambiente ou
sobre os efeitos ambientais de determinado
projeto e descrição periódica desses efeitos
por meio de relatórios
 com o objetivo de permitir a avaliação da eficácia das
medidas previstas na DIA e na decisão de verificação
de conformidade ambiental do projeto de execução
para evitar, minimizar ou compensar os impactes
ambientais significativos decorrentes da execução do
respetivo projeto;

 tendo por referência normas de qualidade

ambiental
 bem como as previsões, medidas de gestão
e recomendações resultantes do
procedimento de AIA;

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 Processo de AIA
PDA EIA RECAPE Pós-Avaliação

Promotor Após a
pergunta e/ou elaboração do
Planos de
propõe fatores EP ou AP PE EIA em fase Auditoria
monitorização
ambientais a anterior e
analisar emissão da DIA

Resposta às
Avaliação dos Avaliação os
questões
fatores fatores Autoridade de
indicadas na Proponente
ambientais ambientais AIA
DIA e/ou
relevantes relevantes
outras…

Cecília Rocha 29-09-2022 37

 Processo de AIA
PDA EIA RECAPE
decisão sobre os proponente efetua a
aspetos que devem ser proponente efetua a apresentação do projeto e EIA à CA apresentação do projeto e EIA
integrados no EIA à CA
vincula o proponente, a Avaliação Ambiental do projeto pela Avaliação Ambiental do projeto
autoridade de AIA e CA procede à apreciação CA e emissão da DIA com pela CA e emissão da DCAPE
entidades externas prévia do EIA, fundamento na avaliação ponderada com fundamento na avaliação
consultadas quanto ao pronunciando-se sobre a de impactes ponderada de impactes
conteúdo do EIA sua conformidade
válida por 4 anos válida por 4 anos
válida por 2 anos

Condicionada

Condicionada
Desfavorável

Desfavorável
Favorável
Favorável

Favorável
Favorável
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 O EIA é
composto
por:

Relatório Relatórios
Resumo ou Técnicos
Não Relatório (RT),
Técnico Síntese quando
(RNT) (RS) necessário Anexos

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Preferencialmente… … mas também pode ocorrer…
Fase de Anteprojeto Fase de Projeto de Execução
Fase de Estudo Prévio

Cecília Rocha 29-09-2022 40

Cecília Rocha 29-09-2022 41
Cecília Rocha 29-09-2022 42
 1. Introdução
2. Justificação do projeto
3. Descrição do projeto e das alternativas
4. Caracterização da situação atual
(incluindo a situação esperada sem a implementação do projeto)
5. Avaliação de impactes e medidas de minimização
(incluindo os impactes residuais e os não minimizáveis)
6. Avaliação e Seleção de Alternativas (facultativa dependendo da fase de
projeto)
7. Pós-avaliação:
monitorização, gestão e avaliação ambiental do projeto

 Resumo Não Técnico

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