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1.

Operações com Algarismos Significativos

1.1.Adição
O número de casas decimais que figuram no total de uma soma de n parcelas é igual ao da
parcela que contém o menor número de casa decimais, ou seja, daquela que tem menor
precisão. Podemos utilizar diretamente a calculadora, descartar os algarismos que não são
significativos e proceder a um arredondamento se necessário.
Exemplo: Desejamos calcular a soma dos seguintes valores:

 m1  5,832kg
m  0,7830 kg
 2
 m  320,0kg
 3
 m  0,278kg
 4

 mm m m m
1 2 3 4

 m  5,832  0,7830  320,0  0,278


 m  326,893kg
O resultado e 326,893kg mas como a precisão não pode exceder a parcela de menor
precisão, chegamos a 326,9kg .

 Incerteza: (326, 9 ± 0, 05) kg

1.2.Subtração
Em uma subtração o resultado tem o mesmo número de casas decimais que o operando
menos preciso dentre o minuendo e o subtraendo. Podemos também utilizar diretamente a
calculadora, descartar os algarismos que não são significativos e proceder a um
arredondamento se necessário.

Exemplo: Desejamos efetuar a subtração de P1 e P2.

 P1  83,5kg
 P  0,3758kg
 2

P1  P2  83,1242 kg  83,1kg

 Incerteza: (83,1 ± 0, 05) kg


1.3.Multiplicação
A multiplicação deve ser efetuada de acordo com as seguintes regras:
1ª) Quando ambos os fatores forem inteiros, o resultado é o número inteiro que aparecerá
no visor da calculadora. Caso ela tenha sido programada para operar com um certo
número de casas decimais dentro do seu do seu range, então dever-se-á desconsiderar
todos os zeros que aparecerem após a vírgula. Exemplos:
 5 × 3 = 15 ;
 6 × 7 = 42 ;
 35 × 7 = 245 ;
 1 034 × 327 = 338 118

2ª) Quando um dos números for inteiro e exato e o outro decimal, o resultado será
decimal e terá sempre a precisão do fator que é decimal. Exemplos:
 3× 5, 0 = 15, 0 (lembrar que 3× 5, 0 = 15, 0 = 5, 0 + 5, 0 + 5, 0 = 15, 0 ) ;
 32, 0 ×12 = 384, 0 ;
 32, 00 ×123 = 3936, 00 .

3ª) Quando ambos os fatores forem números decimais, a parte decimal fracionária do
resultado deverá ter o mesmo número de algarismos que a parte decimal do fator que for
menos preciso, devendo-se proceder a um arredondamento se necessário. De outra
forma: a precisão do resultado é a mesma do fator que for menos preciso. Exemplos:
 4, 0 × 2, 0 = 8, 0 ;
 4, 3 × 3, 2 = 13, 76 = 13, 8 ;
 4, 0 × 3, 0 = 12, 0 ;
 8, 837 × 7, 5 = 66, 2775 = 66, 3 ;
 3, 2 × 6, 43 = 20, 576 = 20, 6 .
7 −3 4
 (1, 32578 ×10 ) × ( 4,11×10 ) = 5, 45 ×10
 3× 5, 0 = 15, em que agora 3 não é um número inteiro e exato, mas um
valor medido com precisão até a casa das unidades, ou seja 3 ± 0, 5 . Seu
valor varia entre 2,5 e 3,5, excursionando, incertamente, pela casa dos
décimos. O fator menos preciso é o 3, que não tem casa decimais. Logo,
seguindo a regra, temos:
3× 5, 0 =
15
A única exceção a esta regra é quando o fator menos preciso conter zeros entre a
vírgula decimal e o primeiro algarismo não nulo da sua parte decimal fracionária. Neste
caso o número de casas decimais do resultado será igual ao número de zeros
acima citados, valendo os arredondamentos. Se ocorrerem os citados zeros, mas no
fator mais preciso, devemos proceder conforme preconizado na terceira regra. Exemplos:
 32, 3687 × 2, 08 = 67, 326... = 67, 3 ;
 32, 3687 × 2, 008 = 64, 996... = 65, 00 ;
 53, 2478 × 3, 00034 = 159, 76150... = 159, 7615
1.4.Divisão
Devemos agir de acordo com as seguintes regras:
1ª) Quando o dividendo e o divisor forem números inteiros e o resultado for uma divisão
exata e inteira, o resultado será o número inteiro que aparecerá no visor da calculadora.
Caso ela tenha sido programada para operar com um certo número de casas
decimais dentro do seu do seu range, então dever-se-á desconsiderar todos os
zeros que aparecerem após a vírgula. Exemplo:
 132 ÷ 44 = 3

2ª) Quando o dividendo e o divisor forem números inteiros e o resultado for uma
divisão exata com resultado decimal, o resultado será o decimal que aparecer no visor
da calculadora, sem contudo incluir nenhum zero. Exemplos:
 5 ÷ 4 = 1, 25000... = 1, 25 ;
 3 ÷ 2 = 1, 5000... = 1, 5 .

