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LITERATURA BRASILEIRA – AUTORES IMPORTANTES E OBRAS

•Adélia Prado
Obras:Bagagem (1976); O Coração Disparado (1978); Solte os Cachorros (1979); Cacos para um Vitral (1980); Terra de
Santa Cruz (1981); Os Componentes da Banda (1984); O Pelicano (1987); A Faca no Peito (1988); O Homem da Mão Seca
(1994); Poesia Reunida (1999); Oráculos de Maio (1999); Manuscritos de Felipa (1999).

•Adolfo Caminha
Obras: Judite e Lágrimas de um Crente (1887); A Normalista (1893); No País dos Yankees (1894); Bom-Crioulo (1895); Cartas
Literárias (1895); Tentação (1896); Trechos Escolhidos (1960).

•Adonias Filho
Obras: Os Servos da Morte (1946); Memórias de Lázaro (1952); Jornal de um Escritor (1954); Corpo Vivo (1962); O Bloqueio
Cultural (1964); O Forte (1979); Léguas da Promissão (1968); Luanda Beira Bahia (1971); As Velhas (1977); O Largo do
Palma (1981); Noites sem Madrugada (1983); O Homem de Branco (1987).

•Affonso Ávila
Obras: O Açude e Sonetos de Descoberta (1953); Carta ao Solo (1961); Resíduos Seiscentistas em Minas (1967); Código de
Minas & Poesia Anterior (1969); O Poeta e a Consciência Crítica (1969); O Lúdico e as Projeções do Barroco (1971); Código
Nacional de Trânsito (1972); Cantaria Barroca (1975); O Modernismo [coord. e org.] (1975); Discurso de Difamação do Poeta
(1978); Delírios dos Cinquent’anos (1984); Catas de Aluvião: do Pensar e do Ser em Minas (2000).

•Affonso Romano de Sant’Anna


OBRAS: Canto e Palavra (1965); Drummond, o Gauche no Tempo (1972); Análise Estrutural de Romances Brasileiros (1973);
Poesia sobre Poesia (1975); A Grande Fala do Índio Guarani Perdido na História e outras Derrotas (1978); Que País É Este? E
outros Poemas (1980); O Canibalismo Amoroso (1984); A Catedral de Colônia (1987); A Poesia Possível (poesia reunida)
(1987); O Lado Esquerdo do meu Peito (1992); Intervalo Amoroso e outros Poemas Escolhidos (1997); A Grande Fala e
Catedral de Colônia (1998); Textamentos (1999), entre outros.

•Afrânio Coutinho
OBRAS: Por uma Crítica Estética (1953); Da Crítica e da Nova Crítica (1957); Euclides, Capistrano e Araripe (1965); Conceito
de Literatura Brasileira (1960); Antologia Brasileira de Literatura (1965); A Tradição Afortunada (1968); Crítica e Críticos
(1969); Caminhos do Pensamento Crítico (1974); O Erotismo na Literatura (1979); O Processo de Descolonização Literária
(1983); Crítica e Teoria Literária (1984); Enciclopédia da Literatura Brasileira (1990); Do Barroco (1984).

•Alceu Amoroso Lima


OBRAS: Afonso Arinos (1922); Estudos (cinco séries, 1927-33); Adeus à Disponibilidade (1929); Introdução à Economia
Moderna (1930); O Espírito e o Mundo (1936); Contribuição à História do Modernismo (1939); Três Ensaios sobre Machado de
Assis (1941); A Igreja e o Novo Mundo (1943); Meditação sobre o Mundo Interior (1954); Introdução à Literatura Brasileira
(1956); A Vida Sobrenatural e o Mundo Moderno (1956); Revolução, Reação ou Reforma (1964); Memórias Improvisadas
(1973).

Alexandre Herculano (1810-1877)


O escritor e historiador Alexandre Herculano nasceu em Lisboa em 28 de março de 1810. Herculano não concluiu seus
estudos devido a dificuldades financeiras. Iniciou sua carreira literária por volta de 1830 com a literatura romântica.
Envolveu-se nas lutas liberais e foi ao exílio na Inglaterra e França em 1831. Trabalhou como bibliotecário na Biblioteca
Pública do Porto, em 1833. Assumiu a revista O Panorama, em 1836, voltada para a divulgação do Romantismo em Portugal.
Exerceu atividades jornalísticas e políticas. Pouco a pouco foi se afastando da política e se dedicando à literatura. Sua obra
literária é muito extensa, com contos, novelas e narrativas históricas. Destacam-se A História de Portugal (1853), História e
Origem da Inquisição em Portugal (1859), Lendas e Narrativas (1851), O Monge de Cister (1841), O Bobo (1843) e Eurico, O
Presbítero (1844), esta considerada a sua obra prima. Faleceu no dia 13 de setembro de 1877 na sua quinta de Vale de
Lobos.

