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UNIDADE 2

Seção 2.3

EDUCAÇÃO AMBIENTAL
SUSTENTABILIDADE E CIDADANIA
Objetivos da unidade
● Compreender as bases do desenvolvimento sustentável

● Apresentar a problemática ambiental contemporânea

● Relacionar o papel da Educação Ambiental no contexto da sustentabilidade

● Discutir ética no campo da Educação Ambiental


●Compreender as relações de consumo e consumismo e o papel da Educação Ambiental
ENERGIA E MEIO AMBIENTE
O modelo energético adotado pela maioria dos
HISTÓRICO DA CRISE ENERGÉTICA
países industrializados e em desenvolvimento é
1869 – primeiro poço de petróleo perfurado baseado no uso de recursos não renováveis:
1950 – petróleo 1ª fonte primária de energia nos EUA / gás natural 3ª como o petróleo.
1973 – embargo promovido pela OPEP (US$ ⇧)
Rio de Janeiro e São Paulo vistos da
1979 – Revolução Iraniana (US$ ⇧) Estação Espacial Internacional
1983 – petróleo e gás natural: 53% energia primária mundial
2001 – Brasil
▶ Crise energética: baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas
e a consequente falta de chuva. HIDRELÉTRICAS supriam 90% da
demanda nacional e, como resultado: faltou energia – apagão.
Para suprir a necessidade energética investiu-se na ativação de usinas
▶ TERMOELÉTRICAS movidas a carvão, óleo e gás: não atendem
demanda plenamente / necessário importar matéria prima / custo
operacional elevado / impactos ambientais decorrentes do processo
Crédito: NASA/Suomi NPP/Earth Observatory
▶ distribuição das matrizes energéticas versus sustentabilidade https://www.nasa.gov/content/rio-de-janeiro-and-sao-paulo-as-
seen-from-the-international-space-station
▶ planejamento do setor voltado à ampliação de energiasrenováveis
▶ investimento em geração / distribuição de energias limpas / renováveis

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ENERGIA, MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A QUESTÃO ENERGÉTICA NO FUTURO USO DE ENERGIA NO BRASIL EM 2019
A crise energética mundial ocorre porque há escassez
progressiva dos recursos não renováveis e, de um outro
lado, pressão para a redução de emissões atmosféricas
advindas dos combustíveis fósseis.
Os números indicam que a crise energética deverá se
intensificar no futuro. TRANSPORTE INDÚSTRIAL SETOR RESIDENCIAL
32,7% 30,4% ENERGÉTIC 10,3%
Como discutir a questão tecnológica versus consumo de O 11,2%
energia?

Como integrar nas soluções tecnológicas as variáveis


que considerem a conservação e o reaproveitamento de
energia?
AGROPECUÁRI COMERCIAL PÚBLIC NÃO
O 4,9% 3,4% O ENERGÉTIC
Como estabelecer um planejamento energético para as
próximas décadas em nosso país, incorporando 1,6% O 5,5%
efetivamente as bases da sustentabilidade?

Como responder compreensão


de forma prática EDUCAÇÃO AMBIENTAL
do sistema CRÍTICA
essas perguntas?

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VISÃO NECESSÁRIA
RESÍDUOS SÓLIDOS RESÍDUOS = MATERIAL/SUBSTÂNCIA/OBJETO
REJEITO = LIXO
VISÃO ANTIGA material, substância, objeto ou
RESÍDUOS = LIXO bem descartado resultante de
restos das atividades atividades humanas em
EXTRAÇÃO DOS humanas, considerados sociedade, a cuja destinação final
RECURSOS NATURAIS RESÍDUOS pelos geradores como se procede, se propõe proceder
inúteis, indesejáveis ou ou se está obrigado a proceder,
descartáveis nos estados sólido ou
TRANSFORMAÇÃO semissólido, bem como gases
RESÍDUOS DESCARTE
PARA USO HUMANO desperdício contidos em recipientes e líquidos
envelhecimento
APROVEITAMENTO cujas particularidades tornem
refugo
perda em processo inviável o seu lançamento na rede
DISTRIBUIÇÃO RESÍDUOS
outros motivos pública de esgotos ou em corpos
d’água, ou exijam para isso
CONSUMO soluções técnica ou
RESÍDUOS 79 Brasil - 2018
economicamente inviáveis em
milhões face da melhor tecnologia
de toneladas de
resíduos foram 6,3% disponível
RESÍDUOS URBANOS de forma
DOMICILIARES gerados
inadequada
34.850 toneladas/dia
para LIXÃO
fonte: Abrelpe (2019)