3ª) Quando o dividendo e o divisor forem números inteiros e o resultado não for uma
divisão exata, ou seja, um número decimal, o quociente deverá ter mesmo número de
algarismos significativos que o fator mais pobre nesses números, dentre dividendo e
divisor, devendo-se também efetuar um arredondamento se necessário. Exemplo:
 350 ÷ 36 = 9, 722... = 9, 7

4ª) Quando o dividendo e o divisor forem números decimais, o quociente deverá ter
um número máximo de algarismos significativos de tal forma a não superar o número de
algarismos significativos do fator menos preciso nem a precisão do mesmo, de-
vendo- se efetuar um arredondamento se necessário. Exemplos:
2
 3, 8 ×10 ÷12 = 31, 66... = 32 , em que 12 não é exato, mas sim12 ± 0, 5 ;
 200 ÷1,115 = 179, 37... = 179 , em que que 200 não é exato, mas sim 200 ± 0, 5 ;
 40 ÷1,115 = 35, 87... = 36 ; em que 40 não é exato, mas sim 40 ± 0, 5 ;
 40, 0 ÷1,115 = 35, 87... = 35, 9 ;
 40, 0 ÷ 0, 687 = 58, 22... = 58, 2 ;
 803, 47 ÷13,1 = 61, 33... = 61, 3 ;
3
 200 ÷ 0, 00053 = 377 ×10 , em que que 200 não é exato, mas sim 200 ± 0, 5 ;
 100 ÷ 20, 0 = 5 , em que 100 não é exato, mas sim 100 ± 0, 5 . Se você
colocasse como resultado 5,0, estaria dando um resultado com precisão maior
que a do operando menos preciso;
 30 ÷15, 0 = 2 , em que 30 não é exato, mas sim 30 ± 0, 5 . Se você colocasse
como resultado 2,0, estaria dando um resultado com precisão maior que a do
operando menos preciso;
5ª) Quando o dividendo e o divisor forem números decimais com a mesma precisão, o
quociente deverá ter esta mesma precisão, devendo-se efetuar um arredondamento se
necessário. Exemplos:
 100, 0 ÷ 20, 0 = 5, 0 ;
 30, 0 ÷15, 0 = 2, 0 ;
 132, 00 ÷ 2, 00 = 66, 00 ;
 128, 32 ÷ 73, 42 = 1, 747... = 1, 75
 165, 29 ÷ 3,14 = 57, 398... = 57, 40

6ª) Quando um dos operandos (dividendo ou divisor) for um número decimal e o


outro um número inteiro e exato, o quociente deverá ter a mesma precisão que o decimal,
devendo-se efetuar um arredondamento se necessário. Exemplos:
 200 ÷1,115 = 179, 3721... = 179, 372 ;
 40 ÷1,115 = 35, 8744... = 35, 874

1.5.Potenciação

Seja a potência genérica a n . Temos então as seguintes


regras:

1ª) Se a base e os expoentes forem inteiros, o resultado será também o inteiro que
aparecerá no visor da calculadora. Caso ela tenha sido programada para operar com um
certo número de casas decimais dentro do seu do seu range, então dever-se-á
desconsiderar todos os zeros que aparecerem após a vírgula. Exemplos:
5
 3 = 243 ;
8
 2 = 256 .

2ª) Se a base for decimal e o expoente inteiro, o resultado será decimal e deveremos
manter a parte inteira e considerar na parte decimal fracionária o mesmo número de
algarismos constantes na parte decimal fracionária da base, devendo-se proceder
a um arredondamento se necessário. Exemplos:

 (2, 443)4 = 35, 6199... = 35, 620 ;


 (3, 9756)4 = 249, 81052... = 249, 8105 .