•Alexei Bueno
OBRAS As Escadas da Torre (1984); Poemas Gregos (1985); Poesias (1987); Nuctemeron (1988); A Decomposição de J. S.
Bach e outros Poemas (1989); Magnificat (1990); A Chama Inextinguível (1992); Lucernário (1993); A Via Estreita (1995); A
Juventude dos Deuses (1996); Quinze Poemas Mediterrâneos (1996); Entusiasmo (1997); Em sonho (1999).

•Alfredo Bosi
OBRAS: O Pré-Modernismo (1966); História Concisa da Literatura Brasileira (1970); O Conto Brasileiro Contemporâneo
(1975); A Palavra e a Vida (1976); O Ser e o Tempo na Poesia (1977); Araripe Jr. — Teoria, Crítica e História (1978);
Reflexões sobre a Arte (1985); Cultura Brasileira, Temas e Situações (1987); Gracialiano Ramos (1987); Céu, Inferno: Ensaios
de Crítica Literária e Ideológica (1988); Dialética da Colonização (1992); O Enigma do Olhar (1999).

•Alphonsus de Guimaraens
OBRAS: Dona Mística (1899); Câmara Ardente (1899); Centenário das Dores de Nossa Senhora (1899); Kiriale (1902);
Mendigo (1920); Nova Primavera; Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte; Escada de Jacó; Pulvis; Pauvre Lyre; Outras
Poesias; Salmos da Noite; Poesia Completa (2001).

•Aluísio Tancredo Gonçalves Azevedo


Escreveu: "Uma Lágrima de Mulher" (1880); "Memórias de um Condenado" , (1882); "Filomena Borges", (1884); "0 Homem",
(1887); "0 Esqueleto", (em colaboração com Olavo Bilac) "A Mortalha de Alzira", (1894); "Livro de uma Sogra", (1895); "A
Girândola de Amores" ou "0 Mistério de Tijuca" (1900); "Condessa Vesper, (1901), etc.
Para o teatro produziu: "Os Doidos", "Casa de Orates", "Flor de Lis", "Em Flagrante", "Caboclo", "Um Caso de Adultério",
"Venenos que Curam" e "República".
Obras consideradas de maior valor literário: - "0 Mulato" (1881); "0 Cortiço" (1890) -, e principalmente "Casa de Pensão"
(1894). Imensa foi a repercussão que este último livro obteve no seio da sociedade fluminense, devido ao desenlace
ocorrido numa dessas casas de habitação coletiva.

•Álvares de Azevedo
OBRAS: Lira dos Vinte Anos (1853); Obras (1855); A Noite na Taverna (1878); O Conde Lopo (1986); O Poema do Frade
(1890); Macário (1941); Obras Completas (1942); Poesias Completas (1943).

• Ana Miranda
OBRAS: Anjos e Demônios (1978); Celebrações do Outro (1983); Boca do Inferno (1989); O Retrato do Rei (1991); Sem
Pecado (1993); A Última Quimera (1995); Desmundo (1996); Amrik (1997); Clarice (1999); Noturnos (1999).

•Aníbal Machado
OBRAS: O Cinema e sua Influência na Vida Moderna (1941); Vida Feliz (1944); ABC das Catástrofes (1951); Goeldi (1955);
Poemas em Prosa (1955); Cadernos de João (1957); Histórias Reunidas (1959); João Ternura (1965); A Morte da Porta-
Estandarte e Outras Histórias (1965); Balões Cativos (1965).

•Antônio Callado
OBRAS: Esqueleto na Lagoa Verde (1953); Assunção de Salviano (1954); A Madona de Cedro (1957); Quarup (1967); Bar
Dom Juan (1971); Reflexos do Baile (1976); A Expedição Montaigne (1982); Sempreviva (1984); Entre Deus e a Vasilha
(1985); Concerto Carioca (1985); Memórias de Aldenham House (1989); O Homem Cordial e outras Histórias (1994); Crônica
de Fim de Milênio (1997).