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RESÍDUOS SÓLIDOS
BRASIL 2018 PAPEL
EMBALAGENS DE
RESÍDUOS DE SAÚDE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS RESÍDUOS RECICLÁVEIS 43,57 mil toneladas
67 mil toneladas PLÁSTICO
63,8% 94%
de resíduos foram coletados
DESTINAÇÃO ADEQUADA DESTINAÇÃO ADEQUADA por cooperativas de 11,31 mil toneladas
4750 municípios catadores
ALUMÍNIO

EMBALAGENS DE
434 toneladas
PNEUS INSERVÍVEIS ÓLEO LUBRIFICANTES LÂMPADAS
OUTROS METAIS
4774 toneladas de embalagens 296364 lâmpadas foram
458 mil toneladas destinadas corretamente 4469 mil toneladas
plásticas
de pneus foram coletados 95,48 milhões de recipientes em 2017
em 2017 e destinados de VIDROS
forma adequada 65% lâmpadas compactas
98% destino adequado 28,1 toneladas 6738 mil toneladas
4674 toneladas
35% lâmpadas tubulares
15,1 tonelas
4568 toneladas foram recicladas
fonte: Abrelpe (2019)

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RESÍDUOS SÓLIDOS
ORIGEM DOS RESÍDUOS
LEI FEDERAL Nº 12.305/2010 – POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
• doméstico ou residencial
• domiciliar especial
“Art. 5o A
Política Nacional de Resíduos Sólidos integra a Política • comercial
Nacional do Meio Ambiente e articula-se com a Política Nacional de • público
• serviços de saúde
Educação Ambiental, regulada pela Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, com a
• industrial
Política Federal de Saneamento Básico, regulada pela Lei nº 11.445, de 2007, e com a
• radioativo
Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005. ”
• portos, aeroportos e
terminais rodoferroviários
Art. 8o São instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, entre outros: • agrícola
VIII - a educação ambiental • fontes especiais

Art. 19. O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos tem o seguinte
conteúdo mínimo:
X - programas e ações de educação ambiental que promovam a não
geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos

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RESÍDUOS SÓLIDOS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
UMA OUTRA VISÃO
CLASSIFICAÇÃO CICLO DE VIDA

P PRODUTOS USO
CLASSE I – PERIGOSOS R
O MERCADOS
características intrínsecas de
EFLUENTES
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, C LÍQUIDOS
toxicidade ou patogenicidade, apresentam E
TRATAMENTO
riscos à saúde pública através do aumento S PÓS USO
EMISSÕES
da mortalidade ou da morbidade, ou ainda S
GASOSAS
provocam efeitos adversos ao meio O
RESÍDUOS
ambiente quando manuseados ou S RESÍDUOS
dispostos de forma inadequada.
RESÍDUOS
CLASSE II – NÃO PERIGOSOS
CLASSE IIA – NÃO INERTES CLASSE IIB - INERTES
São os resíduos que podem não oferecem riscos à
apresentar características de saúde e ao meio
combustibilidade, biodegradabilidade ambiente DESTINAÇÃO
ação de EDUCAÇÃO
ou solubilidade, com possibilidade de
AMBIENTAL em todas
acarretar riscos à saúde ou ao meio as fases
ambiente
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REFERÊNCIAS
ABRELPE – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS
ESPECIAIS. Panorama dos Resíduos sólidos no Brasil 2018/2019. ABRELPE: São Paulo. ISSN 2179-
8303 Nov/2019.

BRAGA, Benedito e outros. Introdução à Engenharia Ambiental – O desafio do desenvolvimento


sustentável. Ed. Pearson. 2ª ed. 2007.

BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei Federal nº 6.938/1981. Dispõe sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Brasília, 2011. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938compilada.htm . Acesso
em: 01.07.20.

BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei Federal nº 12.305 de 2 de agosto de 2010. Institui a


Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências . Brasília, 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em 10/07/2020.

EPE (Empresa de Pesquisa Energética). Balanço Energético Nacional 2020 (ano-base 2019).
Disponível em: https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/balanco-energetico-
nacional-ben. Acesso em 01/07/2020.

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REFERÊNCIAS
EPE (Empresa de Pesquisa Energética). Cenários de Demanda para o PNE 2050. Disponível em:
https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-
227/topico-202/Cen%C3%A1rios%20de%20Demanda.pdf. Acesso em 01/07/2020.

