Você está na página 1de 1

Mario Lucas da Silva Barbosa 6º semestre

Comunicação e Discurso atividade do dia: 22/05/2020


“QUAIS SENTIMENTOS ME INVADIRAM DEVIDO AO DISTANCIAMENTO
SOCIAL?”.

Gênero textual: Ensaio

Vários sentimentos e reflexões estão me invadindo durante essa pandemia. Claro


que os principais deles são os que todo mundo de alguma forma está sentido como:
o medo do que vai ser nosso futuro, angústias por não conseguir sair com os
amigos ou família, medo até de ir na padaria e acabar contraindo um vírus que pode
matar horrivelmente um ente querido mais velho ou nós mesmo. Tudo isso eu acho
gera outro sentimento que é ansiedade, mas aqui esse sentimento entra em mim de
uma forma um pouco diferente talvez.
Eu sempre quis ser mais produtivo, mas como todo mundo nunca tinha tanto tempo
assim para fazer as coisas que eu gosto ou habilidades que eu quero desenvolver.
Aqui a quarentena caiu não como uma luva, mas muito mais pesada na verdade-
mais como aquelas bolas de 5 quilos de fazer academia, que é aliás outra coisa que
eu queria fazer, mas enfim. O fato é que eu estou ansioso, com insônia, dormindo
às vezes seis horas por dia, tudo porque eu estou me sentido improdutivo. Agora eu
tenho tempo, mas não tenho cabeça pra fazer nada, e se eu não faço eu fico mais
angustiado e ansioso e aí se cria um ciclo vicioso. Engraçado é pensar que isso
tudo é por que temos essa condicionante sempre em nossas vidas, de que:”Se você
não estiver fazendo alguma coisa ou trabalhando, você é vagabundo” e mesmo eu
sabendo que isso é mais um tipo de “regra moral burguesa” feita para aprisionar
trabalhadores, eu ainda não consigo me livrar dela. Não consigo deixar o ócio me
dominar por mais de uma hora e não pensar que eu não estou aproveitando minha
vida como deveria. Mas como eu deveria “aproveitá” la então? Ser produtivo me
deixa ansioso para ser mais produtivo e “não fazer nada” me angustia. Acho que
não existe resposta fácil para isso.
Porém percebi algo, que talvez as pessoas estão sentindo a mesma coisa que eu e
estamos voltando a perceber que a vida não é assim tão frenética quanto nos
colocam que ela é. Talvez nós iremos sair dessa quarentena senão mais
conscientes da atividade coletiva necessária das pessoas também mais atentos a
nós e nossa saúde mental e física. Acho que agora o mais importante é não sair
pegando todos os cursos online que você nunca fez, para não ficar “defasado” pós-
pandemia, mas sim fazer mais as coisas que você quer fazer no seu tempo. Sempre
serão tempos de reflexão.

Você também pode gostar