•Antonio Candido
OBRAS: Introdução ao Método Crítico de Sílvio Romero (1945); Ficção e Confissão (1956); Formação da Literatura Brasileira
(1959); A Personagem de Ficção (1963); Tese e Antítese (1964); Literatura e Sociedade (1965); Vários Escritos (1960);
Radicais de Ocasião (1978); Quatro Esperas (1990); Brigada Ligeira e outros Escritos (1992); O Discurso e a Cidade (1993);
O Estudo Analítico do Poema (1999); A Educação pela Noite e outros Ensaios (2000).

•Antônio de Alcântara Machado


OBRAS: Pathé-Baby (1926); Brás, Bexiga e Barra Funda (1927); Laranja da China (1928); Mana Maria (1936); Cavaquinho e
Saxofone (1940); Novelas Paulistanas (1961); Obras (1983); Pressão Afetiva & Aquecimento Intelectual: Cartas de A. A. M. a
Prudente de Morais Neto (1997).

•Ariano Suassuna
OBRAS: Uma Mulher Vestida de Sol (1948); Ode (1955); Fernando e Isaura (1956); Auto da Compadecida (1957); O
Casamento Suspeitoso (1961); O Santo e a Porca (1964); A Pena e a Lei (1971); Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do
Sangue do Vai-e-Volta (1971); Farsa da Boa Preguiça (1974); História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão: ao Sol da
Onça Caetana (1977); Sonetos com Mote Alheio (1980); Sonetos de Albano Cervonegro (1985); A História de Amor de
Romeu e Julieta (1997).

•Basílio da Gama
Obras: "Epitalâmio às núpcias da Sra. D. Maria Amália" e Uraguai (1769); A declamação trágica (1772), poema dedicado às
belas artes; Os Campos Elíseos (1776), Quitúbia, (1791); e outros poemas. As suas poesias conhecidas foram reunidas por
José Veríssimo nas Obras poéticas de José Basílio da Gama, edição comemorativa do bicentenário do poeta.

•Bernardo Guimarães
Estreando com os Cantos da solidão em 1852, reuniu-se com outros, em 1865, nas Poesias. Na ficção, distinguem-se: O
ermitão de Muquém (escrito em 1858 e publicado em 69); Lendas e romances (1871); O seminarista e Histórias e tradições
de Minas Gerais (1872); O índio Afonso (1873); A escrava Isaura (1875); Maurício (1877); Rosaura, a enjeitada (1883).
Publicou mais duas coletâneas de versos: Novas poesias (1876) e Folhas de outono (1883). Postumamente apareceram O
bandido do Rio das Mortes (1905) e o drama A voz do Pajé. Deve-se registrar, além disso, a sua produção de poesias
obscenas. A sua produção poética conhecida foi reunida em Poesias completas de Bernardo Guimarães. Organização,
introdução, cronologia e notas de Alphonsus de Guimaraens Filho, edição do Ministério da Educação e Cultura/Instituto
Nacional do Livro (1959).

•Carlos Drummond de Andrade


OBRAS: Alguma Poesia (1930); Brejo das Almas (1934) Sentimento do Mundo (1940); Poesias (1942); Rosa do Povo (1945);
Claro Enigma (1951); Contos de Aprendiz (1951); Poemas (1959); Boitempo & A Falta que Ama (1968); As Impurezas do
Branco (1973); Corpo (1984); Amar se Aprende Amando (1985); Poesia e Prosa (1992 ).

•Casimiro de Abreu
(Casimiro José Marques de Abreu)
Escreveu as seguintes obras: Camões e o Jau, teatro (1856); Carolina, romance (1856); Camila, romance inacabado (1856);
A virgem loura Páginas do coração, prosa poética (1857); As primaveras (1859). Foram reunidas na Obras de Casimiro de
Abreu, edição comemorativa do centenário do poeta; organização, apuração do texto, escorço biográfico e notas por Sousa
da Silveira.

•Castro Alves
Obras: Espumas flutuantes (1870); Gonzaga ou a Revolução de Minas (1876); A cachoeira de Paulo Afonso (1876); Os
escravos, obra dividida em duas partes: 1. A cachoeira de Paulo Afonso; 2. Manuscritos de Stênio (1883). Obras completas
Edição do cinqüentenário da morte de Castro Alves, comentada, anotada e com numerosos inéditos, por Afrânio Peixoto, em
2 vols.