IEA – International Energy Agency (Agência Internacional de Energia). Fornecimento total de energia primária
(TPES) por fonte, Brasil 1990-2017. Disponível em: https://www.iea.org/data-andstatistics?country=BRAZIL&fuel=
Energy%20supply&indicator=Total%20primary%20energy%20supply%20(TPES)%20by%20sourceAcesso em
01/07/2020.

IEA – International Energy Agency (Agência Internacional de Energia). Geração de eletricidade por fonte, Brasil
1990-2017. Disponível em:https://www.iea.org/data-and-statistics?country=BRAZIL&fuel=Energ y%20supply&
indicator=Electricity%20 generation%20by%20source. Acesso em 01/07/2020.
MILLER JR, G. T. Ciência Ambiental.11ª ed. Cengage Learning. 2009.

MMA, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Água Subterrânea: um recurso a ser protegido. Brasília, 2007.
Disponível em: https://www.mma.gov.br/estruturas/167/_publicacao/167_publicacao28012009044356.pdf. Acesso
e,: 01/07/2020.

SPIRO, T.; STIGLIANI, W. Química Ambiental. Ed. Pearson. 2ª ed. 2009

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REFERÊNCIAS
TEIXEIRA, W; TOLEDO, M.C.M; FAIRCHILD,T.R.; TAIOLI, F. Decifrando a Terra. São Paulo, Editora Oficina de
Textos, 2000. 2ª reimpressão 2003. 568p.

TOLMASQUIM, M. As origens da crise energética brasileira. Ambiente e Sociedade nº 6-


7 Campinas Jan./June 2000. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-753X2000000100012. Print version ISSN 1414-
753XOnline version ISSN 1809-4422

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REFERÊNCIAS
CRÉDITOS DAS FOTOS
Slide 13
• Esgoto - Por Rede Brasil Atual from São Paulo-SP, Brasil - Ocupações - Carrão - córrego com esgoto, CC BY-SA
2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=5178059
• Vazamento óleo mar - Por NASA/GSFC, MODIS Rapid Response - Original image, here cropped on left and at top,
Domínio Público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=10433480
• Metais pesados – Por Diego Baravelli, Instituto de Física de São Carlos/USP
• https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2019/06/paraopeba500.jpg
• Eutrofização – Por Roberto Langanke IB/USP Instituto de Biociências
• http://ecologia.ib.usp.br/lepac/conservacao/ensino/des_eutro.htm
• esgoto ceu aberto patogênicos - Por Valter Campanato/Agência Brasil -
http://agenciabrasil.ebc.com.br/galeria/2008-03-22/22-de-marco-de-2008, CC BY 3.0 br,
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=3762995
• Rio doce - Sólidos em suspensão - Por Lucas Xavier da Cunha, CC BY-SA 4.0,
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=59625437
• Disastre Fukushima - Posted onOctober 30, 2015AuthorjstrakaCategoriesFukushima Daiichi Nuclear
DisasterTagsFukushima Daiichi Nuclear Disaster, Japan. https://sites.suffolk.edu/jstraka/2015/10/30/fukushima-
daiichi-nuclear-disaster/
• Poluição térmica – Por @fehrplay - https://pt.fehrplay.com/novosti-i-obschestvo/80332-chto-takoe-teplovoe-
zagryaznenie-okruzhayuschey-sredy.html
• Rio Tiete espuma Pirapora do Bom Jesus - Por joao batista Shimoto, CC BY-SA 3.0,
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=53452193
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REFERÊNCIAS
CRÉDITOS DAS FOTOS
Slide 14
 Corredeiras - Por Rodrigo Albertini, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=70356238
 Chuva intensa - Por Fernando Druziani, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=55146755
 Chuva prolongada - Por Ernani Zimmermann, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=76174518
 Inundação – Por Pedro Ferraz Cruz, CC0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=31004439
 Seca – rio seco - Por CanarioCaliari, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=79088258
 Declividade - Por Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGAL - Desafio Volta ao Mundo - Tabuaço - Portugal, CC BY-SA 2.0,
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=78907346
 Denudação para agricultura - Por Rodrigo Postol, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=59569924
 Falta infraestrutura (voçoroca) - Por José Reynaldo da Fonseca, CC BY 2.5
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2027799
 represamento hidrelétrica - Por Halley Pacheco de Oliveira, CC BY-SA 4.0,
https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=36104266
 Retenção de resíduos – Por: Senado Federal – notícias 19/02/2019.
 https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/02/19/senadores-apoiam-fim-das-barragens-de-rejeito-mas-lamentam-atraso-
da-medida

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