3ª) Se a base for inteira e o expoente decimal, o resultado será decimal e deveremos
manter a parte inteira e considerar na parte decimal fracionária o mesmo número de
algarismos constantes na parte decimal fracionária do expoente, devendo-se proceder a
um arredondamento se necessário. Exemplos:

 102,443 = 277, 33201... = 277, 332 ;


 82,3 = 119, 428... = 119, 4
4ª) Se a base e o expoente forem decimais, o resultado será decimal e deveremos
manter a parte inteira e considerar na parte decimal fracionária o mesmo número de
algarismos constantes na parte decimal fracionária do fator menos preciso dentre a base
e o expoente, devendo-se proceder a um arredondamento se necessário. Exemplos:

 (3, 8247)2,73 = 38, 948... = 38, 95 ;


 (2, 32)3,4734 = 18, 5988... = 18, 60

1.6.Radiciação

q p
Seja a raiz a . Basta lembrar que
p

q
ap =aq
que é a transformação de raiz em potência com expoente fracionário e adaptar as regras
da potenciação, que ficam sendo:

1ª) Se o radicando a é inteiro e p é múltiplo de q, o resultado será o inteiro que


aparecerá no visor da calculadora. Caso ela tenha sido programada para operar com um
certo número de casas decimais dentro do seu do seu range, então dever-se-á
desconsiderar todos os zeros que aparecerem após a vírgula. Exemplos:
3 6 2
2 =2 =4;
4 2
3 =3 =9

2ª) Se o radicando a é inteiro e p não é múltiplo de q, o resultado será o inteiro ou o


decimal que aparecerá no visor da calculadora. O número de casas decimais a
considerar vai depender da precisão do dado mais pobre envolvido no problema.
Exemplos:
3
2 = 1, 25992105... ;
3 2
8 =4 ;
7 3
2 = 1, 345900193... ;

3ª) Se a é decimal , não importando se p é ou não múltiplo de q, o número de


casas decimais do resultado deverá ser o mesmo do radicando. Exemplos:
3,14 = 1, 7720... = 1, 77 ;
3
320, 83 = 6, 845... = 6, 85 ;
10 3
(25, 834) = 2, 6525... = 2, 653
1.7. Logaritmização

Ao se trabalhar com logaritmos, observa-se o número de algarismos significativos do


logaritmando (número ou antilogaritmo) e o total de casas depois da vírgula do logarítmo
é igual a esse número, devendo-se proceder proceder a um arredondamento se
necessário. Em realidade, a logaritmação é uma das operações inversas da
potenciação, conforme se depreende do anexo 3. De acordo com as regras
3 e 4 da potenciação, que se encaixam, respectivamente para a base 10 e para a base e,
teríamos, a precisão do expoente. Ocorre que os logaritmos são bem melhor conhe-
cidos que as grandezas físicas, de modo que, semelhantemente ao que se recomendou
para certas constantes numéricas (π = 3,141592…; e = 2,71828...; √2 = 1, 4142…),
devemos tomá-los com um algarismo significativo a mais, oque justifica a regra.
Exemplos:
 ln(5, 0 ×103 ) = 8, 5179... = 8, 52 ;
 ln(45, 0) = 3, 8066... = 3, 807 ;
 log(23) = 1, 3617... = 1, 36 ;
 log(53, 8) = 1, 7307... = 1, 731 .

1.8. Mudança (conversão) de unidades e algarismos significativos

Quando se converte unidades deve – se manter a correspondência da precisão original com


um dado número de algarismos significativos. Ou seja, o resultado de uma conversão deve
ter um número de algarismos significativos que represente a ordem de grandeza da unidade
a que se está convertendo, sem que se altere a precisão original.
O procedimento correto de se proceder à conversão é a multiplicação ou, a divisão do valor
que se quer converter, por um fator de conversão exato e então, arredondar (quando
necessário) o resultado da multiplicação ou divisão, para o número correto de algarismos
significativos, conforme regras já estabelecidas.
NB: Nunca se deve arredondar o fator de conversão e / ou valores de medidas que se
deseja converter. O arredondamento, caso seja feito, acarretará uma redução na precisão da
medida.
São apresentados alguns dos principais fatores de conversão de unidades na tabela de
conversão de Unidades de Medidas para a resolução dos exemplos.
Para converter de Para Multiplique por
Polegada m 2,540000 x 10–2
Grau Fahrenheit Grau Celsius (ºF – 32) x 5/9
 Exemplo:
Para converter 0,328 pol. para mm temos:
0,328 x 25,4 = 8,3312 mm.
Utilizando a regra de multiplicação com algarismos significativos teremos:
0,328 x 25,4 = 8,33 mm.
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