Clarice Lispector (1920 -1977)


Escritora brasileira, filha de judeus russos, nasceu na Ucrânia. Quando tinha dois meses, seus pais decidiram imigrar para o
Brasil. Morou primeiramente em Alagoas, depois em Recife e finalmente no Rio de Janeiro.
Estudou Direito e em 1943 casou-se com o diplomata Mury Gurgel Valente, com quem teve filhos e separou-se depois de 16
anos de casamento.
De 1944 a 1960, morou na Itália, Suíça e Estados Unidos.
Durante toda a sua vida, manteve contato com a imprensa, onde começou a trabalhar em 1941, na Agência Nacional.
Considerada uma das maiores escritoras brasileiras, publicou seu primeiro livro, "Perto do Coração Selvagem".
Essencialmente subjetiva, elaborou uma nova escrita que dá importância à realidade interior.
Sua obra extensa e variada inclui os livros de contos "Laços de Família" e "Felicidade Clandestina" e os romances "Água
Viva" e "A Hora da Estrela".
Clarice morreu de câncer em 1977.

Eça de Queirós (1845-1900)


José Maria Eça de Queirós, escritor português, nascido em 25 de novembro de 1845, na cidade de Póvoa de Varzim,
Portugal. Estudou interno no Colégio da Lapa, no Porto. Cursou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra,
diplomando-se em 1866. Fundou o jornal Distrito de Évora, em 1866. Foi aprovado como cônsul em 1870 e iniciou uma vida
de viagens e muitos conhecimentos, se estabelecendo no Consulado de Havana, em 1872. Sua vida literária iniciou com O
Mistério da Estrada de Sintra (1870). Eça de Queirós possuía um estilo apurado, com perfeita técnica narrativa e deslanchou
com muitas obras de sucesso, como O Crime do Padre Amaro (1876), O Primo Basílio e A Capital (1878), O Conde de
Abranhos (1879), O Mandarim (1880), A Relíquia (1887), Os Maias (1888), A Correspondência de Fradique Mendes e A Ilustre
Casa de Ramires (1900). Eça de Queirós faleceu em Paris, em 16 de agosto de 1900.

Euclides da Cunha (1866-1909)


Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, escritor e ensaísta brasileiro, nasceu em Cantagalo, no Rio de Janeiro, no dia 20 de
janeiro de 1866.
Foi educado pelas tias, pois perdeu sua mãe aos 3 anos de idade. Estudou em bons colégios do Rio. Ao prosseguir seus
estudos, matriculou-se na Escola Politécnica e um ano mais tarde, entrou para a Escola Militar, na Praia Vermelha.
Era um republicano ardoroso que numa revista às tropas, atirou sua arma aos pés do Ministro da Guerra Tomás Coelho, e
bradou: "Senhores! É odioso que se pretenda obrigar uma mocidade republicana e livre a prestar reverência a um lacaio da
monarquia!". Acabou ali sua carreira militar.
Passou a escrever textos republicanos para o Jornal de São Paulo.
Quando foi proclamada a República, foi reintegrado ao Exército, e ingressou na Escola Superior de Guerra. Graduou-se
Bacharel em Matemática, Ciências Físicas e Naturais. Sua obra literária deixou marcas inconfundíveis do seu estilo próprio
de escrever, com muita objetividade na realidade enfocada e nas conclusões, absoluta coragem e honestidade nas
exposições de suas idéias; Euclides manteve sempre um compromisso com a verdade.
Quando surgiu a insurreição de Canudos, em 1897, Euclides escreveu artigos pioneiros.
Reuniu então material para, durante cinco anos, elaborar Os Sertões: campanha de Canudos (1902), sua obra-prima.
Os Sertões trata da campanha de Canudos em 1897, no nordeste da Bahia. Divide-se em três partes: "A terra", "O homem"
e "A luta". Nelas, Euclides analisa as características geológicas, botânicas, zoológicas e hidrográficas da região, os costumes
e a religiosidade sertaneja e, enfim, narra os fatos ocorridos nas quatro expedições enviadas ao arraial liderado por Antônio
Conselheiro.
"Os Sertões" valeram ao autor grande notoriedade e vagas na Academia Brasileira de Letras e no Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro.
Em agosto de 1904, Euclides foi nomeado chefe da comissão mista brasileiro-peruana de reconhecimento do Alto Purus,
com o objetivo de demarcar limites entre o Brasil e o Peru. Dando continuidade aos estudos de limites, Euclides escreveu o
ensaio Peru versus Bolívia, publicado em 1907. Foi nomeado professor de Lógica do Colégio Pedro II. Sua vida conjugal
complicou-se quando descobriu que Anna Emília Ribeiro, sua esposa, era amante de Dilermando de Assis. No dia 15 de
agosto de 1909, no Rio de Janeiro, invadiu a residência de Dilermando e foi morto a tiros.
Entre suas obras, destacam-se: Os Sertões (1902), Contrastes e confrontos (1907), Peru versus Bolívia (1907), À margem da
história (1909), a conferência Castro Alves e seu tempo (1907), proferida no Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade
de Direito de São Paulo, e as obras póstumas Canudos: Diário de uma expedição (1939) e Caderneta de campo (1975).

