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Os inimigos íntimos da democracia é um livro no qual o filósofo aponta algumas das razões
para o risco que as democracias correm na sociedade pós II Guerra Mundial.
A partir de então ele vai relacionando uma série de acontecimentos catastróficos que
tem como pano de fundo o neoliberalismo e os usos da ciência para aumentar a taxa de
lucro de grandes empresas em conluio com o Estado.
O autor aponta ainda, que com o avanço das tecnologias e da técnica, saímos da
primeira modernidade para a sociedade de risco, baseando-se nas formulações do
sociólogo Ulrick Beck, onde a ciência que outrora trouxe a esperança de prosperidade para
a humanidade, agora, esvaziada pela noção do lucro, representa o risco, enquanto a
natureza passa a ser uma nova fonte de esperanças.
Deste modo, ainda tratando das tecnologias, o autor cita a alternância do risco que
outrora a técnica tornava individual para a coletividade, citando as experiências nucleares,
tanto de energia quanto de armamentos bélicos, cujos impactos do uso afetam a
humanidade em escalas que ultrapassam as fronteiras políticas, geográficas e temporais.