Fernando Sabino (1925)


Fernando Tavares Sabino é escritor, nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, no dia 12 de outubro de 1925.
Desde cedo revelou sua inclinação para a vida literária e para a música, ouvindo atentamente sua irmã e o pai ao piano.
Com 12 anos incompletos, em 1935, foi locutor do programa infantil "Gurilândia", da Rádio Guarani de Belo Horizonte.
Suas primeiras tentativas literárias sofreram influências dos livros de aventuras que vivia lendo.
Ainda bem jovem, colaborava regularmente com artigos, crônicas e contos nas revistas "Alterosas" e "Belo Horizonte".
Participou de concursos de crônicas sobre rádio e de contos, obtendo seguidos prêmios. Aos 17 anos, decidiu ser gramático.
Iniciou também o curso na Faculdade de Direito.
Conviveu com escritores e ingressou no jornalismo como redator da "Folha de Minas". Reuniu seus primeiros contos no livro
"Os Grilos não Cantam Mais", publicado no Rio de Janeiro e muito bem aceito pelos críticos. Consagrou-se como um cronista
de primeira linha.
Autor de novelas, romances, contos, peças teatrais, artigos e crônicas para jornais e revistas, o mineiro Fernando Sabino
tornou-se um dos escritores mais populares no Brasil, com textos de linguagem bem coloquial, bem humorados e
extremamente criativos.
Além de suas crônicas sensacionais, ele surpreendeu os leitores com a publicação do romance, "O Encontro Marcado", em
1956. A repercussão foi espetacular, tornando-se o livro de cabeceira dos jovens. Em 1979, Fernando Sabino escreveu o
romance, "O Grande Mentecapto".
Publicou também duas novelas "A Marca" e "A Vida Real".

Graciliano Ramos (1892-1953)


Principal romancista da segunda fase do Modernismo, nasceu em Alagoas. Filho de uma família de classe média do sertão
nordestino, passou sua infância em Pernambuco e em seu estado natal, onde fez seus estudos secundários, mas não cursou
nenhuma faculdade.
Em sua passagem pelo Rio de Janeiro, dedicou-se ao jornalismo, trabalhando como revisor de alguns jornais. Quando voltou
para Alagoas, continuou no jornalismo em Palmeira dos Índios e mostrava-se bastante preocupado com o ensino brasileiro.
Dedicou-se à política e foi prefeito da cidade. Simpatizante do Partido Comunista, foi preso, em 1936, ano em que escreveu
"São Bernardo" e "Angústia". Quando solto, filiou-se ao partido e viajou por vários países socialistas.
Graciliano Ramos dedicou sua obra literária aos problemas sociais do país, especialmente da região nordestina. Seus
romances são escritos numa linguagem enxuta e se caracterizam por uma profunda sondagem psicológica dos personagens
e situações, fazendo com que sua obra saia do regional para uma dimensão universal.
"Memórias do Cárcere" é um romance autobiográfico, onde relata os anos e a violência que sofreu, quando esteve na prisão.
Morreu aos 61 anos, no Rio de Janeiro, já considerado um grande romancista.
OBRAS: Caetés (1933); São Bernardo (1934); Angústia (1936); Vidas Secas (1938); Histórias de Alexandre (1944); Dois
Dedos (1945); Infância (1945); Insônia (1947); Memórias do Cárcere (1953); Viagem (1954); Linhas Tortas (1962); Viventes
das Alagoas (1962); Alexandre e Outros Heróis (1962); Cartas (1962); Cartas a Heloísa (1992).

•Guimarães Rosa
João Guimarães Rosa (1908-1967)
João Guimarães Rosa, escritor e diplomata brasileiro, um dos mais importantes nomes da Língua Portuguesa, nasceu em
Cordisburgo, Minas Gerais.
Formou-se em 1930, na Faculdade de Medicina de Minas Gerais e exerceu a profissão durante dois anos em Itaguara. Morou
em Belo Horizonte e juntou-se às forças governamentais como médico voluntário. Depois, como capitão-médico, ingressou
na Força Pública do Estado de Minas Gerais.
Desde cedo mostrou inclinação para o estudo de línguas. Em 1934 prestou concurso no Itamarati, ingressando na carreira
diplomática. Neste mesmo ano foi premiado pela Academia Brasileira de Letras, por um livro de poesias, "Magma".
Obteve o segundo lugar no concurso Humberto de Campos, em 1937, com "Saragana", uma coletânea de contos.
No ano seguinte partiu para a Europa como cônsul-adjunto em Hamburgo; quando o Brasil rompeu relações com a
Alemanha, foi internado em Baden-Baden e libertado mais tarde em troca de diplomatas alemães aprisionados no Brasil.
Voltou aos originais de "Saragana", reestruturou completamente seu texto e publicou o livro em 1946, recebendo com ele o
prêmio Felipe d´Oliveira.
Na década de 1950, sua fama de escritor ultrapassou as fronteiras do Brasil. Serviu como diplomata em Bogotá e em Paris.
Em 1956 publicou "Corpo de Baile", mais tarde dividido em três livros: "Manuelzão e Miguilim", "No Urubuquaquá no
Pinhém" e "Noites do Sertão", onde atinge maravilhosos efeitos na sonoridade das frases.
Na abertura do livro, intitulada "Campo Geral", Guimarães Rosa conta a história de uma família isolada no sertão,
destacando-se a figura do menino Miguelim e o seu desajuste em relação ao grupo familiar.
Neste mesmo ano, publicou também sua obra prima, "Grande Sertão: Veredas", um dos romances mais importantes da
literatura brasileira, uma obra lírica e épica, onde reavalia a dimensão do homem do interior numa lição de luta pela vida.
Toda sua obra oscila entre o realismo épico e o mágico, integrando o natural, o místico, o fantástico e o infantil em novas
dimensões.
Suas histórias desenvolvem-se como um conjunto de narrativas dentro de uma narrativa-tema. Seus personagens são
desenhados tanto no seu exterior como no lado psicológico de homens rústicos. Suas descrições são ricas do conhecimento
da terra, dos animais e da botânica do sertão.
Sua obra também inclui: "Primeiras Estórias" e "Tutaméia", ambas coleções de contos, e as obras póstumas "Estas Estórias"
e "Ave, Palavra".
Rosa foi eleito membro efetivo da Academia Brasileira de Letras em 1963, mas só tomou posse em 1967. Morreu três dias
depois, vitimado por um enfarte.

Jorge Amado (1912-2001)


Jorge Amado nasceu em 10 de agosto de 1912 em Ferrada, atualmente município de Itabuna na Bahia.
O escritor baiano tornou-se um dos maiores escritores brasileiros e suas obras repercutiram Brasil afora.
Seu primeiro romance, "O País do Carnaval" foi escrito quando ele tinha apenas 19 anos.
Manifestou-se contra o modernismo, e em 1930 partiu para o Rio de Janeiro para estudar direito. Participou com seus artigos
em muitos jornais. Passou a ser conhecido com os romances "Cacau" e "Suor". Fez parte do movimento esquerdista e
chegou a ser preso, exilando-se em Buenos Aires. Lá não deixou de escrever.
Mais tarde, em 1946 foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista e fez parte da Constituinte. Morou na França por
vários anos. Fez uma oposição cerrada ao Estado Novo e depois da cassação de seu mandato, viajou para a Europa e Ásia.
Foi um dos únicos escritores brasileiros que conseguiu manter-se somente com a literatura. A partir de 1958, dedicou-se
exclusivamente à literatura.
Foi eleito em 1961 para a Academia Brasileira de Letras onde ocupava a cadeira nº 23. Foi casado com a escritora Zélia
Gattai. A paixão pela mulher foi intensa até o dia da sua morte. Um magnífico observador da cultura baiana, retratou em
suas obras tudo que se passava no dia-a-dia das cidades e do trabalhador, de forma romântica e ao mesmo tempo real. A
mulher baiana foi constantemente enaltecida em suas obras por seus encantos, atrações e sofrimentos.
Jorge Amado era tranqüilo e principalmente quando escrevia seus livros, isolava-se com a mulher Zélia, que
simultaneamente datilografava numa máquina elétrica o conteúdo. Esse ilustre escritor descreveu com muito amor para o
povo brasileiro e estrangeiros sua terra natal, a Bahia. Seus romances fizeram tanto sucesso que alguns foram adaptados
para televisão e cinema, como "Gabriela, Cravo e Canela" (1958), "Tieta do Agreste" (1977) e "Dona Flor e seus Dois
Maridos" (1966).
Morreu aos 88 anos, em 6 de agosto de 2001.

Mário de Andrade (1893-1945)


Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo em 1893.
Escritor brasileiro, foi o que se denomina um polígrafo, isto é, escreveu sobre muitos temas diferentes e utilizou formas de
expressão diversas: a poesia, o ensaio, a ficção, a musicologia, a crítica, além de ter exercido o magistério e o jornalismo.
Foi o teórico mais importante do Modernismo e sua influência até hoje é imensa em praticamente todas as atividades
culturais brasileiras.
Depois de estudos iniciais em São Paulo, cursou o Conservatório Dramático Musical, onde foi a partir de 1922, catedrático de
história de música e de estética. Foi o grande organizador da Semana de Arte Moderna de 1922.
Organizou cursos de etnografia e folclore, criou a primeira discoteca pública do Brasil e promoveu o I Congresso de Língua
Cantada, no Departamento de Cultura da prefeitura de São Paulo, de onde foi seu primeiro diretor.
Conseguia conciliar seu trabalho de crítico literário com a enorme atividade de professor. Transferindo-se para o Rio de
Janeiro em 1938, foi professor de Filosofia e Arte na Universidade do Distrito Federal e ainda dirigiu seu Instituto de Artes.
Mário de Andrade estreou como poeta, publicando, em 1917, o livro "Há uma gota de Sangue em Cada Poema", com o
pseudônimo de Mário Sobral, onde já se notava sementes de seu trabalho revolucionário posterior. Foi porém na Semana de
Arte Moderna que se tornou a figura mais importante da literatura brasileira entre 1922 e 1945.
Em "Paulicéia Desvairada", publicada em 1922, apresentou uma poesia sem métrica, nascida de livres associações
subconscientes, e teorizou, no prefácio, sobre a estética do movimento modernista. Houve escândalo de público e de crítica.
Em 1930, com "Remates de Males", voltou a métrica, mas com liberdade de rimas e ritmos.
No terreno de ficção, em 1927, foi autor de "Amar, Verbo Intransitivo", transformado em filme por Lauro Escorel (Lição de
Amor - 1975) e Macunaíma, em 1928, levado ao cinema por Joaquim Pedro de Andrade com o mesmo título, em 1969.
Como crítico e ensaísta, escreveu "A Escrava que não é Isaura", entre outros. É autor ainda de inúmeros estudos
musicológicos, como " Ensaio sobre a música brasileira" e da letra e da música de diversas composições populares.
Morreu em São Paulo em 1945.

Mario Quintana (1906-1994)


Mario de Miranda Quintana, poeta e tradutor, nasceu na cidade de Alegrete no Rio Grande do Sul, em 1906.
Aprendeu a ler auxiliado pelos pais e concluiu seu curso primário numa escola local. Estudou no Colégio Militar de Porto
Alegre, onde começou a produzir seus primeiros trabalhos, publicados na revista "Hyloea", pertencente à sociedade literária
do colégio.
Trabalhou na Livraria Globo, foi redator de jornal, colaborou em periódicos e também foi tradutor.
Autor dos livros "A Rua dos Cata-Ventos", "Canções", "Sapato Florido", "Espelho Mágico" e "Aprendiz de Feiticeiro", escritos
entre 1940 e 1950, somente em 1962 atingiu conhecimento nacional, com "Poesias", coletânea de seus primeiros livros.
Sua obra poética se caracteriza pela simplicidade, linguagem coloquial e humor sutil.
Quintana, pertencente à segunda geração do Modernismo, faleceu em Porto Alegre no dia 5 de maio de 1994, próximo dos
seus 87 anos.

José Oswald de Andrade (1890-1853)


José Oswald de Andrade nasceu em São Paulo em 1890, filho de família de recursos.
Estudou no Colégio São Bento e, em 1912, visitou a Europa, tomando contato com a renovação de idéias que nascia, o
Futurismo.
Este movimento pregava o culto do presente e da velocidade, condenava o sentimentalismo e sugeria a destruição da
sintaxe, a dissolução do ritmo e o uso livre da palavra.
Formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo e conheceu Mário de Andrade e Di Cavalcanti, dando início ao movimento
que culminou em 1922, na Semana de Arte Moderna. Continuou em contato com escritores e artistas europeus nas
freqüentes viagens que realizou.
Em 1924, lançou na Europa o movimento nacionalista "Pau Brasil", nas artes e literatura, através de um livro e um
manifesto. Três anos mais tarde fundou a Revista de Antropofagia, que com o "Manifesto Antropofágico" radicalizou o
movimento Pau Brasil.
Tornou-se militante da esquerda em 1930 e começou a publicar o jornal "Homem do Povo", em que defendia o comunismo,
mas afastou-se do partido comunista em 1945. Neste mesmo ano, com a tese " A Crise da Filosofia Messiânica", obteve a
livre-docência de literatura brasileira na Universidade de São Paulo.
Morreu aos 63 anos, depois de sofrer com graves problemas de saúde e financeiros, mas sem nunca perder seu
temperamento polêmico, provocativo e agitado.
Oswald de Andrade foi um poeta, ensaísta, romancista e teatrólogo brasileiro, sendo uma figura de destaque no
Modernismo.
Sua obra é irreverente, revolucionária e nacionalista e uma das mais originais da literatura brasileira.
É de uma crítica penetrante e cheia de humor contra a hipocrisia e o falso moralismo; é também contra a estética
tradicionalista e a simples cópia de modelos artísticos estrangeiros. Propunha o retorno ao primitivismo e a valorização dos
elementos selvagens e naturais do Brasil.
Rubem Fonseca (1925)
José Rubem Fonseca é um dos grandes escritores brasileiros. Nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia 11 de maio de
1925.
Formou-se em Direito, mas dedica-se de coração à Literatura. Ingressou na Escola de Polícia, em 1952, e foi aluno brilhante.
Muitos dos momentos marcantes que vivenciou na polícia estão relatados em seus livros. Foi também professor de Relações
Públicas na Fundação Getúlio Vargas.
Sua competência o levou a ser escolhido para um curso de aperfeiçoamento nos Estados Unidos e por lá cursou também
Administração na New York University.
Seu jeito simples, amável e bem humorado o torna querido pelos amigos e por onde passa e trabalha.
Foi agraciado com inúmeros prêmios literários.
Autor de diversos romances, contos, roteiros de filmes e adaptações para teatro e televisão, suas obras alcançam grande
sucesso de público e crítica, aqui e no exterior.
Entre as mais conhecidas estão: romances - "Bufo & Spallanzani" (1986), "Agosto" (1990), contos - "Os Prisioneiros" (1963),
"Feliz Ano Novo" (1975), para o teatro e a televisão - "Agosto" (2000), para o cinema - "A Grande Arte" (1986) e "Stelinha".

Vinicius de Moraes (1913-1980)


Vinicius de Moraes nasceu em 19 de Outubro de 1913, na Gávea, Rio de Janeiro. Passou sua infância na Ilha do Governador.
Estudou Direito no Rio de Janeiro e Literatura Inglesa em Oxford. Ingressou na carreira diplomática por concurso em 1943,
tendo servido em Los Angeles, Paris e Montevidéu.Escreveu seu primeiro poema aos 7 anos; publicou seu primeiro livro aos
19 anos; "Caminho para a Distância", e aos 22, "Forma e Exegese", que recebeu o Prêmio Felipe de Oliveira de 1935. O
constante de sua poesia é o lirismo que levou para a música popular, alcançando êxito internacional como verdadeiro papa
da Bossa Nova e par ao cinema com o roteiro de "Garota de Ipanema". Antes escreveu um drama, "Orfeu da Conceição" em
1953, montado para o teatro em 1956 e levado para o cinema por Marcel Camus em 1959; este filme neste mesmo ano
recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes e o Oscar em Hollywood. Vinicius faleceu em 9 de julho de 1980 no Rio de
Janeiro

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